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Alfabetização e Letramento: Aspectos Didático-pedagógicos - [103047] Na Educação Infantil, é importante discutir a adequação do uso dos termos alfabetização e letramento para a compreensão das especificidades do trabalho pedagógico direcionado à linguagem escrita com crianças de zero a cinco anos. A respeito do trabalho de alfabetização e letramento na Educação Infantil, é correto afirmar que: I - Defende-se a ideia de que a escrita é um complexo sistema de representação e não simples codificação da fala e regula os reais propósitos da educação infantil. II - Não se espera que as crianças dominem o sistema alfabético da escrita, mas, sim, que aprendam a pensar sobre ele, se aventurem com gosto a escrever e encontrem recursos suficientes para fazê-lo. III – Assume-se o direito da criança de pensar sobre a escrita nas mais diversas práticas sociais, além de brincar, de ser cuidada, de conviver e interagir em ambientes seguros e desafiadores. IV - A educação infantil, por meio de um trabalho planejado, deve assegurar oportunidades de se comunicar, ler diariamente, em roda; envolver-se em processos de produção de textos e utilizar a escrita, e a leitura na organização do cotidiano e no desenvolvimento de projetos, e de iniciativas pessoais e coletivas de estudar e aprender. V - Na educação infantil, a criança se aproximará da escrita na companhia de um adulto que entende profundamente seu papel como linguagem no desenvolvimento intelectual e afetivo dessa criança. a) As alternativas I, II, III e V estão corretas. b) As alternativas II, IV e V estão corretas. c) As alternativas I, II e IV estão corretas. d) As alternativas I, II e V estão corretas. e) As alternativas I, II, III, IV e V estão corretas. [103000] O papel do outro em sua atitude responsiva (BAKTHIN, 1997) é fundamental ao longo de toda a vida, pois toda a comunicação se faz na interação. Para compreender a dimensão do trabalho com a Linguagem Oral e na Educação Infantil, é correto afirmar, de acordo com Augusto (2011), que: I – Bakthin questiona a proposição tradicional da linguística de seu tempo, que concebia o papel do emissor de modo distinto do receptor. Para ele, é impossível pensar a palavra senão na interação. Não se trata mais de entender como a mensagem sai de um emissor e chega a um interlocutor, mas, sim, compreender como se dá o processo de construção de significado na interlocução. II – Para Bakthin, a linguagem é produto da interação de sujeitos históricos, portanto, todo discurso é interdiscursivo, atravessado por outras vozes. Nessa perspectiva, produzir discurso pressupõe a apropriação dos discursos sociais (BAKTHIN, 1997). Esse conhecimento é fundamental ao professor, que deve ver, na sua atitude responsiva, as condições necessárias à comunicação das crianças. Assim, as palavras, embora tenham seus significados socialmente aceitos e compartilhados por todos os falantes de uma dada língua, não são transparentes porque não possuem o mesmo sentido para todas as pessoas. O sentido é construído pela interação do sujeito com seu interlocutor e tantos outros cujas vozes que se apresentam nos diferentes discursos que nos cercam. III – Muitas das expectativas de organização da linguagem e do pensamento, pautadas pela lógica dos adultos, não podem ser atendidas pelas crianças. Saber sobre os aspectos teóricos da questão, o papel do outro na aquisição da linguagem pela criança e na construção dos diferentes discursos infantis, além do reconhecimento das características sincréticas do pensamento infantil, permitem ao professor melhor orientar algumas situações comunicativas que devem estar presentes entre as práticas da educação infantil. IV – A roda de conversa é uma atividade diária em que os professores simulam situações de comunicação desprovida dos propósitos sociais reais, a fim de apenas desenvolver e organizar linearmente o pensamento infantil, conduzindo atividades como: dar recados, informações etc. Nas salas dos menores, é comum imperar o silêncio ou falas muito estereotipadas e infantilizadas, para que os bebês tenham contato com a linguagem em toda a sua complexidade. V – A roda de conversa é usada para a apresentação de assuntos, de instrução do professor para uma atividade ou para as etapas de trabalho de um projeto, mas a comunicação quase sempre fica centrada na fala do adulto, restando à criança o lugar de ouvinte, tantas vezes respondendo em coro. Isso demonstra que os professores conseguem ajudar as crianças na participação ativa de uma conversa e conhecem o modo próprio como a criança pensa e da própria conversa como algo a ser aprendido em sua cultura. Agora, assinale a correta: a) As alternativas I, II, IV e V estão corretas. b) As alternativas I, II e III estão corretas. c) As alternativas II, IV e V estão corretas. d) As alternativas I, II e IV estão corretas. e) As alternativas I, II e V estão corretas. [224448] Observe o protocolo de escrita abaixo do aluno Pedro Lukas (6 anos) e, depois, veja quais as alternativas abaixo apresentam uma análise adequada de acordo com a hipótese de escrita apresentada pelo aluno, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky. (escrita do Lukas) I. Pedro Lukas (6 anos) possui uma hipótese de escrita silábico qualitativa. II. Observemos que, para grafar as palavras sugeridas, ele usou, no geral, uma letra para cada sílaba, como também se preocupou em utilizar uma letra que se adequasse ao som por ele escutado. Consideramos importante destacar que, no momento da escrita e, posteriormente, na leitura das palavras, o aluno apresentou dificuldades para compreender o que ele havia escrito. III. Pedro Lukas (6 anos) apresenta uma hipótese silábico alfabética, ou seja, embora ele escreva com preocupação em relacionar fonemas e grafemas, ainda se confunde no que se refere ao som de determinadas letras, e é provavelmente por isso que ele “erra”, por desconhecer os sons. Observa-se que ele nem sempre escreve marcando todas as unidades menores que as sílabas, sendo essa a principal característica dos silábicos alfabéticos. IV. No exemplo da palavra BOI, grafada como OIAI, Pedro Lukas escreveu inicialmente apenas OI, usando uma letra para cada uma das sílabas e buscando grafar com uma letra que representava um dos sons da sílaba (no caso, as vogais). No entanto, após marcar OI, o aluno olhou para a palavra e disse: “Tá faltando!” Imediatamente ele completou com as letras AI, afirmando que agora estava correto. Diante das assertivas, é correto afirmar que: a) I, II, III e IV estão corretas. b) I, III e IV estão corretas. c) I, II e IV estão corretas. d) I e III estão corretas. e) I e IV estão corretas. [109626] Analise o protocolo de escrita abaixo, do aluno Bruno, e assinale a alternativa que indica e descreve a hipótese de escrita apresentada pelo aluno, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky. Observe que, em algumas alternativas, a hipótese de escrita se repete. Assim, atente