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SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
Sursis = suspensão - surseoir = suspender
Conceito - Permite que o condenado não se sujeite à execução de pena privativa de liberdade, desde que preencha os requisitos exigidos, ficando o condenado sujeito a algumas imposições da lei ou impostas pelo juiz, durante determinado prazo (período de prova), e desde que não cumpridas, podem dar causa a revogação do benefício.
NJ – 
Damásio – Medida Penal de natureza restritiva de liberdade de cunho repressivo e preventivo. Não é benefício
Mirabete – É forma de cumprimento da pena – Direito subjetivo do acusado que preenche os requisitos exigidos. Não é mera faculdade do juiz.
Requisitos
Objetivos – caput e § 2.º
· Natureza da pena – privativa de liberdade (restritiva de direitos e multa – não se suspende – Art. 80)
· Quantidade da pena aplicada – Não superior a dois anos, com exceção ao condenado com mais de setenta anos ou doente.
· Impossibilidade de substituição por pena restritiva de direitos.
· No caso concurso de crimes – leva-se em conta a soma das penas
· Nada impede que seja beneficiado o condenado por crime hediondo ou assemelhado. 
Subjetivos – estão previstos nos incisos = antecedentes judiciais e qualidades pessoais do réu.
· Não ser condenado reincidente – limitada ao crime doloso
· § 1.º - exclui-se a condenação por pena de multa – mesmo no crime doloso
· Benefício anterior
· Condições e circunstâncias pessoais do condenado (Art. 59) verificar se são favoráveis
· Obrigatoriedade de manifestação sobre o “sursis”.
· Não deve ser concedido se verificado que o réu pode voltar a delinquir.
· Mesmo foragido ou tenha sido revel no passado – preenchido os requisitos, poderá haver a concessão.
Espécies
Simples – Art. 78, § 1.º - imposta prestação de serviços a comunidade ou limitação de fim de semana
Especial – Art. 78, § 2.º - condições mais brandas (proibição de frequentar certos lugares, ausentar-se da comarca onde reside, comparecimento pessoal e obrigatório ao juízo
Etário - § 2.º - condenado maior de setenta anos na data da sentença – pena não exceda 04 anos. 
Humanitário – por razões de saúde, independentemente da idade – doentes terminais - § 2.º 
Condições
Legais – previstas em lei – Art. 78 §§ 1.º e 2.º
Legais indiretas – são chamadas as causas de revogação do benefício
Judiciais – são impostas livremente pelo juiz, não estando previstas em lei – Art. 79. Não se pode impor condição que viole direito indisponível do condenado, como a integridade física, liberdade e garantias constitucionais, tarefas vexatórias ou que exponham ao ridículo.
Revogação 
Obrigatória – O juiz está obrigado a proceder a revogação
· Condenação irrecorrível (durante o período de prova – não importa em que momento foi cometido o crime) – Art. 81, I
· Frustração da execução da pena de multa, não reparação do dano sem justificativa – Art. 81, II
· Descumprimento das condições do Art. 78, § 1.º - Prestação de serviços e limitação de fim de semana.
· Art. 161 – LEP – Não comparecimento a AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA (Art. 160 LEP - é audiência de advertência, que tem como única finalidade cientificar o sentenciado das condições impostas e das consequências de seu descumprimento – Juiz da Vara de Execuções.
Facultativa – O juiz não está obrigado a revogar o benefício, podendo advertir, prorrogar o período de prova ou até exacerbar as condições impostas § 3.º.
Extinção da Pena – Art. 82 - sem que haja motivo para a revogação – O juiz deve declarar extinta a pena. Na data que encerra o período de prova e não da sentença.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO – Sursis Processual
Art. 89 da Lei 9099/95 – NJ – Direito subjetivo do infrator
Suspensão do processo, sem decisão condenatória, sem reincidência, extinguindo-se a punibilidade abstratamente. O estado não tem mais possibilidade de punir. 
Caráter Despenalizador – Lei 9099/95
Momento Processual – antes da instauração do processo
Pressuposto – Pena mínima abstrata – igual ou inferior a 01 ano
Requisitos 
· Não esteja sendo processado (# denunciado) ou tenha sido condenado por outro crime
· Estejam presentes os requisitos para suspensão da pena (Art. 77)
· Conveniência da concessão da suspensão.
Condições
Legais – Art. 89, § 1.º
Judicias – Estabelecidas pelo juiz – Art. 89 § 2.º
LIVRAMENTO CONDICIONAL – Art. 83 e segs.
Conceito: É o incidente na execução da pena privativa de liberdade, consistindo em uma antecipação provisória da liberdade do condenado, desde que satisfeitos certos requisitos e mediante determinadas condições.
NJ –
Damásio = Forma de execução de pena privativa de liberdade.
Delmanto = Direito Público Subjetivo do condenado de ter antecipada sua liberdade provisoriamente.
Distinção com o “Sursis” – no livramento condicional, o sentenciado inicia o cumprimento da pena privativa de liberdade, sob certas condições; 
· No “Sursis”, a execução da pena é suspensa mediante imposição de certas condições, e o condenado não chega a iniciar o cumprimento da pena imposta.
· “Sursis” suspende e o livramento pressupõe a execução da pena privativa de liberdade.
· No livramento o período de prova corresponde ao restante da pena, enquanto na suspensão condicional esse período não corresponde a pena imposta.
Requisitos
Objetivos 
· Natureza da pena – privativa de liberdade 
· Quantidade da pena aplicada – deve ser igual ou superior a dois anos.
· Reparação do dano (salvo impossibilidade = detento pobre) 
· Cumprimento de parte da pena = mais de 1/3, desde que tenha bons antecedentes e não seja reincidente em crime dolo; mais da metade se reincidente em crime doloso; entre 1/3 e a metade, se tiver maus antecedentes, mas não for reincidente em crime doloso; mais de 2/3 se tiver sido condenado por qualquer crime hediondo e equiparado.
Subjetivos
· Comportamento satisfatório (menos do que bom) durante a execução (não ser indisciplinado, empreender fugas, envolver-se com brigas)
· Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; a omissão do Poder Público não impede a concessão;
· Nos crimes cometidos com violência ou grave ameaça, o benefício fica sujeito a cessação da periculosidade do agente;
· Nos crimes hediondos, de não ser reincidente específico.
LEI ANTICRIME - Aumento dos Requisitos para o Livramento Condicional 
Art. 83. 
III - comprovado: 
a) bom comportamento durante a execução da pena; 
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; 
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Nova Hipótese de Falta Grave
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e 
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto.
Requisitos Procedimentais
· Requerimento do sentenciado, cônjuge, ou parente em linha direta, ou proposta do diretor do estabelecimento prisional (Art. 712 CPP)
· Parecer do Conselho Penitenciário e do Ministério Público
· Relatório minucioso a respeito do caráter do sentenciado (Art. 714 CPP)
Condições do Livramento
Obrigatórias - Art. 132 § 1.º LEP
Facultativas - Art. 132 § 2.º LEP
Judiciais – nada impede que o juiz fixe outras a seu critério Art. 85.
Condição Legal Indireta – condições negativas = a não dar causa a revogação do livramento.
Revogação do Livramento 
Obrigatória
· Condenação irrecorrível a pena privativa de liberdade por crime praticado antes do benefício
· Condenação irrecorrível a pena privativa de liberdade por crime praticadodurante do benefício
Facultativa
· Condenação irrecorrível por crime ou contravenção, a pena privativa de liberdade; trata-se de condenação a pena de multa ou restritiva de direito (exclui-se o perdão judicial, pois não há pena). Não importa se foi cometida antes ou durante a vigência do benefício;
· Descumprimento das condições impostas
· Juiz pode: revogar o benefício; advertir novamente o sentenciado ou exacerbar as condições impostas.
Art. 89 – O Juiz não poderá declarar extinta a pena enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado por crime cometido na vigência do livramento.
Art. 90 – se até seu término, o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.
Livramento Condicional Humanitário - concedido a sentenciado que ainda não cumpriu o período de tempo necessário, mas é portador de doença grave e incurável. Não tem base legal, não podendo ser concedido quando não preenchidos todos os requisitos objetivos e subjetivos previstos em lei. 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
“Condenação é o ato do juiz através do qual impõe uma sanção penal ao sujeito ativo de uma infração” – Mirabete 
Efeitos Penais Principais – penas (privativa de liberdade, restritiva de direitos e pena de multa para os imputáveis) e medida de segurança para os semi-imputáveis.
Efeitos Penais Secundários – consequências de natureza penal e extrapenal (Efeitos civis, administrativos, políticos e trabalhistas) 
Secundários 
De Natureza Penal:
a) É pressuposto da reincidência – Art. 63;
b) Impede, em regra, o sursis – Art. 77, I;
c) Causa, em regra, a revogação do sursis – Art. 81, I e § 1.º;
d) Causa revogação do livramento condicional – Art. 86;
e) Aumenta o prazo da prescrição da pretensão executória – Art. 110, caput in fine;
f) Interrompe a prescrição da pretensão executória quando caracterizar reincidência – Art. 116 § único;
g) Causa revogação da reabilitação – Art. 95;
h) Leva a inscrição do nome do condenado no rol de culpados (Art. 393, II CPP)
i) Tem influência na exceção da verdade no crime de calúnia – Art. 138 § 3.º, I e III;
j) Impede o privilégio dos Art. 155, § 2.º, 170, 171 § 1.º e 180 § 3.º;
k) Constitui elementar da contravenção de posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto – Art. 25 da LCP.
De Natureza Extrapenal
a) Genéricos: decorrem de qualquer condenação criminal e não precisam ser expressamente declarados na sentença = Efeitos automáticos de toda e qualquer condenação. Art. 91 CP
1) Tornar certa a obrigação de reparar o dano causado pelo crime; (natureza civil) – Art. 5.º CF; Art. 186 CC: Art. 63 CP
A sentença penal condenatória funciona como sentença meramente declaratória no tocante à indenização civil, pois nela não há mandamento expresso de o réu reparar o dano resultante do crime. A lei concede-lhe a natureza de título executório (Art. 63 CPP e Art. 584, II CPC), pois seu conteúdo declaratório é completado pela norma que toma certa a obrigação de reparação do dano (Art. 91, I CP). Assim transitada em julgado a sentença penal condenatória, a sua execução no juízo cível visa ao quantum da reparação, podendo ser promovida pelo ofendido, seu representante legal e herdeiros. (Damásio)
2) Confisco pela União dos instrumentos (Uso, porte, detenção, alienação ou fabrico seja fatos ilícitos), produtos e do proveito do crime. (Natureza civil) – Art. 5.º XLVI, b CF = perda de bens 
Alínea “a” trata dos instrumenta sceleris, que são os objetos empregados pelo agente na realização do crime (que constituam fatos ilícitos Ex.: armas, gazuas, petrechos para falsificação, etc.)
Alínea “b” trata dos producta sceleris, que são as coisas adquiridas diretamente com o delito = bem móvel ou imóvel.
3) Suspensão dos direitos políticos enquanto durar a execução da pena (Art. 15,III CF)
b) Específicos: decorrem da condenação criminal pela prática de determinados crimes e em hipóteses específicas, devendo ser motivadamente declarados na sentença condenatória. Não são automáticos nem ocorrem em qualquer hipótese. Art. 92 CP
1) Art. 327 CP (conceito de funcionário público) - perda de cargo, função pública ou mandato eletivo – Art. 55, VI CF - (02 hipóteses)
2) Incapacidade (permanente) para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela – crimes dolosos com pena de reclusão.
3) Inabilitação para dirigir veículo = crime doloso; o veículo como instrumento e declaração expressa na sentença.
Novos Efeitos da Condenação – PACOTE ANTICRIME
Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. 
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os bens: 
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e 
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal. 
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. 
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada. 
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for decretada. 
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o cometimento de novos crimes.
DA REABILITAÇÃO
Art. 93, 94 e 95
· É a declaração judicial de que estão cumpridos ou extintas as penas impostas ao sentenciado, assegura o sigilo dos registros sobre o processo e atinge outros efeitos da condenação. Tem por objetivo colocar o indivíduo na situação anterior a sua condenação criminal, fazendo cessar algum efeito secundário que ainda persista, após o cumprimento da sanção aplicada na sentença condenatória. Com ela, dá-se o reconhecimento judicial da completa regeneração do condenado, que readquire plenas condições para exercitar seus direitos individuais e sociais.
· Ex.: Art. 202 LEP
· Art. 93 par. Único – Veda a reintegração na situação anterior previstas no Art. 92, I e II
· Art. 94 – requisitos
· Prevê a lei um prazo de dois anos a partir do cumprimento de extinção da pena para que possa o condenado requerer a reabilitação, exigindo-se prova do cumprimento ou extinção, pouco importando qual seria a causa de extinção (prescrição, indulto, etc.).
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Art. 96 à 99 CP e Art. 171 a 179 da LEP
Conceito: consiste em sanção penal imposta pelo Estado, na execução de uma sentença, cuja finalidade é exclusivamente preventiva, no sentido de evitar que o autor de uma infra’[cão penal que tenha demonstrado periculosidade volte a delinquir 
· A medida de segurança visa a prevenção criminal, para tratar o elemento que por vezes age com periculosidade sem a culpabilidade necessária.
· A periculosidade é considerada como um estado subjetivo, mais ou menos duradouro, de antissociabilidade, que se evidencia ou resulta da prática do crime e se funda no perigo da reincidência. É a potencialidade para praticar ações lesivas. Revela-se pelo fato do agente ser portador de doença mental.
· Na inimputabilidade, a periculosidade é presumida, basta o laudo apontar a perturbação mental para que a medida de segurança seja obrigatoriamente imposta. 
· Na semi-imputabilidade, precisa ser constatada pelo juiz, mesmo o laudo apontando a falta de higidez mental, deverá ainda serinvestigado, no caso concreto, se é caso de pena ou de medida de segurança. 
	Penas
	Medidas de segurança
	Natureza retributiva – preventiva
	Preventiva
	Proporcionais a gravidade da infração
	Fundamenta-se na periculosidade do agente
	Ligam-se ao sujeito pelo juízo de culpabilidade
	Juízo de periculosidade
	São fixas
	São indeterminadas
	Aplicáveis aos imputáveis e semi- imputáveis 
	Não se aplicam aos absolutamente imputáveis
Sistemas 
Vicariante – Pena ou Medida de segurança – Atual Parte Geral 
Duplo Binário – Pena e Medida de segurança – Antiga Parte Geral
Pressupostos = Prática de crime + potencialidade para novas ações danosas
Espécies
Detentiva – Internação e tratamento psiquiátrico (Art. 96, I)
· Pena de reclusão imposta
· Tempo indeterminado, até a cessação da periculosidade
· Averiguada após um prazo mínimo variável entre um e três anos, podendo ocorrer até antes de um ano se o juiz da execução determinar (Art. 176 LEP)
· Desinternação = será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de um ano, pratica fato indicativo de sua periculosidade (não necessariamente crime) – Art. 97 § 3.º
Restritiva – sujeição a tratamento ambulatorial (Art. 96, II)
· Pena de detenção imposta
· Tempo indeterminado, até a cessação da periculosidade
· Averiguada após um prazo mínimo variável entre um e três anos, podendo ocorrer até antes de um ano se o juiz da execução determinar (Art. 176 LEP)
· Liberação = será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de um ano, pratica fato indicativo de sua periculosidade (não necessariamente crime) - Art. 97 § 3.º
A medida de segurança de tratamento ambulatorial nos crimes apenados com detenção é facultativa, ficando condicionada ao maior ou menor, potencial de periculosidade do inimputável, de modo que o juiz pode optar pela sua internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, mediante exame do caso concreto e da periculosidade demonstrada.
Conversão do tratamento ambulatorial em internação – Art. 97 § 4.º
· Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, o juiz poderá determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. O contrário não ocorre.
Art. 98 - Substituição da pena por medida de segurança
· Aos condenados que, conforme perícia, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não eram inteiramente capazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinarem-se de acordo com esse entendimento, ao invés de aplicar pena reduzida (Art. 26 par. Único), pode o juiz substituí-la por medida de segurança se o sentenciado necessitar de especial tratamento curativo.
· Ou o Juiz reduz a pena de 1/3 a 2/3, ou a substitui por medida de segurança – Sistema Vicariante.
· Conversão da pena em medida de segurança – é possível que no curso da execução da pena privativa de liberdade sobrevenha doença mental ou perturbação da saúde mental ao condenado. Nesses casos a LEP autoriza o juiz, de ofício, a requerimento do MP ou da autoridade administrativa, a conversã9o da pena privativa de liberdade em medida de segurança (Art. 183 LEP). A conversão só poderá ocorrer durante o prazo de cumprimento da pena, e exige perícia médica.
Competência para revogação da medida de segurança – Art. 176 LEP – Juiz da Execução
Menor de 18 anos – Lei 8069/90
Lei de Tóxicos – Art. 33 da Lei 11.343/06 – a internação só será determinada se imprescindível para a eficácia do tratamento.
AÇÃO PENAL
Conceito – é o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direito público subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do Direito Penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva. (Capez)
“É o direito de invocar-se o poder judiciário no sentido de aplicar o direito penal objetivo” Frederico Marques.
Características:
· Direito Autônomo – não se confunde com o direito material que se pretende tutelar;
· Direito Abstrato – independe do resultado final do processo;
· Direito Subjetivo – porque o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional;
· Direito Público – porque a atividade jurisdicional que se pretende invocar é de natureza pública.
Espécies
Incondicionada 
Pública
Representação
Condicionada
Requisição M. Justiça
Ação Penal
Exclusivamente Privada
Privada
Subsidiária da Pública
Personalíssima
Condições 
a) Possibilidade jurídica do pedido – o fato deve ser típico
b) Interesse de agir – pedido idôneo, com base em elementos de prova
c) Legitimação para agir – Em regra o MP
Ação Penal Pública Incondicionada
Princípios
· Obrigatoriedade – não pode o MP recusar-se a dar início a AP
· Indisponibilidade – uma vez oferecida, não pode o MP desistir 
· Oficialidade – os órgãos encarregados são oficiais = públicos
· Autoritariedade – delegado de polícia e o MP
· Oficiosidade – devem os órgãos agir de ofício
· Indivisibilidade – deve abranger todos aqueles que cometeram o crime
· Intranscendência – só pode ser proposta contra quem praticou o crime
Titular da Ação Penal Pública Incondicionada
MP – Art. 129, I CF, e no caso do MP não oferecer a denúncia, o particular através da Ação penal privada subsidiária da pública (Art. 5.º LIX CF)
Sistema Acusatório – separação das funções de acusar, julgar e defender.
Ação Penal Pública Incondicionada
É aquela cujo exercício se subordina a uma condição. Esta tanto pode ser a manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal, como a requisição do Ministro da Justiça.
Representação – é a manifestação de vontade do ofendido ou do seu representante legal no sentido de autorizar o desencadeamento da persecução penal em juízo.
NJ – Condição de procedibilidade
Prazo – Art. 103 CP e Art. 38 CPP – 06 meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou no caso do Art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia – Decadencial – não se prorroga, não se suspende e é causa extintiva de punibilidade.
Irretratabilidade – a representação é irretratável após o oferecimento da denúncia (Art. 102 CP e Art. 25 CPP), só podendo ser feita antes de oferecida a denúncia. Retratação da retratação, cabe desde que dentro do prazo decadencial.
Requisição do Ministro da Justiça – Ato político = conveniência política Hipóteses – Art. 7.º § 3.º, b CP; Art. 141, I c/c 145, § único, A requisição é irretratável.
Ação Penal Privada
É aquela em que o estado, titular exclusivo do direito de punir, transfere a legitimidade para propor a ação penal à vítima ou a seu representante legal (Art. 100 § 2.º CP e Art. 30 CPP). Razões de Política Criminal, evitar o streptus judicci (escândalo do processo)
Princípios
Oportunidade – tem a faculdade de propor ou não a ação de acordo com a sua conveniência.
Disponibilidade – pode prosseguir ou não, dela dispõe
Indivisibilidade – uma vez proposta, não pode escolher dentre os ofensores, ou processa todos ou não processa ninguém.
Intranscendência – só pode ser proposta contra quem praticou o crime
Espécies
a) Exclusivamente privada ou propriamente dita – ofendido maior de 21 anos, representante legal se o ofendido for menor de 18 anos; pelo representante ou pelo ofendido se tiver entre 18 e 21 anos. Em caso de morte Art. 24 § 1.º CPP.
b) Personalíssima – titularidade atribuída única e exclusivamente ao ofendido - Art. 236 CP.
c) Subsidiária da Pública – proposta nos crimes de ação pública condicionada ou incondicionada, quando o MP deixa de fazê-lo no prazo legal (05 dias se o acusado se encontra preso ou 15 dias se este estiver solto)
Ex.: Art. 138, 139, 140, 163, 164 c/c 167; 179, Art. 345.
Prazo – direito de queixa – 06 meses – decadencial
Exceções - Art. 236 § único CP – 06 meses a partir do trânsito em julgado da sentença que, por motivo de erroou impedimento, anule o casamento
OBS.: O pedido de instauração de IP não interrompe o prazo decadencial
Renúncia – É a abdicação do ofendido ou de seu representante legal do direito de promover a ação penal privada,
· Expressa – deve constar declaração assinada pelo ofendido ou procurador – Art. 50 CPP
· Tácita – há pratica de ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa. At. 104 § único.
Perdão do Ofendido – é a revogação do ato praticado pelo querelante, que desiste do prosseguimento da ação penal. Não havendo queixa recebida, não há que se falar em perdão, o fato poderá constituir-se em renúncia. É ato bilateral não produzindo efeito se o querelado não o aceita
Tácito ou Expresso
Processual ou extraprocessual.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
· Enquanto a Lei Penal não é violada, o direito (jus puniendi) que o Estado tem de punir os eventuais infratores é apenas abstrato. Entretanto, quando ocorre a efetiva violação da Lei Penal, pela prática de crime ou contravenção, aquele direito, que até então era somente abstrato, torna-se concreto e faz nascer a possibilidade jurídica do Estado aplicar a sanção ao infrator da lei. Essa possibilidade jurídica de impor pena ao violador da lei penal e chamada de punibilidade. Não é a punibilidade requisito do crime, mas sim sua consequência. Poderá surgir fatos ou atos jurídicos que impeçam o direito de punir do Estado.
Pretensão Punitiva – direito do Estado de exigindo do poder judiciário a aplicação ao infrator de pena prévia e legalmente cominada para a infração.
Pretensão Executória – direito do Estado de exigindo do poder judiciário a execução da sentença penal condenatória, compelir o infrator ao cumprimento da sanção imposta em face da infração cometida.
Causas de Extinção – são fatos ou atos jurídicos que impedem o Estado de exercer o seu direito de punir os infratores da Lei Penal.
· Comuns – podem ocorrer em todos os delitos (prescrição, morte do agente, etc.)
· Especiais – relativas a determinados delitos (retratação do agente nos crimes contra honra, etc.)
· Comunicáveis – aproveita-se a todos os autores, coautores e partícipes (renúncia e perdão nos crimes contra a honra)
· Incomunicáveis - vale para cada um não atingindo os demais (retratação doa gente nos crimes de calúnia, difamação, morte, etc.)
· A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende a este (Art. 108) Ex.: Furto –Receptação / Ameaça ou Lesão Corporal – Roubo / Dano – Furto qualificado
Efeitos
· Podem ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença – atingindo o próprio jus puniendi, não persistindo qualquer efeito do processo ou mesmo da sentença condenatória – pretensão punitiva – decadência, renúncia.
· Podem ocorrer depois do trânsito em julgado da sentença penal condenatória – extingue-se em regra o título penal executório ou apenas alguns de seus efeitos, como a pena – pretensão executória – casamento do agente com a ofendida
· Há casos que o crime não poderá mais ser considerado, excluindo qualquer efeito penal – anistia, abolitio criminis.
Art. 107 – 7 incisos = não é taxativo – numerus clausus
I – Morte do agente – mors omnia solvit (a morte tudo apaga) – nenhuma pena passará da pessoa do delinquente (Art. 5.º XLV CF) – significa indiciado, réu ou sentenciado.
· Provada com a Certidão de Óbito – se esta for falsa e houver ocorrido e já tiver transitado em julgado, não haverá possibilidade de desfazer a extinção, cabendo somente a punição pelo falso ocorrido.
II – Anistia, graça e indulto – são espécies de indulgência, clemência soberana ou graça em sentid0o amplo = renúncia do estado ao direito de punir.
Anistia = lei penal de efeito retroativo que retira as consequências de alguns crimes já praticados, promovendo seu esquecimento jurídico – é ato legislativo com o Estado renuncia ao jus puniendi.
· Competência exclusiva da União, não sendo revogável, não sendo permitida para crimes hediondos e assemelhados.
Graça e indulto
· Graça é um benefício individual concedido mediante provocação da parte interessada.
· Indulto é de caráter coletivo e concedido espontaneamente.
· Competência do Presidente da República (decreto), só atingindo os efeitos principais da condenação, não sendo permitido para crimes hediondos e assemelhados.
III - Abolitio Criminis - o fato não é considerado mais crime pela nova lei – a lei penal retroage para beneficiar o agente de qualquer modo.
IV – Prescrição, decadência ou perempção
· Prescrição – é a perda do direito de punir do Estado pelo decurso do tempo, é o desaparecimento do interesse estatal na repressão do crime, em razão do tempo decorrido, que leva ao esquecimento o delito e a superação do alarma social causado pela infração penal. (Estudo à parte)
· Decadência – é a perda do direito de ação privada ou de representação, em decorrência de não ter sido exercido no prazo previsto em lei. É prazo fatal e improrrogável não interrompendo. A contagem é feita pelo prazo penal (Art. 10)
· Perempção – é a perda do direito de prosseguir na ação penal privada, ou seja, a sanção jurídica cominada ao querelante em decorrência de sua inércia. Hipóteses Art. 60 CPP. Não se aplica a Ação Subsidiária (Art. 29 CPP)
V – Renúncia ao direito de queixa / Perdão do Ofendido (ação privada)
· Renúncia - Abdicação do direito de promover a ação penal privada pelo ofendido ou seu representante legal – Art. 104 – Ato unilateral antes da denúncia.
· Perdão do Ofendido - É o ato pelo qual, iniciada a ação penal privada o ofendido ou seu representante legal desiste de seu prosseguimento. Art. 105 – Ato bilateral após o recebimento da denúncia.
VI – Retratação
· É retirar o que disse, é confessar que errou, é desdizer-se, dando-se demonstrações de arrependimento.
Art. 143 – Calúnia ou difamação
Art. 342 § 3.º - Falso Testemunho 
IX – Perdão Judicial
· É um instituto através do qual o juiz, embora reconhecendo a coexistência dos elementos objetivos e subjetivos que constituem o delito, deixa de aplicar a pena desde que apresente determinadas circunstâncias excepcionais previstas em lei e que tornam desnecessária a imposição da sanção.
· Art. 121, § 5.º; 129 § 8.º; 140 § 1.º I e II; 180 § 3.º; 242 par. único; 249 § 2.º.
Causas Extintivas não elencadas no Art. 107
Art. 312 § 3.º, 1.ª p.; Art. 7.º § 2.º, d; Lei 8137/90; Transação; Composição Civil e Suspensão Condicional do Processo na Lei 9099/95.
LEI Nº 13.964, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2019 – PACOTE ANTICRIME
Código Penal
“Art. 25. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes.” (NR) 
“Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição” 
“Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos. 
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.... (NR) 
“Art. 83. 
II - comprovado: 
a) bom comportamento durante a execução da pena; b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; 
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; (NR) 
“Art. 91-A. Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. § 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo,entende-se por patrimônio do condenado todos os bens: 
I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal. 
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. 
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada. 
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for decretada. 
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o cometimento de novos crimes.” 
“Art. 116. 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; 
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.” (NR)
LEI DE EXECUÇÕES PENAIS
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Nova Hipótese de Falta Grave
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
Regulamentação do Regime Disciplinar Diferenciado
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: 
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; 
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; 
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros: 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade;
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. 
§ 2º (Revogado). 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade; 
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. 
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos. 
Novos Requisitos para Progressão de Regime
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: 
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; 
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; 
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; 
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. 
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. 
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (...) 
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. 
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe oprazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente.
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