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Obrigação de dar coisa certa

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Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente) 
09/03/2021 
Conceito 
Trata-se da modalidade de obrigação em que o devedor presta uma conduta de empregar ou 
restituir coisa certa ao credor, com conteúdo econômico. 
➔ O QUE É UMA COISA CERTA? 
É aquela que pode ser definida por 3 características. 
a) Gênero – O que é? 
b) Quantidade – Quanto do bem será? 
c) Qualidade – Qual? Define exatamente qual coisa é. 
EX: Entregar um notebook Asus (processador AMD, 4gb de memória).. 
- Gênero: notebook. 
- Quantidade: um 
- Qualidade: Asus 
OBSERVAÇÃO: Qualidade que vai individualizar a coisa em relação as demais. É a certeza que 
vai destacar determinada coisa em relação a todas as outras que existem de forma semelhante. 
 
Modalidade 
1. Entregar: O devedor é o proprietário da coisa (entregar). O credor, querendo a coisa fará 
contraprestação. 
 
2. Restituir: Credor é o proprietário da coisa. Ele empresta a coisa ao devedor que tem a 
conduta (obrigação) de restituir ao proprietário. 
 
 
Objeto 
Respeita a teoria geral. Precisa respeitar licitude, determinação, possibilidade e conteúdo 
econômico. Somada a essas características tem-se a certeza. 
 
Formas de cumprimento: quais as hipóteses, que o devedor tem para satisfazer a entrega ou 
restituição da coisa certa. 
1. Bem móvel: transferência de propriedade se dá pela tradição. 
1.1 Tradição real: aquela que efetivamente se entrega o bem para o credor. 
1.2 Tradição simbólica: aquela em que se pratica um ato de simbolismo quanto a entrega. 
Ex: entrega das chaves do carro. 
 
2. Bem imóvel: a transferência de propriedade se dá pelo registro no cartório de imóveis. 
Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente) 
2.1 Tradição ficta: ocorrido o fato descrito na lei (registro), admite-se a tradição (entrega) 
presumida. Temos 3 tipos de tradição ficta: 
2.1.1 Constituto possessório ou cláusula constituti: a pessoa possuía o imóvel em nome 
próprio e passa a possuir em nome alheio. 
EX: proprietário de imóvel que vende para outra pessoa, mas se mantém como 
locatário. Passa a ser possuidor, não proprietário. 
2.1.2 Tradição brevi mano: pessoa possuía o imóvel em nome alheio e passa a possuir em 
nome próprio. 
EX: locatário que adquire a residência → Comprar casa que alugou. 
“Brevi mano” – já está em contato com a coisa, a situação jurídica não mudou tanto. 
2.1.3 Tradição longa mano: a pessoa não exercia posse nem propriedade sobre o bem 
adquirido. Com a relação jurídica, adquiri ambos os direitos. 
“Longa mano” – está longe do imóvel, a partir do registro está em contato com o 
bem. 
 
Extensão 
O que deve ser dado? Somente o principal ou também o acessório? O acessório segue o 
principal, exceto em duas situações. 
1. Previsão no contrato. 
2. Circunstâncias do caso concreto. 
 
Premissas 
1) Na obrigação de entregar o proprietário da coisa é o devedor 
2) Na obrigação de restituir o proprietário da coisa é o credor. 
3) A coisa sempre perece para o proprietário. “responsável por suportar o risco, se a coisa se 
perde problema dele”. 
4) A coisa sempre acresce para o proprietário 
5) A coisa sempre da frutos para o proprietário. 
6) O credor não é obrigado a receber coisa diversa da contratada. 
7) O credor não é obrigado a receber de forma parcelada. 
8) Culpa é sinônimo de perdas e danos. 
9) Ausência de culpa é sinônimo de ausência de responsabilidade (desfazimento da relação 
jurídica). 
10) Em caso de descumprimento obrigacional com culpa, a satisfação da obrigação se dá 
pelo seu conteúdo econômico. 
 
Responsabilidade do devedor quando algo acontece (antes da tradição) 
➢ Situações em que acontece algo ruim com a coisa: 
➢ Obrigação de entregar: 
 
• Perda com culpa: Professor (devedor) irá vender o celular para Brendha (credor). 
Paguei o celular. Contudo, ocorre uma desavença, professor desaparece com o 
celular devido raiva. Se o bem não existe mais, cumpre-se com o conteúdo 
econômico. Eu posso exigir equivalente (valor econômico do bem) e perdas e danos. 
 
Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente) 
• Perda sem culpa: Mesmo exemplo. Contudo, o celular é roubado. O que acontece? 
Se não há culpa, não há perdas e danos. No caso, não há responsabilidade, logo a 
obrigação se desfaz (RESOLVE) 
 
• Deterioração com culpa: o bem existe, mas está deteriorado. 1ª) Perdas e danos 
(devido culpa) e equivalente. 2º )Bem deteriorado, perdas e danos e valor da 
deterioração (para concertar o bem). 
 
• Deterioração sem culpa: desfaz a obrigação, o devedor não pode ser punido por algo 
que não deu causa. 
10/03/2021 
➢ Obrigação de restituir: credor é proprietário da coisa. Devedor responsável por restituir. 
Durante a posse do devedor acontece algo e causa prejuízo ao credor. 
 
• Perda com culpa: eu empresto o carro para um familiar devido alguma urgência. 
Acontece um capotamento. Tem culpa na situação. 
Devedor deve dar o equivalente (ex – valor do carro) e perdas e danos. 
 
• Perda sem culpa: devedor está dirigindo o carro, alguém invade a via na contramão e 
atinge-o dando perda total. 
Não há culpa, logo não há responsabilidade. Dessa forma, desfaz a obrigação. 
 