à coerência da descrição da hipótese: (escrita do Bruno) a) O aluno Bruno apresenta uma hipótese silábica, pois, no momento de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba da palavra. No caso das palavras que têm apenas uma sílaba, ele optou por usar duas letras, provavelmente por considerar que não é possível escrever palavras com uma única letra. b) O aluno Bruno apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, não faz correspondência entre escrita e pauta sonora nem no eixo da quantidade, pois o número de letras não equivale ao número de sílabas nem de fonemas, nem no eixo da qualidade, uma vez que as letras escolhidas não correspondem aos fonemas que ele precisaria representar. c) O aluno Bruno apresenta uma hipótese alfabética, ou seja, apresenta todas as relações entre grafemas e fonemas, em algunsmomentos, até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas, sim, em escrevê-los de forma convencional (ortograficamente correta). d) O aluno Bruno apresenta uma hipótese silábica, ou seja, preocupa-se apenas com o aspecto quantitativo, marcando uma letra qualquer para representar cada sílaba da palavra, o que corresponde a um estágio silábico de quantidade. e) O aluno Bruno apresenta uma hipótese silábica, ou seja, à medida que começa a utilizar, na escrita das sílabas das palavras, letras que possuem uma correspondência com os sons representados, ele está na fase silábica de qualidade. [87865] Analise o protocolo de escrita abaixo da aluna Larissa e assinale a alternativa em que indica e descreve a hipótese de escrita apresentada pela aluna, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky. Observe que em algumas alternativas, a hipótese de escrita se repete. Assim, atente a coerência da descrição da hipótese: (escrita da Larissa) a) A aluna Larissa apresenta uma hipótese silábica, no momento de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba da palavra. No caso das palavras que tem apenas uma sílaba ela optou por usar duas letras, provavelmente por considerar que não é possível escrever palavras com uma única letra. b) A aluna Larissa apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, não faz correspondência entre escrita e pauta sonora nem no eixo da quantidade, pois o número de letras não equivale ao número de sílabas nem de fonemas, nem no eixo da qualidade, uma vez que as letras escolhidas não correspondem aos fonemas que ela precisaria representar. c) A aluna Larissa apresenta uma hipótese alfabética, ou seja, apresenta todas as relações entre grafemas e fonemas, em alguns momentos até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas, sim, escrevê-los de forma convencional (ortograficamente correta). d) A aluna Larissa apresenta uma hipótese silábica, ou seja, preocupa-se apenas com o aspecto quantitativo, marcando uma letra qualquer para representar cada sílaba da palavra, o que corresponde a um estágio silábico quantitativo. e) A aluna Larissa apresenta uma hipótese silábica, ou seja, na medida em que começa a utilizar, na escrita das sílabas das palavras, letras que possuem uma correspondência com os sons representados, ela está na fase silábica qualitativa. [109116] No texto de Coutinho (2005) ela cita as autoras Teberosky e Colomer (2003) e que estas autoras afirmam a respeito do processo de apropriação do sistema de escrita: I - As crianças, antes de poderem ler e escrever sozinhas e convencionalmente, formulam uma série de ideias próprias ou hipóteses, atribuindo aos símbolos da escrita alfabética significados bastante distintos dos que lhes transmitem os adultos que as alfabetizam. II - As hipóteses elaboradas pela criança seguem uma ordem de evolução em que, a princípio, não se estabelece uma relação entre as formas gráficas da escrita e os significantes das palavras (hipótese pré-silábica). Em seguida, a criança constrói hipóteses de fonetização da escrita, inicialmente, relacionando os símbolos gráficos às sílabas orais das palavras (hipótese silábica) e, finalmente, compreende que as letras representam unidades menores que as sílabas: os fonemas da língua (hipótese alfabética). Entre esses dois momentos, haveria um período de transição (hipótese silábico-alfabética). III - Nas séries iniciais, as crianças precisam ser submetidas a inúmeras atividades de preparação para a escrita, principalmente cópia ou ditado de palavras que já foram memorizadas. Primeiro elas copiam sílabas, depois palavras e frases e só mais tarde são solicitadas a produzir escritas de forma autônoma. Agora, assinale a correta: a) Apenas a alternativa III está correta. b) As alternativas I e II estão corretas. c) As alternativas I e III estão corretas. d) Apenas a alternativa II está correta. e) As alternativas I, II, III estão corretas. [101488] Augusto (2011), em seu texto, apresenta as possibilidades de trabalho com a Linguagem Oral e na Educação Infantil. A autora questiona a ideia natural de desenvolvimento da fala em contraposição a autores que assumem o papel do outro na produção de discursos. Para compreender a dimensão do trabalho a ser feito com a linguagem oral na escola, é correto afirmar que: I. O professor precisa conhecer como as crianças aprendem a falar e a se comunicar e qual é o papel do outro tanto na aquisição de linguagem pela criança pequena, quanto na construção dos diferentes discursos em processo na organização do pensamento infantil, bem como quais são as implicações pedagógicas decorrentes desse conhecimento. II. Faz-se necessário uma maior intencionalidade pedagógica no trabalho com a linguagem oral no cotidiano da educação infantil, por meio do planejamento de algumas práticas, como conversar, narrar, brincar e comunicar-se. Tais atividades podem se constituir como eixos fundamentais da organização do trabalho com a linguagem oral na escola, pois, em todos os casos, não faltam oportunidades para aprender e elas contribuem para a construção de um ambiente mais falante na escola. III. O desenvolvimento da fala é natural, portanto, não exige do professor uma atenção especial, uma vez que o desenvolvimento orgânico do aparelho fonador cumpre um papel importante na conquista da fala, sendo as formas de comunicação sempre culturais. IV. Todo contato que a criança estabelece com o mundo é sempre mediado pela linguagem (VYGOTSKY, 2002). A relação da criança com a linguagem supõe uma relação com o outro. No caso da creche, é o professor que representa esse outro por meio da língua que apresenta às crianças. V. Para falar, é preciso compreender como funciona a linguagem e como se expressar nesse sistema. Isso só é possível para a criança pequena, pela mediação do adulto. É a interpretação do adulto que constitui significação à fala e, desse modo, sustenta a produção de discurso da criança. Nesse sentido, pode-se dizer que o adulto é a “[...] instância da língua constituída” (LEMOS, 1998). Agora, assinale a correta: a) As alternativas I, II, IV e V estão corretas. b) As alternativas I, II, III