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PROJ. Equipe Técnica 10 / 12 / 12 VERIF. Leticia Orsi 11 / 12 / 12 VERIF. Jairo Silveira 13 / 12 / 12 APROV. Eduardo Campos 11 / 10 / 12 APROV. Flávio Freitas 13 / 12 / 12 CONCESSIONÁRIA DAS RODOVIAS AYRTON SENNA E CARVALHO PINTO S/A – ECOPISTAS OBRA: Prolongamento da Rodovia Governador Carvalho Pinto (SP-070) Segmento de 7,8 quilômetros de extensão, que deverá promover a ligação do km 126+500 da Rodovia SP-070, chegando no km 5+300 da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) Município de Taubaté TÍTULO: ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO SOBRE O MEIO AMBIENTE (RIMA) DEZEMBRO/2012 N.º DO CLIENTE: EC06 N.º GEOTEC: EC03-RT008 FOLHA: 84 REV. 0 2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 3 1.1 O Empreendedor ......................................................................................... 4 1.2 Empresa Responsável pelo EIA/RIMA ............................................................. 4 2. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 4 3. JUSTIFICATIVAS PARA O PROLONGAMENTO DA SP-070 ........................................... 5 4. AS ALTERNATIVAS ESTUDADAS............................................................................. 6 5. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROJETO ..................................................... 7 5.1 Características Geométricas .......................................................................... 7 5.2 Interseções e Obras de Arte Especiais (OAE) .................................................. 8 5.3 Drenagem .................................................................................................. 8 5.4 Terraplanagem ............................................................................................ 9 5.5 Atividades relevantes na implantação do projeto ............................................ 10 6. O PRAZO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS E OS CUSTOS GERAIS .................................... 11 7. O DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................... 11 7.1 Áreas de Influência ..................................................................................... 11 7.2 Estudos do Meio Físico ................................................................................ 13 7.3 Estudos do Meio Biótico ............................................................................... 21 7.4. Estudos do Meio Socioeconômico ................................................................. 24 8. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .............................................................. 33 AA.1. MEIO FÍSICO .......................................................................................... 37 AA.2. MEIO BIÓTICO ........................................................................................ 47 AA.3. MEIO SOCIOECONÔMICO ......................................................................... 53 9. PROGRAMAS E MEDIDAS AMBIENTAIS .................................................................. 70 9.1. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL........................................................ 71 9.2. PROGRAMA DE DESAPROPRIAÇÃO E APOIO À POPULAÇÃO AFETADA ............... 72 9.3. PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS (PCA) ............................. 73 9.4. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ÁGUA, FAUNA E FLORA ......................... 74 9.5. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ......................... 77 9.6. PROGRAMA DE PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL .......... 78 9.7. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................ 78 9.8. PROGRAMA DE SUPERVISÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL DAS OBRAS ...... 79 9.9. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO E PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL ................................................................................................. 79 9.10. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA OPERAÇÃO ..................................... 80 10. PROGNÓSTICO AMBIENTAL E CONCLUSÕES ......................................................... 81 11. EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................. 84 3 1. APRESENTAÇÃO Desde junho de 2009 a Concessionária ECOPISTAS tornou-se responsável pela administração do Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto. Esse corredor rodoviário promove a ligação entre a região metropolitana de São Paulo e o Vale do Paraíba, sendo utilizado para acesso às praias do Litoral Norte e a região serrana de Campos do Jordão. As rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto são utilizadas também como alternativas de acesso à cidade de Aparecida e Estado do Rio de Janeiro. O Prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto compreende segmento de 7,8 quilômetros de extensão, partindo do km 126+500 desta rodovia, e chegando no km 5+300 da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), município de Taubaté. Irá permitir que os fluxos de veículos destinados ao Litoral Norte, especialmente à região de Ubatuba, possam acessar a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) sem usar o sistema viário urbano de Taubaté, bem como segmento da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) entre o km 117 ao km 123+500, que intercepta porção do perímetro urbano daquele município. 4 1.1 O Empreendedor Concessionária das Rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto S/A – ECOPISTAS (www.ecopistas.com.br) CNPJ: 10.841.050/0001-55 Endereço: Rodovia Ayrton Senna (SP-070), Km 32, s/nº, Pista Oeste Município de Itaquaquecetuba – SP CEP: 08.578-010 Contato: Jairo Luiz Silveira Fone: (11) 4359-6088 1.2 Empresa Responsável pelo EIA/RIMA Os estudos ambientais relacionados ao processo de licenciamento ambiental do Prolongamento da SP-070 foram elaborados por uma equipe composta por diversos especialistas, de diferentes áreas de atuação, sob a coordenação da empresa: GEOTEC Consultoria Ambiental LTDA. CNPJ: 03.063.067/0001-63 Inscrição Estadual: Isento Endereço: Rua Estado de Israel, nº 30, Vila Clementino - São Paulo-SP Fone/Fax: (11) 5573-7386 Representante Legal: Geólogo Fernando Facciolla Kertzman (CREA 0601488426) 2. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Atualmente, a Rodovia SP-070 é composta pelos segmentos denominados Ayrton Senna e Carvalho Pinto, tendo início no km 11+190, ao final da Marginal Tietê, cidade de São Paulo; e o final no km 130+400, no entroncamento com a Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Taubaté. 5 O Prolongamento da Rodovia SP-070 está previsto para ser realizado até a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), perfazendo 7,8 km de extensão. A implantação será concebida com duas pistas de rolamento separadas por canteiro central, e com duas faixas de tráfego por sentido (Leste e Oeste). 3. JUSTIFICATIVAS PARA O PROLONGAMENTO DA SP-070 O Corredor de transporte formado pelas Rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, com seus 134,9 km de extensão, apresenta ligações de importantes regiões, como o Vale do Paraíba, Litoral Norte de São Paulo, região de Campos do Jordão, Rio de Janeiro e futuramente com o Rodoanel (através da Avenida Jacú- Pêssego). O fluxo do transporte regional é suprido por excelente malha rodoviária, com destaque para a Rodovia Presidente Dutra, que liga o estado de São Paulo ao Rio de Janeiro; o Sistema Ayrton Senna / Carvalho Pinto, que tem traçado paralelo à Rodovia Dutra, até o município de Taubaté; e a Rodovia Dom Pedro I, que faz o elo entre Campinas e a região norte do Estado de São Paulo. 6 A principal função do prolongamento da Carvalho Pinto é permitir que os fluxos de veículos destinados ao Litoral Norte, especialmente à região de Ubatuba, possam acessar a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) sem usar o sistema viário urbano de Taubaté, bem como segmentoda Rodovia Presidente Dutra (BR-116) entre o km 117 ao km 123+500, que intercepta porção do perímetro urbano daquele município. O prolongamento da SP-070 irá promover ainda economia significativa de percurso aos usuários. 