Buscar

Apostila de Contabilidade I

Prévia do material em texto

1 
 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
Disciplina de Contabilidade I 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
w 
 
 
2 
Professor: Leandro Donizeti Roberto 
e-mail: leandrodroberto@hotmail.com 
 
 
Currículo do professor: 
 
Leandro Donizeti Roberto – Técnico em contabilidade, 
Bacharel em Ciências Contábeis, Pós Graduado em Perícia 
Contábil Financeira, Pós Graduado em Tecnologia de Gestão 
Pública e Lei de Responsabilidade Fiscal, Pós Graduando em 
EAD, Consultor Contábil, Analista de Cálculo desde 1998, 
Perito Contador, Auditor interno, Auxilia Advogados e Juízes, 
atuando nas Varas Federais e Estaduais. Atualmente é 
consultor de empresas em Ribeirão Preto. Na área pericial 
atua na perícia trabalhista, contábil, financeira e especialista 
em cálculos do sistema financeiro de habitação. Na área de 
docência professor de contabilidade da instituição Uniesp, é 
docente-EAD de apoio pedagógico da Uniseb Interativo(coc) 
do curso de ciências contábeis, Professor da pós graduação 
em Controladoria e Contabilidade da Faculdade Anhanguera 
Sertãozinho, Professor da pós graduação em Perícia 
Financeira do Uniseb Interativo e professor de curso livre de 
curso preparatório do exame de suficiência do CFC 
(Conselho Federal de Contabilidade), e professor do curso de 
perícia da empresa Afenix cursos. 
 
Perito das Varas: 2ª, 7ª, 4ª e 8ª (Estadual Cível); 
Perito das Varas: 2ª, 5ª e 9ª (Federal Cível, Execução Fiscal e Criminal); 
Perito das Varas: 2ª e 5ª (Federal do Ttrabalho). 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0414423621490569 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Contabilidade I 
Prof. Pós-Graduado Leandro Donizeti Roberto 
 
Coordenador do Curso: Prof. Renato de Souza 
Meirelles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
SUMÁRIO 
 
1. O surgimento da contabilidade, história, o que é contabilidade e área de atuação...........................6 
2. O que é débito e crédito..........................................................................................................................12 
3. O que é plano de contas.........................................................................................................................15 
4. A estrutura contábil –Balanço Patrimonial...........................................................................................20 
5. Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.....................................................................................................24 
6. Receita, Custo e Despesas.....................................................................................................................28 
7. Demonstração do resultado do exercício.............................................................................................30 
8. Princípios contábeis................................................................................................................................39 
9. Depreciação.............................................................................................................................................41 
10. Demonstrativos obrigatórios por lei......................................................................................................43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
1 - Introdução 
 
A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia especialmente 
concebida para captar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações 
patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer pessoa física e jurídica, com ou sem fins 
lucrativos de Direito Público e Privado, tem um campo de atuação muito amplo. 
 
O desenvolvimento do método contábil surgiu com o Capitalismo como forma quantitativa de 
mensurar os acréscimos ou decréscimos dos investimentos iniciais alocados a alguma 
exploração comercial ou industrial. 
 
O estudo da Contabilidade vem passando por transformações acentuadas, sendo esta um 
eficiência instrumentos de tomada de decisões. 
 
É de fundamental importância o aprimoramento dessa ciência e que a juventude olhe com 
maior interesse para, pois oferece as melhores condições de trabalho, um campo grande que 
podem atuar, muitas vezes com mais de uma função, onde outras profissões estão em fase de 
saturação. 
 
 
 
Tenham todos bons estudo. 
 
 
 
Prof: Leandro Donizeti Roberto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1 . O surgimento da contabilidade e sua história 
A história da contabilidade é muito antiga tanto quanto a própria história da civilização 
antiga, o homem antigo aproximadamente 2.000 A.C, deixou a caça, e teve como ênfase 
a exploração da agricultura. Foi obrigado a romper a vida em comunidade, ou seja 
comunitária, surgindo a mentalidade de propriedade, assim cada pessoa tinha sua riqueza 
individualmente. 
 
Ao morrer, uma determinada pessoa, sua riqueza individual não era dissolvida, mas sim 
passado como herança para seus parentes, essa riqueza individual na antiga civilização, 
começou a ser chamada de patrimônio. 
 
Assim, a necessidade de registros do comércio, deu inicio a origem da contabilidade. Há 
fortes indícios de surgimento das primeiras cidades comerciais eram da fenícia. 
 
As atividades de troca e venda dos comerciantes fenícios tinha que ter um acompanhamento 
rígido, pois todas as hora, minutos e segundos eram trocadas mercadorias entre os habitantes 
desta região, estes relatórios eram registrados de forma simples por um escrivão, que na época 
chama-se escriba, leva a crer que os primeiros contadores eram os próprios escritas, este que 
dominava a escrita . Nesta época a cobrança de impostos já fazia com escritas. 
Há relatos de um escrivão egípcio que contabilizava os negócios efetuados por um rei do 
Egito. 
 
Neste tempo não havia crédito e também não existia o papel, as compras, vendas e trocas 
eram à vista. A prova de divida ou quitação de uma determinada mercadoria era 
registrada em ramos de árvore assinalados. Nesta época o Egito era uma das localidades 
mais evoluídas e onde surgiu o papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) que facilitava 
muito o registro de informações sobre negócios. 
 
Na Roma antiga (aprox.180 a 250 a.c) o governo romano já escriturava as receitas de caixa 
classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e 
diversões. 
 
No período medieval, o termo contabilitá foi surgido na Itália. 
 
A evolução da contabilidade é resumida da seguinte forma: 
 
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO – Que inicia-se com as primeiras civilizações e 
vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o livro Liber Abaci , da autoria Leonardo 
Fibonaci. 
 
“Curiosidade: Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, 
personagem bíblico citado no livro Gênesis, foram encontradas nas 
escavações, vários documentos contábeis, onde estão registradas contas 
referentes á mão-de-obra e materiais, o famoso custo direto. Isto leva-nos a 
crer que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava 
primordial apurar os seus custos”. 
 
“Curiosidade: Há várias passagens bíblicas sobre controles de 
contabilidade, um dos quais Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 
 
7 
7: Um administrador que roubou seu senhor, alterando os registros de 
valores a receber dos devedores. 
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a 
conta do que se tinha! (Gênesis 41.49). 
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi 
detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de 
perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em 
Jó, capítulo 42, verso 12. 
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 
4.22-26 e 10.14-17. 
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas 
para verificar se o que dispunhaera suficiente para construir uma torre 
(Lucas 14.28-30). 
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida 
registrada (Mateus 18.23-27). 
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era 
prática comum”. 
 
 
 
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL – Que inicia-se em 1202 da Era Cristã até 
1494, surgindo o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) 
de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, dando uma ênfase na técnica contábil do débito e 
do crédito que corresponde à teoria dos números positivos e negativos. 
 
Curiosidade: Na Itália, no ano de 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci" 
de Leonardo Pisano. Nesta época após a publicação deste livro começaram 
a estudar as técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando 
o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. 
 
 
 
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO – Que inicia-se em 1494 e vai até 1840, 
com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e 
Pubbliche" , que significa, A contabilidade aplicada na administração Publica e Privada, obra 
de autoria de Franscesco Villa, Obra esta que revolucionou de vez a contabilidade. 
 
 
Curiosidade: Se Fatos abaixo não tivessem ocorrido, a contabilidade 
não estaria tão evoluída como nos dias de hoje, que são eles: 
No ano de 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que 
grandes sábios do império bizantino emigrassem, principalmente 
para Itália; 
No ano de 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que 
representava um enorme potencial de riquezas para alguns países 
europeus; 
No ano de 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, 
perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se 
radicaram e iniciaram nova vida. 
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o 
controle das inúmeras riquezas. 
 
 
 
 
8 
 
 
 
PERÍODO CIENTÍFICO 
Que inicia-se em 1840 até os dias atuais. 
O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, um grande escritor consagrado: 
Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità 
Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase, e a evolução da 
contabilidade como vimos nos dias de hoje 
 
ESCOLA NORTE-AMERICANA 
As escolas européias começaram a declinar-se e ficar ultrapassadas e começou a surgir as 
grandes escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não 
apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e 
trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public 
Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos 
princípios contábeis. 
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que 
requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das 
teorias e práticas contábeis, que permitissem correta interpretação das informações, por 
qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo. 
 
