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Resumo sobre POVOS ÁGRAFOS E MESOPOTÂMIOS, FAMÍLIAS GRECO-ROMANAS, SOCIEDADE ROMANA e DIREITO ROMANO

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Resumo, história do direito
Povos ágrafos e mesopotâmios
GEOGRAFIA: são situadas no Oriente Próximo, com proximidade às bacias hidrográficas.
Rios Tigre, Eufrates e Nilo: permite a existência de solo propício à agricultura e a navegação fluvial, essencial para o transporte de mercadorias e sofisticação do comércio. Isso permitiu a evolução das cidades.
Diferença: 
EGITO: recuo das águas do Nilo é previsível e estável, e trazia aos habitantes do Egito antigo uma sensação de continuidade, de evasão da passagem do tempo, que acabou por ser associada a um rito de imortalidade (o culto a Osíris), surgindo a crença na possibilidade de um ciclo natural de vida, morte e renascimento. Portanto, no Egito se acreditava em divindades acima do caos. Surge então a figura do faraó, que simbolizava o triunfo de uma ordem divina inabalável.
MESOPOTÂMIA: cheia e recuo das águas do Tigre e do Eufrates possui um caráter pouco regular e previsível. Portanto, na Mesopotâmia via a luta dos humanos para se inserir no mundo. Surge, então, a monarquia, que representava a luta de uma ordem humana, com todas as suas ansiedades e fragilidades, para se integrar ao Universo. 
POLÍTICA: ambas são monarquias. 
Diferenças:
EGITO: Monarquia unificada, com um poder central bastante definido, titularizado pelo faraó, e com uma capital instalada em determinada cidade do reino. Tinha-se a concepção de que o monarca não era um simples representante divino na Terra. Ele era o próprio deus. Trata-se do fenômeno intitulado teofania.
MESOPOTÂMIA: Fundação de cidades - comumente designadas cidade-estado - com alto grau de independência. Cada cidade tinha seu governante, seus órgãos políticos, e, muitas vezes, seu próprio exército que possuíam soberanos e divindades próprios. O rei era, tão-somente, um representante de deus (a divindade escolhida pela cidade) na terra. E, nesse contexto, estava também submetido a limitações e contingências típicas de qualquer ser humano.
DIREITO: tanto os direitos da Mesopotâmia como o direito egípcio possuem uma característica comum, a ideia de revelação divina.
As sociedades mesopotâmica e egípcia, em face de seu caráter urbano e comercial, passaram a desenvolver um grau de complexidade maior e, portanto, era necessário um conjunto de leis escritas para que pudessem ter previsibilidade.
Diferenças:
Direito de família no Código de Hammurabi: 
A mulher, dotada de personalidade jurídica, mantém-se proprietária de seu dote mesmo após o casamento, e tem liberdade na gestão de seus bens.
A organização familiar é em regra monogâmica, sendo, contudo, flexibilizada quando se tratar da continuidade da linhagem familiar.
Direito penal no Código de Hammurabi:
A pena de Talião diz que o sofrimento que foi gerado será a mesma da pena. Porém o escravo não entrava nessa equação, tendo em vista que estes podiam ser definidos como bens alienáveis, e, portanto, um dano contra um bem merece o ressarcimento material.
O falso testemunho era tratado com grande severidade. (VER O AUDIO COMPLETAR)
O roubo e receptação eram penalizados com a morte.
O estupro tinha pena de morte para quem praticava e nenhuma pena para mulheres virgens.
No adultério (mulher casada com outro) ocorria pena de morte para a mulher, mas o marido poderia perdoá-la.
As famílias greco-romanas
A família:
Uma organização política cujo princípio básico era a autoridade, e esta abrangia todos quantos a ela estavam submetidos. O pater familias era, ao mesmo tempo, chefe político, sacerdote e juiz, constituindo-se, assim, a família como a unidade da sociedade antiga, em contraposição à posição do indivíduo na sociedade moderna.
A família era mais uma associação religiosa do que uma associação natural, tendo em vista que o que unia os membros da família antiga não era o nascimento ou o sentimento, mas a religião do fogo sagrado e dos antepassados; assim, só fazia parte da mesma família aquele que fosse iniciado no seu culto (AGNAÇÃO).
