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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
PAULO JOSÉ MEDEIROS SOARES 
 
 
 
 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL E SEUS ASPECTOS PUNITIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulista 
2024 
 
 
 
PAULO JOSÉ MEDEIROS SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL E SEUS ASPECTOS PUNITIVOS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito parcial para 
conclusão do curso de Bacharelado em 
Direito do Centro Universitário Maurício de 
Nassau. 
 
Orientador(a): Profa. Leonila Lourenço da 
Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulista 
2024 
 
 
PAULO JOSÉ MEDEIROS SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIENAÇÃO PARENTAL E SEUS ASPECTOS PUNITIVO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como requisito parcial para 
conclusão do curso de Bacharelado em 
Direito do Centro Universitário Maurício de 
Nassau. 
 
Aprovada(o) em: __/__/____. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
 
 
 
________________________________________________ 
Profa ... Leonila Lourenço da Silva 
 
 
 
 
 
________________________________________________ 
Prof ... (Examinador/a) 
 
 
 
 
 
________________________________________________ 
Prof ... (Examinador/a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
: 
 
 
 
 
 
Ao senhor Deus, que sempre esteve 
presente em minha vida, me iluminando e 
me dando forças e coragem para persistir 
com os meus objetivos. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, que no âmbito de sua sabedoria, nunca me 
abandonou diante das dificuldades. 
A minha esposa, pelo amor e carinho que tem por mim, por sempre estar ao 
meu lado me incentivando e pela sua presença que me acalma. 
A minha mãe que sempre batalhou, para conseguir proporcionar tudo de melhor 
para mim. 
Por fim, agraço também a minha orientadora, que mesmo com a agenda cheia 
de compromissos e alunos para orientar, decidiu me ajudar e compartilhar os seus 
ricos conhecimentos, para que eu conseguisse apresentar o melhor projeto possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-
lo, a luta. (...) O Direito não é uma simples 
ideia, é força viva. Por isso a justiça 
sustenta, em uma das mãos, a balança, 
com que pesa o Direito, enquanto na outra 
segura a espada, por meio da qual se 
defende. A espada sem a balança é a força 
bruta, a balança sem a espada é a 
impotência do Direito. Uma completa a 
outra. O verdadeiro Estado de Direito só 
pode existir quando a justiça brandir a 
espada com a mesma habilidade com que 
manipula a balança. 
 
 
Rudolf Von Ihering 
 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho faz uma análise dos aspectos punitivos da Lei 12.318/10, trazendo os 
conceitos e características da alienação parental e como se relacionam no direito de 
família contemporâneo. Assim como, demonstrar a preocupação estatal com a 
necessidade de uma convivência familiar saudável para o menor, pois tanto na 
Constituição Federal de 1988 como no Código Civil de 2002, esse assunto tem sua 
máxima relevância. Sendo abordadas as consequências punitivas e os reflexos 
jurídicos causados pela alienação parental, defendendo assim, a visão positiva da lei 
e o afastamento de qualquer necessidade de criminalização da referida, uma vez que, 
a mesma já apresenta sanções adequadas e que atendam o melhor interesse da 
criança ou do adolescente. 
 
Palavras-chave: aspectos punitivos; alienação parental; sanções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The work analyzes the punitive aspects of Law 12.318/10, bringing the concepts and 
characteristics of parental alienation and how they relate to contemporary family law. 
As well as demonstrating the state's concern with the need for a healthy family life for 
minors, as both in the Federal Constitution of 1988 and in the Civil Code of 2002, this 
issue has its utmost relevance. Addressing the punitive consequences and legal 
consequences caused by parental alienation, thus defending the positive view of the 
law and the removal of any need for criminalization of the law, since it already presents 
adequate sanctions that serve the best interests of the child or adolescent. 
 
Keywords: punitive aspects; parental alienation; sanctions. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO………………………………………………………………… 10 
2 ALIENAÇÃO PARENTAL E O DIREITO DE FAMILIA………………….. 12 
2.1 Direito de família contemporâneo………………………………………... 12 
2.2 Conceitos e características da alienação parental……………………. 14 
2.3 Do direito à convivência familiar saudável……………………………... 17 
3 ALIENAÇÃO PARENTAL E SEUS ASPECTOS PUNITIVOS 
DENTRO DO ORDENAMENTO JURÍDICO………………………………. 
 
20 
3.1 Consequências punitivas da Lei 12.318/10…………………………….. 20 
3.2 Alienação parental e seus reflexos jurídicos………………………….. 24 
3.3 Responsabilidade civil na alienação parental…………………………. 29 
4 A POSSIBILIDADE DE CRIMINALIZAÇÃO DA ALIENAÇÃO 
PARENTAL……………………………………………………………………. 
 
32 
4.1 Os efeitos negativos da criminalização e o princípio do melhor 
interesse da Criança e do Adolescente……………………………….... 
 
37 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………. 40 
 REFERÊNCIAS……………………………………………………………….. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O ato praticado por um dos genitores ou por àqueles que detenham a guarda 
do menor, de modo a comprometerem à formação psicológica, o afastamento das 
relações familiares entre pais e filhos ou qualquer forma que iniba a presença ou 
desqualifique um dos genitores, se caracteriza como Alienação Parental. 
 Portanto, o abuso causado por esta prática, traz para o menor inúmeros 
traumas e problemas psicológicos, decorrentes das pressões que sofrem com o 
genitor alienante, ferindo seu direito de uma convivência saudável e prejudicando, 
qualquer tipo de afeto ou vínculo entre o genitor alienado e sua prole. 
 Entretanto, vale ressaltar que, é direito das crianças e dos adolescentes, serem 
assistidos pelos pais, como da mesma forma, à convivência familiar harmoniosa, pois 
quando estes são privados de se relacionarem com os pais, ora alienados e estes são 
impossibilitados do seu direito de visitação, seja pelo genitor ao qual detenha a 
guarda, sejam pelos tios, primos, avós ou até mesmo por aquelas pessoas com quem 
desenvolveram laços de afinidade, estarão privando-as também de sua dignidade. 
 Logo, por se tratar de um fenômeno ganhando bastante destaque no judiciário 
brasileiro, houve a necessidade de promulgar uma lei, nascendo assim, a Lei 
12.318/10 (Lei da alienação parental), como forma de poder garantir à criança e ao 
adolescente o direito de convivência de forma pacífica e harmoniosa, com ambos os 
genitores. 
Com isso, o viés desta pesquisa, concentra-se na perspectiva de demonstrar 
que todos os aspectos punitivos previstos na Lei 12.318/10, são suficientes para evitar 
ou extinguir as práticas abusivas da alienação parental. Sustentando a hipótese 
positiva, referentes os meios punitivos serem não só necessários, como também, 
suficientes para punir de forma legal as práticas alienantes. Neste sentido, serão 
abordados ao longo dos capítulos, as sanções legais, a fim de cessar a alienação 
parental, excluindo qualquer necessidade de uma possível criminalização da referida 
lei. 
O primeiro capítulo, abordará a entidade familiar moderna, fazendo um breve 
histórico desde os seus avanços, como a forma em que o estado passa a proteger 
essa relação familiar. Destacando os conflitos advindos do seio familiar, gerados pela 
alienação parental, trazendo seus conceitos e características, assim como, os direitos 
e garantias de uma convivência familiar saudável para o menor tutelado.nestes casos, magistrados e promotores estarão diante de uma situação 
dramática, com a acusação de abuso sexual por um dos genitores e de 
alienação parental pelo outro e qualquer decisão equivocada em um caso 
como este pode promover efeitos bastante deletérios. (Brasil, 2017, 
substitutivo apresentado ao Projeto de Lei nº 4.488/16, pela Deputada 
Federal Shéridan) 
 
37 
 
Diante do exposto, em meados de junho de 2018, o autor do projeto, Deputado 
Federal Arnaldo Faria de Sá, acabou entrando com um requerimento de nº 8873/2018 
para retirada de tramitação do referido projeto. Conforme elenca Cazuni (2021). 
 Com base nas informações citadas, as tentativas de trazer a esfera criminal 
para a Lei da Alienação Parental, feri o princípio do melhor interesse da Criança e do 
Adolescente, tendo em vista, que a própria lei já traz sanções adequadas para a sua 
aplicabilidade e eficiência. 
 
