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Elementos da obrigação: Subjetivo Credor e Devedor Objetivo Prestação Abstrato Vínculo Elemento Subjetivo Pólo Ativo: Credor Iniciativa de buscar o estado-juiz Pólo Passivo: Devedor Sofre as consequências da inadimplência Elemento Subjetivo Duplicidade Capacidade Civil P. Físicas ou Jurídicas Direito Público ou Privado Despersonalizadas Denominação na Relação de Consumo Determinável Intuito Persona Elemento Objetivo Prestação – Componente material Positivo ou negativo - Dar, fazer e não-fazer Boa-fé objetiva Deveres anexos/deveres de proteção Violação positiva do contrato “Piscina da Obrigação” Flávio Tartuce Objeto Imediato Objeto Mediato Características do Objeto Licitude Possibilidade Física e Jurídica Determinabilidade Patrimonialidade – Mais ligada a Haftung do que a shuld Coercibilidade essencial aos elementos de qualquer relação jurídica – Art. 104, II, CC. Elemento Abstrato Vínculo Jurídico Cerne da Obrigação Liame subjetivo Se consubstancia na sujeição do devedor ao credor e é marcado pela patrimonialidade Outros vínculos jurídicos, se não tiverem tais características não são considerados obrigação – Ex: parentalidade Atos de coercibilidade do Estado-Juiz Limites da Prestação Marco Aurélio Viana Seriedade/Razoabilidade Liberdade Individual – Parcela sempre cedida – Nunca perpétua Obrigações Naturais Nas obrigações naturais, existem sujeitos, objeto e vínculo, mas não existe a coercibilidade. Caracteriza o que a doutrina chama de “dívidas de honra” Dívida prescrita - Art. 882 CC Dívida de jogo – Art. 814 CC Solutio Retentio A despeito de não poder ser cobrada, se a obrigação natural for PAGA, poderá o credor RETER O PAGAMENTO Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. § 1o Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé. § 2o O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos. § 3o Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamenta Consequência do não cumprimento - Generalidades O devedor se sujeita aos atos de coercibilidade Vedação de autotutela – estados democráticos – transferência do Poder Judiciário - compensação Conversão em perdas e danos – mudança de paradigma Leis nº 11.187/05 e 11.232/05 Alexandre Freitas Câmara Antes, a conversão em perdas e danos era regra, hoje é exceção. Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento Ex: Astreintes Fim último da obrigação é o cumprimento voluntário Vínculo que autoriza a atuação do estado-juiz Princípio do dispositivo – Mormente em se tratando de direito privado Classificação básica das obrigações Positiva Obrigação de Dar Obrigação de Fazer Negativa Obrigação de Não Fazer Obrigações Positivas 1 – OBRIGAÇÃO DE DAR (POSITIVA)– é aquela que tem por objeto prestação de COISA, e, o verbo DAR pode ter TRÊS sentidos fundamentais na matéria: a) transferir Propriedade; b) Transferir apenas a posse ou a detenção; c) Restituir a coisa. Vale lembrar que, ESPECIALMENTE, para a obrigação de DAR, vigora a regra segunda a qual o CREDOR não está obrigado a receber prestação diversa, ainda que mais valiosa. Art. 313 CC. CC - Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação DIVERSA da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. Obrigações Positivas 1.1 – DAR COISA CERTA – é aquela em que o bem é ESPECIFICADO, INDIVIDUALIZADO, e a sua disciplina inicia-se no art. 233 CC. – Obrigação de dar coisa certa. 1.2– DAR COISA INCERTA – nos termos do art. 243 CC, é aquela em que a prestação é DETERMINÁVEL. Vale dizer, na obrigação de DAR COISA INCERTA a prestação é indicada apenas pelo GÊNERO e QUANTIDADE, faltando-lhe a sua QUALIDADE. CC- Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo GÊNERO e pela QUANTIDADE. Ex. eu me obrigo a entregar duas cabeças de gado do meu rebanho (há gênero e quantidade, tendo uma indeterminabilidade do objeto - qual a espécie). OBS: Parte da Doutrina (Alvaro Villace Azevedo) sustenta que a obrigação de dar coisa incerta é aquela indicada pela ESPÉCIE e QUANTIDADE. Em outras palavras, a palavra GÊNERO deveria ser banida do art. 243, do CC, por ser demasiadamente ABSTRATA. OBS: nas obrigações de dar coisa incerta, REGRA GERAL, a escolha deverá ser feita pelo DEVEDOR (Concentração