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História do Direito com exercícios comentados

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HISTÓRIA
Conceito – “A história é a memória da humanidade...”. [1]
Objeto – “O ser humano e a sucessão temporal de seus atos.”.[2]
DIREITO
Conceito - Dis + Rectum = muito reto, justo, significa o que é muito 
justo. Pode-se dizer que o Direito é um complexo de normas destinado à 
solução de conflitos, realizando-se desta forma a justiça.
As regras destinam-se a disciplinar a vida em sociedade, portanto, o 
Direito é feito pelo Homem para o Homem.
HISTÓRIA DO DIREITO
Conceito – Produção cultural/científica decorrente das exigências de uma 
dada sociedade.
Objetivo – Auxílio na compreensão das conexões que existem entre a 
sociedade, suas características e sua produção em Direito.
Mais do que uma análise descritiva sobre normas do passado, está a 
História do Direito em explicar a “intenção e noções de moral e objetivos 
dos povos que acharam por bem escrever suas normas”.[3] 
Abaixo podemos fazer uma retrospectiva sobre os Povos Antigos, 
verificando como a posição geográfica, a política e a economia 
interferiram na história jurídica de cada povo.
MESOPOTÂMIA
Posição Geográfica – Proximidade de bacia hidrográfica (rios Tigre e 
Eufrates). Situação que propicia o desenvolvimento da agricultura e do 
comércio através da navegação fluvial. Atual território do Iraque e terras 
próximas.
Política – Instituição da Monarquia como forma de Governo. 
Fragmentação do poder soberano através da formação de Cidades-Estado 
com governantes próprios. O Monarca era considerado um representante 
de Deus.
Economia – Utilização do solo para plantio e o crescente emprego da 
navegação como meio de transporte foram fatores que desenvolveram 
muito a economia e o direito privado.
Escrita – Cuneiforme (em forma de cunha, com símbolos angulosos, 
impressos em argila úmida, ou em pedra).
História Jurídica – A exemplo do que ocorria nas primeiras civilizações, a 
tradição das normas baseava-se na revelação divina. A primeira 
História do Direito com exercícios comentados
 Página 1 de Direito 
tradição das normas baseava-se na revelação divina. A primeira 
‘legislação’ significativa na Mesopotâmia foi o chamado Código de 
Hammurabi(1754 a.C). Anteriormente tivemos as leis de Ur-Nammu 
(2112-2095 a.C) e leis de Eshnunna (1815-1780 a.C) que foram reis de 
Cidades-Estado na Mesopotâmia. Hammurabi foi, antes de tudo, 
excelente administrador e estrategista. Havia em seu território (Babilônia) 
uma heterogeneidade de pessoas, povos diferentes com línguas, culturas 
e raças diferentes. Para alcançar a unificação, Hammurabi utilizou de três 
elementos: a língua, a religião e o direito. O Código era composto de 282 
artigos que tratavam dentre outros assuntos de: Organização Social 
(estratificação da sociedade entre homens livres, subalternos e escravos); 
Direito de Família (a mulher era dotada de personalidade jurídica 
mantendo-se proprietária do seu dote mesmo após o casamento, 
podendo repudiar o marido e retornar para a família. Regra da 
monogamia, porém, se da relação conjugal não resultassem filhos havia a 
possibilidade da inserção de uma segunda mulher – não esposa. 
Instituíram regras de sucessão e adoção); Domínio econômico 
(estabelecimento de salários e preços); Direito Penal (fusão de elementos 
sobrenaturais, princípios de autotutela e retaliação – Lei de Talião e penas 
ligadas à mutilação e castigos físicos); Direito Privado (previsão de várias 
modalidades de contratos e negócios jurídicos tais como compra e venda, 
depósito, empréstimos, responsabilidade civil, consumidor etc.)
Aplicação do Direito – Havia juízes, normalmente sacerdotes e juízes 
leigos que eram em regra nomeados pelo Monarca, o qual poderia rever a 
questão, em grau de recurso. 
EGITO
Posição Geográfica –Proximidade de bacia hidrográfica (rio Nilo), África. 
Situação que propicia o desenvolvimento da agricultura e do comércio 
através da navegação fluvial.
Política – Instituição da Monarquia como forma de Governo. Tratava-se de 
uma Monarquia unificada nas mãos do Faraó, que era detentor do poder, 
a quem incumbia garantir a ordem, a soberania do Estado e a 
prosperidade. O Monarca era intitulado o próprio Deus (teofania).
Economia – Utilização do solo para plantio e o crescente emprego da 
navegação como meio de transporte foram fatores que desenvolveram 
muito a economia.
Escrita – Hieróglifos.
História Jurídica – Tem-se notícias de que o Egito produziu grande história 
jurídica com o direito escrito, que era promulgado pelos Faraós, tais como 
Ramsés. No entanto, a falta de documentação a respeito deixou somente 
como provas as inscrições funerárias e papiros (3.000 a.C), os quais 
demonstravam atos jurídicos, decisões da corte real e alguns direitos. 
Desenvolveu-se parte do direito privado através da descoberta da 
existência de contratos que eram feitos por escrito, chamados de 
‘documentos da casa’. Quem vendesse algo, redigia o contrato e depois o 
lacrava para evitar falsificações. Com o surgimento dos escribas (classe 
de letrados que ajudavam o Faraó e que escreviam todos os documentos 
oficiais), apareceu o ‘documento do escriba’, que foi na verdade, o 
antecessor da escritura pública. No Direito Penal, ultrapassada a fase da 
 Página 2 de Direito 
antecessor da escritura pública. No Direito Penal, ultrapassada a fase da 
vingança privada, havia previsão de penas cruéis, tais como: chicotadas, 
abandono dos delinquentes aos crocodilos, trabalhos forçados, mutilações 
eram castigos normalmente aplicados.
Aplicação do Direito – O Faraó enquanto detentor do poder soberano 
detinha o poder de jurisdição para solucionar as questões concretas.
ISRAEL
Posição Geográfica – O Estado de Israel está localizado no Oriente Médio, 
ao longo da costa oriental do Mar Mediterrâneo, limitando-se com o 
Líbano, a Síria, a Jordânia e o Egito. Está situado no ponto de encontro de 
três continentes: a Europa, a Ásia e a África.
Política – Os hebreus, a princípio, se dividiam em tribos de acordo com o 
número de filhos. Estas tribos se subdividiam em famílias e toda a 
organização política e social girava em torno desta situação. No início, as 
tribos governavam-se por um Conselho de Anciãos chamado Sinédrio. 
Posteriormente, decidiram-se por um chefe único, investido de 
autoridade. O mais famoso dos chefes foi Sanção, conhecido por sua força 
hercúlea. Após vieram Saul (status de rei pelo profeta Samuel), David e 
Salomão.
Economia – os hebreus eram agricultores-pastores. Viviam do pastoreio 
de ovelhas e, principalmente, cabras, do plantio de uvas, trigo, e outros 
produtos.
Escrita – aramaico/ hebraico.