4.1 Os efeitos negativos da criminalização e o princípio do melhor interesse da 
Criança e do Adolescente 
 
 O ato de tentar criminalizar a Lei da Alienação parental, feri o direito 
fundamental da criança e do adolescente, visto que, ao instituir uma tutela penal, o 
legislador estará privando-os da sua convivência familiar. 
 Sedo assim, o Direito Penal ele deverá ser usado como a última tentativa, para 
se atingir o resultado. Conforme os ensinamentos de Gome (2007, p.27): 
 
O Direito penal, em suma, é a ultima ratio, isto é, o último instrumento que 
deve ter incidência para sancionar o fato desviado (em outras palavras: só 
deve atuar subsidiariamente). Quando houver a falência do sistema de 
controle social, então o Direito Penal deverá agir. E, por conseguinte, 
somente nesse momento é que o legislador estaria amparado a incluir no 
Direito Positivo uma conduta reprovável e sancionável através de penas 
previstas no ordenamento penal. É o que se chama de controle social penal, 
ou seja, uma das formas de submeter os indivíduos às regras, mas com maior 
rigor. (GOMES, 2007, p. 27, apud, Cazuni, 2021) 
 
Entretanto, aponta Cazoni (2021) que ao refletir sobre o atual sistema 
carcerário brasileiro, criminalizar a alienação parental, seria inviável, partindo do ponto 
de vista, que o sistema penitenciário não consegue atender nem a demanda do 
judiciário, e sem contar que, não resolveria o problema. O que nesse contesto explica 
Gomes (2007, p. 24): 
 
Incapaz de responder satisfatoriamente aos novos problemas advindos da 
sociedade pós-moderna, a legislação penal emergente revela-se destituída 
de qualquer eficácia social duradoura, não logrando êxito na redução dos 
índices de criminalidade nem tampouco na produção dos novéis bens 
jurídicos de caráter difuso. Ou seja, "o direito penal, que parece a tudo tutelar, 
de fato muito pouco consegue defender". Diante desse cenário, delineia-se o 
processo de deslegitimação da intervenção jurídico-penal, com o 
38 
 
consequente aumento da sensação coletiva de insegurança, que, por sua 
vez, dá ensejo a novas demandas sociais em favor de sua expansão e 
hipertrofia, em um verdadeiro círculo vicioso. Caracteriza-se assim a atual 
crise do direito penal. (Gomes, 2007, p. 24, apud, Cazuni, 2021) 
 
Ainda sobre o assunto, afirma damásio de Jesus (2020, p.54): 
Trata-se de reconhecer que o Direito Penal, por ter como característica a 
imposição das mais graves penas previstas no ordenamento jurídico, só deve 
ser utilizado quando absolutamente necessário, intervindo o mínimo possível. 
Esse princípio encontra origem no pensamento iluminista clássico, a partir do 
qual se desenvolveu a ideia de que o Estado deve interferir na esfera 
individual somente o mínimo necessário. Daí decorre que o Direito Penal 
deve ser a última ratio, isto é, o último recurso a ser utilizado pelo Estado para 
proteger algum bem jurídico. (Jesus, 2020, p.54 apud, Sandes, 2021) 
 
Em consonância afirma Rogério Sanches (2016, p.70): 
O Direito, independentemente do ramo em que se considere, tem a função 
precípua de garantir a manutenção da paz social, solucionando ou evitando 
conflitos de forma a permitir a regular convivência em sociedade. Por isso, 
normas, por exemplo, de Direito Civil determinam que, uma vez praticado um 
ato ilícito, faz-se necessária a reparação, e, por sua vez, o Direito Processual 
19 Civil prevê mecanismos aptos a compelir o autor de tal ato a remediar o 
dano causado. (Sanches, 2016, p.70, apud, Sandes, 2021) 
 
Assim destaca Sandes (2021): “Isso significa que nem todas as lesões a bens 
jurídicos protegidos precisam ser tuteladas e punidas pelo direito penal, pois este 
constitui apenas uma parte do ordenamento jurídico conforme, dispõe o princípio da 
fragmentariedade. Além disso, ao violar a Constituição Federal entra em conflito com 
outras normas porque ela regula todo o ordenamento jurídico. Devido a isso as leis 
infraconstitucionais devem estar sempre em harmonia com os preceitos da 
Constituição Federal, porque ela é a norma hierarquicamente superior a todas as 
outras legislações. Sendo assim, seria inconstitucional aprovar a criminalização da 
alienação parental.” 
 Ademais completa Motta (2008, p.37): 
A criança tem necessidade de continuidade de seus vínculos psicológicos 
fundamentais e necessita que haja estabilidade nos mesmos. Estas 
características devem, igualmente, estender-se a todas as relações 
emocionalmente significativas para as crianças, sejam familiares, amigos, 
vizinhos, professores ou colegas de escola. As crianças que vivem com o 
afastamento de um dos genitores como uma perda de grande vulto (ainda 
que não saibam disto) é permanente. Sentem-se abandonadas vivenciando 
profunda tristeza. (Motta, 2008, p.37, apud, Sandes, 2021) 
 
 Nesse contexto, afirma Brito (2017): “Sendo assim, entende-se que a 
criminalização da alienação parental, no atual cenário da sociedade brasileira, seria 
39 
 
um desrespeito ao princípio da intervenção mínima do Direito Penal, tendo em vista 
que não estariam sendo respeitados os outros mecanismos de soluções de conflitos 
capazes de serem aplicados a essas situações.” 
 Com isso, podemos concluir, que a Lei da Alienação Parental, por si só 
consegue oferecer respaldo suficiente para coibir com as práticas alienantes, sem a 
necessidade de uma intervenção punitiva mais severa, o qual vem a ser a prisão. 
 Vale destacar também, que para os casos mencionados sobre as práticas de 
denúncias caluniosas e abusos sexuais, o Código Penal e o Estatuto da Criança e do 
Adolescente já suprem a necessidade da aplicação de uma sanção mais severa, pois 
a Lei 12.318/10, foi criada com o intuito de dar mais respaldo jurídico para caracterizar 
as práticas alienantes e cessá-las utilizando sempre o princípio do melhor interesse 
da criança ou do adolescente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo, abordou os avanços no direito de família, em relação ao 
princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, partindo do ponto de vista 
que, mediante a inúmeras situações ocorridas com menores nas varas de família, o 
ordenamento jurídico, sentiu-se a necessidade de criar uma lei que regulamentasse 
sobre as condutas da Alienação Parental. 
 Destacando sobre as características da Alienação Parental e o que leva uma 
pessoa a praticar um ato tão nefasto e traumático. Fazendo uma referência da 
importância da criança e do adolescente de crescer em um ambiente harmonioso e 
respeitoso, pois o direito a uma convivência familiar saudável é um direito garantido 
por lei a toda criança e adolescente. 
E por fim, a finalidade da pesquisa, concentra-se na perspectiva de demonstrar 
que todos os aspectos punitivos previstos na Lei 12.318/10, são suficientes para evitar 
ou extinguir as práticas abusivas da alienação parental. Sustentando a hipótese de 
que a lei da alienação parental, busca atender o princípio do melhor interesse da 
criança e do adolescente,e a criminalização da mesma não atenderiam as essas 
necessidades. Tendo em vista, que toda criança e adolescente tem o direito de crescer 
em um seio familiar afetivo. 
 Portanto, na visão do autor do estudo, a Lei da Alienação Parental apresenta 
os meios punitivos necessários e suficientes para punir de forma legal as práticas 
alienantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
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ABSOLUTA,2021.Artigo Científico – Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC. 
Disponível em: 
https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2551/1/TCC%20WILL
CLA-%20TURMA%20B05%281%29.pdf. Acesso em: 28 maio 2024. 
 
VILELA, P. F. L. OS EFEITOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL. 2019. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Bacharel em Direito) – Universidade de Rio Verde, Caiapônia, 
2019. Disponível em: 
https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/POLYANA%20FERNANDES%20LE
%C3%83O%20VILELA.pdf. Acesso em: 25 abr. 2024. 
https://ibdfam.org.br/noticias/6053/Emenda+Constitucional+que+instituiu+o+div%C3%B3rcio+direto+no+Brasil+completa+6+anos
https://ibdfam.org.br/noticias/6053/Emenda+Constitucional+que+instituiu+o+div%C3%B3rcio+direto+no+Brasil+completa+6+anos11 
 
Na sequência, serão abordados os aspectos punitivos da alienação parental 
dentro do ordenamento jurídico, expondo as consequências dessas medidas no 
ambiente familiar e as formas como o estado buscou proteger as relações familiares 
através da Lei 12.318/10. 
No terceiro capítulo, será abordada a visão positiva da lei e o afastamento de 
qualquer necessidade de criminalização da referida, uma vez que, a mesma já 
apresenta sanções adequadas para tratar sobre o tema de forma legal e que atenda 
o melhor interesse da criança ou do adolescente. 
Isto posto, concluo que as metodologias de pesquisas apresentadas, seguem 
como documental, bibliográfica, qualitativa e dedutiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 ALIENAÇÃO PARENTAL E O DIREITO DE FAMÍLIA 
 
