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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS CURSO DE BIOMEDICINA FATORES DE TRANSMISSIBILIDADE DE Ascaris lumbricoides LINNAEUS 1758 (ASCARIDIDA: ASCARIDIDAE) E SEUS ASPECTOS CLÍNICOS APLICÁVEIS AOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO ALINE ALBERGONI ANTUNES OURINHOS - SP JUNHO DE 2023 ALINE ALBERGONI ANTUNES FATORES DE TRANSMISSIBILIDADE DE Ascaris lumbricoides LINNAEUS 1758 (ASCARIDIDA: ASCARIDIDAE) E SEUS ASPECTOS CLÍNICOS APLICÁVEIS AOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Biomedicina, do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos, como pré-requisito exigido para a obtenção do Grau de Bacharel em Biomedicina. Orientador: : Prof. Dr. Odair Francisco OURINHOS - SP JUNHO DE 2023 ALINE ALBERGONI ANTUNES FATORES DE TRANSMISSIBILIDADE DE Ascaris lumbricoides LINNAEUS 1758 (ASCARIDIDA: ASCARIDIDAE) E SEUS ASPECTOS CLÍNICOS APLICÁVEIS AOS MÉTODOS DE PREVENÇÃO Este trabalho de conclusão de curso foi julgado e _____________ para obtenção do Grau de Bacharel em Biomedicina, no Curso de Graduação de Biomedicina, do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos. Ourinhos, 13 de Junho de 2023. Prof. Dr. Luciano Lobo Gatti Coordenador do Curso de Biomedicina-UNIFIO BANCA EXAMINADORA: _____________________________ ______________________________ Prof. Dr. Gabriel Vitor Da Silva Pinto Orientador Prof. Dr. Odair Francisco ______________________________ Prof. Yuri Castro Antunes, Aline Albergoni Fatores de Transmissibilidade de Ascaris lumbricoides Linnaeus 1758 (Ascaridida: ascaridae) e seus aspectos clínicos aplicáveis aos métodos de prevenção / Aline Albergoni Antunes – Ourinhos, SP – Unifio, 2023. 28f.; 30 cm. Trabalho de Conclusão de Curso de Curso de Biomedicina – Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos, 2023. Orientador: Prof. Odair Francisco 1. Ascaris lumbricoides 2. helmintos intestinais 3. ascaridíase. DEDICATÓRIA A minha mãe, que independente das adversidades sempre se manteve firme e aos meus professores do curso de graduação por toda confiança em mim depositada e ao empenho e amor com que conduziram esses anos de estudo e conhecimento. AGRADECIMENTO A Deus, por realizar meu sonho, que hoje se fez realidade, após tantos anos de expectativa para que esse momento chegasse. A nossa senhora Aparecida que por tantas vezes recorri e não me desamparou. A minha tia Maria Aparecida, a maior admiradora que eu pude ter nos momentos em que falava sobre o meu curso e com tanto encanto e curiosidade se envolvia, e a doçura com que sempre me cativa. A Talita dos Santos Ribeiro, que por intermédio, Deus te fez instrumento! Acreditou e torceu por mim desde o ínicio, com ânimo e convicção inabalável para que esse sonho se tornasse real. De modo especial à minha mãe Matilde, que por todos esses anos se manteve firme, com fé, coragem e perseverança. Agradeço aos professores, que transmitiram tantos ensinamentos de modo impecável demonstrando o verdadeiro amor a profissão em cada detalhe e juntos ajudaram a lapidar meu caminho. Ao meu orientador Prof. Dr. Odair Francisco, obrigada por todo afinco para o desenvolvimento deste trabalho, por me instruir e orientar com tanto esmero aos momentos de dúvidas. RESUMO A ascaridíase configura-se como uma doença infecto-parasitária, causada pelo Nematódeo Ascaris lumbricoides, frequentemente encontrada em crianças ocorre geralmente em idade escolar, porém, encontrada também em jovens, adultos e idosos. Trata-se de uma enfermidade comum, que acomete milhares de pessoas no mundo, entre as quais, a maioria não manifesta a doença e evoluem na sua forma assintomática. O diagnóstico laboratorial deve ser precoce, com tratamento eficaz e com prevenção contínua a fim de evitar reinfecção e nova