História Jurídica – A legislação dos hebreus teria sido formada durante os 
40 anos passados no deserto quando do êxodo do Egito sob a liderança 
de Moisés (1250 a.C). Legislação Mosaica – Pentateuco, formado pelos 
cinco primeiros livros da Bíblia: o Gênesis, o Êxodo, o Levítico, o Números 
e o Deuteronômio, com forte base moral no Decálogo.
Deuteronômio – tratou de diversos aspectos das normas dos hebreus, 
dentre eles: Justiça (imparcialidade dos juízes); Pena de Talião (aplicada 
com limites tendo em vista a individualização da pena); Pena de 
Lapidação (apedrejamento para os feiticeiros, filhos rebeldes e adúlteras); 
Homicídio (diferenciação entre homicídio voluntário e involuntário); 
Testemunha (grande valor dado à prova testemunhal. Exigência de 2 ou 3 
testemunhas); Adultério (punido com pena capital para os dois); Herança 
e primogenitura (o primogênito era beneficiado em detrimento de outros 
filhos).
Aplicação do direito – juízes em cada cidade.
ÍNDIA
Posição Geográfica - Índia localiza-se na Ásia. Região isolada, por um 
lado, pelo Himalaia, e por outro, pelos mares.
Política – A sociedade hindu era estratificada em castas, quatro no total: 
casta superior (brâmanes) considerada a mais pura (administradores, 
médicos, líderes espirituais); casta dos guerreiros; casta dos 
comerciantes e a casta inferior (empregados em geral). Era proibida aPágina 3 de Direito 
comerciantes e a casta inferior (empregados em geral). Era proibida a 
mistura de castas. Quem não pertencesse a nenhuma casta era 
considerado impuro, o qual realizava as tarefas também impuras, tais 
como limpa-fossa, curtidor etc. Sistema da Monarquia com a figura dos 
reis, que em geral, saíam da casta dos guerreiros, porém, os brâmanes 
podiam mais do que o rei (deus Brahma).
Economia – os hindus eram agricultores (arroz).
Escrita – sânscrito.
História Jurídica - As leis de Manu representam historicamente uma 
primeira organização geral da sociedade, sob forte motivação religiosa e 
política. Legislação conhecida como Código de Manu, personagem mítico 
considerado filho de Brahma e Pai dos Homens. É possível verificar no 
Código uma série de ideias sobre valores como verdade, justiça e 
respeito. Os dados processuais que se baseiam sobre credibilidade dos 
testemunhos atribuem diferente validade à palavra dos homens conforme 
a casta a que pertencem. A mulher desfrutava de posição de 
inferioridade, de total subordinação. A honra das pessoas e sua situação 
dentro da aplicação do direito, dependia da condição da casta. O Código 
continha artigos que cuidavam de questões de direito civil, direito penal, 
comercial e até laboral.
Aplicação do Direito – as penas eram ordenadas pelo rei.
_______________________________________
[1] EHRARDE PALMADE apud CHAUNU, Pierre. A história como ciência social. Rio de Janeiro: Zahar, 1976, 
p. 23.
[2] CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2006, p. 2.
[3] Idem.
Exercício 1:
O Código de Hammurabi apareceu como uma das primeiras e principais 
legislações escritas de qual povo antigo?
A)
Israel.
B)
Egito
C)
Índia.
D)
Mesopotâmia.
E)
n.d.a
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
 Página 4 de Direito 
Comentários:
D) A primeira ‘legislação’ significativa na Mesopotâmia foi o 
chamado Código de Hammurabi(1754 a.C).
Exercício 2:
O Livro Deuterônomio que tratou de diversos aspectos jurídicos 
como Justiça (imparcialidade dos juízes); Pena de Talião (aplicada com 
limites tendo em vista a individualização da pena); Pena de Lapidação 
(apedrejamento para os feiticeiros, filhos rebeldes e adúlteras); Homicídio 
(diferenciação entre homicídio voluntário e involuntário); Testemunha 
(grande valor dado à prova testemunhal. Exigência de 2 ou 3 
testemunhas); Adultério (punido com pena capital para os dois); Herança 
e primogenitura (o primogênito era beneficiado em detrimento de outros 
filhos) pertence a qual legislação:
A)
Código de Hammurabi.
B)
Papiros egípcios.
C)
Código de Manu.
D)
Leis de Ur-Nammu.
E)
Legislação Mosaica - Pentateuco.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Esta inclusive era Aplicação do direito – juízes em cada cidade.
Exercício 3:
Podemos dizer que "o documento do escriba" realizado pelo povo antigo 
do Egito era uma documentação de caráter público
PORQUE
O documento do escriba era realizado pelos Escribas que compunham a 
classe de letrados que auxiliavam o Faraó e que eram responsáveis pela 
escrita dos documentos oficiais.
Assinale a alternativa correta: 
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C)
a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D)
 Página 5 de Direito 
D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Com o surgimento dos escribas (classe de letrados que ajudavam o 
Faraó e que escreviam todos os documentos oficiais), apareceu o 
‘documento do escriba’, que foi na verdade, o antecessor da escritura 
pública.
Exercício 4:
A honra das pessoas e sua situação dentro da aplicação do direito, 
dependia da condição de sua casta social, cujos dados processuais que se 
baseiam sobre credibilidade dos testemunhos atribuem diferente validade 
à palavra dos homens conforme a casta a que pertencem, diz respeito a 
qual legislação:
A)
Mosaica - Deuteronômio.
B)
Mosaica - Levítico.
C)
Mosaica - Êxodo.
D)
Código de Manu.
E)
Documento do Escriba.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) O Código continha artigos que cuidavam de questões de direito civil, 
direito penal, comercial e até laboral.
Exercício 5:
Analise as seguintes assertivas:
A História do Direito pode ser conceituada como a produção 
cultural/científica decorrente das exigências de uma dada sociedade
PORQUE
A História do Direito auxilia na compreensão das conexões que existem 
entre a sociedade, suas características e sua produção em Direito.
Assinale a alternativa correta:
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
 Página 6 de Direito 
C)
a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica primeira.
E)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Mais do que uma análise descritiva sobre normas do passado, está a 
História do Direito em explicar a “intenção e noções de moral e objetivos 
dos povos que acharam por bem escrever suas normas”
Exercício 6:
Sabemos que a História do Direito pode explicar a intenção e as noções 
de moral e objetivos dos povos que acharam por bem escrever suas 
normas. Em sendo assim, os escritos em forma de cunha, com símbolos 
angulosos, impressos em argila úmida ou pedra dizem respeito:
A)
a escrita cuneiforme da Mesopotâmia.
B)
a escrita hieróglifos do Egito.
C)
a escrita aramaico de Israel.
D)
a escrita sânscrito da Índia.
E)
a escrita alfabética da história contemporânea.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) Escrita – Cuneiforme (em forma de cunha, com símbolos angulosos, 
impressos em argila úmida, ou em pedra).
GRÉCIA
Posição Geográfica – A Grécia está situada no sul da Europa.
Política – Território composto pelas Cidades-Estado, as quais se formaram 
pela associação religiosa e política das famílias e das tribos, cada qual 
com seu regime político. Comum a todas as Cidades-Estado gregas era a 
crença na religião politeísta.
