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Artigo 15

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RESUMO Nº 5 - DP I �
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
	A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são espécies de tentativa abandonada ou qualificada. Como o nome diz, havia uma tentativa e foi abandonada. O agente pretendia produzir o resultado consumativo, mas acabou por mudar de idéia, vindo a impedi-lo por sua própria vontade.
	Elementos da tentativa abandonada:
Início da execução;
Não-consumação;
Interferência da vontade do próprio agente.
	Distinção da tentativa – a diferença está no terceiro elemento: vontade do agente.
	Espécies de tentativa abandonada:
Desistência voluntária;
Arrependimento eficaz.
 
	O art. 15 do Código Penal cogita das hipóteses em que o agente desiste de prosseguir no iter criminis ou, mesmo tendo percorrido quase por completo, arrepende-se, impedindo que o fato se consume.
	Desistência voluntária é equiparada a tentativa imperfeita. Não havendo percorrido, ainda, toda a trajetória do delito, iniciados os atos de execução, o agente pode deter-se, voluntariamente. Exemplo: agente ministra veneno à bebida da vítima, arrependendo-se depois e impedindo-a de ingeri-la.� 
	O arrependimento eficaz é equiparado à tentativa perfeita, o agente esgota todos os meios, ao seu alcance, para a prática do crime. Ele pratica todos os atos de execução. Arrepende-se, porém, e evita, com sucesso, a consumação. Exemplo: o agente ministra veneno à bebida da vítima e a induz a ingeri-la. Após a ingestão da bebida envenenada pela vítima, o agente se arrepende, socorrendo-a ao hospital.�
	No caso de arrependimento eficaz, a lei subordina a impunidade da tentativa à sua eficácia. Se, por qualquer motivo, embora arrependido, o agente não conseguir evitar a consumação do delito, não ficará isento de pena.
	A responsabilidade, entretanto, perdura mesmo que outra causa concorra para o delito. Exemplo: se a vítima, envenenada, negar-se a tomar o antídoto e morrer, estará consumado o delito, pelo qual responderá o agente.
	Do mesmo modo, se a vítima tomar o antídoto e, mesmo assim, morrer, o agente responderá pelo crime.
Distinção
	DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
	ARREMPEDIMENTO EFICAZ
	- O agente interrompe a execução
- Equivale a tentativa inacabada, pois a execução não chega ao final
	- A execução é realizada inteiramente, e, após, o resultado é impedido
- Equivale a tentativa perfeita ou crime falho, pois se encerra a atividade executória
	EM AMBOS OS CASOS A CONSUMAÇÃO NÃO SE PRODUZ EM RAZÃO DA VONTADE DO PRÓPRIO AGENTE
	
TENTATIVA
NA TENTATIVA, A CONSUMAÇÃO NÃO OCORRE POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS A VONTADE DO AGENTE
	Exemplos:
Amoroso quer matar a sogra e, para tanto, serve-lhe um chá com dose letal de veneno. Condoído, dá-lhe um vomitório e lhe salva a vida.� Tendo sido eficaz o arrependimento de Amoroso, é ele punível por lesão grave (perigo de vida). Se, contudo, tivesse seu esforço resultado vão, sobrevindo a morte da mulher, responderia ele por homicídio consumado.
Maneco Tocha põe fogo à casa do ex-patrão, para vingar-se de demissão que considerou injusta. Arrependido, ele próprio chama os bombeiros, e se junta a eles no esforço de extinguir as chamas. Graças a isso, os danos causados pelo incêndio foram reduzidos, ainda que tivesse havido real perigo de destruição total da casa e propagação aos prédios vizinhos.� Caracterizado o perigo comum, o crime de incêndio (art. 250) estava consumado. O arrependimento de Maneco, portanto, não impediu a produção do resultado, devendo ele responder por aquele crime, mas com atenuante do art. 65, III, b, do CP (ter procurado diminuir as conseqüências)
Após violenta discussão com um vizinho, Severino decide danificar o carro dele. Para tanto, apanha um porrete e parte em direção ao veículo, estacionado em frente à casa do desafeto. Atende, porém, aos rogos da esposa, desiste de seu intento, sem praticar qualquer ato de execução do crime de dano (art. 163, do CP).� Não há fato punível. A desistência voluntária do art. 15 supõe início de execução do crime, o que, no exemplo, não ocorreu.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
	No arrependimento posterior o agente já consumou o delito, restando-lhe, agora, a reparação do dano ou a restituição da coisa, tudo isso, se possível.
