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LINDB - Resumo de todos os artigos

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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - “Lei das Leis” 
 
VACATIO LEGIS - Art. 1 
 
É o prazo que é conferido à sociedade para se adaptar à nova lei. 
 
Inicia-se com a publicação (no diário oficial) e esgota-se com a entrada da lei em vigor . 
No Brasil, regra geral, é de 45 dias. No exterior, referente às leis brasileiras, é de 03 meses. 
 
Ainda, é possível que a vacatio legis seja em dias, meses ou anos, desde que previstas na 
lei. 
 
O prazo é contado em dias corridos. 
 
Ex. Em dias: Publicação da lei em 05/03/2015, com vacatio legis de 05 dias, passa a vigorar 
no dia 10/03/2015. Em meses: Publicação em 05/03/2015, com vacatio legis de 03 meses, 
passa a vigorar em 06/06/2015. 
 
A vacatio legis no caso de correção de texto de lei, antes de sua entrada em vigor, contará 
da última publicação, mesmo que seja apenas para sanar erro ortográfico. 
 
As correções de texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
A vigência, uma qualidade da lei, diz respeito a sua eficácia temporal. 
 
REVOGAÇÃO DA LEI - Art. 2 
 
Uma lei pode ser permanente ou temporária, sendo que a permanência é a regra, pelo 
princípio da continuidade . 
 
As leis temporárias podem caducar por: advento do termo (lei da copa) - consecução dos 
seus fins (lei para duplicar uma estrada) - implemento de condição resolutiva (lei epidemia 
de dengue). 
 
A lei permanente terá vigor até que outra lei a modifique ou a revogue. Lembre-se que pelo 
princípio do paralelismo das formas , uma lei só pode ser revogada por sua equivalente. Ex. 
CF por EC, lei complementar por lei complementar, lei ordinária por lei ordinária. 
 
Há dois tipos de revogação: derrogação : revogação parcial. Ab-rogação : revogação total. 
 
Além disso, pode ser expressa ou tácita . 
 
É expressa quando está escrito na própria lei posterior a revogação da lei anterior. Ocorre a 
revogação tácita quando a lei posterior foi incompatível com a anterior ou quando a lei 
posterior regular inteiramente a matéria da anterior. 
 
Quando não está expressa, não contraria ou não regula totalmente determinada matéria, 
não ocorre a revogação. As duas leis passam a vigorar em conjunto, uma complementando 
a outra. 
 
REPRISTINAÇÃO 
 
Quando acaba a vigência da lei revogadora, a lei anterior passa a vigorar novamente. 
 
Não ocorre no Brasil porque não existe previsão legal de repristinação automática. Porém, 
pode ocorrer em casos que a lei prevê. Por ex, Lei temporária que determina em seu texto 
legal que após tal período, a lei anterior passa a vigorar novamente. 
 
NORMA COGENTE 
 
Normas de imperatividade absoluta. São impositivas. Obrigam a pessoa a fazer ou deixar 
de fazer algo. Ex. Pais não podem casar com filhos - empregador não pode deixar de pagar 
13º salário. 
 
NORMA DISPOSITIVA 
 
Normas de imperatividade relativa. 
 
Se dividem em: Permissiva : permite que se faça, ou deixe de fazer algumas coisas. Ex. 
Emancipação com 16 anos - Construir em terreno próprio. Supletivas : suprem a falta de 
manifestação de vontade das partes. Ex. Caso o casal não se manifeste, vigora o regime de 
comunhão parcial de bens. 
 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA LEI - Art. 3 
 
Possui dois fatores: 
 
Presunção legal : após a sua publicação, a lei é de conhecimento de todos. 
 
Necessidade social : garantia da eficácia do ordenamento jurídico que estaria comprometido 
caso a pessoa alegasse ignorância para se eximir do cumprimento da lei. Não teria 
segurança jurídica. 
 
SUBSUNÇÃO - Art. 4 
 
A lei é feita para atender pessoas e casos indefinidos, ou seja, possui caráter de 
generalidade e abstração. 
 
A subsunção é a aplicação da lei ao caso concreto. Ex. Um casal quer se divorciar, então o 
juiz procura o art. sobre o divórcio e o aplica no caso. 
 