NO BRASIL 
� 1808 - No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade 
colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos 
Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o 
Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As 
Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e 
um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e 
administração financeira e fiscal. 
� 1850-Criação do Código Comercial Brasileiro, qualifica o guarda-livros como 
preposto do comerciante. 
� 1869 - foi criada a Associação dos Guarda-Livros da Corte. 
� 1931 - A contabilidade foi a primeira profissão regulamentada no Brasil. Ela surgiu 
com a criação do ensino comercial, em 1931, viabilizando os negócios e acelerando o 
desenvolvimento econômico. Porém, como não existia o curso superior de ciências 
contábeis, muitos profissionais não tinham conhecimentos teóricos e técnicos 
suficientes para detectar os problemas de uma empresa e recomendar suas soluções. 
� 1946 - Em 27 de maio de 1946 foi assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, 
projeto de criação do Conselho Federal e Regional de Contabilidade. 
� 1964 - Regulamentacao da contabilidade publica 1964 – Lei 4320;1964. 
� 1971 - Criacao do IBRACON 1971 (Instituto dos auditores independentes do Brasil) 
� 1976 - Regulamentacao da contabilidade aplicada as empresas –Lei 6404-76. 
� 1981 - Criacao dos principios contãbeis e normas brasileiras de contabilidade, em 
1981 resolucao CFC 530 e 529 23.10.1981. 
� 2005 - Criacao do comite de pronunciamento contabil em 2005 resolucao CFC 
1055;2005 
� e 2009 - Mudanca na estrutura contãbil e adaptacao nos moldes internacionais, 
atraves da lei11638-2007 e 11941-2009. 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE NO MUNDO 
A Partir de 1973 surgem os primeiros pronunciamentos contábeis internacionais, visando a 
globalização da contabilidade no mundo, este que no Brasil assumiu a internacionalização a 
partir da lei 11638-2007, iniciando em 2008 e hoje encaminha em fase de estruturação. 
Abaixo a historia da internacionalização da contabilidade: 
1972 – Sugestão 
A criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais foi sugerida em 1972 
durante o 10° congresso mundial dos contadores. 
1973 – Criação 
O comitê de pronunciamentos contábeis internacionais chamado IASC em inglês 
(International Accounting Standards Committee), foi criado em 1973 pelos organismos 
profissionais de contabilidade de 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da 
América, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. A nova entidade foi 
criada com o objetivo de formular e publicar de forma totalmente independente um novo 
padrão de normas contábeis internacionais que possa ser mundialmente aceito. O IASC foi 
criado como uma fundação independente sem fins lucrativos e com recursos próprios 
procedentes das contribuições de vários organismos internacionais assim como das principais 
firmas de auditoria. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram 
chamados de International Accounting Standard (IAS). Numerosas normas IAS ainda estão 
vigentes atualmente, a pesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo. 
1997 - Reestruturação 
Em 1997, o IASC criou o SIC (Standing Interpretations Committee) um comitê técnico dentro 
da estrutura do IASC responsável pela publicações de interpretações chamadas SIC cujo 
objetivo era responder as duvidas de interpretações dos usuários. 
2001 – Modernização da Contabilidade 
Em 1 de abril de 2001, foi criado o IASB (International Accounting standards Board) na 
estrutura do IASC que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC. A criação do IASB 
teve objetivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos 
pronunciamentos internacionais a serem emitidas pelo IASB com o novo nome de 
pronunciamentos IFRS (International Financial Reporting Standard). O novo nome que foi 
escolhido pelo IASB demostrou a vontade do comitê de transformar progressivamente os 
pronunciamentos contábeis anteriores em novos padrões internacionalmente aceites de reporte 
financeiro com o fim de responder as expectativas crescentes dos usuários da informação 
financeira (analistas, investidores, instituições etc.). Dentre todos, o sistema alemão e 
canadense foram considerados os mais adequados, enquanto os sistemas 
inglês e americano como os que mais necessitam de adaptações. Em dezembro do mesmo ano 
o nome do SIC (Standing Interpretations Committee), foi mudado para IFRIC (International 
Financial Reporting Interpretations Committee). O IFRIC passou portanto a ser responsável 
pela publicação a partir de 2002 de todas interpretações sobre o conjunto de normas 
internacionais.2004 – Modernização 
Em março de 2004, muitas das normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo a 
norma IFRS 1 que define os princípios a serem respeitados pelas empresas no processo de 
conversão e primeira publicação de demonstrações financeiras em IFRS. 
2005 – Adaptação Europa 
Desde o 1 de janeiro de 2005, todos as empresas européias abertas passam adotar 
obrigatoriamente as normas IFRS para publicarem suas demonstrações financeiras 
consolidadas. 
 
10 
2008 – Adaptação Mundo 
Em 31 de dezembro de 2008 encerra-se o prazo do período de adaptação. 
Entrada em vigor das normas e padrões do IFRS, tornando-se obrigatória para todas empresas 
de capital aberto e as de capital fechado de médio e grande portes. Os bancos podem passar a 
exigir as demonstrações Contábeis financeiras de acordo com o novo padrão. 
Exercícios: 
1) Quais são as fases que podemos resumir a historia da contabilidade? Comentar com as suas 
palavras. 
2) No seu entendimento, foi bom a internacionalização da contabilidade? 
3) No seu entendimento a internacionalização da contabilidade no Brasil, houve ou ainda 
haverá um choque de cultura contábil? 
 
O que é a contabilidade 
Resposta: É a ciência que estuda e controla o patrimônio, seu objetivo é controlar o 
patrimônio das empresas, publico ou privado sob a ação administrativa do ser humano, a 
sua finalidade é examinar, controlar o patrimônio e fiscalizar mediante registro dos fatos 
ocorridos para a apuração do resultado contábil e fiscal. As técnicas contábeis são elas: A 
Demonstração contábil, auditoria, analise de balanços e escrituração em partida dobrada. 
 
Quem são os contadores? 
Resposta: Contador é toda pessoa física, formada em curso de ciências contábeis, ou seja, um 
bacharel de ciências contábeis, que participou de um exame de suficiência do Conselho 
Regional de Contabilidade, e foi aprovado e teve o direito de ser inscrito no conselho através 
de uma numeração especifica. 
 
O que o contador faz? 
Resposta: O contador, também conhecido como contabilista, faz os registros contábeis das 
empresas, cuidam de documentação, abertura e fechamento de empresas, prestam assessoria, 
auditoria, perícia e consultoria. O contador faz declarações de imposto de renda de pessoas 
físicas e jurídicas, outras declarações obrigatórias por lei que as empresas devem apresentar 
escriturações, demonstrações contábeis, análises de balanços, etc. 
Curiosidade: 
Dia do contador 22/09 
Dia do contabilista dia 25/04 
 
Características profissionais importantes (aptidões, habilidades e competências) 
Conhecimentos avançados de matemática financeira, organização administrativa e 
econômica, precisão, conhecimentos das NBC´s (Normas Brasileiras de 
Contabilidade), Lei das S/As (lei das empresas), Pronunciamentos do CPC (Comitê de 
Pronunciamento contábil) órgão que regula as normas brasileiras, leis tributárias e 
fiscais, trabalhistas e previdenciária, o mais importante ter a vontade de manter-se 
atualizado (em função da mudança rápida de leis e tributos). 
 
Área de atuação 
Na empresa o profissional da contabilidade pode ser: 
Planejador tributário, analista financeiro, contador geral, auditor interno, contador de 
custos, contador gerencial ou atuário (contador especialista em previdência privada, 
plano de saúde, previdência pública federal, estadual e municipal e seguros. 
 
 
11 
Como autônomo pode ser: 
Auditor independente, Consultor, Empresário Contábil, Perito Contábil e Investigador 
de fraudes. 
No ensino pode ser: Professor, pesquisador, escritor ou conferencista. 
 
Em órgão público pode ser: 
Contador público, perito contador da policia federal e estadual, agente ou auditor 
fiscal Municipal, Estadual ou Federal, auditor do tribunal de contas, oficial contador e 
vários cargos públicos de natureza administrativa, econômica e contábil. 
Fonte: http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=especializ2 
 
Os tipos de Contabilidade 
� CONTABILIDADE INDUSTRIAL – Contador de indústria; 
� CONTABILIDADE TERCEIRO SETOR – Contador de cartório, ONGS 
e toda empresa voltada para atender as necessidades sociais; 
� CONTABILIDADE COMERCIAL/SERVIÇOS – Contador de empresa 
comercial ou de serviço; 
� CONTABILIDADE HOSPITALAR – Contador de Hospital; 
� CONTABILIDADE HOTELEIRA – Contador de hotel; 
� CONTABILIDADE BANCARIA – Contador de banco; 
� CONTABILIDADE PÚBLICA – Contador de empresa pública ex: prefeitura; 
� CONTABILIDADE RURAL – Contador de usina e empresa rural; 
� CONTABILIDADE AMBIENTAL – Contador de empresa com fins lucrativos 
que visa a preservação do ecossistema, ex: Empresas de fabricação de 
papel, empresa de reciclagens e outras; 
� CONTABILIDADE DE CONSTRUÇÕES CIVIS – Contador de empresa de 
construção; 
� CONTABILIDADE DE IMOBILIÁRIA – Contador de imobiliária; 
� CONTABILIDADE DE SEGUROS – Contabilidade de empresa de seguro e 
corretagem. 
 
Curiosidade:A contabilidade não é só de interesse 
do contador, mas também dos usuários de 
contabilidade, tudo que o contador faz é de 
interesse de toda sociedade, pois o PIB, renda per 
capita, publicações de demonstrativos públicos, 
informações para concessão de crédito , 
investimentos e outros, são extraidos dos trabalhos 
desemvolvidos pelo contador. 
Também é de interesse dos usuários de 
contabilidade as informações obtidas por ele. 
 