	Ocorre o arrependimento eficaz quando o agente já esgotou os atos de execução, mas ainda não atingiu a consumação, em razão de um ato em sentido reversivo, praticado voluntariamente. O arrependimento posterior dá-se quando, já consumado o crime, o agente, por vontade própria, repara o dano ou restitui a coisa. Neste último caso, a lei restringe sua aplicação aos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. 
	É causa de diminuição de pena que ocorre nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça, em que o agente, voluntariamente, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou queixa.
	Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa – a lei só se refere à violência dolosa, podendo a diminuição ser aplicada aos crimes culposos em que há violência, tais como homicídio e lesão corporal culposa. Do mesmo modo, se a violência empregada contra a coisa e não contra a pessoa, como por exemplo, no crime de dano.
	Reparação do dano ou restituição da coisa – deve sempre ser integral, a não ser que a vítima ou seus herdeiros aceitem parte, renunciando ao restante.
	Voluntariedade do agente – o ato deve ser voluntário.
	Até o recebimento da denúncia ou queixa – se posterior, é circunstância atenuante genérica (CP, art. 65, III, b)
	Observação:
a) Emissão de cheque sem fundo – no caso de emissão de chefe sem provisão de fundos, a reparação do dano até o recebimento da denúncia extingue a punibilidade do agente, nos termos da súmula 554, do Supremo Tribunal Federal, porque o delito de estelionato exige como pressuposto necessário à sua consumação o efetivo prejuízo da vítima.
b) Crime tributário – nos crimes contra a ordem tributária, o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, até o recebimento da denúncia também extingue a punibilidade do agente, não havendo que se falar em arrependimento posterior. Se a empresa ingressar no REFIS, a pretensão punitiva é suspensa, nos termos do art. 9º, da Lei 10.684/03.�
c) Aplicação – a norma do arrependimento posterior, aplica-se aos crimes dolosos e culposos, tentados e consumados, simples, privilegiados ou qualificados.
d) comunicabilidade a co-autores e partícipes – tratando-se de causa objetiva de diminuição de pena a todos aproveita, não se restringe a esfera pessoal de quem o realiza, tanto que extingue a obrigação erga omnes.
e) delação eficaz ou premiada – instituto distinto do arrependimento posterior é o da delação, no qual se estimula a delação dos colegas criminosos para redução da pena:
Lei 8.072/90 (Lei de Crimes Hediondos) – em seu artigo 7º dispõe que, no crime de extorsão mediante seqüestro cometido em concurso, o concorrente que denunciar a autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3. O parágrafo único do artigo 8º criou outra forma de delação premiada, chamada de traição benéfica, aplicável aos crimes de quadrilha ou bando formado com a finalidade de praticar tortura, terrorismo, tráfico de drogas ou crime hediondo.
Lei 9.034/95 (Lei do Crime Organizado) em seu artigo 6º, também prevê nos crimes praticados em organização criminosa que a pena será reduzida de 1/3 a 2/3 quando houver colaboração espontânea capaz de levar ao esclarecimento do fato e de sua autoria.
Lei 9.807/99 (Lei de Proteçãoa Testemunha) trata-se de um novo redutor de pena incidente nos casos em que o indiciado ou acusado, em qualquer fase da investigação, qualquer que seja o crime do qual tenha participado em concurso de dois ou mais agentes, ainda que praticado com violência ou grave ameaça, colabore voluntariamente na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime, na localização da vítima com vida e na recuperação total ou parcial do produto do crime. Terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
Lei 10.409/2002, art. 32, §§ 2º e 3º, aquele que, após ter praticado qualquer dos crimes previstos nos artigos 12, 13 e 14 da Lei 6.368/76, arrepender-se e, espontaneamente, revelar a existência de organização criminosa, permitindo a prisão de um ou mais integrantes ou apreensão do produto, terá direito a suspensão do processo, quando a delação tiver ocorrido antes do oferecimento da denúncia, ou à redução da pena de 1/6 a 2/3, quando feita após esse momento. 
