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Grupo G_RIMA_Prolongamento Rod Carvalho Pinto

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PROJ. Equipe Técnica 10 / 12 / 12 
VERIF. Leticia Orsi 11 / 12 / 12 VERIF. Jairo Silveira 13 / 12 / 12 
APROV. Eduardo Campos 11 / 10 / 12 APROV. Flávio Freitas 13 / 12 / 12 
CONCESSIONÁRIA DAS RODOVIAS 
 AYRTON SENNA E CARVALHO PINTO S/A – ECOPISTAS 
OBRA: 
Prolongamento da Rodovia Governador Carvalho Pinto (SP-070) 
Segmento de 7,8 quilômetros de extensão, que deverá promover 
a ligação do km 126+500 da Rodovia SP-070, chegando no 
km 5+300 da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) 
Município de Taubaté 
TÍTULO: ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO 
SOBRE O MEIO AMBIENTE (RIMA) 
DEZEMBRO/2012 
N.º DO CLIENTE: EC06 N.º GEOTEC: EC03-RT008 FOLHA: 84 REV. 0 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 3 
1.1 O Empreendedor ......................................................................................... 4 
1.2 Empresa Responsável pelo EIA/RIMA ............................................................. 4 
2. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 4 
3. JUSTIFICATIVAS PARA O PROLONGAMENTO DA SP-070 ........................................... 5 
4. AS ALTERNATIVAS ESTUDADAS............................................................................. 6 
5. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROJETO ..................................................... 7 
5.1 Características Geométricas .......................................................................... 7 
5.2 Interseções e Obras de Arte Especiais (OAE) .................................................. 8 
5.3 Drenagem .................................................................................................. 8 
5.4 Terraplanagem ............................................................................................ 9 
5.5 Atividades relevantes na implantação do projeto ............................................ 10 
6. O PRAZO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS E OS CUSTOS GERAIS .................................... 11 
7. O DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................... 11 
7.1 Áreas de Influência ..................................................................................... 11 
7.2 Estudos do Meio Físico ................................................................................ 13 
7.3 Estudos do Meio Biótico ............................................................................... 21 
7.4. Estudos do Meio Socioeconômico ................................................................. 24 
8. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .............................................................. 33 
AA.1. MEIO FÍSICO .......................................................................................... 37 
AA.2. MEIO BIÓTICO ........................................................................................ 47 
AA.3. MEIO SOCIOECONÔMICO ......................................................................... 53 
9. PROGRAMAS E MEDIDAS AMBIENTAIS .................................................................. 70 
9.1. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL........................................................ 71 
9.2. PROGRAMA DE DESAPROPRIAÇÃO E APOIO À POPULAÇÃO AFETADA ............... 72 
9.3. PROGRAMA DE CONTROLE AMBIENTAL DAS OBRAS (PCA) ............................. 73 
9.4. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ÁGUA, FAUNA E FLORA ......................... 74 
9.5. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ......................... 77 
9.6. PROGRAMA DE PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL .......... 78 
9.7. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................ 78 
9.8. PROGRAMA DE SUPERVISÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL DAS OBRAS ...... 79 
9.9. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO E PLANO DE AÇÃO 
EMERGENCIAL ................................................................................................. 79 
9.10. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA OPERAÇÃO ..................................... 80 
10. PROGNÓSTICO AMBIENTAL E CONCLUSÕES ......................................................... 81 
11. EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................. 84 
 
 
 
 3 
1. APRESENTAÇÃO 
Desde junho de 2009 a Concessionária ECOPISTAS tornou-se responsável pela 
administração do Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto. 
 
Esse corredor rodoviário promove a ligação entre a região metropolitana de São 
Paulo e o Vale do Paraíba, sendo utilizado para acesso às praias do Litoral Norte 
e a região serrana de Campos do Jordão. As rodovias Ayrton Senna e Carvalho 
Pinto são utilizadas também como alternativas de acesso à cidade de Aparecida e 
Estado do Rio de Janeiro. 
O Prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto compreende segmento de 7,8 
quilômetros de extensão, partindo do km 126+500 desta rodovia, e chegando no 
km 5+300 da Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), município de Taubaté. 
Irá permitir que os fluxos de veículos destinados ao Litoral Norte, especialmente 
à região de Ubatuba, possam acessar a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) sem 
usar o sistema viário urbano de Taubaté, bem como segmento da Rodovia 
Presidente Dutra (BR-116) entre o km 117 ao km 123+500, que intercepta 
porção do perímetro urbano daquele município. 
 