Portanto, quando existir lei para o caso concreto, o juiz realizará a subsunção. Quando não 
existe lei para o caso concreto, haverá uma omissão da lei e o juiz aplicará o art. 4º da 
LINDB, a integração normativa . 
 
INTEGRAÇÃO NORMATIVA 
 
Quando a lei for omissa, o juiz será obrigado a proferir uma decisão e complementar a 
lacuna existente na lei. 
 
As lacunas existem, mas o ordenamento jurídico é completo. Pois há previsão do uso de 
analogia, costumes e princípios gerais do direito para suprir a falta de lei ao caso concreto. 
 
O juiz buscará sanar a lacuna na ordem disposta do artigo: primeiro por analogia, depois 
pelos costumes e por último, os princípios gerais do direito. 
 
Analogia 
 
O STJ já decidiu que a analogia é semelhança, similitude, não implicando identidade, pois é 
semelhança que admite diferenças, por isso que uma regra destinada a certos fatos 
aplica-se também a outros fatos não iguais, mas que representam pontos comuns e 
justificam a mesma solução. 
 
Requisitos para aplicação da analogia: que o caso concreto não esteja previsto na norma 
jurídica - que o caso tenha semelhança com o caso para o qual a lei foi criada - que essa 
semelhança seja essencial, ou seja, se refira ao elemento principal. 
 
Ex. CLT prevê 10min de descanso ao datilógrafo, a cada 90min trabalhados. Por analogia, 
esse direito também deverá ser estendido ao digitador. 
 
Costumes 
 
São as práticas reiteradas de uma sociedade ou grupo de pessoas. 
 
Se dividem em: secundum legem - praeter legem - contra legem . 
 
Costumes secundum legem : costumes autorizados pela própria lei. Ex. art. 569, inciso II, do 
CC: “o locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados e, em falta 
de ajuste, segundo os costumes do lugar. ” 
 
Costumes praeter legem : são os costumes que não previstos em lei, mas são aplicados 
com base no art. 4º da LINDB. Ex. cheque pré-datado. 
 
Costumes contra legem : costumes que contrariam a lei. Ocorrem em duas situações: 
quando contrariam a lei e quando fazem com que a lei deixe de ter aplicabilidade. Ex. Não 
utilização de cinto em uma cidade. Embora seja um costume, o juiz não pode deixar de 
aplicar uma sançãopor conta disso. 
 
Os costumes que são utilizados na integração normativa é o praeter legem . 
 
Princípios gerais do Direito 
 
São ideias fundamentais e basilares do sistema jurídico, relacionadas a algum ramo do 
direito. Os princípios auxiliam tanto o Legislativo na elaboração das leis, quanto o Judiciário 
na resolução dos conflitos. 
 
Ex. Princípio da vinculação ao edital em concurso público - princípio de que ninguém pode 
se enriquecer às custas de outrem - princípio da onerosidade excessiva dos contratos - 
princípio da autonomia da vontade. 
 
Quando mesmo após o juiz tentar utilizar a analogia, costumes e princípios, não conseguir 
solucionar os conflitos. Também é possível utilizar-se da equidade . 
 
Equidade 
 
Segundo Aristóteles, é o justo que independe de lei. 
 
O Juiz deve aplicar a equidade não com base em seus sentimentos pessoais, mas sim com 
base no espírito de justiça que rege o direito. 
 
Pode ser empregada em duas hipóteses: após esgotados todos os recursos do art. 4º da 
LINDB e quando estiver prevista em lei. Ex. Art. 6º, Lei dos Juizados “O juiz adotará em 
cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime (...).” 
 
ANTINOMIA 
 
É um conflito existente entre regras e princípios. Por exemplo, pode haver um conflito entre 
uma lei e outra lei, ou entre uma lei e um princípio. 
 
Para que haja a antinomia jurídica é necessário que as normas sejam contraditórias - que 
as normas sejam válidas - que as normas sejam vigentes. 
 
Há dois tipos de antinomia: a real e a aparente. 
 
Antinomia Real : a contradição entre as normas é tão grave que a única solução é a 
exclusão ou edição de uma das normas. 
 
Antinomia Aparente : a contradição existente pode ser resolvida pelos critérios de 
interpretação: hierárquico - cronológico - da especialidade. 
 