4. AS ALTERNATIVAS ESTUDADAS O Estudo de Alternativas para o Prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto considerou 5 alternativas de traçado. Para auxiliar na escolha do melhor traçado, foi realizado o mapeamento das Restrições Ambientais da região, para identificar os impactos resultantes de cada uma das alternativas estudadas. Desta forma, foi realizada análise dos parâmetros socioambientais que compõem os três meios de estudo (Biótico, Físico e Sócio- Econômico), por meio de mapeamento digital, utilizando sobreposição de informações. Rodovias: Dom Pedro I (SP065) Ayrton Senna (SP070) Carvalho Pinto (SP070) Presidente Dutra (BR116) Oswaldo Cruz (SP125) Empreendimento 7 Após a ponderação de todas as intervenções citadas, os traçados foram então classificados como mais ou menos restritivos. Frente a essa metodologia, foi possível concluir que a Alternativa 2 (denominada no estudo de Dersa Melhorado) representa o traçado que irá ocasionar menores impactos socioambientais decorrentes da implantação e operação do Prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto até a Oswaldo Cruz. Foi também analisada como alternativa a não implantação da Rodovia (chamada de Alternativa Zero). Porém, essa situação alinhada ao fator de crescimento da região faria com que o nível de serviços das rodovias que interceptam o núcleo urbano de Taubaté atingisse patamares elevados de saturação, não comportando o tráfego rodoviário, inibindo o crescimento da região. 5. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROJETO 5.1 Características Geométricas O projeto geométrico do prolongamento da SP-070 até o encontro com a rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) foi desenvolvido satisfazendo os critérios exigidos para rodovias de classe zero. A seção tipo adotada para o segmento do prolongamento apresenta quatro faixas de 3,6m de largura, sendo duas por sentido, separadas por canteiro central. A largura do acostamento interno (ou faixa de segurança - FS) é de 1,0 m e acostamento externo de 3,0 m. 8 5.2 Interseções e Obras de Arte Especiais (OAE) O projeto de implantação do Prolongamento da SP-070 prevê a execução de obras de artes especial em cinco trechos da nova rodovia. Serão quatro viadudos (passagem inferior ou superior), e uma ponte. Tipo Descrição Área de Tabuleiro Passagens de Veículos entre bairros Passagem Inferior (PI) 1.260 m² Retorno de Veículos e Transposição da Estrada do Barreiro Passagem Inferior (PI) 960 m² Transposição do prolongamento da SP-070 Passagem Superior (PS) 720 m² Entroncamento com a Rodovia Oswaldo Cruz (SP- 125) Passagem Inferior (PI) 649 m² 6.552 m² 5.3 Drenagem O padrão de rodovia classe zero, que é o caso do Prolongamento da SP-070, pressupõe um projeto de drenagem que redirecione o escoamento original das águas superficiais, de maneira a recompor a situação de drenagem natural do terreno, sem interferir nas condições de segurança rodoviária da pista. 9 - Ponte sobre o Ribeirão Itaim A transposição do Ribeirão Itaim será realizada por meio de Pontes (uma em cada sentido da via). - Sistema de Drenagem da Rodovia Adicionalmente às transposições de cursos d’água, o sistema de drenagem da rodovia contempla, genericamente, os seguintes dispositivos: • valetas de proteção de corte e aterro; • valetas de banquetas e bermas; • sarjetas de pé de corte; • sarjetas de bordo de aterro; • valetas de canteiro central; • caixas coletoras; • bocas de lobo; • escadas hidráulicas; • bueiros de greide; • galerias; • dispositivos de amortecimento. No que tange aos dispositivos de drenagem profunda e de pavimento, são previstos drenos de talvegue, sub-horizontais, longitudinais profundos e drenos longitudinais e transversais de pavimento, em todos os casos que as condições locais indiquem a sua necessidade. 5.4 Terraplanagem A implantação do prolongamento prevê a execução de obras de terraplanagem para a readequação geométrica do terreno, por meio da compensação entre os volumes de corte e aterro com material existente na própria faixa de domínio. 10 O volume de bota-fora previsto é de 603.998 m³, sendo que 459.200 m² são provenientes da limpeza de terreno. Está previsto corte de 2.300.000 m³ e aterro de 1.991.439 m³. As áreas destinadas ao depósito de material excedente (DME) e as jazidas de material de empréstimo (AE) serão exploradas dentro da futura faixa de domínio, projetada com largura mínima de 100 m. 5.5 Atividades relevantes na implantação do projeto - Desapropriação A quantificação feita com base na etapa atual de projeto indica que, para a execução das obras de Prolongamento da SP-070, será necessária desapropriação de cerca de 75% da área diretamente afetada, uma vez tratar-se de implantação de nova rodovia (os 25% restantes referem-se aos entroncamentos, que serão executados junto às faixas de domínio público – Faixas de Domínio da SP-070 e da Rodovia Oswaldo Cruz e Estradas Municipais da Boracéia e do Barreiro. -Contratação de mão-de-obra A geração de vagas de emprego é o principal aspecto ambiental associado a essa etapa. A mão-de-obra a ser empregada nas obras será variável, dependendo das etapas a serem desenvolvidas. Entretanto, a contratação de mão-de-obra total estimada para a execução das obras é de 230 funcionários diretos, podendo-se esperar ainda a geração de cerca de 200 empregos indiretos, totalizando aproximadamente 430 postos de trabalho. 11 -Áreas de Apoio Na maior parte dos trechos de projeto, os volumes de aterros serão compensados pelos volumes de cortes. Os materiais excedentes de terraplenagem serão destinados aos bota-foras localizados nas áreas internas dos ramos das interseções projetadas. Serão selecionadas também áreas de empreendimentos contíguas ao eixo de projeto, que necessitam de volumes para nivelamento de suas plataformas. 6. O PRAZO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS E OS CUSTOS GERAIS O período de execução das obras está previsto para 24 meses, tendo início no mês subsequente à emissão da Licença Ambiental de Instalação. A estimativa de custo total para a execução do empreendimento é de R$ 145.202.250,00 (cento e quarenta e cinco milhões, duzentos e dois mil e duzentos e cinquenta reais). 7. O DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O objetivo desse capítulo é apresentar os principais aspectos relacionados aos meios físico, biótico e socioeconômico, passíveis de sofrerem alterações com a implantação do prolongamento da Rodovia SP-070. 7.1 Áreas de Influência Segundo a Resolução CONAMA nº 01/86, a “área de influência” de um empreendimento corresponde à área geográfica a ser direta ou indiretamente, afetada pelos impactos gerados no processo de planejamento, implantação e operação do mesmo. 12 Para o desenvolvimento do presente estudo, em especial o diagnóstico e a análise de impactos ambientais, optou-se pela adoção de três níveis de abrangência: Área de Influência Indireta (AII); Área de Influência Direta (AID); e Área Diretamente Afetada (ADA). Como forma de melhor avaliar os impactos, foram utilizadas duas áreas distintas para a caracterização da Área de Influência Indireta, sendo uma para o diagnóstico do meio socioeconômico, e outra para o diagnóstico dos meios físico e biótico. Para o meio socioeconômico a AII foi caracterizada pelos municípios de Taubaté (interceptado pelas obras), Caçapava, Tremembé, e Pindamonhangaba visto que tais localidades poderão sofrer alterações em função da reestruturação do tráfego regional, além da possibilidade de utilização da mão de obra provenientedesses municípios vizinhos. Para os meios físico e biótico foi adotado o conceito de bacias hidrográficas para a delimitação da área de análise, considerando a área do município de Taubaté, que apresenta contribuição para três sub-bacias componentes da UGRHI 2: Sub- Bacia do Ribeirão do Pinhão, Sub-Bacia do Ribeirão Piracaguá e Sub-Bacia do Rio Una. Todas elas deságuam na margem oriental do Rio Paraíba do Sul. Assim como na AII, optou-se por utilizar delimitação de AID diferente para o meio socioeconômico, com relação aos meios físico e biótico. A AID do meio socioeconômico é então constituída por 07 setores censitários do IBGE, localizados no entorno imediato do empreendimento. Para a delimitação da AID dos meios físico e biótico também foi adotado o conceito de bacias hidrográficas, agora com enfoque local, uma vez que sua abrangência tem extensão variável, de acordo com as microbacias interceptadas pelo empreendimento. E por fim, a ADA corresponde àquela área onde ocorrerão as intervenções diretas decorrentes das obras de implantação e posteriormente operação do 13 empreendimento. Com base nesta definição, a ADA configura a abrangência da futura faixa de domínio da rodovia, com cerca de 105 hectares. A seguir pode ser observada figura que demonstra a delimitação das Áreas de Influência do empreendimento. As Resoluções CONAMA nº 01/86 e nº 237/97, que regulamentam a exigência de estudos de impacto ambiental no Brasil, distinguem os três meios que, para efeito de abordagem do ambiente, devem ser considerados: Meio físico, Meio biótico e Meio Socioeconômico. 