 
 
 
 4 
1.1 O Empreendedor 
Concessionária das Rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto S/A – ECOPISTAS 
(www.ecopistas.com.br) 
CNPJ: 10.841.050/0001-55 
Endereço: Rodovia Ayrton Senna (SP-070), Km 32, s/nº, Pista Oeste 
Município de Itaquaquecetuba – SP CEP: 08.578-010 
Contato: Jairo Luiz Silveira 
Fone: (11) 4359-6088 
1.2 Empresa Responsável pelo EIA/RIMA 
Os estudos ambientais relacionados ao processo de licenciamento ambiental do 
Prolongamento da SP-070 foram elaborados por uma equipe composta por 
diversos especialistas, de diferentes áreas de atuação, sob a coordenação da 
empresa: 
GEOTEC Consultoria Ambiental LTDA. 
CNPJ: 03.063.067/0001-63 
Inscrição Estadual: Isento 
Endereço: Rua Estado de Israel, nº 30, Vila Clementino - São Paulo-SP 
Fone/Fax: (11) 5573-7386 
Representante Legal: Geólogo Fernando Facciolla Kertzman (CREA 0601488426) 
 
2. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
Atualmente, a Rodovia SP-070 é composta pelos segmentos denominados Ayrton 
Senna e Carvalho Pinto, tendo início no km 11+190, ao final da Marginal Tietê, 
cidade de São Paulo; e o final no km 130+400, no entroncamento com a Rodovia 
Presidente Dutra (BR-116), em Taubaté. 
 
 
 5 
O Prolongamento da Rodovia SP-070 está previsto para ser realizado até a 
Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), perfazendo 7,8 km de extensão. 
A implantação será concebida com duas pistas de rolamento separadas por 
canteiro central, e com duas faixas de tráfego por sentido (Leste e Oeste). 
 
 
3. JUSTIFICATIVAS PARA O PROLONGAMENTO DA SP-070 
O Corredor de transporte formado pelas Rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, 
com seus 134,9 km de extensão, apresenta ligações de importantes regiões, 
como o Vale do Paraíba, Litoral Norte de São Paulo, região de Campos do Jordão, 
Rio de Janeiro e futuramente com o Rodoanel (através da Avenida Jacú-
Pêssego). 
O fluxo do transporte regional é suprido por excelente malha rodoviária, com 
destaque para a Rodovia Presidente Dutra, que liga o estado de São Paulo ao Rio 
de Janeiro; o Sistema Ayrton Senna / Carvalho Pinto, que tem traçado paralelo à 
Rodovia Dutra, até o município de Taubaté; e a Rodovia Dom Pedro I, que faz o 
elo entre Campinas e a região norte do Estado de São Paulo. 
 
 
 6 
A principal função do prolongamento da Carvalho Pinto é permitir que os fluxos 
de veículos destinados ao Litoral Norte, especialmente à região de Ubatuba, 
possam acessar a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) sem usar o sistema viário 
urbano de Taubaté, bem como segmentoda Rodovia Presidente Dutra (BR-116) 
entre o km 117 ao km 123+500, que intercepta porção do perímetro urbano 
daquele município. O prolongamento da SP-070 irá promover ainda economia 
significativa de percurso aos usuários. 
 
 
4. AS ALTERNATIVAS ESTUDADAS 
O Estudo de Alternativas para o Prolongamento da 
Rodovia Carvalho Pinto considerou 5 alternativas de 
traçado. 
Para auxiliar na escolha do melhor traçado, foi 
realizado o mapeamento das Restrições Ambientais 
da região, para identificar os impactos resultantes de 
cada uma das alternativas estudadas. 
Desta forma, foi realizada análise dos parâmetros 
socioambientais que compõem os três meios de estudo (Biótico, Físico e Sócio-
Econômico), por meio de mapeamento digital, utilizando sobreposição de 
informações. 
Rodovias: 
Dom Pedro I (SP065) 
Ayrton Senna (SP070) 
Carvalho Pinto (SP070) 
Presidente Dutra (BR116) 
Oswaldo Cruz (SP125) 
Empreendimento 
 
