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Penal Fichamento.docx

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Princípio da Legalidade
Segundo a doutrina mais contemporânea, o Principio da Legalidade se desdobra em três postulados. O primeiro é o da reserva legal, o segundo é o da determinação taxativa, e o último é o da irretroatividade.
Reserva Legal: Somente a lei, e anteriormente ao fato pode estabelecer o que constitui delito, e a pena a ele aplicável. É uma reserva ao poder legislativo de criar as normas.
“Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. Esse princípio tem seu fundamento na teoria do contrato social do iluminismo. O iluminismo cria limitações do poder do Estado. Somente a lei, e anteriormente ao fato, pode estabelecer que este constituísse delito, e a pena a ele aplicável. Do princípio da Reserva legal decorre a proibição do direito costumeiro e da comparação como fonte do direito penal. 
	
Determinação taxativa: diz respeito à enunciação da lei penal que deve ser suficientemente clara e precisa; especialmente as de natureza incriminadoras.
Exigência de que as leis penais sejam claras e o mais possível certas e precisas. Sem essa proposição o principio da legalidade nunca alcançaria seu objetivo, pois de nada valeria o principio da anterioridade da lei se esta não for de forma objetiva e clara. É vetado ao legislador usar expressões ambíguas, vagas. A lei deve estar dotada da clareza e certeza necessária. Esse princípio tem um objetivo político de proteger o cidadão do arbítrio judiciário. 
 Irretroatividade: Trata da validade das leis penais no tempo. 
A irretroatividade da lei penal dá ao cidadão a segurança, uma vez que a lei só alcança os fatos cometidos após a sua vigência, não incidindo sobre fatos anteriores ante as mudanças de valorização do legislador, o direito de não ser punido, ou de não ser punido mais severamente, por fatos que no ato de sua comissão, não eram apenados, ou eram de forma mais branda. As novas penas estabelecidas ou agravadas à lei não se aplicam a fatos anteriores. A constituição de 1946 previu a irretroatividade dispondo que a lei penal “só retroage para beneficiar o réu”. Esse dispositivo também se encontra presente nas demais constituições.
Leis excepcionais: só adquirem eficácia quando ocorrem fatos e situações especiais. Ex.: normas aplicáveis só em ocasião de guerra, uma vez cessada a guerra perdem a eficácia, mas continuam vigentes. 
Leis temporárias: Diferem das leis excepcionais porque decorrido o prazo de sua vigência elas perdem a eficácia e deixam de vigorar. 
Por se tratar de uma norma que não mais existe, a sua aplicação, após encerrado o prazo de sua vigência, implica em dar a lei uma atividade em desfavor do réu. Nessa hipótese pode se alegar a inconstitucionalidade dessa aplicação da lei penal temporária. 
 4) O Princípio da Legalidade e o Estado Social: É sem dúvida que o princípio da legalidade, posto como garantia individual, é de inspiração iluminista, constitui norma fundamental de direito penal, como o gabarito constitucional, nos regimes democráticos instaurados a partir do fins do século XVIII. Entre o princípio da legalidade dos delitos e das penas e as exigências do Estado Social não existem reais incompatibilidades. Os Estados democráticos sociais tem inarredáveis compromissos com os valores iluministas, principalmente o da liberdade.
B) O Princípio da Culpabilidade
Um dos princípios consagrados em muitas constituições é o principio da responsabilidade subjetiva, ou seja, da culpabilidade. Todavia as características do delito só aparece em uma fase já evoluída da historia da espécie humana. Em todos os primórdios das civilizações a responsabilidade pela prática de um fato ilícito tinha caráter objetivo, o agente te causado evento danos.
Com relação aos menores, numerosos são os textos que só admitem a imputabilidade penal a partir da puberdade. No entanto a evolução do direito romano foi no sentido de não escusar totalmente o impúbre, mas apená-lo de forma atenuada.
