TRAB INDIVIDUAL custos envio

Prévia do material em texto

�PAGE �
SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	cONHECIMENTO DE CUSTOS PARA A GESTÃO	�
53	CONCEITOS GECON, ABC E RKW	�
74	COMPETITIVIDADE	�
85	CONCEITOS E IMPORTÂNCIA PARA ADMINISTRAÇÃO	�
��
INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca abordar a importância do pleno conhecimento dos custos dos processos de uma empresa como ferramenta necessária na melhoria da gestão administrativa, comercial e financeira, contribuindo para o desenvolvimento de uma visão mais apurada do próprio negócio e da competividade dentro de um mercado cada vez mais dinâmico. Para isso, elementos referentes ao sistema de informação de custos serão delineados neste trabalho, enfatizando a ligação destes com a Ciência Contábil e Financeira na administração de uma organização.
cONHECIMENTO DE CUSTOS PARA A GESTÃO
Para se alcançar um bom desempenho, ou até mesmo sobreviver frente a um mundo empresarial cada vez mais globalizado e competitivo, o pleno gerenciamento de custos é ferramenta básica e necessária para tomadas de decisões estratégicas. Diante do cenário atual, com acesso a técnicas modernas de produção e de administração de recursos financeiros e humanos, traçar racionalidade no uso dos insumos e mão de obra, combate ao desperdício e eliminação do supérfluo, incide diretamente em um dos principais objetivos de uma empresa: o lucro.
	O lucro deixou de ser, à muito, um mero produto da receita de venda, tendo hoje, como fator determinante, o gerenciamento dos custos incorridos no processos de produção de bens e serviços, ou seja, a básica fórmula de que o lucro só acontece se o valor da receita for maior que o valor da despesa, consequência natural da qualidade de gestão e racionalização nos processos de produção, frutos de estratégias determinadas e desenvolvidas a partir do pleno conhecimento e gestão de custos.
	O correto gerenciamento dos custos tem, portanto, uma função estratégica na maximização dos lucros, possibilitando uma empresa conquistar maior espaço no mercado ou mesmo garantir sua permanência. As habilidades do uso de técnicas competitivas no alcance de um novo caminho para enfrentar o futuro passa pelo estudo, análise e consequente estruturação da teoria do seu negócio. Nesse âmbito insere-se o Sistemas de Custos, conjunto de meios e métodos que a empresa utiliza para obter as informações gerenciais necessárias para tomadas de decisão, construção de seu futuro, objetivos e definição de metas. Diante destas informações torna-se possível uma visão estratégica, advinda da avaliação do impacto financeiro sobre dos custos e das decisões gerenciais e comerciais tomadas, a fim de obter vantagens competitivas sustentáveis a curto, médio e longo prazo.
CONCEITOS GECON, ABC E RKW
Dentro desse sistema de análise de informação e gerenciamento de custos, é salutar destacar o ABC - Activity Based Costing (Custeio Baseado em Atividades) e o GECON – Sistema de Informação de Gestão Econômica, além do RKW - Reichskuratorium Fur Wirtschaftlichtkeit. A princípio, os modelos de informação são claramente influenciados pelo modelo de gestão de negócio. No entanto, após a implementação e funcionamento do modelo de informação, ocorre importante inversão: a informação passa a influenciar as tomadas de decisão.
	O modelo GECON foi desenvolvido pelo Departamento de Contabilidade e Atuária da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, conhecida como administração por resultado. Tem como objetivo a otimização dos resultados por meio da melhoria da produtividade e da eficiência operacional. Para isso, o modelo de informação deve ser desenvolvido de forma que facilite a ação dos gestores na otimização dos processos de produção de bens e serviços. Desta forma, o GECON preconiza a utilização de um processamento de dados de maneira eletrônica para que as informações sejam facilmente acessadas pelas pessoas responsáveis pelas tomadas de decisões, facilitando a interação a partir de um banco de dados unificado e desenhado através de uma engenharia de informação que possibilite a oportunidade de ações gerenciais no momento do evento ocorrido, espelhando o que de fato acontece no nível operacional.
	O modelo ABC (Activity Based Costing) é o custeio baseado em atividades. Surgiu sob a demanda crescente da complexidade dos sistemas de produção devido à grande diversidade de produtos e modelos fabricados pelas empresas. Em decorrência disto, é extremamente importante a correta alocação dos custos de fabricação aos respectivos produtos, evitando distorções e subjetividade nas análises. Assim, o ABC tem como foco identificar as razões que justificam os recursos consumidos pela organização, expressando o conceito de que um negócio é uma série de processos inter-relacionados que são constituídos por práticas que convertem insumos em atividades e que, portanto, o custo é causado e suas causas podem ser gerenciadas. Dentro desse modelo, é necessário desenvolver um dicionário que identifique quais atividades estão sendo executadas, determinar quanto a organização está gastando em cada uma delas, identificar os produtos, serviços e clientes e selecionar os geradores de custos inerente a cada um deles.
