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DIREITO AMBIENTAL 1º BIMESTRE

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DIREITO AMBIENTAL 1º BIMESTRE
Prof. Marcus Vínicius
Dia 08/02/2010
- Meio Ambiente:
	* Crítica: a expressão “meio ambiente” é um pleonasmo, pois, as expressões “meio” e “ambiente” significam a mesma coisa.
	* Conceito: ver art. 3º, I, PNMA – Política Nacional de Meio Ambiente – Lei nº. 6938/81; a doutrina critica o conceito, pois, este se refereria apenas ao meio ambiente natural; o meio ambiente é aonde acontece vida, e ocorre interação.
	* Classificação:
		- Meio Ambiente Natural: é a natureza pura e simples;
		- Meio Ambiente Artificial: é o espaço transformado pelo homem;
		- Meio Ambiente Cultural: pode ser natural ou artificial;
		- Meio Ambiente do Trabalho: ligado à segurança do trabalho. 
- Ecologia:
- Definição e Objeto da Disciplina:
	* “Conjunto de técnicas, regras e instrumentos(1) jurídicos organicamente estruturados(2), para assegurar um comportamento(3) que não atente contra a sanidade mínima(4) do Meio Ambiente” (Sérgio Ferraz).
		- As técnicas, regras e instrumentos não são exclusivamente jurídicas, são aplicados conceitos da biologia, de engenharia florestal, etc...;
		- A legislação ambiental não é estruturado num único código, são diversas legislações, regulamentações e instruções normativas esparsas;
		- O comportamento assegurado pelo Direito Ambiental é o comportamento humano;
		- O Direito Ambiental visando garantir um padrão de saúde mínimo ao meio ambiente.
Dia 22/02/2010
Fontes do Direito Ambiental:
	* Formal: as mesmas de qualquer ramo do direito;
	* Material: são as fontes sociais, como em qualquer ramo do direito, e também os eventos naturais.
- Necessidade de Codificação:
	* Sim: o código representa a harmonia do sistema, portanto, não haveria contrariedade entre as normas;
	* Não: o código também representa o engessamento da matéria, uma vez que não permite as constantes evoluções da matéria.
- Posição da Disciplina: o Direito Ambiental é uma disciplina jurídica autônoma.
Princípios
1 Princípio do Poluidor-Pagador: o princípio é baseado no ressarcimento do dano, e fundamenta a responsabilidade civil ambiental.
	* Interpretação Perigosa: a expressão “pagador” não se refere a apenas a pagar pela poluição, mas sim, consertar e reparar o dano.
	* Reparação Específica: o ressarcimento do prejuízo ambiental tem que ser específico, ou seja, se uma floresta foi destruída, deve-se reparar o dano, criando nova floresta. Quando a reparação não puder ser específica, serão aplicadas medidas compensatórias, visando garantir a qualidade ambiental. Não existindo a possibilidade de serem aplicadas medidas compensatórias, então o infrator é obrigado ao pagamento em dinheiro, destinado ao Fundo Nacional de Meio Ambiente.
	* Responsabilidade Civil Ambiental = Responsabilidade Objetiva: em Direito Ambiental, na esfera civil, não é aferida a culpa, basta o fato, o nexo e o dano.
		- Razão? A responsabilidade objetiva é baseada no fato de o dano afetar altos interesses da sociedade, como a vida.
		- Risco Integral: a responsabilidade objetiva, em Direito Ambiental, é na modalidade de risco integral, ou seja, não podem ser alegadas nenhuma das excludentes de responsabilidade.
	* Pagamento = Pena? O pagamento (ressarcimento) não é pena, é compensação, somente a multa administrativa tem caráter de pena.
	* Solidariedade: todas as pessoas que contribuíram para o dano são solidariamente responsáveis pelo dano.
Dia 23/02/2010
2 Princípio do Desenvolvimento Sustentável: visa conseguir articular o desenvolvimento econômico, sem exaurir o meio ambiente; a origem deste princípio remonta à Eco-92.