e V estão corretas. c) As alternativas II, IV e V estão corretas. d) As alternativas I, II e IV estão corretas. e) As alternativas I, II e V estão corretas. [111273] Tradicionalmente, o problema da alfabetização tem sido exposto como uma questão de método, e a preocupação seria a de buscar o “melhor e mais eficaz método para ensinar a ler e escrever”. A respeito disso, quais são os problemas evidenciado pelas autoras Ferreiro e Teberosky a respeito da concepção tradicional de alfabetização (Discussão feita no texto: COUTINHO, 2005): I - Priorizava o domínio da técnica de escrever, não importando propriamente o conteúdo. Era comum as crianças terem de copiar escritos que não faziam para elas o menor sentido: “O boi bebe”, “Ivo viu a uva” e tantas outras sem sentido, mas sempre presente em cartilhas e nos textos artificializados criados com o único objetivo de “ensinar a ler e escrever”, pois se acreditava que se aprendia a ler e a escrever memorizando sons, sílabas e letras. II – Tudo que era produzido pelos alunos precisava ser controlado: os aprendizes não eram autorizados a produzir livremente e, para escrever qualquer palavra, era preciso que primeiro as crianças conhecessem as letras e famílias silábicas necessárias para escrevê-las. III - Para aprender a escrever, é fundamental que o aluno tenha muitas oportunidades de fazê-lo, mesmo antes de saber grafar corretamente as palavras: quanto mais fizer isso, mais aprenderá sobre o funcionamento da escrita. IV - Era muito comum as crianças afirmarem coisas como:“Não posso ler (ou escrever) esta palavra porque minha professora ainda não ensinou esta letra”. Além disso, escritas espontâneas não eram permitidas, uma vez que as crianças deveriam escrever exclusivamente para acertar, sem nenhuma intenção de refletir sobre a escrita. Toda a produção deveria ser constantemente corrigida. Agora, assinale a correta: a) As alternativas I, III e IV estão corretas. b) As alternativas I e III estão corretas. c) As alternativas I e IV estão corretas. d) As alternativas I, II e IV estão corretas. e) As alternativas I, II, III estão corretas. [109645] Analise o protocolo de escrita abaixo, da aluna Gabriela, e assinale a alternativa que indica e descreve a hipótese de escrita apresentada pela aluna, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky: (escrita da aluna Gabriela) a) A aluna Gabriela apresenta uma hipótese silábica, pois, no momento de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba da palavra. Além disso, preocupa-se apenas com o aspecto quantitativo, marcando uma letra qualquer para representar cada sílaba da palavra, o que corresponde a um estágio silábico de quantidade. b) A aluna Gabriela apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, apresenta ideias elementares sobre a escrita, considerando que escrever é a mesma coisa que desenhar. Também tem dificuldade em diferenciar letras e números e escreve usando garatujas e pseudoletras. Acredita que só é possível escrever nomes de objetos, porque, para ela, a escrita serve para nomear as coisas. c) A aluna Gabriela apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, não faz correspondência entre escrita e pauta sonora nem no eixo da quantidade, pois o número de letras não equivale ao número de sílabas nem de fonemas, nem no eixo da qualidade, uma vez que as letras escolhidas não correspondem aos fonemas que ela precisaria representar. d) A aluna Gabriela apresenta uma hipótese alfabética, ou seja, apresenta todas as relações entre grafemas e fonemas, em alguns momentos até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas, sim, escrevê-los de forma convencional (ortograficamente correta). e) A aluna Gabriela apresenta uma hipótese silábica, ou seja, à medida que começa a utilizar, na escrita das sílabas das palavras, letras que possuem uma correspondência com os sons representados, ele está na fase silábica de qualidade. [109629] Analise o protocolo de escrita abaixo, da aluna Lucilene, e assinale a alternativa que indica e descreve a hipótese de escrita apresentada pela aluna, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky. Observe que, em algumas alternativas, a hipótese de escrita se repete. Assim, atente à coerência da descrição da hipótese: a) A aluna Lucilene apresenta uma hipótese silábica. No momento de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba da palavra. No caso das palavras que têm apenas uma sílaba (a palavra ditada foi “sol”), ela optou por usar duas letras, provavelmente por considerar que não é possível escrever palavras com uma única letra. No momento da leitura, no entanto, ela divide as palavras em sílabas (SO – U/MA – RÉ). b) A aluna Lucilene apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, apresenta ideias elementares sobre a escrita e considera que escrever é a mesma coisa que desenhar. Também tem dificuldade em diferenciar letras e números e escreve usando garatujas e pseudoletras. Acredita que só é possível escrever nomes de objetos, porque, para ela, a escrita serve para nomear as coisas. c) A aluna Lucilene apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, não faz correspondência entre escrita e pauta sonora nem no eixo da quantidade, pois o número de letras não equivale ao número de sílabas nem de fonemas, nem no eixo da qualidade, uma vez que as letras escolhidas não correspondem aos fonemas que ela precisaria representar. d) A aluna Lucilene apresenta uma hipótese alfabética, ou seja, apresenta todas as relações entre grafemas e fonemas, em alguns momentos, até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas, sim, escrevê-los de forma convencional (ortograficamente correta). e) A aluna Lucilene apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, entende que a escrita é uma representação direta do objeto e não conseguiu perceber que o que a escrita representada (nota) no papel são os sons da fala. Ela acredita que se escreve guardando as características do objeto a ser escrito. Logo, se fosse solicitada a escrever a palavra BOI, provavelmente ela o faria utilizando muitas letras, porque o boi é um animal grande e, na sua concepção, essa característica precisa ser grafada. Esse fenômeno é denominado de “realismo nominal”. [223215] Segundo Augusto (2011) a escrita e a sua cultura são importantes patrimônios da humanidade, portanto, direitos da criança. No Brasil, dada à dura realidade da grande maioria das crianças que frequentam a Educação Infantil, é ali que encontram a única oportunidade de obter informações que há muito circulam entre as famílias mais escolarizadas. É, portanto, papel da educação infantil disponibilizar a todas as crianças as informações necessárias para que possam pensar sobre sua própria língua. Diante do exposto podemos dizer que: I. Quando cuidamos do contato das crianças com a escrita na Educação Infantil, tratamos de incluí-las na cultura escrita, acolhendo suas diferentes práticas sociais e o sentido que isso tem para elas. II. Na