Critério Hierárquico 
 
Ocorre pelo processo de elaboração das leis. Ex. Norma Constitucional prevalece sobre Lei 
Complementar e Lei Ordinária. 
 
Critério Cronológico 
 
Lei posterior prevalece sobre lei anterior. Ex. Lei do ano de 2015 vai prevalecer sobre uma 
lei de 2012. 
 
Critério da Especialidade 
 
Lei especial prevalece sobre lei geral. Ex. Estatuto da Criança e Adolescente prevalece ao 
Código Civil em situações que envolvam criança ou adolescente. 
 
Pode ocorrer ainda, antinomia em 2º grau, que nada mais é que o conflito entre os critérios 
de interpretação. 
 
Quando ocorrer conflito entre critério hierárquico com o cronológico, ou com o da 
especialidade, sempre será o hierárquico a ser utilizado. Porém, quando houver conflito 
entre o cronológico e o da especialidade, o juiz deverá analisar e aplicar o melhor ao caso 
concreto. 
 
PRINCÍPIO DA FINALIDADE SOCIAL DA LEI - Art. 5 
 
A função social não possui conceito definido, porém pode ser analisada com base na CF, no 
art. 3º que trata sobre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, bem 
como no art. 6º que dispõe sobre os direitos sociais. 
 
O juiz, ao solucionar os conflitos e aplicar a lei, atenderá aos seus fins sociais. 
 
Ex. Impenhorabilidade dos bens de família; determinação para que o Estado forneça 
medicamentos gratuitos a quem não possui condições. 
 
ATO JURÍDICO PERFEITO - Art. 6 
 
A lei em vigor tem efeito imediato e geral, porém respeita o ato jurídico perfeito. 
 
O ato jurídico perfeito é um ato consumado (acabado) dentro da lei que estava em vigor 
quando se consumou. 
 
Ex. Um prédio foi construído na beira mar no ano de 2012. Em 2013, entra em vigor uma lei 
que proíbe a construção de prédio na beira mar, porém, tal lei não atingirá o prédio já 
construído, eis que no momento em que foi construído a lei permitia a conduta. 
 
DIREITO ADQUIRIDO 
 
Da mesma forma como respeita o ato jurídico perfeito, a lei nova respeita o direito adquirido. 
 
É o direito já incorporado ao patrimônio pessoal do ser humano. É aquele direito que a 
pessoa já pode exercer. 
 
Ex. Eu completei 18 anos e adquiri a capacidade civil. Porém, após eu completar 18 anos, 
entrou uma lei em vigor de que a capacidade civil só seria adquirida com 21 anos. Tal lei 
não produz efeitos na minha capacidade civil já adquirida. 
 
Todo direito adquirido provém de um ato jurídico perfeito. 
 
Atos ilegais não geram direitos adquiridos. 
 
Nem todo ato jurídico perfeito gera um direito adquirido. Ex. contribui com a previdência por 
03 anos, porém não tenho direito à aposentadoria. Entretanto, os 03 anos em que contribui 
são atos jurídicos perfeitos. 
 
COISA JULGADA 
 
Coisa julgada é a decisão de que já não caiba mais recurso. 
 
Ex. João ajuizou ação por indenização pelos danos materiais adquiridos após colisão com o 
veículo de Carlos. Com a sentença proferida condenando Carlos ao pagamento do valor 
gasto por João, nenhum dos dois recorreu e a sentença transitou em julgado. Portanto, 
trata-se de coisa julgada. 
 
IRRETROATIVIDADE 
 
A lei nova não produzirá efeitos aos casos anteriores à sua entrada em vigor. 
 
A regra é a irretroatividade. Porém, há casos em que ela retroage. 
 
Para que a lei seja retroativa é necessário que esteja expressa na lei e não poderá ofender 
o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
 
Exceção! Retroatividade da lei penal: a lei penal retroagirá nos casos em que beneficie o 
réu. 
 
ULTRATIVIDADE 
 
É quando uma lei que já foi revogada é aplicada para os casos que ocorreram durante sua 
vigência. 
 
Ex. Casamento celebrado em 2001, com divórvio em 2015. O Código Civil de 1916 será 
aplicado, eis que era o vigente na época da celebração. 
 