	* Recursos naturais = finitos (CF, art. 170, VI):
	* Empresa poluente pode ser instalada? Sim. Apesar da poluição, as empresas são importantes para a economia das cidades.
3 Princípio da Prevenção: informa que deve-se prevenir para que o dano não ocorra, isto é, a atuação tem que ser preventiva e não repressiva.
	* Alguns danos ambientais são irreversíveis;
	* Prevenção X Precaução: a prevenção está relacionado aos danos ambientais previsíveis, já a precaução guarda relação com danos imprevisíveis; o princípio da precaução é difícil de ser articulado com o princípio do desenvolvimento sustentável; a precaução serve para aquilo pode vir a causar um dano ambiental potencial.
	* Muito utilizado para lavratura dos autos: o princípio da prevenção é normalmente utilizado para fundamentar autos de infração, todavia, o dano deve ser demonstrado.
	* Exemplo do princípio da precaução (CF, art. 225, § 1º, IV): estudo prévio de impacto ambiental para a instalação de obra ou atividade potencialmente poluidora.
4 Princípio da Participação: esse princípio dá aos cidadãos uma postura pró-ativa diante das atividades relativas ao ambiente.
	* Titularidade dos bens ambientais: por força do art. 81 do CDC, os bens ambientais são de propriedade de todos, e por isso, os cidadãos tem legitimidade para questionar os danos.
		- Ex.: audiências públicas.
5 Princípio da Ubiquidade: o ambiente é ubíquo, ou seja, é onipresente, está em todo local, independente de limites territoriais.
	* Meio ambiente está presente em todos os lugares? Não. O meio ambiente está onde existe vida.
	* Soberania Nacional X Poluição Transfronteiriça:
Dia 01/03/2010
6 Função Sócio-ambiental da Propriedade:
	* Propriedade – Direito Fundamental?
		- Ilimitado?
	* Não é mero limite negativo:
	* Intervencionismo Estatal:
7 Princípio do Usuário-Pagador: informa que aquele que usa recurso ambiental de outrem, é obrigado a indenizar (pagar) ao proprietário pelo uso do recurso.
8 Princípio do Limite: ao particular não cabe impor os limites ao cidadão, mas sim ao Estado, já que ele está suprapartes e tem o conhecimento técnico do ambiente. Esse princípio limita a aplicação do princípio da participação, já que a participação do cidadão não pode impor as limitações, podendo apenas sugeri-los, cabendo ao Poder Público impor estes limites.
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº. 6.938/81)
* O PNMA fixa o padrão mínimo de tratamento do ambiente no nível federal. Ao Município e ao Estado é permitido legislar sobre matéria ambiental, no entanto, a lei estadual tem que ser mais rigorosa que a federal e a lei municipal tem que ser mais rigorosa que a estadual.
CF, art. 225
1º) Direito de Todos? Brasileiros? O meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito de todos, não só de brasileiros.
	* A expressão “todos” engloba apenas seres humanos?
		- 1ª corrente: Antropocêntrica: é a mais antiga, remonta a chegada da família real ao Brasil, e entende que a expressão se refere apenas aos seres humanos.
		- 2ª corrente: Ecocêntrica: coloca o meio ambiente natural (exceto o ser humano) no centro da preocupação, afirmando que o meio ambiente se mantém equilibrado para si mesmo, e por consequência, os seres humanos usufruem dele.
		- 3ª corrente: Biocêntrica: é a mais moderna, que coloca a vida no centro, isto é, vida em todas as suas formas, englobando, humanos (nacionais ou não), vegetais, animais, etc.
2º) Bem:
	- Conceito de propriedade do CC:
	- Público ou Privado? (CF, art. 20): os bens ambientais não nem públicos nem privados, mas sim bens coletivos.
3º) Essencial à sadia qualidade de Vida: o direito ambiental tutela a vida em todas as suas formas, por isso, as regras são tão rigorosas.