Educação Infantil, cuidamos para que todas as crianças tenham acesso à complexidade da linguagem verbal, por meio de um processo criativo, tomando para si uma das mais importantes heranças culturais, a nossa língua, responsável por mudanças no modo como as sociedades se organizaram, com reflexos no próprio modo de pensar das pessoas. III. O contato com a leitura e a escrita não tem o objetivo de garantir que todas as crianças leiam e escrevam autonomamente ao final da educação infantil – e nem é uma expectativa que se deva ter – mas, assegura a elas o direito de pensar sobre o assunto, de explorar ideias sobre o que se escreve e como se escreve. IV. É função da Educação Infantil, ajudar a criança a conviver em um ambiente cercado de práticas promotoras da aprendizagem da linguagem escrita, nos mais variados usos e funções, atravessadas pelas múltiplas significações infantis possíveis em algumas práticas. a) As alternativas I, II, III e IV estão corretas. b) As alternativas I, II e IV estão corretas. c) As alternativas I, III e IV estão corretas. d) As alternativas I e II estão corretas. e) As alternativas II e IV estão corretas. [232653] De acordo com Abreu (2000), nas sociedades urbanas modernas, não existe grau zero de letramento, pois nelas é impossível não participar, de alguma forma, de algumas das práticas sociais que são mediadas por leitura e escrita. Nesse contexto, analise as afirmações abaixo. I. Isso significa que as pessoas que vivem e trabalham nas cidades, mesmo quando são analfabetas, não têm nenhum conhecimento sobre as práticas sociais letradas. II. Como exemplo de letramento, podemos dizer que um analfabeto que vive na cidade sabe que, para descobrir para onde vai um ônibus, é preciso ler o nome ou o número dele e, apesar de não saber ler, descobre outras formas de resolver seus problemas de transporte: seja pedindo a alguém que leia, seja memorizando o número. III. Para poder participar realmente do mundo letrado, é preciso, por exemplo, poder ler jornais e livros. Para ler jornais ou outros textos de uso social, é preciso conhecer não só as letras, mas também o tipo de linguagem em que são escritos. Para poder compreender o que se está lendo, é necessário construir uma familiaridade com a linguagem que se usapara escrever cada gênero. Desse modo, pode-se dizer que a) apenas a afirmação III está correta. b) as afirmações I, II, III estão corretas. c) as afirmações I e II estão corretas. d) as afirmações II e III estão corretas. e) apenas a afirmação II está correta. [147736] De acordo com Augusto (2011) as ações pedagógicas da Educação Infantil devem ser concebidas como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade. Diante do exposto, a escrita e a sua cultura são importantes patrimônios da humanidade, portanto, direitos da criança. Nesse sentido, é papel da educação infantil trabalhar o alfabetizar letrando, disponibilizando a todas as crianças as informações necessárias para que possam pensar sobre sua própria língua. A respeito das práticas pedagógicas de alfabetização e letramento na Educação Infantil podemos dizer que: I - A questão da alfabetização ou do letramento tem importância porque é ali, na escola ou na creche, que a criança se aproximará da escrita na companhia de um adulto que entende profundamente seu papel como linguagem no desenvolvimento intelectual e afetivo dessa criança. II – As crianças estão imersas em um mundo cercado de escrita. Dessa forma, pensam sobre ela muito antes de chegarem à Educação Infantil que tem o papel de ampliar o repertório linguístico da criança, assim como de criar as melhores condições para a construção de significações a partir das diferentes práticas sociais da escrita. III - Na educação infantil convém defender a alfabetização associada à concepção mecânica e ao treino da técnica de grafar corretamente as palavras, para que compreendam o nosso sistema de escrita como um processo de codificação e decodificação. IV - Na educação infantil convém assumir o ponto crucial no desenvolvimento cultural da criança, o que permite compreender a linguagem escrita, como uma atividade criadora e constitutiva de conhecimento e, por isso mesmo, transformadora. a) As alternativas I, II, III e IV estão corretas. b) As alternativas I, II e IV estão corretas. c) As alternativas I, III e IV estão corretas. d) As alternativas I e II estão corretas. e) As alternativas II e IV estão corretas. [223785] De acordo com Abreu (2000), a alfabetização é uma aprendizagem mais ampla e complexa do que o “bê-abá”. Esta concepção ampliada do conteúdo da alfabetização levou a algumas mudanças do trabalho em sala de aula, as principais mudanças foram: I. além de aprender sobre as letras, os alunos aprendem sobre os diversos usos e as formas da língua que existem num mundo onde a escrita é um meio essencial de comunicação. II. para ensinar os usos e as formas da língua para se escrever em português, é necessário, sempre que possível, fazê-lo em situações comunicativas. III. ter como unidade de ensino a unidade funcional da língua: o texto. Significa também trazer para dentro da escola a diversidade textual que existe fora dela, abrindo assim, para nossos alunos, as portas do mundo letrado. Agora, assinale a correta: a) Apenas a afirmativa III está correta. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) As afirmativas I, II, III estão corretas. d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. e) Apenas a afirmativa II está correta. [128400] Analise o protocolo de escrita abaixo do aluno Arthur, de 6 anos, e assinale a alternativa em que indica e descreve a hipótese de escrita apresentada pelo aluno, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky. Observe que em algumas alternativas, a hipótese de escrita se repete. Assim, atente a coerência da descrição da hipótese: (escrita do aluno Arthur) a) O aluno Arthur apresenta uma hipótese silábica, no momento de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba da palavra. No caso das palavras que tem apenas uma sílaba ele optou por usar duas letras, provavelmente por considerar que não é possível escrever palavras com uma única letra. b) O aluno Arthur apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, não faz correspondência entre escrita e pauta sonora nem no eixo da quantidade, pois o número de letras não equivale ao número de sílabas nem de fonemas, nem no eixo da qualidade, uma vez que as letras escolhidas não correspondem aos fonemas que ele precisaria representar. c) O aluno Arthur apresenta uma hipótese alfabética, ou seja, apresenta todas as relações entre grafemas e fonemas, em alguns momentos até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas, sim, escrevê-los de forma convencional (ortograficamente correta). d) O aluno Arthur apresenta uma hipótese silábica, ou seja, preocupa-se apenas com o aspecto quantitativo, marcando uma letra qualquer para representar cada sílaba da palavra, o que corresponde a um estágio silábico