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Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Escola Estadual Professor Salvador Rocco Dossiê: Primavera Árabe Revoluções populares contra governos do mundo árabe São Paulo 2015 Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Escola Estadual Professor Salvador Rocco Ensino Médio Dossiê: Primavera Árabe Revoluções populares contra governos do mundo árabe Trabalho apresentado como exigência do critério de avaliação, referente ao quarto bimestre, para disciplina de história, sob a orientação do Professor De Historia. São Paulo 2015 “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.” (Che Guevara) Índice Introdução ........................................................................................................... 4 Capítulo I............................................................................................................... 5 · Começo da Primavera Árabe · Fundamentos para um novo Estado · Consequências políticas e econômicas Capítulo II.............................................................................................................. 8 · Países Envolvidos · Guerra entre Sunitas e Xiitas · Grupos Terroristas Capítulo III............................................................................................................. 12 · Resultados das revoltas · O papel das mídias sociais · Acontecimentos Inesperados · Refugiados dos conflitos Conclusão............................................................................................................ 15 Referências Bibliográficas................................................................................. 16 Introdução Não há fronteiras nesta luta de morte Uma região conhecida por estar muito tempo de joelhos para seus comandantes e tiranos em um momento de sua história decide se levantar e lutar pelos seus direitos, buscando uma liberdade que jamais sonharam em conquistar, mas tudo isso estava prestes a mudar em pleno século XXI. Uma série de revoltas e manifestações começou a agitar o intitulado de mundo árabe que também podemos julgar de Oriente Médio e o norte do continente africano em busca de uma local democrático para viver e ter um futuro, pois a situação de anos em um estado completamente comando por um tirano estava se tornando insustentável, originando uma situação onde o mundo iria presenciar uma nova fase da historia humana que literalmente só precisou de uma faísca de um vendedor em seu respectivo corpo se trucidando e iniciando de certa maneira os protestos por essas regiões. Um grito de liberdade que estava engasgado por várias gerações em algum momento da historia precisaria se soltar e justamente neste instante um povo oprimido de sua maioria islâmica mostra sua cara para a humanidade apenas por um direito básico do ser humano que é a liberdade, tirada deles sem nenhuma votação popular e ou um sistema democrático, pois alguém em algum estágio do tempo nomeou-se dono do estado e das pessoas que vivem naquele local sem direito a nenhuma discordância ou oposição. Nada dura para sempre e a opressão de um povo tem seu limite na batizada Primavera Árabe. Capítulo I O presente é de luta, o futuro nos pertence A chamada Primavera Árabe foi uma onda de protestos percorrida pelo mundo árabe onde tiranias exaltadas por décadas encabeçadas por reis ou presidentes octogenários, irão cair ou sentem ameaçados pela primeira vez em muitos anos. As causas já apareciam de certa maneira presentes e o descontentamento em muitos países já era encoberto, tendo entre os principais motivos a insatisfação do povo com o falta de liberdade política, por conta da presença dos regimes totalitários nessas regiões, a frustração dos jovens com a falta de empregos e oportunidades para essa juventude e essas novas gerações buscam por liberdade olhando isso através da internet alem da crise econômica que afetou todo o mundo, de certa maneira aumentou também o desemprego, a miséria e a falta de perspectiva das populações pobres nessa região. Com muitas manifestações já ocorrendo por parte de vários grupos, algo que realmente faz esse povo se erguer estava prestes realizar-se com Mohamed Bouazizi, um vendedor de rua tunisiano que jogou fogo ao próprio corpo no dia 17 de dezembro de 2010 em protesto contra as afrontas causadas pelas autoridades locais que confiscaram os bens que esse vendedor usava para trabalhar e sobreviver. Seu suposto ato de loucura mobilizou grande parte da população, aumentando a onda de protestos e levando ao ditador Zine El Abidini Bem Ali se retirar do poder e ter presenciado a primeira vitoria do evento que posteriormente se tornaria