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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA 
PROFESSORA: ANA MARIA BARROS
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ
QUESTÕES SOBRE JOHN MANUEL MONTEIRO
Recife
2013
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz
QUESTÕES SOBRE JOHN MANUEL MONTEIRO
 Questões apresentadas como atividade complementar
 para a disciplina de História do Brasil Colônia, pelo Curso 
 de História da Universidade Federal de Pernambuco, 
 ministrada pela professora doutora Ana Maria Barros.
 
 
Recife
2013
QUESTÕES
1. O que vem a ser a dinâmica interna da organização social indígena?
2. Para os portugueses o que significava ser Tupi ou Tapuia?
3. O que representava a aldeia para os grupos TUPI. Cite o nome de algumas aldeias indígenas.
4. Analise os fatos que contribuíam para o deslocamento de uma aldeia.
5. Os jesuítas sempre lamentavam a falta de um rei entre os indígenas. Analise o porquê, a partir do ponto de vista do conquistador.
6. Analise o papel desempenhado pelos chefes, no convívio das aldeias.
7. O PAGÉ era uma figura fundamental na condução da vida nas aldeias. Qual o seu papel?
8. Quem eram os CARAIBAS?
9. Dentro da dinâmica interna das populações indígenas, qual o significado da guerra?
10. Fale do ritual antropofágico dos nossos indígenas e da sua relação com as guerras.
11. Leia com atenção a segunda parte do texto: CONTATO, ALIANÇAS E CONFLITOS e faça um resumo da mesma.
12. Cite, a partir do texto estudado, alguns fatos que contribuíram para o processo de desagregação do indígena.
13. Fale sobre o projeto de aldeamento imposto pelos Jesuítas, salientando alguns pontos do seu tratado.
14. Fale sobre o conceito de "guerra justa".
RESPOSTAS
A dinâmica interna, sócio organizacional indígena (Tupi) se constitui por diversos fatores que mantém a sobrevivência e a rotina das tribos, entre esses fatores podemos citar os principais papéis representados na tribo, que eram os chefes e xamãs, e eles que possuíam o deve de manter a identidade indígena, de deixar que os novos costumes chegados com os portugueses não afetassem em sua cultura. Então, a dinâmica interna indígena contribuiu para a manutenção dos costumes dos ancestrais, e os responsáveis pela fundamentação e ação desses costumes, eram os chefes da tribo. 
O entendimento dos portugueses acerca de Tupi e Tapuia se deu porque os próprios portugueses quiseram limitar a quantidade etnográfica presente no novo território, e dividiram os grupos indígenas em dois, os Tupi seriam os que ficavam nas sociedades litorâneas e possuíam um contato direto com os portugueses e os recém-chegados franceses e castelhanos, e realmente parecia haver uma semelhança entre os grupos que foram englobados na categoria Tupi. Para os Tapuias, eram designados os grupos que não tinham muito contato com os europeus, e que se distinguiam em questão organizacional em relação aos Tupis, e essa denominação acabou por ser levada como uma forma negativa, os Tapuias seriam os índios que fariam mal aos portugueses, e, portanto, precisariam ser dominados o quanto antes, existiram vários relatos acerca dessa dicotomia, principalmente vinda dos catequizadores (pois possuíram maior contato com os indígenas e para isso era requerido um maior conhecimento) .
Para o grupo Tupi, a aldeia representava a unidade central, podemos dizer que a principal unidade organizacional da tribo, são relatados diversos traços que dizem que existiam barreiras entre as comunidades da aldeia, mas, também podemos dizer que todos os chefes prezariam pela manutenção da mesma, podemos citar como aldeias Tupi: Inhapuambuçu (Piratininga) que era liderada pelo Chefe Tibiriçá e a aldeia de Jerubatuba que era liderada pelo chefe Cauibi. 
Segundo relatos podemos dizer que eram fatores que aos poucos eram desencadeados para essa transposição da aldeia, geralmente passavam “profetas ambulantes” pelas aldeias, eram os chamados Caraíbas, eles prometiam riquezas, novas terras, mais fartura, e todos os tipos de coisa que faziam um deslumbramento momentâneo nos índios da aldeia, os Caraíbas tinham um grande poder dialético, podemos dizer que uma refinada oratória, que por muitas vezes serviu para que aldeias todas se deslocassem com ele em busca dessa terra prometida, estudos do cientista social Carlos Fausto também dizem que essa terra prometida seria a terra de seus ancestrais. Portanto, podemos concluir que o motivo principal para o deslocamento de uma aldeia, seria a busca por uma terra com condições melhores de vida. 