proliferação do parasita. Desta maneira, o presente trabalho apresenta como intuito, verificar a implementação de possíveis métodos profiláticos e sua eficiência no controle de tal patogenia, e por fim, reduzir a taxa de transmissibilidade desse parasito, principalmente entre pessoas que coabitam o mesmo ambiente diariamente, de forma a restaurar a saúde íntegra do contaminado. Palavras-chave: Ascaris lumbricoides, helmintos intestinais, ascaridíase. ABSTRACT The ascariasis is an infectious-parasitic disease that is often found in children and caused by Nematode Ascaris lumbricoides, usually in school age, but can also be found in young adults and elderly people. It is a common illness that affects approximately one billion people worldwide, most of whom do not show any symptoms and develop in their asymptomatic form. Early laboratory diagnosis and effective treatment with continuous prevention should be carried out in order to avoid re-infection and new perspectives of the parasite. Therefore, this study aims to intuitively verify the implementation of possible prophylactic methods and their efficacy in controlling this pathogen, which in the end reduces the transmission rate of this parasite, especially among people who cohabit the same environment daily. Keywords: Ascaris lumbricoides; Intestinal Helminthes; Ascariasis. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 11 2 METODOLOGIA 13 3 DESENVOLVIMENTO 14 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 23 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25 LISTA DE FIGURAS Figura 1 15 Figura 2 18 Figura 3 20 1 INTRODUÇÃO A ascaridíase consiste em uma doença parasitária causada pelo nematódeo Ascaris lumbricoides, um endoparasito humano, popularmente conhecido como lombriga e hospeda-se no intestino delgado, precisamente na região do jejuno e do ílio aderido a mucosa (HORNINK et al., 2013). Infecta principalmente crianças e principalmente entre os períodos da primeira até a terceira infância, momento em que tais infantos encontram-se mais suscetíveis à doença. Diversos fatores ambientais, condições socioeconômicas precárias, falta de saneamento básico, consumo de alimentos e água contaminada podem favorecer a infecção que implica de modo prejudicial no crescimento (MACHADO et al., 2008). A ascaridíase é uma doença preocupante e de grande importância clínica. No seu âmbito crônico, caracteriza-se como um grande desafio para a saúde pública, pois, pode ocorrer oclusão intestinal, biliar, capaz de desencadear a anemia ferropriva e a determinar diversificadas patogenias, como: Síndrome de Loeffler que é representada por uma pneumonia eosinofílica, causada por parasitos intestinais com ciclo pulmonar, no qual evidencia-se infiltrado pulmonar migratório na radiografia de tórax e com eosinofilia sanguínea em pacientes com tosse seca, dispnéia, sibilos e estado febril (NAPOLI; NAPOLI, 2021). Tal doença, manifesta-se cllinicamente de maneira assintomática ou com quadro clínico indicativo (HINRICHSEN, 2009; NEVES, 2011). Alguns sintomas clássicos como diarréia, manchas na pele, desnutrição, baixo desempenho intelectual, náuseas e vômitos, que podem agravar o quadro se houver doença concomitante ou a migração do parasita para áreas vitais do corpo como os pulmões, fato que ocasiona a tosse seca característica. Altas taxas de disseminação podem estar associadas a insuficiência de higiene pessoal, superfícies contaminadas com os ovos da Ascaris lumbricoides e contaminação fecal-oral (SOARES et al., 2016). O mecanismo da eosinofilia correlaciona a interação entre hospedeiro e parasita e beneficiando somente o parasita (NEVES, 2011; GUSMÃO, 2020). O terapêutica consiste em administração de anti-helminticos nos pacientes, reformulação da dieta e alimentação rica em nutrientes e