 Página 7 de Direito 
Economia – Havia variação no que toca à economia entre as Cidades-
Estado. 
Escrita – Grego (antigo).
Mitologia – O mito desempenha uma das formas de revelação da verdade. 
A ciência nos mostra a realidade por intermédio de provas concretas, pela 
experimentação, enquanto que, o mito exibe a crença, a fé, independente 
de qualquer prova científica. Os gregos utilizaram muitos mitos para 
explicação da realidade, exemplo disso está no mito de Pandora 
(“Prometeu, burlando a vigilância dos deuses, presenteou os homens com 
um bem divino. Como castigo para ele, foi amarrado em um penhasco 
onde, para todo o sempre, abutres viriam arrancar pedaços de seu fígado. 
O castigo para os homens, por sua vez, se deu por intermédio de 
Pandora, para quem foi entregue uma caixa, com o compromisso de não 
a abrir. Enviada para viver com os homens, a curiosidade foi maior que a 
obediência e, ao invés de saírem as maravilhas que esperava encontrar 
no interior do objeto, dali pularam pestes, desgraças, guerras e a própria 
morte. A última coisa que não chegou a sair da caixa, todavia, era a 
esperança. Por esse mito explica-se a origem do sofrimento 
mundano” [1]
O povo grego caminhou da fase mitológica para a racional (Filosofia), 
passando da explicação mítica da origem das coisas ao raciocínio lógico e 
racional. Os gregos adoravam vários deuses, entre eles: Zeus (deus dos 
deuses), Afrodite (deusa da beleza) e Thêmis (deusa da Justiça), 
simbolizada por uma mulher com venda nos olhos, para não se deixar 
impressionar com as aparências dos contendores, decidindo desta forma 
sempre com imparcialidade.A balança simbolizava o equilíbrio nas decisões tomadas e a espada 
simbolizava a força da justiça, caso necessário.
Cidades-Estado
As Cidades-Estado mais significativas foram Esparta e Atenas.
Esparta
Foi uma das primeiras Cidades-Estado a surgir na Grécia, fundada por 
invasores dórios. História Jurídica de Esparta: Vigoravam nas Cidades-
Estado gregas um conjunto de tradições, costumes e estatutos que, 
reunidos, formavam o que os gregos entendiam como sendo a 
‘constituição’. No caso de Esparta, surge Licurgo (1000 a.C) como 
legislador a serviço da classe dominante, cujas regras estabelecidas 
tinham uma característica cultural marcante e absoluta que era o 
militarismo acima de tudo. As regras de Licurgo acabaram por refletir na 
sociedade, economia e política de Esparta. 
Sociedade: Esparta apresentava sua sociedade em três camadas sociais:
a) Espartíatas (eram os dórios, guerreiros que recebiam educação militar 
especial);
b) Periecos (eram os aqueus, possuíam boas condições materiais de vida, 
mas não possuíam direitos políticos);
c)Hilotas (eram os escravos de propriedade do Estado).
Economia: Os cleros (divisão em lotes da grande propriedade estatal) 
eram distribuídos entre os dórios como usufruto para trabalho na terra 
 Página 8 de Direito 
eram distribuídos entre os dórios como usufruto para trabalho na terra 
com a ajuda de escravos emprestados pelo Estado (seis por lote). Os 
periecos dedicavam-se à agricultura e à criação de pequenos animais e ao 
comércio. Tinham suas próprias terras, porém, localizavam-se sempre na 
periferia.
Política: A organização espartana idealizada por Licurgo era formada por: 
2 reis (duas família reais que não podiam se unir em matrimônio); 5 
éforos (magistrados com mandato de um ano, eleitos para aconselhar os 
reis e cuidar da educação das crianças espartíatas) e 1 gerúsia 
(equivalente a um Senado, composta de 28 anciãos chamados gerontes, 
com mais de 60/65 anos, escolhidos pela Assembléia (composta 
exclusivamente pelos espartíatas).
Aplicação do Direito – A aplicação do direito ficava a cargo dos éforos 
(magistrados), responsáveis pelos aconselhamentos do reis, pela 
educação das crianças espartíatas, pela fiscalização da vida pública e pelo 
julgamento dos processos civis.
ATENAS 
Posição Geográfica - Localização: Península Ática.
Formação – Jônios
Economia: no início, agricultura, depois, comércio marítimo.
Sociedade: A Sociedade Ateniense estava estruturada da seguinte forma:
a) Eupátridas: proprietários das melhores terras, cidadãos, possuíam 
verdadeiros latifúndios cultivados por escravos.
b) Georgóis: pequenos proprietários, sem direitos políticos, que possuíam 
terras junto às montanhas.
c) Thetas: camponeses, sem direitos políticos.
d) Demiurgos: comerciantes (lutas por direitos políticos).
e) Metecos: estrangeiros, sem direitos políticos.
f) Escravos: atuaram em todos os ofícios.
Política: Monarquia (Rei Basileu) e depois com o governo dos eupátridas, 
passou-se à Oligarquia. Partido Popular x Partido Aristocrático (luta de 
classes: gerou reformas políticas e legais).
História Jurídica : Dois legisladores foram os responsáveis pelas reformas 
que refletiam as lutas entre as classes sociais e o crescimento da cidade e 
do comércio. Drácon (621 a.C) através de normas escritas e 
extremamente severas, manteve na verdade os privilégios dos 
eupátridas, acabando porém, com o arbítrio. As leis de Drácon não 
atingiram o problema econômico-social e consequentemente o político. 
Desta forma, em poucos anos, o Partido Popular voltou a exigir reformas.
Sólon (594 a.C) foi escolhido para editar as novas leis, tinha a vantagem 
de ser aristocrata de nascimento e comerciante de profissão, e foi como 
comerciante que legislou. Primeiro grande passo foi a adoção da eunomia 
igualdade de todos perante a lei, sem distinção entre eupátridas e não 
eupátridas. As leis de Sólon acabaram por influenciar a economia, 
sociedade e política. Incentivou o desenvolvimento comercial e industrial 
que fariam de Atenas a principal e mais poderosa Cidade-Estado da 
região. Acabou com a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade 
censitariamente (timocracia e não aristocracia). Limitou o direito de 
herança dos primogênitos, aumentou o acesso à justiça através dos 
Tribunais dos Efetas ( 1ª Instância) e Tribunal dos Heliastas (Heliaia), 
para recursos, composto por cidadãos com mais de 30 anos.
Dentre as normas de Sólon consta a de que todos os pais deveriam 
ensinar os filhos a ler e escrever (primeira regra na história que 
 Página 9 de Direito 
ensinar os filhos a ler e escrever (primeira regra na história que 
permanece até os dias atuais. Art. 205 CF/88 – A educação, direito de 
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho).
Guerra do Peloponeso – A crescente importância cultural e econômica de 
Atenas fez crescer a rivalidade com Esparta. Conflito que perdurou de 431 
a 404 a.C dividido em três fases. Finalmente em 404 a.C, Esparta vence 
Atenas provocando o fim do imperialismo ateniense e da democracia e 
marca o início do imperialismo espartano. A glória de Atenas foi relegada 
ao passado, no entanto, mesmo neste momento de incertezas é que 
surgem alguns pensadores como Sócrates (470-399 a.C) e a partir dele, 
os filósofos formarão a base do conhecimento que até hoje perdura.