de quantidade. e) O aluno Arthur apresenta uma hipótese silábico-alfabética, ou seja, embora ele escreva com preocupação em relacionar fonemas e grafemas, ainda se confunde no que se refere ao som de determinadas letras, e é provavelmente por isso que ele “erra”, por desconhecer os sons, como aconteceu na escrita de PELELEC (referindo- se a PERERECA). Observa se que ele nem sempre escreve marcando todas as unidades menores que as sílabas, como em CGORO (que representava CACHORRO), sendo essa a principal característica dos silábicos-alfabéticos. [283435] Analise o protocolo de escrita abaixo da aluna Ana, de 6 anos, e assinale a alternativa em que indica e descreve a hipótese de escrita apresentada pela aluna, segundo o referencial teórico de Ferreiro e Teberosky. Observe que em algumas alternativas, a hipótese de escrita se repete. Assim, atente a coerência da descrição da hipótese: (escrita da aluna Ana) a) A aluna Ana apresenta uma hipótese silábica, no momento de escrita das palavras, utilizou uma letra para representar cada sílaba da palavra. No caso das palavras que tem apenas uma sílaba ela optou por usar duas letras, provavelmente por considerar que não é possível escrever palavras com uma única letra. b) A aluna Ana apresenta uma hipótese pré-silábica, ou seja, não faz correspondência entre escrita e pauta sonora nem no eixo da quantidade, pois o número de letras não equivale ao número de sílabas nem de fonemas, nem no eixo da qualidade, uma vez que as letras escolhidas não correspondem aos fonemas que ela precisaria representar. c) A aluna Ana apresenta uma hipótese alfabética, ou seja, apresenta todas as relações entre grafemas e fonemas, em alguns momentos até com dificuldades ortográficas. A preocupação não está em perceber os sons da fala e grafá-los, mas, sim, escrevê-los de forma convencional (ortograficamente correta). d) A aluna Ana apresenta uma hipótese silábica, ou seja, preocupa-se apenas com o aspecto quantitativo, marcando uma letra qualquer para representar cada sílaba da palavra, o que corresponde a um estágio silábico de quantidade. e) A aluna Ana apresenta uma hipótese silábico-alfabética, ou seja, embora ela escreva com preocupação em relacionar fonemas e grafemas, ainda se confunde no que se refere ao som de determinadas letras, e é provavelmente por isso que ele “erra”, por desconhecer os sons, como aconteceu na escrita de OLIO (referindo- se a OLHOS). Observa-se que ela nem sempre escreve marcando todas as unidades menores que as sílabas, como em MLOR (que representava MELHOR), sendo essa a principal característica dos silábicos-alfabéticos. [89077] A respeito dos agrupamentos produtivos e a organização do tempo pedagógico na sala de alfabetização observe o que diz a professora Edijane: “Eu planejo as atividadespensando, na maioria das vezes, no grupo maior. [...] Então eu penso, a partir desse grupo, e depois eu fico pensando que atividades, a partir dessa eu posso adequar para os outros níveis, fazer as variações. Eu confesso que nem sempre eu consigo, porque a dinâmica do dia a dia da sala de aula, do tempo que a gente tem disponível para planejar e para pensar na atividade é muito pouco.” Apesar de reconhecer as dificuldades envolvidas na realização de um ensino ajustado às necessidades de aprendizagem dos alunos, a professora Edijane explicita que propõe algumas variações nas atividades propostas à turma, de modo a que elas possam ser respondidas de maneiras diferenciadas por alunos com diferentes níveis de conhecimento. A esse respeito de acordo com Silva (2012) é correto afirmar que: I – O tempo pedagógico pode ser organizado, em sala de aula, contemplando a realização de atividades coletivas e, sempre que viável, de atividades diferenciadas, ajustadas aos diferentes níveis de conhecimento dos aprendizes. II – O professor precisa identificar as necessidades de cada aluno, por meio de sondagens diagnósticas, e atuar com todos, simultaneamente, atendendo às diferentes demandas de aprendizagem. III - As atividades coletivas são aquelas nas quais o professor propõe uma mesma atividade para todos os alunos e a realiza, ao mesmo tempo, com toda a turma. Podemos citar como exemplo a escrita coletiva de palavras na lousa, situação na qual os aprendizes mais principiantes poderão ser estimulados a refletir sobre quantas e quais letras irão usar para escrever e em que ordem essas letras devem ser colocadas, ao passo que os mais avançados estarão refletindo sobre a ortografia das palavras. Tal atividade poderá, portanto, propiciar diferentes reflexões para alunos com diferentes níveis de conhecimento sobre o SEA. IV - As atividades diferenciadas são aquelas nas quais o docente propõe a realização de atividades distintas pelos alunos em um mesmo momento, a turma pode ser organizada em pequenos grupos ou em duplas. Nesse caso, pode-se propor variações em uma mesma atividade, tornando-a mais ou menos desafiadora, de modo a atender à diversidade de conhecimentos dos alunos, ou propor atividades diferentes para grupos ou duplas diferentes. Agora, assinale a correta: a) As alternativas I, II e IV estão corretas. b) As alternativas I, II, III e IV estão corretas. c) As alternativas II e IV estão corretas. d) As alternativas I e III estão corretas. e) As alternativas I e II estão corretas. [283440] De acordo com Silva (2012), os alunos agrupados em uma mesma sala de aula, apesar de terem, geralmente, a mesma idade ou idades próximas, não aprendem as mesmas coisas, da mesma maneira e no mesmo momento. Como cada aluno é um indivíduo diferente do outro, um ser único, que vivencia experiências extraescolares distintas, é impossível existir uma sala de aula homogênea. A heterogeneidade de conhecimentos dos alunos de uma mesma turma ou de turmas diferentes é, portanto, natural e inevitável, não devendo ser vista de maneira negativa. Diante do exposto por Silva, como o professor alfabetizador deve trabalhar a heterogeneidade de conhecimentos dos aprendizes e a organização das atividades de alfabetização em sala de aula? Observe as assertivas: I- Atender à diversidade de conhecimentos dos aprendizes em sala de aula pressupõe ajustar o ensino às diferentes necessidades de aprendizagem da turma. Essa complexa tarefa docente envolve a proposição não apenas de atividades únicas e padronizadas, que são realizadas simultaneamente por todos os alunos, mas, também, de atividades diferenciadas ou que podem ser respondidas de modos distintos por alunos com diferentes níveis de conhecimento. II- Para o agrupamento dos alunos, é preciso considerar as diferenças das aquisições de conhecimentos e experiências dos alunos com a língua escrita. Essas diferenças, comuns em todas as salas de aula, indicarão para o professor quais atividades podem ser realizadas por todos os alunos ao mesmo tempo, pois envolvem habilidades que todos dominam, e quais precisam ser realizadas por meio de orientações específicas para grupos diferenciados. III- Precisamos organizar as