síncrona a prevenção e profilaxia adequada e contínua. O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise sobre a transmissibilidade parasitária e o quadro clínico apresentado na ascaridíase, e por fim,conscientizar a profilaxia e formas de prevenção, abordar as principais técnicas laboratoriais utilizadas e através dessas técnicas, ressaltar a importância de diagnosticar precocemente a presença de helmintos intestinais. Justifica-se pela importância de auxiliar na orientação e disseminação da informação correta das características da doença, visto que, o Ascaris lumbricoides tem como hospedeiro definitivo o homem e em sua maioria, acomete crianças, as quais são dependentes do cuidado dos pais. A helmintíase é uma patologia preocupante e pode levar a quadros graves de anemia ferropriva e obstrução intestinal. O estudo demonstra a importância do diagnóstico clínico e laboratorial, por meio da detecção precoce de sinais e sintomas e ao mesmo tempo, incentivar a aplicabilidade de medidas educativas sanitárias desde a infância. 2 METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de forma analítica, para a qual foram levantados em plataformas de pesquisas, artigos inerentes sobre transmissibilidade parasitária e os aspectos clínicos das parasitoses intestinais humanas causadas por Ascaris lumbricoides, de forma a evidenciar sua prevenção e profilaxia. Assim, o referido trabalho apresenta também as principais técnicas utilizadas na detecção da doença parasitária, que são testes para o diagnóstico de verminoses e explora tais métodos. Este estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica e a pesquisa teve como fonte artigos das plataformas virtuais de dados: Scielo, Lilacs, Pubmed e Google acadêmico, selecionados artigos originais com seu texto íntegro, em português e foram lidos e utilizados 20 (vinte) Artigos Nacionais e 24 (vinte e quatro) Internacionais, além de 1 Livro nacional 1 e a OMS. O restante dos artigos não estavam totalmente no contexto do tema proposto, foram utilizados unitermos para a pesquisa, como: Diagnóstico laboratorial de parasitoses intestinais humanas, Ascaris lumbricoides, ascaridíase, helmintologia. 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Aspectos gerais As doenças ocasionadas por parasitas intestinais, são umas das causas de maiores problemas de saúde pública no Brasil, mesmo com os desenvolvimentos na área farmacológica, quanto nas medidas de saneamento básico e educação sanitária (BRUM et al., 2013). Estudos epidemiológicos no Brasil sobre esse problema são feitos de forma fragmentada, por existirem dificuldades em organizar grandes inquéritos que contemplem todas as características regionais e sociais (FERRAZ et al.,2014). Esses relatos das parasitoses intestinais no território nacional são escassos e circunstânciais na literatura, em geral consideram populações específicas como escolares, crianças, idosos ou pessoas imunossuprimidas, refletindo assim apenas a realidade de pequenas localidades, desse modo não se consegue ter um panorama abrangente da prevalência dessas parasitoses em nível nacional (BRAZ et al.,2014). Esta espécie é uma das mais prevalentes em todo o mundo, está presente em pelo menos um de cada quatro seres humanos que vivem na África, Ásia e América latina e causa a morte de cerca de 20 mil pessoas por ano (SILVA; SILVA; FREITAS, 2012). De acordo com Silva, Silva e Freitas, (2012) o Ascaris lumbricoides é encontrado com alto predomínio em todo o território brasileiro, presente em indivíduos que vivem em condições de aglomeração, sendo sua prevalência maior em crianças. A ascaridíase humana, causada pelo nematódeo A. lumbricoides (Linnaeus, 1758), é uma das parasitoses mais comuns no mundo, apresentando distribuição em mais de 150 países (SILVA; MASSARA, 