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1 CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Disciplina de Contabilidade I ORÇAMENTO PÚBLICO w 2 Professor: Leandro Donizeti Roberto e-mail: leandrodroberto@hotmail.com Currículo do professor: Leandro Donizeti Roberto – Técnico em contabilidade, Bacharel em Ciências Contábeis, Pós Graduado em Perícia Contábil Financeira, Pós Graduado em Tecnologia de Gestão Pública e Lei de Responsabilidade Fiscal, Pós Graduando em EAD, Consultor Contábil, Analista de Cálculo desde 1998, Perito Contador, Auditor interno, Auxilia Advogados e Juízes, atuando nas Varas Federais e Estaduais. Atualmente é consultor de empresas em Ribeirão Preto. Na área pericial atua na perícia trabalhista, contábil, financeira e especialista em cálculos do sistema financeiro de habitação. Na área de docência professor de contabilidade da instituição Uniesp, é docente-EAD de apoio pedagógico da Uniseb Interativo(coc) do curso de ciências contábeis, Professor da pós graduação em Controladoria e Contabilidade da Faculdade Anhanguera Sertãozinho, Professor da pós graduação em Perícia Financeira do Uniseb Interativo e professor de curso livre de curso preparatório do exame de suficiência do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), e professor do curso de perícia da empresa Afenix cursos. Perito das Varas: 2ª, 7ª, 4ª e 8ª (Estadual Cível); Perito das Varas: 2ª, 5ª e 9ª (Federal Cível, Execução Fiscal e Criminal); Perito das Varas: 2ª e 5ª (Federal do Ttrabalho). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0414423621490569 3 Contabilidade I Prof. Pós-Graduado Leandro Donizeti Roberto Coordenador do Curso: Prof. Renato de Souza Meirelles. 4 SUMÁRIO 1. O surgimento da contabilidade, história, o que é contabilidade e área de atuação...........................6 2. O que é débito e crédito..........................................................................................................................12 3. O que é plano de contas.........................................................................................................................15 4. A estrutura contábil –Balanço Patrimonial...........................................................................................20 5. Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.....................................................................................................24 6. Receita, Custo e Despesas.....................................................................................................................28 7. Demonstração do resultado do exercício.............................................................................................30 8. Princípios contábeis................................................................................................................................39 9. Depreciação.............................................................................................................................................41 10. Demonstrativos obrigatórios por lei......................................................................................................43 5 1 - Introdução A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia especialmente concebida para captar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer pessoa física e jurídica, com ou sem fins lucrativos de Direito Público e Privado, tem um campo de atuação muito amplo. O desenvolvimento do método contábil surgiu com o Capitalismo como forma quantitativa de mensurar os acréscimos ou decréscimos dos investimentos iniciais alocados a alguma exploração comercial ou industrial. O estudo da Contabilidade vem passando por transformações acentuadas, sendo esta um eficiência instrumentos de tomada de decisões. É de fundamental importância o aprimoramento dessa ciência e que a juventude olhe com maior interesse para, pois oferece as melhores condições de trabalho, um campo grande que podem atuar, muitas vezes com mais de uma função, onde outras profissões estão em fase de saturação. Tenham todos bons estudo. Prof: Leandro Donizeti Roberto 6 1 . O surgimento da contabilidade e sua história A história da contabilidade é muito antiga tanto quanto a própria história da civilização antiga, o homem antigo aproximadamente 2.000 A.C, deixou a caça, e teve como ênfase a exploração da agricultura. Foi obrigado a romper a vida em comunidade, ou seja comunitária, surgindo a mentalidade de propriedade, assim cada pessoa tinha sua riqueza individualmente. Ao morrer, uma determinada pessoa, sua riqueza individual não era dissolvida, mas sim passado como herança para seus parentes, essa riqueza individual na antiga civilização, começou a ser chamada de patrimônio. Assim, a necessidade de registros do comércio, deu inicio a origem da contabilidade. Há fortes indícios de surgimento das primeiras cidades comerciais eram da fenícia. As atividades de troca e venda dos comerciantes fenícios tinha que ter um acompanhamento rígido, pois todas as hora, minutos e segundos eram trocadas mercadorias entre os habitantes desta região, estes relatórios eram registrados de forma simples por um escrivão, que na época chama-se escriba, leva a crer que os primeiros contadores eram os próprios escritas, este que dominava a escrita . Nesta época a cobrança de impostos já fazia com escritas. Há relatos de um escrivão egípcio que contabilizava os negócios efetuados por um rei do Egito. Neste tempo não havia crédito e também não existia o papel, as compras, vendas e trocas eram à vista. A prova de divida ou quitação de uma determinada mercadoria era registrada em ramos de árvore assinalados. Nesta época o Egito era uma das localidades mais evoluídas e onde surgiu o papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) que facilitava muito o registro de informações sobre negócios. Na Roma antiga (aprox.180 a 250 a.c) o governo romano já escriturava as receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. No período medieval, o termo contabilitá foi surgido na Itália. A evolução da contabilidade é resumida da seguinte forma: CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO – Que inicia-se com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o livro Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci. “Curiosidade: Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis, foram encontradas nas escavações, vários documentos contábeis, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, o famoso custo direto. Isto leva-nos a crer que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava primordial apurar os seus custos”. “Curiosidade: Há várias passagens bíblicas sobre controles de contabilidade, um dos quais Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7 7: Um administrador que roubou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores. No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha! (Gênesis 41.49). Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12. Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17. Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunhaera suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30). Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-27). Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum”. CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL – Que inicia-se em 1202 da Era Cristã até 1494, surgindo o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, dando uma ênfase na técnica contábil do débito e do crédito que corresponde à teoria dos números positivos e negativos. Curiosidade: Na Itália, no ano de 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci" de Leonardo Pisano. Nesta época após a publicação deste livro começaram a estudar as técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO – Que inicia-se em 1494 e vai até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , que significa, A contabilidade aplicada na administração Publica e Privada, obra de autoria de Franscesco Villa, Obra esta que revolucionou de vez a contabilidade. Curiosidade: Se Fatos abaixo não tivessem ocorrido, a contabilidade não estaria tão evoluída como nos dias de hoje, que são eles: No ano de 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios do império bizantino emigrassem, principalmente para Itália; No ano de 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus; No ano de 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida. A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas. 8 PERÍODO CIENTÍFICO Que inicia-se em 1840 até os dias atuais. O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, um grande escritor consagrado: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase, e a evolução da contabilidade como vimos nos dias de hoje ESCOLA NORTE-AMERICANA As escolas européias começaram a declinar-se e ficar ultrapassadas e começou a surgir as grandes escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis. A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo. NO BRASIL � 1808 - No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. � 1850-Criação do Código Comercial Brasileiro, qualifica o guarda-livros como preposto do comerciante. � 1869 - foi criada a Associação dos Guarda-Livros da Corte. � 1931 - A contabilidade foi a primeira profissão regulamentada no Brasil. Ela surgiu com a criação do ensino comercial, em 1931, viabilizando os negócios e acelerando o desenvolvimento econômico. Porém, como não existia o curso superior de ciências contábeis, muitos profissionais não tinham conhecimentos teóricos e técnicos suficientes para detectar os problemas de uma empresa e recomendar suas soluções. � 1946 - Em 27 de maio de 1946 foi assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, projeto de criação do Conselho Federal e Regional de Contabilidade. � 1964 - Regulamentacao da contabilidade publica 1964 – Lei 4320;1964. � 1971 - Criacao do IBRACON 1971 (Instituto dos auditores independentes do Brasil) � 1976 - Regulamentacao da contabilidade aplicada as empresas –Lei 6404-76. � 1981 - Criacao dos principios contãbeis e normas brasileiras de contabilidade, em 1981 resolucao CFC 530 e 529 23.10.1981. � 2005 - Criacao do comite de pronunciamento contabil em 2005 resolucao CFC 1055;2005 � e 2009 - Mudanca na estrutura contãbil e adaptacao nos moldes internacionais, atraves da lei11638-2007 e 11941-2009. 9 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE NO MUNDO A Partir de 1973 surgem os primeiros pronunciamentos contábeis internacionais, visando a globalização da contabilidade no mundo, este que no Brasil assumiu a internacionalização a partir da lei 11638-2007, iniciando em 2008 e hoje encaminha em fase de estruturação. Abaixo a historia da internacionalização da contabilidade: 1972 – Sugestão A criação de um comitê de pronunciamentos contábeis internacionais foi sugerida em 1972 durante o 10° congresso mundial dos contadores. 1973 – Criação O comitê de pronunciamentos contábeis internacionais chamado IASC em inglês (International Accounting Standards Committee), foi criado em 1973 pelos organismos profissionais de contabilidade de 10 países: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Japão, México, Países baixos e Reino Unido. A nova entidade foi criada com o objetivo de formular e publicar de forma totalmente independente um novo padrão de normas contábeis internacionais que possa ser mundialmente aceito. O IASC foi criado como uma fundação independente sem fins lucrativos e com recursos próprios procedentes das contribuições de vários organismos internacionais assim como das principais firmas de auditoria. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pela IASC foram chamados de International Accounting Standard (IAS). Numerosas normas IAS ainda estão vigentes atualmente, a pesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo. 1997 - Reestruturação Em 1997, o IASC criou o SIC (Standing Interpretations Committee) um comitê técnico dentro da estrutura do IASC responsável pela publicações de interpretações chamadas SIC cujo objetivo era responder as duvidas de interpretações dos usuários. 2001 – Modernização da Contabilidade Em 1 de abril de 2001, foi criado o IASB (International Accounting standards Board) na estrutura do IASC que assumiu as responsabilidades técnicas do IASC. A criação do IASB teve objetivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos pronunciamentos internacionais a serem emitidas pelo IASB com o novo nome de pronunciamentos IFRS (International Financial Reporting Standard). O novo nome que foi escolhido pelo IASB demostrou a vontade do comitê de transformar progressivamente os pronunciamentos contábeis anteriores em novos padrões internacionalmente aceites de reporte financeiro com o fim de responder as expectativas crescentes dos usuários da informação financeira (analistas, investidores, instituições etc.). Dentre todos, o sistema alemão e canadense foram considerados os mais adequados, enquanto os sistemas inglês e americano como os que mais necessitam de adaptações. Em dezembro do mesmo ano o nome do SIC (Standing Interpretations Committee), foi mudado para IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee). O IFRIC passou portanto a ser responsável pela publicação a partir de 2002 de todas interpretações sobre o conjunto de normas internacionais.2004 – Modernização Em março de 2004, muitas das normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo a norma IFRS 1 que define os princípios a serem respeitados pelas empresas no processo de conversão e primeira publicação de demonstrações financeiras em IFRS. 2005 – Adaptação Europa Desde o 1 de janeiro de 2005, todos as empresas européias abertas passam adotar obrigatoriamente as normas IFRS para publicarem suas demonstrações financeiras consolidadas. 10 2008 – Adaptação Mundo Em 31 de dezembro de 2008 encerra-se o prazo do período de adaptação. Entrada em vigor das normas e padrões do IFRS, tornando-se obrigatória para todas empresas de capital aberto e as de capital fechado de médio e grande portes. Os bancos podem passar a exigir as demonstrações Contábeis financeiras de acordo com o novo padrão. Exercícios: 1) Quais são as fases que podemos resumir a historia da contabilidade? Comentar com as suas palavras. 2) No seu entendimento, foi bom a internacionalização da contabilidade? 3) No seu entendimento a internacionalização da contabilidade no Brasil, houve ou ainda haverá um choque de cultura contábil? O que é a contabilidade Resposta: É a ciência que estuda e controla o patrimônio, seu objetivo é controlar o patrimônio das empresas, publico ou privado sob a ação administrativa do ser humano, a sua finalidade é examinar, controlar o patrimônio e fiscalizar mediante registro dos fatos ocorridos para a apuração do resultado contábil e fiscal. As técnicas contábeis são elas: A Demonstração contábil, auditoria, analise de balanços e escrituração em partida dobrada. Quem são os contadores? Resposta: Contador é toda pessoa física, formada em curso de ciências contábeis, ou seja, um bacharel de ciências contábeis, que participou de um exame de suficiência do Conselho Regional de Contabilidade, e foi aprovado e teve o direito de ser inscrito no conselho através de uma numeração especifica. O que o contador faz? Resposta: O contador, também conhecido como contabilista, faz os registros contábeis das empresas, cuidam de documentação, abertura e fechamento de empresas, prestam assessoria, auditoria, perícia e consultoria. O contador faz declarações de imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas, outras declarações obrigatórias por lei que as empresas devem apresentar escriturações, demonstrações contábeis, análises de balanços, etc. Curiosidade: Dia do contador 22/09 Dia do contabilista dia 25/04 Características profissionais importantes (aptidões, habilidades e competências) Conhecimentos avançados de matemática financeira, organização administrativa e econômica, precisão, conhecimentos das NBC´s (Normas Brasileiras de Contabilidade), Lei das S/As (lei das empresas), Pronunciamentos do CPC (Comitê de Pronunciamento contábil) órgão que regula as normas brasileiras, leis tributárias e fiscais, trabalhistas e previdenciária, o mais importante ter a vontade de manter-se atualizado (em função da mudança rápida de leis e tributos). Área de atuação Na empresa o profissional da contabilidade pode ser: Planejador tributário, analista financeiro, contador geral, auditor interno, contador de custos, contador gerencial ou atuário (contador especialista em previdência privada, plano de saúde, previdência pública federal, estadual e municipal e seguros. 