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Engenharia de transportes - Resumo 2

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Custos 
Custos relacionados à via 
Custos de estudos e projetos: todo custo para o estudo de implantação da via, 
que vai desde o estudo de viabilidade até o projeto executivo. Etapa em que se 
decide se a via deve ou não ser construída. 
Custos de construção: custos do início da obra até a sua conclusão conforme 
projeto. 
Custos de manutenção: custo de manutenção após a construção da via. 
Custos de operação da via: relacionados com praças de pedágio, socorro a 
veículos, atendimento de acidentes, monitoramento, emergências, reboques. 
 
Custos relacionados aos veículos 
CUSTOS VARIÁVEIS CUSTOS FIXOS 
Combustível Salário do motorista e ajudante 
Óleo lubrificante Depreciação do veículo 
Lavagem Juros do capital empregado na compra 
Manutenção Licenciamento e seguro obrigatório 
Desgaste dos pneus Administração e eventuais 
Despesas acessórias (multas e pedágios) 
Acidentes 
 
Custos dos usuários 
Custo do tempo de viagem: referentes a viagens produtivas associadas aos 
passageiros e aos condutores de veículos próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
Benefícios 
Benefícios diretos: experimentados diretamente pelos usuários, como, por 
exemplo, redução do número de acidentes, nas perdas de mercadorias e nos 
custos operacionais dos veículos. 
 
Benefícios indiretos: experimentados pelos não usuários da via, como, por 
exemplo, a expansão do mercado, geração de empregos e valorização da 
terra. 
 
Economias unitárias: advindas da redução dos custos operacionais dos 
veículos. 
Para o tráfego normal: é a diferença entre os c.o. de uma unidade de tráfego 
sem e com o investimento programado. 
Para o tráfego desviado: é a diferença entre os c.o. de uma unidade de tráfego 
na rota utilizada sem o investimento e na nova rota. 
Para o tráfego gerado: é a metade da observada para o tráfego normal. 
 
Economias anuais: resultantes do produto das economias unitárias, pelos 
fluxos anuais dos veículos. 
 
Benefícios totais: somatório de todos os benefícios anuais, considerando o 
período da via útil do investimento. 
 
Externalidades: efeitos do projeto sobre o exterior. Exterior esse que não pode 
impedir, tampouco tem a obrigação de pagar algo relacionado ao projeto. É 
uma ação que reflete involuntariamente sobre terceiros. 
 
 
 
 
Noções de matemática financeira 
Juros: dinheiro pago pelo uso do dinheiro emprestado ou remuneração do 
capital empregado em atividades produtivas. 
Juros simples: só o principal rende juros ao longo do investimento. 
J = cit e M = C + J 
Juros compostos: juros sobre juros. 
J = (1+i)t e M = C.(1+i)t 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 
Veículo CTv (%) RCO (UM) 
Automóveis 50 3,20 
Ônibus 5 5,10 
Caminhões médios 20 7,20 
Caminhões pesados 15 8,80 
Semirreboques 10 15,50 
 
ANO 0: 450 veículos (Tráfego médio diário anual) 
ANO C: 468 veículos (Tráfego médio diário anual), crescimento de 4% a.m. 
 
1º passo: determinação dos tráfegos de cada veículo em cada ano. 
Faz-se uso da fórmula de juros compostos. 
 
 
2º passo: cálculo do benefício proveniente da redução do custo 
operacional: 
BOP = 365.RCO.Número de veículos da categoria 
BOP ano 1 p/ automóveis = 365x3,20x468x0,5 + 365x1,60x468x0,5 = 
312.732,00 UM, onde a segunda parte corresponde ao tráfego gerado (RCO = 
metade do RCO do tráfego normal). 
 
3º passo: fluxo de caixa do empreendimento: 
 
Utilizam-se taxas para “converter” os valores para o tempo atual. 
Usando taxa de 10%: O valor de custo = 100.000/(1+i)t, ou seja: 
 Para o ano 1: 100.000/1,1 = 90.909 
 Para o ano 2: 90.909/1.1 = 82645 
 E assim sucessivamente (tabela ao lado). 
 
Para o cálculo dos benefícios taxados: Benefício taxado = benefício do 
ano/(1+i)t, ou seja: 
 Para o ano 1: 1.204.996/(1,1) = 1.095.451 
 Para o ano 2: 1.252.756/(1,1)² = 1.035.336 
 E assim sucessivamente (tabela abaixo). 
 
4º passo: avaliação (viável ou não?) 
 Critério do valor anual: Benefícios – Custos 
Se der maior que 0 V | Se der menor que 0 X 
 
Critério da relação benefício/custo: Benefício/Custo (mesmo princípio) 
Se der maior que 1 V | Se der menor que 1 X 
 
Critério da taxa interna de retorno: 
Valor anual de 10% = 8.617.873 – 8.114.457 = 503.416 
Valor anual de 15% = 6.943.076 – 8.001.877 = -1.058.801 
 
15-10 = -1.058.801-503.416 = -1.562.217 
TIR – 10 = 0 – 503.416 = -503.416 
Da regra de três: 
(TIR – 10)x(-1.562.217) = (-503.416)x(15-10), portanto TIR = 11,61% 
 
Se: TIR > i, então: V (Viavél para taxa de 10%) 
Se: TIR < i, então: X 
Locomoção dos Veículos Rodoviários 
Mecânica de locomoção dos veículos rodoviários 
Determinação do esforço trator: como o carro se movimenta? Foi abordado 
sobre o sistema de transmissão. Mostrou-se que o esforço trator aumenta a 
partir do atrito do pneu com a estrada/terreno. Apresentada fórmula para 
velocidade que depende de constantes do fabricante. 
Determinação da força motriz: Pot, F e V. Força que depende da marcha (o 
motor deve apresentar ótima rotação – marcha certa na velocidade certa). 
Inversamente proporcional a velocidade. Relaciona-se com a aderência. 
Resistências opostas ao movimento: rolamento, arrasto, inércia e rampa. 
Rolamento, arrasto e inércia: estão sempre agindo. 
Inércia e rampa: podem ser a favor ou contra o movimento. 
Rolamento: depende da elástica do pneu, penetração do pneu no solo, ar no 
pneu e ventilação externa. 
Arrasto: deslocamento de massa de ar (depende do tamanho e forma do 
veículo, direção e intensidade do vento). 
Inércia: relacionada com a alteração da velocidade do veículo. 
Rampa: componente da força peso atua na direção do movimento (podendo 
ser no mesmo sentido ou em sentido contrário). 
Velocidade de equilíbrio: ocorre quando o esforço trator = resistência do 
movimento. A aceleração é nula e ocorre maior economicidade. Determina-se 
graficamente. 
Frenagem: importante para projetos de rodovias (influencia na distância de 
visibilidade de parada, por exemplo). Apresentados os modelos simplificado e 
complexo de freio. Mostrou-se uma fórmula para a eficiência da frenagem. 
Estabilidade lateral em curvas: 
Escorregamento lateral: depende do coeficiente de atrito lateral do pneu. 
Tomabamento: leva em consideração a altura do centro de gravidade do 
veículo. 
Mostrou-se que a superelevação reduz o efeito da força centrífuga, o que reduz 
os riscos de tombamento e escorregamento.

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