Filósofos – Sócrates, criador da maiêutica, ou parto das ideias, autor da 
famosa frase só sei que nada sei, sugeria a aristocracia como melhor 
regime, por entender que não era verdade absoluta o fato de que as 
decisões, por partirem da somatória de muitas idéias individuais 
(democracia), seriam corretas. Por este pensamento foi acusado de 
traição e condenado. Outros grandes nomes surgiram como Platão 
(429-347 a.C), discípulo de Sócrates, sendo o responsável pela 
organização e sistematização do estudo da Filosofia. Dentre suas obras 
destaca-se A República, tratando da forma ideal de Estado e conceito de 
Justiça. Aristóteles (384-322 a.C) por sua vez, foi discípulo de Platão. 
Criador da lógica, ficou eternizado ao estruturar o silogismo (consiste em 
se fazer uma ou mais afirmações/premissas maiores e uma afirmação 
intermediária/premissas menores e chegar desta forma à conclusão). 
Estudou a fundo o sentido de justiça ligado ao conceito de igualdade. 
Exercício 1:
“Os cidadãos (...) eram condenados a uma existência de 
privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao 
serviço militar. A educação masculina era dedicada ao serviço 
militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram 
submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da 
guerra. Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a 
serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus 
cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o 
casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica). As 
mulheres eram preparadas fisicamente para se tornar mães (...) 
de filhos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos 
esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres 
do mundo grego, o que se explica pela frequente ausência do 
homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.”
Analisando o texto acima podemos afirmar:
A)
tratar-se da forma como o Estado Absolutista tratava os seus 
subordinados;
B)
está relacionado à disciplina militar adotada pela cidade Grega Esparta;
 Página 10 de Direito 
está relacionado à disciplina militar adotada pela cidade Grega Esparta;
C)
que foi esta forma de tratamento a homens e mulheres que deu ensejo a 
Revolução Francesa, que tinha como lemas a Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade;
D)
o texto acima se refere à guerra do Peloponeso, onde o povo buscou 
desvencilhar-se do jugo do Estado autoritário.
E)
era a forma de legislaçãoproposta por Drácon em Atenas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) a) Espartíatas (eram os dórios, guerreiros que recebiam educação 
militar especial);
Exercício 2:
Podemos dizer que um dos grandes feitos legislativos de Atenas foi do 
legislador Licurgo com a adoção da Eunomia
PORQUE
A Eunomia previa a manutenção dos privilégios dos Eupátridas, porém, 
sem arbítrios.
Assinale a alternativa correta:
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C)
a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) Licurgo era legislador de Esparta
Exercício 3:
Julgue as seguintes assertivas:
I - A estrutura jurídica de Esparta previa dois Tribunais em sua 
composição: dos Efetas e dos Heliastas.
II - A adoção da Eunomia por Sólon em Atenas implicou no direito de 
igualdade de todos perante a lei, sem distinção entre Eupátridas e não 
Eupátridas.
III - Dentre os legisladores de Esparta, Drácon foi o mais significativo 
 Página 11 de Direito 
III - Dentre os legisladores de Esparta, Drácon foi o mais significativo 
com a adoção do militarismo.
Assinale a alternativa correta:
A)
I e II são corretas.
B)
somente I é correta.
C)
somente II é correta.
D)
somente III é correta.
E)
todas são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) Sólon (594 a.C) foi escolhido para editar as novas leis, tinha a 
vantagem de ser aristocrata de nascimento e comerciante de profissão, e 
foi como comerciante que legislou. Primeiro grande passo foi a adoção da 
eunomia igualdade de todos perante a lei, sem distinção entre eupátridas 
e não eupátridas.
Exercício 4:
A legislação grega que previu que todos os pais deveriam ensinar os filhos 
a ler e escrever, cujo mandamento legal inspirou legislações futuras como 
é o caso do dispositivo constitucional previsto no artigo Art. 205 CF/88 –
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao 
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho pertenceu a qual cidade 
grega e foi editada por qual legislador?
A)
Esparta - Licurgo
B)
Esparta - Sólon.
C)
Atenas - Licurgo
D)
Atenas - Drácon.
E)
Atenas - Sólon.
 Página 12 de Direito 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Dentre as normas de Sólon consta a de que todos os pais deveriam 
ensinar os filhos a ler e escrever (primeira regra na história que 
permanece até os dias atuais. Art. 205 CF/88 – A educação, direito de 
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho).
Exercício 5:
Analise as assertivas abaixo:
I - O mito mostra a realidade por intermédio de provas concretas, pela 
experimentação.
II - A ciência exibe a crença, a fé, independente de qualquer prova 
científica.
Assinale a alternativa correta:
A)
I e II são verdadeiras.
B)
somente I é verdadeira.
C)
somente I é falsa.
D)
I e II são falsas.
E)
I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) O mito desempenha uma das formas de revelação da verdade. A 
ciência nos mostra a realidade por intermédio de provas concretas, pela 
experimentação, enquanto que, o mito exibe a crença, a fé, independente 
de qualquer prova científica.
Exercício 6:
O povo grego passou da fase da mitologia para a fase racional, em que a 
explicação mítica para as coisas cedeu lugar ao raciocínio lógico e 
racional. Neste caso, estamos falando da:
A)
Geografia.
B)
Filosofia.
C)
 Página 13 de Direito 
C)
Antropologia.
D)
Cartografia.
E)
História.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) O povo grego caminhou da fase mitológica para a racional (Filosofia), 
passando da explicação mítica da origem das coisas ao raciocínio lógico e 
racional. Os gregos adoravam vários deuses, entre eles: Zeus (deus dos 
deuses), Afrodite (deusa da beleza) e Thêmis (deusa da Justiça), 
simbolizada por uma mulher com venda nos olhos, para não se deixar 
impressionar com as aparências dos contendores, decidindo desta forma 
sempre com imparcialidade.
Roma
Posição Geográfica: Localizada no continente europeu, na Itália, acima do 
continente africano e do mar Mediterrâneo.
Sociedade: patrícios (em referência direta ao pater familias, aristocracia 
de caráter hereditário, proprietários das melhores terras); clientes (classe 
intermediária entre patrícios e plebe, vinculados jurídica e 
economicamente aos patrícios); plebe (livres, porém, sem riqueza, 
submetiam-se à classe dominante) e escravos (não eram considerados 
classe social e sim res –coisa).