conhecido pela população como Revolução de Jasmin ou de forma mais abrangente Primavera Árabe. Com esse acontecimento outras regiões começaram a se mover e iniciaram a suas lutas por liberdade e democracia seguindo o exemplo da Tunísia que havia conseguido derrubar um ditador por pressão popular. Em relação à geopolítica árabe, os Estados Unidos eram aliados de ditadores árabes, buscando garantir interesses geopolíticos e econômicos na região, que abriga as maiores reservas de petróleo do planeta. A primavera árabe coloca em cheque a política externa de Washington para a região. A Liga Árabe, liderada pela Arábia Saudita e pelo Catar, assume um papel de destaque das crises e dos conflitos provocados pela Primavera Árabe. Fundamentos para um novo estado A revolução democrática árabe é concebida como a primeira grande onda de protestos democráticos nesta região no século XXI. Os protestos foram ficando cada vez mais forte devido aos problemas principalmente de caráter social como o desemprego enfraquecendo aos regimes nacionalistas árabes que nasceram entre as décadas de 1950 e 1970, que com o passar do tempo foram perdendo seu principal objetivo e se tornando governos opressores impedindo as oposições políticas. A falta de liberdade, a alta militarização e a péssima infraestrutura que deixavam todo beneficio na posse de poucos e corruptos. Estas revoluções não ocorreram antes, pois ate a Guerra Fria os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo americano ou ao comunismo russo. Neste período as manifestações políticas não eram permitidas diferentemente de hoje me dia com o amplo processo da globalização permitiu difundir as ideias do ocidente tendo grande participação das redes sociais, presentes na internet. Essa junção tecnológica foi fundamente para a classe mais jovem que por consequência teve uma maior participação, espalhando suas ideias por toda parte do mundo. E finalmente a grande crise que afetou o mundo em 2008 e a crise climática também impulsionaram os níveis de pobreza em certas regiões africanas e elevou os preços dos alimentos e outros produtos básicos. Consequências políticas e econômicas Primeiramente temos a queda de alguns regimes ditatórios que podem não viver uma democracia ou ditadura militar, mas muitos considerados reis já perderam seus postos conceituados de cativos. Alem disso tende-se a criar promover um reordenamento geopolítico na região, já muitos países eram aliados dos Estados Unidos hoje em dia não sabem em que lado deve permanecer e ainda ocorrem os conflitos árabe-israelenses que tendem a aumentar com o tempo. Na área econômica o efeito mundialmente foi no aumento dos preços dos barris de petróleo, pois é uma região que se concentra a maior parte dos países que produzem esse produto mineral, desta maneira um conflito na região irá provocar uma alteração no padrão de preços da commodity. Independentemente da instauração democrática nesses estados o preço do petróleo deve continuar em alta devido a uma serie de acordos e espera-se com isso a diminuição da desigualdade social. Capítulo II Países Envolvidos Com o passar do tempo às regiões do chamado mundo árabe começaram a se agitar e realizar seus protestos e manifestaçõescontra o governo ou ditador do local em si. Na tabela a seguir podem-se observar alguns fatos sobre cada região em relação aos acontecimentos da Primavera Árabe. Países Acontecimentos Da Primavera Árabe Tunísia O primeiro local e de certa maneira ponto de partida para os futuros acontecimentos da Primavera Árabe. Com a morte do comerciante Ben Ali não suportou a revolta popular e deixou o poder depois de 24 anos de reinando. A revolução de Jasmin destituiu o antigo governo tendo uma nova eleição no dia 23 de outubro de 2011. E ainda Ben Ali foi condenado à prisão com pena de 35 anos como resultado dessa revolta popular. Egito A revolução denominada de Dia de Fúria ou Revolução de Lótus foi contra a ditadura de Hosni Mubarak que se apresentava no poder desde 1981, anunciando a não candidatura daquele ano. Uma das revoltas mais violentas com 850 mortos tendo futuramente um golpe militar depondo Mohamed Morsi que foi escolhido pelo povo, mas os conflitos depois do golpe continuam ate os dias atuais. Líbia Com influencia das revoltas na Tunísia a revolta na Líbia tinha o objetivo de acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi no comando desde 1969, tendo uma resistência que por consequência obrigou uma intervenção das forças militares da OTAN pela União Europeia. O ditador foi morto, mas o país anda não conseguiu se estabelecer politicamente criando ate uma segunda guerra civil que dura até os dias atuais, sem nenhuma perspectiva de