Quem são os usuários de contabilidade? 
Toda pessoa física ou jurídica que necessitam das informações financeira e patrimonial 
da empresa para as tomadas de decisões, são elas: 
 
• Empregados: por ser sua fonte pagadora; 
 
• Cliente ou fornecedor: para analisar de quem esta comprando, ou para quem 
vai vender; 
• Sócios/acionistas: pelo retorno do investimento; 
 
 
12 
• Administradores: tomadas de decisões; 
 
• Economistas para extrair informações econômicas; 
 
• Advogado, como por exemplo entrar com ação de dissolução de sociedades; 
 
• Governo: desenvolvimentos regionais, setoriais e controle na cobrança 
tributária; 
 
• Bancos: emprestadores de dinheiro, desde que a empresa tenha condições para 
pagamento deste; 
• Entre outros. 
 
2 – O QUE É DEBITO E CRÉDITO 
Em contabilidade o débito representa algo que se tem ou adquire, ou seja, entrou alguma coisa, 
enquanto crédito é a fonte do débito, ou seja, saiu alguma coisa. Para sua vez em contabilidade 
podemos dizer tudo que entra é débito, tudo que sai é crédito. 
Em contabilidade em primeiro momento os conceitos de débito e crédito sejam difíceis de 
compreender à primeira vista, já que eles são erroneamente associados a diminuições e 
aumentos de capital, respectivamente. 
Nos livros contábeis, os débitos se inscrevem no lado esquerdo, e os créditos, no lado direito. 
Débitos Créditos 
 
 
 
É importante lembrar que, dado o fato das contas do ativo representarem bens ou direitos, ou 
seja, dívidas de terceiros com relação à empresa de que se trata o livro contábil a noção de 
débito do ativo se torna intuitiva, pois, o débito aumenta a dívida da terceira parte em relação a 
empresa, o que aumenta o valor da conta de ativo. O passivo funciona de forma contrária pois 
em virtude de sua característica de ser uma obrigação com terceiros o seu débito diminui o seu 
valor, pois a dívida da empresa em relação à terceira parte diminui. 
Por exemplo, quando se compra um carro a prazo, o carro é um débito na conta de ativos, 
enquanto a dívida é um crédito nas contas do passivo. Em outras palavras, o carro comprado um 
bem adquirido (um débito), que aumenta a conta de ativos. Por sua vez, o valor emprestado para 
a "troca" foi a origem financeira do bem (um crédito) que também é uma obrigação nova 
(passivo). 
Confusão comum vem quando pensamos em crédito ou débito bancário em contas correntes 
bancárias, onde o crédito aumenta o valor da conta e o débito o diminui. Isso advém do fato de a 
conta corrente ser um passivo da instituição bancária com seu correntista, desta forma a 
contabilização se dá seguindo as regras das contas do passivo contábil. 
Assim,quando deposita-se dinheiro em uma conta corrente, o banco marca um débito (o 
dinheiro que entrou) em seu património líquido, e um crédito em seu passivo (a dívida que o 
banco adquiriu). Quando o correntista solicita o saldo da conta, está visualizando, na verdade, 
uma das contas de passivo do banco. 
Exemplo 1: Uns acionistas resolveram constituir uma sociedade investiram em 02/01/x1 
uma integralização de capital no valor de 2.000.000,00 (dois milhoes em dinheiro). 
Lançamento: 
D – Caixa 
C- Capital Social 
Valor – 2.000.000,00 
Historico – Valor de integralização de Capital em 02/01/x1 
 
 Caixa 
Débitos Créditos 
 
13 
2.000.000,00 
 
 Capital Social 
Débitos Créditos 
 2.000.000,00 
 
 
 
 
Balancete de verificação 
O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona 
os saldos das contas remanescentes no diário. Imprescindível para verificar se o método de 
partidas dobradas está sendo observado pela escrituração da empresa. Por este método cada 
débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se a 
soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores. 
Este demonstrativo deve ser levantado mensalmente segundo a NBC T 2.7, unicamente para 
fins operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos 
registros contábeis mais atualizados. O grau de detalhamento do balancete de verificação 
deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja destinado a usuários 
externos o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo conselho regional de 
contabilidade (CRC). 
Geralmente o balancete é levantado antes do início de um novo exercício, servindo também 
como suporte aos gestores para visualizar a situação da empresa diante dos saldos 
mensurados, sendo um demonstrativo de fácil entendimento e de grande relevância. 
Exemplo de um Balancete de Verificação 
Balancete Mensal de Verificação. ABR/x8 
Contas Natureza Débito Crédito 
Caixa 
Bancos 
Duplicatas a Receber 
Mercadorias 
Imobilizado 
Fornecedores 
Empréstimos e 
Financiamentos 
Capital Social 
Lucros ou Prejuízos 
Acumulados 
AC 
AC 
AC 
AC 
ANC 
PC 
PC 
PL 
PL 
4800 
10200 
6000 
9400 
32000 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
17800 
10100 
28000 
6500 
Total 62400 62400 
AC = Ativo Circulante 
ANC = Ativo não Circulante 
PC = Passivo Circulante 
PL = Patrimônio Liquido 
 
 
Exercício: Fazer o balancete de verificação da seguinte contabilização: 
1) Intergralização de capital no valor de R$ 8.000,00. 
2) compra de veículos a vista em 01/12/x3 no valor de R$7.000,00. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
LANÇAMENTO NO BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 
LEITURA DINÂMICA (LER PARA CASA) 
As contas são movimentadas através de débitos ( não significam situação de dívidas ) e de 
créditos ( não significam direitos ou estar em crédito com alguém, ou comprar a crédito). É 
necessário entender o mecanismo do débito e do crédito. 
D É B I T O => REPRESENTA A APLICAÇÃO DE RECURSOS, OU MELHOR, ONDE 
FOI APLICADO O DINHEIRO DA EMPRESA. 
EX: COMPRA PRODUTOS DE LIMPEZA – O DINHEIRO DA EMPRESA FOI 
APLICADO ONDE? R: NA DESPESA DE PRODUTOS DE LIMPEZA, REPRESENTADA 
PELA CONTA=> DESPESAS DE PRODUTOS DE LIMPEZA. 
ESTA CONTA SERÁ DEBITADA. 
C R É D I T O => REPRESENTA A ORIGEM DE RECURSOS, OU MELHOR, DE ONDE 
ORIGINOU-SE O DINHEIRO PARA EFETUAR UMA COMPRA, OU UMA 
APLICAÇÃO, OU INVESTIMENTOS, ETC. 
EX: COMPRA DE PRODUTOS DE LIMPEZA – QUAL FOI A ORIGEM DO RECURSO 
PARA EFETUAR ESTA COMPRA? R: O DINHEIRO, REPRESENTADO PELA CONTA 
CAIXA. 
ESTA CONTA SERÁ CREDITADA. 
As contas do Ativo, custo e despesas são de natureza Devedora, ou seja, de débito, enquanto 
as contas do Passivo e as contas de Receitas são de natureza credora, ou seja, de crédito. 
 
 
15 
MEMORIZE: bens + direito (ativo) elementos positivos patrimoniais e despesas elementos 
negativos de resultado = contas de natureza devedora. 
Obrigações + patrimônio líquido (passivo total) elementos negativos patrimoniais e receitas 
elementos positivos de resultado = contas de natureza credora. 
Os aumentos que ocorrerem nas Contas do Ativo e nas Contas de Despesas serão registrados 
por meio de débito lançados nas respectivas contas, enquanto as diminuições serão registradas 
por meio de créditos lançados nas mesmas contas. 
Os aumentos nas Contas do Passivo e nas Contas das Receitas serão registrados por meio de 
créditos lançados nas respectivas contas, enquanto as diminuições serão registradas por meio 
de débitos lançados nas mesmas contas. 
Mas quer dizer que toda entidade REGISTRA seus fatos pelas mesmas contas? Como e onde 
eu encontro estas contas para registrar os fatos? 
As contas utilizadas para contabilização dos fatos ocorridos nas entidades, são elencadas no 
Plano de Contas. 
E o que vem a ser um PLANO DE CONTAS? 
3 - PLANO DE CONTAS 
É O CONJUNTO DE CONTAS, DIRETRIZES E NORMAS QUE DISCIPLINAM AS 
TAREFAS DO SETOR DE CONTABILIDADE, OBJETIVANDO A UNIFORMIZAÇÃO 
DOS REGISTROS CONTÁBEIS. 
Cada empresa deverá elaborar seu Plano de Contas, tendo em vista suas 
particularidades e observando os Princípios Fundamentais de Contabilidade (visando à 
uniformização de procedimentos no desenvolvimento de suas atividades profissionais, os 
contabilistas observam regras, critérios e normas de procedimentos que constituem as 
diretrizes básicas do processo contábil), Normas Legais estabelecidas pela Lei 6404/76 e 
pela Legislação específica do ramo de atividade exercido pela empresa. 
 