	Exemplos:
Com base em inquérito policial, no qual ficara plenamente comprovada a materialidade de crime de estelionato e respectiva autoria, o promotor de justiça denunciou o autor. Este, antes de recebida a denúncia, aconselhado por seu advogado, restituiu integralmente à vítima a quantia em dinheiro obtido com o delito, visando, diante da condenação praticamente certa, à redução da pena.� Deverá ter redução da pena, pois o motivo é irrelevante.�
Inocência, empregada de Mimosa, furtou jóias da patroa e as levou para sua casa. Dois dias depois, com medo das conseqüências, confessou o crime e devolveu as jóias.� Deverá ter redução da pena, pois o motivo é irrelevante. 
CRIME IMPOSSÍVEL
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
	O art. 17 não pune a tentativa, quando há ineficácia absoluta do meio ou impropriedade absoluta de objeto. Por isso, também é chamada de tentativa inidônea, tentativa inadequada ou quase-crime.
	É aquele que, pela ineficácia total do meio empregado ou pela impropriedade absoluta do objeto material, é impossível de se consumar.
	Exemplo de ineficácia absoluta do meio é alguém, querendo envenenar seu inimigo, ministrar-lhe açúcar em vez de veneno.�
	Exemplos de impropriedade do objeto:
A mulher, julgando-se grávida, pratica manobras abortivas.
Matar um cadáver.
E ainda, a caminho de sua lavoura, Quirino percebe, deitado à sombra de uma árvore, seu inimigo Juca. Vendo a oportunidade de eliminá-lo, Quirino dele se aproxima sorrateiramente e lhe desfere certeiro tiro no coração. A necropsia, entretanto, revelou que Juca estava morto antes do disparo, em conseqüência de fulminante infarto do miocárdio.�
	No crime impossível existe a exclusão da própria tipicidade, e não a causa de isenção de pena. O nosso código adotou a teoria que não se pune a tentativa. 
Observações:
O reconhecimento do crime impossível equivale a admitir que o fato não constitui crime algum, portanto, deverá a sentença absolutória fundar-se no art. 386, III, do CP (não constitui o fato infração penal).
O habeas corpus não é meio adequado para trancar a ação penal por crime impossível, pois é matéria fática e não de direito. Contudo, se algum for denunciado por homicídio por ter atirado contra um esqueleto, é possível a utilização de tal remédio constitucional.
Febrôncio visita seu cunhado Palhares, convalescente de grave enfermidade cardíaca, sabendo de severa recomendação médica no sentido de evitar-se ao doente qualquer tipo de emoção. Desejando a morte o cunhado, Febrôncio provoca com ele uma discussão, levando-o a exaltar-se, até que, em dado momento, saca e lhe aponta um revolver descarregado. Com o susto, Palhares sofre um ataque fulminante e morre. Trata-se de exemplo em que um meio normalmente inidôneo para causar a morte de alguém (revólver descarregado), adquire eficácia diante da condição particular da vítima. Febrôncio praticou homicídio qualificado (meio insidioso).�
CRIME DOLOSO E CULPOSO
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Art. 18, I, do Código Penal
	Dolo – segundo a teoria finalista da ação, é o elemento subjetivo do tipo; é a vontade de concretizar as características objetivas do tipo.
Dolo "consiste no propósito de praticar o fato descrito na lei penal. Crimes dolosos são crimes intencionais" (MAXILILIANUS C. A. FÜHRER e outro, Resumo de Direito Penal, Revista dos Tribunais, 1990, p. 33).
	
	O Brasil adotou no art. 18, I, do Código Penal, a teoria da vontade (ou seja, a existência do dolo precisa da consciência e vontade de produzir o resultado) e a teoria do assentimento (existe dolo também quando o agente aceita o risco de produzir o resultado – dolo eventual).�
Dolo e culpa estão relacionados com TIPO PENAL (conforme a Teoria Finalista, adotada pelo Código Penal).