11 Como autônomo pode ser: Auditor independente, Consultor, Empresário Contábil, Perito Contábil e Investigador de fraudes. No ensino pode ser: Professor, pesquisador, escritor ou conferencista. Em órgão público pode ser: Contador público, perito contador da policia federal e estadual, agente ou auditor fiscal Municipal, Estadual ou Federal, auditor do tribunal de contas, oficial contador e vários cargos públicos de natureza administrativa, econômica e contábil. Fonte: http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=especializ2 Os tipos de Contabilidade � CONTABILIDADE INDUSTRIAL – Contador de indústria; � CONTABILIDADE TERCEIRO SETOR – Contador de cartório, ONGS e toda empresa voltada para atender as necessidades sociais; � CONTABILIDADE COMERCIAL/SERVIÇOS – Contador de empresa comercial ou de serviço; � CONTABILIDADE HOSPITALAR – Contador de Hospital; � CONTABILIDADE HOTELEIRA – Contador de hotel; � CONTABILIDADE BANCARIA – Contador de banco; � CONTABILIDADE PÚBLICA – Contador de empresa pública ex: prefeitura; � CONTABILIDADE RURAL – Contador de usina e empresa rural; � CONTABILIDADE AMBIENTAL – Contador de empresa com fins lucrativos que visa a preservação do ecossistema, ex: Empresas de fabricação de papel, empresa de reciclagens e outras; � CONTABILIDADE DE CONSTRUÇÕES CIVIS – Contador de empresa de construção; � CONTABILIDADE DE IMOBILIÁRIA – Contador de imobiliária; � CONTABILIDADE DE SEGUROS – Contabilidade de empresa de seguro e corretagem. Curiosidade:A contabilidade não é só de interesse do contador, mas também dos usuários de contabilidade, tudo que o contador faz é de interesse de toda sociedade, pois o PIB, renda per capita, publicações de demonstrativos públicos, informações para concessão de crédito , investimentos e outros, são extraidos dos trabalhos desemvolvidos pelo contador. Também é de interesse dos usuários de contabilidade as informações obtidas por ele. Quem são os usuários de contabilidade? Toda pessoa física ou jurídica que necessitam das informações financeira e patrimonial da empresa para as tomadas de decisões, são elas: • Empregados: por ser sua fonte pagadora; • Cliente ou fornecedor: para analisar de quem esta comprando, ou para quem vai vender; • Sócios/acionistas: pelo retorno do investimento; 12 • Administradores: tomadas de decisões; • Economistas para extrair informações econômicas; • Advogado, como por exemplo entrar com ação de dissolução de sociedades; • Governo: desenvolvimentos regionais, setoriais e controle na cobrança tributária; • Bancos: emprestadores de dinheiro, desde que a empresa tenha condições para pagamento deste; • Entre outros. 2 – O QUE É DEBITO E CRÉDITO Em contabilidade o débito representa algo que se tem ou adquire, ou seja, entrou alguma coisa, enquanto crédito é a fonte do débito, ou seja, saiu alguma coisa. Para sua vez em contabilidade podemos dizer tudo que entra é débito, tudo que sai é crédito. Em contabilidade em primeiro momento os conceitos de débito e crédito sejam difíceis de compreender à primeira vista, já que eles são erroneamente associados a diminuições e aumentos de capital, respectivamente. Nos livros contábeis, os débitos se inscrevem no lado esquerdo, e os créditos, no lado direito. Débitos Créditos É importante lembrar que, dado o fato das contas do ativo representarem bens ou direitos, ou seja, dívidas de terceiros com relação à empresa de que se trata o livro contábil a noção de débito do ativo se torna intuitiva, pois, o débito aumenta a dívida da terceira parte em relação a empresa, o que aumenta o valor da conta de ativo. O passivo funciona de forma contrária pois em virtude de sua característica de ser uma obrigação com terceiros o seu débito diminui o seu valor, pois a dívida da empresa em relação à terceira parte diminui. Por exemplo, quando se compra um carro a prazo, o carro é um débito na conta de ativos, enquanto a dívida é um crédito nas contas do passivo. Em outras palavras, o carro comprado um bem adquirido (um débito), que aumenta a conta de ativos. Por sua vez, o valor emprestado para a "troca" foi a origem financeira do bem (um crédito) que também é uma obrigação nova (passivo). Confusão comum vem quando pensamos em crédito ou débito bancário em contas correntes bancárias, onde o crédito aumenta o valor da conta e o débito o diminui. Isso advém do fato de a conta corrente ser um passivo da instituição bancária com seu correntista, desta forma a contabilização se dá seguindo as regras das contas do passivo contábil. Assim,quando deposita-se dinheiro em uma conta corrente, o banco marca um débito (o dinheiro que entrou) em seu património líquido, e um crédito em seu passivo (a dívida que o banco adquiriu). Quando o correntista solicita o saldo da conta, está visualizando, na verdade, uma das contas de passivo do banco. Exemplo 1: Uns acionistas resolveram constituir uma sociedade investiram em 02/01/x1 uma integralização de capital no valor de 2.000.000,00 (dois milhoes em dinheiro). Lançamento: D – Caixa C- Capital Social Valor – 2.000.000,00 Historico – Valor de integralização de Capital em 02/01/x1 Caixa Débitos Créditos 13 2.000.000,00 Capital Social Débitos Créditos 2.000.000,00 Balancete de verificação O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário. Imprescindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo observado pela escrituração da empresa. Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se a soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores. Este demonstrativo deve ser levantado mensalmente segundo a NBC T 2.7, unicamente para fins operacionais, não tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos registros contábeis mais atualizados. O grau de detalhamento do balancete de verificação deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja destinado a usuários externos o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo conselho regional de contabilidade (CRC). Geralmente o balancete é levantado antes do início de um novo exercício, servindo também como suporte aos gestores para visualizar a situação da empresa diante dos saldos mensurados, sendo um demonstrativo de fácil entendimento e de grande relevância. Exemplo de um Balancete de Verificação Balancete Mensal de Verificação. ABR/x8 Contas Natureza Débito Crédito Caixa Bancos Duplicatas a Receber Mercadorias Imobilizado Fornecedores Empréstimos e Financiamentos Capital Social Lucros ou Prejuízos Acumulados AC AC AC AC ANC PC PC PL PL 4800 10200 6000 9400 32000 - - - - - - - - - 17800 10100 28000 6500 Total 62400 62400 AC = Ativo Circulante ANC = Ativo não Circulante PC = Passivo Circulante PL = Patrimônio Liquido Exercício: Fazer o balancete de verificação da seguinte contabilização: 1) Intergralização de capital no valor de R$ 8.000,00. 2) compra de veículos a vista em 01/12/x3 no valor de R$7.000,00. 14 LANÇAMENTO NO BALANÇO PATRIMONIAL LEITURA DINÂMICA (LER PARA CASA) As contas são movimentadas através de débitos ( não significam situação de dívidas ) e de créditos ( não significam direitos ou estar em crédito com alguém, ou comprar a crédito). É necessário entender o mecanismo do débito e do crédito. D É B I T O => REPRESENTA A APLICAÇÃO DE RECURSOS, OU MELHOR, ONDE FOI APLICADO O DINHEIRO DA EMPRESA. EX: COMPRA PRODUTOS DE LIMPEZA – O DINHEIRO DA EMPRESA FOI APLICADO ONDE? R: NA DESPESA DE PRODUTOS DE LIMPEZA, REPRESENTADA PELA CONTA=> DESPESAS DE PRODUTOS DE LIMPEZA. ESTA CONTA SERÁ DEBITADA. C R É D I T O => REPRESENTA A ORIGEM DE RECURSOS, OU MELHOR, DE ONDE ORIGINOU-SE O DINHEIRO PARA EFETUAR UMA COMPRA, OU UMA APLICAÇÃO, OU INVESTIMENTOS, ETC. EX: COMPRA DE PRODUTOS DE LIMPEZA – QUAL FOI A ORIGEM DO RECURSO PARA EFETUAR ESTA COMPRA? R: O DINHEIRO, REPRESENTADO PELA CONTA CAIXA. ESTA CONTA SERÁ CREDITADA. As contas do Ativo, custo e despesas são de natureza Devedora, ou seja, de débito, enquanto as contas do Passivo e as contas de Receitas são de natureza credora, ou seja, de crédito. 