Um Plano de Contas ideal poderá compor-se de três partes: 
 
ELENCO DE CONTAS: 
Consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos decorrentes da 
gestão do patrimônio da empresa. Envolve a intitulação e o código de cada conta. As contas 
deverão ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei nº 6.404/76, onde as 
contas que representam os bens e os direitos serão agrupadas no Ativo em três grupos 
principais: Ativo Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente, este, 
subdivido em Investimentos, Imobilizado e Diferido. As contas que representam as 
Obrigações e o Patrimônio Líquido serão agrupadas no Passivo em quatro grupos principais: 
Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros e 
Patrimônio Líquido, este, subdividido em: Capital Social, Reservas e Lucros ou Prejuízos 
Acumulados. 
 
 
MANUAL DE CONTAS: 
 
 
16 
É um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das contas constantes do elenco de 
Contas, onde será apresentado a Função de cada conta (natureza de sua existência), 
Funcionamento de cada Conta( em que situação será debitada ou creditada) e a Natureza 
de cada conta( devedora ou credora). Por exemplo: 1.Ativo: composto por contas 
utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza – 1.1.Ativo Circulante: 
composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza, 
realizável até o término do exercício social seguinte – 1.1.1 Disponibilidades: composto 
por contas utilizadas para o registro de bens numerários de livre e imediata movimentação 
– 1.1.1.1.Caixa: Função: representa o valor dos bens numerários em poder da empresa, 
normalmente composto por dinheiro e cheques. Funcionamento: debitada pelas entradas 
de dinheiro ou cheques e creditada pelas saídas de dinheiro ou cheques. Natureza: 
devedora. 
1. LANÇAMENTOS EXPLICATIVOS PARA O REGISTRO DE OPERAÇÕES 
ESPECIAIS: compõe-se de modelos de partidas de diário, próprios para o registro de 
fatos que raramente ocorrem na empresa. 
 
CÓDIGO E GRAU DA CONTA: 
O código de uma conta é representado por um ou mais algarismos utilizados para identificar 
cada uma das contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade. Esses códigos agiliza 
os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador. 
A codificaçãoidentifica as Contas do Ativo pelo algarismo 1; as Contas do Passivo pelo 
algarismo 2; as Contas de Despesas pelo algarismo 3; as Contas de Receitas pelo algarismo 4 
e as Contas utilizadas para apuração do Resultado do Exercício pelo algarismo 5. 
 
EXEMPLO DE ELENCO DE CONTAS CODIFICADO: 
CÓDIGOS TTÍÍTTUULLOOSS 
1. ATIVO 
 1.1. ATIVO CIRCULANTE 
 1.1.1. Disponibilidades 
 1.1.1.1. Caixa Geral 
 1.1.1.1.1. Caixa da Fábrica 
 1.1.1.1.2. Caixa da Filial RP 
 1.1.1.2. Banco conta Movimento 
 1.1.1.2.1. Banco dos Espertos 
 1.1.1.2.2. Banco dois Aflitos 
 
 Quanto ao GRAU da conta, observe: 
1. a conta de primeiro grau é a conta principal: caixa, bancos,etc; 
2. a conta de segundo grau são as subcontas: caixa da fábrica, caixa da filial RP, Banco 
dos Espertos e Bancos dos Aflitos, etc. 
 
CONTAS RETIFICADORAS: 
 
São denominadas Contas Retificadoras as contas patrimoniais que por força da Lei 
6.404/76, devem figurar no Balanço Patrimonial como redutoras de Contas do Ativo ou de 
contas do Passivo. 
 
 
 
CONTAS PATRIMONIAIS RETIFICADORAS 
 
 
17 
 ATIVO PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
(-) Duplicatas Descontadas (-) Capital a Realizar 
(-) Provisão para Crédito de (-) Prejuízos Acumulados 
 Liquidação Duvidosa 
(-) Provisão para ajustes de (-) Ações em Tesouraria 
 Custo de Títulos e Valores 
 Mobiliários ao Valor de 
 Mercado 
(-) Provisão para Ajuste ao 
 Valor de Mercado 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 IMOBILIZADO 
(-) Provisão para Perdas 
 Prováveis na Realização de 
 Investimentos 
(-) Depreciação Acumulada 
(-) Exaustão Acumulada 
(-) amortização Acumulada 
 
EXEMPLO DE CONTAS RETIFICADORAS NO BALANÇO 
 
 
Cada Contador terá seu elenco de contas sintético para trabalhar no seu dia-a-dia com as 
contas mais usuais, porém o seu Plano de Contas deverá estar em fácil acesso para que numa 
dificuldade possa ser consultado. 
Mas como saberemos quais as contas, grupos e subgrupos de contas deveremos utilizar 
corretamente? 
 
 
 
18 
Simples – deverá estudar até o último semestre deste curso (8 semestres) e praticar bastante, 
pois Contabilidade só aprende exercitando, lembrando sempre da observância dos Princípios e 
Convenções Contábeis, além da Ética Profissional. 
 
Acabou Contabilidade? Pois já estudamos porque ela é considerada uma Ciência, controla e o 
que o Patrimônio, e agora? 
 
Para controlar o Patrimônio de uma entidade, os Contadores REGISTRAM, 
ESCRITURAM, através das contas os fatos ocorridos. 
 
O que é REGISTRAR, ESCRITURAR um fato ? 
 
ESCRITURAÇÃO: 
É A TÉCNICA CONTÁBIL QUE CONSISTE NO REGISTRO, EM LIVROS 
PRÓPRIOS, DE TODOS OS FATOS RESULTANTES DA GESTÃO DO 
PATRIMÔNIO DA EMPRESA. 
 
LIVROS DE ESCRITURAÇÃO: 
Quanto à utilidade: 
1) Principais: utilizados para o registro de todos os eventos ocorridos na empresa, Livros 
Diários e Razão. 
2) Auxiliares: utilizados para o registro de eventos específicos, como o Livro Caixa, Contas 
Correntes e Registro de Duplicatas, além de todos os fiscais que podem servir de suporte para 
a escrituração do Diário. 
 
Quanto à natureza: 
1) Obrigatórios: exigidos pela legislação comercial, tributária e societária. 
1.1) Exigidos pelas Leis Comerciais: 
Livro Diário – Lei 556/1850 – Código Comercial 
Livro de Registro de Duplicatas – Lei 5474/68 
 
1.2) Exigidos por Leis Tributárias: 
Âmbito Federal: 
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) Decreto –Lei 1598/77 
Livro Razão – Lei 8218/91 
Livro Caixa – (somente para as pessoas jurídicas que optarem pela tributação com 
base no Lucro Presumido) – Lei 8541/92 
 
1.3) Âmbito Federal: 
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) Decreto –Lei 1598/77 
Livro Razão – Lei 8218/91 
Livro Caixa – (somente para as pessoas jurídicas que optarem pela tributação com 
base no Lucro Presumido) – Lei 8541/92 
 
1.5) Âmbito Estadual 
 
Cada Estado, através de legislação própria, poderá determinar a obrigatoriedade da 
adoção e escrituração de vários livros, como Registro de Entradas, Registro de Saídas, 
Registro de Inventário, Registro de Apuração do ICMS, etc. 
 
1.6) Âmbito Municipal: 
 
19 
Cada Município poderá determinar a adoção e escrituração de livros específicos, sendo 
o mais comum o Livro de Notas Fiscais e Faturas de Serviços (Prefeitura do Município 
de São Paulo). 
 
 
1.7) Exigidos por Leis Societárias (Leis das S/As): 
 
A Lei 6404/76, das sociedades por ações, determina a adoção e escrituração dos seguintes 
livros: Registro de Ações Nominativas, Registro de ações Endossáveis, Transferência de 
Ações Nominativas, Registro de Partes Beneficiárias Nominativas, Registro de Partes 
Beneficiárias Endossáveis, Registro de Debêntures Endossáveis, Registro de Bônus de 
Subscrição Endossáveis, atas das assembléias Gerais, Presença dos Acionistas, Atas de 
Reuniões do Conselho de Administração, Atas das Reuniões da Diretoria e Atas e Pareceres 
do Conselho Fiscal. 
 
2) Facultativos: livros que as empresas utilizam sem que haja exigência legal. Livro 
Caixa (exceto as que optarem pela tributação com base no Lucro Presumido), Contas 
Correntes, Controle de Contas a Receber, Controle de Contas a Pagar, etc. 
 
FORMALIDADES DO LIVRO DIÁRIO: 
A adoção deste livro requer a observância de formalidades contidas no Código 
Comercial Brasileiro e considerando ainda as exigências contidas na legislação 
tributária atual – Regulamento do Imposto de Renda. 
 
a) Formalidades Extrínsecas ou Externas: o Livro Diário deve ser encadernado 
com folhas numeradas em seqüência, tipograficamente. Deve conter os termos 
de abertura e de encerramento e ser submetido à autenticação do órgão 
competente do Registro do Comércio. 
 
b) Formalidades Intrínsecas ou Internas: a escrituração do Diário deve ser 
completa, em idioma e moeda nacionais, em forma mercantil, com 
individualização e clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem 
intervalos em branco nem entrelinhas, borraduras, rasuras e transportes para as 
margens. 
 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 
 
É IMPORTANTE SABER QUE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PODE DISPENSAR 
DETERMINADAS EMPRESAS DA ESCRITURAÇÃO DE LIVROS 
OBRIGATÓRIOS. 
 