Instituições Políticas:
a) Realeza (753 a.C a 510 a.C) – A exemplo do que ocorria em outras 
Cidades-Estado, Roma era governada por um rei. A realeza era vitalícia, 
porém eletiva e não hereditária. O rei era escolhido pelas Assembleias 
(Comicios Curiatos – Todos os homens enquanto povo, exceto a plebe e 
os escravos), indicado pelo Senatus (Senado – 300 membros conselheiros 
do rei). Poder total que abrangia os âmbitos civil, militar, religioso e 
judiciário.
b) República (510 a.C a 27 a.C) – O poder passou das mãos de um rei 
para muitos. República vem de Res + Publicae que significa coisa do 
povo. Os escolhidos tinham um mandato curto, normalmente de 1 ano, 
de forma que o poder acabava centralizado nas mãos do Senado que era 
vitalício. Os Magistrados, como eram chamados, dividiam-se em 
Ordinários e Extraordinários. Os Magistrados Ordinários (Cônsules, 
Pretores, Edis e Questores) eram eleitos anualmente, enquanto que os 
Magistrados Extraordinários (Censores) eram escolhidos quando havia 
necessidade.
b1) Cônsules – Sempre em número de 2 com poderes equivalentes 
 Página 14 de Direito 
b1) Cônsules – Sempre em número de 2 com poderes equivalentes 
(colegialidade). Comandavam o exército, presidiam o Senado e os 
Comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas e eram os 
superintendentes dos funcionários nas questões administrativas.
b2) Pretores – Os magistrados mais importantes pois a atuação se dava 
em relação à Justiça. Havia o Pretor Urbano (cuidava das questões que 
envolviam os romanos na cidade) e o Pretor Peregrino (cuidava das 
questões de justiça no campo e nas que envolviam estrangeiros). Os 
Pretores cuidavam da administração da Justiça mas não julgavam os 
casos, remetiam a um juiz. Após a Lex Aebutia, os Pretores tiveram seus 
poderes aumentados, sendo que podiam além de fixar os limites da 
demanda dar instruções ao juiz em como proceder (editos – fonte do 
direito positivo).
b3) Edis – Cuidavam do abastecimento (provisões) da cidade, do 
policiamento e da conservação.
b4) Questores – Tesoureiros, cuidavam das questões da fazenda, 
cobrando devedores e os denunciando à Justiça.
b5) Censores – cuidavam com senso populacional e econômico de Roma.
c) Império (27 a.C a 566 d.C) – Poder centralizado nas mãos do 
Imperador em todos os aspectos: civil, militar e judiciário. As 
magistraturas republicanas permaneceram, porém, com poderes 
limitados, assim como o Senado.
Direito Romano – Podemos conceituar o direito romano como o conjunto 
de normas vigentes em Roma da sua fundação até Justiniano. O direito 
tinha como pressuposto “viver honestamente, não lesar ninguém e dar 
cada um o que é seu” (Ulpiano). O direito romano passou por três fases 
ou períodos distintos: Arcaico, Clássico e o Pós-Clássico.
Período Arcaico ou Pré-Clássico (753 a.C a 27 a.C)
Durante o período arcaico a família era ocentro de tudo. Cada cidadão 
romano era visto como parte integrante de uma unidade familiar. Neste 
período surge a Lei das XII Tábuas (451-450 a.C) como uma resposta a 
uma das revoltas da plebe, que lutou durante séculos por igualdade civil e 
política com os patrícios). O direito aplicado era consuetudinário e 
favorecia aos patrícios na aplicação das normas. Os plebeus na verdade, 
exigiram que as normas jurídicas fossem positivadas.
Tábua I – do chamamento a Juízo.
Tábua II – dos julgamentos e dor furtos.
Tábua III – dos direitos de crédito. 
Tábua IV – do pátrio poder e do casamento.
Tábua V – das heranças e tutelas.
Tábua VI – do direito de propriedade e da posse.
Tábua VII – dos delitos.
Tábua VIII – dos direitos prediais.
Tábua IX – do direito público.
 Página 15 de Direito 
Tábua IX – do direito público.
Tábua X – do direito sacro.
Tábua XI – sem título (genérica)
Tábua XII – sem título (genérica).
Muitos dispositivos da Lei das XII Tábuas são utilizados em nosso 
ordenamento jurídico. Exemplos: Itens 10 e 11 da Tábua I:
10 – Depois do meio dia, se apenas uma parte comparece, o Pretor 
decida a favor da que está presente.
11 – O pôr-do-sol será o termo final da audiência.
O disposto no item 10 refere-se ao instituto da revelia, previsto no artigo 
344 do NCPC “Se o réu não contestar a ação, srá considerado revel e 
presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor".
O disposto no item 11 refere-se ao horário dos atos processuais, previsto 
em nosso ordenamento no artigo 212 do NCPC “os atos processuais serão 
realizados em dias úteis, das 6 às 20 horas”.
Período Clássico (27 a.C a 284 d.C – Alto Império Romano)
Considerado o período áureo do D. Romano. São marcantes as figuras 
dos pretores e dos jurisconsultos (estudiosos do Direito que 
interpretavam a lei e tinham reconhecimento de todos como sendo a 
expressão exata na norma). Os jurisconsultos eram considerados a 
aristocracia intelectual, devido à inteligência e conhecimentos técnicos. Os 
jurisconsultos também eram conhecidos como Prudentes. Os 
jurisconsultos poderiam resolver as hipóteses concretas que lhe eram 
submetidas (respondere), podiam orientar os particulares nas atividades 
negociais que envolviam questões jurídicas (cavere), podiam ainda, em 
caso de litígios, aconselhar as partes (agere). Muito do direito privado, 
principalmente o direito civil desenvolveu-se nesta fase.
Dentre os jurisconsultos, destaca-se GAIUS, que escreveu 
as Institutiones, dividido em 4 livros:
1) Fontes do Direito e das Pessoas;
2) Das Coisas, Dos Direitos Reais e das Sucessões Testamentárias;
3) Das Sucessões sem Testamentos e das Obrigações;
4) Das Ações.
ULPINIANUS, JULIUS PAULUS, PAPINIANO (considerado o maior de todos 
os jurisconsultos) e MODESTINUS fecham a era de ouro do que se 
chamava “letras jurídicas romanas”. Depois deles os Imperadores 
passaram a decidir, pessoalmente, as questões mais relevantes. Aos 
poucos, instituiu-se o período de fórmulas, ou direito formular, 
principalmente com a já referida Lex Aebutia, na qual passou-se a admitir 
a utilização da fórmula, onde os pretores, passaram a ouvir as partes na 
primeira fase do processo e, encontrando fundamentos para o seguimento 
do feito, elaboravam uma fórmula, a qual seria entregue aos árbitros.
Período Pós-Clássico (284 d.C a 565/566 d.C – Baixo Império 
 Página 16 de Direito 
Período Pós-Clássico (284 d.C a 565/566 d.C – Baixo Império 
Romano) 
Período de declínio do Direito Romano. Poucas inovações foram 
introduzidas no Direito, vivendo-se mais da fase áurea. O direito formular 
deixou de ser aplicado, dando lugar às Constituições Imperiais 
(providências legislativas do Imperador), que podiam se apresentar nas 
seguintes formas: edicta; mandata; decreta ou rescripta.
Edicta: deliberações de ordem geral com duração indefinida.
Mandata: deliberações de caráter administrativo aos funcionários do 
império e governadores de províncias.
Decreta: decisões proferidas no âmbito do poder jurisdicional do 
Imperador (jurisdictio).