 
 7 
Após a ponderação de todas as intervenções citadas, os traçados foram então 
classificados como mais ou menos restritivos. 
Frente a essa metodologia, foi possível concluir que a Alternativa 2 (denominada 
no estudo de Dersa Melhorado) representa o traçado que irá ocasionar menores 
impactos socioambientais decorrentes da implantação e operação do 
Prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto até a Oswaldo Cruz. 
Foi também analisada como alternativa a não implantação da Rodovia (chamada 
de Alternativa Zero). Porém, essa situação alinhada ao fator de crescimento da 
região faria com que o nível de serviços das rodovias que interceptam o núcleo 
urbano de Taubaté atingisse patamares elevados de saturação, não comportando 
o tráfego rodoviário, inibindo o crescimento da região. 
 
5. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PROJETO 
5.1 Características Geométricas 
O projeto geométrico do prolongamento da SP-070 até o encontro com a rodovia 
Oswaldo Cruz (SP-125) foi desenvolvido satisfazendo os critérios exigidos para 
rodovias de classe zero. 
A seção tipo adotada para o segmento do prolongamento apresenta quatro faixas 
de 3,6m de largura, sendo duas por sentido, separadas por canteiro central. A 
largura do acostamento interno (ou faixa de segurança - FS) é de 1,0 m e 
acostamento externo de 3,0 m. 
 
 
 
 8 
5.2 Interseções e Obras de Arte Especiais (OAE) 
O projeto de implantação do Prolongamento da SP-070 prevê a execução de 
obras de artes especial em cinco trechos da nova rodovia. Serão quatro viadudos 
(passagem inferior ou superior), e uma ponte. 
 
 
Tipo Descrição Área de Tabuleiro 
Passagens de Veículos 
entre bairros 
Passagem Inferior (PI) 1.260 m² 
Retorno de Veículos e 
Transposição da Estrada do 
Barreiro 
Passagem Inferior (PI) 960 m² 
Transposição do 
prolongamento da SP-070 
Passagem Superior (PS) 720 m² 
Entroncamento com a 
Rodovia Oswaldo Cruz (SP-
125) 
Passagem Inferior (PI) 649 m² 
 6.552 m² 
 
5.3 Drenagem 
O padrão de rodovia classe zero, que é o caso do Prolongamento da SP-070, 
pressupõe um projeto de drenagem que redirecione o escoamento original das 
águas superficiais, de maneira a recompor a situação de drenagem natural do 
terreno, sem interferir nas condições de segurança rodoviária da pista. 
 
 
 
 9 
- Ponte sobre o Ribeirão Itaim 
A transposição do Ribeirão Itaim será realizada por meio de Pontes (uma em 
cada sentido da via). 
- Sistema de Drenagem da Rodovia 
Adicionalmente às transposições de cursos d’água, o sistema de drenagem da 
rodovia contempla, genericamente, os seguintes dispositivos: 
• valetas de proteção de corte e aterro; 
• valetas de banquetas e bermas; 
• sarjetas de pé de corte; 
• sarjetas de bordo de aterro; 
• valetas de canteiro central; 
• caixas coletoras; 
• bocas de lobo; 
• escadas hidráulicas; 
• bueiros de greide; 
• galerias; 
• dispositivos de amortecimento. 
No que tange aos dispositivos de drenagem profunda e de pavimento, são 
previstos drenos de talvegue, sub-horizontais, longitudinais profundos e drenos 
longitudinais e transversais de pavimento, em todos os casos que as condições 
locais indiquem a sua necessidade. 
 
5.4 Terraplanagem 
A implantação do prolongamento prevê a execução de obras de terraplanagem 
para a readequação geométrica do terreno, por meio da compensação entre os 
volumes de corte e aterro com material existente na própria faixa de domínio. 
 
 
 10 
O volume de bota-fora previsto é de 603.998 m³, sendo 
que 459.200 m² são provenientes da limpeza de terreno. 
Está previsto corte de 2.300.000 m³ e aterro de 
1.991.439 m³. 
As áreas destinadas ao depósito de material excedente 
(DME) e as jazidas de material de empréstimo (AE) serão 
exploradas dentro da futura faixa de domínio, projetada 
com largura mínima de 100 m. 
 