Veja alguns exemplos: 
a) A Lei 9317 de 05/12/96 dispensou as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte da 
escrituração comercial. 
b) A Lei 8541/92 dispensa da escrituração contábil e fiscal as pessoas jurídicas que optarem 
pela tributação com base no Lucro Presumido. 
• O Livro Diário, por registrar todos os eventos que ocorrem no dia-a-dia das empresas, 
é o livro mais importante sob o ponto de vista legal; o Razão, por permitir o controle 
em separado de cada conta, é o livro mais importante sob o ponto de vista contábil. 
• A partir dos anos 40, com o uso de máquinas de datilografia, o livro Razão foi pouco a 
pouco sendo substituído por fichas de Razão. 
 
20 
• Com o surgimento do processamento eletrônico de dados, os livros de escrituração 
foram substituídos por formulários contínuos. 
Para a escrituração o Contador deverá observar o método das Partidas Dobradas, caso 
contrário, não haverá o fechamento correto das contas e seus respectivos valores. 
 
 
4 - A ESTRUTURA CONTÁBIL 
PATRIMÔNIO 
É o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma pessoa ou empresa, com ou sem fins 
lucrativos, podendo ser de uma Entidade Pública ou Privada. 
BENS 
São coisas úteis, capazes de satisfazerem as necessidades das pessoas ou empresas, tanto para 
seu funcionamento operacional como para seu negócio. São classificadas como: 
• Tangíveis: são os Bens palpáveis ou corpóreos, exemplos: veículos, terrenos, moveis 
e utensílios, prédio, maquinários entre outros. 
• Intangíveis:são os Bens não palpáveis ou incorpóreos, exemplos: marcas e patentes, 
ponto comercial, obras de arte, entre 
Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo e que não podem ser retirados sem 
destruição ou dano: ex. edifícios, etc. 
Bens móveis: podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: ex. máquinas, 
equipamentos, etc. 
 
DIREITOS 
São todos os valores que a empresa tem o direito de receber em decorrência de venda ou 
prestação de serviços a prazo, bem como depósitos e aplicações, ou seja, decorrentes de 
operações de crédito onde o favorecido é o patrimônio em análise, ou seja, são valores a 
receber, títulos a receber, depósitos, caixa, etc. 
 
OBRIGAÇÕES 
São operações decorrentes de aquisição de Bens e Serviços a Prazo, entendo assim as 
obrigações exigíveis, as dívidas com outras pessoas ou empresas: ex. títulos pagar, 
fornecedores, nota promissória a pagar, impostos a recolher, salários a pagar,etc. 
 
 
21 
E S T R U T U R A P A T R I M O N I A L 
(LADO ESQUERDO) 
BENS + DIREITOS 
(LADO DIREITO) 
OBRIGAÇÕES 
ELEMENTOS POSITIVOS 
ELEMENTOS NEGATIVOS 
LADO ESQUERDO - Representado pelo conjunto de Bens e Direitos. São os elementos 
patrimoniais positivos.’ 
LADO DIREITO - Representado pelos conjuntos das Obrigações. São os elementos 
patrimoniais negativos. 
 
Os direitos e bens podem ser pessoais ou reais. 
Reais são os direitos representados por coisas, objetos e outros valores como, por exemplo, 
mercadorias, móveis, ferramentas, depósitos em banco, dinheiro em cofre (caixa), máquinas 
diversas, etc. 
Pessoais são os bens representados por títulos de crédito como, por exemplo, as duplicatas a 
receber, as contas a receber e quaisquer outros títulos a receber. Os direitos pessoais são os 
direitos em dinheiro a receber. 
 
As obrigações pode ser pessoais. 
Pessoais são as obrigações representados por pagamentos a serem realizados como por 
exemplo, contas a pagar, títulos a pagar, empréstimos, financiamentos entre outros. 
 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS: 
1) A>P ou Ativo> Passivo: ocorre quando os Bens e Direitos são maiores que as 
Obrigações, resultando numa SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLA) OU SITUAÇÃO 
POSITIVA, SUPERAVITÁRIA OU FAVORÁVEL. 
 
2) A = P ou Ativo = Passivo: ocorre quando os Bens e Direitos são suficientes apenas 
para honrar as Obrigações. SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA OU COMPENSADA. 
 
3) A < P ou Ativo < Passivo: ocorre insuficiência de Bens e Direitos para saldas as 
Obrigações. SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA, PASSIVAOU DEFICITÁRIO OU 
DESFAVORÁVEL OU PASSIVO A DESCOBERTO. 
 
OS FATOS CONTÁBEIS 
FATOS: modificam a estrutura patrimonial, sendo eles os fatos Permutativos, 
Modificativos e mistos: 
a) Fatos Contábeis Permutativos: são fatos que modificam o valor dos Bens, Direitos e 
Obrigações sem alterar a situação líquida do patrimônio. 
 
22 
b) Fatos Modificativos: tem a característica de a partir da alteração de um ativo ou 
passivo, modificar a situação líquida. 
c) FATOS MISTOS: combinam permutação dos elementos patrimoniais com a 
alteração da SL. 
 
O Patrimônio Liquido 
Os valores contábeis que pertence aos sócios ou acionistas de uma determinada empresa, 
como por exemplo: Um capital social investido pelos sócios, ou seja, o dinheiro do sócio 
investido em uma empresa é de propriedade dos sócios ou acionistas. Outro exemplo:Uma 
empresa obteve um lucro em um determinando exercício de R$ 1.000,00, este lucro depois de 
pago todos os gastos pode ser distribuído aos sócios ou não. 
O patrimônio liquido é demonstrado na seguinte estrutura patrimonial: 
E S T R U T U R A P A T R I M O N I A L 
DIREITOS ( ELEMENTOS POSITIVOS) 
 
OBRIGAÇÕES( ELEMENTOS 
NEGATIVOS) 
BENS( ELEMENTOS POSITIVOS) 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ELEMENTOS 
SÓCIOS OU ACIONISTAS) 
TOTAL = BENS + DIREITOS 
TOTAL = OBRIGAÇÕES + PL 
 
CONTAS DE DIREITOS 
Duplicatas a receber, clientes, contas a receber, dinheiro depositado no banco, 
aplicações financeiras e estoques. 
CONTAS DE BENS 
Veículos, móveis e utensílios, terrenos, prédios, maquinários, marcas e patentes, obras de arte, 
entre outros 
CONTAS DE OBRIGAÇÕES 
Fornecedores, contas a pagar, salários a pagar, impostos a pagar, empréstimos a pagar, 
financiamentos a pagar, etc... 
CONTAS PERTECENTES A SÓCIOS OU ACIONISTAS 
Lucro acumulado, prejuízo acumulado, capital social, reservas de capital, reserva estatuária, 
reserva legal. 
O BALANÇO PATRIMONIAL 
 
23 
O balanço patrimonial, após reformulação dada pela lei 11.638/07 juntamente com a LEI 
11941-2009, a princípio introduziram um novo conceito globalizado para este demonstrativo. 
Ocorre que atualmente (2008 em diante) neste demonstrativo deve ser evidenciado tanto para 
o ativo quanto para o passivo a parcela que corresponde ao "circulante" da empresa e ao "não-
circulante". 
Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da igualdade. 
O balanço patrimonial é obrigatório para todos os empresários e sociedades com duas 
exceções previstas (rurais e pequenos empresários) e sua estrutura é uma consequência das 
partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um ou mais débito de mesmo valor. 
Grosso modo podemos pensar em parte na idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre 
encontramos a igualdade. A balança ainda remete à idéia de mensuração do peso. Só que no 
caso do balanço patrimonial não se mede o peso, mas o patrimônio. 
O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos 
e obrigações. 
Juntando as duas partes, obtém-se o balanço patrimonial, equilíbrio do patrimônio, igualdade 
patrimonial. Em sentido amplo, o balanço evidencia a situação patrimonial da empresa em 
determinada data. 
Em terminologia moderna em uso no Brasil, o balanço é uma demonstração contábil que tem 
por finalidade apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em 
geral uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição ou 
situação do patrimônio em determinada data). 
No Direito Privado, era chamado anteriormente pelo Código Comercial Brasileiro de 
"Balanço Geral". A partir da lei 6.404/76, o Balanço das companhias passou a ser 
denominado de "Balanço Patrimonial", procurando diferenciar essa Demonstração Contábil 
do "Balanço Financeiro", próprio das entidades sem fins lucrativos. O Código Comercial foi 
revogado e substituído pelo Código Civil, notadamente pelo Livro II "Do Direito de Empresa" 
que tem início em seu art. 966. 
O Balanço apresenta os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações) e o Patrimônio 
Líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos. O balanço patrimonial 
tem por finalidade evidenciar de forma qualitativa e quantitativa a situação patrimonial e 
financeira da empresa. Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da 
lei No 6404/76(art.178) e normas de elaboração estão consubstanciadas nos itens 54 a 80 dos 
pronunciamentos técnico 26. (verificar CPC 26 itens 54 a 80), a demonstração do 
 
24 
balanço patrimonial é sempre no final do exercício social, ou seja, em 
31/12 de um determinando ano. 
 