Espécies de dolo
a) Dolo direto ou determinado: o agente tem a intenção de provocar um resultado certo, desejando que o mesmo ocorra. Exemplo: alguém que possui um inimigo encontra-o na rua e, intencionalmente, descarrega seu revólver contra o mesmo, matando-o.
b) Dolo indireto ou indeterminado: a vontade do agente não está exatamente definida, ou não visa a um resultado preciso e determinado. Subdivide-se em dolo alternativo e dolo eventual.			
- Dolo alternativo: Neste, a vontade do agente opta entre resultados entre dois ou mais resultados, distintos, como, por exemplo, matar ou ferir.
- Dolo eventual: Neste, o agente não deseja o resultado, mas conscientemente aceita o risco de produzi-lo. Segundo MAXIMILIANUS C. A. FÜHRER e outro, na obra citada, p. 34, "No dolo eventual o agente prevê o resultado de sua conduta e não deseja diretamente esse resultado. Mas diz para si mesmo: "seja como for, dê no que der, eu não deixo de agir". O resultado para ele é indiferente, mas não o afasta da conduta. Se ocorrer o dano, diz ele, tanto pior para a vítima." 
	c) Dolo de dano – é a vontade de produzir uma lesão a um bem jurídico.
	d) Dolo de perigo – é a vontade de expor um bem jurídico a perigo de lesão.
	e) Dolo genérico – é a vontade de praticar a conduta sem uma finalidade específica.
	f) Dolo específico (ou dolo com intenção ulterior) – é a vontade de praticar a conduta visando a uma finalidade específica.
	g) Dolo geral (também chamado de erro sucessivo ou aberratio causae) ocorre quando o agente, tendo realizado a conduta e supondo ter conseguido o resultado pretendido, pratica nova ação, a qual, aí sim, alcança a consumação do crime. Exemplo – o agente que esfaqueia desafeto e supondo estar morto joga-o no rio, vindo este falecer de afogamento.
Art. 18, II
	A culpa é elemento subjetivo do tipo penal, pois resulta da inobservância de do dever de diligência.
	Cuidado objetivo – é a obrigação determinada a todos, na comunidade social, de realizar condutas de forma a não produzir danos a terceiros. Assim, a conduta culposa torna-se típica a partir do momento em que não tenha o agente observado o cuidado necessário nas relações com outrem.
Previsibilidade
	Para saber se o sujeito ativo do crime deixou de observar o cuidado objetivo necessário é preciso comparar a sua conduta com o comportamento que teria uma pessoa, dotada de discernimento e de prudência, colocada na mesma situação do agente.
	Surge, então, a previsibilidade objetiva, que é a possibilidade de antever o resultado produzido, previsível ao homem comum, nas circunstâncias em que o sujeito realizou a conduta.
	Contudo, o delito culposo decorre da previsibilidade subjetiva, questionando-se a possibilidade de o sujeito, segundo suas aptidões pessoaise na medida de sua poder individual, prever o resultado.
	Assim, quando o resultado é previsível para o sujeito, temos a reprovabilidade da conduta e a conseqüente culpabilidade.
Conceito de CULPA
"Consiste na prática não intencional do delito, faltando porém o agente a um dever de atenção e cuidado. Modalidades da culpa são a negligência, a imprudência e a imperícia. 
A negligência, é a displicência, o relaxamento, a falta de atenção devida, como não observar a rua ao dirigir um carro. Imprudência é a conduta precipitada ou afoita, a criação desnecessária de um perigo, como dirigir um carro com excesso de velocidade. A imperícia é a falta de habilitação técnica para certas atividades, como não saber dirigir direito um carro" (MAXIMILIANUS C. A. FÜHRER e outro, na obra citada, p. 34).
Outro exemplo de imperícia, encontra-se na ementa do acórdão abaixo: 
"Incorre nas penas de lesão corporal culposa médico que, agindo com imperícia e sem observação de regra técnica de profissão, produziu lesões gravíssimas na vítima, ocasionadas por falta de higiene na sala de cirurgia e deficiência de cuidados pós-operatórios. Impossibilidade de aceitação da alegação que "complicações façam parte das cirurgias" (TACRIM-SP - AC 512.015-9- Rel. Sidnei Beneti).