2016). Dados publicados no Global Burden Disease Study (GBD) em 2010, calculam que dentre os 5,19 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade (DALY) perdidos para as infecções intestinais causadas por nematódeos, 1,32 milhões são para a ascaridíase (HOTEZ et al., 2014). Outra espécie do gênero Ascaris é Ascaris suum cujos suínos são hospedeiros definitivos, sendo uma parasitose de importância mundial na suínocultura, resultando em perdas econômicas significativas para esta indústria; uma vez que pode prejudicar o processo de absorção intestinal, diminuir os ganhos de massa corporal, diminuir a qualidade da carne ou diminuir o teor de carne na carcaça e interferir na eficácia de vacinas (DOLD; HOLLAND, 2011; KNECHT; JANKOWSKA; ZALESNY, 2012; VLAMINCK et al., 2014). 3.2 Transmissibilidade parasitária Os Ascaris lumbricoides podem se fixar à mucosa intestinal com o auxílio dos lábios, migrar pela luz intestinal ou enovelar um verme no outro. A transmissão ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos férteis do parasito. Muitas vezes, águas de córregos que são utilizadas para a irrigação de hortas estão contaminadas e acarretam na contaminação de verduras com ovos viáveis. Além disso, poeira, aves e insetos são capazes de veicular mecanicamente ovos de A. lumbricoides (SCOTT, 2008). A figura 1 ilustra a transmissibilidade e ciclo: Figura 1 - Transmissibilidade e ciclo: Ascaris lumbricoides Fonte: Resumov (2023). Disponível em https://www.resumov.com.br/biologia/o-que-e-ascaridiase-como-se-pega-ascaridiase-quais-sao-os-sintomas-da-ascaridiase-qual-o-verme-da-ascaridiase-como-evitar-ascaridiase/. Acesso em 21 Abr. 2023. Ascaris lumbricoides é o nematódeo parasito do homem mais comum e abundante e tem um ciclo biológico relativamente simples, do tipo monoxênico. Cada fêmea fecundada é capaz de ovipor cerca de 200.000 ovos por dia, não embrionados, que chegam ao ambiente juntamente com as fezes. O embrionamento dos ovos acontece no meio exterior com o auxílio de solo úmido e sombreado, além da presença de oxigênio, pois nesta fase o parasito utiliza suas reservas lipídicas e apresenta metabolismo anaeróbio. Em temperaturas ótimas, em torno de 25 a 30 °C, o embrionamento pode ocorrer em 15 dias. A primeira larva (L1) formada dentro do ovo é do tipo rabditoide e após uma semana, ainda dentro do ovo, se transforma em larva de segundo estádio (L2) e em seguida sofre nova muda transformando-se em L3 infectante com esôfago filarioide. Os ovos podem permanecer viáveis e infectantes no solo por até 15 anos, podendo ser ingeridos pelo hospedeiro, completando assim o ciclo biológico (REY, 2011; KHUROO et al., 2016; SILVA; MASSARA, 2016; COOPER; HOLLINGSWORTH, 2018). Após a ingestão, os ovos contendo as L3 atravessam todo o trato gastrointestinal, sendo dissolvidos no estômago devido à ação do suco gástrico, e as larvas são liberadas no intestino delgado. A eclosão das larvas também ocorre devido a estímulos fornecidos pelo próprio hospedeiro, como a presença de agentes redutores, pH, temperatura, sais e a concentração de CO2, cuja ausência inviabiliza a eclosão. Uma vez liberadas, as larvas alcançam o ceco e penetram através da mucosa, caindo nos vasos linfáticos e na veia mesentérica superior até atingir o fígado entre 18 a 24 horas após a infecção (DOLD; HOLLAND, 2011; REY, 2011; KHUROO et al., 2016; SILVA; MASSARA, 2016; JOURDAN et al., 2017). 