 
 
5. CONTAS PATRIMONIAIS – As contas patrimoniais da 
contabilidade são: Ativo, passivo e patrimônio líquido. 
ATIVO 
Ativo é um termo básico utilizado para expressar o conjunto de bens e direitos que forma o 
patrimônio de uma pessoa, singular ou coletiva, num determinado momento, o ativo pode ser 
dividido em ativo circulante e não circulante de acordo com a lei das S/A 6404/76 artigo 178, 
alterado pela lei 11.941/2009. O comite de pronunciamento contábil (CPC) 26 item 61 a 
entidade deve evidenciar o montante esperado a set recuperado em até 12 vezes ou mais do 
que 12 meses para cada item do ativo,ou seja, quando da elaboração do balanço patrimonial, o 
mesmo será dividido em: 
Ativo Circulante – Realização com menos de 12 meses; CPC 26 item 66: “Será passivo 
circulante quando: a) espera-seque seja realizado,ou pretende-se que seja vendido ou 
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade, ou seja, em menos de 
12meses; b) Mantido com o proposito de ser negociado; c) Espera-se que seja relizado até 12 
meses após a data do balanço; c) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou 
uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos menos de um ano. 
Exemplo de ativo circulante: Disponibilidades (Caixa, Bancos conta movimento, 
aplicações financeiras, aplicações em ouro), Ativos Financeiros (Clientes, Duplicatas a 
receber e Aplicações), Estoques e Despesas antecipadas (Juros pagos antecipadamente, 
Seguros pagos antecipadamente ). 
 
 
25 
Ativo não Circulante – Realização com mais de 12 meses; CPC 26 item 66: “Outros ativos 
que não sejam caixa ou equivalente de caixa, cuja utilização não está restrita ou que se espera 
que seja realizado após 12 meses”. 
Exemplo de ativo não circulante: 
Realizavel a longo prazo (Duplicatas a receber longo prazo, Clientes a longo prazo, 
Aplicaçõesa longo prazo); Investimentos (Investimentos em controladas, coligadas, Obras de 
arte, antiguidades, titulos patrimoniais participações em outras empresas e outros 
investimentos); Imobilizado (Terrenos, edificios, equipamentos, maquinas, instalações, 
Moveis, utensilios, Veiculos, Sistemas de processamentos de dados e outras imobilizações); 
Depreciações acumuladas (Depreciação com veiculo, Depreciação com equipamentos, 
Depreciação com Imóveis). 
 
 
 
Observe que a conta do ativo positiva é Devedora (D). 
As contas do ativo de natureza credora é negativa, ou seja, que diminui o ativo nota-se que 
o saldo vem acompanhado da letra (C). 
 
PASSIVO 
Em contabilidade, o passivo corresponde ao saldo das obrigações devidas. O passivo é a 
coluna da direita em um Balanço Patrimonial. 
O Passivo é um recurso controlado por uma entidade e um acontecimento passado e do qual 
se esperam que fluam benefícios econômicos no futuro, cuja liquidação se espera um ex-fluxo 
de recursos. 
Curiosidade: Nas normas brasileiras de contabilidade 
pelo CPC, não existe uma determinação expressa, a 
exemplo do que ocorre na legislação societária, de que o 
patrimônio líquido faça parte do passivo. Portanto, ao se 
elaborar o balanço patrimonial pelo CPC, o lado direito 
denominado de passivo e patrimônio líquido. 
 
26 
Além disso, como ocorre na legislação societária, no 
passivo as contas devem ser classificadas, quando 
aplicável, em ordem decrescente de exigibilidade, 
conforme determina o item 57 do pronunciamento 
técnico CPC 26, combinado com o art. 178 lei No 
6404/76 (lei das S/As). (Contabilidade Geral Autor: José 
Luiz dos Santos, et al- 2010 –Atlas) 
 
Conforme pronunciamento CPC 26 item 69, o passivo deve ser classificado em: 
Passivo Circulante; 
Passivo não circulante. 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
Conforme CPC 26 item6, um passivocirculante deberá atender os seguintes parâmetros: 
1 – Liquidação durante o período operacional normal da entidade, ou seja, a exigibilidade seja 
cumprida em um período até 12 meses; 
2 – Sua finalidade é somente manter o meio para que for negociado; 
3 – Deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço; ou 
4 – A entidade não tem direito incondicional de postergar sua liquidação durante pelo menos 
acima de 12 meses. 
Contas do passivo Circulante. 
Obrigações a curto prazo (Fornecedores, Empréstimos a curto prazo, Impostos a pagar, 
contas a pagar provisões, INSS a recolher, FGTS a pagar, CSSL a pagar, IRPJ a pagar, IRRF 
a recolher, Provisões para contingências, outras contas a pagar). 
 
 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Conforme o item 69 do pronunciamento técnico CPC 26, os demais passivos serão 
classificados como passivos não circulantes, isto é, as obrigações cuja liquidação espera que 
ocorra após 12 meses. 
O item 54 do CPC 26, subdivide o passivo não circulante na seguinte condição: 
Exigivél a longo prazo (Fornecedores a pagar acima de 12 meses do ativo permanente, 
Provisões (exceto para beneficios de empregados e custos operacionais, emprestimos a pagar 
a longo prazo, financiamentos a pagar a longo prazo, receitas recebidas antecipadamente, 
lucros e dividendos a distribuir a longo prazo entre outros) 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
A alinea c do item 49 do CPC conceito básico, define que patrimonio liquido é definido como 
sendo o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. De 
acordo com o item 54 do pronunciamento técnico CPC 26 o patrimonio liquido será dividido 
em: Capital Social, Reservas (Com indicação da natureza) e prejuízos acumulados), 
Também alguns autores denominar o patrimônio liquido como os valores contábeis que 
pertence aos sócios ou acionistas de uma determinada empresa. 
 
DEPOIS DESTAS EXPLICAÇÕES O BALANÇO PATRIMONIAL FICARA 
DEMONSTRADO NA SEGUINTE CONDIÇÃO: 
 
27 
 
Exercícios: 
Conceituar A para ativo, P para passivo, PL para Patrimonio Liquido, D para débito, C 
para crédito e C para circulante e N para não Circulante 
 
Nome Conta Ativo/Passivo/PL Crédito/Débito Circulante/Nào Circu 
Financiamento curto prazo ( P ) ( C ) ( C ) 
Clientes ( ) ( ) ( ) 
Fornecedores ( ) ( ) ( ) 
Caixa ( ) ( ) ( ) 
Bancos ( ) ( ) ( ) 
Estoques ( ) ( ) ( ) 
Financiamento Longo Praz ( ) ( ) ( ) 
Capital Social ( ) ( ) ( ) 
 
Verifique o seguinte balancete de verificação e montar o balanço patrimonial: 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - RECEITA, CUSTO E DESPESAS (contas de resultado ou gastos 
gerais) 
Contas de Resultado - são contas que apresentam o resultado da empresa, o Lucro ou o 
Prejuízo. 
As contas de resultado ou gastos gerais podem ser classificadas como: 
Despesa, Receita e Custos 
 
Despesas: caracterizam-se pelo consumo de bens e pela utilização de serviços, 
objetivando a obtenção de Receita. As despesas denominam-se como despesas operacional. 
O que são despesas operacionais? 
R: Consideram-se como despesas operacionais as pagas ou incorridas para vender produtos e 
administrar a empresa. O art 187 capitulo III, da lei 6404-76 estabelece que, para chegar-se 
ao lucro ou prejuízo operacional serão deduzidas as despesas com vendas, despesas 
financeiras, as despesas gerais e administrativas e outras. 
Antes 2009 existia a despesa não operacional, mas hoje esta denominação foi abolida pela lei 
11.941/09 
O Comitê de pronunciamento contábil (CPC) emitiu uma orientação técnica numero 2 
dizendo o seguinte: 
A Medida Provisória nº. 449/08, convertida pela lei 11.941/2009, acatou mais 
essa regra existente nas normas internacionais: a não segregação dos 
resultados em operacionais e não-operacionais. Assim, no âmbito do processo 
de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas 
 
29 
e orientações), as entidades devem apresentar as “outras receitas/despesas” 
no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional. 
Após o pronunciamento do CPC, entendo que as despesas não operacionais 
deixaram de existir entrando no grupo de despesas operacionais como outras 
despesas. 
 
 Classificação da despesas operacional: 
As despesas operacionais podem ser: 
Despesas com pessoal, despesas com vendas, despesas administrativas, despesas financeiras e 
outras despesas. 
Exemplo de despesas com pessoal= folha de pagamento, 13º salário, férias entre outros. 
Exemplo de despesas com vendas = Telefone depto vendas, computador depto vendas, 
propaganda e publicidade, perdas com vendas, marketing entre outros 
Exemplo de despesas administrativas= material de escritório, telefone administração, 
energia administração, honorários de contador,advogado, retirada pro-labore de sócios, 
depreciação de bens localizados na área administrativa, etc... 
 Exemplo de despesas financeiras= juros pagos a bancos e fornecedores, descontos 
financeiros concedidos, tarifas bancárias entre outros. 
Exemplo de outras despesas= Resultado de equivalência patrimonial, ágio, deságio de 
investimentos, dividendos recebidos(investimentos avaliados pelo método de custo etc...) 
 