A medida em que a sociedade evoluía e surgiam novas entidades familiares, 
sentia-se a necessidade de novas mudanças no ordenamento jurídico. 
Transformações essas, que não modificaram apenas a base da pirâmide social, 
denominada família, mas trouxe diversos direitos e garantias sob a proteção estatal. 
Logo, com a dissolução do formato antigo e regulador do pátrio poder, as 
questões como filho legitimo e a indissolubilidade do casamento, foram dissolvidas e 
a mulher passou a ter mais voz ativa, assim como direitos dentro das relações 
familiares. 
Com isso, a dissolubilidade do casamento, veio através do divórcio, sendo 
regulamentado pela Lei 6.515/77, o qual, a Constituição Federal do Brasil de 1988, 
além de manter essa dissolução da sociedade conjugal, reduziu o prazo da separação 
judicial na hipótese de conversão, ou, no caso de divórcio direto, para dois anos de 
separação de fato, o qual, essa relação conjugal deixou de ser uma obrigação e 
passou a ser solidária e afetiva. IBDFAM (2016) 
Todavia, com as consequências dissolutivas da união familiar, alguns entraves 
foram instalados, sendo muitos deles a disputa de guarda dos menores, onde o genitor 
alienante acaba usando de má-fé para impedir que o alienado e o seu filho tenham 
uma relação saudável, ou seja, que em meio a esses conflitos a parte frágil, o menor 
passa a ser alvo da alienação parental. 
Concomitantemente advindo do poder constituinte atual, surgiram novas 
entidades familiares, que passaram a serem reconhecidas no ordenamento jurídico 
brasileiro, como é o exemplo da união estável e a família monoparental. (Brasil, 
Constituição Federal 1988). 
 
2.1 Direito de família contemporâneo 
 
A família patriarcal, com o pátrio poder centralizado nas mãos do marido (pai), 
a indissolubilidade do casamento e a falta de reconhecimento da filiação fora do 
casamento, foram alguns dos problemas enfrentados, pela sociedade regulamentada 
pelo Código Civil de 1916. 
Dito isto, o referido código, trouxe uma problemática em relação ao casamento, 
onde o mesmo só podia ser desfeito pela morte de um dos conjugues, não havendo 
13 
 
harmonia e afetividade no ambiente familiar, entretanto, tão somente a construção do 
patrimônio. De acordo com Simão (2012, p 24): 
 
A noção de família estava muito atrelada à ideia de proteção do Estado à 
união selada entre homem e mulher pelo sacramento do matrimônio em que 
se vislumbrava, com clareza, objetivos de segurança patrimonial e 
procriação. (Simão, 2012, p 24, apud, Cardoso, 2021) 
 A mulher era qualificada como coadjuvante, sendo ela, mera colaboradora do 
poder familiar e os filhos fora do casamento, além da discriminação que sofriam por 
não ter o reconhecimento paterno, eram simplesmente afastados do seio familiar. 
Logo, com os avanços da sociedade, o afeto tornou-se cada vez mais presente 
dentro das entidades familiares, de modo que vem sendo imprescindível que a 
convivência familiar seja de forma afetiva e harmoniosa. Conforme ensina Lobo (2011, 
p. 18), conceituando o direito de família: 
 
Como conjunto de regra que disciplinam os direitos pessoais e patrimoniais 
das relações de família. Esse instituto tem início com o casamento, união 
estável ou família monoparental, baseando-se em afeto e solidariedade, que 
regula as relações familiares quando trata de vínculo afetivo, patrimonial ao 
dispor sobre o regime de bens e assistenciais referente à obrigação alimentar. 
(Lobo, 2011, p 18, apud, Cardoso, 2021) 
Desta forma, as mudanças sociais com relação as entidades familiares, 
ocorreram a partir da Constituição Federal de 1988, ampliando o rol dos tipos de 
famílias, como é o exemplo da união estável e a família monoparental. E trazendo um 
dos principais princípios norteadores do direito de família, sendo ele: o princípio da 
dignidade da pessoa humana. Para Dias (2015, p. 31): 
O novo sistema jurídico prega diversas formas de vínculos afetivos, bem 
como de sangue, de direito e de afetividade. A consagração da igualdade 
entre os filhos, com mesmos direitos e qualificações, derroga diversos 
dispositivos da legislação. (Dias, 2015, p 31, apud, Cardoso, 2021) 
Portanto, a família contemporânea caracteriza-se pela incessante e justificada 
busca pela afetividade e ambiente familiar mais harmônico. Abrindo espaço, para que 
filiação não seja derivada apenas dos laços consanguíneos, entretanto, pela ligação 
socioafetiva também. 
 
 
14 
 
2.2 Conceitos e características da alienação parental 
 
A alienação parental, vem sendo um dos principais e mais delicados temas 
debatidos no direito de família. Conhecido como ato de “implantar falsas memorias”, 
esse fenômeno caracteriza-se pela interferência na formação psicológica da criança 
ou do adolescente, promovida por aquele que detém a guarda do tutelado, com o 
objetivo na sua grande maioria, de prejudicar o vínculo do tutelado com o seu genitor. 
Fenômeno esse, que geralmente ocorre através da dissolução da vida conjugal, 
o qual acabam surgindo disputas pela guarda do menor ou quando um dos genitores, 
utilizam estratégias psicológicas para afastar emocionalmente a criança ou o 
adolescente do convívio familiar saudável com o genitor alienado, por não aceitar o 
fim do relacionamento. Segundo os ensinamentos de Dias (2015, p. 445): 
 
Muitas vezes, quando da ruptura da vida conjugal, um dos cônjuges não 
consegue elaborar adequadamente o luto da separação e o sentimento de 
rejeição, de traição, o que faz surgir um desejo de vingança: desencadeia um 
processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-parceiro. O 
filho é utilizado como instrumento da agressividade – é induzido a odiar o 
outro genitor. Trata-se de verdadeira campanha de desmoralização. A criança 
é induzida a afastar-se de quem ama e quem também a ama. Isso gera 
contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. (Dias, 2015, 
p. 445, apud, Vilela, 2019) 
 
Por fim, mesmo não sendo um tema novo, a alienação parental só foi 
regulamentada no ordenamento jurídico brasileiro em 26 de agosto de 2010, com a 
promulgação da Lei 12.318/10 (lei da alienação parental), que trouxe em seu artigo 
2º, parágrafo único e seus incisos, o conceito e características referente ao ato 
alienante. Conforme consta: 
 
Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação 
psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos 
genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a 
sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause 
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. (Lei 
12.318/10). 
 
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além 
dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados 
diretamente ou com auxílio de terceiros: 
 
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício 
da paternidade ou maternidade; 
 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
 
15 
 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
 
IV - dificultaro exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre 
a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de 
endereço; 
 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou 
contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou 
adolescente; 
 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a 
dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com 
familiares deste ou com avós. 
 
Entretanto, foi na década de 80 que um psiquiatra americano chamado Richard 
Gardner, baseando-se nos estudos realizados das disputas dos genitores pela guarda 
dos menores, conflitos esses, gerados através da dissolução da vida conjugal, onde 
os traços de comportamento alienante poderiam ser plenamente identificados no 
cônjuge alienador, fazendo com o que, a criança apresentasse um exorbitante apego 
ao cônjuge que obtenha a guarda, e desprezo injustificável pelo outro, nomeou de 
síndrome da alienação parental. Como bem informa Vilela (2019). 
Segundo Trindade (2007, p. 102): 
 
A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que se 
caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado 
cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante 
diferentes formas e estratégias de atuação, com objetivo de impedir, 
obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado 
cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa 
condição. Em outras palavras, consiste num processo de programar uma 
criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa, de modo que 
a própria criança ingressa na trajetória de desmoralização desse mesmo 
genitor. (Trindade, 2007, p. 102, apud, Macedo, 2020) 
 
De acordo com o ensinamento de Trindade (2007, p. 103): 
 
A síndrome da Alienação Parental é o palco de pactualizações diabólicas, 
vinganças recônditas relacionadas a conflitos subterrâneos inconscientes ou 
mesmo conscientes, que se espalham como metástases de uma patologia 
relacional e vincular. (Trindade, 2007, p. 103, apud, Mérida, 2011) 
 
O que para Fonseca (2010, p.269): 
 
A síndrome da alienação parental não se confunde, portanto, com a mera 
alienação parental. Aquela geralmente é decorrente desta, ou seja, a 
alienação parental é o afastamento do filho de um dos genitores, provocado 
pelo outro, mais comumente o titular da custódia. A síndrome, por seu turno, 
diz respeito às sequelas emocionais e comportamentais de que vem a 
16 
 
padecer a criança vítima daquele alijamento. Assim, enquanto a síndrome 
refere à conduta do filho que se recusa terminante e obstinadamente a ter 
contato com um dos progenitores e que já sofre as mazelas oriundas daquele 
rompimento, a alienação parental relaciona-se com o processo 
desencadeado pelo progenitor que intenta arredar o outro genitor da vida do 
filho. (Fonseca, 2010, p. 269, apud, Araújo, 2013) 
 