3.3 Prevalência no Brasil e no mundo – Epidemiologia (estatística) Destaca-se que, em relação à epidemiologia, as baixas condições socioeconômicas estão ligadas com uma alta prevalência da ascaridíase; o parasito A. lumbricoides é considerado o helminto mais frequente em regiões pobres, com estimativa de prevalência de aproximadamente 25%, ou seja, em torno de 1,4 bilhões de pessoas estão infectadas mundialmente, sendo mais frequente em crianças e adolescentes (KHUROO et al., 2016; SILVA; MASSARA, 2016). Assim, calcula-se que 73% das infecções estão presentes na Ásia, enquanto 12% estão localizadas na África e 8% na América Latina. Na África, por exemplo, a prevalência é baixa onde o clima é árido, no entanto, em função do microclima, a prevalência é alta nos oásis, devido às condições quentes e úmidas (REY, 2011). A infecção é atípica em grandes cidades no Continente Europeu, no entanto algumas áreas rurais apresentam alta prevalência. Nos Estados Unidos, em torno de 4 milhões depessoas estão infectadas, localizadas especialmente em comunidades de imigrantes vindas de países em desenvolvimento (KHUROO et al., 2016). Por sua vez, no Brasil, Pellon e Teixeira (1950) calcularam a prevalência da ascaridíase na população brasileira em 71,4%. Logo, o elevado acometimento dessa parasitose intestinal, com 25% de prevalência em pré-escolares, 53,6% em crianças de até 12 anos (SILVA et al., 2011) e 42,3% para mães de lactentes. Além disso, em três mesorregiões do estado de Minas Gerais mostrou que A. lumbricoides tem prevalência de 10,3% nesses locais (CARVALHO et al., 2002). Calcula-se que cerca de 55,3% das crianças brasileiras apresentem algum sintoma causado por parasitas intestinais (PEDREZA; QUEIROZ; SALES, 2014). De acordo com Seixas et al, (2011) estudos realizados em cidades do nordeste brasileiro na população infantil revelaram elevada prevalência de infecções parasitárias, com 96% em Paracatuba-SE, 66,1% em Salvador-BA e 84,9% em Natal-RN. De acordo com Silva, Silva e Freitas, (2012) o Ascaris lumbricoides é encontrado com alto predomínio em todo o território brasileiro, presente em indivíduos que vivem em condições de aglomeração, sendo sua prevalência maior em crianças. Estudo realizado pelos os mesmos no ano de 2012 em crianças, moradoras da comunidade ribeirinha de São Francisco do Laranjal, no município de Coari, estado do Amazonas, mostrou que o parasita mais encontrado com 53,7% foi o Ascaris lumbricoides. 3.4 Morfologia do parasito do macho e fêmea / ovos férteis e inférteis O gênero Ascaris pertence ao reino Animalia, filo Nematoda, Classe Secernentea, ordem Ascaridida, família Ascarididae, subfamília Ascaridinae. Em A. lumbricoides as formas adultas são longas, robustas, cilíndricas e com extremidades afiladas, sobretudo, na região anterior. O tamanho do parasito depende da carga parasitária e do estado nutricional do indivíduo parasitado, desse modo, as dimensões descritas se referem à nematódeos recolhidos de crianças com baixa carga parasitária e bem nutridas (REY, 2011; SILVA; MASSARA, 2016). Os machos adultos medem em torno de 20 a 30 cm de comprimento por 2 a 4 mm de largura. Possuem cutícula lisa, brilhante e com finas estriações anulares de coloração branco-marfim ou rosada. Na extremidade anterior encontra-se a boca ou vestíbulo bucal, contornada por três grandes lábios (um dorsal e dois látero-ventrais) providos de papilas sensoriais, com serrilha de dentículos e sem interlábios. Após, estão localizados o esôfago musculoso e o intestino retilíneo e achatado. O reto é envolvido por músculos depressores e se comunica com o exterior por um ânus em forma de fenda transversal. Ao seu entorno agrupam-se numerosas papilas sensoriais (REY, 2011; SILVA; MASSARA, 2016). Já, a figura 2 demonstra a fêmea adulta: Figura 2 - Morfologia: Fêmea adulta Fonte: Câmara (2015). Disponível em https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/12/ascaris-lumbricoides.html Apresenta testículo filiforme e enovelado, que se diferencia em canal deferente, em seguida têm-se o canal ejaculador que se abre na cloaca. O macho apresenta ainda 21 dois espículos grossos, curvos e iguais, que podem ser projetados para