5.5 Atividades relevantes na implantação do projeto 
- Desapropriação 
A quantificação feita com base na etapa atual de projeto indica que, para a 
execução das obras de Prolongamento da SP-070, será necessária 
desapropriação de cerca de 75% da área diretamente afetada, uma vez tratar-se 
de implantação de nova rodovia (os 25% restantes referem-se aos 
entroncamentos, que serão executados junto às faixas de domínio público – 
Faixas de Domínio da SP-070 e da Rodovia Oswaldo Cruz e Estradas Municipais 
da Boracéia e do Barreiro. 
-Contratação de mão-de-obra 
A geração de vagas de emprego é o principal aspecto 
ambiental associado a essa etapa. A mão-de-obra a ser 
empregada nas obras será variável, dependendo das 
etapas a serem desenvolvidas. 
Entretanto, a contratação de mão-de-obra total estimada 
para a execução das obras é de 230 funcionários diretos, 
podendo-se esperar ainda a geração de cerca de 200 
empregos indiretos, totalizando aproximadamente 430 postos de trabalho. 
 
 
 
 
 11 
-Áreas de Apoio 
Na maior parte dos trechos de projeto, os volumes de aterros serão 
compensados pelos volumes de cortes. Os materiais excedentes de 
terraplenagem serão destinados aos bota-foras localizados nas áreas internas 
dos ramos das interseções projetadas. Serão selecionadas também áreas de 
empreendimentos contíguas ao eixo de projeto, que necessitam de volumes para 
nivelamento de suas plataformas. 
 
6. O PRAZO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS E OS CUSTOS GERAIS 
O período de execução das obras está previsto para 24 
meses, tendo início no mês subsequente à emissão da Licença 
Ambiental de Instalação. 
A estimativa de custo total para a execução do 
empreendimento é de R$ 145.202.250,00 (cento e quarenta e 
cinco milhões, duzentos e dois mil e duzentos e cinquenta 
reais). 
 
7. O DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
O objetivo desse capítulo é apresentar os principais aspectos relacionados aos 
meios físico, biótico e socioeconômico, passíveis de sofrerem alterações com a 
implantação do prolongamento da Rodovia SP-070. 
 
7.1 Áreas de Influência 
Segundo a Resolução CONAMA nº 01/86, a “área de influência” de um 
empreendimento corresponde à área geográfica a ser direta ou indiretamente, 
afetada pelos impactos gerados no processo de planejamento, implantação e 
operação do mesmo. 
 
 
 12 
Para o desenvolvimento do presente estudo, em especial o diagnóstico e a 
análise de impactos ambientais, optou-se pela adoção de três níveis de 
abrangência: 
 Área de Influência Indireta (AII); 
 Área de Influência Direta (AID); e 
 Área Diretamente Afetada (ADA). 
Como forma de melhor avaliar os impactos, foram utilizadas duas áreas distintas 
para a caracterização da Área de Influência Indireta, sendo uma para o 
diagnóstico do meio socioeconômico, e outra para o diagnóstico dos meios físico 
e biótico. 
Para o meio socioeconômico a AII foi caracterizada pelos municípios de Taubaté 
(interceptado pelas obras), Caçapava, Tremembé, e Pindamonhangaba visto que 
tais localidades poderão sofrer alterações em função da reestruturação do 
tráfego regional, além da possibilidade de utilização da mão de obra provenientedesses municípios vizinhos. 
Para os meios físico e biótico foi adotado o conceito de bacias hidrográficas para 
a delimitação da área de análise, considerando a área do município de Taubaté, 
que apresenta contribuição para três sub-bacias componentes da UGRHI 2: Sub-
Bacia do Ribeirão do Pinhão, Sub-Bacia do Ribeirão Piracaguá e Sub-Bacia do Rio 
Una. Todas elas deságuam na margem oriental do Rio Paraíba do Sul. 
Assim como na AII, optou-se por utilizar delimitação de AID diferente para o 
meio socioeconômico, com relação aos meios físico e biótico. A AID do meio 
socioeconômico é então constituída por 07 setores censitários do IBGE, 
localizados no entorno imediato do empreendimento. 
Para a delimitação da AID dos meios físico e biótico também foi adotado o 
conceito de bacias hidrográficas, agora com enfoque local, uma vez que sua 
abrangência tem extensão variável, de acordo com as microbacias interceptadas 
pelo empreendimento. 
E por fim, a ADA corresponde àquela área onde ocorrerão as intervenções diretas 
decorrentes das obras de implantação e posteriormente operação do 
 
 
 13 
empreendimento. Com base nesta definição, a ADA configura a abrangência da 
futura faixa de domínio da rodovia, com cerca de 105 hectares. 
A seguir pode ser observada figura que demonstra a delimitação das Áreas de 
Influência do empreendimento. 
 