15 MEMORIZE: bens + direito (ativo) elementos positivos patrimoniais e despesas elementos negativos de resultado = contas de natureza devedora. Obrigações + patrimônio líquido (passivo total) elementos negativos patrimoniais e receitas elementos positivos de resultado = contas de natureza credora. Os aumentos que ocorrerem nas Contas do Ativo e nas Contas de Despesas serão registrados por meio de débito lançados nas respectivas contas, enquanto as diminuições serão registradas por meio de créditos lançados nas mesmas contas. Os aumentos nas Contas do Passivo e nas Contas das Receitas serão registrados por meio de créditos lançados nas respectivas contas, enquanto as diminuições serão registradas por meio de débitos lançados nas mesmas contas. Mas quer dizer que toda entidade REGISTRA seus fatos pelas mesmas contas? Como e onde eu encontro estas contas para registrar os fatos? As contas utilizadas para contabilização dos fatos ocorridos nas entidades, são elencadas no Plano de Contas. E o que vem a ser um PLANO DE CONTAS? 3 - PLANO DE CONTAS É O CONJUNTO DE CONTAS, DIRETRIZES E NORMAS QUE DISCIPLINAM AS TAREFAS DO SETOR DE CONTABILIDADE, OBJETIVANDO A UNIFORMIZAÇÃO DOS REGISTROS CONTÁBEIS. Cada empresa deverá elaborar seu Plano de Contas, tendo em vista suas particularidades e observando os Princípios Fundamentais de Contabilidade (visando à uniformização de procedimentos no desenvolvimento de suas atividades profissionais, os contabilistas observam regras, critérios e normas de procedimentos que constituem as diretrizes básicas do processo contábil), Normas Legais estabelecidas pela Lei 6404/76 e pela Legislação específica do ramo de atividade exercido pela empresa. Um Plano de Contas ideal poderá compor-se de três partes: ELENCO DE CONTAS: Consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio da empresa. Envolve a intitulação e o código de cada conta. As contas deverão ser agrupadas de acordo com a estrutura estabelecida pela Lei nº 6.404/76, onde as contas que representam os bens e os direitos serão agrupadas no Ativo em três grupos principais: Ativo Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente, este, subdivido em Investimentos, Imobilizado e Diferido. As contas que representam as Obrigações e o Patrimônio Líquido serão agrupadas no Passivo em quatro grupos principais: Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido, este, subdividido em: Capital Social, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados. MANUAL DE CONTAS: 16 É um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das contas constantes do elenco de Contas, onde será apresentado a Função de cada conta (natureza de sua existência), Funcionamento de cada Conta( em que situação será debitada ou creditada) e a Natureza de cada conta( devedora ou credora). Por exemplo: 1.Ativo: composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza – 1.1.Ativo Circulante: composto por contas utilizadas para o registro de bens e direitos de qualquer natureza, realizável até o término do exercício social seguinte – 1.1.1 Disponibilidades: composto por contas utilizadas para o registro de bens numerários de livre e imediata movimentação – 1.1.1.1.Caixa: Função: representa o valor dos bens numerários em poder da empresa, normalmente composto por dinheiro e cheques. Funcionamento: debitada pelas entradas de dinheiro ou cheques e creditada pelas saídas de dinheiro ou cheques. Natureza: devedora. 1. LANÇAMENTOS EXPLICATIVOS PARA O REGISTRO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS: compõe-se de modelos de partidas de diário, próprios para o registro de fatos que raramente ocorrem na empresa. CÓDIGO E GRAU DA CONTA: O código de uma conta é representado por um ou mais algarismos utilizados para identificar cada uma das contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade. Esses códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador. A codificaçãoidentifica as Contas do Ativo pelo algarismo 1; as Contas do Passivo pelo algarismo 2; as Contas de Despesas pelo algarismo 3; as Contas de Receitas pelo algarismo 4 e as Contas utilizadas para apuração do Resultado do Exercício pelo algarismo 5. EXEMPLO DE ELENCO DE CONTAS CODIFICADO: CÓDIGOS TTÍÍTTUULLOOSS 1. ATIVO 1.1. ATIVO CIRCULANTE 1.1.1. Disponibilidades 1.1.1.1. Caixa Geral 1.1.1.1.1. Caixa da Fábrica 1.1.1.1.2. Caixa da Filial RP 1.1.1.2. Banco conta Movimento 1.1.1.2.1. Banco dos Espertos 1.1.1.2.2. Banco dois Aflitos Quanto ao GRAU da conta, observe: 1. a conta de primeiro grau é a conta principal: caixa, bancos,etc; 2. a conta de segundo grau são as subcontas: caixa da fábrica, caixa da filial RP, Banco dos Espertos e Bancos dos Aflitos, etc. CONTAS RETIFICADORAS: São denominadas Contas Retificadoras as contas patrimoniais que por força da Lei 6.404/76, devem figurar no Balanço Patrimonial como redutoras de Contas do Ativo ou de contas do Passivo. CONTAS PATRIMONIAIS RETIFICADORAS 17 ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO (-) Duplicatas Descontadas (-) Capital a Realizar (-) Provisão para Crédito de (-) Prejuízos Acumulados Liquidação Duvidosa (-) Provisão para ajustes de (-) Ações em Tesouraria Custo de Títulos e Valores Mobiliários ao Valor de Mercado (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO (-) Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (-) Depreciação Acumulada (-) Exaustão Acumulada (-) amortização Acumulada EXEMPLO DE CONTAS RETIFICADORAS NO BALANÇO Cada Contador terá seu elenco de contas sintético para trabalhar no seu dia-a-dia com as contas mais usuais, porém o seu Plano de Contas deverá estar em fácil acesso para que numa dificuldade possa ser consultado. Mas como saberemos quais as contas, grupos e subgrupos de contas deveremos utilizar corretamente? 18 Simples – deverá estudar até o último semestre deste curso (8 semestres) e praticar bastante, pois Contabilidade só aprende exercitando, lembrando sempre da observância dos Princípios e Convenções Contábeis, além da Ética Profissional. Acabou Contabilidade? Pois já estudamos porque ela é considerada uma Ciência, controla e o que o Patrimônio, e agora? Para controlar o Patrimônio de uma entidade, os Contadores REGISTRAM, ESCRITURAM, através das contas os fatos ocorridos. O que é REGISTRAR, ESCRITURAR um fato ? ESCRITURAÇÃO: É A TÉCNICA CONTÁBIL QUE CONSISTE NO REGISTRO, EM LIVROS PRÓPRIOS, DE TODOS OS FATOS RESULTANTES DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO DA EMPRESA. LIVROS DE ESCRITURAÇÃO: Quanto à utilidade: 1) Principais: utilizados para o registro de todos os eventos ocorridos na empresa, Livros Diários e Razão. 2) Auxiliares: utilizados para o registro de eventos específicos, como o Livro Caixa, Contas Correntes e Registro de Duplicatas, além de todos os fiscais que podem servir de suporte para a escrituração do Diário. Quanto à natureza: 1) Obrigatórios: exigidos pela legislação comercial, tributária e societária. 1.1) Exigidos pelas Leis Comerciais: Livro Diário – Lei 556/1850 – Código Comercial Livro de Registro de Duplicatas – Lei 5474/68 1.2) Exigidos por Leis Tributárias: Âmbito Federal: Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) Decreto –Lei 1598/77 Livro Razão – Lei 8218/91 Livro Caixa – (somente para as pessoas jurídicas que optarem pela tributação com base no Lucro Presumido) – Lei 8541/92 1.3) Âmbito Federal: Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) Decreto –Lei 1598/77 Livro Razão – Lei 8218/91 Livro Caixa – (somente para as pessoas jurídicas que optarem pela tributação com base no Lucro Presumido) – Lei 8541/92 1.5) Âmbito Estadual Cada Estado, através de legislação própria, poderá determinar a obrigatoriedade da adoção e escrituração de vários livros, como Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário, Registro de Apuração do ICMS, etc. 1.6) Âmbito Municipal: 19 Cada Município poderá determinar a adoção e escrituração de livros específicos, sendo o mais comum o Livro de Notas Fiscais e Faturas de Serviços (Prefeitura do Município de São Paulo). 