4º) Futuras Gerações:
Objeto da Política Nacional do Meio Ambiente
- Objetivos Genéricos: Preservação, melhoria, recuperação, desenvolvimento sustentável e dignidade humana (art. 2º, PNMA):
	* Preservação é manter intocado, intacto, diferindo de conservação que é usar sem danificar.
	* Melhoria é alterar o meio ambiente visando melhor a qualidade ambiental.
	* Recuperação é “refazer” as áreas que sofreram danos, tornando-as semelhantes às áreas inicias, antes de sofrer o dano.
	* Desenvolvimento: o país tem que crescer sem que o meio ambiente sofra algum dano com isso, é o chamado desenvolvimentosustentável.
	* Segurança Nacional: tendo em vista que a lei data de 1981, período do regime militar, a PNMA visa garantir também a segurança nacional, protegendo as matas que estão em áreas limítrofes do país.
	* Proteção da dignidade humana: a preservação do ambiente visa garantir melhor qualidade de vida aos cidadãos.
Dia 02/03/2010
Objetivos Específicos (art. 4º, PNMA)
	Os objetivos específicos servem para atender aos objetivos gerais:
I – Desenvolvimento Sustentável: compatibilizar o desenvolvimentos sócio-econômico com a preservação da qualidade do ambiente e do equilíbrio ecológico.
II – Poder dos Entes Federados: equalizar a qualidade ambiental, dando poderes a todos entes federativos para criar políticas em matéria ambiental.
	- Respeito às diferenças regionais: cada ente federativo pode legislar sobre matéria ambiental, respeitando assim as peculiaridades locais.
III – Princípio do Limite: cabe ao Estado é aplicar o princípio limite, impondo as regras, as normas, os critérios, os padrões de qualidade ambiental e de manejo dos recursos ambientais.
IV – Fomento à pesquisa de Tecnologias Limpas: a lei objetiva que o Estado crie instituições que visem estimular pesquisas ambientais.
V – Manejo do Meio Ambiente:
	- Dos Recursos Naturais: o manejo que é feito, e objetivado pela lei, é o desenvolvimento de tecnologia para lidar com os recursos ambientais, e não com o meio ambiente.
	- Divulgação dos dados e informações ambientais: visa disponibilizar a todos o acesso às informações ambientais que necessitar.
	- Formação de consciência pública: meios de formar nos cidadãos a consciência ambiental.
VI - Utilização racional e disponibilidade permanente: visa a utilização equilibrada do meio, através do desenvolvimento sustentável.
VII – Poluidor-Pagador e Usuário-Pagador: consagração dos princípios como objetivos de Política Ambiental.
Definição de Conceitos trazidos pela Lei
1) Meio Ambiente (art. 3º, I): é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
	- Crítica doutrinária: o conceito legal é muito restrito, uma vez que só abrangeria o meio ambiente natural.
2) Degradação da Qualidade Ambiental (art. 3º, II): é “a alteração adversa das características do meio ambiente”.
	- Degradação: há degradação que simplesmente que modifica o meio, como a degradação natural, assim, nem toda degradação causa prejuízo ao meio.
	- Requisitos:
		a) Alteração adversa: a degradação tem que ser prejudicial, tem que causar dano;
		b) Não absorvível: a degradação pode ser absorvida pelo meio, caso em que não será punível a degradação; é o caso de resiliência ambiental, ou seja, o ambiente consegue se recuperar da degradação;
		c) Qualitativa e não quantitativa: a alteração tem que mexer com a qualidade do ambiente, não se configurando a degradação pela alteração da quantidade.
3) Poluição (art. 3º, III): é “a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota [meio ambiente natural]; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.”.
	- Nem degradação é poluição, mas toda poluição é degradação.
	- Sempre ocasiona Dano, que é diferente de Degradação:
		- Ex.: Corte de floresta: não é poluição, pode ser degradação.
	- Conceito mais importante = Dano = Prejuízo.
	- Só ocorre poluição, se ocorrer degradação ambiental danosa, na forma dos incisos do art. 3º, III, do PNMA.