 
As Resoluções CONAMA nº 01/86 e nº 237/97, que regulamentam a exigência de 
estudos de impacto ambiental no Brasil, distinguem os três meios que, para 
efeito de abordagem do ambiente, devem ser considerados: Meio físico, Meio 
biótico e Meio Socioeconômico. 
 
 
 14 
7.2 Estudos do Meio Físico 
7.2.1. Clima e Meteorologia 
Na Área de Influência Indireta do empreendimento predomina o clima subtropical 
de altitude, com inverno seco e verão ameno. A temperatura média do mês mais 
quente é inferior a 22ºC. 
O regime pluviométrico possui relação direta com a ação das massas de ar, 
sendo os anos mais secos relacionados com a maior atuação das massas 
intertropicais, e os anos mais chuvosos relacionados com maior atuação da 
massa polar (cerca de 70 a 80% das chuvas) e os anos de pluviosidade média há 
um equilíbrio entre as intertropicais e a polar. 
Em 2011, os índices pluviométricos da UGRHI 02 estiveram dentro do padrão 
esperado (1.376 mm) em relação a média histórica, período entre 1993 a 2010 
(1.380 mm). 
 
Fonte: CETESB, 2012. 
 
7.2.2. Qualidade do Ar e Emissões 
Atmosféricas 
A qualidade do ar é medida por meio de padrões 
que visam monitorar a poluição atmosférica e as 
condições em que se encontra o ar respirado pela população. 
 
 
 15 
Conforme o Inventário de Emissões de Fontes Estacionárias no estado de São 
Paulo, estima-se que em 2010 a UGRHI 02, tenha produzido em torno de 
9,65 toneladas de monóxido de carbono e 10,25 toneladas de óxidos de enxofre. 
Pesquisas revelam que no município de Taubaté, dados de material particulado 
(MP) e dióxido de enxofre (SO2) do ar não se encontram saturado. Com relação 
ao Ozônio, o município foi classificado com base nas medições realizadas em São 
José dos Campos, resultando em índices de saturação severa. 
 
7.2.3. Geologia, Geomorfologia e Relevo 
De acordo com a divisão Geomorfológica do Estado de São Paulo, a AII está 
inserida no Planalto Atlântico, que caracteriza-se como a porção do estado 
paulista com as altitudes mais elevadas (em alguns pontos a elevação chega a 
superar 2.000 metros). Essa característica altimétrica está relacionada com o 
soerguimento dos maciços antigos e que constituem uma estrutura geológica 
irregular, arqueada, fraturada e falhada. 
A AII está inserida entre duas sub-zonas, a Depressão do Médio 
Paraíba (Bacia Sedimentar de Taubaté) e o Planalto de Paraitinga/Paraibuna. 
Apesar desse fato, na ADA do empreendimento notou-se uma relativa 
homogeneidade no relevo. Em geral os topos dos morros apresentam formas 
convexas associadas à Depressão do Médio Paraíba. A elevação do terreno oscila 
entre 570 a 700 metros de altitude em relação ao nível do mar, apresentando 
uma amplitude de apenas 130 metros. 
Observou-se que em cerca de 85% da ADA, predominam declividades de até 
12°, distribuídas entre as classes 0 a 6° (37,7%) e 6 a 12° (47,9%). 
O intervalo entre 12 a 18° abrange cerca de 12% da ADA, e somente 2,5% da 
ADA possui declividade variando entre 18 e 45°. Ressaltando que não foram 
identificadas declividades superiores a 45° na ADA. 
 