O RKW (Reichskuratorium Fur Wirtschaftlichtkeit ) é o custeio por absorção. Desenvolvido na Alemanha na década de 20, representa as iniciais de um antigo conselho governamental alemão para assuntos econômicos. Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos, ou seja, todas as despesas tanto de produção e de administração da empresa são rateadas. Cada departamento tem sua cota de custos de maneira que no final o rateio se dará sobre os produtos da empresa. Após esse rateio, chega-se ao valor unitário do produto, buscando uma melhor distribuição dos custos indiretos em determinados períodos de produção, reduzindo a probabilidade de erros e de transferência indevida dos custos indiretos de um produto para outro. Esse método não faz distinção entre custos fixos e variáveis, o que pode levar uma empresa a não vender determinado produto por não ter o custo coberto, porém o custo estaria distorcido visto que uma parcela dos custos fixos totais já está embutida ao produto e o custo unitário do produto não é real. O RKW leva em consideração a eficiência máxima da empresa, podendo acarretar um preço irreal do produto ou serviço em frente à concorrência e, no cenário atual é importante que, para manter-se no mercado, a empresa pratique um preço competitivo.
COMPETITIVIDADE
A competitividade do mercado exige com que as empresas encontrem maneiras de também se tornarem competitivas e a redução de custos e seu correto gerenciamento torna-se item fundamental nesse processo. A estratégia de diminuição de gastos e custos também é importante como forma de aumentar a lucratividade. Quando se atinge o preço limite de aceitação do mercado, a única maneira de aumentar os lucros é reduzir os custos. Essa redução não é tarefa fácil e exige ações diretas, inclusive na cultura da empresa, através da adoção de normas internas e medidas corretivas para o combate do desperdício. Para isso, é necessário a produção de informações corretas a partir de um sistema de controle eficaz que identifique os setores que necessitam de melhorias e redução de custos, determinar quais setores e que medidas corretivas são necessárias para a eliminação do desperdício, definindo corretamente os custos de produção, a formação do preço de venda e os novos resultados conquistados diante das mudanças empregadas.
Otimizar custos é, portanto, uma arma competitiva e prioritária na busca da eficiência empresarial. Com o conhecimento e informação dos custos inerentesao processo produtivo, é possível uma abordagem pragmática que procure oportunidades concretas de redução e adequação do custo para a preservação das competências empresariais, através de uma abordagem lógica e sequencial nos projetos de otimização de custos, seja para recuperar-se de uma posição de vulnerabilidade ou para se aproveitar de uma posição melhor diante da concorrência, reduzindo e gerenciando os custos de maneira correta.
CONCEITOS E IMPORTÂNCIA PARA ADMINISTRAÇÃO
Os conhecimentos relativos à contabilidade mostram-se um importante instrumento de análise, gerência e decisão ao subsidiar aos administradores a situação econômica e financeira da empresa e de cada etapa e processo que a determina. A análise contábil permite que o administrador atue com competência na execução da tarefa de mensurar e atenuar riscos devido a todos fatores que ameaçam o bom desenvolvimento de uma atividade. Se dá por meio de inúmeros relatórios e demonstrativos da situação patrimonial fornecida pelo setor contábil que as áreas gestoras passam a tomar suas decisões, levando-se em conta os acertos comprovados ou alterar rumos de suas ações baseadas em desacertos anteriores.
Do mesmo modo, para disciplinar os elementos essenciais de administração, produção e comercialização em uma empresa é necessário analisar o passado e planejar o futuro, fazendo uso da matemática financeira como objetivo estudar o valor do dinheiro ao longo do tempo. Sua finalidade básica é efetuar análises e comparações dos vários fluxos de entrada e saída de caixa, verificados em diferentes datas possibilitando a interpretação dos dados apresentados pela organização através de planilhas, acompanhando o comportamento do dinheiro ao longo do período. Obviamente que essas informações devem ser analisadas diante de um espectro amplo, que englobe o momento e meio que cerca a atividade econômica, incluindo informações externas à organização. As escolhas e tomadas de decisões estratégicas devem levar em conta toda as informações obtidas pela contabilidade, as quais possibilitam o planejamento da empresa, aplicando os recursos disponíveis com a máxima eficiência, constituindo um fator decisivo para o crescimento da organização e atividade econômica em que atua.
REFERÊNCIAS
Bibliografia
BORNIA, Antônio Cezar. Análise gerencial de custos em empresas modernas. Porto Alegre: Bookmam, 2002.
DERBECK, Edward J. Van; NAGY, Charles F. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Thomson, 2001.
MARTINS,Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
NASI, Antônio Carlos. A contabilidade como instrumento de informação, decisão e controle da gestão. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n.77, 1994.
VARTANIAN, Grigor Haig. O método de custeio pleno: uma análise conceitual e empírica. São Paulo: FEA/USP, 2000.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
administração
Custos e Gestão.
Como o conhecimento dos custos pode contribuir para uma melhor gestão.
Sete Lagoas
2013
Custos e Gestão.
Como o conhecimento dos custos pode contribuir para uma melhor gestão.
Sete Lagoas	
2013