(EXTRA) TERRITORIALIDADE - Art. 7 
 
 
A territorialidade é aplicada em todo o território nacional e se estende às embaixadas, 
consulados, navios e barcos de guerra onde quer que se encontrem, navios mercantes em 
águas territoriais ou em alto-mar e aeronaves no espaço aéreo brasileiro. 
 
O Brasil adotou a territorialidade moderada . 
 
Em razão da soberania estatal, pelo sistema da territorialidade, a norma jurídica brasileiraaplica-se no território do Estado brasileiro, território esse que compreende o espaço 
geográfico onde se situa e, por extensão, as embaixadas, os consulados e os navios de 
guerra, onde quer que se encontrem. 
 
A extraterritorialidade ocorre quando as normas de um Estado acompanham o estrangeiro 
que se encontra em outro país. 
 
O Brasil utiliza a Lei do Domicílio do estrangeiro, não da sua nacionalidade. Ou seja, no 
caso de estrangeiro no Brasil que nasceu na Alemanha, mas seu domicílio é em Portugal, a 
lei a ser aplicada será a de Portugal. 
 
O Estatuto Pessoal é quando o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e 
os direitos de família, são determinados pela lei de origem do estrangeiro. 
 
 
BEM É REGIDO PELA LEI ONDE ESTIVER - Art. 8 
 
É aplicada a lei do local onde o bem está situado, seja para qualificá-los ou regular suas 
relações (vender, hipotecar etc). 
 
Os bens móveis que estejam com o estrangeiro também é regulado pelas leis do domicílio. 
Ex. Argentino vem de carro ao Brasil e traz um notebook. A lei que regulamenta o veículo e 
o notebook é o de seu domicílio. 
 
O penhor também é regulado pela lei do domicílio que tenha a pessoa. 
 
OBRIGAÇÃO É REGIDA PELA LEI ONDE FOI CRIADA - Art. 9 
 
A obrigação será regulada pela lei onde foi constituída. 
 
Quando a obrigação for constituída no estrangeira, mas sua execução se dará no Brasil, 
esta deve ser observada com base nas leis brasileiras, admitindo as peculiaridades da lei 
estrangeira. 
 
Nos casos de obrigações resultantes de contrato, será regulada no lugar pela lei do local 
em que reside o proponente (quem propõe algo). 
 
 
SUCESSÃO DE ESTRANGEIRO - Art. 10 
 
A sucessão obedece à lei do país em que o domiciliado o defunto ou o desaparecido. 
 
Quando há herdeiros brasileiros, será aplicada a lei brasileira em benefício, sempre que não 
for mais favorável à lei do domicílio do defunto. 
 
 
PESSOA JURÍDICA - Art. 11 
 
Organizações com interesse coletivo obedecem à lei do Estado em que se constituíram. 
 
Não pode adquirir bens imóveis antes dos atos constitutivos serem aprovados pelo Governo 
Brasileiro. 
 
Governos estrangeiros, bem como organizações de qualquer natureza que possuam 
funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptiveis de 
desapropriação. 
 
Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede 
dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. 
 
 
RÉU DOMICILIADO NO BRASIL - Art. 12 
 
É competente a lei brasileira quando o réu for domiciliado no Brasil ou quando a obrigação 
deve ser cumprida aqui. 
 
Sobre os bens imóveis situados no Brasil é competente a autoridade judiciária brasileira. 
 
A autoridade brasileira cumprirá o exequatur , segundo sua lei local e quanto às diligências a 
lei estrangeira será observada. Ex. Carta rogatória. 
 
PROVAS NO ESTRANGEIRO - Art. 13 
 
A prova estrangeira rege-se pela lei que nele vigora. Não se admite no brasil, provas que a 
lei brasileira desconheça. Ex. não é admitida a confissão após tortura. 
 
NÃO CONHECIMENTO DA LEI ESTRANGEIRA - Art. 14 
 
Quando o Juiz não conhecer a lei estrangeira, ele pode exigir da parte que a invoca, que 
prove o texto e a sua vigência. 
 
