Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS ARARANGUÁ – ARA CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIA Disciplina: Geologia/2015-2SEM Araranguá, 12 de setembro de 2015. Unidade I: Introdução à Geologia Ana Helena Karpovisch 1) Descreva o que significa atmosfera secundária da Terra. 2) Quais são as principais camadas da Terra? Qual é o estado físico de cada uma delas? 3) Quais são os métodos indiretos usados para identificar as camadas interiores da Terra? 4) Quais são os tipos de evidências físicas que permitem conhecer o que ocorreu há milhões de anos atrás? 5) Descreva a subdivisão do Eon mais recente e justifique por que apenas esse é subdividido em eras, períodos e épocas. 6) Descreva os quatro Eons e indique quais são os tipos de seres vivos que surgiram em cada um. 7) Quais as vantagens e desvantagens dos métodos de datação relativa e absoluta da Terra. 8) Qual a vantagem e a limitação da datação por Carbono 14? Respostas: 1- A atmosfera primitiva secundária é uma variação da primeira (resquícios da nebulosa planetária), surgindo com as erupções vulcânicas e sendo composta pelos gases que emanavam do centro do planeta, como monóxido de carbono e anidrido carbônico. 2- As principais camadas da Terra são: 1) Núcleo: composto principalmente por ferro e normalmente separado em núcleo interno (sólido) e externo (líquido). 2) Manto: composto principalmente de rochas sólidas compostas, em sua maioria, de oxigênio com magnésio, ferro e silício. 3) Crosta da Terra: camada sólida composta principalmente por oxigênio, silício, alumínio e ferro (juntos, esses 4 elementos, constituem cerca de 88% da crosta). 3- Para se estudar a estrutura interna da Terra, precisamos analisar as ondas sísmicas registradas na superfície e, a partir dessa análise, é feita uma dedução das partes internas da Terra atravessadas pelas ondas. 4- A composição das rochas é o que nos permite conhecer como era a Terra a milhões de anos atrás e, a partir daí, deduzir o que acontecia. Por exemplo, no oeste da Austrália foi encontrado um fragmento de zircão de aproximadamente 4,3 bilhões de anos e, análises químicas mostram que ele foi formado próximo à superfície, na presença de água, sob condições relativamente frias. Com isso, podemos concluir que a crosta terrestre se formou depois de 100 milhões de anos depois da formação da Terra em si. Um outro exemplo é, que conhecendo a composição de cometas (gelo, dióxido de carbono e outros gases congelados) e admitindo que houveram inúmeras colisões de cometas com o planeta Terra em formação, podemos dizer que foram eles que deram origem aos oceanos e atmosfera primitivos. 5- O éon mais recente é o Éon Fanerozóico, subdividido em: 1 Era Paleozóico 1.1 Período Cambriano 1.1.1 Época Terreneuviano a) Idade Fortuniano b) Idade não nomeada 1.1.2 Época Cambriano II a) Idade não nomeada b) Idade não nomeada 1.1.3 Época Cambriano III a) Idade não nomeada b) Idade Drumiano c) Idade Guzhangiano 1.1.4 Época Furongiano a) Idade Paibiano b) Idade Jiangshaniano 1.2 Período Ordoviciano 1.2.1 Época Ordoviciano Inferior a) Idade Tremadociano b) Idade Floiano 1.2.2 Época Ordociano Médio a) Idade Dapingiano b) Idade Darriwiliano 1.2.3 Época Ordoviciano Superior a) Idade Sandbiano b) Idade Katiano c) Idade Hirnantian 1.3 Período Siluriano 1.3.1 Época Llandovery a) Idade Rhuddaniano b) Idade Aeroniano c) Idade Telychiano 1.3.2 Época Wenlock a) Idade Sheinwoodiano b) Idade Homeriano 1.3.3 Época Ludlow a) Idade Gorstiano b) Idade Ludfordiano 1.3.4 Época Pridoli 1.4 Período Devoniano 1.4.1 Época Devoniano Inferior a) Idade Lochkoviano b) Idade Pragiano c) Idade Emsiano 1.4.2 Época Devoniano Médio a) Idade Eifeliano b) Idade Givetiano 1.4.3 Época Devoniano Superior a) Idade Frasniano b) Idade Famenniano 1.5 Período Carbonífero 1.5.1 Época Mississippiano Inferior a) Idade Tournaisiano 1.5.2 Época Mississippiano Médio a) Idade Viseano 1.5.3 Época Mississipiano Superior a) Idade Serpukhoviano 1.5.4 Época Pennsylvaniano Inferior a) Idade Bashkiriano 1.5.5 Época Pennsylvaniano Médio a) Idade Moscoviano 1.5.6 Época Pennsylvaniano Superior a) Idade Kasimoviano b) Idade Gzheliano 1.6 Período Permiano 1.6.1 Época Cisuraliano a) Idade Asseliano b) Idade Sakmariano c) Idade Artinskiano d) Idade Kunguriano 1.6.2 Época Guadalupiano a) Idade Roadiano b) Idade Wordiano c) Idade Capitaniano 1.6.3 Época Lopingiana a) Idade Wuchiapingiano b) Idade Changhsiangiano 2 Era Meszozóico 2.1 Período Triássico 2.1.1 Época Triássico Inferior a) Idade Induano b) Idade Olenekiano 2.1.2 Época Triássico Médio a) Idade Anisiano b) Idade Ladiniano 2.1.3 Época Triássico Superior a) Idade Carniano b) Idade Noriano c) Idade Rhaetiano 2.2 Período Jurássico 2.2.1 Época Jurássico Inferior a) Idade Hettangiano b) Idade Sinemuriano c) Idade Pliensbachiano d) Idade