Essa religião doméstica tinha como núcleo o culto aos mortos, que eram os deuses “lares” protetores da família e só por ela poderiam ser adorados, sendo representados pelo fogo sagrado, que existia em todas as casas. O fogo sagrado era a providência da família, protegendo somente os seus. Esse culto não era público, todas as cerimônias eram celebradas apenas entre os familiares e possuía um caráter obrigatório além de secreto. O primeiro filho era encarregado de continuar o culto aos ancestrais; se deixasse de fazê-lo, traria, com sua conduta, infelicidade e morte para a família. Para essa religião doméstica não existiam rituais comuns; cada família possuía o seu rito celebrado pelo pai, o pater familias, que era o sacerdote da religião doméstica.
O pater era sacerdote da religião doméstica e tal obrigação era transmitida em linha masculina.
Somente os familiares podiam participar.
A mulher somente participava dos cultos em presença de um homem que a representasse.
Culto doméstico hereditário, propriedade (patrimônio da família) hereditária, de varão para varão, com privilégio da primogenitura;
O casamento:
Assim, a partir do casamento, a mulher nada mais tinha em comum com a religião doméstica dos seus pais, passando a cultuar e adorar outros deuses até então desconhecidos.
Não era permitido o celibato, pois o casamento significava a perpetuação do culto.
A adoção:
O dever de perpetuar o culto doméstico foi a fonte do direito de adoção entre os antigos e exatamente por esse motivo só era permitida a adoção a quem não tinha filhos.
A propriedade:
Cada família, tendo os seus deuses e o seu culto, devia também ter o seu lugar particular na terra, a sua propriedade, que não era individual, mas da família, um lugar onde os antepassados “repousavam” e a eles era oferecido o banquete fúnebre.
Da mesma forma que a religião doméstica era hereditária, de varão para varão, a propriedade também o era.
O que responde pelas dívidas de um cidadão não é o seu patrimônio, como se dá entre nós (princípio moderno de direito obrigacional), mas o seu próprio corpo. Assim, seria muito mais fácil escravizar um indivíduo do que tirar-lhe a propriedade, porque esta se mostrava inseparável da sua família.
Sociedade romana
REALEZA:
GRUPOS SOCIAIS:
Patrícios: cidadãos romanos (status civitatis) – únicos dotados de direito civil;*
Clientes: estrangeiros e agregados do pater (dependentes e protegidos pelos patrícios, seus patronos);
Plebeus: comerciantes, agricultores, artesãos (mão de obra romana);
Escravos: res (coisa).
*Possuíam o Direito Quiritário (Jus Sufra gii / Jus honorum / Jus militae)
Para ter a capacidade jurídica plena, o sujeito devia ser cidadão romano (status civitatis); em segundo lugar, devia ser livre (status libertatis) e gozar de situação independente no seio da família (sui iuris). E não poderiam ter capacidade jurídica aqueles nas seguintes situações: perda da cidadania por desterro, por tornar-se escravo, mudança de status familiar (motivos: emancipação ou adoção) e ser mulher.
ESTRUTURA POLÍTICA:
A decadência da realeza se deu pelo descontentamento dos patrícios com a realeza etrusca e com os benefícios concedidos aos plebeus.
REPÚBLICA:
ESTRUTURA POLÍTICA:
O Executivo foi pulverizado e não era mais vitalício, com mandatos de curto prazo. Os responsáveis eram Magistrados, que deveriam possuir alguns requisitos para preencher o cargo, como cidadania plena, idade mínima e participação no caminho de Honra (e, portanto, já ter ocupado um cargo), divididos em categorias:
	CÔNSULES
	Comandavam o exército, presidiam o senado e os comícios, representavam a cidade
	PRETORES
	Pretor Urbano: administrava as questões jurídicas dos romanos
Pretor Peregrino: administrava as questões jurídicas dos estrangeiros
	EDIS
	Garantiam a segurança pública e o tráfego urbano, promoviam jogos públicos
	QUESTORES
	Tratavam das finanças públicas (fazenda)
	CENSORES
	(Temporário e somente escolhido quando houvesse necessidade)
Realizavam o recenseamento a cada cinco anos e policiavamos costumes
Os cargos do Senado, diferentemente do Executivo, eram vitalícios, o que aferia mais poder para quem os ocupava. Por isso era o centro do Governo. Estes retificavam as deliberações das Assembleias.
As assembleias eram divididas em:
Comitia Curiata (formada pelos patrícios): elegia cônsules e pretores;
Comitia Centuriata (Mista = patrícios + plebeus): elegia censores, votavam tratados, etc.;
Concilia Plebis (formada por plebeus): plebiscitos – votavam questões pertinentes aos plebeus (após a Lei Hortênsia: decisão dos plebiscitos tinha força de lei em toda a sociedade).