 
 
 
 16 
 
7.2.4. Patrimônio Espeleológico 
Refere-se ao conjunto de elementos representados pelas cavidades naturais 
subterrâneas, formadas em maciços rochosos. Podem ocorrer nas litologias mais 
variadas, porém com mais frequência nas formações rochosas carbonáticas, 
através da penetração da água nas zonas de fraqueza da rocha, que sofrerá o 
processo de intemperismo (relevo cárstico). 
Segundo o Mapa de Potencialidade de Cavernas disponibilizado pelo CECAV, a 
potencialidade de ocorrência de cavernas na AII do empreendimento é 
considerada de improvável a média. 
 
 
 
 17 
 
 
7.2.5. Pedologia 
 
Na AID os solos se relacionam com relevos 
suaves ondulados a ondulados. Predominam 
os Latossolos Vermelho Amarelo, classificados 
como LVA40. Existe ainda uma pequena área 
junto a Rodovia Oswaldo Cruz, onde 
predominam os Argissolos Vermelho 
Amarelos, PVA66. De forma geral são solos 
bem drenados, com ausência ou pouca 
cerosidade, mesmo no horizonte B. 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
7.2.6. Geotecnia 
Conforme a Carta Geotécnica do Estado de São Paulo, mais de 68% da AID 
apresenta potencial para manifestações de problemas de fundação e estabilidade 
de taludes por expansão/contração nos materiais do subsolo; 19% mostram alto 
potencial à suscetibilidade a inundações recalques, assoreamento, solapamento das 
margens dos rios; e em 12% do território da AID pode oferecer Alta suscetibilidade 
à erosão nos solos subsuperficiais, induzida por movimentos de terra. Essa 
ultima porção da AID ainda pode oferecer Média suscetibilidade a 
escorregamentos (exclusivamente induzidos). 
 
 
 
 
 
 
 19 
7.2.7. Recursos Hídricos Superficiais 
Os principais cursos d’água afetados pelo 
empreendimento são: Córrego Boçoroca (km 
126+830), Ribeirão Piracaguá (km 
128+630), Ribeirão do Pinhão (km 131+180) 
e Ribeirão Itaim (km 133+360), sendo esse 
último o mais caudaloso na área das 
intervenções. 
 
7.2.8. Recursos Hídricos Subterrâneos 
As Áreas de Influência do empreendimento encontram-se exclusivamente sobre 
o aquífero Taubaté. 
 
 
 
 20 
7.2.9. Passivos Ambientais 
Foi realizada vistoria de campo para 
classificação de eventuais Passivos 
Ambientais existentes na área de 
inserção do empreendimento. 
10 Passivos Ambientais foram 
cadastrados, reportando a existência 
de processos erosivos, erosões, 
solapamentos e assoreamento de 
cursos d’água. 
 
7.2.10. Potencial de Ruído 
Neste diagnóstico foram realizadas 
medições do nível de ruído em 7 locais 
ao longo do traçado do Prolongamento 
da SP-070. 
Nos locais analisados, o nível máximo 
de ruído permitido pela Legislação, é de 
60 dB(A). Todas as medições realizadas 
encontraram-se abaixo do nível 
máximo permitido. 
 
 
 
 
 21 
7.3 Estudos do Meio Biótico 
7.3.1. Caracterização da Flora 
A área de estudo apresenta vegetação de Savana e Floresta Atlântica, com a 
presença de Floresta Ombrófila Densa 
Montana e Florestal Estacional Semidecidual. 
Na Área Diretamente Afetada pelo 
empreendimento, foi registrada formação 
florestal com características predominantes 
de Mata Atlântica, do tipo Floresta Ombrófila 
Densa 
Montana. 
A cobertura de vegetação florestal nativa 
(vegetação em estágio pioneiro, fragmentos 
florestais em estágio inicial e em estágio 
médio de regeneração) representa 5% da 
ADA, sendo prevista a interceptação de 3 
fragmentos florestais principais. 
O primeirodeles está próximo a estaca 560 do projeto. Encontra-se em estágio 
médio de regeneração natural, e sua vegetação se caracteriza por Floresta de 
Transição de Floresta Ombrófila Densa Montana/ Savana. Será necessário 
suprimir 0,18 ha desse framento. 
O segundo fragmento ocorre na Área de 
Preservação Permanente do Ribeirão 
Piracaguá, e também se caracteriza como 
Floresta de Transição de Floresta Ombrófila 
Densa Montana/ Savana. Será necessário 
suprimir totalmente esse fragmento, que 
apresenta área total de 0,88 ha (0,5 ha de 
área em estágio inicial de regeneração 
natural e 0,38 ha de área em estágio médio de regeneração natural). 
 