Elementos do fato típico culposo
	São elementos do fato típico culposo:
a conduta humana voluntária, consistente numa ação ou omissão;
a inobservância do cuidado objetivo, manifestada pela imprudência, a negligência e a imperícia;
a previsibilidade objetiva;
a ausência de previsão;
o resultado involuntário;
o nexo de causalidade;
a tipicidade.
Espécies de culpa
Inconsciente - é a culpa comum, com imprevisão do resultado. O agente não prevê o que era previsível
Consciente – é a culpa com previsão, em que passa pela mente do sujeito a possibilidade do resultado. Ele, entretanto, acredita que sua habilidade não permitirá a produção do resultado.
Própria – é a com imprevisão, em que o sujeito não quer a produção do resultado.
Imprópria – é a com previsão, em que o sujeito quer a produção do resultado, porém pratica o fato por erro de tipo inescusável, que exclui o dolo, mas não a forma culposa (Art. 20, § 1º). Na verdade temos um crime doloso apenado com a sanção do delito culposo. Exemplo: “A” está assistindo a um programa de televisão, quando sua sogra entra na casa pela porta dos fundos. Pensando tratar-se de um assalto, “A” efetua disparos de arma de fogo contra a infortunada parente, certo de que está praticando uma ação perfeitamente legítima, amparada pela legítima defesa.A ação, em si, é dolosa, mas o agente incorre em erro essencial , o que exclui o dolo de sua conduta, subsistindo a culpa, em face da evitabilidade do erro.
	Diferença entre dolo eventual e culpa consciente - no dolo eventual o agente tolera a produção do resultado, pois o evento lhe é indiferente; tanto faz que ocorra ou não. Na culpa consciente, o agente não quer o resultado, não assume o risco nem ele lhe é tolerável ou indiferente. O evento lhe é previsto, mas confia em sua não produção.
	No dolo eventual o resultado é PROVÁVEL e na culpa consciente o resultado é POSSÍVEL.
Importância da diferenciação entre dolo e culpa
O conhecimento da distinção entre o dolo e a culpa tem fundamental importância. Em primeiro lugar, porque nos crimes dolosos as penas são mais graves que nos delitos culposos. Em segundo lugar, porque "Salvo nos casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente" (Art. 18, parágrafo único do CP).
Excepcionalidade do crime culposo (Art. 18, parágrafo único)
	O critério para saber se um crime admite a modalidade culposa é a análise da norma penal incriminadora. Quando o código admite a modalidade culposa, faz referência expressa à culpa. Se não fala na modalidade culposa, é porque não admite.
	Exemplo: o crime de dano só admite a forma dolosa. Já o homicídio admite forma culposa.
	Outrossim, no Direito Penal não se admite a compensação de culpas, como acontece no Direito Civil. Assim, a culpa da vítima não exclui a culpa do agente, a não ser que seja exclusiva.No caso de culpa concorrente, em que os agentes, agindo culposamente deram causa a resultado culposo, do qual ambos são vítimas, aplica-se a cada um a pena correspondente ao delito praticado.
Conclusão
Pela teoria finalista, (adotada pelo Código Penal), a ação delituosa consiste na vontade dirigida (dolo ou culpa) do agente para obter o resultado criminoso.
	Para que alguém possa ser punido, é imprescindível a caracterização do dolo ou culpa em sua ação.�
	Em síntese, temos:
	CULPA
	Elementos
	- conduta voluntária
- resultado não intencional
- inobservância do dever de cuidado e atenção
- previsilibidade
- ausência de previsão
	
	Modalidades
	negligência
imprudência
imperícia
	
	Espécies
	culpa inconsciente
culpa consciente
culpa própria
culpa imprópria
 AGRAVAÇÃO PELO RESULTADO
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
	O artigo 19 pode ser dividido em duas partes, sendo:
1ª) que trata do gênero - crime qualificado pelo resultado (pelo resultado que agrava especialmente a pena);
2ª) que trata da espécie - crime preterdoloso ou preterintencional (só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente)
	
Do crime qualificado pelo resultado
	Crime qualificado pelo resultado – é aquele que o legislador, após descrever a conduta típica, com todos os seus elementos, acrescenta-lhe um resultado, cuja ocorrência acarreta um agravamento da sanção penal.