finalização. Síria A Síria esta vivendo um momento de guerra civil que no primeiro momento formou-se um grande campo de batalha contra o governo de Bashar Assad, usando a violência policial e há indícios do uso de armas químicas para conter os manifestantes. Já se contabilizou um grande numero de mortos e o governo sírio foi colocado em exílio pelas forças de oposição ao governo. Iêmen Protestos e conflitos contra o governo de Saleh que durou 33 anos e anunciou o fim da ditadura em novembro de 2011. Uma transição pacifica, através das eleições diretas e o anuncio de Hadi que depois de um tempo é deposto, intensificando a guerra civil no país. Além disso, em alguns locais houve a participação da Al-Qaeda na revolução iemenita. Bahrein Os protestos no Bahrein tinham o objetivo de derrubar o rei Hamad Bin Isa AL-Khalifa, sobe a influência direta dos efeitos da Revolução de Jasmin. Os rebeldes sofrem com a violência do governo que tentaram atacar até o grande premio de formula one, catalogando muitos mortos durante as brigas contra policiais. Jordânia O país entrou no clima de revolução um pouco tempo depois que a maioria dos outros países, com o objetivo de derrubar o governo do Rei Abdullah II. Com receio das revoltas no país ele anunciou a realização de novas eleições no inicio de 2013, mas não se concretizou com o boicote da Irmandade Mulçumana diante das denuncias de compra de votos no país. Argélia No poder por 12 anos os protestantes tentam derrubar o governo de Abdelaziz Bouteflika. Com a tentativa de diminuir a pressão popular o presidente adotou a suspensão do estado de emergência de 19 anos e utilizou medidas de favorecimento ao povo. Uma nova eleição foi realizada, mas Abdelaziz ganhou novamente tendo ate os dias atuais protestos e ate atentados terroristas. Marrocos No Marrocos há exigência foi diferente em relação às outras regiões, pois eles não queriam o fim do governo do Rei Mohammed VI, mas sim a diminuição dos seus poderes e atribuições. O rei chegou atender parte das exigências, diminuindo seu poder e nomeando eleições para Primeiro-Ministro. Em contra partida ainda possui grandes poderes de ditador. Omã Igual ao Marrocos a situação de Omã era apenas por melhores condições de vida, reforma política e aumento de salários e não o fim do regime monárquico do sultão Qaboos Bin Said que governa o país. A situação vem sendo controlada através de favorecimentos populacionais e houve até a realização das primeiras eleições municipais no ano de 2012. Sudão No ano de 2015 o presidente anuncia que não irá procurar um novo candidato, no entanto ele foi escolhido em um partido para a eleição que futuramente vai acontecer. Iraque Teve seu termino em janeiro de 2014 e como principais legados deixados pode-se relatar a não candidatura do Primeiro-Ministro Maliki a um terceiro mandato, renuncia de autoridades locais, libertação de 3.000 prisioneiros e a guerra do governo iraquiano contra o Estado Islâmico. Kuwait Encerrado em dezembro de 2012 com a renuncia do primeiro ministro Nasser Mohammmed e a dissolução do parlamentou seja um governo de mudanças impulsionadas pelos protestos. Líbano A onda de protestos tem seu termino, mas o conflito sectário se agrava devido aos acontecimentos na Síria. Alem disso ocorreu o cancelamento das eleições parlamentares. Palestina O primeiro-ministro anuncia sua renuncia em 2013, mas não por pressão popular e sim pela diferença pessoal entre ele e o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas. Outros locais como Israel, Arábia Saudita, Somália, Mauritânia e entre outros também tiveram sua participação na chamada Primavera Árabe, mas não de forma tão evidente como na Tunísia considerada o ponto de partida para todos esses acontecimentos. Guerra aberta entre Sunitas e Xiitas Na região da Síria o protesto inicial por liberdade, melhoria de vida e mudanças em relação ao trabalhador acabou se tornando algo muito mais alem disso tornando-se uma guerra aberta entre sunitas e xiitas, gerando um conflito regional e internacional entre Arábia Saudita e Qatar contra o Irão, Turquia e Israel contra Síria e Rússia respectivamente em oposição aos Estados Unidos. A Síria por ser estado com muitas culturas diferentes em um mesmo local leva posteriormente a um conflito regional, tendo como grande preocupação para boa parte da população que ela se torne cada vez mais instrumental na difusão do xiismo. Por outro lado essa briga interna não tem tempo certo para chagar ao fim sendo que boa parte da população cristã fica sem ter para onde se esconder, pois não esta envolvida diretamente na guerra entre sunitas e xiitas. Grupos Terroristas Os conflitos criados pela Primavera