Com isso, podemos dizer que a alienação parental e a síndrome da alienação 
parental se complementam, partindo do ponto de vista, que a primeira é o conjunto de 
atitudes que levam o genitor ou aquele que detenha a guarda do menor a cometerem 
atos alienantes. Já a segunda, se caracteriza pelas consequências com que essas 
condutas, afetam o comportamento emocional da criança e do adolescente. Sobre os 
efeitos causados, o artigo publicado na revista Lex Nova, López Sanches (1991, p. 
27-30) diz o seguinte: 
 
Efeitos físicos mais frequentes: distúrbio do sono (17 a 20%); mudanças de 
hábitos alimentares (5 a 20%); 
 
efeitos psicológicos mais habituais como: medo (40 a 80%); hostilidade diante 
do sexo agressor (13 a 50%); culpa (25 a 64%); depressão (em torno de 
25%); baixa autoestima (cerca de 58%); conduta sexual anormal como 
masturbação compulsiva, exibicionismo (27 a 40%); angústia, agressões, 
condutas antissociais; sentimentos de estigmatização. 
 
Efeitos sociais mais comuns: dificuldades escolares, discussões familiares 
frequentes, fuga, delinquência e prostituição. 
 
 Efeitos a longo prazo: fobias, pânico, personalidade antissocial, depressão 
com ideias de suicídio, tentativa de suicídio levado a cabo, cronificação dos 
sentimentos de estigmatização, isolamento, ansiedade, tensão e dificuldades 
alimentares, dificuldades de relacionamento com pessoas do sexo do 
agressor (amigos, pais, filhos, companheiros), reedição da violência, 
revitimização, distúrbios sexuais, drogadição e alcoolismo. (Sanches, 1991, 
p. 27-30, apud, Vilela, 2019) 
 
Conforme esclarecimento de Buosi (2012, p. 90) através do posicionamento de 
Ana Maria Frota Velly: 
 
Velly observa que uma das consequências dessa síndrome pode também ser 
o “o efeito bumerangue”, que ocorre quando a criança se torna adolescente 
ou adulto e tem uma percepção mais apurada dos fatos do passado, 
percebendo as injustiças que cometeu com o genitor que foi alienado, o que 
desencadeou um relacionamento extremamente prejudicado. Assim, passa a 
culpar e despender muita raiva contra o genitor guardião, em função do 
estímulo que este fez para construir e permanecer nesse contexto. (Buosi, 
2012, p.90, apud, Costa, 2013) 
 
E Buosi (2012, p. 91) conclui que: 
 
17 
 
Contudo, as maiores consequências acontecem quando isso não é possível, 
ou seja, quando o filho não consegue encontrar o paradeiro do genitor 
alienado, ou quando este perdeu o interesse de vê-lo, reconstruiu outra 
família ou faleceu, ou até mesmo o distanciamento foi tamanho que não é 
mais possível sua reversão. Sentimentos de arrependimento e culpa 
extremos tomam conta do sujeito, que pode envolver-se gravemente com 
álcool, drogas, crises depressivas e até tentativas de suicídio (Buosi, 2012, 
p.91, apud, Costa, 2013) 
 
Desta forma, podemos concluir como os efeitos de tais atos, são prejudiciais na vida 
dos menores, que além de serem perturbadores, podem acarretar em um distúrbio a 
longo prazo, impedindo que a criança ou adolescente tenha qualquer sentimento ou 
queira algum contato com o seu genitor alienado, afastando-os de uma convivência 
familiar saudável. 
 
2.3 Do direito à convivência familiar saudável 
 
A família é o pilar fundamental para o desenvolvimento da criança e do 
adolescente, pois é através do convívio familiar, que eles aprendem a suas primeiras 
interações sociais. Diante disso, o ordenamento jurídico buscando atender o melhor 
interesse do menor, ampliou o convívio familiar para todo aquele possua um vínculo 
de afinidade e afetividade. Conforme os ensinamentos de Dias (2017, p. 691): 
 
Quando a Constituição e o ECA asseguram o direito a convivência familiar, 
não estabelecem limites. Como os vínculos parentais não se esgotam entre 
pais e filhos, o direito de convivência estende-se aos avós e a todos os 
demais parentes, inclusive colaterais. (Dias, 2017, p. 691, apud, ABARJ, 
2022) 
 
 
Assim, considerando a relevância sobre o direito fundamental do menor, à 
convivência familiar saudável, a família assume inúmeras responsabilidades como o dever 
de sustentar, educar e proteger, assim como, criar um ambiente familiar harmónico, 
buscando o melhor interesse da criança ou do adolescente, como é assegurando nos artigos 
227º e 229º da Constituição Federal de 1988: 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, 
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-lei-8069-9018 
 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e 
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência 
ou enfermidade. 
 
Logo, as famílias cujos genitores não tenham mais a convivência familiar, terão a 
obrigação de preservar os menores, para que os mesmos não sejam inseridos em uma 
disputa que muitas vezes, se tornam pessoais e que eles não venham a ser massa de 
manipulação em desfavor de um dos genitores. Desta forma, independente do tipo de família 
ao qual o menor esteja inserido, será um dever assegurá-lo em um ambiente saudável e 
afetuoso. Como diz o artigo 18º e 18º-A da Lei 8.069/90: 
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, 
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, 
vexatório ou constrangedor. 
 Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados 
sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como 
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos 
pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos 
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer 
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los 
E mesmo diante de casos de disputa pela guarda dos filhos, o qual o ordenamento 
jurídico vem sendo favorável pela guarda compartilhada, buscando atender o melhor 
interesse do menor, os casos de guarda unilateral, não faz um dos genitores perder o poder 
familiar para com o seu filho. Aos mesmo compete ainda o direito de poder participar de 
momentos importantes da vida de seus filhos. 
Nesse sentido, dificultar a garantia do direito fundamental de convivência familiar 
saudável, difamando a imagem do genitor alienado, manipular o menor em desfavor desse 
genitor, visando dificultar o convívio familiar com o mesmo ou qualquer familiar que detenha 
de relações afetuosas estará cometendo de atos de alienação parental, conforme preconiza 
o artigo 2º da Lei 12.318/10. 
Entretanto, o ato de alienação parental, além de gerar sentimentos negativos e ferir 
um dos princípios basilares do direito da criança e do adolescente, ocasiona também um 
comprometimento na formação psicológica deles, que só através do sistema judiciário para 
ser capaz de viabilizar a efetiva reaproximação do genitor alienado e seu filho. De acordo 
com o artigo 17º do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
 
 Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, 
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da 
imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos 
espaços e objetos pessoais. 
19 
 
Portanto, de forma explicita e como já mencionado, o ordenamento jurídico 
deixa explicito a garantia e a proteção dos direitos fundamentais das crianças e dos 
adolescentes, de aqueles que por alguma razão se prevalece de atos maldosos, para 
afastá-los do convívio familiar saudável ou de um dos genitores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
3 ALIENAÇÃO PARENTAL E SEUS ASPECTOS PUNITIVOS DENTRO DO 
ORDENAMENTO JURÍDICO 
 
Os casos de alienação parental dentro do ornamento jurídico brasileiro, vem 
sendo uma tarefa bastante complexa para o Poder Judiciário, tendo em vista, os 
magistrados não conseguirem ser extremamente técnicos. Entretanto, por se tratar de 
um assunto tão delicado, os mesmos deverão agir com bastante cautela, para que as 
partes alienadas, especificamente o menor, não sofram prejuízos ainda maiores. 
Com isso, o Poder judiciário contará com a ajuda de alguns profissionais, que 
utilizarão de conhecimentos técnicos, para indicar as práticas alienantes, sejam eles: 
psicólogos, assistentes sociais, psiquiatras etc. Buscando sempre, as melhores 
formas de conduzir com as provas dos atos praticados e dar apoio as vítimas 
alienadas. 
Contudo, a decisão e melhor solução para ser aplicado ao caso, é do 
magistrado que ao analisar as provas e legislação em vigor, adotará medidas 
razoáveis para garantir o melhor interesse do menor. Conforme ensina Perez (2010, 
p. 70) 
 
A lei, portanto, não trata do processo de alienação parental necessariamente 
como uma patologia, mas como uma conduta de intervenção judicial, sem 
cristalizar única solução para o controvertido debate acerca de sua natureza. 
À definição jurídica estrita, acrescentam-se, como hipótese de alienação 
parental as assim caracterizadas por exame pericial, além de outras previstas 
em um rol taxativo em lei. Tal rol tem o sentido de atribuir ao aplicador da lei 
maior grau de segurança para o reconhecimento da alienação parental, 
quando for o caso, ou de seus indícios. (Perez, 2010, p. 70, apud, Coutrinho, 
2020) 
 
Portanto, como já mencionado, a mera suspeita ou comprovação de atos 
alienantes, serão tratados com extrema delicadeza e com ajuda de profissionais que 
consigam identificar mais precisamente a prática deste abuso, visando assegurar o 
convívio familiar saudável entre o genitor alienado e sua prole. 
 