Para os jesuítas e conquistadores portugueses a falta de um rei impossibilitava as negociações diretas de poder com os indígenas, vemos que na história europeia, o rei que tomava as decisões com os povos inimigos, e o fato dos indígenas não terem essa centralização do poder também causou uma repercussão preconceituosa vinda dos portugueses, esses diziam em cartas ao rei que os índios viviam em um sistema politico inferior ao vivido em Portugal, um sistema primitivo que não possuía rei, nem estabilidade politica, e essa instabilidade dificultou a vida dos portugueses para a conquista da terra. 
O chefe possuía o papel que dava sustentação a aldeia, ele tinha toda a autoridade para mobilizar os guerreiros para as futuras batalhas que o grupo enfrentaria, ainda mantinha todos os rituais culturais de seus antepassados, ele tinha a responsabilidade de não deixar a cultura morrer, e passava isso diretamente para todos os habitantes da aldeia, sem duvida, o chefe possuía era o sustentáculo organizativo da aldeia. Toda essa preservação da identidade da cultura indígena feita pelos chefes, foi muito usada pelos portugueses para se infiltrar nas aldeias, alguns costumes foram quebrados ao longo do tempo, e isso acabava por modificar muito do que os índios conheciam, essa é a dicotomia do poder do chefe indígena, nem sempre era para o bem da aldeia que esse poder tendia. 
Podemos dizer que o Pajé possuía uma grande similaridade de poder e função com os chefes da aldeia, não tinham tanta influencia política (na maioria dos casos), mas, o respeito era imenso, pois, para os indígenas, os pajés possuíam a ligação com o mundo espiritual, por isso, no cotidiano dos pajés eram traçadas formas de passar toda essa espiritualidade para a aldeia, seja com a interpretação de sonhos, ou criando formas de proteger a sociedade contra os inimigos externos. Obviamente, não havia uma relação boa entre os pajés e os jesuítas, os portugueses diziam que os pajés praticavam rituais não aceitos pela sua cultura, enquanto relatos contam que os próprios chefes das aldeias contavam para os jesuítas que o motivo de fartura e das coisas boas acontecerem à aldeia eram presentes vindos dos espíritos advindos dos pajés. 
Os caraíbas eram conhecidos como profetas ambulantes, circulavam de aldeia e aldeia, pregando crenças de seus antepassados, geralmente conseguiam transmitir ideias relacionadas a terras que teriam muita fartura e que estariam esperando por ser desbravadas pelos mais corajosos índios dessas aldeias, e com isso, transformam o ideal dos indíos presentes. O papel dado ao caraíba geralmente era o do profeta que trazia novos espirítos e bênçãos para os indíos, mas, os Jesuitás combateram ferozmente essa crença dentro das aldeias, dizendo que os caraíbas eram farsantes em busca de riquezas, que seriam propiciadas pelos chefes da aldeia, essa foi uma das ações dos Jesuítas, que em algumas aldeias mudaram as crenças que vigoravam desde os antepassados indígenas. 
A guerra se constituía como um dos elementos principais das culturas indígenas, a maioria dos conflitos de um ponto de vista internase constituía em um sentimento de vingança, era uma ligação com os antepassados da tribo (que já haviam batalhado contra inimigos e falhado), e todo o ritual era preparado após a captura do inimigo, este que seria executado segundo as tradições da aldeia. Diversos relatos coloniais não focam nesse ponto cultural indígena, achavam que a guerra era apenas por motivos de melhoras para a aldeia, mas, os reais motivos se estendiam para, além disso, a guerra podia ser o pilar de uma aldeia e o principal legado de um cacique. 
Os rituais antropofágicos possuíam extrema importância cultural entre os indígenas brasileiros, era uma das bases relacionadas ao contato entre as aldeias Tupi, e funcionava para concretizar o ato da guerra, havia as festas pós-captura dos inimigos, onde todos os rituais eram feitos e o principal deles era o sacrifício, onde o inimigo da aldeia era morto e servido entre os guerreiros. Muito se combateu pelos europeus o fato dos índios praticarem esse tipo de ritual onde o inimigo era devorado, os próprios Jesuítas tentaram por anos retirar esse hábito, pois, o considerava totalmente inaceitável para cultura que estava sendo imposta aos indígenas, mas, muitas aldeias continuaram os rituais até a sua extinção. 