fora da cloaca ou ficar retraídos, e funcionam como órgãos acessórios da cópula. A extremidade caudal possui um enrolamento ventral, espiralado, e este é o caráter sexual externo de diferenciação da fêmea. Na cauda também são encontradas papilas pré-cloacais e cloacais (REY, 2011; SILVA; MASSARA, 2016). Ainda internamente, o ovo apresenta uma massa de células germinativas. As fêmeas não fecundadas podem eliminar ovos inférteis, portanto incapazes de posterior evolução. Estes são mais alongados (80 a 90 |im de comprimento) e possuem membrana mamilonada mais delgada, camada albuminosa muito reduzida e citoplasma granuloso. Algumas vezes também são encontrados nas fezes ovos férteis, porém com membrana mamilonada ausente (REY, 2011; SILVA; MASSARA, 2016). 3.5 Estado clínico apresentado pelo paciente - Sinais e sintomas com EOSINOFILIA Eosinofilia leve é considerada quando há mais de 500/µl no sangue periférico, moderada de 500 a 1500/µl e grave quando > 5000/µl (LACY et al., 2004). O aumento significativo (>5%) e duradouro dos eosinófilos em circulação é geralmente devido a doenças parasitárias (eosinofilia severa), alérgicas (eosinofilia leve a moderada) e inflamatórias ou a situações mais raras, clonais ou idiopáticas, que cursam com danos severos aos tecidos em consequência da infiltração eosinofílica (COUISSINIER-PARIS, 2006). A eosinofilia sanguínea varia conforme o estágio evolutivo do parasita. Na ascaridíase, a eosinofilia ascende nas primeiras três semanas, atingindo níveis de 1.000 a 5.000 eosinófilos/µl, e depois decresce lentamente nas semanas subsequentes. Na infestação por filaria e larva migrans visceral, a eosinofilia persiste em taxas elevadas por tempo prolongado. No caso de estrogiloidíase, a cada ciclo de autoinfestação a eosinofilia recrudesce (BOUREÉ, 2006). A eosinofilia clonal é aquela na qual se detecta a presença de alteração clonal. A demonstração de clonalidade do eosinófilo propriamente dito é difícil, sendo, portanto, aceitas evidências de que o mesmo faça parte da doença medular clonal (FLETCHER; BAIN, 2007). Segundo a Classificação da Organização Mundial da Saúde (2008) a eosinofilia clonal pode ser definida de acordo com as características fisiopatológicas ou com as alterações genético-moleculares associadas como: neoplasias mieloide e linfoide com eosinofilia e anormalidades do receptor tipo alfa para fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR alfa) e receptor tipo beta para fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR beta) ou receptores de fator de crescimento de fibroblastos (FGFR1), onde se inclui a leucemia eosinofílica crônica - LEC - com FIP1L1/PDGFR alfa. 3.6 Clínica do paciente – ascaridíase com obstrução Na maioria dos casos, os indivíduos infectados por A. lumbricoides são assintomáticos, no entanto, em torno de 120 a 220 milhões de pacientes apresentam casos de morbidade associada. A morbidade e mortalidade aumentam diretamente com a carga parasitária encontrada no hospedeiro. A maioria dos casos de morbidade acontecem em crianças escolares, devido a seus hábitos higiênicos e ao lúmen intestinal ser mais estreito do que em adultos (DOLD; HOLLAND, 2011). A fim de ilustração, a figura 3 traz os ovos férteis: Figura 3 – Ovos férteis de A. lumbricoides Fonte: Câmara (2015). https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/12/ascaris-lumbricoides.html As manifestações clínicas da doença podem ser caracterizadas em sintomas agudos ou crônicos. Durante a passagem das larvas dos pulmões para os alvéolos, os hospedeiros podem experienciar inflamação pulmonar aguda, com ocorrência de vários focos hemorrágicos no órgão, e inchaços dos alvéolos com infiltrado inflamatório por neutrófilos e eosinófilos. Dependendo do número de parasitos presentes, a migração das larvas