3.1 Consequências punitivas da Lei 12.318/10 
 
 Promulgada em 26 de agosto de 2010, a lei supracitada, dispõe sobre a 
alienação parental, fenômeno que vem cada vez mais problematizando as varas de 
família. Caracterizando-se pelo comprometimento na formação psicológica da criança 
21 
 
ou do adolescente, para que repudie o genitor ou a quem mantenha laços afetivos, 
impedindo-os de criar qualquer tipo de vínculo. 
 Diante disso, assim como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da 
Criança e do Adolescente e o atual Código Civil, a referida lei, tem a finalidade de 
proteger e preservar os direitos e garantias fundamentais dos menores, sendo o 
principal deles, o direito à convivência familiar saudável. 
 Baseando-se no princípio norteador do estado democrático de direito, artigo 1º, 
III, da Constituição Federal de 1988, o princípio da dignidade da pessoa humana, a 
Lei 12.318/10, buscou fortalecer e reafirmar o princípio da proteção integral, o qual, 
de maneira geral, tem a finalidade de garantir aos menores, um desenvolvimento 
sadio e convivência familiar harmónica, evitando a privação de seus direitos 
fundamentais. Como afirma Dias (2007, p.59): 
 
É o princípio maior, fundante do Estado Democrático de Direito, sendo 
afirmado já no primeiro artigo da Constituição Federal. A preocupação com a 
promoção dos direitos humanos e da justiça social levou o constituinte a 
consagrar a dignidade da pessoa humana como valor nuclear da ordem 
constitucional. Sua essência é difícil de ser capturada em palavras, mas 
incide sobre uma infinidade de situações que dificilmente se podem elencar 
de antemão. Talvez possa ser identificado como sendo o princípio de 
manifestação primeira dos valores constitucionais, carregado de sentimento 
e emoções. É impossível uma compreensão exclusivamente intelectual e, 
como todos os outros princípios, também é sentido e experimentado no plano 
dos afetos (Dias, 2007, p.59, apud, Costa, 2013) 
 
Logo, a conduta praticada pelo alienante, com o intuito de afastar o genitor 
alienado ou qualquer pessoa que mantenha vínculo afetivo com o menor, do seu 
convívio, priva não só o princípio da dignidade da pessoa humana daquele que 
mantem o vínculo com menor, mas principalmente a dignidade do próprio menor. 
Conforme os ensinamentos de Pereira (2012, p. 01): 
 
Quando uma criança ou adolescente é privado de se relacionar com quem 
ama, quando é privado do seu direito de ser visitado, seja pelo genitor que 
não detém a sua guarda, seja pelos avós, irmãos, tios, primos ou até mesmo 
por aqueles entes queridos com quem desenvolveu laços de afinidade, está 
sendo privado de sua dignidade. (Pereira, 2012,p. 01, apud, Vilela, 2019) 
 
Entretanto, percebe-se, que ao mesmo tempo em que a lei busca coibir as 
práticas alienantes,aplicando as devidas sanções, o caput do artigo 4° visa proteger 
e assegurar os direitos de convivência do genitor alienado e sua prole, assegurando 
inclusive a integridade psicológica do menor. Como preconiza o Art. 4º da Lei 
12.318/10: 
22 
 
Art.4°. Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de 
ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou 
incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, 
com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias 
necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do 
adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou 
viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 
 
Vale salientar, que no mesmo caput do artigo 4° que existe a possibilidade dos 
indícios da alienação parental, serem descobertos em qualquer fase processual ou 
decorrentes de qualquer natureza processual, sejam através de ação de divórcio, seja 
pela disputa de guarda, fixação de alimentos e entre outros. 
Vale salientar ainda, que após os indícios das práticas alienantes, a ação 
demandada, terá caráter prioritário e será determinado com urgência, depois de ouvir 
o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para garantir a integridade 
psicológica do menor e assegurar o mínimo de visitação assistida, do genitor alienado 
e sua prole, o qual será feito por um profissional designado pelo juízo competente, 
buscando a finalidade de assegurar os direitos e garantias do menor, ao convívio com 
o seu genitor. 
 
Art.4º […] 
 
Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou ao adolescente e ao genitor 
garantia mínima de visitação assistida no fórum em que tramita a ação ou em 
entidades conveniadas com a Justiça, ressalvados os casos em que há 
iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do 
adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz 
para acompanhamento das visitas. (Brasil, art. 4º da Lei 12.318/10) 
 
E Alexandridis e Figueiredo (2011, p. 64/65) concluem que: 
 
Assim, pode-se evidenciar como sendo esta a mais adequada solução 
provisória para o caso de, v.g., uma ação de revisão de visitas proposta pelo 
genitor que é o guardião do menor, que sob a alegação de grave denúncia 
de maus-tratos, enquanto a criança está com o genitor no momento das 
visitas, para que estas sejam reduzidas de forma drástica e, com a defesa 
apresentada, levanta-se a questão da existência da alienação parental 
promovida pelo genitor que detém a guarda do menor. Nesse contexto, 
deverá o juiz, com toda a prudência, de forma a preservar a dignidade física 
e moral do menor, bem como a sua proteção psicológica, estabelecer medida 
provisória mais adequada para coibir a agressão narrada na exordial, mas, 
também, buscar meios para a salvaguarda dos direitos do genitor que se diz 
vitimado. (Alexandridis e Figueiredo, 2011, p.64/65, apud, Costa, 2013) 
 
Com isso, a referida lei, veio com o intuito de tentar coibir as práticas alienantes 
e trazer de volta o mínimo de dignidade e proteção legal para os alienados. Sendo 
23 
 
assim, em seu artigo 6º e seus incisos da lei supracitada, são mencionadas as 
consequências punitivas de tal prática, conforme prevê: 
Art. 6o Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta 
que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação 
autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo 
da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de 
instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a 
gravidade do caso: 
I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; 
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; 
III - estipular multa ao alienador; 
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; 
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua 
inversão; 
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; 
(Brasil, art. 6º da Lei 12.318/10) 
Conforme o artigo mencionado, após comprovadas as práticas alienantes, o 
juiz adotará as medidas cabíveis para coibir os efeitos alienantes, que poderão ser 
cumulativos ou não. Como esclarece Gomes (2013, p. 90/91): 
 
A fim de prevenir, inibir ou tolher a eficácia da prática de atos de alienação 
parental, o caput do art. 6º da lei 12318/10 confere ao magistrado 
expressamente a possibilidade de cumulação de medidas, se entendê-las 
necessárias. O Código de Processo Civil em seu art. 461 autoriza o juiz a 
lançar mão de qualquer medida (ditas coercitivas) necessárias a assegurar o 
cumprimento das obrigações de fazer e não fazer. Deste modo, assegura o 
art. 6º a observância desse preceito, e a adoção de quaisquer instrumentos 
processuais previstos em outras normas, inclusive no território de alienação 
parental, prevendo medidas típicas arroladas em seus incisos. (Gomes, 2013, 
p.90/91, apud, Costa, 2013) 
 
E como muito bem esclarecem Alexandridis e Figueiredo (2011, p.71/72) que: 
 
Apesar de aparentar certa gradação quanto à gravidade da previsão imposta, 
não se há como evidenciar uma sequência fixa para a sua aplicação, ou seja, 
para que haja a imposição de uma medida mais robusta, como por exemplo, 
a modificação da guarda, o juiz não está atrelado a antes ter promovido a 
advertência quanto a ocorrência da alienação parental. Desta forma, o juiz 
fica livre para determinar a medida, ou a conjugação de medidas, que 
entender ser a mais adequada diante do caso concreto. (Alexandridis e 
Figueiredo, p.71/72, apud, Costa, 2013) 
 
 
24 
 
Desta forma, a Lei 12.318/10, trouxe para o ordenamento jurídico, os aspectos 
punitivos da alienação parental, como forma de tentar cessar as práticas alienantes e 
preservar o bem-estar do menor envolvido e o seu direito de poder crescer em um 
ambiente familiar harmonioso. 
 