Árabe mudaram os planos assim como na Síria que teve inúmeras manifestações populares contra o regime de Bashar al-Assad, alegando que esses protestos não eram legítimos, pois eram supostamente realizados por grupos terroristas. A repressão promovida por ele, em conjunto o financiamento de milícias anti-Assad pelos países do Golfo Pérsico, fez a Síria tomar do Iraque o posto de polo atrativo de Jihadistas. No ano de 2010 sob a liderança de Abu Bakr, o Estado Islâmico do Iraque cruzou a fronteira, enviando inúmeros jihaidistas para combater o ditador sírio e ajudou a formar frente com o braço da Al-Qaeda na Síria. Em 2013, Baghdadi anunciou a fusão de dois grupos o Estado Islâmico do Iraque e o chamado grupo ISIS. Hoje o ISIS tem um papel de destaque atuando em varias regiões diferentes e obtendo varias vitorias seguidas, ganhando territórios. No Iraque, o principal foco de violência é a província de Anbar onde os lideres sunitas combatem o governo central. Ao lado deles esta o ISIS só que muito mais armado e preparado, tomando varias cidades iraquianas deixando em seu caminho um rastro de violência extrema, que inclui execuções em massa e até mesmo crucificações. Na Síria, o ISIS combate o governo Assad quanto outras milícias sunitas que lutam para acabar com o regime sírio. Para o grupo seu primeiro objetivo é firmar o domínio contra os jihadistas de todos os tipos, atacando outros grupos extremistas e depois combater contra Assad. Com esse plano o ISIS fica em uma situação confortável com a liderança global da Al-Qaeda. Em uma transmissão que foi transmitida em publico o grupo intitulado de ISIS deseja se chamar unicamente de Estado Islâmico e a briga entre o lado americano e o outro que esta o regime de Assad e o Irã foram o que gerou o grupo ISIS. Eventualmente o grupo pode vir a acabar com o tempo,mas a ideia de Al-Qaeda e dos grupos extremistas continuam vivos se ainda existir o terreno fértil de pobreza, autoritarismo e violência. Capítulo III Um mundo se tornando diferente Com os resultados positivos nas revoltas da Tunísia e do Egito, a Primavera Árabe continuou por varias regiões se arrastando de forma mal forma mal sucedida pela Síria ate os dias de hoje. Pode-se dizer que a Primavera Árabe fracassou no sentido de não ter conseguido instaurar efetivamente uma democracia plena nesses países, apesar do sucesso inicial ao ter derrubado os ditadores da Tunísia e do Egito, Líbia e do Iêmen. Outro ponto que se pode notar aos realizar essas manifestações foram problemas como a desigualdade social que ao invés de diminuir aumentaram de forma incoerente. As mídias sociais na Primavera No começo dos movimentos, havia bastante entusiasmo na imprensa ocidental sobre o papel do Twiiter e Facebook, pois essas redes sócias tem papel importante em países como Arábia Saudita, onde essas redes são utilizadas para dar vazão às opiniões que são reprimidas pela imprensa oficial do local. No começo, elas também tiveram um papel importante nos protestos, mas isso ficou limitado por parte da população e os políticos liberais que usaram intensamente as redes sociais, não ganharam grande apoio. Por outro lado os canais de televisão por satélite tiveram uma influencia muito maior, chegando às pessoas analfabetas e que não possuem o acesso à internet. Acontecimentos Inesperados Alguns fatos que se desenrolaram durante a Primavera Árabe não eram previstos ao seu inicio como, por exemplo, no começo, os EUA cultivaram boas relações com o Egito, Israel e Arábia Saudita em um cenário que parecia estável há anos. Mas no Egito, os americanos não conseguiram acompanhar o ritmo de mudanças, que levou ao poder o islamita Mohammed Morsi, poucos meses depois deposto pelas Forças Armadas. Os Estados Unidos gostam de eleições, mas detestaram o resultado do pleito no Egito sendo uma vitoria da Irmandade Mulçumana. E não gostam de golpes militares, mas se sentem confortáveis com um regime apoiado por militares, desde que se comprometam a manter a paz com Israel. Os Estados Unidos seguem sendo uma superpotência, mas não ditam o rumo do Oriente Médio. Outro fato que ninguém teria conseguido prever que o Irã seria o grande vencedor da Primavera Árabe. No começo o país ficou marginalizado e enfraquecido com as sanções impostas por outros países devido ao seu programa nuclear. A Arábia Saudita e Israel estão preocupados com a disposição americana de negociar com o Irã, mas hoje é impossível pensar em uma solução para o conflito sírio sem a participação do país. O povo do Curdistão, no Iraque esta cada vez mais se beneficiando com a Primavera Árabe, podendo futuramente fundar até o próprio país, mas o futuro da nação pode ser muito