	O crime qualificado pelo resultado possui duas etapas:
	1º) prática de um crime completo, com todos os elementos (fato antecedente);
	2º) produção de um resultado agravador, além daquele que seria necessário para a consumação (fato conseqüente).
	Um só crime – o crime qualificado pelo resultado é um único delito, que resulta da fusão de duas ou mais infrações autônomas.�
	Momento do crime qualificado pelo resultado:
No primeiro, denominado de fato antecedente, realiza-se o crime com todos os seus elementos;
No segundo, conhecido como fato conseqüente, produz-se o resultado agravador.
	Exemplos: 
aborto praticado sem o consentimento da gestante com resultado morte. O aborto é o fato antecedente e o resultado morte da gestante é conseqüente. 
Uma parteira curiosa realiza manobras, visando a provocar aborto em uma gestante que a procura para esse fim. Utilizando material impróprio e inadequadamente esterilizado, acaba causando infecção, que leva à morte da gestante (art. 126, c/c 127, última parte).�
No saguão de um edifício Pedro Forte agride José Fraco com socos e pontapés. Com a violência e a agressão, João cai e bate com a cabeça na quina de um degrau de granito. Sofre em, conseqüência, fratura de crânio, que lhe determina a morte, resultado não querido por Pedro Forte, que desejava tão-somente “dar uma lição” no desafeto (art. 129, §3º).�
 Duas mulheres se desentendem na fila do ônibus uma delas, mais forte, agride a outra com tapas, unhadas, puxões de cabelo e pontapés, causando-lhe lesões corporais leves. Em conseqüência da agressão, a vítima, grávida de dois meses, sofre aborto. Neste caso, a agressora, nem sabendo nem tendo razão de saber que a vítima estava grávida, não responde pela qualificadora do inciso V do § 2º art. 129, mas tão-somente pelas lesões leves que produziu. Tampouco, pela mesma razão, lhe é aplicável a acima citada a agravante do art. 61, II, “h”, última figura.�
Do crime preterdoloso ou preterintencional
	O crime preterdoloso ou preterintencional é aquele no qual coexistem os dois elementos subjetivos: dolo na conduta antecedente e culpa na conduta conseqüente.
	Existe um crime inicial doloso e um resultado final culposo. Na conduta antecedente, o elemento subjetivo é o dolo,uma vez que o agente quis o resultado. Entretanto, pela falta de previsibilidade, ocorre outro resultado culposo, pelo qual também responde o agente. Exemplo: aborto praticado sem o consentimento da gestante com resultado morte. O aborto é querido pelo agente, mas o resultado morte da gestante é culposo, pois o agente não queria a morte da gestante, embora tal resultado fosse previsível.
EM SÍNTESE
	CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO
	1º) Dolo no antecedente + dolo no conseqüente 
	Crime qualificado pelo resultado (salvo se constituir outro crime autônomo) – Exemplo: homicídio com relação à lesão corporal. Marido que espanca a mulher até atingir seu intento de provocar deformidade permanente (CP, art. 129, § 2º, IV). Neste caso o autor quis atingir além da ofensa a integridade física, a deformidade permanente.�
	2º) Dolo no antecedente + culpa no conseqüente (crime preterdoloso ou preterintencional)
	Crime qualificado pelo resultado Exemplo: lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º). O agente desfere um soco contra o rosto da vítima com a intenção de lesioná-la, no entanto ela perde o equilíbrio, bate a cabeça e morre.�
	3º) Culpa no antecedente e culpa no conseqüente
	O agente pratica uma conduta culposa e, além desse resultado culposo, acaba produzindo outros, a título de culpa. Exemplo: incêndio culposo com resultado morte (art. 258, do CP) 
	4º) Culpa no antecedente e dolo no conseqüente 
	O agente após produzir um resultado por negligência, imprudência ou imperícia, realiza uma conduta agravadora. É o caso do motorista que, após atropelar um pedestre, ferindo-o, foge, omitindo-lhe socorro (art. 303, parágrafo único do Código de Trânsito Brasileiro).