Dia 09/03/2010
3.1) Dano Ambiental: não tem conceito legal: dano é causar efetivo prejuízo ao meio ambiente, que será encontrado baseado no princípio da tolerabilidade e no conceito da resiliência ambiental, ou seja, o dano ambiental existirá se o meio ambiente não suportar o dano.
	* Princípio da Tolerabilidade: o dano será configurado se o ambiente não tolerar aquele novo dano sofrido.
	* É diferente de dano comum: o dano ambiental tem características próprias, que diferem do dano comum.
	* Características:
		- Transindividuais: o dano ambiental tem ultrapassar a esfera do indivíduo, atingindo a vários indivíduos.
		- Indetermináveis: não pode ser possível mensurar quantas pessoas são afetadas pelo dano ambiental.
		- Indivisíveis: o dano não pode ser fracionado por pessoa.
4) Poluidor (art. 3º, IV): é “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental”.
	- Quem pode ser? Qualquer pessoa, física ou jurídica.
	- Solidariedade: a responsabilidade pelo dano ambiental é dividida entre todos aqueles que deram causa ao dano.
		- Evitar o Estado: a responsabilização do Estado é evitado ao máximo.
4.1) Responsabilidade pelos Danos Ambientais:
	- Esferas de atuação:
		- Paradigma = Dano:
			a) Repressiva: atuação do Direito Ambiental que visa parar, reprimir, o dano que já está ocorrendo;
			b) Reparatória: atuação do Direito Ambiental que visa reparar, consertar, o dano que já ocorreu;
			c) Preventiva: é a atuação primordial do Direito Ambiental, que visa prevenir que o dano venha a ocorrer.
	- CF, art. 225, § 3º = Tríplice responsabilidade: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas [responsabilidade de todos], a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados [sanção civil]”.
		* Como saber qual a atuação da esfera?
			I) Reconhecimento do objeto tutelado:
				- Administrativo = Interesse Público: garantir o interesse coletivo de proteção do meio ambiente;
				- Civil = Recomposição do Dano: objetiva garantir a reparação do dano ambiental;
				- Penal = Restrição de Liberdade.
			II) Quanto ao órgão:
				- Administrativo = Processo Administrativo na Administrativa Pública: admite a produção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que inviabiliza o prosseguimento do processo judicial;
				- Civil e Penal = Processo Judicial:
					* Bis in idem: não ocorre, pois, cada processo tem um objeto diferente, e, também, é aplicado por um órgão diferente. Ademais, a própria CF prevê a tripla responsabilidade.
Dia 15/03/2010
Interesse e Interesse Coletivo latu sensu
1 Necessidade: é aquilo que ser humano precisa.
2 Bem: é o que é apto a sanar uma necessidade.
3 Utilidade: é o reconhecimento da capacidade do bem de sanar uma necessidade.
4 Interesse: é o reconhecimento da utilidade do bem de sanar uma necessidade
5 Interesse Coletivo:
	a) Aspecto Objetivo: o interesse ambiental é coletivo porque o ambiente é indivisível, assim, o aspecto objetivo do interesse ambiental repousa na indivisibilidade do objeto ambiental.
	b) Aspecto Subjetivo: os sujeitos ambientais são indeterminados, desse modo, o interesse ambiental é coletivo, sob aspecto subjetivo, repousando na indeterminabilidade dos sujeitos do ambiente.
	* Embora no art. 98 do CC haja uma dicotomia entre bens públicos e privados, os bens ambientais não são uma coisa nem outra, assim, considera-se que os bens ambientais são coletivos, onde todos os utilizam ao mesmo tempo, como um condomínio.
5.1 Interesse Coletivo latu sensu: ver art. 81 do CDC.
	Direitos Difusos
	Direitos Coletivos 
strictu sensu
	Direitos Metaindividuais Homogêneos
	Transindividuais
	Transindividuais
	Transindividuais
	Bens indivisíveis
	Bens indivisíveis
	Bens divisíveis
	Titularidade indeterminada
	Titularidade de grupo
	Titularidade de grupo
Dia 22/03/2010
Responsabilidade Civil por Danos Ambientais
- Princípio Básico = Dano > Reparado: o dano tem que ocorrer sobre um objeto juridicamente tutelado.