3.2 Alienação parental e seus reflexos jurídicos 
 
Conforme já elucidado no item 2.2 do referido estudo, o artigo 2º da lei de 
alienação parental, não menciona apenas genitores como alienantes, contudo, todo 
aquele que detenham de alguma forma autoridade, guarda ou vigilância do menor, 
com a finalidade de destruir qualquer vínculo entre o menor e seu genitor. 
O que de forma clara, vem a explicar Freitas (2012, p. 35): 
O caminho contrário também pode ocorrer, em que os avós, tios e demais 
parentes sofram a alienação parental praticada por genitores e esta lei 
também os protegerá, afinal, o direito pleno de convivência reconhecido a 
estes parentes pela doutrina e jurisprudência, também o é por recente 
alteração legislativa, ora Lei 12.398, de 28 de março de 2011, que alterou os 
arts. 1.589 do Código Civil e 888 do Código de Processo Civil. (Freitas, 2012, 
p.35, apud, Costa, 2013) 
Que na visão de Silva (2011, p. 61): 
De uma maneira geral, o discurso do ente alienador é linear e repetitivo no 
sentido que só quer “o bem-estar” do menor e a manutenção do vínculo com 
o outro genitor, no entanto suas atitudes desmentem o que é falado. Na 
prática, todos os obstáculos possíveis são impostos para impossibilitar ou 
dificultar o convívio entre a criança e o genitor afastado. [...] O genitor 
alienador poderá verbalizar as seguintes frases a seguir relacionadas, 
conjunta ou separadamente, que se tornam fortes indícios da instalação da 
SAP: “Cuidado ao sair com o seu pai (ou mãe). Ele (a) quer roubar você de 
mim.” “Seu pai (sua mãe) abandonou vocês!” “Seu pai (sua mãe) ameaça, 
vive me perseguindo!” “Seu pai (sua mãe) não nos deixa em paz, vive 
chamando ao telefone”. “Seu pai (sua mãe) é desprezível, vagabundo (a), 
inútil....” “Vocês deveriam ter vergonha do seu pai (sua mãe)!” “Cuidado com 
seuIV o legislador prevê uma solução que 
busca compreender o que leva o alienador a cometer tais condutas, submetendo-o a 
um tratamento psicológico e/ou biopsicossocial, para que seja possível a readequação 
do seu comportamento e o restabelecimento do convívio com o menor alienado. 
Contudo, tal medida é amparada também pelo inciso III do artigo 129 da Lei 8.069/90, 
o qual prevê: “Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: [...]; III - 
encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico. 
 
Conclui sobre o informado Simão (2008, p.17) que: 
 
Ressalta-se que o genitor que subtrai do filho o direito ao convívio ou contato 
deste com o outro genitor, em verdade, além de lhe prejudicar e lesionar, em 
última análise, seu crescimento psicológico e higidez mental (e, por via de 
consequência, a integridade de sua dignidade humana) merece tratamento 
psicológico que também poderá ser imposto pelo juízo no exercício de seu 
PODER GERAL DE CAUTELA com fincas no inc. III do art. 129 da Lei 
8069/90. Consta do dispositivo em comento: “São medidas aplicáveis aos 
pais ou responsável: (...) III – encaminhamento a tratamento psicológico ou 
psiquiátrico”. (Simão, 2008, p.17, apud, Costa, 2013) 
 
Assim, conforme demonstra a jurisprudência, de acordo com a apelação civil 
do TJ-RS - Apelação Cível: AC 70049432305 RS, da oitava câmara civil: 
 
APELAÇÃO. AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE GUARDA. TRATAMENTO 
PSIQUIÁTRICO OU PSICOLÓGICO. ALIMENTOS. VISITAS. 
DISTRIBUIÇÃO DA SUCUMBÊNCIA. VALOR DE HONORÁRIOS. Adequada 
a determinação sentencial de que o núcleo familiar se submeta a tratamento 
psiquiátrico ou psicológico, porquanto intenso o conflito vivenciado entre as 
partes, inclusive com bons indícios de alienação parental. Descabida a 
redução dos alimentos devidos pelo apelado à filha comum, porquanto não 
comprovada qualquer redução nas possibilidades dele. Ademais, a resolução 
da questão patrimonial (partilha) entre os litigantes,... 
28 
 
 
(TJ-RS - AC: 70049432305 RS, Relator: Rui Portanova Data de Julgamento: 
06/12/2012, Oitava Câmara Cível, apud, Costa, 2013) 
 
Com isso, verificamos que a sanção aplicada para encaminhar ao tratamento 
psicológico, será admissível nos casos de práticas de alienação parental, com o intuito 
de cessar eficazmente a conduta alienante. 
Ainda sobre o tema, no inciso V de maneira mais enérgica, poderá o legislador 
modificar a aguarda do menor, colocando-a de forma compartilhada ou invertendo-a 
para o alienado. 
Ocorrendo normalmente pelo genitor ao qual detém a guarda do menor, onde 
o mesmo utiliza de manipulações, através do rancor, ódio e vingança, muitas vezes 
ocasionado pela dissolução do casal, para separar o menor do convívio com o seu 
genitor alienado ou outros familiares ao qual o menor tenha um vínculo afetivo. Como 
bem aponta Alexandridis e Figueiredo (2011, p.75): 
 
Agindo desta maneira, o alienador guardião não está promovendo a 
observância do princípio do melhor interesse do menor e, por conta dessa 
situação, poderá sofrer a alteração da guarda, para a forma compartilhada, 
ou, sendo inviável a promoção desta ser invertida a guarda. (Alexandridis e 
Figueiredo, 2011, p.75, apud, Costa, 2013) 
 
Por isso adverte Freitas (2012, p.44): 
 
Por esta razão é adequado que a Lei da Alienação Parental incentive a 
realização da Guarda Compartilhada, pois esta permite a aproximação dos 
filhos sem a conotação de posse que advém da guarda unilateral, embora, 
na prática, a Guarda Compartilhada, como instituto, seja o resgate do 
conceito clássico do Poder Familiar. Entretanto, caso haja necessidade, se o 
compartilhamento da guarda tiver que ser revestido à guarda unilateral, o 
inciso V do art. 6°. Da Lei da Alienação Parental permite tal reversão, porém, 
parte-se da premissa, como em toda novel legislação, de que a Guarda 
Compartilhada deve ser a primeira opção, ou seja, sempre que possível, 
deve-se realizar a conversão da unilateral para a compartilhada a fim de 
diminuir ou cessar os efeitos da alienação parental. (Freitas, 2012, p.44, 
apud, Costa, 2013) 
 
Por fim, traremos o inciso VI que fala sobre a mudança de domicílio do menor, 
como forma de garantir o direito de convívio entre os alienados, tendo em vista que é 
muito comum, conforme estipulado no inciso IV, do artigo 2º da referida lei, o alienante 
buscar formas de cessar o convívio familiar, agindo de maneira pessoal contra o 
alienado, dificultando não só a convivência deste com o menor, mas se mudando de 
29 
 
forma repentina e sem justificativa para um local distante, com o intuito de dificultar o 
acesso a visita e por consequência, a convivência dos alienados. 
 
3.3 Responsabilidade civil na alienação parental 
 
A responsabilidade civil, surge a partir do dever de reparação a outrem, pelo 
dano causado, seja à sua pessoa ou ao seu patrimônio. Neste sentido, Diniz (2009, 
p. 07/08), indica que: 
 
A responsabilidade civil pressupõe uma relação jurídica entre a pessoa que 
sofreu o prejuízo e a que deve repará-lo, deslocando o ônus do dano sofrido 
pelo lesado para outra pessoa que, por lei, deverá suportá-lo, atendendo 
assim à necessidade moral, social e jurídica de garantir a segurança da vítima 
violada pelo autor do prejuízo. Visa, portanto, garantir o direito do lesado à 
segurança, mediante o pleno ressarcimento dos danos que sofreu, 
restabelecendo-se na medida do possível o statu quo ante, logo, o princípio 
que domina a responsabilidade civil na era contemporânea é o da restitutio in 
integrum, ou seja, da reposição completa da vítima à situação anterior à 
lesão, por meio de uma reconstituição natural, de recurso a uma situação 
material correspondente ou de indenização que represente do modo mais 
exato possível o valor do prejuízo no momento e seu ressarcimento, 
respeitando assim, sua dignidade. (Diniz, 2009, p. 07/08, apud, Onfre e 
Galvão, 2019) 
 
Com isso, a responsabilidade civil é fundamental para as resoluções de 
conflitos, no que tange à proteção do direito à reparação, trazendo a perspectiva 
compensatória. Além disso, ao “punir”, assume uma responsabilidade preventiva, 
garantindo que os danos causados não se tornem tão frequentes no ordenamento 
jurídico. 
Logo, para doutrina, a responsabilidade civil, detém de imprescindíveis 
presenças de 04 (quatro) elementos, sejam eles: a conduta do agente, o nexo causal, 
o dano e a culpa. Nesse contexto, explica Noronha (2010, p. 468/469), para que surja 
a obrigação indenizatória terá que cumprir os seguintes pressupostos: 
 