árduo, pois enfrenta resistências com todos os países a sua volta como Síria, Turquia e Irã. Como ultimo fato temos o tema em relação à parte geográfica região, pois o Oriente Médio foi desenho pela França e Grã-Bretanha ao final da Primeira Guerra Mundial que hoje em dia parece estar evoluindo. Foi nesse período que surgiram países como Síria e Iraque. Há muitas duvidas se esses países irão continuar existindo daqui alguns anos, mas lição que essas revoluções passaram é que os resultados são imprevisíveis, e pode levar anos para que se compreendam exatamente as suas consequências. Fuga Para Europa No ano de 2011 foi marcado por conflitos de grande repercussão internacional. Desde o inicio da Primavera Árabe uma serie de movimentos democráticos na região do Oriente Médio que derrubou uma série de governos ditatórios. Esses conflitos forçaram 42,5 milhões de pessoas em todo o mundo a fugir ou se refugiar longe de suas casas por causa do risco de vida. Esses números estão cadê vez mais aumentando com o passar dos anos sendo que 15,2 milhões tiveram que cruzar a fronteira de seus países e boa parte formada por 4,8 milhões eram palestinos devido aos conflitos em sua terra Natal. A ONU divulgou que em todos esses anos especificamente em 2011 ocorreu a menor taxa de repatriação dos refugiados aos seus países, pois em muitos locais como a Síria não tem nenhuma perspectiva de acordo ou fim desses conflitos. Parte importante deste quadro é resultado de um ano em que conflitos políticos e desastres naturais colocam a África no centro do problema. Como pode ser observado que na Líbia com a vitória dos rebeldes boa parte de refugiados que foram para a Tunísia voltam para seu país e em outros locais como a própria Tunísia e Egito por terem tido pouca duração de conflito quase não incidiu um grande movimento de refugiados. Os conflitos antigos e os desastres naturais completam o quadro na África Subsaariana onde mais de 300 somalis fugiram para o Quênia, Iêmen e Etiópia devido a grande seca que ocorreu no local que por sua vez provocou violência e conflitos no centro e no sul do país. Sem conseguir retonar para casa, os refugiados procuram soluções duradouras nos países de asilo, que por muitas vezes podem gerar tensões por isso os países fazem grande esforço para tentar ajudar esse publico e se inserir como beneficiários das políticas públicas locais. Os conflitos entre sunitas e xiitas não tem previsão de termino, ainda tendo nos dias atuais muitos refugiados iraquianos na síria e na Jordânia, também dando margem para aparição do problema de condição financeira nestas regiões que tem seus próprios problemas internos. Outro dado importante é que quase a metade os refugiados são composto por mulheres e meninas que fogem dos conflitos e migram para outras regiões em busca de um novo começo. Conclusão A sociedade sempre vai estar em constante mudança não importa à data ou o século a estrutura social pode ser a mesma, mas pode seguir conceitos morais diferentes dependendo do lugar. E em um local que por anos estava de cabeça baixa para seus ditadores e ficou um longo período da sua historia apenas com medo de se expressar e impor suas ideias, mas um dia tudo mudou e em um ato de automutilação o mundo se virou para prestar mais atenção na nova fase do mundo árabe, criando a chamada Primavera Árabe, aonde a população chega ao seu limite e não aguenta mais ser comandada por lideres que não respeitam seu próprio povo. Não se trata de um simples evento de rede social mais sim um processo por democracia, pois ninguém poderia imaginar que os governantes árabes e as elites que davam a eles uma tranquilidade um dia iriam cair ou até morreriam. Alguns locais que ate os dias atuais podem estar em um constante conflito um dia podem viver em paz e manter-se com a sonhada liberdade, um direito que deveria ser algo básico para qualquer ser humano, mas a vontade de ter poder é tão grande que passar por cima da mesma espécie não parece afetar esses ditadores que não devem nem ser chamados de indivíduos. Contudo que foi relato no texto acima e todos os fatos que formam impostos durante o trabalho podemos notar a luta de um povo que sempre foi reprimido, mas um dia resolveu se levantar para batalhar em busca de seus sonhos, pois nada é grande demais quando temos convicção em algo que fará bem não só para si mesmo, mas sim pra uma população interia, o povo Árabe finalmente mostrou sua cara que para muitos se trata apenas de algo passageiro, mas por um futuro melhor a luta por liberdade e democracia, pois ser livre não é fazermos aquilo que queremos, mas querer-se aquilo que se pode. 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