	* Lesão– diferente de dano ambiental, porque o bem ambiental é difuso, e, por isso, há uma quantificação diferente;
	* Como quantificar o dano ambiental? Não há forma prescrita, é variado no caso concreto, devendo ser quantificado pelo juiz.
- Incidir a Responsabilidade:
	* Comprovar a culpa – o que é difícil em Direito Ambiental;
	* Daí surgem duas teorias:
		1) Teoria Subjetiva (Aquiliana):
			* Culpa pelo ato: - Lícito: excesso no exercício do direito;
					- Ilícito: ação, omissão, negligência, imprudência.
		2) Teoria Objetiva: assunção do risco.
			* fato + nexo + dano: não há perquirição de culpa.
	* Qual a teoria aplicada? Teoria Objetiva.
Responsabilidade Objetiva na Modalidade Risco Integral
1) Excludentes da Responsabilidade Objetiva:
	* Caso Fortuito;
	* Força Maior;
	* Fato de Terceiro;
	* Culpa Exclusiva de Vítima.
2) Princípios Relativos: incidência de três princípios específicos:
	a) Princípio do Poluidor-Pagador: PNMA, art. 14, § 1º - O poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. 
	b) Princípio da Prevenção: existindo responsabilidade objetiva sobre o dano ambiental, passa-se a fomentar o princípio da prevenção, em virtude da não comprovação de culpa.
	c) Princípio da Reparação Integral: informa que o dano ambiental tem que ser integralmente ressarcido, tendo como limite apenas o próprio dano.
Dia 23/03/2010
Pressupostos da Responsabilidade Objetiva = fato + nexo + dano
1 - Evento Danoso: fato que vá causar dano.
	* Não importa a culpa, mas ter assumido o risco;
	* Uso X Abuso: a responsabilidade civil ambiental não se desdobra sobre o uso normal, mas sim sobre o abuso, que ultrapassando os limites normais, vem a causar o dano.
		- qualquer atividade humana é prejudicial ao ambiente;
		- tem que haver dano;
		- dano e licitude da atividade: se mesmo dentro da esfera de uso, existir dano, haverá responsabilização.
	* O fato gera responsabilização quando se ultrapassa os limites (abuso do direito), ou quando, nos limites da atividade ocorre um dano.
2 - Nexo de Causalidade:
	* Não se discute culpa, mas nexo, ou seja, a ligação entre o fato e o dano;
	* Difícil demonstração - razão da inversão do ônus da prova (CDC, art. 6º, VIII): ao cidadão que estiver sendo responsabilizado é que cabe o ônus de desconstituir o nexo entre o fato e o dano.
Consequências da Objetivação da Responsabilidade com Risco Integral
1ª) Prescindibilidade de investigação de culpa (PNMA, art. 14, § 1º): para haver responsabilidade, apenas é necessário o fato, o dano e o nexo entre eles.
2ª) Irrelevância de Licitude:
	* Basta a ocorrência de dano;
	* Normas administrativas – mera fronteira:
		- o empreendedor deve verificar o dano. Ex.: Air France.
3ª) Inaplicabilidade de Excludentes:
	* Fundamento é meramente a existência de atividade;
	* Cláusula de não indenizar: não tem validade em direito ambiental, não se excluindo a responsabilidade ambiental em virtude de contrato. O contratante, que fixa essa cláusula de não indenizar, pode regressar contra o contratado, no entanto, sendo o caso de responsabilidade subjetiva.
Exoneração de Responsabilidade Objetiva
I) Dano não existir: desconstituir o dano.
II) Dano não ter relação com a atividade potencialmente danosa: desconstituir o nexo.
III) Não existir a atividade: desconstituir o fato.

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