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA - Art. 15 
 
A sentença estrangeira será reconhecida mediante o cumprimento dos requisitos: não ser 
contrária à legislação brasileira - ter sido proferida por juiz competente - terem sido as 
partes citadas ou decretadas a revelia, legalmente - ter transitado em julgado e estar 
revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida - 
estar traduzida por intérprete autorizado - ter sido homologada pelo STJ (alteração por EC 
de 2004, que antes era do STF) - e demais requisitos do art. 963 do CPC “ Constituem 
requisitos indispensáveis à homologação da decisão: I - ser proferida por autoridade 
competente; II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; III - ser 
eficaz no país em que foi proferida; IV - não ofender a coisa julgada brasileira; V - estar 
acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; VI - 
não conter manifesta ofensa à ordem pública.” 
 
REMISSÃO EM LEI ESTRANGEIRA - Art. 16 
 
A lei estrangeira fica restrita a sua disposição. Quando faz menção à outra lei, não deve ser 
considerada. 
 
INEFICÁCIA DA LEI ESTRANGEIRA - Art. 17 
 
As leis, os atos e a sentença de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, 
não terão eficácia no Brasil quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os 
bons costumes 
 
ATIVIDADES CONSULARES - Art. 18 
 
Os órgãos consulares são competentes para celebrar casamento e mais atos de registro 
civil e de tabelionato dos brasileiros. 
 
Quando não envolver filhos menores ou incapazes do casal, também poderão celebrar 
separação consensual e o divórcio consensual. 
 
É necessário a assistência do advogado. Porém não é necessária sua assinatura na 
escritura pública. 
 
ATOS ESTRANGEIROS E REQUISITOS LEGAIS - Art. 19 
 
Os atos mencionados no artigo anterior precisam respeitar as normas legais para serem 
considerados válidos. 
 
No caso em que a celebração seja recusada pelos consulares, as partes podem renovar o 
pedido em 90 dias. 
 
CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS DAS DECISÕES - Art. 20 
 
Nas esferas administrativas (adm. pública), controladora (tribunal de contas) e judicial 
(judiciário), as decisões podem até ser com base em valores jurídicos abstratos (ex. 
princípio da dignidade da pessoa humana, que não possui um conceito fechado por ser 
amplo demais) mas deve sempre ser analisada a consequência da decisão. 
 
Ex. Obrigar ao Estado fornecer medicamento, com valor de 20 milhões, a uma única 
pessoa. Tal fato prejudicaria o Estado e a população em geral e, portanto, podem ser 
afastados os valores jurídicos abstratos, pois a consequência foi analisada e entendida 
como prejudicial. 
 
Todos os atos devem ser motivados e devem indicar quaissão. Demonstrando a 
necessidade e a adequação da medida, e porque aplicar determinada medida em face de 
outras possíveis alternativas. 
 
INVALIDAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS - Art. 21 
 
As decisões que decretem invalidação do ato, contrato, ajuste, processo ou norma 
administrativa, devem indicar de modo expresso as consequências jurídicas e 
administrativas. Deve ser observado também a regularização de modo proporcional e 
equânime, pensando nos interesses gerais. Pode impor aos sujeitos ônus ou perdas, nos 
casos em que sejam anormais ou excessivas. 
 
DIFICULDADES REAIS DO GESTOR - Art. 22 
 
Trata da primazia da realidade. 
 
Na interpretação da norma sobre gestão pública, deve ser analisada levando em 
consideração a realidade e os obstáculos, dificuldades reais do gestor. 
 
Necessário analisar as circunstâncias práticas da ação do agente. 
 
É preciso levar em consideração o princípio da razoabilidade na aplicação de sanções. 
 
Também é necessário observar as sanções já aplicadas de mesma natureza. 
 
NOVA INTERPRETAÇÃO E TRANSIÇÃO - Art. 23 
 
Quando a orientação muda, é necessário um tempo para transição, caso seja indispensável 
a mudança. 
 
REVISÃO - Art. 24 
 
Nos atos administrativos, a revisão deve ser feita com base nas orientações gerais da 
época. 
 
Orientações gerais são interpretações e especificações contidas em atos públicos de 
caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda adotadas 
por prática administrativa. 
 
VETADO - Art. 25 
 
COMPROMISSO - Art. 26 
 
A autoridade administrativa pode realizar um compromisso com o particular para sanar 
irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa, após oitiva do órgão jurídico e 
quando for o caso, após realização de consulta pública. 
 