 Após a chegada e o entendimento das guerras indígenas pelos portugueses, planos foram arquitetados para aumentar a possibilidade de conquistas territoriais, e alianças foram feitas com tribos indígenas para a obtenção desse sucesso, os índios viram a vantagem nessa aliança pelo poder bélico português, seria uma forma de assustar as aldeias inimigas, porém, essas alianças não duraram por muito tempo, podemos situar ainda na primeira metade do século XVI problemas que envolveriam os portugueses e os indígenas. Parte importante que retrata os contatos iniciais entre as tribos e os portugueses eram os portugueses que acabavam por ser capturados pelos indígenas e se adaptavam o seu modo de vida, após essa adaptação, eles negociavam com mais facilidade com os portugueses, pois, usavam o recém-adaptado como intermediário, os conflitos começaram quando os portugueses precisaram de uma maior mão de obra, e isso abalou todo o sistema antes negociado com os índios, que era esperar receber a ajuda indígena dando presentes ou os convencendo que era correto e útil para eles a união com os portugueses, mas, os portugueses começaram a promover as quebras de costumes indígenas, impondo a cultura europeia aos modos dos índios, e disso surgiram diversos problemas, os índios se recusavam a negociar com os portugueses diante dessa postura. Os portugueses conseguiram mão de obra através dos prisioneiros capturados em guerra pelos indígenas, ao invés do tradicional sacrifício, alguns prisioneiros eram logo levados aos portugueses, que perceberam que o uso destes como escravos renderia bons frutos ao trabalho na colônia. Pode-se concluir que ao longo dos anos aquela relação de igualdade mutua que era muito vista nos escambos de produtos, foi dando lugar a uma imposição de poder portuguesa, os índios acabaram se tornando subordinados dos portugueses e isso causou diversas revoltas ao longo do período colonial. 
É provável que muito antes da chegada dos portugueses fatores culturais diversos já causavam certo tipo de tensão entre grupos indígenas distintos, essa tensão foi amplamente agravada com a chegada dos portugueses e principalmente pelas intervenções Jesuítas que por muitas vezes causaram e acentuaram divergências extremas entre os indígenas, ressaltando suas diferenças e mostrando que a união correta seria com o lado da questão Jesuíta, toda essa desagregação indígena contribuiu significativamente para o controle português sobre grande parte das aldeias e dos chefes indígenas. Ainda pode ser citado o fato de que toda essa desagregação indígena, ainda foi mais sentida na parte interna na aldeia, onde a estrutura social era paulatinamente transformada enquanto costumes antigos eram extintos. 
O projeto de aldeamento sugerido pelos Jesuítas proporcionaria locais que serviriam como pilares para a criação e posterior reprodução da força de trabalho indígena, e como estratégias estariam às preservações de alguns costumes indígenas, inclusive sua antiga estrutura social, mas, tudo com moldes impostos pela Companhia de Jesus, seria disposto então aos portugueses outra forma de conseguir acesso à mão de obra indígena, mas, nem tudo era considerado justo para os indígenas, apesar da preservação de seus costumes, eles haviam perdido grande parte de sua terra e agora estavam a mercê dos costumes tanto dos portugueses quanto dos Jesuítas, mas, como era de se esperar esse papel do Jesuíta como intermediário da mão de obra indígena acabou por não durar muito tempo, pois, atrasou todo o processo de acesso que os portugueses já estavam acostumados a fazer. 
O conceito de guerra justa se baseia em uma divisão feita pelos portugueses, que diziam que os índios que fossem apreendidos em batalhas, e assim seriam os prisioneiros de guerra das outras aldeias, esses indígenas poderiam ser submetidos ao trabalho escravo, pois mereceriam estar naquelas condições, uma das imbricações usadas pelos portugueses era a de que esses prisioneiros de guerra seriam submetidos ao ritual de sacrifício de seus conquistadores, e assim o trabalho escravo seria um julgamento mais “justo” para eles. Esse conceito foi posto em prática por muito tempo na colônia, apesar dos portugueses perceberem que o trabalho escravo indígena não rendia o esperado, continuaram com a escravização, e todo esse processou resultou na dizimação de vários grupos indígenas no Brasil.

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