1.7) Exigidos por Leis Societárias (Leis das S/As): A Lei 6404/76, das sociedades por ações, determina a adoção e escrituração dos seguintes livros: Registro de Ações Nominativas, Registro de ações Endossáveis, Transferência de Ações Nominativas, Registro de Partes Beneficiárias Nominativas, Registro de Partes Beneficiárias Endossáveis, Registro de Debêntures Endossáveis, Registro de Bônus de Subscrição Endossáveis, atas das assembléias Gerais, Presença dos Acionistas, Atas de Reuniões do Conselho de Administração, Atas das Reuniões da Diretoria e Atas e Pareceres do Conselho Fiscal. 2) Facultativos: livros que as empresas utilizam sem que haja exigência legal. Livro Caixa (exceto as que optarem pela tributação com base no Lucro Presumido), Contas Correntes, Controle de Contas a Receber, Controle de Contas a Pagar, etc. FORMALIDADES DO LIVRO DIÁRIO: A adoção deste livro requer a observância de formalidades contidas no Código Comercial Brasileiro e considerando ainda as exigências contidas na legislação tributária atual – Regulamento do Imposto de Renda. a) Formalidades Extrínsecas ou Externas: o Livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas em seqüência, tipograficamente. Deve conter os termos de abertura e de encerramento e ser submetido à autenticação do órgão competente do Registro do Comércio. b) Formalidades Intrínsecas ou Internas: a escrituração do Diário deve ser completa, em idioma e moeda nacionais, em forma mercantil, com individualização e clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco nem entrelinhas, borraduras, rasuras e transportes para as margens. INFORMAÇÕES IMPORTANTES: É IMPORTANTE SABER QUE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PODE DISPENSAR DETERMINADAS EMPRESAS DA ESCRITURAÇÃO DE LIVROS OBRIGATÓRIOS. Veja alguns exemplos: a) A Lei 9317 de 05/12/96 dispensou as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte da escrituração comercial. b) A Lei 8541/92 dispensa da escrituração contábil e fiscal as pessoas jurídicas que optarem pela tributação com base no Lucro Presumido. • O Livro Diário, por registrar todos os eventos que ocorrem no dia-a-dia das empresas, é o livro mais importante sob o ponto de vista legal; o Razão, por permitir o controle em separado de cada conta, é o livro mais importante sob o ponto de vista contábil. • A partir dos anos 40, com o uso de máquinas de datilografia, o livro Razão foi pouco a pouco sendo substituído por fichas de Razão. 20 • Com o surgimento do processamento eletrônico de dados, os livros de escrituração foram substituídos por formulários contínuos. Para a escrituração o Contador deverá observar o método das Partidas Dobradas, caso contrário, não haverá o fechamento correto das contas e seus respectivos valores. 4 - A ESTRUTURA CONTÁBIL PATRIMÔNIO É o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma pessoa ou empresa, com ou sem fins lucrativos, podendo ser de uma Entidade Pública ou Privada. BENS São coisas úteis, capazes de satisfazerem as necessidades das pessoas ou empresas, tanto para seu funcionamento operacional como para seu negócio. São classificadas como: • Tangíveis: são os Bens palpáveis ou corpóreos, exemplos: veículos, terrenos, moveis e utensílios, prédio, maquinários entre outros. • Intangíveis:são os Bens não palpáveis ou incorpóreos, exemplos: marcas e patentes, ponto comercial, obras de arte, entre Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo e que não podem ser retirados sem destruição ou dano: ex. edifícios, etc. Bens móveis: podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas: ex. máquinas, equipamentos, etc. DIREITOS São todos os valores que a empresa tem o direito de receber em decorrência de venda ou prestação de serviços a prazo, bem como depósitos e aplicações, ou seja, decorrentes de operações de crédito onde o favorecido é o patrimônio em análise, ou seja, são valores a receber, títulos a receber, depósitos, caixa, etc. OBRIGAÇÕES São operações decorrentes de aquisição de Bens e Serviços a Prazo, entendo assim as obrigações exigíveis, as dívidas com outras pessoas ou empresas: ex. títulos pagar, fornecedores, nota promissória a pagar, impostos a recolher, salários a pagar,etc. 21 E S T R U T U R A P A T R I M O N I A L (LADO ESQUERDO) BENS + DIREITOS (LADO DIREITO) OBRIGAÇÕES ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS LADO ESQUERDO - Representado pelo conjunto de Bens e Direitos. São os elementos patrimoniais positivos.’ LADO DIREITO - Representado pelos conjuntos das Obrigações. São os elementos patrimoniais negativos. Os direitos e bens podem ser pessoais ou reais. Reais são os direitos representados por coisas, objetos e outros valores como, por exemplo, mercadorias, móveis, ferramentas, depósitos em banco, dinheiro em cofre (caixa), máquinas diversas, etc. Pessoais são os bens representados por títulos de crédito como, por exemplo, as duplicatas a receber, as contas a receber e quaisquer outros títulos a receber. Os direitos pessoais são os direitos em dinheiro a receber. As obrigações pode ser pessoais. Pessoais são as obrigações representados por pagamentos a serem realizados como por exemplo, contas a pagar, títulos a pagar, empréstimos, financiamentos entre outros. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS ESTADOS PATRIMONIAIS: 1) A>P ou Ativo> Passivo: ocorre quando os Bens e Direitos são maiores que as Obrigações, resultando numa SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLA) OU SITUAÇÃO POSITIVA, SUPERAVITÁRIA OU FAVORÁVEL. 2) A = P ou Ativo = Passivo: ocorre quando os Bens e Direitos são suficientes apenas para honrar as Obrigações. SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA OU COMPENSADA. 3) A < P ou Ativo < Passivo: ocorre insuficiência de Bens e Direitos para saldas as Obrigações. SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA, PASSIVAOU DEFICITÁRIO OU DESFAVORÁVEL OU PASSIVO A DESCOBERTO. OS FATOS CONTÁBEIS FATOS: modificam a estrutura patrimonial, sendo eles os fatos Permutativos, Modificativos e mistos: a) Fatos Contábeis Permutativos: são fatos que modificam o valor dos Bens, Direitos e Obrigações sem alterar a situação líquida do patrimônio. 22 b) Fatos Modificativos: tem a característica de a partir da alteração de um ativo ou passivo, modificar a situação líquida. c) FATOS MISTOS: combinam permutação dos elementos patrimoniais com a alteração da SL. O Patrimônio Liquido Os valores contábeis que pertence aos sócios ou acionistas de uma determinada empresa, como por exemplo: Um capital social investido pelos sócios, ou seja, o dinheiro do sócio investido em uma empresa é de propriedade dos sócios ou acionistas. Outro exemplo:Uma empresa obteve um lucro em um determinando exercício de R$ 1.000,00, este lucro depois de pago todos os gastos pode ser distribuído aos sócios ou não. O patrimônio liquido é demonstrado na seguinte estrutura patrimonial: E S T R U T U R A P A T R I M O N I A L DIREITOS ( ELEMENTOS POSITIVOS) OBRIGAÇÕES( ELEMENTOS NEGATIVOS) BENS( ELEMENTOS POSITIVOS) PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ELEMENTOS SÓCIOS OU ACIONISTAS) TOTAL = BENS + DIREITOS TOTAL = OBRIGAÇÕES + PL CONTAS DE DIREITOS Duplicatas a receber, clientes, contas a receber, dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras e estoques. CONTAS DE BENS Veículos, móveis e utensílios, terrenos, prédios, maquinários, marcas e patentes, obras de arte, entre outros CONTAS DE OBRIGAÇÕES Fornecedores, contas a pagar, salários a pagar, impostos a pagar, empréstimos a pagar, financiamentos a pagar, etc... CONTAS PERTECENTES A SÓCIOS OU ACIONISTAS Lucro acumulado, prejuízo acumulado, capital social, reservas de capital, reserva estatuária, reserva legal. O BALANÇO PATRIMONIAL 23 O balanço patrimonial, após reformulação dada pela lei 11.638/07 juntamente com a LEI 11941-2009, a princípio introduziram um novo conceito globalizado para este demonstrativo. Ocorre que atualmente (2008 em diante) neste demonstrativo deve ser evidenciado tanto para o ativo quanto para o passivo a parcela que corresponde ao "circulante" da empresa e ao "não- circulante". Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da igualdade. O balanço patrimonial é obrigatório para todos os empresários e sociedades com duas exceções previstas (rurais e pequenos empresários) e sua estrutura é uma consequência das partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um ou mais débito de mesmo valor. Grosso modo podemos pensar em parte na idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre encontramos a igualdade. A balança ainda remete à idéia de mensuração do peso. Só que no caso do balanço patrimonial não se mede o peso, mas o patrimônio. O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja, conjunto de bens, direitos e obrigações. Juntando as duas partes, obtém-se o balanço patrimonial, equilíbrio do patrimônio, igualdade patrimonial. Em sentido amplo, o balanço evidencia a situação patrimonial da empresa em determinada data. Em terminologia moderna em uso no Brasil, o balanço é uma demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em geral uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição ou situação do patrimônio em determinada data). No Direito Privado, era chamado anteriormente pelo Código Comercial Brasileiro de "Balanço Geral". A partir da lei 6.404/76, o Balanço das companhias passou a ser denominado de "Balanço Patrimonial", procurando diferenciar essa Demonstração Contábil do "Balanço Financeiro", próprio das entidades sem fins lucrativos. O Código Comercial foi revogado e substituído pelo Código Civil, notadamente pelo Livro II "Do Direito de Empresa" que tem início em seu art. 966. O Balanço apresenta os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações) e o Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos. O balanço patrimonial tem por finalidade evidenciar de forma qualitativa e quantitativa a situação patrimonial e financeira da empresa. Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da lei No 6404/76(art.178) e normas de elaboração estão consubstanciadas nos itens 54 a 80 dos pronunciamentos técnico 26. (verificar CPC 26 itens 54 a 80), a demonstração do 24 balanço patrimonial é sempre no final do exercício social, ou seja, em 31/12 de um determinando ano. 5. CONTAS PATRIMONIAIS – As contas patrimoniais da contabilidade são: Ativo, passivo e patrimônio líquido. ATIVO Ativo é um termo básico utilizado para expressar o conjunto de bens e direitos que forma o patrimônio de uma pessoa, singular ou coletiva, num determinado momento, o ativo pode ser dividido em ativo circulante e não circulante de acordo com a lei das S/A 6404/76 artigo 178, alterado pela lei 11.941/2009. O comite de pronunciamento contábil (CPC) 26 item 61 a entidade deve evidenciar o montante esperado a set recuperado em até 12 vezes ou mais do que 12 meses para cada item do ativo,ou seja, quando da elaboração do balanço patrimonial, o mesmo será dividido em: Ativo Circulante – Realização com menos de 12 meses; CPC 26 item 66: “Será passivo circulante quando: a) espera-seque seja realizado,ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade, ou seja, em menos de 12meses; b) Mantido com o proposito de ser negociado; c) Espera-se que seja relizado até 12 meses após a data do balanço; c) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos menos de um ano. Exemplo de ativo circulante: Disponibilidades (Caixa, Bancos conta movimento, aplicações financeiras, aplicações em ouro), Ativos Financeiros (Clientes, Duplicatas a receber e Aplicações), Estoques e Despesas antecipadas (Juros pagos antecipadamente, Seguros pagos antecipadamente ). 25 Ativo não Circulante – Realização com mais de 12 meses; CPC 26 item 66: “Outros ativos que não sejam caixa ou equivalente de caixa, cuja utilização não está restrita ou que se espera que seja realizado após 12 meses”. Exemplo de ativo não circulante: Realizavel a longo prazo (Duplicatas a receber longo prazo, Clientes a longo prazo, Aplicaçõesa longo prazo); Investimentos (Investimentos em controladas, coligadas, Obras de arte, antiguidades, titulos patrimoniais participações em outras empresas e outros investimentos); Imobilizado (Terrenos, edificios, equipamentos, maquinas, instalações, Moveis, utensilios, Veiculos, Sistemas de processamentos de dados e outras imobilizações); Depreciações acumuladas (Depreciação com veiculo, Depreciação com equipamentos, Depreciação com Imóveis). Observe que a conta do ativo positiva é Devedora (D). As contas do ativo de natureza credora é negativa, ou seja, que diminui o ativo nota-se que o saldo vem acompanhado da letra (C). PASSIVO Em contabilidade, o passivo corresponde ao saldo das obrigações devidas. O passivo é a coluna da direita em um Balanço Patrimonial. O Passivo é um recurso controlado por uma entidade e um acontecimento passado e do qual se esperam que fluam benefícios econômicos no futuro, cuja liquidação se espera um ex-fluxo de recursos. Curiosidade: Nas normas brasileiras de contabilidade pelo CPC, não existe uma determinação expressa, a exemplo do que ocorre na legislação societária, de que o patrimônio líquido faça parte do passivo. Portanto, ao se elaborar o balanço patrimonial pelo CPC, o lado direito denominado de passivo e patrimônio líquido. 26 Além disso, como ocorre na legislação societária, no passivo as contas devem ser classificadas, quando aplicável, em ordem decrescente de exigibilidade, conforme determina o item 57 do pronunciamento técnico CPC 26, combinado com o art. 178 lei No 6404/76 (lei das S/As). (Contabilidade Geral Autor: José Luiz dos Santos, et al- 2010 –Atlas) Conforme pronunciamento CPC 26 item 69, o passivo deve ser classificado em: Passivo Circulante; Passivo não circulante. PASSIVO CIRCULANTE Conforme CPC 26 item6, um passivocirculante deberá atender os seguintes parâmetros: 1 – Liquidação durante o período operacional normal da entidade, ou seja, a exigibilidade seja cumprida em um período até 12 meses; 2 – Sua finalidade é somente manter o meio para que for negociado; 3 – Deve ser liquidado no período de até 12 meses após a data do balanço; ou 4 – A entidade não tem direito incondicional de postergar sua liquidação durante pelo menos acima de 12 meses. Contas do passivo Circulante. Obrigações a curto prazo (Fornecedores, Empréstimos a curto prazo, Impostos a pagar, contas a pagar provisões, INSS a recolher, FGTS a pagar, CSSL a pagar, IRPJ a pagar, IRRF a recolher, Provisões para contingências, outras contas a pagar). PASSIVO NÃO CIRCULANTE Conforme o item 69 do pronunciamento técnico CPC 26, os demais passivos serão classificados como passivos não circulantes, isto é, as obrigações cuja liquidação espera que ocorra após 12 meses. O item 54 do CPC 26, subdivide o passivo não circulante na seguinte condição: Exigivél a longo prazo (Fornecedores a pagar acima de 12 meses do ativo permanente, Provisões (exceto para beneficios de empregados e custos operacionais, emprestimos a pagar a longo prazo, financiamentos a pagar a longo prazo, receitas recebidas antecipadamente, lucros e dividendos a distribuir a longo prazo entre outros) PATRIMÔNIO LÍQUIDO A alinea c do item 49 do CPC conceito básico, define que patrimonio liquido é definido como sendo o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. De acordo com o item 54 do pronunciamento técnico CPC 26 o patrimonio liquido será dividido em: Capital Social, Reservas (Com indicação da natureza) e prejuízos acumulados), Também alguns autores denominar o patrimônio liquido como os valores contábeis que pertence aos sócios ou acionistas de uma determinada empresa. DEPOIS DESTAS EXPLICAÇÕES O BALANÇO PATRIMONIAL FICARA DEMONSTRADO NA SEGUINTE CONDIÇÃO: 27 Exercícios: Conceituar A para ativo, P para passivo, PL para Patrimonio Liquido, D para débito, C para crédito e C para circulante e N para não Circulante Nome Conta Ativo/Passivo/PL Crédito/Débito Circulante/Nào Circu Financiamento curto prazo ( P ) ( C ) ( C ) Clientes ( ) ( ) ( ) Fornecedores ( ) ( ) ( ) Caixa ( ) ( ) ( ) Bancos ( ) ( ) ( ) Estoques ( ) ( ) ( ) Financiamento Longo Praz ( ) ( ) ( ) Capital Social ( ) ( ) ( ) Verifique o seguinte balancete de verificação e montar o balanço patrimonial: 28 6 - RECEITA, CUSTO E DESPESAS (contas de resultado ou gastos gerais) Contas de Resultado - são contas que apresentam o resultado da empresa, o Lucro ou o Prejuízo. As contas de resultado ou gastos gerais podem ser classificadas como: Despesa, Receita e Custos Despesas: caracterizam-se pelo consumo de bens e pela utilização de serviços, objetivando a obtenção de Receita. As despesas denominam-se como despesas operacional. O que são despesas operacionais? R: Consideram-se como despesas operacionais