14 7.2 Estudos do Meio Físico 7.2.1. Clima e Meteorologia Na Área de Influência Indireta do empreendimento predomina o clima subtropical de altitude, com inverno seco e verão ameno. A temperatura média do mês mais quente é inferior a 22ºC. O regime pluviométrico possui relação direta com a ação das massas de ar, sendo os anos mais secos relacionados com a maior atuação das massas intertropicais, e os anos mais chuvosos relacionados com maior atuação da massa polar (cerca de 70 a 80% das chuvas) e os anos de pluviosidade média há um equilíbrio entre as intertropicais e a polar. Em 2011, os índices pluviométricos da UGRHI 02 estiveram dentro do padrão esperado (1.376 mm) em relação a média histórica, período entre 1993 a 2010 (1.380 mm). Fonte: CETESB, 2012. 7.2.2. Qualidade do Ar e Emissões Atmosféricas A qualidade do ar é medida por meio de padrões que visam monitorar a poluição atmosférica e as condições em que se encontra o ar respirado pela população. 15 Conforme o Inventário de Emissões de Fontes Estacionárias no estado de São Paulo, estima-se que em 2010 a UGRHI 02, tenha produzido em torno de 9,65 toneladas de monóxido de carbono e 10,25 toneladas de óxidos de enxofre. Pesquisas revelam que no município de Taubaté, dados de material particulado (MP) e dióxido de enxofre (SO2) do ar não se encontram saturado. Com relação ao Ozônio, o município foi classificado com base nas medições realizadas em São José dos Campos, resultando em índices de saturação severa. 7.2.3. Geologia, Geomorfologia e Relevo De acordo com a divisão Geomorfológica do Estado de São Paulo, a AII está inserida no Planalto Atlântico, que caracteriza-se como a porção do estado paulista com as altitudes mais elevadas (em alguns pontos a elevação chega a superar 2.000 metros). Essa característica altimétrica está relacionada com o soerguimento dos maciços antigos e que constituem uma estrutura geológica irregular, arqueada, fraturada e falhada. A AII está inserida entre duas sub-zonas, a Depressão do Médio Paraíba (Bacia Sedimentar de Taubaté) e o Planalto de Paraitinga/Paraibuna. Apesar desse fato, na ADA do empreendimento notou-se uma relativa homogeneidade no relevo. Em geral os topos dos morros apresentam formas convexas associadas à Depressão do Médio Paraíba. A elevação do terreno oscila entre 570 a 700 metros de altitude em relação ao nível do mar, apresentando uma amplitude de apenas 130 metros. Observou-se que em cerca de 85% da ADA, predominam declividades de até 12°, distribuídas entre as classes 0 a 6° (37,7%) e 6 a 12° (47,9%). O intervalo entre 12 a 18° abrange cerca de 12% da ADA, e somente 2,5% da ADA possui declividade variando entre 18 e 45°. Ressaltando que não foram identificadas declividades superiores a 45° na ADA. 16 7.2.4. Patrimônio Espeleológico Refere-se ao conjunto de elementos representados pelas cavidades naturais subterrâneas, formadas em maciços rochosos. Podem ocorrer nas litologias mais variadas, porém com mais frequência nas formações rochosas carbonáticas, através da penetração da água nas zonas de fraqueza da rocha, que sofrerá o processo de intemperismo (relevo cárstico). Segundo o Mapa de Potencialidade de Cavernas disponibilizado pelo CECAV, a potencialidade de ocorrência de cavernas na AII do empreendimento é considerada de improvável a média. 17 7.2.5. Pedologia Na AID os solos se relacionam com relevos suaves ondulados a ondulados. Predominam os Latossolos Vermelho Amarelo, classificados como LVA40. Existe ainda uma pequena área junto a Rodovia Oswaldo Cruz, onde predominam os Argissolos Vermelho Amarelos, PVA66. De forma geral são solos bem drenados, com ausência ou pouca cerosidade, mesmo no horizonte B. 18 7.2.6. Geotecnia Conforme a Carta Geotécnica do Estado de São Paulo, mais de 68% da AID apresenta potencial para manifestações de problemas de fundação e estabilidade de taludes por expansão/contração nos materiais do subsolo; 19% mostram alto potencial à suscetibilidade a inundações recalques, assoreamento, solapamento das margens dos rios; e em 12% do território da AID pode oferecer Alta suscetibilidade à erosão nos solos subsuperficiais, induzida por movimentos de terra. Essa ultima porção da AID ainda pode oferecer Média suscetibilidade a escorregamentos (exclusivamente induzidos). 19 7.2.7. Recursos Hídricos Superficiais Os principais cursos d’água afetados pelo empreendimento são: Córrego Boçoroca (km 126+830), Ribeirão Piracaguá (km 128+630), Ribeirão do Pinhão (km 131+180) e Ribeirão Itaim (km 133+360), sendo esse último o mais caudaloso na área das intervenções. 7.2.8. Recursos Hídricos Subterrâneos As Áreas de Influência do empreendimento encontram-se exclusivamente sobre o aquífero Taubaté. 20 7.2.9. Passivos Ambientais Foi realizada vistoria de campo para classificação de eventuais Passivos Ambientais existentes na área de inserção do empreendimento. 10 Passivos Ambientais foram cadastrados, reportando a existência de processos erosivos, erosões, solapamentos e assoreamento de cursos d’água. 7.2.10. Potencial de Ruído Neste diagnóstico foram realizadas medições do nível de ruído em 7 locais ao longo do traçado do Prolongamento da SP-070. Nos locais analisados, o nível máximo de ruído permitido pela Legislação, é de 60 dB(A). Todas as medições realizadas encontraram-se abaixo do nível máximo permitido. 21 7.3 Estudos do Meio Biótico 7.3.1. Caracterização da Flora A área de estudo apresenta vegetação de Savana e Floresta Atlântica, com a presença de Floresta Ombrófila Densa Montana e Florestal Estacional Semidecidual. Na Área Diretamente Afetada pelo empreendimento, foi registrada formação florestal com características predominantes de Mata Atlântica, do tipo Floresta Ombrófila Densa Montana. A cobertura de vegetação florestal nativa (vegetação em estágio pioneiro, fragmentos florestais em estágio inicial e em estágio médio de regeneração) representa 5% da ADA, sendo prevista a interceptação de 3 fragmentos florestais principais. O primeirodeles está próximo a estaca 560 do projeto. Encontra-se em estágio médio de regeneração natural, e sua vegetação se caracteriza por Floresta de Transição de Floresta Ombrófila Densa Montana/ Savana. Será necessário suprimir 0,18 ha desse framento. O segundo fragmento ocorre na Área de Preservação Permanente do Ribeirão Piracaguá, e também se caracteriza como Floresta de Transição de Floresta Ombrófila Densa Montana/ Savana. Será necessário suprimir totalmente esse fragmento, que apresenta área total de 0,88 ha (0,5 ha de área em estágio inicial de regeneração natural e 0,38 ha de área em estágio médio de regeneração natural). 22 O terceiro fragmento está localizado na APP do Ribeirão Itaim, e se apresenta como vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa Montana. O total a ser suprimido deste fragmento é 1,22 ha, sendo que ele apresenta áreas em estágio inicial e médio de regeneração natural, além de vegetação pioneira. Para identificação dos fragmentos florestais inseridos na ADA e AID do empreendimento, foi realizado Inventário Florestal da vegetação nativa em 20 parcelas amostrais de 10m x 20m cada (200 m²/unidade amostral), onde foi possível amostrar 4.000 m² de área no total. No conjunto, 891 indivíduos vegetais foram amostrados durante o levantamento florístico, e identificadas 190 espécies distintas, pertencentes a 131 gêneros e 67 famílias. Quanto aos exemplares arbóreos que ocorrem isoladamente, ao longo da ADA do empreendimento verificou-se que dentre as espécies mais ocorrentes, estão: aroeira-pimenteira, palmeira-jerivá, ipês, barbatimão, tamanqueira-do-cerrado e mamica-de-porca. 7.3.2. Caracterização da Fauna A intensa ocupação antrópica e o reduzido percentual de vegetação remanescente na ADA e seu entorno direto levaram à redução da diversidade faunística. Foram realizadas observações da Fauna pelos métodos de entrevistas e de observação direta. O levantamento realizado mostrou um baixo número de espécies da fauna, sendo 23 estas, em sua maioria, generalistas e/ou oportunistas, capazes de se adaptar às mais diversas condições ambientais, bem como, sobreviver em ambientes altamente perturbados. O Projeto para Levantamento da Fauna na AID e ADA do referido estudo encontra-se em análise junto ao Centro de Fauna Silvestre (CFS) da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. 7.3.3. Áreas de Preservação Permanente - APP As matas ciliares inseridas nas áreas de preservação permanente são de extrema importância para a manutenção da qualidade das águas, redução da erosão junto das margens dos cursos d’água, manutenção da diversidade biológica e controle do regime hidrológico de bacias hidrográficas, além da melhoria do aspecto paisagístico. Na ADA, haverá intervenção em 16,36 ha de APP, ocupados principalmente por pastagem (75% das áreas). A segunda maior ocorrência nas APPs é entretanto de Fragmentos Florestais em Estágio inicial de regeneração natural (1,95 ha que correspondem a 12% do total de áreas de APP). Verificou-se que as APPs na ADA já se encontram bastante degradadas devido à intensa ocupação antrópica, com prejuízo de grande parte de suas funções ambientais. 