IMPÉRIO: 
ESTRUTURA POLÍTICA: 
Príncipe (Imperador): amplos poderes. Direito de convocar o Senado, chefiar o exército, indicar candidatos à magistratura, etc. 
Magistratura: poderes e prazos dos mandatos limitados. 
Senado: número de senadores reduzido. Julgavam apelações e recursos juntamente com o Imperador.
Assembleias Populares: funções gradativamente substituídas e transferidas para o príncipe.
Direito Romano
O DIREITO NA REALEZA: o Direito era uma junção da concepção humana com o divino, onde o Rei era o capacitado a receber as leis divinas, que eram interpretadas pelos sacerdotes e ser aplicada por ele, que era pelo fato de ser divina incontestável. O direito unia as leis régias (leis que não foram feitas pelos homens) e consuetudinárias. Eram transmitidas oralmente.
AS FONTES DO DIREITO ROMANO NA REPÚBLICA: 
Os costumes, como o Fides (observância de um pacto e cumprimento do juramento), o Pietas (justificação do poder do pater famílias, trazendo um sentido de obrigatoriedade), o Gravitas (homem sério e comprometido), o Dignitas (relação de honestidade com cargos públicos), o Honor (reconhecimento do mérito pelo público) e a Gloria (reconhecimento dos homens de bem).
Lei das XII Tábuas, (fixação dos costumes pela escrita e concessão de certos direitos aos plebeus).
Lex Data (lei advinda do Senado ou de algum magistrado) e Lex Rogata (advinda das decisões dos comícios, dos cidadãos, a princípio válidas somente para os próprios plebeus, tendo efeito para a sociedade após a lei Hortênsia).
Édito dos Magistrados (leis expedidas a cada mandato da magistratura pelos Pretores que determinavam as normas que iriam vigorar durante sua regência);
Jurisprudências (pareceres jurídicos dos jurisconsultos = intérpretes do direito, prudentes em aconselhar).
Senatos-Consultos (deliberações do Senado: ampliação do poder senatorial);
Lei Licínia Sextia (fim da escravatura por dívida)
AS FONTES DO DIREITO ROMANO NO IMPÉRIO OCIDENTAL:
Direito Jurisprudencial (a atividade dos jurisconsultos não era uma fonte de lei para todos, apenas no caso específico em que era solicitado. Porém no período imperial essa atividade adquire força de lei, com a mesma autoridade que o Príncipe - ex autoritate principis).
IUS EXTRAORDINARIUM (Advindo da atividade jurisdicional do Imperador)
Constituições Imperiais:
Edicta (ordem geral); 
Mandata (instruções aos funcionários e governadores de províncias); 
Decreta (decisões de processos)
Rescripta (resposta solicitada ao Imperador em casos jurídicos).
JUSTINIANO E SUA COLEÇÃO:
Justiniano busca unir os materiais jurídicos ocidentais e orientais, formulando o CORPUS JURIS CIVILIS (Corpo jurídico civil).
Este é dividido em:
CODEX – reunião das Constituições Imperiais;
DIGESTO OU PANDECTAS – seleção das obras dos jurisconsultos;
INSTITUTAS – manual de Direito para os estudantes;
NOVELAS – publicações das leis de Justiniano.
Para o gozo da capacidade jurídica os indivíduos deveriam ser livres, ter cidadania romana e que fosse independente do pátrio poder de alguém. 
DIVISÃO DO DIREITO PELA ORIGEM: Jus Civile (costume, leis, plebiscitos, Constituições Imperiais e Senatos-Consultos); Jus Honorarium (elaborado pelos Pretores) e o Jus Extraordinarium (elaboradas pelo Imperador)
A expressão “direito romano” é empregada ainda para designar as regras jurídicas consubstanciadas no Corpus Juris Civilis, conjunto ordenado de leis e princípios jurídicos reduzidos a um corpo único, sistemático, harmônico, mas formado de várias partes. 
O princípio da personalidade das leis pode ser aplicado, pois mesmo com a invasão de outros povos o direito romano se manteve entre os romanos.
A Europa Ocidental teve como uma das fontes para a criação de legislações o Direito Romano (Fenômeno da recepção).
O “Renascimento do direito romano” surge com o nascimento das monarquias nacionais, que necessitavam de legislações escritas e organizadas.

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