Já no século XIX a predominância era de uma visão cientifica, acentua o entendimento das relações do agente cm responsabilidade pelo fato criminoso, como mera relação psicológica. E um positivista militante como Franz Von List será a voz mais importante dentre as que reduzem a culpabilidade ao dolo e a culpa. Após várias pesquisas de estudiosos, Mezger chega a uma concepção dita “psicólogo normativo” entendendo-se assim que a culpabilidade como reprovação. Reprovação por ter o agente como dolo, seja como culpa, agindo em desconformidade com o direito, podendo agir como consonância com o mesmo, e tendo a consciência de justiça. E por fim, com os finalistas se chega a chamada teoria normativa pura culpabilidade, segundo a qual o juiz de reprovação tem por objetivo um fato injusto, objetivo e subjetivamente típico, em ou pode exigir do agente uma conduta lícita e em que o agente tem ou pode ter consciência da ilicidade. O dolo e a culpa passam a integrar o tipo, e a culpabilidade adquire uma fisionomia exclusivamente normativa. 
C) O Princípio da Intervenção Mínima
Restringir e se possível eliminar o arbítrio do legislador. Somente se a sanção penal for instrumento indispensável de proteção jurídica é que a mesma se legitima. 
Esse princípio não se encontra explícito nas legislações penais e constitucionais contemporâneas. É um princípio vinculado ao pensamento iluminista, consagrado na revolução francesa, que pretendeu reduzir a legislação em geral. Entretanto, a excessiva extensão da legislação penal ocorreu.
O direito penal tem um caráter fragmentário. O direito penal deve ser a ‘ratio estrema’, um remédio último, cuja presença só se legitima quando as demais maneiras protetoras do bem jurídico predispostas por outros ramos do direito fracassarem.
O Princípio da Humanidade
Consiste no reconhecimento do condenado como pessoa humana. Princípio derivado do iluminismo.  Art. 5° “Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante”. O princípio em discussão reza que não será aceito nenhum tratamento que seja de cunho vexatório contra a pessoa do condenado, preservando a ele e sua família a humanização da pena, bem como fixando que este deverá ser assistindo por um corpo social no cumprimento desta. No Brasil a Lei de Execuções Penais (LEP) garante ao condenado que sua pena será cumprida de forma “digna” em ambiente destinado a este fim e com condições humanas para que se possa cumprir o período fixado pelo órgão executor natural local. O principio em tela é alvo de consagração em diversas cartas magnas no mundo, e também e assegurado pela organização das nações unidas através de tratados internacionais firmados entre nações.
E) O Princípio da Pessoalidade e da Individualização da Pena
1) O princípio da pessoalidade
A pena pode atingir apenas o sentenciado. Nenhuma pena deve passar da pessoa do delinquente. A vigência da Carta Magna contém em nossa norma no inciso XLV artigo 5 “ Nenhuma pena passará da pessoa do condenado...” , Ao contrário do ocorrido no direito pré- beccariano a pena não pode se estender a pessoas estranhas ao delito, ainda que vinculadas ao condenado por laços de parentescos.
Não se ignora, que a pena pode causar danos e sofrimentos a terceiros. É exemplos desta situação- referido por G, Battaglini- o caso da esposa, que por condenados e preso seu marido e chefe de família, e não tendo conseguido emprego, viu-se obrigado a prosseguir-se para a garantia de seus filhos.
Para obviar casos iguais foi criado na Itália, o chamado ordenamento penitenciário, que presta assistência à família da assistência, e mesmo das vitimas de delitos. 
É no artigo 29 Paragrafo 1 letra “b” ordena que o produto da remuneração do trabalho do preso deverá atender, dentre outros objetivos, “a assistência família”.
 
2) O princípio da individualização
“A lei regulará a individualização da pena”. Individualização da pena “Retribuir o mal concreto do crime, com o mal concreto da pena, na concreta personalidade do criminoso. “
Três momentos:
Legislativo:Através da lei, que fixa para cada tipo penal uma ou mais penas proporcionais a importância do bem tutelado e a gravidade da ofensa.
 Judicial: Tendo presentes as nuanças da espécie concreta em uma variedade de fatores que são especificamente previstas pela lei, o juiz vai fixar qual das penas é aplicável, se previstas alternativamente, e acertar o seu quantitativo entre o máximo e o mínimo fixado para o tipo realizado, e determinar o modo de sua execução.
Executório/administrativo: Essa forma existe de individualização existe na Constituição de 1988, series de preceitos sobre sua ordenação. Assim o inciso XLIX art. 5 se determina que o cumprimento da pena se dê em estabelecimentos distintos “a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado” e no inciso L do mesmo artigo se garante às premissas “condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”.

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