7.3.4. Unidades de Conservação Na Área Diretamente Afetada, não haverá intervenção direta sobre Unidades de Conservação ou demais espaços especialmente protegidos, integrantes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, constituído por meio da Lei nº 9.985/00. 24 7.4. Estudos do Meio Socioeconômico 7.4.1. Aspectos Demográficos Os municípios de Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé constituem a AII do meio socioeconômico, e integram a Região Administrativa de São José dos Campos, juntamente com outros 35 municípios. População Em decorrência das características de industrialização/urbanização dessa região administrativa, os municípios da AII apresentam atualmente população predominantemente urbana. 0 50 100 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 1 0 Pop. Urbana Pop. Rural CAÇAPAVA PINDAMONHANGABA TAUBATÉ TREMEMBÉ RA-SJC 25 Na ADA, a população foi caracterizada por meio de pesquisas de campo (entrevistas). Dentre as 186 propriedades a serem diretamente afetadas pelo empreendimento, 134 (ou 72% das propriedades) constituem lotes ainda não ocupados, inseridos em loteamentos recentes, característicos da área de expansão urbana do município de Taubaté. Densidade Demográfica A Densidade Demográfica trata do valor da população total residente em relação a área ocupada por esta população, geralmente mensurada em habitantes/km². Com referência ao ano de 2010, a densidade demográfica dos municípios de Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé juntos, que correspondem a Área de Influência Indireta do empreendimento, resulta em 287,1 habitantes/km² (IBGE, 2010). Isoladamente apresentam densidade demográfica de 228,9 habitantes/km²; 201,1 habitantes/km²; 444,8 habitantes/km² e 212,7 habitantes/km² respectivamente. Estes valores são altos quando comparados aos obtidos para o estado de São Paulo (perto de 165 habitantes/km²), demonstrando a elevada taxa de ocupação dos municípios onde estará inserido o empreendimento em análise. Juntos, Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé representam 24% de toda a área da Região Administrativa de São José dos Campos. No entanto, existem somente 09 residências com moradores fixos ao longo da ADA, distribuídas em 05 propriedades diferentes. Apesar do elevado número de propriedades a serem afetadas (186 no total), a maioria delas pertencem a loteamentos recentes, e ainda não possuem residências construídas. Essa configuração se materializa na paisagem ao redor da ADA, com fisionomia transicional, elementos urbanos e rurais inseridos em uma mesma porção do espaço, inserida na zona de expansão urbana do município de taubaté. 26 7.4.2. Infraestrutura Social e Serviços Abastecimento de água e Esgotamento sanitário A Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo é uma empresa de economia mista responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 363 municípios do Estado de São Paulo, dentre eles Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé. Em Caçapava, Pindamonhangaba e Tremembé ela assumiu os serviços de água e esgoto no ano de 1975 e em Taubaté sua atuação foi a partir de 1982. Resíduos Sólidos Grande parte dos resíduos gerados em Caçapava é coletada por empresa terceirizada (Pioneira), que destina o que coleta a aterros sanitários da região (município de Tremembé), também particulares, pois no município não há aterro licenciado. Em Pindamonhangaba todos os bairros do Município contam com a coleta de lixo reciclável. O reaproveitamento destes materiais evita a contaminação do meio ambiente, economiza importantes recursos naturais como árvores, petróleo e minerais, aumentam a vida útil do Aterro Sanitário Municipal, além de criar empregos para pessoas carentes. No município de Taubaté o aterro sanitário recebe aproximadamente 195 toneladas diárias de resíduos domésticos, e outras 400 toneladas de entulho da construção civil. E em Tremembé o aterro sanitário tem 1,5 milhão de metros quadrados. É administrado por uma empresa privada (SASA - Sistemas Ambientais), em parceria com a prefeitura. O aterro tem projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL para o biogás, que é coletado, tratado, queimado ou reaproveitado como insumo energético. 27 Transporte Ainda que os municípios da RA-SJC não sejam totalmente conurbados, a região é servida por umsistema viário e de transporte que propicia intensa articulação dos espaços urbanos, além da integração funcional das estruturas produtivas. A AII é servida pelas rodovias Presidente Dutra (BR-116), Carvalho Pinto (SP- 070), Oswaldo Cruz (SP-125), Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) e João do Amaral Gurgel (SP-103). A região também é servida pela Rede Ferroviária Federal que interliga com os portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória. Condições Domiciliares Segundo dados do IBGE, entre os anos de 2000 e 2010, houve aumento de 28% na quantidade de domicílios particulares permanentes na RA-SJC. O número absoluto partiu de 534.725 domicílios no primeiro período analisado, para 684.580 domicílios no ano de 2010. No município de Caçapava, essa expansão no quantitativo de domicílios foi menos expressiva, em cerca de 25%, em Tremembé foi de 25,1% e em Taubaté de 26,10%. E em Pindamonhangaba foi significativamente superior, atingindo 33% de aumento. Saúde Segundo dados do Ministério da Saúde, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS, no ano de 2010 havia 52 unidades de atenção básica de saúde no município de Taubaté, responsáveis por atender à população de 278.379 pessoas. Em Caçapava havia 16, em Pindamonhangaba 20 unidades. Em Tremembé, foram registradas apenas 7 unidades de atenção básica de saúde, o mais baixo dos municípios da AII, responsáveis por cerca de 41 mil habitantes. 28 Educação No índice de analfabetismo da população de 15 anos ou mais se consideram as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. Em 2000 esse índice da RA-SJC era de 6,22%. Esta taxa ficou ligeiramente inferior à média estadual que alcançou 6,64%. Essa tendência foi observada em todos os municípios pertencentes à AII: Caçapava ficou com 6,12%, Pindamonhangaba 5,57%, Taubaté 4,82% e Tremembé 5,57%. 7.4.3. Indicadores de Qualidade de Vida IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal O IDHM é um indicador sintético de qualidade de vida que, de forma simplificada, soma e divide por três os níveis de renda, longevidade e educação de determinado município. O IDHM se situa entre 0 e 1, sendo: Baixo desenvolvimento humano - quando o IDHM for menor que 0,500; Médio desenvolvimento humano - para valores entre 0,500 e 0,800; Alto desenvolvimento humano - quando o índice for superior a 0,800. No ano de 2000 os municípios da AII apresentaram Índice de Desenvolvimento Humano superior ao índice estadual, enquadrando-se como alto desenvolvimento humano (índices superiores a 0,800). Localidade IDHM no ano de 2000 Lugar no Ranking estadual1 Taubaté 0,837 21 Caçapava 0,834 25 Tremembé 0,834 25 Pindamonhangaba 0,814 83 Total para o Estado de São Paulo 0,814 -- 29 Índice de Mortalidade Infantil Um indicador muito importante para a análise do Índice de Desenvolvimento Humano é a Mortalidade Infantil, que corresponde ao número de crianças que vão a óbito antes de atingir um ano de idade. No Estado de São Paulo, o percentual de mortalidade infantil diminuiu muito nas últimas décadas, passando de 16,97 em 2000 para 11,55 em 2011. Em relação ao índice de mortalidade infantil nos municípios da AII, também houve uma melhora significativa entre os anos de 2000 e 2011. Localidade Taxa de Mortalidade Infantil (Por mil nascidos vivos) 2000 2011 Tremembé 12,41 10,52 Pindamonhangaba 12,75 10,64 Taubaté 13,49 10,52 Caçapava 17,97 11,40 Estado de SP 16,97 11,55 7.4.4. Atividades Econômicas Várias alternativas de desenvolvimento são a marca da Região Administrativa de São José dos Campos. Estão ali, por exemplo, o núcleo da indústria aeronáutica brasileira, avançados centros de pesquisa, a forte indústria automobilística, redutos turísticos procurados ao longo de todo o ano. A região tem bases sólidas para sedimentar sua importância econômica. A economia apresenta um cenário heterogêneo. Às margens da Rodovia Presidente Dutra há diversos municípios industrializados, dotados de sofisticada infraestrutura urbana; mais distantes dela, outros municípios apoiam-se basicamente na agricultura de subsistência. Mesmo com esse quadro, a participação regional no PIB da RA-SJC em relação ao Estado é bem significativa: 5,18% do total, segundo os dados de 2010 da Fundação Seade e do IBGE. O turismo é bem desenvolvido, pois a região interliga o interior do estado com as praias do litoral Norte e com o município de Aparecida. 