pelos alvéolos pode acarretar em um quadro pneumônico com febre, tosse, dispneia, bronquite e asma. Na tosse com muco, o catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas do helminto (DOLD; HOLLAND, 2011; SILVA; MASSARA, 2016). Na ascaridíase crônica, a presença de grande número de parasitos no intestino pode ter ação espoliadora, na qual os adultos consomem grande quantidade dos nutrientes do indivíduo, levando o mesmo à subnutrição. Além disso, os helmintos podem enovelar-se na luz intestinal, causando obstrução. Essa obstrução também pode ser complicada com o desenvolvimento de volvulus (obstrução causada por torção ou nó do trato gastrointestinal), volvulus com gangrena e intussuscepção (condição em que parte do intestino sofre uma invaginação) (KANNEGANTI; MAKKER; REMY, 2013). Um agravante nesses pacientes com alta carga parasitária é quando o parasito após alguma ação irritativa, como febre ou uso impróprio de medicamento, deslocasse do seu habitat normal, atingindo outros órgãos; como o trato biliar, causando cólicabiliar e colelitíase; apêndice cecal, causando apendicite; pâncreas, ocasionando a pancreatite; peritônio, levando à um granuloma peritoneal; e ouvido médio (CHOI; SEO, 2017; ISMAILI-JAHA et al., 2018). Outros sintomas da infecção crônica por A. lumbricoides são distensão abdominal, dor abdominal, cólica, náusea, diarreia, edema e urticária (LI et al., 2014; ANDRADE et al., 2015; SHAH; SHAHIDULLAH, 2018). A ascaridíase também pode levar à intolerância a lactose e a má absorção de vitamina A e outros nutrientes, o que pode, por sua vez, causar danos nutricionais e falta de crescimento em crianças (BETHONY et al., 2006). 3.7 Educação sanitária/tratamento O parasitismo intestinal ainda se constitui um dos mais sérios problemas de Saúde Pública no Brasil, principalmente pela sua correlação com o grau de desnutrição das populações, afetando especialmente o desenvolvimento físico, psicossomático e social de escolares. Há necessidade de dedicar mais atenção e planejamento estratégico dos dirigentes para captação de recursos financeiros a fim de implementar as ações que viabilizem o controle das parasitoses no município. Indica-se que as práticas educacionais quando bem aplicadas levam as pessoas a adquirirem os conhecimentos para prevenção de parasitoses, alcançando objetivos propostos e evidenciando o valor da orientação pedagógica para a conscientização da população (FERREIRA; ANDRADE, 2005). O tratamento para os enteroparasitas compreende tanto a utilização de antiparasitários, como medidas de educação para prevenção e saneamento básico. As principais medicações usadas no tratamento do nematódeo Ascaris lumbricoides são: Abendazol e mebendazol (ANDRADE et al., 2010), são amplamente usados por causa da sua alta eficácia (LONG; PICKERING; PROBER, 2008). O Mebendazol tem ação ovicida, mas não é larvicida apresentando porcentagem de cura de 93,8% a 100% e diminuição de ovos de 97,9% a 99,5%. Já o Albendazol tem a sua ação ovicida, larvicida e vermicida, demonstrando nível de redução de ovos e de cura de até 96,4% (ANDRADE et al., 2010). Se houver risco de obstrução intestinal ou biliar é recomendado o uso de Citrato de piperazina (FERNANDES et al., 2012), que atua provocando um bloqueio neuromuscular nos parasitas, ocasionando uma paralisia, onde facilita sua expulsão pelas fezes, proveniente do movimento peristáltico no intestino do hospedeiro (DAHYA; PATHAK, 2007). Já as complicações da ascaridíase com infestação maciça necessitam de tratamento cirúrgico em casos de obstrução parcial ou completa do intestino, volvo, perfuração intestinal, apendicite e coloecistite, a cirurgia nesses casos é necessária para se evitar isquemia, necrose ou até mesmo antes de ocorrer perfuração intestinal (SOLÍS et al., 2011). 