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EVAPOTRANSPIRAÇÃO 1 – INTRODUÇÃO 1.1 – Conceitos básicos: Evaporação b) Transpiração c) Evapotranspiração 2 2 – IMPORTÂNCIA Importância na agricultura irrigada Essencial em diversos estudos hidrológicos; Estimativa da lâmina requerida para irrigação (planejamento); Administração da irrigação de forma racional (manejo). 3 b) Importância na agricultura não irrigada Planejamento de épocas de semeadura; Planejamento do armazenamento da água na agricultura. 4 3 – TIPOS DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO Evapotranspiração da cultura (ETc); Evapotranspiração real (ETrc); Evapotranspiração da cultura de referência (ETo). 5 4 – FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO Fatores climáticos: Figura 1 – Influência dos fatores climáticos na evapotranspiração 6 Fatores do solo (Edáficos) Propriedades físicas e morfológicas: Coloração do solo (interfere no coeficiente de reflexão e em decorrência no balanço de energia); Rugosidade (turbulência das camadas de vento); Umidade do solo. 7 Fatores da planta Estágio de desenvolvimento; Índice de área foliar (IAF); Arquitetura da planta; Tipo de metabolismo fisiológico; - Condições fitossanitárias; 8 5 – MEDIDAS DA EVAPORAÇÃO E EVAPOTRANSPIRAÇÃO 5.1 – Métodos diretos Lisímetros Drenagem ou percolação profunda; Lisímetro de pesagem. b) Parcelas experimentais no campo 9 5.2 – Métodos indiretos Equações + informações de estações meteorológicas. Os principais são: Tanque evaporimétrico “Classe A”; b) Método de Thornthwaite (1948); c) Blaney-Criddle modificado (FAO); d) Método da Radiação; e) Método de hargreaves-Samani; f) Método de Penman-Monteith-FAO. 10 MÉTODOS DIRETOS - Lisímetro de drenagem ou percolação 11 Em que: Va = Volume de água aplicado (L); Vp = Volume de água percolado (L); A = Área do tanque (m2); T = Intervalo entre medições (dia); P = Precipitação ocorrida no período considerado. Observação: Requer cuidados necessários a um funcionamento adequado. 12 Exemplo de aplicação: Determinar a evapotranspiração para uma cultura de milho (Etc) por meio de um lisímetro de percolação, com os seguintes dados: Volume de água aplicado (Va) = 0,3 m3 Volume de água percolado (Vp) = 0,25 m3 Área do lisímetro (A) = 1,2 m2 Intervalo entre medições (T) = 7 dias - Precipitação no período considerado (P) = não houve 13 Resolução: Cálculo do volume retido (Vr) Vr = Va – Vp, ou seja, 03 – 0,25 = 0,05 m3 = 50 L b) Lâmina equivalente ao volume retido (Lvr) Lvr = Vr/A = 50L/1,2m2 = 41,67 L.m-2 = 41,67mm c) Evapotranspiração da cultura no período considerado (Etc) ETc = Lvr/T = 41,67mm/7dias = 5,95 mm.dia-1 14 - Lisímetro de Pesagem 15 b) Parcelas experimentais Utilizado para a determinação da evapotranspiração total, durante todo o ciclo da cultura, e nunca a ETpc diária ou semanal, pois, nestes casos, os erros seriam grandes. 16 Em que: I = Água da irrigação durante o ciclo da cultura (mm); P= Precipitação efetiva no período considerado (mm); H2O* = Água armazenada no solo antes do plantio (mm); H2O** = Água armazenada no solo após a colheita (mm); 17 MÉTODOS INDIRETOS Por questões práticas os mais utilizados são o do tanque evaporimétrico “Classe A” e o método de Thornthwaite (1948). -Tanque evaporimétrico “Classe A” 18 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TANQUE “CLASSE A” : Desenvolvido nos E.U.A e amplamente utilizado no Brasil; 2) Área circular (1,15m2), instalado sobre estrado de madeira; 3) Manuseio simples, cujo principal objetivo é o de estimar a evapotranspiração de referência (ETo). 4) Evaporação no tanque (Ev), é obtida pela diferença das alturas dos níveis de água em dias consecutivos. (Parafuso micrométrico em poço tranqüilizador) 5)Recomendam-se repetições para minimizar a grande variabilidade encontrada entre os valores de evaporação. 