30 7.4.5. Trabalho e Renda O valor médio da renda per capta da RA-SJC encontra-se abaixo da média estadual, em aproximadamente 14%. Quanto aos municípios da AII, somente Taubaté apresenta renda per capta superior aos valores da RA e estadual, ultrapassando 3 salários mínimos. Esse fato pode ser atribuído ao potencial industrial desenvolvido no município nas últimas décadas. Localidade Renda per capta (em sal. mín.) Caçapava 2,40 Pindamonhangaba 2,19 Taubaté 3,04 Tremembé 2,42 RA-SJC 2,52 Estado de São Paulo 2,92 Quando observados os valores referentes ao rendimento dos responsáveis pelos domicílios, nota-se o fato de a grande maioria da população dos municípios da AII esteja recebendo valor abaixo de 05 salários mínimos mensais, relação essa que se mantém para o Estado de São Paulo (cerca de 65%). O valor encontrado para Caçapava foi de 952,39 reais, em Pindamonhangaba foi de 888,78 reais, em Taubaté foi de 1.069,62 reais e em Tremembé foi de 1.058,00 reais. Nenhum dos municípios em estudo estão acima da média estadual que atinge 1.076,21 reais (SEADE, 2000). Os dados mostrados a seguir apresentam a proporcionalidade do número de vínculos empregatícios por setor de atividade nos Municípios pertencentes à AII. Desta maneira é possível observar que os setores de atividade predominantes na AII são serviços (Taubaté e Tremembé), e indústria (Caçapava e Pindamonhangaba). A agropecuária, mesmo que muito frequente na AII, representa os menores índices empregatícios, inferior a 5% em todos os municípios e na RA-SJC. 31 Setor Localidade Região Administrativa de São José dos Campos Caçapava Pindamonhangaba Taubaté Tremembé R$ Vínculo % R$ Vínculo % R$ Vínculo % R$ Vínculo % R$ Vínculo % Agropecuária 1.410,88 10.679 1,4 679,13 342 1,8 852,63 978 3,4 839,64 1.040 1,3 691,74 197 4,7 Comércio 1.172,82 110.587 18 1.083,69 3.286 18 1.026,04 5.352 18 1.116,35 15.621 20 927,56 847 20 Construção Civil 1.627,36 34.424 6,4 1.911,12 999 5,4 1.493,24 1.443 5 1.303,90 4.627 5,8 947,08 96 2,3 Indústria 3.849,70 133.087 26 2.653,71 8.206 44 2.993,71 11.746 40 3.493,07 24.140 30 1.892,24 872 21 Serviços 1.864,48 263.088 48 1.393,09 5.980 32 1.499,84 9.534 33 1.618,57 34.628 43 1.536,86 2.153 52 0 20 40 60 80 100 120 RA-SJC Caçapava Pindamonhangaba Taubaté Tremembé 25,8 43,6 40,4 30,2 20,9 48,3 31,8 32,8 43,3 51,7 Serviços Indústria Construção Civil Comércio Agropecuária 32 7.4.6. Uso e Ocupação do Solo A ADA possui dimensão territorial total de 105,6 ha, subdividida em porções de 186 propriedades particulares que deverão ser desapropriadas parcial ou integralmente (sub-total de 78,8 ha – 74,7%), e áreas de domínio público (estadual ou municipal), equivalentes às faixas de domínio das rodovias e estrada vicinal em operação (sub-total de 26,8 ha – 25,3%). Quanto às classes de uso e ocupação mapeadas na ADA do empreendimento, assim como na AID, foram mais frequentes aquelas relativas ao processo de antropização da área de estudo, como reflexo do histórico processo de ocupação do município Taubaté, afetado pelo empreendimento. Classe de uso e ocupação Área (ha) % Vegetação Pioneira 0,06 0,06 Espelho d’ Água0,35 0,33 Vegetação em Estágio Médio 0,79 0,75 Reflorestamento 1,60 1,51 Campo Antrópico 4,63 4,38 Vegetação em Estágio Inicial 4,67 4,42 Sítios / Chácaras / Fazenda 5,32 5,04 Vias Públicas de Circulação 5,75 5,44 Área de Pastagem 82,46 78,06 Total ADA 105,63 100,00 33 7.4.7. Patrimônio histórico, cultural e arqueológico Conclui-se que a implantação das obras pode promover alterações sobre os bens arqueológicos e históricos existentes na ADA. Os levantamentos apresentados neste EIA apontam que não há indícios ou evidências de materiais arqueológicos na área onde se pretende instalar o empreendimento. Todavia, parcelas de terreno não apresentaram condições de visibilidade suficientes para garantir a inexistência de materiais arqueológicos na cota zero (superfícies revestidas por densa camada de vegetação) ou em cotas negativas (colúvios mais espessos e aluviões). Corroborando esta afirmação, a ADA abrange compartimentos topomorfológicos e ambientais que sugerem potencial arqueológico positivo. 8. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS A metodologia adotada no EIA/RIMA buscou identificar todos os possíveis impactos ambientais decorrentes das diversas ações relacionadas ao empreendimento, potencialmente causadoras de modificações ambientais, bem como qualifica-los e quantifica-los. Para tanto, foram realizadas as seguintes etapas: Identificação das Atividades Impactantes (AI) necessárias às obras e a posterior operação da Rodovia; Definição dos Aspectos Ambientais (AA) da área de influência do empreendimento; Identificação dos Impactos Potenciais (IP). Assim, as Atividades Impactantes foram identificadas e organizadas segundo as fases do empreendimento (planejamento, construção e operação) conforme relação apresentada abaixo. 34 FASE ATIVIDADES IMPACTANTES (AI) Fase de Planejamento Divulgação do Empreendimento Desapropriação Fase de Construção Liberação da Faixa de Domínio Contratação de Mão-de-Obra Contratação de Serviços Instalação de Canteiro de Obras Aquisição de Insumos e Matérias Primas Limpeza e Preparação do Terreno Demolições Relocação de Interferências Preparação e/ou Substituição de Solos Terraplenagem Áreas de Apoio (Depósito de Material Excedente – DME e Áreas de Empréstimo – AE) Implantação de Sistema de Drenagem Execução de Obras de Arte Especiais Preparação de Sub-base e Base Pavimentação Plantio em Taludes e Canteiros Desmobilização de Mão-de-Obra Desativação de Instalações Provisórias Fase de Operação Operação da Rodovia Compromisso com o Poder Concedente Serviços Correspondentes ao Meio Ambiente Os Aspectos Ambientais supracitados tratam-se dos principais elementos dos meios físicos, biótico e socioeconômico, como terrenos, recursos hídricos, ar, cobertura vegetal, fauna associada, infraestrutura física, social e viária, estrutura urbana, atividades econômicas, qualidade de vida da população, finanças públicas e patrimônio histórico, cultural e arqueológico: 35 MEIO ASPECTOS AMBIENTAIS (AA) Meio Físico Terrenos Recursos Hídricos Superficiais Recursos Hídricos Subterrâneos Qualidade do Ar Meio Biótico Cobertura Vegetal Fauna Unidades de Conservação Meio Socioeconômico Infraestrutura Viária, Tráfego e Transportes Estrutura Urbana Atividades Econômicas Infraestrutura Física Qualidade de Vida Finanças Públicas Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural Assim, por meio de uma Matriz de Interação das Atividades Impactantes com os Aspectos Ambientais, foi possível identificar 39 impactos potenciais (IP) decorrentes da construção e operação do empreendimento: AA.1. MEIO FÍSICO IP.1. Impactos Potenciais nos Terrenos IP.1.1 Alteração da estabilidade das encostas e aumento da susceptibilidade à erosão por terraplenagem IP.1.2 Aumento das áreas impermeabilizadas IP.1.3 Aumento do risco de contaminação de solo por combustíveis e lubrificantes durante a construção IP.1.4 Alteração do risco de contaminação de solo por vazamento de produtos perigosos durante a operação IP.2. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Superficiais IP.2.1 Alterações no regime fluviométrico de cursos d’água IP.2.2 Alteração dos níveis de turbidez dos corpos hídricos durante a construção IP.2.3 Assoreamento de cursos d’água durante a construção IP.2.4 Alteração da qualidade da água durante a construção IP.2.5 Risco de contaminação dos corpos hídricos durante a operação 36 IP.3. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Subterrâneos IP.3.1 Alteração no regime de fluxo das águas subterrâneas IP.3.2 Risco de contaminação do lençol freático durante a construção IP.4. Impactos Potenciais na Qualidade do Ar IP.4.1 Impactos na qualidade do ar durante a construção IP.4.2 Impactos na qualidade do ar durante a operação AA.2. MEIO BIÓTICO IP.5. Impactos Potenciais na Vegetação IP.5.1 Redução da cobertura vegetal da área diretamente afetada IP.5.2 Ampliação do grau de fragmentação florestal e instalação do efeito de borda IP.5.3 Alteração do nível de risco da ocorrência de incêndios nas florestas remanescentes no entorno da rodovia IP.6. Impactos Potenciais na Fauna IP.6.1 Afugentamento de fauna, aumento dos riscos de atropelamento e da pressão de caça durante a implantação IP.6.2 Impactos na fauna aquática dos cursos d’água a serem desviados/canalizados IP.6.3 Alteração no nível e distribuição espacial do risco de contaminação da fauna aquática e edáfica por acidentes com cargas tóxicas IP.7. Impactos Potenciais sobre Unidades de Conservação IP.7.1 Interferências com Unidades de Conservação AA.3. MEIO SÓCIO ECONÔMICO IP.8. Impactos Potenciais na Infraestrutura Viária, no Tráfego e nos Transportes IP.8.1 Aumento na circulação de veículos pesados na malha viária local durante a construção IP.8.2 Melhoria da acessibilidade entre rodovias da Região IP.9. Impactos Potenciais na Estrutura Urbana IP.9.1 Alterações urbanísticas na AII IP.9.2 Alterações urbanísticas na AID IP.9.3 Alterações dos valores imobiliários IP.9.4 Aumento do grau de atratividade para atividades econômicas IP.10. Impactos Potenciais nas Atividades Econômicas IP.10.1. Geração de empregos diretos e indiretos IP.11. Impactos Potenciais na Infraestrutura Física e Social 37 IP.11.1 Interferências com redes de utilidades públicas IP.11.2 Aumento dos níveis de ruído próximo a receptores sensíveis IP.11.3 Melhoria no padrão de acesso ao Porto de São Sebastião e Aeroportos da região IP.12. Impactos Potenciais na Qualidade de Vida da População IP.12.1 Incômodos à população lindeira na construção IP.12.2 Interrupções de tráfego local durante a construção IP.12.3 Interrupções de serviços públicos durante a construção IP.12.4 Desapropriação e Relocação de Moradias IP.12.5 Alterações na paisagem IP.13. Impactos nas Finanças Públicas IP.13.1 Aumento nas receitas fiscais durante a construção IP.13.2 Impactos nas Receitas Fiscais durante a Operação IP.13.3 Aumento das demandas por infraestrutura física e social durante a construção IP.14. Impactos Potenciais sobre o Patrimônio Arqueológico e Cultural IP.14.1 Interferências com o patrimônio arqueológico e cultural Os 39 Impactos Ambientais são elencados adiante, segundo o meio e o componente ambiental principal impactado. Para cada impacto potencial resultante foi elaborado um Quadro de Consolidação, no qual se procedeu a avaliação qualitativa do impacto, por meio de seus atributos inerentes. AA.1. MEIO FÍSICO IP.1. Impactos Potenciais nos Terrenos IP.1.1. Alteração da estabilidade das encostas e aumento da susceptibilidade à erosão por terraplenagem A necessidade de realização de atividades de terraplenagem como execução de aterros, escavação nas seções em corte e aberturas de novos acessosdecorrem deste potencial impacto, assim como a estabilização de taludes e proteção de saias de aterro nas áreas de apoio. 38 A atividade dos processos erosivos aumenta logo após a remoção dos solos superficiais e/ou exposição dos materiais geológicos, podendo ocorrer de modo intenso durante todo o período que antecede a implantação da drenagem superficial definitiva, da cobertura vegetal e das demais atividades de recomposição vegetal e paisagismo. Quadro de Consolidação IP.1.1: Alteração da estabilidade das encostas e aumento da susceptibilidade à erosão por terraplenagem. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.1.2. Aumento das áreas impermeabilizadas Para a execução das obras, será necessário desapropriar cerca de 105 ha (área diretamente afetada), dos quais, estima-se que apenas 25% (ou pouco mais de 26 ha) serão impermeabilizados para a implantação das pistas de rolagem e acostamento. Os 75% restantes serão ocupados com vegetação rasteira, ambiente característico de faixa de domínio de rodovias em operação. Quadro de Consolidação IP.1.2:Aumento das áreas impermeabilizadas. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA 39 IP.1.3. Aumento do risco de contaminação de solo por combustíveis e lubrificantes durante a construção A ocorrência deste impacto é pontual e acidental, estando associada a vazamento de combustíveis ou óleos lubrificantes de veículos ou equipamentos durante a realização das obras. O risco está distribuído ao longo de toda a ADA, e esse impacto resulta diretamente das atividades diárias de manutenção e abastecimento de máquinas e equipamentos que virão a ocorrer durante o período de obras. A ocorrência deste impacto pode ser evitada quando adotadas medidas simples de controle de poluição, implantação de dispositivos de retenção (diques e bandejas), além da efetiva manutenção de equipamentos. Quadro de Consolidação IP.1.3: Aumento do risco de contaminação de solo por combustíveis e lubrificantes durante a construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.1.4 Alteração do risco de contaminação de solo por vazamento de produtos perigosos durante a operação O risco de acidente com quaisquer tipos de transporte aumenta na medida em que ocorre a inadequação de vias empregadas, e piora entre a relação volume de carregamento e capacidade das vias. Dessa forma, pode-se inferir que a redução do uso de vias intraurbanas de Taubaté, ou com capacidade de tráfego saturada, no caso do segmento da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) que será evitado com a implantação do empreendimento, conclui-se que haverá diminuição no 40 risco de ocorrência de acidentes no município de Taubaté, como consequência direta da operação do prolongamento da SP-070. Por outro lado, devem ser considerados os riscos de acidentes com cargas perigosas no novo segmento rodoviário. Neste contexto, deve-se observar, em primeiro lugar, que o índice de acidentes por viagem deverá ser significativamente menor no empreendimento, projetado com padrão rodoviário e diretrizes de otimização da segurança, do que em vias intraurbanas e padrões diversos ou com capacidade de tráfego saturada, em geral inadequadas à circulação de cargas perigosas. Ressalta-se ainda, que este impacto também será minimizado pelo rápido atendimento a emergências previsto para os casos de acidentes com cargas perigosas durante a operação, uma vez que a Concessionária possui um Plano de Ação Emergencial já aprovado pela CETESB, para o rápido e eficiente atendimento a estes tipos de ocorrência. Quadro de Consolidação IP.1.4: Alteração do risco de contaminação de solo por vazamento de produtos perigosos durante a operação. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.2. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Superficiais IP.2.1. Alterações no regime fluviométrico de cursos d’água Considerando que a pavimentação da faixa de domínio será apenas parcial, ela não causará reduções significativas nos volumes de escoamento pluvial e os picos de cheia nas bacias interceptadas. 41 Em alguns casos, porém, pode ocorrer a redução dos tempos de concentração e aumento das áreas das bacias de contribuição de algumas drenagens naturais, devido à drenagem das pistas e das áreas de corte e aterro na faixa de domínio. Associados a esse impacto, poderão ocorrer problemas pontuais, como desestabilização de margens ou o aumento do risco de inundações. No momento do detalhamento do projeto executivo de drenagem essas situações deverão passar por análise detalhada, para adequação, caso se faça necessário. Em consequência desse impacto podem ocorrer erosões das margens e inundações em áreas não inundáveis anteriormente. Quadro de Consolidação IP.2.1: Alterações no regime fluviométrico de cursos d’água. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.2.2. Alteração dos níveis de turbidez dos corpos hídricos durante a construção Na fase de construção do empreendimento, pode ocorrer o carreamento de sedimentos para os cursos d’água, alterando a qualidade desses recursos hídricos, com aumento da turbidez. Durante a operação da Rodovia este impacto pode ocorrer eventualmente, em situações de obras de manutenção ou em períodos de grandes chuvas que venham a promover instabilidade de taludes, com carreamento de materiais. 