Exercícios: Classificar as despesas operacionais 
Telefone setor produção ( ) 
Folha de pagamento ( ) 
Propaganda e publicidade ( ) 
Juros de cheque especial ( ) 
Juros pagos forncedores ( ) 
Tarifas Bancáras ( ) 
Férias ` ( ) 
Honorários advogado ( ) 
Pro-labore ( ) 
Receitas: caracterizam-se pela venda de Bens e da prestação de serviços. Alguns 
exemplos: 
Venda ou Receita de Mercadorias; (empresa comercial) 
Venda ou Receita de produtos industrializados; (empresa industrial) 
Venda ou Receita de Serviços; (Empresa de Prestação de serviços) 
Outras Receitas. (São todas as vendas ou receitas que não fazem parte do objeto da empresa) 
Antes 2009 existia a receita não operacional, mas hoje esta denominação foi abolida pela lei 
11.941/09 
O Comitê de pronunciamento contábil (CPC) emitiu uma orientação técnica numero 2 
dizendo o seguinte: 
A Medida Provisória nº. 449/08, convertida pela lei 11.941/2009, acatou mais 
essa regra existente nas normas internacionais: a não segregação dos 
resultados em operacionais e não-operacionais. Assim, no âmbito do processo 
de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas 
e orientações), as entidades devem apresentar as “outras receitas/despesas” 
no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional. 
Após o pronunciamento do CPC, entendo que as receitas não operacionais 
deixaram de existir entrando no grupo de receitas operacionais como outras 
receitas. 
 
Exercícios: Classificar as receitas operacionais 
Venda de produtos ( ) 
 
30 
Venda de industrialização ( ) 
Venda de serviços ( ) 
Recebimento de aluguel ( ) 
Recebimento de juros cliente ( ) 
 
Custos 
São os gastos devidos pela empresa para produzir, comercializar ou prestar serviços, para 
colocar a disposição dos clientes, podemos chamá-los de CPV, CMV e CPS. 
Exemplo de contas de custo: Compra de material para comercialização, Compra de material 
para industrialização (Insumos), Mão de obra direta, ICMS s/ compras, fretes, seguro sobre 
compras etc... (Esta ligada diretamente a compra do produto) 
 
CMV 
A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da 
empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no 
período. 
O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado através da equação: 
 
CMV = EI + C – EF 
EI = Estoque Inicial 
C = Compras 
EF = Estoque Final (inventário final) 
 CPV 
A apuração do custo dos produtos vendidos está diretamente relacionada aos estoques da 
empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no 
período. 
O custo dos produtos vendidos pode ser apurado através da equação: 
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF 
CPV = Custo dos Produtos Vendidos 
EI = Estoque Inicial 
In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais) aplicados nos 
produtos vendidos 
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos 
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de 
obra indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos 
EF = Estoque Final (inventário final) 
 
 
Numa empresa de serviços, a sistemática será semelhante à anterior, sendo a fórmula: 
CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi 
 Onde: 
 
CSV = Custo dos Serviços Vendidos 
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento 
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos 
 
31 
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos 
serviços vendidos 
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) 
aplicados nos serviços vendidos 
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento 
 
Exemplo de calculo de CMV 
Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00 
Compras de Mercadorias 1.750.000,00 
Estoque inventariado (31 de dezembro) 185.000,00 
 A DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS ficará como 
segue: 
 Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00 
 + Compras de Mercadorias 1.750.000,00 
 - Estoque inventariado (31 de dezembro) (185.000,00) 
 = Custo dos Produtos Vendidos 1.675.000,00 
 
 
7 - DRE – (Demonstração do Resultado do Exercicio) 
A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contábil dinâmica 
que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do 
confronto das receitas, custos e despesas. A demonstração do resultado do exercício oferece 
uma síntese financeira dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora 
sejam elaboradas anualmente para fins de legais de divulgação, em geral são feitas 
mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais. 
 
Conforme CPC 26 a estrutura do DRE deverá ficar na seguinte condição para demonstrar o 
lucro ou prejuízo de uma entidade: 
 
 
 
32 
Observe abaixo que o lucro do exercício vai aparecer no 
balanço patrimonial no patrimônio liquido denominado 
lucro acumulado 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIZAÇÃO. 
É o ato de registrar/escriturar algum fato ocorrido, é a transformação de coisas em 
numeros. 
Observação: Os elementos essenciais do lançamento são: 
Data da operação; 
Conta Debitada; 
Conta Creditada; 
Histórico; 
Valor em moeda nacional; 
 
Atenção: A data e o histórico exercem a função histórica; as contas e o valor da 
operação exercem a função de registro monetário dos fatos. 
 
Exemplo: 
1) Integralização de capital no valor de 10.000,00 em 01/12/x3 
2) Compra de mercadoria no valor de 2.000,00 em 05/12/x3 
3) Compra de veiculos no valor de 2.500,00 em 10/12/x3 
4) Compra de Moveis e utensilios no valor de 1.000,00 em 15/12/x3 
 
33 
5) Venda de metade do estoque de mercadoria por 5.000,00 a prazo em 
28/12/x3. 
6) Folha de pagamento no valor de 1.800,00 31/12/x3. 
7) Abertura de conta corrente banco Geral S/A em com deposito de 1.000,00 
em 31/12/x3. 
 
Para fazer a contabilização deverá seguir o seguintes procedimento, encerrando o mês 
31/12/x3: 
1) Fazer os lançamentos demonstrando em razonete; 
2) Apurar o CMV; 
3) Apurar o resultado do exercicio; 
4) Apurar o balancete de verificação; 
5) Demonstrar DRE e Balanço Patrimonial no final do exercicio em 31/12/x3. 
 
Lançamentos: 
1º Lançamento 
D – Caixa 
C – Capital Social 
Valor – 10.000,00 
Historico – integralização de capital em 01/12/x3 
 
2º Lançamento 
D – Estoque 
C – Caixa 
Valor – 2.000,00 
Historico – Compra de mercadorias em 05/12/x3 
 
3º Lançamento 
D – Veiculos 
C – Caixa 
Valor – 2.500,00 
Histórico – Compra de veiculos em 10/12/x3 
 
 
4º Lançamento 
D – Moveis e utensilios 
C – Caixa 
Valor – 1.000,00 
Historico – Compra de movéis e utensilios em 15/12/x3 
 
5º Lançamento 
D – Clientes 
C- Venda de Mercadorias 
Valor – 5.000,00 
Historico– Venda de mercadorias 28/12/x3 
 
5º (1) - Lançamento 
D- Custo de Mercadorias vendidas (CMV) 
C- Estoque 
Valor- 1.000,00 
Histórico- Baixa de 50% de estoque para custo de mercadorias vendidas 28/12/x3 
 
 
34 
6º - Lançamento 
D – Salários 
C – Salários a Pagar 
Valor – 1.800,00 
Histórico – Lançamentos de salários a pagar em 31/12/x3 
 
7º - Lançamento 
D – Bancos conta movimento 
C- Caixa 
Valor – 1.000,00 
Histórico – Abertura de conta corrente banco geral s/a em 31/12/x3 
Razonete 
 Clientes 
________________ 
(5) 5.000 I 
 I 
 I 
 I 
 I 
 I 
--------------------------- 
 5000(D) 
 
 Caixa Capital Social Estoque Veiculos 
________________ ________________ _______________ _____________ 
(1) 10.000 I 2.000 (2) I 10.000 (1) 2.000(2) I 2.500(3) I 
 I 2.500 (3) I I I 
 I 1.000 (4) I I 1.000(5)1 I 
 I 1.000 (7) I I I 
 I I I I 
 I I I I 
-------------------------- ----------------------- --------------------- ------------------- 
3.500,00 (D) 10.000(C) 2.000(D) 2.500(D) 
 
 Moveis e Utensilios Venda Mercadorias CMV Salários 
________________ ________________ _______________ _____________ 
1.000(4) I I 5.000(5) I I 
 I I I I 
 I I 1.000 (5)1 I 1.000(6) I 
 I 5.000(1) Enc I I I 
 I I I 1.000(2) Enc I 1.000(3) Enc 
 I I I I 
------------------------- ------------------------- --------------------- ---------------------- 
1.000 (D) Encerramento0 Encerramento 0 Encerramento 0 
 
Salarios a pagar Banco Geral S/A 
________________ ________________ 
 I I 
 I 1.000(6) I 
 I 1.000 (7) I 
 I I 
 I I 
 
35 
________________ _________________ 
 1.000 (C) 1.000 (D) 
 
 
LEMBRA DAS CONTAS DE RESULTADO. (RECEITA, CUSTOS E DESPESAS)??? 
ENTÃO A CONTA DE RESULTADO APURA O LUCRO OU PREJUIZO DE UMA 
EMPRESA EM UMA DETERMINADA DATA, OU SEJA, NO ENCERRAMENTO DO 
EXERCICIO, ENTÃO AGORA DEVEMOS APURAR O LUCRO OU PREJUIZO, 
ZERANDO AS CONTAS DE RESULTADO E TRANFERINDO PARA ACONTA 
APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO OU ARE. 
 