19 ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA DE REFERÊNCIA (ETO). Em que: ETo = Evapotranspiração da cultura de referência (mm.dia-1); Ev = Evaporação medida no tanque (mm.dia-1); Kt = Coeficiente do tanque, (Tabelado), função de U, UR, do tamanho e do tipo de bordadura circunvizinha ao Tanque “Classe A”. 21 ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA (ETc) Em que: Kc = Coeficiente de cultivo (Tabelado), varia principalmente com as características específicas da cultura, estádios de desenvolvimento e as práticas culturais. 22 OBS.: Para áreas extensas de solo nu, reduzir os valores de Kt em 20% em condições de alta temperatura e vento forte, e de 5 a 10% em condições de temperatura, vento e umidade moderados. R (m) menor distância do centro do tanque ao limite da bordadura. 24 Método de Thornthwaite, (1948). Segundo Camargo (1962) e Medeiros (1998), este método apresenta boas estimativas da ETo para condições de clima úmido do Brasil. Baseia-se na relação existente entre a ETo e a temperatura do ar. - Segundo Pereira et al. (2001) a ETo mensal (mm.mês-1) pelo método de Thornthwaite, pode ser calculada pelas equações a seguir: 25 Em que: ETp = é a evapotranspiração padronizada para um mês de 30 dias e para um fotoperíodo (N) igual a 12 h (mm.mês-¹); Tm = é a temperatura média do mês, em ºC; “I” e “a” = são índices de calor, obtidos a partir dos dados normais da região e determinados pelas seguintes equações: Para 0 < Tm < 26,5ºC Para Tm ≥ 26,5ºC 26 Em que: Tn = é a temperatura média normal do mês i (i = 1 a12), (ºC); Ta = é a temperatura média anual normal (média histórica),(ºC); Após a correção de ETp, esta deve ser corrigida em função do número de dias (ND) e do fotoperíodo médio (N = Tabela 3) do mês em questão. A ETo em mm.mês-1 é dada por: observação: Para se determinar a ETo diária (mm.dia-1), basta se determinar a ETp com a temperatura média do dia e utilizar a equação abaixo: 29 EXERCÍCIO PARA UMA LATITUDE DE 10º, CALCULE O VALOR DA ETp PELO MÉTODO DE THORNTHWAITE PARA CADA MÊS. 30 5 – CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO MÉTODO DE ESTIMATIVA DA ETo. Segundo Pereira et al. (2001), a escolha do método de estimativa da ETo depende de vários fatores, dentre eles tem-se: Disponibilidade de dados meteorológicos b) Escala de tempo requerido menos dados meteorológicos - estimativas em escalas de tempo maiores; mais dados até mesmo na escala horária. 31 c) Adaptabilidade dos métodos à região de estudo - Thornthwaite - melhores estimativas de ETo em clima úmido, subestimando em climas semi-áridos. - Hargreaves - Samani - melhores resultados em condições de clima árido e semi-árido. Em clima úmido, superestimam a ETo. 6 – ESTIMATIVA DA ETo EM ABIENTES PROTEGIDOS Nesses ambientes toda água necessária à produção é proveniente da irrigação, sendo indispensável a estimativa da evapotranspiração, para um adequado manejo de água das culturas. - No interior de estufas, a evapotranspiração é, em média, 60 a 80% daquela que ocorre no ambiente externo (Rosenberg et al., 1989). 33 Farias et al. (1994) propuseram as seguintes equações para estimativa da evapotranspiração de referência interna (Eto i )a partir da externa (Eto e), para a escala quinquidial (5 dias): Método de Penman: Eto i = 2,897+0,613. Eto e (R2 = 0,95) (Eto e > 8 mm / 5 dias) 2) Tanque “Classe A”: Eto i = 4,397+0,248. Eto e (R2 = 0,53) (Eto e > 6 mm / 5 dias) 34 7– MÉTODO DE PENMAN – MONTEITH - FAO Para padronização dos procedimentos de cálculo da evapotranspiração da cultura de referência, baseando-se na equação de Penman-Monteith, a FAO propôs a seguinte notação, que passou a ser conhecida como equação de Penman-Monteith-FAO. 35 36 37 (J = Nº de dias do ano) = distância relativa terra - sol = declinação solar = ângulo horário do por – do - sol = radiação no topo da atmosfera = fotoperíodo = radiação solar expressa em equivalente de evaporação α = albedo. Valor médio para grama = 0,23 = saldo de radiação de ondas curtas = saldo de radiação de ondas longas = fluxo de calor no solo = radiação aerodinâmica OBRIGADO!!!!
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