42 Quadro de Consolidação IP.2.2: Alteração dos níveis de turbidez dos corpos hídricos durante a construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.2.3. Assoreamento de cursos d’água durante a construção Quando o aporte de material no curso d’água é intenso, maior que sua capacidade de transporte, ocorre o assoreamento do recurso hídrico. Esse fator pode causar alterações localizadas na morfologia fluvial dos trechos afetados, e na seção transversal do canal, podendo originar situações de obstrução de drenagem com impacto na vegetação ribeirinha. Os cursos d’águamais suscetíveis ao assoreamento são aqueles localizados a jusante de grandes áreas de movimentação de terra, principalmente àqueles localizados a jusante de cortes de maior altura ou grandes aterros. Como exemplo, citam-se o Ribeirão Piracaguá (estaca 616) e seus afluentes, e Rio Una (estaca 845) e seus afluentes. Quadro de Consolidação IP.2.3: Assoreamento de cursos d’água na construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA 43 IP.2.4. Alteração da qualidade da água durante a construção Esse impacto trata os riscos potenciais de contaminação dos cursos d’água durante a construção, associados a eventos acidentais como o vazamento de combustíveis ou produtos perigosos, ou em situações de rotina durante as atividades de construção, como o manuseio e armazenamento inadequado de produtos perigosos, disposição inadequada de resíduos líquidos das instalações de apoio e frentes de obra, ou no carreamento de substâncias aplicadas na execução das estruturas de concreto e na pavimentação. O manejo e armazenamento adequados de produtos perigosos e de combustíveis e lubrificantes, alinhado a um conjunto de práticas preventivas, permitem reduzir significativamente o efeito desse impacto potencial. Quadro de Consolidação IP.2.4: Alteração da qualidade da água durante a construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.2.5. Risco de contaminação dos corpos hídricos durante a operação Na fase de operação da rodovia existe o impacto potencial de contaminação dos cursos d’água em decorrência de acidentes rodoviários com veículos que transportam produtos perigosos, ou também pelo carreamento de cargas difusas pela lavagem das superfícies durante os eventos de chuva. Com relação às cargas difusas que afluem aos cursos de água, a parcela atribuível à rodovia é decorrente da lavagem, pelas chuvas, das pistas de rolamento, da faixa de domínio e do sistema de drenagem do empreendimento. 44 Outros aportes de cargas difusas podem incluir lixo comum lançado pelos usuários da via, e sedimentos gerados em áreas instáveis ou pontos de erosão. Quadro de Consolidação IP.2.5: Risco de contaminação dos corpos hídricos durante a operação. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.3. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Subterrâneos IP.3.1. Alteração no regime de fluxo das águas subterrâneas O principal impacto potencial nas águas subterrâneas será o rebaixamento do nível freático durante a construção, principalmente onde os solos serão corrigidos ou substituídos, e em áreas de cortes. Ressalta-se que mesmo nessas áreas, a ocorrência deste impacto dependerá da espessura das coberturas sobre os materiais rochosos e consequentemente da profundidade do lençol freático, que será detalhado com a realização de sondagens, para embasamento do projeto geométrico do empreendimento. Quadro de Consolidação IP.3.1: Alteração no regime de fluxo das águas subterrâneas. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA 45 IP.3.2. Risco de contaminação do lençol freático durante a construção As águas subterrâneas estarão sujeitas a riscos de contaminação durante a fase de implantação em decorrência de eventuais acidentes com combustíveis ou outras cargas tóxicas, decorrentes das atividades de manutenção e abastecimento de máquinas e equipamentos que poderão provocar problemas localizados de contaminação do lençol. O Prolongamento da SP-070 atravessará o Aquífero Taubaté, que na região (Formação Tremembé) apresenta litologia composta basicamente por argilitos e folhelhos pouco permeáveis e com características de aquiclude, ou seja, as rochas podem possuir uma grande porosidade, porém não permitem que a água seja armazenada, pois muitas vezes seus poros não se comunicam. Quadro de Consolidação IP.3.2: Risco de contaminação do lençol freático durante a construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.4. Impactos Potenciais na Qualidade do Ar IP.4.1. Impactos na qualidade do ar durante a construção Durante as obras é previsível a emissão de materiais particulados, impacto restrito, basicamente, aos locais das frentes de trabalho e, em menor escala, aos trajetos de materiais, equipamentos e pessoal. Dessa forma, os impactos decorrentes da emissão de materiais particulados mostram-se significativos durante as obras de acertos nos taludes de corte e de 46 aterro, quando a mensuração do fator emissão se dará em função do tipo de solo, de seu teor de umidade e da forma de execução dos serviços. Além disso, a emissão atmosférica dos veículos envolvidos na obra deverá ser monitorada, para que os níveis de material particulado emitidos não ultrapassem a legislação vigente. Quadro de Consolidação IP.4.1: Impactos na qualidade do ar durante a construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.4.2. Impactos na qualidade do ar durante a operação A operação do empreendimento não deverá gerar aumento significativo na poluição atmosférica. Isso porque o Prolongamento da SP-070 terá início na altura do km 126+500, e sua porção final será junto ao km 5+300 da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125). Seu traçado será paralelo à Rodovia Presidente Dutra (BR-116), cerca de 5 quilômetros ao sul. E o Estudo de Tráfego mostrou que o fluxo de veículos esperado nesse novo segmento da SP-070 terá origem do tráfego desviado de outras rodovias (principalmente da BR-116). E tratando-se de um trecho relativamente curto e de acesso totalmente controlado, esse novo segmento não irá gerar novos fluxos. Entretanto, acredita-se que minimizando os transtornos de atravessar o perímetro urbano de Taubaté, novos usuário pospoderãosam optar por utilizar o Prolongamento nas vésperas de feriados prolongados, em detrimento da Rodovia dos Tamoios (SP-099). Assim, o novo trajeto deverá apresentar uma atração mais significativa de tráfego. Com isso é estimado aumento do número de 47 veículosna região, promovendo maior emissão pontual de poluentes (somente próximo a feriados). Quadro de Consolidação IP.4.2: Impactos na qualidade do ar durante a operação. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA AA.2. MEIO BIÓTICO IP.5. Impactos Potenciais na Vegetação IP.5.1. Redução da cobertura vegetal da área diretamente afetada Para implantação do empreendimento será necessário remover parte da vegetação presente na ADA, em locais que sofrerão intervenção direta para construção da rodovia. Esse tipo de impacto é irreversível, mas compensável em outros locais, geralmente por meio de plantio de espécies nativas ou destinação de área equivalente. Quadro de Consolidação IP.5.1: Redução da cobertura vegetal da ADA. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA 48 IP.5.2. Ampliação do grau de fragmentação florestal e instalação do efeito de borda A implantação de uma nova rodovia promove a criação de um corredor que atua como barreira física linear a vários elementos bióticos, principalmente por ocasionar o fracionamento de formações florestais que atuam na conectividade dos elementos da paisagem. Com essa fragmentação além da perda de habitat de espécies vegetais e animais, ocorre também segregação do fluxo gênico, com o chamado “efeito barreira”. No caso da implantação do Prolongamento da SP-070, a criação deste novo corredor se dará em paisagem bastante alterada, onde a vegetação já se apresenta fragmentada, com poucos remanescentes florestais, geralmente associados aos cursos d’água. Neste tipo de paisagem, grande parte dos efeitos da fragmentação já foi instalada no passado, e atua nos remanescentes florestais há décadas, conforme resultados do Inventário Florestal realizado em fragmentos da AID e ADA. O local de maior criticidade é a transposição do Ribeirão Piracaguá e do Ribeirão Itaim, onde haverá intervenção significativa em APP e supressão de vegetação nativa. Quadro de Consolidação IP.5.2: Ampliação do grau de fragmentação florestal e instalação do efeito de borda. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA 49 IP.5.3. Alteração do nível de risco da ocorrência de incêndios nas florestas remanescentes no entorno da rodovia Com a movimentação de trabalhadores e máquinas durante as obras, pode ocorrer acidentalmente o início de incêndios, principalmente nas etapas iniciais de limpeza de terreno e desmatamento através de práticas inadequadas como, por exemplo, a utilização de fogueiras e motores desregulados de máquinas e veículos. Também são comuns episódios de queimadas criminosas em áreas lindeiras a rodovias. No entanto, apesar deste risco potencial que será proporcionado com a implantação da rodovia, deve ser destacado que a própria rodovia constituirá um acesso fácil e rápido para o combate de incêndios em remanescentes florestais antes isolados, além de facilitar a fiscalização destas áreas contra ações criminosas. Quadro de Consolidação IP.5.3: Alteração do nível de risco da ocorrência de incêndios nas florestas remanescentes no entorno da rodovia. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.6. Impactos Potenciais na Fauna IP.6.1. Afugentamento de fauna, aumento dos riscos de atropelamento e da pressão de caça durante a implantação A principal associação de impacto com a fauna está relacionada a perda de habitat, por meio da alteração e fragmentação da vegetação. 