	
OBSERVAÇÃO
	Dolo no antecedente + caso fortuito no conseqüente
	O agente não responde pelo resultado mais grave (O caso fortuito exclui o nexo causal)
	Diferença entre crime qualificado pelo resultado e crime preterdoloso – o primeiro é gênero, do qual o preterdoloso é apenas uma de suas espécies. O crime preterdoloso compõe-se de um comportamento anterior doloso (fato antecedente) e um resultado agravador culposo (fato conseqüente). 
	Observações: 
latrocínio – não é necessariamente um crime preterdoloso, já que a morte pode resultar de dolo (ladrão, depois de roubar atira para matar), havendo dolo tanto no antecedente como no conseqüente. Quando a morte for acidental (culposa) porém o latrocínio será preterdoloso, caso em que a tentativa não será possível.
Lesões corporais de natureza grave ou gravíssima – também segue o mesmo sobre latrocínio.
Tentativa no crime preterdoloso (DOLO+CULPA) – É IMPOSSÍVEL, já que o resultado agravador não era desejado, e não se pode tentar produzir um evento que não era querido.
Tentativa no crime qualificado pelo resultado, quando for DOLO+DOLO – É POSSÍVEL, na modalidade de dolo no antecedente e dolo no conseqüente. Exemplo: agente joga ácido nos olhos da vítima para querer cegá-la. Se a cegueira foi querida, mas não obtida por circunstâncias alheias à vontade do agente, este responderá por tentativa de lesão corporal qualificada (Art. 129, § 2º, III, c/c art. 14, II, do Código Penal). 
BIBLIOGRAFIA
BASTOS JÚNIOR, Edmundo José de. Código Penal em Exemplos Práticos. Florianópolis: Ed. Terceiro Milênio. 1998.
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de Direito Penal: parte geral. São Paulo:Atlas, 2000. p. 82.
HUNGRIA, Nelson. Comentários ao código penal. Rio de Janeiro : Revista Forense, 1949, p. 393/394, v. 1.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 15ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998. p. 558
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MATERIAL DE APOIO
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ�
						Por A. Felix da Silva�
Para começar a escrever sobre estes temas, será transcrito o artigo que se refere ao assunto e os seus devidos conceitos.
O artigo 15 do Código Penal reza que "O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados".
Deste modo, há a desistência voluntária quando o agente começa a praticar os atos executórios, porém, interrompe estes por sua própria vontade, não acarretando, assim, à consumação. Para uma melhor elucidação é citado o seguinte exemplo: "A" dispara vários tiros em "B", não acertando nenhum, então "A" desiste de continuar os atos executórios.
De acordo com a fórmula de Frank, existirá a desistência voluntária sempre que o agente pode prosseguir mas não quer; se ele quer, mas não pode haverá tentativa.
Já o arrependimento eficaz dá se quando o agente pratica, até o final, os atos executórios, no entanto, obsta o resultado, por sua voluntariedade. Exemplo: "A" dispara e acerta vários tiros em "B", contudo, "A" se arrepende e desiste de matá-lo e o socorre evitando assim sua morte.
Segundo o eminente professor Damásio de Jesus o arrependimento eficaz tem lugar quando o agente, tendo já ultimado o processo de execução do crime, desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado.
Estes institutos em comento são espécies de tentativa abandonada, que por sua vez, não faz parte do conatus. O que difere as duas espécies, é que no conatus o resultado é evitado por acontecimento alheio à sua vontade, enquanto, na tentativa abandonada ele desiste por sua própria vontade.
A tentativa abandonada para alguns doutrinadores, é assim chamada porque provoca uma exclusão de adequação típica, fazendo com que os autores respondessem pelos atos até então praticados, enquanto, outros acham que essa expressão foi dada devida à exclusão de punibilidade, ditada por motivos de política criminal.
Mantendo cotejo entre desistência voluntária e arrependimento eficaz, podemos notar que há uma distinção entre elas, no que diz respeito à própria forma, ou seja, na desistência voluntária o agente interrompe a execução, enquanto, no arrependimento eficaz o que é interrompido é o resultado.