Só produzirá efeito quando publicado oficialmente. 
 
COMPENSAÇÃO - Art. 27 
 
 
É possível impor uma compensação para aqueles que estavam diante de um processo, por 
benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da 
conduta dos envolvidos. 
 
Ex. Concurso público cancelado. Os candidatos podem receber o valor da inscrição de 
volta. 
 
RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO - Art. 28 
 
O agente público só responde pessoalmente nos casos de dolo ou erro grosseiro (sinônimo 
de culpa grave). 
 
CONSULTA PÚBLICA - Art. 29 
 
Trata da possibilidade de consulta pública antes da edição de atos normativos. 
 
Ex. O prefeito faz enquete para saber a opinião da população. 
 
SEGURANÇA JURÍDICA - Art. 30 
 
As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica, visando isso. 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
 
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. COBRANÇA. DÍVIDA DE                    
JOGO. CASSINO NORTE-AMERICANO. POSSIBILIDADE. ART. 9º DA LEI DE INTRODUÇÃO ÀS                      
NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO. EQUIVALÊNCIA. DIREITO NACIONAL E ESTRANGEIRO.                  
OFENSA À ORDEM PÚBLICA. INEXISTÊNCIA. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. VEDAÇÃO.                  
TRIBUNAL ESTADUAL. ÓRGÃO INTERNO. INCOMPETÊNCIA. NORMAS ESTADUAIS. NÃO                
CONHECIMENTO. PRESCRIÇÃO. SÚMULA Nº 83/STJ. CERCEAMENTO DE DEFESA.                
OCORRÊNCIA.  
1. Na presente demanda está sendo cobrada obrigação constituída integralmente nos Estados                        
Unidos da América, mais especificamente no Estado de Nevada, razão pela qual deve ser                            
aplicada, no que concerne ao direito material, a lei estrangeira (art. 9º, caput, LINDB).  
2. Ordem pública é um conceito mutável, atrelado à moral e a ordem jurídica vigente em dado                                  
momento histórico. Não se trata de uma noção estanque, mas de um critério que deve ser                                
revisto conforme a evolução da sociedade.  
3. Na hipótese, não há vedação para a cobrança de dívida de jogo, pois existe equivalência entre                                  
a lei estrangeira e o direito brasileiro, já que ambos permitem determinados jogos de azar,                              
supervisionados pelo Estado, sendo quanto a esses, admitida a cobrança.  
4. O Código Civil atual veda expressamente o enriquecimento sem causa. Assim, a matéria                            
relativa à ofensa da ordem pública deve ser revisitada sob as luzes dos princípios que regem as                                  
obrigações na ordem contemporânea, isto é, a boa-fé e a vedação do enriquecimento sem                            
causa.  
5. Aquele que visita país estrangeiro, usufrui de sua hospitalidade e contrai livremente                          
obrigações lícitas, não pode retornar a seu país de origem buscando a impunidade civil. A lesão                                
à boa-fé de terceiro é patente, bem como o enriquecimento sem causa, motivos esses capazes                              
de contrariar a ordem pública e os bons costumes.  
6. A vedação contida no artigo 50 da Lei de Contravenções Penais diz respeito à exploração de                                  
jogos não legalizados, o que não é o caso dos autos, em que o jogo é permitido pela legislação                                      
estrangeira.  
7. Para se constatar se houve julgamento do recurso de apelação por órgão incompetente e se,                                
no caso, a competência é absoluta, seria necessário examinar a competência interna da Corte                            
estadual a qual está assentada em Resolução e no Regimento Interno, normas que não se                              
revestem da qualidade de lei federal, o que veda seu conhecimento em recurso especial. 8. A                                
juntada dos originais de documento digital depende de determinação judicial e, no caso dos                            
autos, tanto o juiz de primeiro grau quanto a Corte estadual dispensaram a providência, dada a                                
ausência de indícios de vício, não restando comprovada a violação do art. 365, § 2º, do                                
CPC/1973.  
9. Nos termos da iterativa jurisprudência desta Corte, sedimentada em recurso repetitivo, a ação                            
monitória fundada em cheque prescrito está subordinada ao prazo de 5 (cinco) anos, previsto                            
para a cobrança de dívidas líquidas. Incidência da Súmula nº 83/STJ.  
10. Apesar de se tratar de processo monitório, havendo dúvidas acerca do contexto em que                              
deferido o crédito, de valor vultoso, sem a exigência de garantias, deve ser permitida a produção                                
de provas em sede de embargos,sob pena de cerceamento de defesa.  
11. Recurso conhecido em parte e, nessa parte, parcialmente provido.  
(REsp 1628974/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em                        
13/06/2017, DJe 25/08/2017) 
 