 
 22 
O terceiro fragmento está localizado na APP do Ribeirão Itaim, e se apresenta 
como vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa Montana. O total a ser 
suprimido deste fragmento é 1,22 ha, sendo que ele apresenta áreas em estágio 
inicial e médio de regeneração natural, além de vegetação pioneira. 
Para identificação dos fragmentos florestais inseridos na ADA e AID do 
empreendimento, foi realizado Inventário Florestal da vegetação nativa em 20 
parcelas amostrais de 10m x 20m cada (200 
m²/unidade amostral), onde foi possível 
amostrar 4.000 m² de área no total. 
No conjunto, 891 indivíduos vegetais foram 
amostrados durante o levantamento florístico, 
e identificadas 190 espécies distintas, 
pertencentes a 131 gêneros e 67 famílias. 
Quanto aos exemplares arbóreos que ocorrem 
isoladamente, ao longo da ADA do 
empreendimento verificou-se que dentre as espécies mais ocorrentes, estão: 
aroeira-pimenteira, palmeira-jerivá, ipês, barbatimão, tamanqueira-do-cerrado e 
mamica-de-porca. 
 
7.3.2. Caracterização da Fauna 
A intensa ocupação antrópica e o reduzido 
percentual de vegetação remanescente na ADA 
e seu entorno direto levaram à redução da 
diversidade faunística. 
Foram realizadas observações da Fauna pelos 
métodos de entrevistas e de observação 
direta. O levantamento realizado mostrou um 
baixo número de espécies da fauna, sendo 
 
 
 23 
estas, em sua maioria, generalistas e/ou oportunistas, capazes de se adaptar às 
mais diversas condições ambientais, bem como, sobreviver em ambientes 
altamente perturbados. 
O Projeto para Levantamento da Fauna na AID e ADA do referido estudo 
encontra-se em análise junto ao Centro de Fauna Silvestre (CFS) da Secretaria 
de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. 
 
7.3.3. Áreas de Preservação Permanente - APP 
As matas ciliares inseridas nas áreas de preservação permanente são de extrema 
importância para a manutenção da qualidade das águas, redução da erosão junto 
das margens dos cursos d’água, manutenção 
da diversidade biológica e controle do regime 
hidrológico de bacias hidrográficas, além da 
melhoria do aspecto paisagístico. 
Na ADA, haverá intervenção em 16,36 ha de 
APP, ocupados principalmente por pastagem 
(75% das áreas). A segunda maior 
ocorrência nas APPs é entretanto de 
Fragmentos Florestais em Estágio inicial de regeneração natural (1,95 ha que 
correspondem a 12% do total de áreas de APP). Verificou-se que as APPs na ADA 
já se encontram bastante degradadas devido à intensa ocupação antrópica, com 
prejuízo de grande parte de suas funções ambientais. 
 
7.3.4. Unidades de Conservação 
Na Área Diretamente Afetada, não haverá intervenção direta sobre Unidades de 
Conservação ou demais espaços especialmente protegidos, integrantes do 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, constituído 
por meio da Lei nº 9.985/00. 
 
 
 24 
7.4. Estudos do Meio Socioeconômico 
7.4.1. Aspectos Demográficos 
 
Os municípios de Caçapava, 
Pindamonhangaba, Taubaté e 
Tremembé constituem a AII do meio 
socioeconômico, e integram a Região 
Administrativa de São José dos 
Campos, juntamente com outros 35 
municípios. 
 
 População 
Em decorrência das características de industrialização/urbanização dessa região 
administrativa, os municípios da AII apresentam atualmente população 
predominantemente urbana. 
 
