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Capacidade de carga de fundações superficiais Alexandre Duarte Gusmão, D.Sc. UPE e IFPE Gusmão Engenheiros Associados Apresentação Introdução Estimativa da pressão admissível Dimensionamento da fundação Tipos de ruptura Cálculo da capacidade de carga Introdução Etapas da fundação ETAPAS DA FUNDAÇÃO PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA DEFINIÇÃO DO TIPO DE FUNDAÇÃO PROJETO EXECUTIVO EXECUÇÃO E CONTROLE MONITORAMENTO Carregamento: transmitido ao terreno através da base da fundação Sistema solo-fundação: mobiliza resistência, reestabelecendo a condição de equilíbrio Curva pressão-recalque V – carga s – recalque q – resistência mobilizada Aumento da pressão: é mobilizada a máxima resistência disponível, denominada capacidade de carga Curva pressão-recalque V1 Vn V2 s1 s2 sn s pressão qrup Prova de carga em placa PLACA D = 620 mm FOFA COMPACTA qrup ≈ 450 kPa qrup > 2000 kPa Estado limite último (ELU) PLANTA PERFIL A – área V p = V / A qrup ELU → p = qrup PROJETO → p < qrup Critério de projeto s pressão qrup padm = (qrup / FS) s PRESSÃO ADMISSÍVEL SEGURANÇA A RUPTURA DEFORMAÇÕES TOLERÁVEIS sadm NBR 6122:2010: fator de segurança global Pressão admissível p ≤ padm = (qrup / FS) = (qrup / 3) Critério de projeto s pressão qrup padm s PRESSÃO ADMISSÍVEL SEGURANÇA A RUPTURA DEFORMAÇÕES TOLERÁVEIS sadm Estimativa da pressão admissível NBR 6122:2010: fator de segurança global Etapas do cálculo p ≤ padm = (qrup / FS) = (qrup / 3) Logo: padm = f (qrup) Mas: qrup = f (B, L) (B, L) = f (padm) PRESSÃO ADMISSÍVEL CAPACIDADE DE CARGA GEOMETRIA DA SAPATA ? Estimativa da pressão admissível (qadm): correlações e tabelas de valores típicos Dimensionamento da fundação: carregamento centrado ou excêntrico Cálculo da capacidade de carga da fundação (qrup) Verificação do fator de segurança: FS = qrup / padm Verificação dos recalques Etapas do cálculo Estimativa: Pressão admissível PRESSÃO ADMISSÍVEL TABELAS DE VALORES TÍPICOS ENSAIOS DE PLACA CORRELAÇÕES COM ENSAIO DE CAMPO Obs.: Quando o vento for a ação variável principal, a pressão admissível pode ser aumentada em 30% MATERIAL COMPACIDADE / COMPACIDADE padm (kPa) Rocha sã, maciça, sem laminações ou sinal de decomposição --- 3.000 Rochas laminadas, com pequenas fissuras, estratificadas --- 1.500 Rochas alteradas ou em decomposição --- Depende da natureza da roha matriz e do grau de decomposição Solos granulares concrecionados. Conglomerados --- 1.000 Solos pedregulhosos Compactos a muito compactos 600 Fofos 300 Areias Muito compactas 500 Compactas 400 Medianamente compactas 200 Argilas Duras 300 Rijas 200 Médias 100 Siltes Duros 300 Rijos 200 Médios 100 VALORES TÍPICOS: NBR 6122:1996 Prova de carga em placa PLACA D = 300 mm qrup = 3500 kPa padm = 1167 kPa Correlação com ensaio de campo: SPT Pressão admissível B Df B = 2 m z NSPT NMED )/( 5 2cmkg N p MEDadm Obs: como não se tem ainda o valor de B, adotar B = 2 m a priori. )(20 kPaNp MEDadm Obs: para o terreno com melhoramento (estacas de compactação) não se recomenda valor maior que 500 kPa (5 kg/cm2) Dimensionamento da fundação Carregamento no nível da fundação PLANTA PERFIL Ly Lx Myo Hxo Vo Y X V = 1,05 . Vo Hx = Hxo Hy = Hyo Mx = Mxo – (Hyo . Df) My = Myo + (Hxo . Df) Df 5% DE PESO DA SAPATA E DO PESCOÇO V Hx My Carregamento centrado PLANTA PERFIL Ly Lx Y X Df admp LyLx V p )( V Carregamento centrado )( yadm x Lp V L Se p = padm: Sapata retangular: Lx ≠ Ly Ly fixado a priori )( xadm y Lp V L Lx fixado a priori Obs.: na prática adotam-se para valores de Lx e Ly múltiplos ascendentes de 5 cm Carregamento centrado adm yx p V LL Se p = padm: Sapata quadrada: Lx = Ly Carregamento excêntrico PLANTA PERFIL Ly Lx Y X Df ex = │(My / V) │ ey = │(Mx / V) │ (Lx / ex ) ≥ 6 e (Ly / ey ) ≥ 6 adm yx p Ly e Lx e LyLx V p .6.6 1 )( NÚCLEO CENTRAL V Hx My Obs: para outros casos, ver Velloso e Lopes (2011) Carregamento excêntrico xx eL 6 Se p = padm: Sapata retangular: Lx ≠ Ly Ly fixado a priori Lx fixado a priori yy eL 6 Obs.: Quando o vento for a ação variável principal, a pressão admissível pode ser aumentada em 30% Tipos de ruptura Ruptura generalizada: – Superfície de ruptura é contínua e atinge a superfície do terreno – É brusca e acontece com pequenos recalques – Há levantamento do solo adjacente – Típica para areia compacta e argila rija Tipos de ruptura Ruptura por puncionamento: – Não há formação de uma superfície de ruptura bem definida – Acontece para grandes recalques – Não há levantamento do solo adjacente e pode haver um pequeno afundamento – Típica para areia fofa e argila mole Tipos de ruptura Ruptura localizada: – Superfície de ruptura não atinge a superfície do terreno – É atingida para recalques consideráveis – Há pouco ou nenhum levantamento do solo adjacente – Típica para areia medianamente compacta e argila média Tipos de ruptura Sapatas em areias Tipos de ruptura Vésic (1975) Capacidade de carga da fundação Teoria de Terzaghi (1943): é pioneira mas apresenta muitas limitações Superfície de ruptura B Df c, f, g q = g . Df Teoria de Vésic (1975): é mais geral e considera vários fatores corretivos Capacidade de carga c – coesão f – ângulo de atrito do solo Nc, Nq, Ng – fatores de capacidade de carga = f ( f ) q – pressão efetiva vertical ao nível da fundação B´ – largura da sapata (menor lado) g – peso específico específico aparente do solo com correção si – fator de correção devido à forma da sapata di – fator de correção devido à profundidade da sapata ii – fator de correção devido à inclinação da carga ci – fator de correção devido à compressibilidade do terreno )´5,0()()( gggggg cidsNBcidsNqcidsNcq qqqqqcccccult Fatores de capacidade de carga 2 cN ) 2 45(tan)tanexp( 2 ff qN fg tan)1(2 qNN f – ângulo de atrito do solo fcot)1( qc NN f = 0 f ≠ 0 Fatores de capacidade de carga Excentricidade do carregamento: uso do artifício da “área efetiva equivalente” Fatores corretivos Excentricidade do carregamento: sapata retangular Fatores corretivos BB eBe B xB 2) 2 (22´ LL eLe L yL 2) 2 (22´ Forma da sapata Fatores corretivos )/(´)´/(1 cqc NNLBs ftan´)´/(1 LBsq ´)´/(4,01 LBs g SAPATA RETANGULAR Obs.: sapata circular → Sc = 1 + (Nq / Nc); Sq = 1 + tanf; sg = 0,60 sapata corrida → Sc = 1 ; Sq = 1 ; Sg = 1 Profundidade da sapata Fatores corretivos ) ´ (4,01 B Df dc Se ( Df / B´) ≤ 1 ) ´ ()1(tan21 2B Df sendq ff 1gd f = 0 ftan 1 c q qc N d dd f ≠ 0 Profundidade da sapata Fatores corretivos ) ´ arctan(4,01 B Df dc Se ( Df / B´) > 1 ) ´ arctan()1(tan21 2 B Df sendq ff 1gd Obs.: Na prática muitas vezes se despreza essa correção, tendo em vista a qualidade do reaterro da sapata → dc = 1 ; dq = 1 ; dg = 1 ftan 1 c q qc N d dd f ≠ 0 f = 0 Inclinação da carga Fatores corretivos B´ L´ H ´)´/(1 ´)´/(2 BL BL mL ´)´/(1 ´)´/(2 LB LB mB 22cos senmmm BL PLANTA = ângulo formado entre a resultante da carga horizontal e o maior lado da sapata (L) Inclinação da carga Fatores corretivos c c NcLB Hm i ´´ 1 1qi f = 0 1gi Inclinação da carga Fatores corretivos f ≠ 0 ftan 1 c q qc N i ii m q ancLBV H i fcot´´1 1 cot´´ 1 m ancLBV H i fg Compressibilidade do solo Fatores corretivos Índice de rigidez do solo (Ir): )tan´()1(2 2/ f VB s r c E I Es – módulo de Young do solo – coeficiente de Poisson do solo ´VB/2 – pressão efetiva vertical na profundidade (Df + B´/2) Compressibilidade do solo Fatores corretivos Índice de rigidez crítico (Icrit): ) 2 45(cot´)´/(45,03,3exp5,0 f anLBIcrit Compressibilidade do solo Fatores corretivos Ir ≥ Icrit 1cc 1qc 1gc Compressibilidade do solo Fatores corretivos Ir < Icrit )log(6,0´)´/(12,032,0 rc ILBc )1( )2log(07,3 tan´))´/(6,04,4((exp f ff sen Isen LBc rq qcc g f = 0 ftan 1 c q qc N c cc f ≠ 0 Nível d água freático Fatores corretivos Df ≈ B´ a NA subgg )(´)/( subnatsub Ba gggg natgg a = 0 0 < a ≤ B´ a > B´ NT q Inclinação da base da fundação Inclinação do terreno Terreno estratificado Camada com espessura limitada Fatores corretivos Velloso e Lopes (2011) Muito obrigado pela atenção ... gusmao.alex@ig.com.br
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