1. que haja um fato (uma ação ou omissão humana, ou um fato humano, mas 
independente da vontade, ou ainda um fato da natureza), que seja 
antijurídico, isto é, que não seja permitido pelo direito, em si mesmo ou nas 
suas consequências; 2.que o fato possa ser imputado a alguém, seja por 
dever a atuação culposa da pessoa, seja por simplesmente ter acontecido no 
decurso de uma atividade realizada no interesse dela; 3.que tenham sido 
produzidos danos; 4. que tais danos possam ser juridicamente considerados 
como causados pelo ato ou fato praticado, embora em casos excepcionais 
seja suficiente que o dano constitua risco próprio da atividade do responsável, 
sem propriamente ter sido causado por esta. (Noronha, 2010, p. 468/469, 
apu, Ancheski, 2021) 
30 
 
Nesse sentido, dispõe Gonçalves (2016, p. 314): 
 
Para que haja obrigação de indenizar, não basta que o autor do fato danoso 
tenha procedido ilicitamente, violando um direito (subjetivo) de outrem ou 
infringindo uma norma jurídica tuteladora de interesses particulares. A 
obrigação de indenizar não existe, em regra, só porque o agente causador do 
dano procedeu objetivamente mal. É essencial que ele tenha agido com 
culpa: por ação ou omissão voluntária, por negligência ou imprudência, como 
expressamente se exige no art. 186 do Código Civil. (Gonçalves, 2016, p. 
314,apud, Espósito et al. 2020) 
 
Nesse diapasão, o Código Civil de 2002, impõe aosgenitores o exercício do 
poder familiar, tornando-os responsáveis pela proteção da sua prole. Conforme elenca 
o caput do artigo 1634 do referido código: 
 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos 
filhos: 
 
 No tocante, em seu artigo 73 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), prevê a responsabilidade mediante ao descumprimento da lei. Logo, a 
referida hipótese encontra-se na qualidade de responsabilidade civil e essa, poderá 
gerar uma indenização por dano moral, como preconiza o artigo 927 do Código Civil 
de 2002: 
 
Art. 73. A inobservância das normas de prevenção importará em 
responsabilidade da pessoa física ou jurídica, nos termos desta Lei. (Estatuto 
da Criança e do Adolescente). 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente 
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. 
 
 
Desta forma, a prática de alienação parental, implica em responsabilidade civil, 
uma vez que atende a todos os requisitos legais para sua caracterização, sendo eles 
a conduta do genitor alienante, a culpabilidade, o dano causado ao menor e seu 
genitor alienado e o nexo causal, que muitas vezes, tem por objetivo usar o menor 
como instrumento de punir o outro genitor. No que diz o artigo 3º da Lei 12.318/10: 
 
Art. 3o A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da 
criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a 
realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui 
31 
 
abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos 
deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 
 
Portanto, não há dúvidas quanto a responsabilidade civil mediante à prática de 
alienação parental, haja vista ferir um direito fundamental da criança e do adolescente 
de convivência familiar saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
4. A POSSIBILIDADE DE CRIMINALIZAÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
Atualmente, mesmo enfrentando alguns obstáculos, a Lei da Alienação 
Parental, trouxe um respaldo jurídico muito importante para o ordenamento jurídico 
e principalmente, uma maior segurança para as vítimas alienadas. Tendo em vista, 
que a mesma apresentou formas de caracterizar as condutas alienantes e ao mesmo 
tempo, cessando-as, tornando assim, mais fácil a sua compreensão. 
Dito isto, embora o texto original do Projeto de Lei nº 4.053/2008, o qual 
acabou sendo convertido posteriormente na Lei da Alienação Parental, de autoria do 
Deputado Federal Regis de Oliveira, não apresentar em seu texto a esfera criminal 
como meio de punição, foi na fase de tramitação, mais precisamente na Comissão 
de Seguridade Social e Família, através do Deputado Federal Dr. Pinotti que houve 
a primeira intenção. Conforme menciona Brito (2017). 
Desta forma, Pinotti em seu voto, ofereceu um parecer substitutivo para o 
então projeto, ofertando uma punição mais severa que o atual artigo 6º da referida 
lei oferece em seu rol de sanções. Conforme elenca os artigos 8º e 9º do substitutivo 
acrescentado por ele. 
 
Art. 8º A Seção II do Capítulo I do Título VII do Estatuto da Criança e do 
Adolescente aprovado pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, passa a vigorar 
com o seguinte acréscimo: 
 
“Art.236........................................................................... 
 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena, se o fato não constitui crime mais 
grave, quem apresenta relato falso a agente indicado no caput ou a 
autoridade policial cujo teor possa ensejar restrição à convivência de criança 
ou adolescente com genitor.” 
 
Art. 9º A Seção II do Capítulo I do Título VII do Estatuto da Criança e do 
Adolescente aprovado pela Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, passa a vigorar 
com o seguinte acréscimo: 
 
“Art.236-A. Impedir ou obstruir ilegalmente contato ou convivência de criança 
ou adolescente com genitor. 
 
Pena – detenção de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime 
mais grave.” (Brasil, 2008, parecer substitutivo ao Projeto de Lei nº 
4.053/2008, pelo Deputado Federal Dr. Pinotti) 
 
33 
 
Contudo, de acordo com Brito (2017), em maio de 2009, o Deputado Federal 
Acélio Casagrande do (PMDB-SC) que assumiu a relatoria do projeto, apresentou um 
novo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, tendo em vista que o 
parecer do Deputado Federal Dr. Pinotti (DEM-SP) não chegou a ser apreciado na 
sessão legislativa anterior. Logo, no novo parecer, veio proposto também um 
substitutivo ao texto original do projeto de lei que continha também o novo art. 8º e 9º 
com o mesmo conteúdo daquele já apresentado pelo Deputado Federal Dr. Pinotti 
(DEM-SP). A justificativa para a mudança foi a seguinte: 
 
Considerada a possibilidade de eventual controvérsia acerca da aplicação de 
instrumentos penais específicos previstos na Lei nº 8.069/90 - Estatuto da 
Criança e do Adolescente - aos casos definidos como de alienação parental, 
julga-se necessária a sistematização do ordenamento jurídico, também neste 
passo, reconhecendo expressamente como ilícitos a apresentação de falsas 
denúncias em contexto de alienação parental e o óbice deliberado à 
convivência entre criança ou adolescente e genitor. (Brasil, 2009, parecer 
substitutivo ao Projeto de Lei nº 4.053/2008, pelo Deputado Federal, apud, 
Brito, 2017) 
 
Ainda segundo Brito (2017), no parecer de relatoria da Deputada Federal Maria 
do Rosário (PT-RS) apresentado em outubro de 2009, no que concerne à 
criminalização da alienação parental, foi retirado o art. 9 do substitutivo anterior, de 
forma que a alienação parental não deveria ser criminalizada em uma nova tipificação, 
mas nos casos de falsos relatos prestados a autoridades públicas, essa conduta 
poderia ser equiparada a outros crimes já existentes, como a calúnia ou o falso 
testemunho. Também foi alterada a numeração do artigo no substitutivo anterior, 
passando o assunto a constar no art. 10º, com a seguinte explicação: 
 
No que concerne a pena do artigo 8º do citado Substitutivo aprovado na 
comissão que nos antecedeu, cabe apenas um pequeno reparo para suprimir 
a expressão “se o fato não constitui crime mais grave”. Isso porque, não se 
trata da criação de um novo tipo penal, mas a especialização de tipos já 
existentes em nosso Código Penal, quais sejam: calúnia e falso testemunho. 
Assinalamos, outrossim, que há o abrandamento das penas dos tipos penais 
citados - principalmente o falso testemunho – deixando-os consoantes as 
penas dos ilícitos penais previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, 
as quais se demonstram mais equânimes ao tipos de relações tratadas na 
proposição. 
Por outro lado, não cremos que deva ser mantido o disposto no artigo 9º do 
Substitutivo em comento, visto que consideramos exagerado criminalizar a 
conduta da alienação parental, pois isto certamente viria a tornar ainda mais 
difícil a situação da criança ou do adolescente que pretendemos proteger. 
Por fim, cabe salientar que a convivência contínua, e mais ampla possível, 
que surge a espontaneidade do vínculo afetivo entre pais e filhos, com o 
34 
 
desenvolvimento dos laços psíquico-emocionais, em ambiência sócio-cultural 
própria que, em conjunto, proporcionarão o desenvolvimento pedagógico do 
caráter de uma pessoa. 
 
