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Aula 4 - Custeio por Absorção e Variável

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CONTABILIDADE DE CUSTOS
AULA 04
Profa.Joelma Castelo joelmacastelo@hotmail.com
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CONCEITO: O sistema de custeio por absorção considera na apuração do CPV todos os custos de produção – Diretos e Indiretos, Fixos e Variáveis. Assim, os custos fixos e variáveis são “estocados” e lançados ao resultado apenas quando da venda dos produtos correspondentes. As despesas serão registradas pela contabilidade comercial e serão evidenciadas na DRE.
Portanto, quando da apuração do CPV serão apropriados aos produtos: MP, MOD devidamente utilizada na produção e todos os CIF.
O custeio por absorção obedece ao regime de competência do exercício e é aceito pela legislação do imposto de renda, já que, os custos de produção (apropriados aos produtos) só serão transferidos para o resultado quando estes produtos forem vendidos.
DIFICULDADES: Por sua própria natureza os custos fixos existem independentemente da ocorrência ou não de qualquer produção e, mesmo com oscilações dentro de certos limites, acabam representando o mesmo montante a cada período ( mês, por ex.)
Por não dizerem respeito a este ou aquele produto ou a esta ou aquela unidade, os custos fixos são quase que sempre distribuídos à base de critérios de rateio, que contém em maior ou menor grau , arbitrariedade.
A maior parte das apropriações é feita em função de fatores de influência que na verdade não vinculam efetivamente cada custo a cada produto, sendo, assim injustos.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
PERÍODO
PRODUÇÃO (UNIDADES)
VENDAS (UNIDADES)
ESTOQUE FINAL (UNIDADES)
ANO 1
60.000
40.000
20.000
ANO 2
50.000
60.000
10.000
ANO 3
70.000
50.000
30.000
ANO 4
40.000
70.000
0
 CASO PRÁTICO
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
PLANILHA DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS
TOTAL
MATÉRIA – PRIMA
20.00/unidade
ENERGIA
4.00/unidade
MATERIAIS INDIRETOS
6.00/unidade
TOTAL
30.00 unidades
CUSTOS FIXOS
TOTAL
MO
1.300.000/ano
DEPRECIAÇÃO
400.000/ano
MANUTENÇÃO
300.000/ano
DIVERSOS
100.000/ ano
TOTAL
2.100.000
PREÇO DE VENDA
75/unidade
MÉTODO DE APURAÇÃO DE CUSTOS
PEPS
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 1
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 60.000 X 30,00 =
1.800.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
3.900.000
CUSTO UNITÁRIO: 3.900.000/60.000 =
65.00 unidades
ESTOQUE FINAL: 20.000 X 65.00 =
1.300.000
DRE
RECEITA: 40.000 X 75.00 =
3.000.000
(-) CPV : 40.000 X 65.00 =
(2.600.000)
LUCRO BRUTO
400.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 2
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 50.000 X 30,00 =
1.500.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
3.600.000
CUSTO UNITÁRIO: 3.600.000/50.000 =
72.00 unidades
ESTOQUE FINAL: 10.000 X 72.00 =
720.000
DRE
RECEITA: 60.000 X 75.00 =
4.500.000
(-) CPV : ANO 1 = 20.000 X 65.00 =1.300.000
ANO 2 = 40.000 X 72.00 =2.880.000
(4.180.000)
LUCRO BRUTO
320.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 3
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 70.000 X 30,00 =
2.100.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
4.200.000
CUSTO UNITÁRIO: 4.200.000/70.000 =
60.00 unidades
ESTOQUE FINAL: 30.000 X 60.00 =
1.800.000
DRE
RECEITA: 50.000 X 75.00 =
3.750.000
(-) CPV : ANO 2 = 10.000 X 72.00 =720.000
ANO 3 = 40.000 X 60.00 =2.400.000
(3.120.000)
LUCRO BRUTO
630.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 4
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 40.000 X 30,00 =
1.200.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
3.300.000
CUSTO UNITÁRIO: 3.300.000/40.000 =
82.50 unidades
ESTOQUE FINAL: ZERADO
-
DRE
RECEITA: 70.000 X 75.00 =
5.250.000
(-) CPV : ANO 3 = 30.000 X 60.00 =1.800.000
ANO 4 = 40.000 X 82.50 =3.300.000
(5.100.000)
LUCRO BRUTO
150.000
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CONCLUSÃO
Embora a empresa tenha aumentado suas vendas de R$ 3.000.000 no primeiro ano para R$ 4.500.000 no segundo ano, seu resultado diminuiu de R$ 400.000 para R$ 320.000, conseqüência da queda da produção no segundo ano e da influência dos Custos Fixos nos dois períodos no cálculo do Custo Unitário dos produtos. Vê-se claramente a incoerência provocada pela apropriação dos Custos Fixos diretamente aos produtos.
