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Teoria da imprevisão


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Teoria da imprevisão
Histórico.
O surgimento da Teoria da imprevisão surgiu na Babilônia e remonta há aproximadamente 2.700 anos A.C. Esta técnica estaria contemplada na lei 48, do Código de Hamurabi, que determinava que as tábuas de contratos deveriam ser modificadas se caso uma tempestade devastasse o campo ou destruísse a colheita. Nesta situação, o devedor estava desobrigado a dar o trigo ao credor naquele ano.
Dada a força vinculativa dos contratos, e o cumprimento deste a qualquer custo, a aplicabilidade deste instituto no Direito Romano não teve o mesmo êxito. Nem mesmo os fatos supervenientes, no qual uma das partes se ver em posição de grande desvantagem, é capaz de induzir a quebra da relação contratual. É o princípio pacta sunt servanda insensível aos fatos extraordinários.
No decorrer da História a teoria foi alternadamente aparecendo com maior ou menor destaque. 
Hodiernamente, somente nos pós-guerras, nas profundas transformações econômicas e sociais, é que fizeram renascer a antiga cláusula rebus sic stantibus, com posição privilegiada nas doutrinas.
No Brasil
A teoria no Brasil somente foi trabalhada no início do século XX. Foi o jurista Jair Lins quem primeiro tentou aplicar o instituto, porém com forte resistência dos tribunais. O êxito só foi alcançado nos anos 30, com o ministro Nelson Hungria.
A Teoria da imprevisão no Código Civil
O Código Civil de 2002, atento a mais recente jurisprudência, previu expressamente a teoria da imprevisão, com claros requisitos para a sua aplicação. Vamos, portanto, a eles:
Contrato oneroso, comutativo e de execução continuada ou diferida;
Acontecimento extraordinário, geral e superveniente;
Imprevisibilidade do acontecimento; e,
Prestação do devedor se torna excessivamente onerosa, ao mesmo tempo em que há um ganho exagerado do credor.
Dentre estes requisitos há de se destacar, por óbvio, a imprevisibilidade do acontecimento.