Art. 10. O art. 236 da Seção II do Capítulo I do Título VII da Lei nº 8.069, de 
13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, passa a vigorar 
acrescido do seguinte parágrafo único: 
 
Art. 236. ...........................................................................................................Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem apresenta relato falso ao 
agente indicado no caput ou a autoridade policial cujo teor possa ensejar 
restrição à convivência de criança ou adolescente com genitor. (Brasil, 2009, 
parecer substitutivo ao Projeto de Lei nº 4.053/2008, pela Deputada Federal 
Maria do Rosário, apud, Brito, 2017). 
 
Com isso, Brito (2017) ainda menciona, que projeto de lei não se pretendia 
criminalizar todo e qualquer ato que ensejasse alienação parental, mas tão somente 
aqueles que em consequência de um relato falso prestado à autoridade pública, 
resultasse na quebra da convivência do menor com algum dos genitores. Já os casos 
de relato falso prestado ao próprio menor, mecanismos para tentar impedir a 
convivência dele com o grupo familiar do outro genitor como obstar a comunicação, 
não prestar informações importantes e outra coisas, são exemplos de condutas que 
não seriam criminalizadas pelo PL em estudo. 
Entretanto, ao chegar no Poder Executivo, o atual presidente Luis Inácio Lula 
da Silva, que também era o mesmo presidente na época, decidiu por vetar o artigo 
10º do Projeto de Lei nº. 4.053/2008, por entender: “…que a aplicação da pena traria 
prejuízos à própria criança ou adolescente…”, conforme reportagem da Agência 
Câmara de Notícias (2010). 
Com isso, podemos concluir ao analisar a redação do texto original, movida 
pelo Deputado Regis de Oliveira, que em nenhum momento buscou uma penalização 
inserindo o projeto na esfera criminal, contudo, houve sim, uma busca incessante pela 
proteção e assistência aos menores alienados. 
Vale ressaltar que, ainda sobre o assunto de criminalização da Lei 12.318/10, 
em 2016, ouve uma nova tentativa de trazer para à redação do texto legal, o acréscimo 
de parágrafos e incisos ao artigo 3º da referida lei, com o intuito de tornar crime as 
condutas alienantes. 
 Projeto de Lei de nº 4.488/2016, criado pelo Deputado Federal Arnaldo Faria 
de Sá, com a seguinte justificativa: 
35 
 
É de conhecimento que o mal da alienação parental é prática mais que 
comum, em mais de 80% (oitenta por cento) nas relações de pais separados, 
com manejo falso da Lei Maria da Penha, denúncias de abusos sexual, são 
atos criminosos que visam afastar os filhos do outro cônjuge, ou das pessoas 
que mantenham vínculos afetividade, com estes. Não existe, até o momento 
em nosso ordenamento jurídico, norma penal capaz de efetivar o temor 
reverencial dessas condutas criminosas, onde as crianças e adolescentes 
são as maiores vítimas, seja por invenções descabidas de fatos inexistentes, 
de denúncias criminais falsas, propositais, visando, unicamente, impedir o 
contato, a convivência, geralmente por quem detém a guarda dos filhos. É de 
crucial relevância em homenagem ao princípio da proteção integral, 
imputando à quem comete qualquer ato que vise destruir laços de afetividade, 
sanção criminal. Por tudo quanto aqui suscintamente exposto, submetemos 
à apreciação de nossos Nobres Pares e que contamos com o apoio para a 
aprovação da presente proposta. (Brasil, 2016, Projeto de Lei nº 4.488/16, 
pelo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, 2016) 
 
Que por razões acima exposto, resolveu criar o referido projeto com o intuito 
de não alterar o artigo 3º, mas de acrescentar parágrafos e incisos ao mesmo, para 
tipificação penal, conforme segue: 
 
Art.3.º………………………………………………………………………………… 
§ 1.º - Constitui crime contra a criança e o adolescente, quem, por ação ou 
omissão, cometa atos com o intuito de proibir, dificultar ou modificar a 
convivência com ascendente, descendente ou colaterais, bem como àqueles 
que a vítima mantenha vínculos de parentalidade de qualquer natureza. 
 
Pena – detenção de 03 (três) meses a 03 (três) anos 
 
§ 2.º O crime é agravado em 1/3 da pena: 
I – se praticado por motivo torpe, por manejo irregular da Lei 11.340/2006, 
por falsa denúncia de qualquer ordem, inclusive de abuso sexual aos filhos; 
 
II – se a vítima é submetida a violência psicológica ou física pelas pessoas 
elencadas no § 1.º desse artigo, que mantenham vínculos parentais ou 
afetivos com a vítima; 
 
III – se a vítima for portadora de deficiência física ou mental; 
 
§ 3.º Incorre nas mesmas penas quem de qualquer modo participe direta ou 
indiretamente dos atos praticados pelo infrator. 
 
§ 4.º provado o abuso moral, a falsa denúncia, deverá a autoridade judicial, 
ouvido o ministério público, aplicar a reversão da guarda dos filhos à parte 
inocente, independente de novo pedido judicial. 
 
§ 5.º - O juiz, o membro do ministério público e qualquer outro servidor 
público, ou, a que esse se equipare a época dos fatos por conta de seu ofício, 
tome ciência das condutas descritas no §1.º, deverá adotar em regime de 
urgência, as providências necessárias para apuração infração sob pena de 
responsabilidade nos termos dessa lei. (Brasil, 2016, Projeto de Lei nº 
4.488/16, pelo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, 2016) 
36 
 
Entretanto, ao avançar de fase e chegar na Comissão de Seguridade Social e 
Família, a Deputada Federal e relatora Shéridan (2017) afirma: 
 
…creio que a própria justificativa do projeto depõe contra sua aprovação. Não 
creio que a solução para o problema da alienação parental no Brasil seja 
sujeitar a um processo criminal 80% das pessoas com filhos que se 
divorciam. Não acredito que trará nenhum benefício para crianças e 
adolescentes ver um de seus genitores, na grande maioria a mãe, ser 
processada criminalmente e eventualmente presa. Frequentemente, ao 
revés, tal situação poderá até mesmo agravar o quadro de alienação parental, 
pois em diversos casos a criança e o adolescente, já perdidos no meio de 
uma situação de intenso conflito entre os pais, irá culpar o genitor alienado 
pelo fato de a mãe estar sendo presa e processada. É preciso destacar que, 
na esmagadora maioria das vezes, dado o elevado índice de guardas de 
menores concedidas às mães – mais de 90% - o alienador parental é 
justamente a mulher. (Brasil, 2017, substitutivo apresentado ao Projeto de Lei 
nº 4.488/16, pela Deputada Federal Shéridan) 
 
Shéridan (2017) afirma ainda: 
Apenas em 2014, o Brasil registrou 341.100 divórcios, com uma redução da 
duração média dos casamentos, de 19 anos para 15 anos. Se em 80% dos 
casos, como afirmado na justificativa da proposta, ocorre algum grau de 
alienação parental, isto significa afirmar que estaremos sujeitando a um 
processo criminal cerca de 272.880 pessoas por ano, número que resulta da 
multiplicação de 341.1 mil vezes 80%. Na esmagadora maioria das vezes, 
vale dizer, estas pessoas serão mulheres, mães, que precisam mais de uma 
intervenção terapêutica do que de um processo criminal[…]Nem o Judiciário, 
nem o Ministério Público, nem a polícia têm estrutura para investigar, 
processar e punir 270 mil novos casos por ano. Mais, não acredito que 
simplesmente surjam 270 mil novas mães-criminosas todos os anos. As 
soluções, assim, devem ser interdisciplinares, e não penais, e visar muito 
mais o benefício da criança e do adolescente do que eventual 
encarceramento do alienador parental[…] É importante também alertar para 
o fato de que nos casos de denúncia falsa sobre maus tratos e abuso sexual, 
o alienante não fica sem punição conforme a legislação atual, pois já pode 
incorrer no crime previsto no artigo 339 do Código Penal, além de ver 
revertida a guarda do seu filho em favor do alienado e suspendido o poder 
parental. No mais, o genitor alienante ainda pode ser condenado a indenizar 
o genitor alienado pelos danos morais sofridos. Creio, portanto, que o mais 
importante é identificar os problemas relacionados aos procedimentos que 
vem sendo adotados pelos magistrados nos processos de alienação parental, 
a fim de aprimorar as regras procedimentais e conferir maior segurança ao 
magistrado para decidir os casos de alienação, em especial quando na outra 
ponta há uma denúncia de abuso sexual formulada por um dos genitores. É 
que,e a criminalização da mesma não atenderiam as essas 
necessidades. Tendo em vista, que toda criança e adolescente tem o direito de crescer 
em um seio familiar afetivo. 
 Portanto, na visão do autor do estudo, a Lei da Alienação Parental apresenta 
os meios punitivos necessários e suficientes para punir de forma legal as práticas 
alienantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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