classes de alfabetização de forma homogênea, tendo cuidado para não rotular os alunos. Dessa forma, considera-se que a interação entre crianças com diferentes níveis de conhecimento em uma mesma atividade pode ser promotora de aprendizagens diversas. IV- Compreende-se que sempre há a necessidade de propor atividades diversificadas, em um mesmo tempo, ajustadas aos diferentes níveis de conhecimento dos alunos, ou de uma mesma atividade com ajuste às diferentes necessidades de aprendizagem dos educandos. Agora, assinale a correta: a) As alternativas I, II e IV estão corretas. b) As alternativas I, II e III estão corretas. c) As alternativas II e IV estão corretas. d) As alternativas I e III estão corretas. e) As alternativas I e II estão corretas. [263319] A importância das metodologias para o ensino da leitura e da escrita é o que nos motiva a privilegiar uma discussão de caráter pedagógico, no que se refere à organização didática da ação alfabetizadora. Assim, no sentido de promover ações que auxiliem as crianças a reconstruírem as propriedades do sistema alfabético, entendemos que três momentos pedagógicos devam ter espaço garantido todos os dias no planejamento endereçado a uma classe de alfabetização. Dessa forma, quais são esses três momentos pedagógicos: a) Sondagem Diagnóstica, Intervenção e Reflexão Pedagógica. b) Sondagem Diagnóstica, Sistematização e Intervenção Pedagógica c) Reflexão metalinguística, Sistematização e Intervenção Pedagógica. d) Sequências Didáticas, Sondagem Diagnóstica e Sistematização. e) Sequências Didáticas, Sistematização e Intervenção Pedagógica. [263320] Observe o caso: A professora realizou a leitura compartilhada do livro “Você troca?” de Eva Furnari, salientando as rimas entre as palavras, incitando os alunos a identificarem as semelhanças sonoras na posição final (última vogal tônica). Em seguida, a professora apresentou aos alunos cartazes com as imagens do texto e a escrita de palavras-chave em letra imprensa maiúscula e também em letra cursiva. A análise se deu através da identificação das letras iniciais, finais e das vogais das palavras, mas não se restringiu a isso: a contagem das sílabas e a comparação de palavras quanto ao número de sílabas foi também realizada. Veja a análise da professora feita com os alunos: P: Aposto que vocês não viram uma coisa... O que mudou do TUTU pro TATU? Cs: O U e o A P: E aqui, o que mudou do PATO pro RATO? Cs: O P e o R. P: Olha TATURANA, o que acontece se eu tirar essa parte aqui? (esconde RANA). Cs: TATU. P: Muito bem! E se eu tirar essa outra parte? (esconde TATUR). Cs: ANA. P: Vamos ver outra palavra... essa aqui ó CHAPEUZINHO... quero ver quem encontra outras palavras dentro dessa... C: CHAPÉU, ‘sora! P: Isso mesmo! Têm outras, vamos ver... C: Só CHÁ também dá... (professora esconde as sílabas para todos visualizarem.) P: Dá sim, e tem mais uma... bem pequenininha... C: É PÉ, professora? P: É, encontrou! Que gente esperta nessa turma! Quais os conhecimentos mobilizados pelos alunos nesse momento de reflexão metalinguística: I - Os dois primeiros pares de palavras que a professora selecionou para exploração (TUTU-TATU e PATO-RATO) levam à produção de análises fonêmicas, ou seja, a consciência de que a troca de um fonema pode alterar o sentido de uma palavra, produzindo outra totalmente diferente. Tal habilidade envolve o reconhecimento e a manipulação das menores (e complexas) unidades sonoras: os fonemas. II - A proposta de encontrar palavras dentro de TATURANA e de CHAPEUZINHO possibilita colocar em jogo habilidades de consciênciasilábica, no que se refere ao reconhecimento e à manipulação da constituição das palavras por sílabas. III - A identificação de ANA dentro de TATURANA e de PÉ em CHAPEUZINHO relaciona-se a reflexões metalinguísticas mais sofisticadas, uma vez que pressupõem a decomposição das sílabas originais das palavras em outras. Em qualquer um dos casos, o exercício de segmentação da cadeia proposto pela professora exigiu das crianças selecionar sílabas ou conjunto de sílabas que correspondessem a outras palavras. IV - Os alunos também mobilizaram habilidades de consciência semântica – que diz respeito à reflexão acerca dos significados das palavras – quando solicitados a realizar pareamentos entre sílabas ou conjunto de sílabas e sentido. V - Essa atividade ocorre um jogo das (e entre as) palavras, estrategicamente arquitetado por uma professora que faz boas intervenções e valoriza uma postura reflexiva e curiosa perante a língua em uma prática colaborativa entre os alunos. Estão corretas as afirmativas: a) I, II, III, IV e V b) II, III, IV e V c) I, II, III e IV d) I, II, IV e V e) I, III, IV e V [159861] A respeito de toda a organização do trabalho pedagógico de alfabetização e o processo de apropriação e reflexão sobre a escrita é correto afirmar que: I – Para o efetivo trabalho de alfabetização sugerem-se três tipos de organização do trabalho pedagógico, tanto para situações de atividade individual como em parceria: momentos em que todos os alunos realizam a mesma proposta; momentos em que, diante de uma mesma proposta ou material, realizam tarefas diferentes; e momentos de propostas diversificadas, em que os grupos têm tarefas diferentes em função do que estão precisando aprender no momento. II - É preciso planejar situações em que os alunos sejam convidados a escrever coisas, cuja forma escrita não sabem de memória, pois isso que permite ao professor conhecer suas hipóteses, descobrir quais ideias orientam as "estranhas" escritas que produzem e oferecer boas situações de ensino e aprendizagem. III - No período em que os alunos ainda não se alfabetizaram e estão ocupados em descobrir quantas e quais letras são usadas para escrever (ou seja, ocupados com uma análise de aspectos quantitativos e/ou qualitativos da escrita), o uso da letra de fôrma maiúscula é o mais recomendado pois suas características permitem que eles analisem as letras separadamente, distinguindo-as umas das outras com facilidade - além de serem também mais simples de grafar. A letra manuscrita, por se contínua, não ajuda os alunos a identificar quantas e quais letras serão escritas, pois nem sempre é observável onde uma acaba e a outra começa. Depois que eles se alfabetizam, aí sim, é o momento de ensiná-los a escrever a letra manuscrita e de exercitá-la para que escrevam rapidamente e de forma legível. IV - A entrevista individual com os alunos ou sondagem diagnóstica é um recurso para identificar suas hipóteses de escrita, não é uma atividade didática de sala de aula. A realização desse tipo de entrevista só é necessária quando o professor não consegue identificar as hipóteses de seus alunos por meio das escritas que eles produzem nas atividades escolares cotidianas. V - É pensando sobre a escrita que se aprende a ler e escrever. A memorização de sílabas garante a compreensão das regras de geração e funcionamento do sistema de escrita alfabético. Assim, as ideias que os alunos constroem