50 Deve ser levado em consideração o risco de acidentes com atropelamentos de animais silvestres em vias de acesso e estrada de terra nas imediações de fragmentos de vegetação. Esse risco é maior para as espécies mais ágeis, tais como os mamíferos terrestres de médio e grande porte, devido ao aumento de veículos nas estradas de acesso da ADA. Na fase de operação, é de se esperar que o fluxo intenso de veículos, com alta intensidade sonora e emissão de luzes durante a noite, venha a perturbar as espécies mais arredias dos remanescentes florestais. Atividades de caça para fins alimentares ou mesmo para fins de domesticação deverão ser coibidas, já que potencialmente poderão aumentar o risco para indivíduos de grupos como aves. Para minimizar esses efeitos, será incorporado nos Programas Ambientais durante a admissão dos trabalhadores, atividades de conscientização e conservação da fauna que terão interface com o Programa de Monitoramento da Fauna. Quadro de Consolidação IP.6.1: Afugentamento de fauna, aumento dos riscos de atropelamento e da pressão de caça durante a implantação. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.6.2. Impactos na fauna aquática dos cursos d’água a serem desviados/canalizados As sub-bacias dos Ribeirões Piracaguá, Pinhão e do Rio Una, que serão interceptadas pelo empreendimento, já se apresentam bastante alteradas em 51 relação às suas características originais, principalmente devido ao histórico de ocupação do entorno, e degradação da vegetação ciliar. Esse impacto é esperado em comunidades de peixes e fitoplâncton, porém, os cursos d’água localizados nas proximidades dos trechos que serão interceptados pelo empreendimento já apresentam intervenções antrópicas consolidadas, com corpos d’água alterados e reduzida qualidade de água. Ainda assim, é conveniente ressaltar que as possíveis interferências das obras de engenharia sobre os corpos d’água, e consequentemente sobre as comunidades aquáticas, limitam-se aos trechos de influência direta da obra e do período de construção. Entretanto, os procedimentos construtivos adotados minimizam o prazo e a intensidade destes impactos sob os corpos d’água, especialmente no que diz respeito à contaminação acidental e ao aumento de turbidez na água, causados pela obra. Quadro de Consolidação IP.6.2: Impactos na fauna aquática dos cursos d’água a serem desviados/canalizados. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.6.3. Alteração no nível e distribuição espacial do riscode contaminação da fauna aquática e edáfica por acidentes com cargas tóxicas Considerando a implantação do empreendimento e o fluxo de transporte de materiais pela rodovia, esse impacto pode ocorrer pelo derramamento de produtos perigosos na via ou áreas do entorno, que podem vir a atingir tanto os 52 cursos d’água, quanto o solo próximo a áreas de mata, afetando espécies da fauna edáfica. Quadro de Consolidação IP.6.3: Alteração no nível e distribuição espacial do risco de contaminação da fauna aquática e edáfica por acidentes com cargas tóxicas. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.7. Impactos Potenciais sobre Unidades de Conservação IP. 7.1. Interferências com Unidades de Conservação O diagnóstico ambiental do meio biótico mostrou que na Área Diretamente Afetada (ADA) e na Área de Influência Direta (AID) não foram observadas Unidades de Conservação, sendo observada apenas na Área de Influência Indireta (AII), a APA Mananciais do Rio Paraíba do Sul, criada pelo Decreto Federal 87.561/82. Isto posto, deve ser observado o previsto no artigo 1º da Resolução CONAMA nº 428, de 17 de dezembro de 2010, que trata da compensação ambiental, prevendo destinação monetária para Unidades de Conservação, quando executadas obras que venham a ser licenciada por meio de EIA-Rima. Desta forma, considerando que as obras não serão realizadas em áreas pertencentes a Unidade de Conservação, e a compensação ambiental prevista na legislação deverá ser realizada, é atribuído a essa forma de interação um impacto de natureza positiva. 53 Quadro de Consolidação IP.7.1: Interferências com Unidades de Conservação. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA AA.3. MEIO SOCIOECONÔMICO IP.8. Impactos Potenciais na Infraestrutura Viária, no Tráfego e nos Transportes IP.8.1. Aumento na circulação de veículos pesados na malha viária local durante a construção Para realização das obras será necessária a utilização da rede viária da AID por veículos pesados, sendo que as vias localizadas no entorno direto das frentes de trabalho são os locais que apresentam maior probabilidade de serem afetadas, assim como as vias que interligam os canteiros de obras às áreas de apoio. A movimentação dos veículos de carregamento também poderá ocasionar o aumento do tempo de fluxo em certas vias, e em alguns momentos até a interdição temporária das mesmas. As vias que mais se aproximam do empreendimento são: o segmento já existente da Rodovia Carvalho Pinto (SP-070), a Rodovia Oswaldo Cruz (SP- 125), e duas estradas municipais (da Boracéia e do Barreiro). Ademais a essas vias, as outras são estradas rurais entre propriedades, geralmente não pavimentadas. A estimativa de utilização deverá se detalhada na próxima etapa, quando definido o plano de ataque das obras. 54 Quadro de Consolidação IP.8.1: Aumento na circulação de veículos pesados na malha viária local durante a construção. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.8.2. Melhoria da acessibilidade entre rodovias da Região Com a implantação do empreendimento será criada uma nova possibilidade de trajeto para viagens na região, com facilidade de acesso do planalto e litoral. O novo traçado disponibilizará ainda dupla faixa de rolamento, serviço superior ao mínimo necessário. Quadro de Consolidação IP.8.2: Melhoria da acessibilidade entre rodovias da Região. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.9. Impactos Potenciais na Estrutura Urbana IP.9.1.Alterações urbanísticas na AII 55 A implantação do novo traçado irá criar uma alternativa de fluxo para a região, principalmente dos veículos provenientes do sistema Ayrton Senna / Carvalho Pinto, Rodovias Oswaldo Cruz (SP-125), Presidente Dutra (BR-116) e Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123, que dá acesso a Campos do Jordão). As áreas no entorno do empreendimento apresentam em grande maioria terrenos vagos e potencial para receber empreendimentos industriais, mas principalmente os voltados a logística e aos serviços terciários a ela relacionados. Essa estrutura já é consolidada nos municípios da AII (Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba, uma vez que o território dos quatro municípios já é cortado pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116), importante corredor de transporte rodoviário, que promove a ligação entre as regiões sul/sudeste e nordeste. Quadro de Consolidação IP.9.1: Alterações urbanísticas na AII. Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.9.2. Alterações urbanísticas na AID Os potenciais impactos urbanísticos observados na AID relacionam-se a alteração da paisagem, e no uso do solo. A rodovia irá funcionar como uma barreira à expansão urbana definida no Plano Diretor do município de Taubaté, fato que será minimizado com a implantação de 3 transposições ao longo traçado, além das interseções com o segmento existente da SP-070 e com a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125). 56 Quadro de Consolidação IP.9.2: Alterações urbanísticas na AID Natureza Positivo Negativo Aplicabilidade Direto Indireto Ocorrência Certa Provável Inexistente Prazo Imediato Curto Médio Longo Espacialidade Localizado Disperso Duração Temporário Permanente Cíclico Reversibilidade Reversível Irreversível Magnitude Pequena Média Grande Localização AII AID ADA IP.9.3. Alterações dos valores imobiliários É sabido que lucro ou renda da terra é obtida da diferença entre o preço de compra e o preço de venda com a edificação, como acontece nas incorporações imobiliárias. Apenas os terrenos vagos têm seu preço continuamente atualizado, até o momento em que se dêem as condições para a implantação do uso certo no momento certo, quando é definido o seu valor locacional. É importante também ressaltar que certas áreas podem ser valorizadas para fins comerciais, ao passo que outras podem ser valorizadas para fins residenciais. Os corredores de transportes coletivos costumam sempre atrair os estabelecimentos terciários, o que acontece tanto nos bairros mais ricos quanto nos mais pobres, pois existem diferentes cadeias do setor terciário conforme o padrão de renda do consumidor. Quanto menor o padrão de renda das
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