 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. AÇÃO DE SONEGADOS PROMOVIDA                  
PELOS NETOS DA AUTORA DA HERANÇA (E ALEGADAMENTE HERDEIROS POR                    
REPRESENTAÇÃO DE SEU PAI, PRÉ-MORTO) EM FACE DA FILHA SOBREVIVENTE DA DE CUJUS,                          
REPUTADA HERDEIRA ÚNICA POR TESTAMENTO CERRADO E CONJUNTIVO FEITO EM 1943, EM                        
MEIO A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, NA ALEMANHA, DESTINADA A SOBREPARTILHAR BEM                      
IMÓVEL SITUADO NAQUELE PAÍS (OU O PRODUTO DE SUA VENDA). 1. LEI DO DOMICÍLIO DO                              
AUTOR DA HERANÇA PARA REGULAR A CORRELATA SUCESSÃO. REGRA QUE COMPORTA                      
EXCEÇÃO. EXISTÊNCIA DE BENS EM ESTADOS DIFERENTES. 2. JURISDIÇÃO BRASILEIRA. NÃO                      
INSTAURAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE DELIBERAR SOBRE BEM SITUADO NO EXTERIOR.                  
ADOÇÃO DO PRINCÍPIO DA PLURALIDADE DOS JUÍZOS SUCESSÓRIOS. 3. EXISTÊNCIA DE                      
IMÓVEL SITUADO NA ALEMANHA, BEM COMO REALIZAÇÃO DE TESTAMENTO NESSE PAÍS.                      
CIRCUNSTÂNCIAS PREVALENTES A DEFINIR A LEX REI SITAE (lei do local em que a coisa se                                
encontra) COMO A REGENTE DA SUCESSÃO RELATIVA AO ALUDIDO BEM. APLICAÇÃO. 4.                        
PRETENSÃO DE SOBREPARTILHAR O IMÓVEL SITO NA ALEMANHA OU O PRODUTO DE SUA                          
VENDA. INADMISSIBILIDADE. RECONHECIMENTO, PELA LEI E PELO PODER JUDICIÁRIO                  
ALEMÃO, DA CONDIÇÃO DE HERDEIRA ÚNICA DO BEM. INCORPORAÇÃO AO SEU PATRIMÔNIO                        
JURÍDICO POR DIREITO PRÓPRIO. LEI DO DOMICILIO DO DE CUJUS. INAPLICABILIDADE ANTES                        
E DEPOIS DO ENCERRAMENTO DA SUCESSÃO RELACIONADA AO IMÓVEL SITUADO NO                      
EXTERIOR. 5. IMPUTAÇÃO DE MÁ-FÉ DA INVENTARIANTE. INSUBSISTÊNCIA. 6. RECURSO                    
ESPECIAL IMPROVIDO.  
1. A lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB) elegeu o domicílio como relevante                                
regra de conexão para solver conflitos decorrentes de situações jurídicas relacionadas a mais de                            
um sistema legal (conflitos de leis interespaciais), porquanto consistente na própria sede                        
jurídica do indivíduo. Em que pese a prevalência da lei do domicílio do indivíduo para regular as                                  
suas relações jurídicas pessoais, conforme preceitua a LINDB, esta regra de conexão não é                            
absoluta.  
1.2 Especificamente à lei regente da sucessão, pode-se assentar, de igual modo, que o art. 10 da                                  
LINDB, ao estabelecer a lei do domicílio do autor da herança para regê-la, não assume caráter                                
absoluto. A conformação do direito internacional privado exige a ponderação de outros                        
elementos de conectividade que deverão, a depender da situação, prevalecer sobre a lei de                            
domicílio do de cujus. Na espécie, destacam-se a situação da coisa e a própria vontade da                                
autora da herança ao outorgar testamento, elegendo, quanto ao bem sito no exterior,                          
reflexamente a lei de regência.  
2. O art. 10, caput, da LINDB deve ser analisado e interpretado sistematicamente, em conjunto,                              
portanto, com as demais normas internas que regulam o tema, em especial o art. 8º, caput, e §                                    
1º do art. 12, ambos da LINDB e o art. 89 do CPC. E, o fazendo, verifica-se que, na hipótese de                                          
haver bens imóveis a inventariar situados, simultaneamente, aqui e no exterior, o Brasil adota o                              
princípio da pluralidade dos juízos sucessórios.  
2.1 Inserem-se, inarredavelmente, no espectro de relações afetas aos bens imóveis aquelas                        