Em conclusão, não se faz mister que a atitude de arrependimento ou de desistência do crime seja espontânea, de modo que subsistem ambos mesmo que por idéia de terceiro o agente desista da consumação do crime.
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 MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal, Vol. I, 21ª edição, 2004, Ed. Atlas. 
�	 Por Paulo Calgaro de Carvalho – Mestre da UNISUL.
�	 Os crimes unissubsistentes não admitem desistência voluntária, uma vez que, praticado o primeiro ato, já se encerra a execução, tornando impossível a sua cisão.
�	 Crimes de mera condutae formais não comportam arrependimento eficaz, uma vez que, encerrada a execução, o crime já está consumado, não havendo resultado naturalístico a ser evitado. Só é possível, portanto, nos crimes materiais e omissivos impróprios, nos quais o resultado é imprescindível para a consumação.
�	 BASTOS JÚNIOR, Edmundo José de. Código Penal em Exemplos Práticos. Florianópolis: Ed. Terceiro Milênio. 1998. p. 45
�	 Idem.
�	 Ibid.
�	 Art. 9° É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1° e 2° da Lei n° 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e nos arts. 168A e 337A do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento. § 1° A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva. § 2° Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.
�	 BASTOS JÚNIOR, Edmundo José de. Código Penal em Exemplos Práticos. Florianópolis: Ed. Terceiro Milênio. 1998. p. 47.
�	 Idem
�	 Idem.
�	 Considerando que o amigo não seja diabético.
�	 BASTOS JÚNIOR, Edmundo José de. Código Penal em Exemplos Práticos. Florianópolis: Ed. Terceiro Milênio. 1998.
�	 BASTOS JÚNIOR, Edmundo José de. Código Penal em Exemplos Práticos. Florianópolis: Ed. Terceiro Milênio. 1998.
�	 Há ainda a Teoria da Representação – segundo a qual o dolo é a vontade de praticar a conduta, prevendo o agente a possibilidade de o resultado ocorrer sem, entretanto, deseja-lo. É suficiente que o resultado seja previsto pelo sujeito.
�	 ESTELIONATO. RETIRADA DE FGTS. PREENCHIMENTO DE AUTORIZAÇÃO FALSA AUTORIA. FALSA AUTORIA. DOLO. NÃO-COMPROVAÇÃO. IN DUBIO PRO REO. Não comprovada a utilização consciente do meio fraudulento, por meio um dos réus, a fim de incluir a vítima e assim receber a vantagem ilícita, a absolvição é uma medida que se impõe. Se nos autos não há prova efetivada autoria do fato, isto é, de que tenha havido o preenchimento falso da Autorização para Movimentação da conta vinculada ao FGTS, não há como se impor o decreto condenatório. A dúvida sobre a autoria do fato impõe a absolvição (in dubio pro reo).
� HYPERLINK "http://www.ibccrim.org.br/juridico.php?PHPSESSID=0a19de453ecc6ad5241a28d6eae00057&tipo=n&id=7340&bid"��	http://www.ibccrim.org.br/juridico.php?PHPSESSID=0a19de453ecc6ad5241a28d6eae00057&tipo=n&id=7340&bid�. Acessado em 18/02/05.
�	 Trata-se de crime complexo.
�	 BASTOS JÚNIOR, Edmundo José de. Código Penal em Exemplos Práticos. Florianópolis: Ed. Terceiro Milênio. 1998.
�	 Idem
�	 Ibid
�	 Outro exemplo: um indivíduo, conhecido como “maníaco ácido”, aproveita-se de aglomeração para lançar substância corrosiva às pernas de uma moça, que trajava reduzida mini-saia, produzindo queimaduras que resultam em deformidades permanentes (art.129, § 2º, IV).
�	 Outro exemplo: Lucrécio , à noite, põe fogo em seu escritório, em prédio comercial,visando a obter indenização de seguro. No prédio se encontrava um servente – fato previsível, mas não previsto por Lucrécio –que acaba morrendo no incêndio que colocou em perigo prédios vizinhos (art.250, §1°, I e II, “a”, c/c 258, primeira parte).
�	 In: � HYPERLINK "http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=326"��http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=326� .Acessado em 15/01/05.
�	 Aluno do 3º ano de Direito na UNIFEOB

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