do Débito ou Concentração da Prestação Devida), devendo tal escolha ser feita pela MÉDIA. Obrigações Positivas 2 – FAZER – a obrigação de fazer é aquela que tem por OBJETO a própria ATIVIDADE DO DEVEDOR (Prestação de FATO), podendo ser FUNGÍVEL ou NÃO-FUNGÍVEL (Personalíssima). CC - Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. Principais distinções Conceito de Direito Subjetivo: faculdade de atuação do indivíduo na defesa de seus interesses 2 grupos de direitos patrimoniais subjetivos: Teoria Dualista Obrigacionais/ de crédito Direitos Reais Obrigações Propter Rem Prestações impostas ao titular de determinado direito real, pelo simples fato de assumir a condição de titularidade Obrigação mista e simbiótica, pois apresenta características comuns aos direitos reais e obrigacionais Está ligada ao bem, mas deve ser satisfeita por quem detém a titularidade Direitos da personalidade Arts. 11 a 21 CC Os termos direitos personalíssimos e direitos pessoais não se prestam para denominar os direitos da personalidade, pois os primeiros estão relacionados ao direitos intuito persona (sujeito), ao passo que os segundos denominam direitos obrigacionais que não se confundem com os da personalidade Direitos da Personalidade Francisco Amaral: São direitos subjetivos que tem por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, seu aspecto físico moral e intelectual. O sujeito e o objeto representam o ser, e não há como dissociá-los. Diferença das relações obrigacionais, em que o ser é apenas sujeito. Obrigações vs. Personalidade Extrapatrimonialidade Oponibilidade erga omnes Vitalícios Imprescritíveis Relativa disponibilidade – transplante - Art. 11 Limitações voluntárias Relativos (oponíveis somente aqueles que figuram no outro pólo da relação Transmissíveis Aquisição mortis Patrimonializados Temporários Obrigações e o CC/2002 O CC persegue 3 grandes paradigmas: SOCIALIDADE ETICIDADE OPERABILIDADE Socialidade Revolução e positivista – Individualidade e egoísmo Após a II Guerra Mundial começa a introduzir-se na legislação o axioma da função social de qualquer direito subjetivo – Indivíduo vs. necessidade de correspondência no organismo social Limites a liberdade individual dados pela sociedade Socialidade O poder é concedido para satisfação de um dever – “poder-dever” e “direito-função” Função social não é limite externo – é limite interno Não se confunde com predomínio do interesse coletivo sobre o individual – Sistemas totalitários Bem comum – sociedade é meio de desenvolvimento para realizações humanas – “Orquestra” Art. 5º LICC – a lei atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum. Eticidade Ética – Ciência do fim para qual a conduta dos homens deve ser orientada. Ideal para o qual o homem deve dirigir-se por natureza. No CC/1916 predominava a exteriorização/aparência do direito, sem fundamento axiológico. Cod. Beviláqua - Sistema fechado que não admitia o ingresso do metajurídico, através de valores sociológicos e filosóficos Eticidade Valores que brotam da natureza humana – Consciência depois dos regimes totelitários da II Guerra. Ordenamento jurídico é elemento de luta e afirmação da justiça – Entre o direito-técnica e o direito-ética, deve prevalecer a força do direito sobre o direito da força. Penetração através das cláusulas gerais – intencionalmente abertas Eticidade Gustavo Tepedino: Cláusulas gerais “normas que não prescrevem uma certa conduta mas, simplesmente, definem valores e parâmetros hermenêuticos. Servem assim como ponto de referência interpretativo eoferecem ao intérprete os critérios axiológicos e os limites para aplicação das demais disposições normativas.” Eticidade Cláusulas Gerais no CC/2002 Art. 11 Art. 113 Art. 187 Art. 421 Art. 422 Art. 884 Art. 927 Art. 1228 Art. 1511 Boa-fé Função Social Abuso de Direito Equidade Bons costumes Operabilidade Concretude De forma subjacente ao indivíduo abstrato dos códigos liberais, existe uma pessoa concreta, que deve ser examinada em suas múltiplas peculiaridades, que a distinguem de qualquer outro na espécie. Art. 1º - “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil” Afastar toda forma de direito “simbólico”.
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