Rescripta: respostas dadas pelo Imperador a respeito de casos jurídicos a 
ele submetidos por magistrados e/ou particulares.
Estas constituições, na verdade, tinham o objetivo da personificação do 
monarca, chamadas também de leges.
Em 395 d.C o Império Romano é dividido em dois, ficando a primeira sede 
em Milão e a capital do segundo no Bizâncio, depois foi trocado o nome 
para Constantinopla, pelo Imperador Constantino. Atualmente diz respeito 
à região de Istambul, na Turquia.
O Imperador do Oriente JUSTINIANUS (527-565 d.C), enxergou a 
necessidade de reerguer o Direito Romano, que se apresentava como 
condição indispensável para estruturar seu império. Convocou uma 
comissão dos maiores jurisconsultos de sua época, para criar o Corpus 
Iuris Civilis, composto por quatro obras: o Codex, o Digesto, as Institutas 
e as Novelas.
Codex – Do latim caudex, quer dizer tronco de árvore, diz respeito ao 
suporte do sistema legal. Compilação das Constituições Imperiais para 
que os romanos conhecessem todas as leis que vigoravam. Dividido em 
12 Livros da seguinte forma: Livro I (direito eclesiástico, fontes do Direito 
e das funções dos servidores públicos); Livro II-VIII (direito privado); 
Livro IX (delitos); Livro X-XII (regras administrativas).
Algumas regras: Ninguém sofrerá penalidade pelo que pensa 
(comparativo com o texto constitucional em seu artigo 5º, IV – É livre a 
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato); o encargo da 
prova fica com aquele que afirma e não com o que nega (comparativo 
com a regra do Direito Processual Civil de que, quem alega um fato deve 
prová-lo - ônus da prova).
Digesto – Destinou-se à reunião dos pareceres e escritos dos 
jurisconsultos, no total de 50 Livros. Muito se aproveitou desta obra no 
tocante aos critérios de interpretação das leis.
Institutas - Considerado uma espécie de manual de Direito para os 
estudantes. Declaradas de uso obrigatório, tiveram força de lei. Dividida 
em 4 Livros.
 Página 17 de Direito 
em 4 Livros.
Novelas – Regras do próprio Justiniano que se faziam necessárias no 
próprio cotidiano, tendo o poder de derrogar as regras dos livros 
anteriores que se chocassem com o novo direito. Praticamente todas as 
escritas eram em grego já que se destinavam às populações do Império 
do Oriente.
Exercício 1:
No Período Arcaico ou Pré-Clássico (753 a.C a 27 a.C) a família era o 
centro de tudo. Cada cidadão romano era visto como parte integrante de 
uma unidade familiar. Neste período ocorreu a revolta dos plebeus, que 
lutaram durante séculos por igualdade civil e política com os patrícios. O 
direito aplicado era consuetudinário e favorecia aos patrícios na aplicação 
das normas. Os plebeus na verdade, exigiram que as normas jurídicas 
fossem positivadas, dando origem a que ordenamento jurídico?
A)
Ao Corpus Juris Civilis;
B)
Ao Direito Canônico;
C)
Ao Direito Germânico;
D)
À Lei das XII tábuas;
E)
Ao Código de Hammurabi.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Durante o período arcaico a família era o centro de tudo. Cada cidadão 
romano era visto como parte integrante de uma unidade familiar. Neste 
período surge a Lei das XII Tábuas (451-450 a.C) como uma resposta a 
uma das revoltas da plebe, que lutou durante séculos por igualdade civil e 
política com os patrícios). O direito aplicado era consuetudinário e 
favorecia aos patrícios na aplicação das normas. Os plebeus na verdade, 
exigiram que as normas jurídicas fossem positivadas.
Exercício 2:
No Direito Romano, para Ulpiano, o direito tinha como pressuposto:
A)
“viver honestamente, não lesar ninguém e dar cada um o que é seu”
B)
tratar os desiguais na medida de suas desigualdades.
C)
todos são iguais perante a lei.
 Página 18 de Direito 
todos são iguais perante a lei.
D)
o homem é livre por natureza.
E)
o homem é o lobo do homem.
O aluno respondeu e acertou.Alternativa(A)
Comentários:
A) Direito Romano – Podemos conceituar o direito romano como o 
conjunto de normas vigentes em Roma da sua fundação até Justiniano. O 
direito tinha como pressuposto “viver honestamente, não lesar ninguém e 
dar cada um o que é seu” (Ulpiano). O direito romano passou por três 
fases ou períodos distintos: Arcaico, Clássico e o Pós-Clássico.
Exercício 3:
Os Magistrados que sempre atuavam em número de 2 com poderes 
equivalentes (colegialidade) e comandavam o Exército, presidiam o 
Senado e os Comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas e 
eram os superintendentes dos funcionários nas questões administrativas 
eram chamados:
A)
Pretores.
B)
Cônsules.
C)
Edis
D)
Questores.
E)
Censores.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) Cônsules – Sempre em número de 2 com poderes equivalentes 
(colegialidade). Comandavam o exército, presidiam o Senado e os 
Comícios, representavam a cidade em cerimônias religiosas e eram os 
superintendentes dos funcionários nas questões administrativas.
Exercício 4:
Em Roma, no que toca às Instituições Políticas, na República, os 
Magistrados dividiam-se em dois grupos, os Ordinários que eram eleitos 
anualmente, como era o caso dos Pretores, considerados os magistrados 
mais importantes
PORQUE
Os Pretores, urbanos ou peregrinos, cuidavam da administração da 
justiça.
Assinale a alternativa correta:
 Página 19 de Direito 
Assinale a alternativa correta:
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C)
a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.
D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Pretores – Os magistrados mais importantes pois a atuação se dava 
em relação à Justiça. Havia o Pretor Urbano (cuidava das questões que 
envolviam os romanos na cidade) e o Pretor Peregrino (cuidava das 
questões de justiça no campo e nas que envolviam estrangeiros). Os 
Pretores cuidavam da administração da Justiça mas não julgavam os 
casos, remetiam a um juiz. Após a Lex Aebutia, os Pretores tiveram seus 
poderes aumentados, sendo que podiam além de fixar os limites da 
demanda dar instruções ao juiz em como proceder (editos – fonte do 
direito positivo).
Exercício 5:
O Imperador do Oriente JUSTINIANUS (527-565 d.C) enxergou a 
necessidade de reerguer o Direito Romano, que se apresentava como 
condição indispensável para estruturar seu Império. Convocou uma 
comissão dos maiores jurisconsultos de sua época, para criar o Corpus 
Iuris Civilis, composto pelas seguintes obras:
A)
Codex, Digesto, Rescripta e Novelas.
B)
Novelas, Digesto, Mandata e Edicta.
C)
Edicta, Mandata, Codex e Novelas.
D)
Edicta, Institutas, Digesto e Edis.