sobre a escrita (as hipóteses de escrita) são erros construtivos, ou seja, são erros necessários para que se aproximem cada vez mais da escrita convencional. Embora sejam erros considerados necessários, o professor deva referendá-lo porque fazem parte do processo de aprendizagem e esperar que eles sejam superados espontaneamente, de acordo com "ritmo do aluno". As hipóteses de escrita superam-se umas às outras, em maior ou menor tempo, dependendo de como o professor organiza as situações didáticas: o mais importante é planejar intencionalmente o trabalho pedagógico, de forma a atender às necessidades de aprendizagem dos alunos. VI - O conhecimento que o professor tem sobre o que pensam seus alunos a respeito da escrita deve estar a serviço do planejamento das situações didáticas que propõe a eles: de nada adianta saber sobre como os alunos aprendem, se não for para fazer uso desse conhecimento. Situações didáticas ajustadas às necessidades de aprendizagem dos alunos pressupõem selecionar atividades adequadas, montar agrupamentos produtivos dos alunos (quando as atividades serão realizadas em parceria), formular perguntas que os ajudem a pensar enquanto trabalham, oferecer sugestões e informações úteis para fazê-los avançar em suas aprendizagens. Para isso tudo contribui decisivamente o conhecimento que o professor tem sobre o que os alunos sabem a respeito da escrita. Estão corretas as afirmativas: a) I, II, III, IV e VI b) II, III, IV e V c) I, II, IV, V e VI d) I, II, IV e V e) III, IV e VI [172310] A professora Susi sempre inicia seu ano letivo realizando uma sondagem diagnóstica para avaliar as hipóteses de escrita dos seus alunos dessa forma, ele consegue saber quais são as ideias que os alunos têm sobre a escrita, ou seja, analisa os conhecimentos já construídos pelos alunos por seus alunos a respeito do sistema de escrita alfabético. No entanto, para que consiga organizar sua prática de alfabetização de forma a ajudar os alunos a avançar, Susi precisará ter consciência dos conhecimentos que podem ser construídos em cada hipótese de escrita. Dessa forma, com crianças em hipótese pré-silábica, organiza seu trabalho pedagógico, considerando atividades que: I - Auxiliem os alunos a perceber que a escrita representa os sons das fala, e não os objetos em si com suas características. Para tal, atividades de análise fonológica, em que os alunos serão desafiados a perceber que palavras que começam (aliteração) ou terminam com o mesmo som (rima) têm a tendência a ser escritas com o mesmo grupo de sílabas ou letras. II - A exploração de sons iniciais e finais são bastante interessantes nesta fase, e podem ser feitos pela exploração oral, mas, sobretudo, pela escrita de poemas, trava-línguas, parlendas e outros textos. III – Trabalhem com palavras estáveis, como os nomes próprios dos alunos da turma, podem auxiliar na percepção de que partes iguais se escrevem de forma semelhante, e partes (sílabas ou letras) presentes no nome de um aluno também podem ser encontradas nos nomes de outros colegas. IV - Explorem textos conhecidos de memória que auxiliarão na construção da base alfabética, uma vez que, ao lerem textos de cor, as crianças podem ajustar a pauta sonora à pauta escrita e, assim, podem perceber que eles leem o que está grafado no papel. V - Devem ajudar os alunos a refletir que a sílaba não é a menor unidade de uma palavra e que ela é constituída de partes menores (os fonemas).Como os alunos já são capazes de estabelecer vinculação sonora, uma boa atividade para auxiliá-los pode ser o trabalho com escrita espontânea ou também por meio de ditados e autoditados, propondo que os alunos interpretem seus escritos.Estão corretas as afirmativas: a alternativa C é a correta: I, II, III e IV [172332] A respeito dos princípios didáticos que utilizamos para definir uma boa situação de aprendizagem de alfabetização é correto afirmar que I - Uma atividade é considerada uma boa situação de aprendizagem quando os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo em torno do qual o professor organizou a tarefa. II - Uma atividade é considerada uma boa situação de aprendizagem quando os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem a produzir. III - Uma atividade é considerada uma boa situação de aprendizagem quando conteúdo trabalhado mantém as suas característicasde objeto sociocultural real - por isso, no caso da alfabetização, a proposta é o uso de sílabas ou palavras soltas. IV - Uma atividade é considerada uma boa situação de aprendizagem quando se utiliza textos porque garantem a não descaracterização do que é conteúdo da alfabetização, e porque alguns tipos de texto favorecem a reflexão sobre as características da escrita alfabética. V - Os conteúdos trabalhados devem manter suas características de “objeto sociocultural real”, ou seja, não devem ser propostos conteúdos fragmentados ou “escolarizados” de forma a perder seu contexto real, ou seja, seu significado social. VI - Uma atividade é considerada uma boa situação de aprendizagem quando organização da tarefa garante a máxima circulação de informação possível entre os alunos - por isso as situações propostas devem prever o intercâmbio, a interação entre eles. Estão corretas as afirmativas: a alternativa E está correta: I, II, IV, V e VI educação física 2 questões [220189] Leia atentamente as asserções que seguem: I – Na brincadeira e no jogo, as crianças constroem suas regras, de acordo com as exigências das brincadeiras e com a experiência de vida de cada uma delas. II – Nas brincadeiras simbólicas, o objeto acaba perdendo o seu real significado, transformando-se, para a criança, no que ela representar naquele determinado momento. III – Os termos jogos e brincadeiras encontram consensos teóricos e conceituais entre os autores dedicados aos estudos dos temas. IV – Diferenciamos o brinquedo da brincadeira e do jogo na medida em que o entendemos como algo concreto, que a criança pode manipular. De acordo com as asserções acima, é correto o que se afirma em: Resposta da questão Todas as alternativas podem ser constatadas a partir da leitura da Unidade 1 do livro “Jogos e Brincadeiras I”, exceto o contido em IV. Atualmente, os termos jogos e brincadeiras não encontram consensos teóricos e conceituais. São atributos que, dependendo desse ou daquele autor, apresentam-se como sinônimos ou manifestações e atividades diferentes uma da outra. As demais afirmações podem ser constatadas em: I – p.39 II – p.40 IV – p.40 [254945] Assinale a alternativa que indica corretamente o interesse cultural do lazer cuja ênfase recai sobre o conhecimento vivido, experimentado, fundamental para a formação do indivíduo e através do qual buscamos o contato com as informações objetivas e explicações racionais, por meio de cursos ou leitura, por exemplo: Resposta da questão (C interesse intelectual) A partir das considerações de Melo, Brêtas e Monteiro (2009) discutidas no livro Jogos e Brincadeiras II (Unidade 2) os interesses