• Deterioração com culpa: devedor avançou o semáforo vermelho e colidiu com outro 
carro, gerando danos no para-choque. 
1º) Resolve-se com equivalente – valor econômico (não é obrigado a receber o carro 
de volta, devido a premissa de que o credor não é obrigado a receber coisa diversa 
da contratada) + perdas e danos. 
2º) O bem deteriorado + perdas e danos + valor da deterioração. 
 
• Deterioração sem culpa: terceiro causa prejuízo, atingindo o carro na posse do 
devedor. Não há responsabilidade, nesse caso ocorrerá a devolução do bem no 
estado em que se encontra (é como se o próprio credor estivesse com o bem na hora 
do incidente). 
 
RESUMO ESQUEMÁTICO 
Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente) 
Acréscimo ou Melhoramento do Bem. 
ACRÉSCIMO 
➢ Coisa sofre uma incorporação (aumenta de tamanho e/ou valor). 
➢ Pode ser natural ou artificial: 
- Natural: ocorre por evento da natureza. 
-Artificial: emprego de ação humana. Construção ou plantação que se faça sobre o solo. 
MELHORAMENTO 
➢ A coisa foi melhorada. 
➢ Benfeitorias: 
- Necessárias: são aquelas que se destinam a manutenção do bem ou do seu uso regular. 
EX: reparos de um telhado. 
- Úteis: são aquelas que agregam uma utilidade que o bem não possuía. 
EX: sistema de segurança. 
- Voluptuárias: são aquelas destinadas a embelezamento. 
 
RESUMO ESQUEMÁTICO 
➢ Obrigação de entregar: devedor (proprietário) deve entregar o bem, enquanto o credor 
contra prestaciona. 
 s 
➢ ACRÉSCIMO: 
• Natural: por algum evento natural, propriedade sofre acréscimo antes da tradição. 
Acréscimo pertence ao proprietário (devedor) que tem direito ao complemento do 
preço. Se o credor não aceitar o aumento do valor, desfaz obrigação. 
• Artificial – boa-fé: Devedor tem direito ao complemento do preço. Credor se recusa, 
desfaz. 
Ex: Venda de propriedade - fazenda, a qual o devedor fez um barracão. Ele tem 
direito ao complemento do preço. 
• Artificial – má-fé: Não há. 
 
Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente) 
➢ MELHORAMENTO: 
• Boa-fé: qualquer melhoramento pode ser exigido do credor. Se há recusa, desfaz. 
Ex: Devedor vende uma casa, entre a entrega, construiu uma piscina. Pode exigir-se 
complemento do preço. 
• Má-fé: não há. 
 
➢ Obrigação de restituir: credor (proprietário) empresta bem ao devedor (que deve 
devolvê-lo). 
 
➢ ACRÉSCIMO: 
• Natural: emprestou fazenda, ocorre desprendimento de terra que se une a 
propriedade, levando ao aumento da propriedade. Há quem pertence o acréscimo? 
Ao credor, pois ele é o proprietário. 
• Boa-fé: vou viajar a trabalhopara o exterior, deixo minha propriedade com meu 
amigo. Ele constrói um barracão para otimizar a colheita. 
Esse acréscimo pertence ao credor, que deve indenizar o devedor (já que gastou para 
isso). 
• Má-fé: neste caso, o devedor está na propriedade sem autorização do credor = 
invasão. 
Não há direito sobre acréscimo de má-fé. 
 
➢ MELHORAMENTO: 
• Boa-fé: por exemplo, eu aluguei o imóvel. Tive que refazer o telhado, coloquei 
instrumentos de segurança e fiz um jardim. 
Neste caso, o devedor tem direito: 
a) necessária + retenção (não saí do imóvel, enquanto o valor não for ressarcido); 
b) útil; 
c) voluptuária (desde que não possa ser levantado e haja previsão no contrato); 
• Má-fé: por exemplo, deveria ter deixado a casa, porém continuou nela. Nesse período, foi 
necessário concertar o sistema hidráulico. 
O devedor tem direito: a) necessária (deve ser indenizada, mesmo com má-fé, pois 
deveria ter sido feita de qualquer forma). Não tem direito de retenção; 
 
16/03/2021 
Fruto: utilidades que a coisa principal periodicamente produz cuja percepção não desnatura 
sua substância. 
- Periodicidade: não é possível determinar certamente; 
- Inalterabilidade: não altera substância principal; 
- Separabilidade: pode ser separado da coisa principal; 
 
Espécies: 
- Naturais: decorrem da natureza. 
- Industrial: dependem da intervenção humana e manufatura. 
Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente) 
- Civis: rendimentos. Ex: aluguel; arrendamento. 
 
Tipos: 
Pendentes – se conversam na coisa até a colheita (após a tradição) 
Percebidos – colhidos antes da tradição 
Futuros – aqueles que serão destacados da coisa 
• Diferença entre fruto e produto: o fruto não desnatura a coisa principal, já o produto sim 
(ex: mina de minério). 
 
➢ Obrigação de entregar 
Boa-fé 
• Pendente (após t): quem é o proprietário após a tradição? Credor é dono dos frutos que 
serão colhidos 
• Percebido (pré t): pertence ao devedor – proprietário antes da tradição. 
 
Má-fé 
• Pendente: não há 
• Percebido: não há 
 
➢ Obrigação de restituir 
Boa-fé 
• Pendente (após t): credor 
• Percebido (pré t): devedor (fundamento – posse boa-fé; remuneração pelo exercício da 
posse; tradiçao) 
 
Má-fé 
• Pendente: credor. No entanto, deverá indenizar as despesas de otimização na produção 
destes frutos. 
• Percebido: credor 
Obrigação de dar coisa certa 
 
Brendha Ariadne Cruz – 3º Termo (Toledo Prudente)

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