E)
Codex, Digesto, Institutas e Novelas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
 Página 20 de Direito 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O Imperador do Oriente JUSTINIANUS (527-565 d.C), enxergou a 
necessidade de reerguer o Direito Romano, que se apresentava como 
condição indispensável para estruturar seu império. Convocou uma 
comissão dos maiores jurisconsultos de sua época, para criar o Corpus 
Iuris Civilis, composto por quatro obras: o Codex, o Digesto, as Institutas 
e as Novelas.
Exercício 6:
Novelas, obra integrante do Corpus Iuris Civilis:
A)
Diz respeito ao suporte do sistema legal. Compilação das Constituições 
Imperiais para que os romanos conhecessem todas as leis que vigoravam. 
Dividida em Livros da seguinte forma: Livro I (direito eclesiástico, fontes 
do direito e das funções dos servidores públicos); Livros II - VIII (direito 
privado); Livro IX (delitos); Livros X - XII ( regras administrativas).
B)
Destinou-se à função dos pareceres e escritos dos jurisconsultos, no total 
de 50 livros. Muito se aproveitou desta obra no tocante aos critérios de 
interpretação das leis.
C)
Considerado uma espécie de manual de direito para os estudantes. 
Declaradas de uso obrigatório, tiveram força de lei. Divididas em 4 
Livros.
D)
Respostas dadas pelo Imperador a respeito de casos jurídicos a ele 
submetidos por magistrados e/ou particulares.
E)
Regras do próprio Justiniano que se faziam necessárias no cotidiano, 
tendo o poder de derrogar as regras dos Livros anteriores que se 
chocassem com o novo direito. Praticamente todas as escritas eram em 
grego já que se destinavam às populações do Império do Oriente.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O Imperador do Oriente JUSTINIANUS (527-565 d.C), enxergou a 
necessidade de reerguer o Direito Romano, que se apresentava como 
condição indispensável para estruturar seu império. Convocou uma 
comissão dos maiores jurisconsultos de sua época, para criar o Corpus 
Iuris Civilis, composto por quatro obras: o Codex, o Digesto, as Institutas 
e as Novelas.
IDADE MÉDIA
 Página 21 de Direito 
IDADE MÉDIA
Período – Século V d. C até século XV na Europa (476-1453), sendo Alta 
Idade Média (séc. V-IX) e Baixa Idade Média (séc. IX-XV).
Alta Idade Média – Período marcado pela desconstrução e construção, ou 
seja, pelo fim do mundo romano com a construção de um novo mundo, 
tendo como elementos centrais a cultura germânica e a Igreja católica.
Baixa Idade Média – Passado o momento de integração entre os dois 
mundos (Romano e Germânico), encontramos a consolidação da 
instituição considerada como símbolo da Idade Média, o Feudalismo.
Feudalismo – Teve como característica marcante a fragmentação do 
poder, uma vez que, o poder acabou sendo dividido entre os grandes 
senhores feudais ou proprietários de terras. Surgem as figuras dos 
vassalos e dos servos.
Contrato Feudo-Vassálico – Tratava-se de um contrato realizado entre o 
senhor feudal e o vassalo com obrigações recíprocas. O vassalo colocava-
se nas mãos do senhor feudal jurando fidelidade e defendendo-o (ajuda 
material e militar) bem como a sua família, para isso, o vassalo recebia 
um feudo.
O contrato poderia ser desfeito unilateralmente em caso de uma das 
partes não cumprir com a obrigação. Os servos eram homens livres e não 
escravos, porém, estavam presos às terras nas quais trabalhavam. O 
contrato era personalíssimo (não hereditário) e solene, realizado em 
público dentro de um cerimonial (investidura). Os direitos de uso e 
propriedade do feudo eram limitados.
Justiça – A justiça era praticada pelo senhor feudal que detinha o poder 
de jurisdição em toda a sua propriedade, bem como nos feudos que 
tinham sido dados em benefício. Esta jurisdição, no início única passou a 
ser exercida juntamente com os Conselhos de Vassalos (Consilium), 
constituindo uma Assembleia deliberativa presidida pelo senhor feudal 
com capacidade para julgamento das questões submetidas ao Conselho.
Direitos da Idade Média – “Como a Idade Média nasceu da união do que 
restou do Império Romano, mais os povos germânicos que invadiram a 
Europa romana, mais a Igreja Católica que sobreviveu à queda do 
Império Romano e se fortaleceu durante o período medieval, o Direito na 
Idade Média não poderia ser composto por outros elementos que não os 
descritos acima. Assim, compondo o Direito Medieval como um todo 
podem ser vistos os Direitos romano, germânico e canônico (relativo à 
Igreja).”. [1] 
Direito Germânico – Os povos que invadiram o Império Romano eram 
originários da região da Germânia, quase que em sua maioria não 
utilizavam a escrita, de forma que seu direito era praticamente 
consuetudinário (oral). O poder era centralizado na figura do pai de 
família. Quando da invasão algumas tribos estabeleceram-se como reinos, 
outras, para um maior controle da população romana conquistada e 
acostumada com o direito escrito, passaram a confeccionar suas normas.
 Página 22 de Direito 
acostumada com o direito escrito, passaram a confeccionarsuas normas.
Fala-se em direitos germânicos, pois eram várias tribos com diferentes 
tradições. Surge a chamada Personalidade das Leis – cada tribo leva 
consigo, para onde quer que vá ou qualquer que seja o soberano, o 
estatuto jurídico de sua tribo de origem. 
Direito Romano – Pela sua força e complexidade não poderia deixar de 
ser aplicado mesmo frente às invasões dos povos germânicos. Aplicou-se 
o princípio da Personalidade das Leis, onde o direito romano continuou a 
ser aplicado aos romanos e o direito germânico às tribos invasoras. Em 
regiões pouco romanizadas, o direito romano cedeu em favor do direito 
germânico e, em regiões muito romanizadas, suplantou o direito 
germânico. O direito romano serviu como base direta da legislação ou 
indireta através de inspiração para novas legislações (fenômeno da 
recepção).
Direito Canônico – É o nome dado ao direito da Igreja 
Católica. Cânon significa em grego regra. Direito muito importante na 
Idade Média em vista da importância da Igreja Católica neste período, e 
principalmente, por ser escrito, já que em muitas regiões pautavam-se 
pelos costumes e pela oralidade do direito.
A Igreja Católica teve um domínio de caráter universal, quase absoluto, 
entre os séculos VIII e XV, sendo o direito canônico o responsável pelo 
domínio do direito privado, para solução de questões relativas a 
casamentos, divórcios etc. Cria-se ao lado do direito laico o direito 
religioso com os Tribunais Eclesiásticos.
Posteriormente foi dado aos clérigos (padres, bispos etc.) o privilégio de 
foro, onde seriam julgados em qualquer matéria pelos Tribunais da 
Igreja. O direito laico enfraquecia em vista do declínio do poder real em 
favor do feudalismo e o direito eclesiástico aumentava seu poder, 
podendo julgar também, além dos clérigos, leigos em algumas questões 
específicas, tais como corpo discente e docente de Universidades[2] (que 
foram na verdade, até o século XVI instituições eclesiásticas), e as 
pessoas que cometessem infrações contra a religião (hereges, feiticeiros 
etc.) [3]. O processo eclesiástico cível era escrito, enquanto que o 
processo penal estava atrelado à acusação, baseado num tipo de prova 
chamado irracional (ordálios). Ex: provas de ferro em brasa ou água 
fervente em que se acreditava que o inocente não seria ferido.