Toarciano 2.2.2 Época Jurássico Médio a) Idade Aaleniano b) Idade Bajociano c) Idade Bathoniano d) Idade Calloviano 2.2.3 Época Jurássico Superior a) Idade Oxfordiano b) Idade Kimmeridgiano c) Idade Tithoniano 2.3 Período Cretáceo 2.3.1 Época Cretáceo Inferior a) Idade Berriasiano b) Idade Valanginiano c) Idade Hauteriviano d) Idade Barremiano e) Idade Aptiano f) Idade Albiano 2.3.2 Época Cretáceo Superior a) Idade Cenomaniano b) Idade Turoniano c) Idade Coniaciano d) Idade Santoniano e) Idade Campaniano f) Idade Maastrichtiano 3 Era Cenozoico 3.1 Período Paleogeno 3.1.1 Época Paleoceno a) Idade Daniano b) Idade Selandiano c) Idade Thanetiano 3.1.2 Época Eoceno a) Idade Ypresiano b) Idade Lutetiano c) Idade Bartoniano d) Idade Priaboniano 3.2.3 Época Oligoceno a) Idade Rupeliano b) Idade Chattiano 3.2 Período Neogeno 3.2.1 Época Mioceno a) Idade Aquitaniano b) Idade Burdigaliano c) Idade Langhiano d) Idade Serravalliano e) Idade Tortoniano f) Idade Messiniano 3.2.2 Época Plioceno a) Idade Zancleano b) Idade Piacenziano 3.3 Período Quaternário 3.3.1 Época Pleistoceno a) Idade Gelasiano b) Idade Calabriniano c) Idade Pleistoceno Inferior d) Idade Pleistoceno Superior 3.3.2 Época Holoceno O Éon mais recente (Fanerozóico) não é o único subdividido em eras e períodos, mas o único subdividido em épocas e idades. Isso acontece porque o inicio do Éon Fanerozoico é marcado pelo aparecimento do Trichophycus pedum, um artrópode primitivo. A partir disso, o tempo geológico começou a ser dividido com base nas evoluções da vida, determinadas pelos DNA’s encontrado em fósseis. 4- O primeiro Éon foi o Hadeano, que começou com o início do processo de formação dos planetas do Sistema Solar e terminou quando surgiram as primeiras rochas no Planeta Terra, evento esse que marca o início do Éon Arqueno. Após o Éon Arqueano, veio os Éons Proterozóico e Fanerozoico. Otérmino do Éon Arqueano e início do Éon Proterozoico é definido apenas pelo tempo cronológico, uma vez que não temos certeza de tudo que acontecia. O Éon Proterozóico é marcado pelo rápido derretimento do gelo Marinoanos e início dos carbonatos pelo mundo todo. Além disso, iniciou-se mudanças seculares nos isótopos de carbono. O Éon Fanerozoico é iniciado com Trichophycus pedum, um artrópode primitivo e, as subdivisões desse Éon foram sendo marcadas conforme as evoluções da vida. 7- Métodos Vantagens Desvantagens Princípio da Superposição de Camadas Método bastante simples; Aplicação quase sempre possível em campo. Não pode ser usado em depósitos por acresção lateral, tampouco quando existe uma deformação da posição original das camadas; Não pode ser aplicado em rochas intrusivas e deve ser aplicado com cuidado em rochas metamórficas. Princípio das Relações de Corte Válido para qualquer tipo de rocha Princípio dos Fragmentos Inclusos Aplicável a conglomerados; Pode permitir estabelecer as relações temporais entre as rochas originais antes do metamorfismo. Princípio da Sucessão Faunística Exige conhecimento da ordem dos fósseis em registros geológicos. Princípios da Datação Absoluta – Métodos Radiométricos Datação precisa. Apenas 6 elementos disponíveis para a datação: U-238, U-235, Th-232, Sm- 147, Rb-87 e K-40. Especialmente útil na Método dos Traços de Fissão datação de minérios como apatita e zircão, mas pode ser empregada também em micas, tectitos naturais e sintéticos e vidros; Permite a datação de eventos térmicos. 8- A vantagem da datação por carbono 14 é que ele é encontrado numa taxa constante com o carbono 12 em seres vivos e, uma vez que o organismo morre, ele para de absorver carbono e começa o decaimento dos átomos, ou seja, o método consiste apenas em colocar os dados na seguinte fórmula: t = [ln (Nf/No) / (-0,693) ] x (1/2)t em que Nf/No é a porcentagem de carbono 14 na amostra em relação a quantidade de tecidos vivos e (1/2)t é a meia-vida do carbono 14 (5.700 anos). Referências PRESS, F.et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 656p. TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. 623p. K.M. Cohen. Tabela Cronoestratigráfica Internacional. 2013. K.M. Cohen, S.C. Finney e P.L. Gibbard. Disponível em: <http://www.stratigraphy.org/ICSchart/ChronostratChart2013- 01Portuguese_PT.pdf>. Acesso em: 12 set. 2015. Carneiro, C.D.R.; Mizusaki, A.M.P.; Almeida, F.F.M. de. 2005. A determinação da idade das rochas. Terræ Didatica, 1(1):6-35. Francisco, J.A.S. ; Lima, A.A. ; Arçari, D.P. Datação Por Carbono-14. Disponível em: <http://www.unifia.edu.br/projetorevista/artigos/gestao/gestao_foco_Carbono14.pdf >. Acesso em: 12 set. 2015. Terra e Lua. (São Paulo). Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (Ed.). 2000. Disponível em: <http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo- basico/sistema-solar/terra.html>. Acesso em: 12 set. 2015.
Compartilhar