as pagas ou incorridas para vender produtos e administrar a empresa. O art 187 capitulo III, da lei 6404-76 estabelece que, para chegar-se ao lucro ou prejuízo operacional serão deduzidas as despesas com vendas, despesas financeiras, as despesas gerais e administrativas e outras. Antes 2009 existia a despesa não operacional, mas hoje esta denominação foi abolida pela lei 11.941/09 O Comitê de pronunciamento contábil (CPC) emitiu uma orientação técnica numero 2 dizendo o seguinte: A Medida Provisória nº. 449/08, convertida pela lei 11.941/2009, acatou mais essa regra existente nas normas internacionais: a não segregação dos resultados em operacionais e não-operacionais. Assim, no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas 29 e orientações), as entidades devem apresentar as “outras receitas/despesas” no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional. Após o pronunciamento do CPC, entendo que as despesas não operacionais deixaram de existir entrando no grupo de despesas operacionais como outras despesas. Classificação da despesas operacional: As despesas operacionais podem ser: Despesas com pessoal, despesas com vendas, despesas administrativas, despesas financeiras e outras despesas. Exemplo de despesas com pessoal= folha de pagamento, 13º salário, férias entre outros. Exemplo de despesas com vendas = Telefone depto vendas, computador depto vendas, propaganda e publicidade, perdas com vendas, marketing entre outros Exemplo de despesas administrativas= material de escritório, telefone administração, energia administração, honorários de contador,advogado, retirada pro-labore de sócios, depreciação de bens localizados na área administrativa, etc... Exemplo de despesas financeiras= juros pagos a bancos e fornecedores, descontos financeiros concedidos, tarifas bancárias entre outros. Exemplo de outras despesas= Resultado de equivalência patrimonial, ágio, deságio de investimentos, dividendos recebidos(investimentos avaliados pelo método de custo etc...) Exercícios: Classificar as despesas operacionais Telefone setor produção ( ) Folha de pagamento ( ) Propaganda e publicidade ( ) Juros de cheque especial ( ) Juros pagos forncedores ( ) Tarifas Bancáras ( ) Férias ` ( ) Honorários advogado ( ) Pro-labore ( ) Receitas: caracterizam-se pela venda de Bens e da prestação de serviços. Alguns exemplos: Venda ou Receita de Mercadorias; (empresa comercial) Venda ou Receita de produtos industrializados; (empresa industrial) Venda ou Receita de Serviços; (Empresa de Prestação de serviços) Outras Receitas. (São todas as vendas ou receitas que não fazem parte do objeto da empresa) Antes 2009 existia a receita não operacional, mas hoje esta denominação foi abolida pela lei 11.941/09 O Comitê de pronunciamento contábil (CPC) emitiu uma orientação técnica numero 2 dizendo o seguinte: A Medida Provisória nº. 449/08, convertida pela lei 11.941/2009, acatou mais essa regra existente nas normas internacionais: a não segregação dos resultados em operacionais e não-operacionais. Assim, no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas e orientações), as entidades devem apresentar as “outras receitas/despesas” no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional. Após o pronunciamento do CPC, entendo que as receitas não operacionais deixaram de existir entrando no grupo de receitas operacionais como outras receitas. Exercícios: Classificar as receitas operacionais Venda de produtos ( ) 30 Venda de industrialização ( ) Venda de serviços ( ) Recebimento de aluguel ( ) Recebimento de juros cliente ( ) Custos São os gastos devidos pela empresa para produzir, comercializar ou prestar serviços, para colocar a disposição dos clientes, podemos chamá-los de CPV, CMV e CPS. Exemplo de contas de custo: Compra de material para comercialização, Compra de material para industrialização (Insumos), Mão de obra direta, ICMS s/ compras, fretes, seguro sobre compras etc... (Esta ligada diretamente a compra do produto) CMV A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado através da equação: CMV = EI + C – EF EI = Estoque Inicial C = Compras EF = Estoque Final (inventário final) CPV A apuração do custo dos produtos vendidos está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. O custo dos produtos vendidos pode ser apurado através da equação: CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF CPV = Custo dos Produtos Vendidos EI = Estoque Inicial In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais) aplicados nos produtos vendidos MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos EF = Estoque Final (inventário final) Numa empresa de serviços, a sistemática será semelhante à anterior, sendo a fórmula: CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi Onde: CSV = Custo dos Serviços Vendidos Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos 31 GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços vendidos Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento Exemplo de calculo de CMV Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00 Compras de Mercadorias 1.750.000,00 Estoque inventariado (31 de dezembro) 185.000,00 A DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS ficará como segue: Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00 + Compras de Mercadorias 1.750.000,00 - Estoque inventariado (31 de dezembro) (185.000,00) = Custo dos Produtos Vendidos 1.675.000,00 7 - DRE – (Demonstração do Resultado do Exercicio) A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contábil dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas. A demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de legais de divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins administrativos e trimestralmente para fins fiscais. Conforme CPC 26 a estrutura do DRE deverá ficar na seguinte condição para demonstrar o lucro ou prejuízo de uma entidade: 32 Observe abaixo que o lucro do exercício vai aparecer no balanço patrimonial no patrimônio liquido denominado lucro acumulado CONTABILIZAÇÃO. É o ato de registrar/escriturar algum fato ocorrido, é a transformação de coisas em numeros. Observação: Os elementos essenciais do lançamento são: Data da operação; Conta Debitada; Conta Creditada; Histórico; Valor em moeda nacional; Atenção: A data e o histórico exercem a função histórica; as contas e o valor da operação exercem a função de registro monetário dos fatos. Exemplo: 1) Integralização de capital no valor de 10.000,00 em 01/12/x3 2) Compra de mercadoria no valor de 2.000,00 em 05/12/x3 3) Compra de veiculos no valor de 2.500,00 em 10/12/x3 4) Compra de Moveis e utensilios no valor de 1.000,00 em 15/12/x3 33 5) Venda de metade do estoque de mercadoria por 5.000,00 a prazo em 28/12/x3. 6) Folha de pagamento no valor de 1.800,00 31/12/x3. 7) Abertura de conta corrente banco Geral S/A em com deposito de 1.000,00 em 31/12/x3. Para fazer a contabilização deverá seguir o seguintes procedimento, encerrando o mês 31/12/x3: 1) Fazer os lançamentos demonstrando em razonete; 2) Apurar o CMV; 3) Apurar o resultado do exercicio; 4) Apurar o balancete de verificação; 5) Demonstrar DRE e Balanço Patrimonial no final do exercicio em 31/12/x3. Lançamentos: 1º Lançamento D – Caixa C – Capital Social Valor – 10.000,00 Historico – integralização de capital em 01/12/x3 2º Lançamento D – Estoque C – Caixa Valor – 2.000,00 Historico – Compra de mercadorias em 05/12/x3 3º Lançamento D – Veiculos C – Caixa Valor – 2.500,00 Histórico – Compra de veiculos em 10/12/x3 4º Lançamento D – Moveis e utensilios C – Caixa Valor – 1.000,00 Historico – Compra de movéis e utensilios em 15/12/x3 5º Lançamento D – Clientes C- Venda de Mercadorias Valor – 5.000,00 Historico– Venda de mercadorias 28/12/x3 5º (1) - Lançamento D- Custo de Mercadorias vendidas (CMV) C- Estoque Valor- 1.000,00 Histórico- Baixa de 50% de estoque para custo de mercadorias vendidas 28/12/x3 34 6º - Lançamento D – Salários C – Salários a Pagar Valor – 1.800,00 Histórico – Lançamentos de salários a pagar em 31/12/x3 7º - Lançamento D – Bancos conta movimento C- Caixa Valor – 1.000,00 Histórico – Abertura de conta corrente banco geral s/a em 31/12/x3 Razonete Clientes ________________ (5) 5.000 I I I I I I --------------------------- 5000(D) Caixa Capital Social Estoque Veiculos ________________ ________________ _______________ _____________ (1) 10.000 I 2.000 (2) I 10.000 (1) 2.000(2) I 2.500(3) I I 2.500 (3) I I I I 1.000 (4) I I 1.000(5)1 I I 1.000 (7) I I I I I I I I I I I -------------------------- ----------------------- --------------------- ------------------- 3.500,00 (D) 10.000(C) 2.000(D) 2.500(D) Moveis e Utensilios Venda Mercadorias CMV Salários ________________ ________________ _______________ _____________ 1.000(4) I I 5.000(5) I I I I I I I I 1.000 (5)1 I 1.000(6) I I 5.000(1) Enc I I I I I I 1.000(2) Enc I 1.000(3) Enc I I I I ------------------------- ------------------------- --------------------- ---------------------- 1.000 (D) Encerramento0 Encerramento 0 Encerramento 0 Salarios a pagar Banco Geral S/A ________________ ________________ I I I 1.000(6) I I 1.000 (7) I I I I I 35 ________________ _________________ 1.000 (C) 1.000 (D) LEMBRA DAS CONTAS DE RESULTADO. (RECEITA, CUSTOS E DESPESAS)??? ENTÃO A CONTA DE RESULTADO APURA O LUCRO OU PREJUIZO DE UMA EMPRESA EM UMA DETERMINADA DATA, OU SEJA, NO ENCERRAMENTO DO EXERCICIO, ENTÃO AGORA DEVEMOS APURAR O LUCRO OU PREJUIZO, ZERANDO AS CONTAS DE RESULTADO E TRANFERINDO PARA ACONTA APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO OU ARE. PRESTE ATENÇÃO NESTE EXEMPLO EXISTE TRÊS CONTA DE RESULTADO, ENTÃO DEVEMOS FAZER TRÊS LANÇAMENTOS DE ENCERRAMENTO ARE ________________ 1.000(2) Enc I 5.000(1) Encer 1.000(3) enc I I I I ______________________________ Lucro 3.000,00 C 1o Lançamento de encerramento D- Venda de mercadoria C- Apuração de Resultado doExercico Valor – 5.000,00 Histórico – apuração de resultado em 31/12/x3 2o Lançamento de encerramento D- Apuração de Resultado do Exercicio C- CMV(Custo de Mercadoria Vendida) Valor – 1.000,00 Histórico – apuração de resultado em 31/12/x3 3º Lançamento de encerramento D- Apuração de Resultado do Exercicio C- CMV(Custo de Mercadoria Vendida) Valor – 1.000,00 Histórico – apuração de resultado em 31/12/x3 Balancete de verificação TRANFERENCIA DO RESULTADO DO EXERCICIO PARA A CONTA LUCRO OU PREJUIZO ACUMULADO LUCRO ACUMULADO ________________ 36 I 3.000 (1) (TRANSFERENCIA) I I I I ______________________________ Lucro 3.000,00 C Balancete Mensal de Verificação. 31/12/x3 Contas Natureza Débito Crédito Caixa Banco Cliente Estoque Veículos Moveis e utensílios Salários a pagar Capital Social Lucros ACUMULADO AC AC AC AC ANC ANC PC PL PL 3500 1000 5000 1000 2500 1000 - - - - - - - - - 1000 10000 3000 Total 14000 14000 AC = Ativo Circulante ANC = Ativo não Circulante PC = Passivo Circulante PL = Patrimônio Liquido MONTANDO O DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCICIO(DRE) CONTAS DE RESULTADO OU CONTAS DO ARE. De acordo com o CPC 26 a estrutura da DRE deve demonstrar da seguinte maneira: 37 BALANÇO PATRIMONIAL De acordo com a lei 6404/76(art.178) e normas de elaboração estão consubstanciadas nos itens 54 a 80 dos pronunciamentos técnico 26, o balanço patrimonial obedecerá a seguinte estrutura contábil. BALANÇO PATRIMONIAL EMPRESA DE PEQUENO PORTE. Exercicios 1) – Professor vai passar na classe 38 Exercícios 2) – Professor vai passar na classe Exercícios 3) – Professor vai passar na classe CURIOSIDADE: VALE LEMBRAR, QUE A DEMONSTRAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL E DRE DE UMA SOCIEDADE POR AÇÕES E OUTRAS EMPRESAS EM GERAL, SOFREM ALGUMAS ALTERAÇÕES, SENDO QUE O RESULTADO DO EXERCICIO DA EMPRESA POR AÇÕES NÃO PODERÁ SER LANÇADA EM LUCROS ACUMULADOS, OU SEJA, A CONTA DE LUCROS ACUMULADOS NÃO EXISTE MAIS PARA AS S/As, MAS PARA AS OUTRAS EMPRESAS EM GERAL CONTINUA EXISTINDO A MANUTENÇÃO DE LUCROS ACUMULADOS, CONFORME RESOLUÇÃO 1157 e 1159-2009 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CONFORME EXERCICIO ACIMA O BALANÇO PATRIMONIAL E DRE DA SOCIEDADE POR AÇÕES(S/A) FICA DASEGUINTE FORMA: DRE S/A 39 Balanço Patrimonial S/A 8 . Os principios contábeis Os principios da contabilidade conforme Os Princípios de Contabilidade, nova denominação dada aos Princípios Fundamentais de Contabilidade pela Resolução CFC nº 1.282/10, foram fixados pelo Conselho Federal de Contabilidade por meio da Resolução n° 750/93, conforme abaixo: Princípio da Entidade Quando se fala em entidade contábil, “é da natureza dos negócios e das operações que os sócios, proprietários ou quotistas de determinada entidade sejam também entidades distintas. Entretanto,é preciso considerar que, para a Contabilidade, o patrimônio de uma pessoa física que porventura participe do capital de outra entidade(esta como pessoa jurídica) também pode ser considerado uma entidadecontábil. O importante para caracterizar nesse principio é que, para todos os efeitos,o patrimônio de uma entidade não se confundem com o da empresa”. Exemplo: Não contabilizar contas, a pagar ou pagas, pessoais dos sócios, quotistas, proprietários ou acionistas. Princípio da Continuidade 40 A continuidade significa que a Contabilidade efetua a avaliação do patrimônio e o registro das suas mutações considerando que a entidade, até evidências em contrário, terá sua vida continuada ao longo do tempo, ou seja, é a hipótese básica de que a entidade cujo patrimônio está sendo contabilizado não está destinada a liquidação ou a qualquer forma de extinção, mas, sim, a continuar operando por tempo indeterminado. A Contabilidade atua pressupondo que a empresa não será instinta. Portanto terá continuidade e mesmo diante do fim da mesma, do encerramento da continuidade a contabilidade assume esta postura prevendo seu encerramento e perdas. Exemplo: A contabilidade tem que atuar pensando a não extinção da empresa de forma continua. Mesmo a empresa encerrando as suas atividades, a contabilidade ainda assim ira existir para apuração dos ganhos ou perdas do encerramento, prevalecendo a guarda da documentação dentro das datas limites exigidas pelo fisco. Princípio da Oportunidade "Art. 6° O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Parágrafo único. Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE: I - desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; II - o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários; III - o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da Entidade em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão”. Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito caso exista como provar o seu valor. São os casos de provisões como o de férias, 13º salário, contingências etc. Além do mais outros elementos. Princípio do Registro pelo valor original (lançamento contábil) O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que 41 seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. Principio da atualização monetária – Revogado( instinto) – Resolução CFC 1282/10 Princípio da Competência "Art. 9° As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. § 1° O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. § 2° O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. § 3° As receitas consideram-se realizadas: I - nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; II - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; III - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções. § 4° Consideram-se incorridas as despesas: I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro; II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo." Princípio da Prudência "Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. § 1 ° O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. § 2° Observado o disposto no art. 7°, o Princípio da Prudência somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência. 42 § 3° A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável." Curiosidade: O Art. 11. desta resolução traz o seguinte comentário:”A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto- Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista”. Exercicios: 1) Quais os principios contábeis conforme resolução CFC 750/1993 alterada pela resolução CFC no. 1282/2010? 9 . DEPRECIAÇÃO Por depreciação pode-se entender como sendo o custo ou a despesa decorrentes do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos,
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