Note-se que o mesmo produto, com os mesmos custos variáveis e mesmos custos fixos, tem custo unitário diferente, o que não faz nenhum sentido. Seria tolice alguém adotar uma política de preços, por exemplo, com base nesses custos unitários.
No terceiro ano, as vendas caíram 16.7%, em comparação com o segundo ano, e os lucros aumentaram em 96.9%. No quarto ano, em comparação ao terceiro ano, o resultado foi o inverso. Em resumo, observamos que o resultado da empresa não tem relação com o volume de vendas, sendo muito mais influenciado pelo volume de produção.
CUSTEIO VARIÁVEL
CONCEITO: Entende-se por custeio variável o método de custeamento onde são alocados aos produtos apenas os custos variáveis, ficando os custos fixos separados e considerados como despesas do período, contabilizadas diretamente no Resultado.
CARACTERÍSITCAS: Como fator de decisão, verifica-se que o custeio variável oferece mais condições de propiciar informações vitais a empresa com relação aos efetivos custos dos produtos e apuração dos resultados.
O custeio variável utiliza um conceito fundamental em custos, trata-se do conceito de MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ( RECEITA – CUSTO VARIÁVEL), indispensável ao cálculo dos problemas relativos a relação CUSTO/VOLUME/LUCRO, que determina por ser um dos principais pontos de estudo da Análise de Custos.
Contudo, contraria aos princípios contábeis : Competência, Confrontação entre Receita e Despesas e por isso não é reconhecido pelo Fisco, por Auditores. Portanto, este método é utilizado num sistema paralelo, fora das Demonstrações Contábeis tradicionais, geralmente denominado SISTEMA GERENCIAL.
PERÍODO
PRODUÇÃO (UNIDADES)
VENDAS (UNIDADES)
ESTOQUE FINAL (UNIDADES)
ANO 1
60.000
40.000
20.000
ANO 2
50.000
60.000
10.000
ANO 3
70.000
50.000
30.000
ANO 4
40.000
70.000
0
 CASO PRÁTICO
CUSTEIO VARIÁVEL
PLANILHA DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS
TOTAL
MATÉRIA – PRIMA
20.00/unidade
ENERGIA
4.00/unidade
MATERIAIS INDIRETOS
6.00/unidade
TOTAL
30.00 unidades
CUSTOS FIXOS
TOTAL
MO
1.300.000/ano
DEPRECIAÇÃO
400.000/ano
MANUTENÇÃO
300.000/ano
DIVERSOS
100.000/ ano
TOTAL
2.100.000
PREÇO DE VENDA
75/unidade
MÉTODO DE APURAÇÃO DE CUSTOS
PEPS
CUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 1
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 60.000 X 30,00 =
1.800.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
3.900.000
DRE
RECEITA: 40.000 X 75.00 =
3.000.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 40.000 X 30.00 =
(1.200.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
1.800.000
(-) CUSTOS FIXOS
(2.100.000)
PREJUÍZO
(300.000)
CUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 2
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 50.000 X 30,00 =
1.500.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
3.600.000
DRE
RECEITA: 60.000 X 75.00 =
4.500.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 60.000 X 30.00 =
(1.800.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
2.700.000
(-) CUSTOS FIXOS
(2.100.000)
LUCRO
600.000
CUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 3
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 70.000 X 30,00 =
2.100.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
4.200.000
DRE
RECEITA: 50.000 X 75.00 =
3.750.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 50.000 X 30.00 =
(1.500.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
2.250.000
(-) CUSTOS FIXOS
(2.100.000)
LUCRO
150.000
CUSTEIO VARIÁVEL
CÁCULO DO CUSTEAMENTO – ANO 4
CUSTOS DE PRODUÇÃO
CUSTOS VARIÁVEIS: 40.000 X 30,00 =
1.200.000
CUSTOS FIXOS =
2.100.000
TOTAL
3.300.000
DRE
RECEITA: 70.000 X 75.00 =
5.250.000
(-) CUSTO VARIÁVEL PROD VENDIDOS : 70.000 X 30.00 =
(2.100.000)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
3.150.000
(-) CUSTOS FIXOS
(2.100.000)
LUCRO
1.050.000
CUSTEIO VARIÁVEL
CONCLUSÃO
Verifica-se que, aumentado as vendas, os resultados também crescem, reduzindo-se o faturamento, cai o resultado. Não há necessariamente uma correlação de percentual entre um fato e outro, o que é explicado pela variação do volume de produção e pelarepetição do valor dos custos fixos, deduzidos como despesas. A análise, contudo, é muito mais lógica que quando usamos o Custeio de Absorção.

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