destinadas a sua transmissão/alienação, seja por ato entre vivos, seja causa mortis, cabendo,                          
portanto, à lei do país em que situados regê-las (art. 8º, caput, LINDB).  
2.2 A Jurisdição brasileira, com exclusão de qualquer outra, deve conhecer e julgar as ações                              
relativas aos imóveis situados no país, assim como proceder ao inventário e partilha de bens                              
situados no Brasil, independente do domicílio ou da nacionalidade do autor da herança (Art. 89                              
CPC e § 2º do art. 12 da LINDB) 3. A existência de imóvel situado na Alemanha, bem como a                                        
realização de testamento nesse país são circunstâncias prevalentes a definir a lex rei sitae como                              
a regente da sucessão relativa ao aludido bem (e somente a ele, ressalta-se), afastando-se,                            
assim, a lei brasileira, de domicílio da autora da herança. Será, portanto, herdeiro do aludido                              
imóvel quem a lei alemã disser que o é. E, segundo a decisão exarada pela Justiça alemã, em                                    
que se reconheceu a validade e eficácia do testamento efetuado pelo casal em 1943, durante a                                
Segunda Guerra Mundial, a demandada é a única herdeira do imóvel situado naquele país (ante a                                
verificação das circunstâncias ali referidas - morte dos testadores e de um dos filhos).  
3.1 Esta decisão não tem qualquer repercussão na sucessão aberta - e concluída - no Brasil,                                
relacionada ao patrimônio aqui situado. De igual modo, a jurisdição brasileira, porque também                          
não instaurada, não pode proceder a qualquer deliberação quanto à extensão do que, na                            
Alemanha, restou decidido sobre o imóvel lá situado.  
4. O imóvel situado na Alemanha (ou posteriormente, o seu produto), de acordo com a lei de                                  
regência da correspondente sucessão, passou a integrar o patrimônio jurídico da única herdeira.                          
A lei brasileira, de domicílio da autora da herança, não tem aplicação em relação à sucessão do                                  
referido bem, antes de sua consecução, e, muito menos, depois que o imóvel passou a compor a                                  
esfera jurídica da única herdeira. Assim, a providência judicial do juízo sucessório brasileiro de                            
inventariar e sobrepartilhar o imóvel ou o produto de sua venda afigurar-se-ia inexistente,                          
porquanto remanesceria não instaurada, de igual modo, a jurisdição nacional. E, por consectário,                          
a pretensão de posterior compensação revela-se de todo descabida, porquantosignificaria, em                        
última análise, a aplicação indevida e indireta da própria lei brasileira.  
5. O decreto expedido pelo Governo alemão, que viabilizara a restituição de bens confiscados                            
aos proprietários que comprovassem a correspondente titularidade, é fato ocorrido muito tempo                        
depois do encerramento da sucessão aberta no Brasil e que, por óbvio, refugiu, a toda evidência,                                
da vontade e do domínio da inventariante. Desde 1983, a ré, em conjunto com os autores,                                
envidou esforços para obter a restituição do bem. E, sendo direito próprio, já que o bem passou a                                    
integrar seu patrimônio jurídico, absolutamente descabido exigir qualquer iniciativa da ré em                        
sobrepartilhar tal bem, ou o produto de sua venda. Do que ressai absolutamente infundada                            
qualquer imputação de má-fé à pessoa da inventariante.  
6. Recurso especial improvido.  
(REsp 1362400/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em                      
28/04/2015, DJe 05/06/2015)

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