PRESTE ATENÇÃO 
 
NESTE EXEMPLO EXISTE TRÊS CONTA DE RESULTADO, ENTÃO DEVEMOS 
FAZER TRÊS LANÇAMENTOS DE ENCERRAMENTO 
 
 ARE 
 ________________ 
1.000(2) Enc I 5.000(1) Encer 
1.000(3) enc I 
 I 
 I 
 I 
______________________________ 
Lucro 3.000,00 C 
 
1o Lançamento de encerramento 
D- Venda de mercadoria 
C- Apuração de Resultado doExercico 
Valor – 5.000,00 
Histórico – apuração de resultado em 31/12/x3 
 
 
 
2o Lançamento de encerramento 
D- Apuração de Resultado do Exercicio 
C- CMV(Custo de Mercadoria Vendida) 
Valor – 1.000,00 
Histórico – apuração de resultado em 31/12/x3 
 
3º Lançamento de encerramento 
D- Apuração de Resultado do Exercicio 
C- CMV(Custo de Mercadoria Vendida) 
Valor – 1.000,00 
Histórico – apuração de resultado em 31/12/x3 
Balancete de verificação 
 
TRANFERENCIA DO RESULTADO DO EXERCICIO PARA A CONTA LUCRO OU 
PREJUIZO ACUMULADO 
 
LUCRO ACUMULADO 
 ________________ 
 
36 
 I 3.000 (1) (TRANSFERENCIA) 
 I 
 I 
 I 
 I 
______________________________ 
Lucro 3.000,00 C 
 
 
Balancete Mensal de Verificação. 31/12/x3 
Contas Natureza Débito Crédito 
Caixa 
Banco 
Cliente 
Estoque 
Veículos 
Moveis e utensílios 
Salários a pagar 
Capital Social 
Lucros ACUMULADO 
AC 
AC 
AC 
AC 
ANC 
ANC 
PC 
PL 
PL 
3500 
1000 
5000 
1000 
2500 
1000 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
1000 
10000 
3000 
Total 14000 14000 
AC = Ativo Circulante 
ANC = Ativo não Circulante 
PC = Passivo Circulante 
PL = Patrimônio Liquido 
 
 
MONTANDO O DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCICIO(DRE) 
CONTAS DE RESULTADO OU CONTAS DO ARE. 
 
 
 
 
 
 
De acordo com o CPC 26 a estrutura da DRE deve demonstrar da seguinte maneira: 
 
37 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
De acordo com a lei 6404/76(art.178) e normas de elaboração estão consubstanciadas nos 
itens 54 a 80 dos pronunciamentos técnico 26, o balanço patrimonial obedecerá a seguinte 
estrutura contábil. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL EMPRESA DE PEQUENO PORTE. 
 
 
 
 
Exercicios 1) – Professor vai passar na classe 
 
38 
Exercícios 2) – Professor vai passar na classe 
Exercícios 3) – Professor vai passar na classe 
 
CURIOSIDADE: 
VALE LEMBRAR, QUE A DEMONSTRAÇÃO DE 
BALANÇO PATRIMONIAL E DRE DE UMA 
SOCIEDADE POR AÇÕES E OUTRAS EMPRESAS EM 
GERAL, SOFREM ALGUMAS ALTERAÇÕES, SENDO 
QUE O RESULTADO DO EXERCICIO DA EMPRESA 
POR AÇÕES NÃO PODERÁ SER LANÇADA EM 
LUCROS ACUMULADOS, OU SEJA, A CONTA DE 
LUCROS ACUMULADOS NÃO EXISTE MAIS PARA 
AS S/As, MAS PARA AS OUTRAS EMPRESAS EM 
GERAL CONTINUA EXISTINDO A MANUTENÇÃO 
DE LUCROS ACUMULADOS, CONFORME 
RESOLUÇÃO 1157 e 1159-2009 DO CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE. 
CONFORME EXERCICIO ACIMA O BALANÇO 
PATRIMONIAL E DRE DA SOCIEDADE POR 
AÇÕES(S/A) FICA DASEGUINTE FORMA: 
DRE S/A 
 
 
39 
Balanço Patrimonial S/A 
 
 
8 . Os principios contábeis 
Os principios da contabilidade conforme Os Princípios de Contabilidade, nova 
denominação dada aos Princípios Fundamentais de Contabilidade pela Resolução CFC nº 
1.282/10, foram fixados pelo Conselho Federal de Contabilidade por meio da Resolução n° 
750/93, conforme abaixo: 
 
Princípio da Entidade 
Quando se fala em entidade contábil, “é da natureza dos negócios e das operações que os 
sócios, proprietários ou quotistas de determinada entidade sejam também entidades distintas. 
Entretanto,é preciso considerar que, para a Contabilidade, o patrimônio de uma pessoa física 
que porventura participe do capital de outra entidade(esta como pessoa jurídica) também pode 
ser considerado uma entidadecontábil. O importante para caracterizar nesse principio é que, 
para todos os efeitos,o patrimônio de uma entidade não se confundem com o da empresa”. 
Exemplo: Não contabilizar contas, a pagar ou pagas, pessoais dos sócios, quotistas, 
proprietários ou acionistas. 
 
Princípio da Continuidade 
 
40 
A continuidade significa que a Contabilidade efetua a avaliação do patrimônio e o registro das 
suas mutações considerando que a entidade, até evidências em contrário, terá sua vida 
continuada ao longo do tempo, ou seja, é a hipótese básica de que a entidade cujo patrimônio 
está sendo contabilizado não está destinada a liquidação ou a qualquer forma de extinção, 
mas, sim, a continuar operando por tempo indeterminado. 
A Contabilidade atua pressupondo que a empresa não será instinta. Portanto terá continuidade 
e mesmo diante do fim da mesma, do encerramento da continuidade a contabilidade assume 
esta postura prevendo seu encerramento e perdas. 
Exemplo: A contabilidade tem que atuar pensando a não extinção da empresa de forma 
continua. Mesmo a empresa encerrando as suas atividades, a contabilidade ainda assim ira 
existir para apuração dos ganhos ou perdas do encerramento, prevalecendo a guarda da 
documentação dentro das datas limites exigidas pelo fisco. 
 
Princípio da Oportunidade 
"Art. 6° O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do 
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando 
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, 
independentemente das causas que as originaram. 
Parágrafo único. Como resultado da observância do 
Princípio da OPORTUNIDADE: 
I - desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de 
somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II - o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários; 
III - o registro deve ensejar o reconhecimento universal das 
variações ocorridas no patrimônio da Entidade em um 
período de tempo determinado, base necessária para gerar 
informações úteis ao processo decisório da gestão”. 
 
Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais. Devem ser 
feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, 
contemplando os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental 
importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem 
ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma 
entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito caso exista como provar o 
seu valor. São os casos de provisões como o de férias, 13º salário, contingências etc. Além do 
mais outros elementos. 
 
 
Princípio do Registro pelo valor original (lançamento contábil) 
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio 
devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em 
moeda nacional. 
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem 
sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem 
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são 
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que 
 
41 
seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações 
contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos 
são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se 
espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das 
operações da Entidade; 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo 
futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal 
das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado 
do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o 
passivo no curso normal das operações da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, 
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda 
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da 
expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
Principio da atualização monetária – Revogado( instinto) – Resolução CFC 1282/10 
 
 
Princípio da Competência 
"Art. 9° As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado 
do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se 
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
§ 1° O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo 
ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, 
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, 
resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
§ 2° O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é 
conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
§ 3° As receitas consideram-se realizadas: 
I - nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou 
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na 
propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição 
de serviços por esta prestados; 
II - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou 
maior; 
III - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de 
terceiros; 
IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
§ 4° Consideram-se incorridas as despesas: 
I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de 
sua propriedade para terceiro; 
II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo." 
 
Princípio da Prudência 
"Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para 
os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. 
§ 1 ° O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte 
menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente 
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
§ 2° Observado o disposto no art. 7°, o Princípio da Prudência somente se 
aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à 
correta aplicação do Princípio da Competência. 
 
42 
§ 3° A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para 
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas 
estimativas que envolvem incertezas de grau variável." 
 
Curiosidade: O Art. 11. desta resolução traz o seguinte 
comentário:”A inobservância dos Princípios de Contabilidade 
constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-
Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de 
Ética Profissional do Contabilista”. 
 
Exercicios: 1) Quais os principios contábeis conforme resolução CFC 750/1993 alterada pela 
resolução CFC no. 1282/2010? 
 
9 . DEPRECIAÇÃO 
Por depreciação pode-se entender como sendo o custo ou a despesa decorrentes do desgaste 
ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos,

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes