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A Importância das Notas Explicativas

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omundocontabil.wordpress.com
A Importância das Notas Explicativas
Neste artigo, os contadores João Eloi Olenike e Armando Santos
Lira apresentam seus comentários sobre as notas explicativas.
“Em relação às recentes alterações introduzidas pelas leis
11.638/2007 e 11.941/2009, no que tange em adotar os padrões
contábeis internacionais em nosso país, visando a conversão das
normas internas aos procedimentos externos em relação à
contabilidade em geral, inseriu-se definitivamente, em conjunto com
as demonstrações financeiras e contábeis obrigatórias, a exigência
da elaboração das Notas Explicativas.
Entende-se por Notas Explicativas o conjunto de informações
complementares às demonstrações contábeis, quadros analíticos
ou outras demonstrações contábeis necessárias à plena avaliação
da situação e da evolução patrimonial da empresa.
A lei 6.404/76 enumera o mínimo dessas notas e induz à sua
ampliação quando for necessário para o devido “esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício”. Nesse valor
mínimo incluem-se a descrição dos critérios de avaliação dos
elementos patrimoniais e das práticas contábeis adotadas, dos
ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações, ônus sobre ativos,
detalhamento das dívidas de longo prazo, do capital e dos
investimentos relevantes em outras empresas, eventos
subsequentes importantes após a data do balanço, etc. Também há
a necessidade de se externar a informação sobre a conformidade
das demonstrações contábeis de acordo com as normas vigentes.
As Notas Explicativas visam fornecer as informações necessárias
A Importância das Notas Explicativas
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para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de
determinada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos
resultados do exercício, ou para menção de fatos que podem alterar
futuramente tal situação patrimonial.
As Notas Explicativas poderão estar relacionadas a qualquer outra
das Demonstrações Financeiras, como a Demonstração do Valor
Adicionado – DVA, ou Fluxo de Caixa.
Entende-se que a partir das transformações dos CPCs – Comitê de
Pronunciamentos Contábeis em normas editadas pelo CFC –
Conselho Federal de Contabilidade, as NE são parte integrante das
demonstrações contábeis, conforme determina a Res. CFC N°
1.185/09 – NBC TG 26 que trata da apresentação das
demonstrações e faz menção na forma de como se fazer e
estruturar as referidas Notas Explicativas.
Conforme opinião de vários especialistas no assunto, entre eles o
Prof. Reinaldo Luiz Lunelli, com o qual nós concordamos.
Atualmente a contabilidade, de modo geral, está passando por um
processo de convergência às normas internacionais de
contabilidade, para tanto o CFC editou, entre outras tantas, a
Resolução 1.255/09 que aprovou a NBC TG 1000 – da
Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, onde no item
3.17, tem-se a identificação do conjunto completo das
Demonstrações Contábeis que as referidas entidades devem
elaborar, no qual está contemplada na letra “f” a inclusão das Notas
Explicativas, bem como nos itens 8.1 e seguintes que dispõe sobre
a sua estruturação.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) colocou recentemente
em Audiência Pública a ITG 1000 que trata do Modelo Contábil
Simplificado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. A
ITG 1000 visa desobrigar esse grupo de empresas da adoção da
NBC TG 1000 – Contabilidade para PME (equivalente ao IFRS para
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PME), no entanto menciona como demonstrações contábeis
obrigatórias além do Balanço Patrimonial e da Demonstração do
Resultado do Exercício, também as Notas Explicativas.
Assim, com base nos textos legais mencionados e de acordo com
os novos entendimentos do próprio CFC, podemos afirmar que
desde a implantação do IFRS no Brasil, não existe mais
Demonstrações Contábeis que não devam ser complementadas por
Notas Explicativas, que passam a ser de elaboração obrigatória
para todas as entidades, independentemente de porte, atividade ou
forma de tributação.
Dentro do aspecto societário, as notas explicativas são
imprescindíveis não apenas aos gestores, sobretudo aos sócios
para tomadas de decisões com vistas a futuros investimentos.
Em caso concreto, vai explicitar relevantes variações que se
refletem patrimonialmente, como por exemplo, a sazonalidade que
pode afetar o resultado e consequentemente as disponibilidades de
uma empresa.
Não raro as notas explicativas servirão como ferramenta para
mensuração de riscos para instituições financeiras e avaliações de
créditos para fornecedores, não estando portanto estanques pela
análise fria dos números expostos nas demonstrações contábeis.
Outro usuário dessas informações é o próprio fisco, que ao se
deparar com variações patrimoniais que ensejam averiguações e/ou
mesmo diligências, poderá de pronto abster-se com uma leitura
apropriada das notas explicativas que complementam e esclarecem
adequadamente as demonstrações contábeis.
Há quem ouse duvidar da finalidade das notas explicativas,
sobretudo para pequenas e médias empresas, quer pela
simplicidade e/ou mesmo pela singeleza de suas operações. Ora, ai
está um verdadeiro obstáculo a ser superado por bons profissionais
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da contabilidade que sabem interpretar e colocar seus serviços a
favor da “azienda” fica aqui o alerta a todos os profissionais de
contabilidade com mais este desafio de se atingir, com esmero, as
necessidades atuais desta nossa cada vez mais importante
ciência.”
JOÃO ELOI OLENIKE: Tributarista, contador, perito judicial e
auditor. Professor de Pós Graduação. Presidente do IBPT – Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário.
ARMANDO SANTOS LIRA: Contador, advogado, perito judicial,
conselheiro do CRC-Pr e vogal da Junta Comercial do Paraná.
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