Código genético

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5920508 - Genética I I 2014 
Código Genético 
Prof. Dr. Tiago Campos Pereira 
tiagocampospereira@ffclrp.usp.br 
3602 3818 – sala 13, bloco 14 
 
Snustad & Simons 5th Edition - Cap 12 
Assuntos abordados nesta aula: 
 
• características 
• experimentos que desvendaram o código 
• degeneração 
• universalidade 
• interações códon-tRNA 
 
 
O código genético: 
 é composto por tripletos de nucleotídeos 
 contém códons de início e parada 
 não apresenta “vírgulas” 
 é quase universal 
 é degenerado 
 é ordenado (similaridade entre códons relacionados) 
 não apresenta sobreposições* 
 
Não apresenta sobreposições* 
 
Experimento 2: 
Três inserções de 1 pb mantêm a fase de leitura. 
Inserção de três pares 
de bases mantém 
a fase de leitura. 
 Trinucleotídeos eram suficientes para estimular a ligação específica de 
aminoacil-tRNAs aos ribossomos. 
 
Outros experimentos: 
Estudos de tradução in vitro 
 Tradução de poli-U gera polifenilalaninas. 
 
Outros experimentos: 
Estudos de tradução in vitro 
 mRNAs sintetizados quimicamente contendo sequências dinucleotídicas 
repetidas direcionavam a síntese de copolímeros com sequências alternadas 
de aminoácidos. 
 
(UG)n 
 
UGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUGUG 
 
Fase +1 UGU GUG UGU GUG UGU (cis-val)m 
Fase +2 GUG UGU GUG UGU GUG (cis-val)m 
Fase +3 UGU GUG UGU GUG UGU (cis-val)m 
 
 
 
Outros experimentos: 
Estudos de tradução in vitro 
 mRNAs com sequências repetidas de trinucleotídeos direcionavam a síntese 
de uma mistura de três homopolímeros. 
 
(UUG)n 
 
UUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUGUUG 
Fase +1 UUG UUG UUG UUG (polileucina) 
Fase +2 UGU UGU UGU UGU (policisteína) 
Fase +3 GUU GUU GUU GUU (polivalina) 
 
 
 
 
 
 
Outros experimentos: 
Estudos de tradução in vitro 
 1 códon de iniciação (AUG) e 3 códons de terminação UAA (ocre), UAG (âmbar) e 
UGA (opala). 
 
 
 Níveis de degeneração: 
 Parcial: a terceira base pode ser qualquer purina (A/G) ou qualquer pirimidina (C/U). 
 Completa: a terceira base pode ser qualquer nucleotídeo. 
 
 
 Ordenado: os diversos códons para um determinado aminoácido assim como códons 
para aminoácidos com propriedade físico-químicas semelhantes são relacionados, 
geralmente diferindo por um único nucleotídeo. 
 
 
L e P são aa não-polares 
Todos os 4 códons para R são 
relacionados. 
 
Caso os 4 códons para R fossem: 
CGA 
UCU 
AAG 
GCU 
Eles seriam não relacionados. 
 
De certa forma, a ordenação se 
relaciona a degeneração. 
 Quase universal (exceções: mitocôndrias e alguns protozoários) 
O código genético é quase universal; com pequenas exceções, os 64 tripletos têm o mesmo 
significado em quase todos os organismos. 
 
O pareamento envolvendo a terceira base do códon é menos estringente. 
Experimento 1: 
A deleção de 1 pb reestabelece a fase de leitura alterada pela adição de 1 pb. 
 Algumas mutações nos genes de tRNA alteram os anticodons e, portanto, os 
códons reconhecidos pelo tRNA mutante. 
 
 Estas mutações foram inicialmente detectadas como mutações supressoras, pois 
suprimiam os efeitos de mutações prévias. 
 
 Exemplo: mutações no tRNA que suprimiam mutações âmbar (que criavam um 
códon de terminação prematuro) na região codificadora do gene. 
Tradução de uma mutação âmbar (UAG) na ausência de um tRNA supressor. 
Tradução de uma mutação âmbar (UAG) na presença de um tRNA supressor. 
Nature 464, 441-444 (2010)