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Immanuel Kant - criticismo e deontologia

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Immanuel Kant: Criticismo e Deontologia ou ciência do dever ( 1724 – 1804)
BITTAR, Eduardo C.B. ALMEIDA, Guilherme Assis de Curso de filosofia do Direito. São Paulo, Atlas, 2011
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Principais obras: 
 - A crítica da Razão Prática
 - A crítica da Razão Pura
 - Fundamentos da Metafísica dos Costumes
 - Paz Perpétua
 
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o contexto histórico e filosófico
O iluminismo – Aufklärung – esclarecimento
O que é esclarecimento?
A capacidade de pensar por sim mesmo sem ser tutorado ou manipulado;
A liberdade de expressar as suas ideias sem ser tachado de subversivo;
A razão deve ser submetida à critica;
 A maturidade e maioridade da razão.
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Sobre as condições e possibilidades do conhecimento
Kant propõe: 
	A solução: Racionalismo e Empirismo
 O conhecimento e constituído de:
 Matéria: as coisas
 Formas: somos nós
 Não conhecemos a coisa-em-si (númenon).
 Conhecemos somente a coisa como ela aparece (fenomêno)
 Pensar é dar formas às coisas a partir das nossas categorias de entendimento que são inatas e a priori
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A ética: a lei moral que habita em mim
“Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre novas e crescentes, quanto mais frequentemente e com maior assiduidade delas se ocupa a reflexão: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim”. ( Crítica da Razão Prática)
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As inquietações kantianas em relação aos fundamentos da ética 
A insuficiência do sistema racional para a resolução do conflito ético humano;
A insuficiência da experiência sensível como elemento que garanta a felicidade e a realização éticas humanas
O limite supremo de toda investigação moral: 
 - a razão não pode buscar no sensível, tampouco em algo transcendental, pois perder-se-ia entre fantasmas.
Conclui: a especulação, a ciência e a elevada consciência racional não conduzem à felicidade 
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O fundamento da moral 
O imperativo categórico
 “Age só, segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que se torne uma lei universal”.
 “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”.
 “a vontade é concebida como independente das condições empíricas, por conseguinte, como vontade pura determinada pela simples forma da lei, e este princípio de determinação é visto como a condição suprema de todas as máximas”
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O imperativo categórico:
O dever ser do ser: O dever interno que tudo comanda
Exemplos:
Se seu amigo cometeu um crime e resolveu esconder em sua casa, o que você deve fazer?
Você é um comerciante e tem um cliente que não sabe o preço justo do seu produto, você deve cobrar mais caro?
Tudo que é válido independe de qualquer condição ou imposição derivada da experiência
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O imperativo categórico
A única coisa incondicionalmente boa deste mundo é uma boa vontade – a vontade de seguir a lei moral, sem preocupar-se com a sua vontade. 
Pouco importa a sua vontade, cumpra o seu dever
Vivamos de acordo com esse princípio e iremos criar uma comunidade ideal de seres racionais
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Imperativo Categórico 
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imperativo hipotético
Categórico: agir conforme a lei
 - Obrigação, dever, ordens da razão, necessário
Hipotético: deves agir assim e assim se quiseres conseguir tais e tais fins
A ação é um meio para outra coisa
A ação não é enviada em absoluto, mas sim como simples meio para outro propósito
Conservam sua vida conforme o dever, sim, mas não por dever. Dito de outro modo, obedecem as regras sem o sentimento do dever.
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A liberdade I
“Sentimos na escolha, na crise da escolha moral”. O agir é livre, porém nem sempre pode ser considerado ético 
Qual seria a razão para agir de modo ético? 
 Se a vida não é como um drama onde o vilão sempre perde?
 Segundo Kant: 
 Sentimos o comando para agir de modo correto
 Vontade livre é a vontade submetida às leis morais
 Fazer o bem, não por inclinação, mas sim por dever
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A liberdade II
Liberdade vincula-se à ideia de autonomia;
O homem figura como ser racional, um fim em si mesmo, e a humanidade, na mesma dimensão, deverá vincular, em suas relações sempre como um fim e nunca como mediação; 
Todo homem é um fim em si mesmo, um sistema particular capaz de governar a si próprio de acordo com a máxima decorrente do imperativo categórico
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O agir moral
Age-se moralmente quando não se visa o prazer, a felicidade, auxiliar a outrem
Agir livre é o agir moral:
- o agir moral é o agir conforme o dever;
- o agir conforme o dever é fazer da sua lei subjetiva um princípio de legislação universal, a ser inscrita em toda a natureza;
- o agir moral não visa a felicidade, mas de sua observância decorre a felicidade.
- o agir moral exclui todo bem exterior, vincula-se ao dever e engendra a suma beatitude e a suma felicidade, pelo fato de estar conforme ao dever e pelo dever. 
O agir moral, segundo Kant, engendraria a felicidade no mundo, pois estaria em consonância com o dever 
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A boa vontade
Não é boa pelo que efetivamente realize;
Não é boa por adequar-se a determinado fim;
É boa simplesmente pelo querer, isto é, boa em si mesma;
A boa vontade é desinteressada, pura e livre de todas as inclinações
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O que é a felicidade?
É a satisfação de todas as nossas inclinações tanto extensivas quanto intensivas
Existem duas leis:
- lei pragmática(regra da prudência) que tem por motivo a felicidade;
- lei moral (lei dos costumes) que tem como móvel a indicação de como podemos tornar-nos dignos de felicidade
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As máximas
Tem uma forma: devem ser escolhidas de modo que tenham o valor de leis universais e naturais 
Tem uma matéria: deve servir como um fim em si mesma, condição limitativa de todos os fins
Tem um determinação integral: devem concordar em um reino possível dos fins, como um reino da natureza 
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Direito e Moral: duas partes de um todo unitário 
Direito: 
- Heterônomo ( sujeito às normas exteriores)
Exterioridade
Liberdade exterior 
Moral:
- Autônomo (livre, independente)
 - interioridade
 - liberdade interior
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O agir ético e o agir jurídico
O agir ético
- O cumprimento do dever pelo dever, somente a ação conforme o dever pode ser considerada ação moral 
O agir jurídico
 - pressupõe outras metas e necessidades interiores e exteriores, trata-se de uma lei positiva: temor da sanção, manter-se afastado de repreensões, prevenir desgastes, medo, escândalo, etc.
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Moralidade de uma ação
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Juridicidade de uma ação
Moralidade
 pressupõe autonomia, liberdade, dever e autoconvencimento.
Juridicidade
 pressupõe coercitividade
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A sociedade política
Passo racional
Garantir as liberdade em confronto
A paz é a finalidade da história humana
A necessidade de paz é imperativa para a ordem internacional
A paz perpétua depende da associação entre os Estados e a formação de um ente superior aos Estados existentes (ONU e Direitos humanos

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