intelectuais se referem “[...] às atividades em que ‘o prazer fundamental está relacionado à reflexão e ao raciocínio, tais como jogos intelectuais (xadrez, dama, jogo de baralho, truco, buraco, etc.), palestras, leituras etc” (SANTOS; MORSCHBACHER, 2014, p.67). [159162] De acordo com os estudos realizados como o professor alfabetizador pode organizar as atividades de alfabetização em sala de aula, considerando a heterogeneidade de conhecimentos dos alunos: I – O professor precisa ajustar o ensino às diferentes necessidades de aprendizagem dos alunos a fim de atender à diversidade de conhecimentos dos aprendizes. II - Para a organização dos agrupamentos dos alunos é preciso considerar as diferenças das aquisições de conhecimentos e experiências dos alunos com a língua escrita, considerando hipóteses de escritas aproximadas, mas que levem a reflexão sobre o sistema de escrita alfabético (SEA). III – A diversidade de conhecimentos em sala de aula dará indicativos para o professor sobre quais atividades podem ser realizadas por todos os alunos ao mesmo tempo, pois envolvem habilidades que todos dominam, e quais precisam ser realizadas por meio de orientações específicas para grupos diferenciados. IV - Precisamos organizar as classes de alfabetização de forma homogênea, tendo cuidado para não rotular os alunos. Dessa forma, considera-se que a interação entre crianças com diferentes níveis de conhecimento em uma mesma atividade pode ser promotora de aprendizagens diversas. Agora, assinale a correta: a) As alternativas I, II e IV estão corretas. b) As alternativas I, II e III estão corretas. c) As alternativas II e IV estão corretas. d) As alternativas I e III estão corretas. e) As alternativas I e II estão corretas. [263625] Observe Pedro nas cenas abaixo: Cena 1: Aos 4 anos e 2 meses. Pedra comentou com a mãe, chamada Alice: - Mamãe, tem [ali] dentro de "Alice", não é? Cena 2: Aos 4 anos e 4 meses, Pedro, sentado no banco de trás do carro, ia para a natação com a mãe. De repente ele começou a ter uma série de insights sobre palavras e sobre a escrita destas, c foi falando: - Mamãe, veja [Ma] [ri] [a] tem três letras. (Obs: Maria é o nome da sua prima). A mãe achou engraçado e explicou: - Veja, Pedro, pra fazer um som, às vezes a gente junta mais de uma letra. O [Ma] de "Maria" tem um "M" e um 'A'; o [ri] tem um 'R" e um "I", e depois tem um "A”. Então, "Maria" tem cinco letras. - Desculpe, mamãe, mas você está errada! "Maria" tem três letras. - Pedro, mamãe só está explicando como é, mas por que você não pergunta para a professora da escola? - Mamãs, eu estou te falando: "Maria" tem três letras e pronto! Continuando suas reflexões metalinguísticas, Pedro disse: - Mamãe, "chicote” é "Chico" com um “T”. (Obs: Chico é o nome de um colega da sua turma da escola). - É. Pedro, você tem razão. Muito bem! Pedro continuou falando o nome das coisas que via pela janela. Ao passar diante da farmácia, Pedro falou: - Mamãe, "farmácia" é parecido com "Márcia: mas não é igual. - Muito bem, meu filho! Você está sabido mesmo! Cena 3: Aos 4 anos e 6 meses, Pedro passou correndo pela portaria do seu prédio, que estava em reforma, para se dirigir ao carro, onde sua avó o esperava. Ao chegar na calçada, parou e comentou com o avô: - Vovô, “portaria" parece com "porcaria", não é? De acordo com Morais (2019, p.30-35) o que as cenas nos indicam a respeito do desenvolvimento da consciência fonológica é que: I - As crianças, no processo de aquisição da língua oral, ouvem e produzem cadeias sonoras – significantes – que associam a significados. Para compreender a escrita alfabética como notações que representam os sons que compõem essas cadeias sonoras, é necessário que dissociem significante e significado, isto é, que dirijam sua atenção para o estrato fônico das palavras, desligando-o do estrato semântico. II – As crianças apresentam, espontaneamente, curiosidades metalinguísticas. Dessa forma, cabe despertá-la e alimentá-la entre todos os aprendizes, de modo que todos possam vir a brincar com as palavras, tomando-as como objetos de reflexão no cotidiano, sem que para isso tenham de ser submetidos a treinos de pronúncia de fonemas isolados. III - as crianças podem refletir desde cedo sobre as partes orais das palavras, brincando com sílabas, com rimas e pensando sobre qual relação àqueles pedaços orais têm com as letras que usamos ao escrever. IV - Pedro até os 5 anos de idade, continuava sem compreender como as letras substituíam as partes orais das palavras que ela conseguia analisar. Mesmo quando teimosamente dizia para a mãe que "Ma-ri-a” tinha "três letras", ele não conseguia usar esse tipo de conhecimento quando lhe pedíamos para escrever aquela palavra. Vemos, assim, que suas habilidades de reflexão fonológica não asseguravam, automática e mecanicamente, uma compreensão de como funciona o alfabeto e um domínio de suas convenções letra-som. V – O desenvolvimento de algumas habilidades de consciência fonológica, situadas em um conjunto das habilidades metalinguísticas, constitui uma condição obrigatória para que uma criança avance no aprendizado do sistemade escrita alfabética. Diante das assertivas, é correto afirmar que: a) I, II, III e IV estão corretas. 4 b) I, III, IV e V estão corretas. c) I, II, III, IV e V estão corretas. d) I, III e V estão corretas. e) I, II, IV e V estão corretas. [263640] A respeito da consciência fonológica na alfabetização podemos afirmar que: I – é “a capacidade de refletir conscientemente sore as unidades sonoras da língua e manipulá-las de modo deliberado” (MORAIS E SILVA, 2011, p. 74). II - envolve o reconhecimento pelo indivíduo de que as palavras são formadas por diferentes sons que podem ser manipulados, abrangendo não só a capacidade de reflexão (constatar e comparar), mas também a de operação com fonemas, sílabas, rimas e aliterações (contar, segmentar, unir, separar, adicionar, suprimir, substituir e transpor). III - Por meio da consciência fonológica a criança identifica palavras que rimam, começam e terminam com os mesmos sons, manipulando a estrutura sonora para formação de novas palavras. IV - a consciência fonológica “manifesta-se através de diferentes habilidades, em uma sequência previsível que vai desde a sensibilidade à sílaba e à rima até a habilidade de identificar os segmentos fonêmicos da fala” e acrescentam que essa progressão reflete mudanças na natureza fonológica ao longo do desenvolvimento. Diante das assertivas, é correto afirmar que: a) I, II, III e IV estão corretas. b) I, III e IV estão corretas. c) I e II estão corretas. d) I e III estão corretas. e) I, II e IV estão corretas. [109114] De acordo com Coutinho (2005), as autoras Ferreiro e Teberosky.... I- Consideram que a escrita não é um código..... II- Contrariam os fundamentos empiristas.... III- Esse processo de evolução conceitual se dá.... Agora, assinale a alternativa correta. letra E I, II e III estão corretas
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