Fontes – São consideradas fontes do Direito Canônico o ius 
divinum (conjunto de regras que podem ser extraídas da Bíblia, dos 
escritos dos doutores da Igreja e da doutrina patrística), a própria 
legislação canônica (formada pelas decisões dos Concílios e dos escritos 
dos Papas), bem como os costumes e os princípios recebidos do Direito 
Romano.
Patrística – Patrística ou Patrologia significa o ensinamento dos padres 
católicos a respeito da doutrina da Igreja, uma vez que, a religião católica 
necessitava ampliar sua área de influência e convencer que seus dogmas 
possuíam fundamento e validade. Era na verdade a filosofia cristã, ou 
seja, a patrística constitui-se de elogios escritos ao Cristianismo, 
procurando demonstrar que a sua doutrina não se chocava com o 
racionalismo. Santo Agostinho (Aurelius Augustinus) em suas obras 
 Página 23 de Direito 
racionalismo. Santo Agostinho (Aurelius Augustinus) em suas obras 
logrou vincular a razão que imperava da filosofia grega, à fé, base do 
catolicismo.
Escolástica – Considerada a filosofia cristã. São Tomás de Aquino cuidou 
da razão como justificativa para fé. Neste período Teologia e Filosofia se 
interligam. Para São Tomás de Aquino as ideias estavam alicerçadas na 
existência de três planos de leis: divina (estabelecida nas escrituras 
sagradas), natural (intuitiva na humanidade) e humana (obra exclusiva 
dos homens, para regular as relações intersociais).
Processo Inquisitório - No fim da Idade Média utilizou-se largamente nos 
tribunais eclesiásticos assim como nos laicos, o processo inquisitório. No 
processo civil as sanções eram geralmente de caráter pecuniário (perda 
do feudo). No processo penal fazia-se o uso da tortura como pena ou 
meio de obtenção de prova.
A pena tinha a característica de vingança com aplicação de penas cruéis 
(mutilações múltiplas). Havia trabalhos forçados, exílio, degredo, 
desterro, morte civil, pelourinho. Havia ainda a aplicação das penas 
corporais como medidas preventivas (mutilações para mostrar a 
periculosidade do indivíduo). Havia o esquartejamento, fogo, roda, forca, 
decapitação entre outras penas.
________________________________________
[1] CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2006, p. 127.
[2] As Universidades eram chamadas studia generalia, de início, vinculadas aos monges e seus mosteiros. 
Voltada para o estudo do Direito a primeira Universidade foi a de Bolonha (Itália), no século XI.
[3] Julgados pelo Tribunal do Santo Ofício da Inquisição.
Exercício 1:
No que toca ao Direito Germânico, podemos afirmar em relação ao 
instituto da Personalidade das Leis:
A)
Era um tipo de jurisdição, no início única, depois passou a ser exercida 
juntamente com os Conselhos de Vassalos (Consilium), constituindo uma 
Assembleia deliberativa presidida pelo senhor com capacidade para 
julgamento das questões submetidas ao Conselho.
B)
sinônimo do ius divinum (conjunto de regras que podem ser extraídas da 
Bíblia, dos escritos do doutores da Igreja e da doutrina patrística), era a 
própria legislação canônica (formada pelas decisões dos Concílios e dos 
escritos dos Papas), bem como os costumes e os princípios recebidos do 
Direito Romano.
C)
Consistia no processo inquisitório, que no fim da Idade Média utilizou-se 
largamente nos tribunais eclesiásticos assim como nos laicos. No processo 
civil as sanções eram geralmente de caráter pecuniário (perda do feudo). 
No processo penal fazia-se o uso da tortura como pena ou meio de 
obtenção de prova.
D)
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D)
Eram os ensinamentos dos padres católicos a respeito da doutrina da 
Igreja, uma vez que, a religião católica necessitava ampliar sua área de 
influência e convencer que seus dogmas possuíam fundamento e 
validade.
E)
Consistia nas diferentes tradições de cada tribo (cada tribo leva consigo, 
para onde quer que vá ou qualquer que seja o soberano, o estatuto 
jurídico de sua tribo de origem). 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Fala-se em direitos germânicos, pois eram várias tribos com diferentes 
tradições. Surge a chamada Personalidade das Leis – cada tribo leva 
consigo, para onde quer que vá ou qualquer que seja o soberano, o 
estatuto jurídico de sua tribo de origem.
Exercício 2:
No que toca ao Direito Canônico, no que consistia o ius divinum?
A)
processo inquisitório praticado nos Tribunais Eclesiásticos.
B)
instituto da Personalidade das Leis.
C)
contrato feudo-vassálico.
D)
Tribunais Laicos.
E)
conjunto de regras que podem ser extraídas da Bíblia, dos escritos dos 
doutores da Igreja e da doutrina patrística
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) Fontes – São consideradas fontes do Direito Canônico o ius 
divinum (conjunto de regras que podem ser extraídas da Bíblia, dos 
escritos dos doutores da Igreja e da doutrina patrística), a própria 
legislação canônica (formada pelas decisões dos Concílios e dos escritos 
dos Papas), bem como os costumes e os princípios recebidos do Direito 
Romano.
Exercício 3:
Na Escolástica, São Tomás de Aquino, representante significativo, cuidou 
da razão como justificativa para a fé (filosofia cristã)
PORQUE
Neste período Filosofia e Teologia se interligam e a classificação das 
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Neste período Filosofia e Teologia se interligam e a classificação das 
leis se deu em três categorias: leis divinas, leis naturais e leis humanas.
Assinale a alternativa correta:
A)
as duas assertivas são falsas.
B)
a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira.
C)
a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa.D)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
E)
as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) Escolástica – Considerada a filosofia cristã. São Tomás de Aquino 
cuidou da razão como justificativa para fé. Neste período Teologia e 
Filosofia se interligam. Para São Tomás de Aquino as ideias estavam 
alicerçadas na existência de três planos de leis: divina (estabelecida nas 
escrituras sagradas), natural (intuitiva na humanidade) e humana (obra 
exclusiva dos homens, para regular as relações intersociais).
Exercício 4:
No Direito Canônico o processo penal estava atrelado à acusação, 
baseado na prova judiciária destinada a inocentar ou inculpar um 
acusado. Também chamado juízo de Deus, foi muito usado nos primeiros 
séculos da Idade Média. Consistia em submeter à prova do fogo ou da 
água o acusado, que, se dela saísse salvo, era em geral declarado 
inocente. A esse processo irracional de provas chamamos:
A)
ius divinum.
B)
patrística.
C)
escolástica.
D)
processo inquisitório.
E)
ordálios.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
E) O processo eclesiástico cível era escrito, enquanto que o processo 
penal estava atrelado à acusação, baseado num tipo de prova chamado 
irracional (ordálios). Ex: provas de ferro em brasa ou água fervente em 
que se acreditava que o inocente não seria ferido.
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