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A ascaridíase tornou-se um problema de saúde em escala mundial. Nesse sentido, no que diz respeito à epidemiologia, Khuroo et al., (2016) e Silva e Massara (2016) compartilham da mesma ideia de que as condições socioeconômicas baixas estão ligadas com uma alta prevalência da ascaridíase, sendo mais frequente em crianças e adolescentes. Já, no Brasil, segundo Pedreza e colaboradores (2014), Seixas et al., (2011) e Silva, Silva e Freitas, (2012) afirmam que mais da metade das crianças brasileiras apresentem algum sintoma causado por parasitas intestinais, ocorrência de maior vulto nas regiões Norte e Nordeste. A eosinofilia, segundo com Boureeé (2006) e Fletcher e Bain (2007) ascende nas primeiras três semanas e depois decresce lentamente nas semanas subsequentes, persistindo em taxas elevadas por tempo prolongado. Mas, a eosinofilia clonal, na qual se detecta a presença de alteração clonal, são aceitas as evidências de que o mesmo faça parte da doença medular clonal. Por sua vez, na ascaridíase crônica, segundo Kanneganti e colaboradores (2013), Choi e colaboradores (2017) e Ismaili-Jaha que corroboram ao afirmarem que a presença de grande número de parasitos no intestino pode ter ação espoliadora, na qual os adultos consomem grande quantidade dos nutrientes do indivíduo, levando o mesmo à subnutrição, além de agravar após alguma ação irritativa, como febre ou uso impróprio de medicamento. Por fim, em relação ao tratamento e a educação a fim de conscientizar a população da importância do tratamento, Andrade et al., (2010) e Long e colaboradores (2008) afirmam que se deve usar antiparasitários, como medidas de educação para prevenção e saneamento básico. As principais medicações usadas no tratamento do nematódeo Ascaris lumbricoides são: Abendazol e mebendazol, drogas em que Fernandes et al., (2012) e Dahiya e Pathak (2007) também concordam em ser as mais eficazes, pois atuam provocando um bloqueio neuromuscular nos parasitas, ocasionando uma paralisia, onde facilita sua expulsão pelas fezes, proveniente do movimento peristáltico no intestino do hospedeiro. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pelo exposto, foi mostrado que a ascaridíase é uma das doenças que mais acometem as pessoas por todo o mundo, e foca-se o olhar, preocupante, aos casos de morbidade infantil; pelo fato de o A. lumbricoides interferir na questão nutricional, pois está em um lugar que propicia a sua alimentação, se aproveitando, desse modo, dos nutrientes dissolvidos pela pessoa hospedeira, diminuindo, dessa forma, a digestão, absorção e transporte nutricional. Então, por isso, pode levar a pessoa à desnutrição, como resultado agravante da infestação por Ascaris lumbricoides. Além do mais, pelo falto de a ascaridíase ser prejudicial à saúde, interfere na qualidade de vida de todos vulneráveis e por ser um fator das situações precárias de saneamento básico, baixa condição socioeconômica e higiene precária, é que se vislumbra a necessidade da implantação de programas mais eficazes em saúde, a fim de informar a forma de prevenção desse parasita intestinal, instruindo-os acerca da higiene pessoal, manuseio dos alimentos, cuidado com a água a ser consumida, tratamento de esgoto e educação sanitária, visando à conscientização social, para que, assim, se tenha melhor qualidade de vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, E. C. et al., Parasitoses intestinais: uma revisão sobre seus aspectos sociais, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos. Revista APS: Atenção Primária a Saúde, Juiz de Fora v.13, n. 2, p. 231-240, abr./jun., 2010. ANDRADE, A.M.; PEREZ, Y.; LOPEZ, C.; COLLAZOS, S.S.; ANDRADE, A.M.; RAMIREZ, G.O.; ANDRADE, L.M. 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