 
 
 
 
 
0 
50 
100 
1
9
8
0
 
1
9
9
0
 
2
0
0
0
 
2
0
1
0
 
1
9
8
0
 
1
9
9
0
 
2
0
0
0
 
2
0
1
0
 
1
9
8
0
 
1
9
9
0
 
2
0
0
0
 
2
0
1
0
 
1
9
8
0
 
1
9
9
0
 
2
0
0
0
 
2
0
1
0
 
1
9
8
0
 
1
9
9
0
 
2
0
0
0
 
2
0
1
0
 
Pop. Urbana Pop. Rural 
 
CAÇAPAVA PINDAMONHANGABA TAUBATÉ TREMEMBÉ RA-SJC 
 
 
 25 
Na ADA, a população foi caracterizada por meio de pesquisas de campo 
(entrevistas). Dentre as 186 propriedades a serem diretamente afetadas pelo 
empreendimento, 134 (ou 72% das propriedades) constituem lotes ainda não 
ocupados, inseridos em loteamentos recentes, característicos da área de 
expansão urbana do município de Taubaté. 
 
 Densidade Demográfica 
A Densidade Demográfica trata do valor da 
população total residente em relação a área 
ocupada por esta população, geralmente 
mensurada em habitantes/km². 
Com referência ao ano de 2010, a 
densidade demográfica dos municípios de 
Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé juntos, que correspondem a 
Área de Influência Indireta do empreendimento, resulta em 287,1 
habitantes/km² (IBGE, 2010). Isoladamente apresentam densidade demográfica 
de 228,9 habitantes/km²; 201,1 habitantes/km²; 444,8 habitantes/km² e 212,7 
habitantes/km² respectivamente. 
Estes valores são altos quando comparados aos obtidos para o estado de São 
Paulo (perto de 165 habitantes/km²), demonstrando a elevada taxa de ocupação 
dos municípios onde estará inserido o empreendimento em análise. Juntos, 
Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé representam 24% de toda a 
área da Região Administrativa de São José dos Campos. 
No entanto, existem somente 09 residências com moradores fixos ao longo da 
ADA, distribuídas em 05 propriedades diferentes. Apesar do elevado número de 
propriedades a serem afetadas (186 no total), a maioria delas pertencem a 
loteamentos recentes, e ainda não possuem residências construídas. Essa 
configuração se materializa na paisagem ao redor da ADA, com fisionomia 
transicional, elementos urbanos e rurais inseridos em uma mesma porção do 
espaço, inserida na zona de expansão urbana do município de taubaté. 
 
 
 26 
7.4.2. Infraestrutura Social e Serviços 
Abastecimento de água e Esgotamento sanitário 
A Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo é uma 
empresa de economia mista responsável pelo fornecimento de água, coleta e 
tratamento de esgotos de 363 municípios do Estado de São Paulo, dentre eles 
Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Tremembé. 
Em Caçapava, Pindamonhangaba e Tremembé ela assumiu os serviços de água e 
esgoto no ano de 1975 e em Taubaté sua atuação foi a partir de 1982. 
 
Resíduos Sólidos 
Grande parte dos resíduos gerados em Caçapava é coletada por empresa 
terceirizada (Pioneira), que destina o que coleta a aterros sanitários da região 
(município de Tremembé), também particulares, pois no município não há aterro 
licenciado. 
Em Pindamonhangaba todos os bairros do Município contam com a coleta de lixo 
reciclável. O reaproveitamento destes materiais evita a contaminação do meio 
ambiente, economiza importantes recursos naturais como árvores, petróleo e 
minerais, aumentam a vida útil do Aterro Sanitário Municipal, além de criar 
empregos para pessoas carentes. 
No município de Taubaté o aterro sanitário recebe aproximadamente 195 
toneladas diárias de resíduos domésticos, e outras 400 toneladas de entulho da 
construção civil. 
E em Tremembé o aterro sanitário tem 1,5 milhão de metros quadrados. É 
administrado por uma empresa privada (SASA - Sistemas Ambientais), em 
parceria com a prefeitura. O aterro tem projeto de Mecanismo de 
Desenvolvimento Limpo - MDL para o biogás, que é coletado, tratado, queimado 
ou reaproveitado como insumo energético. 
 
 
 
 27 
Transporte 
Ainda que os municípios da RA-SJC não sejam totalmente conurbados, a região é 
servida por umsistema viário e de transporte que propicia intensa articulação 
dos espaços urbanos, além da integração funcional das estruturas produtivas. 
A AII é servida pelas rodovias Presidente Dutra (BR-116), Carvalho Pinto (SP-
070), Oswaldo Cruz (SP-125), Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) e João do 
Amaral Gurgel (SP-103). A região também é servida pela Rede Ferroviária 
Federal que interliga com os portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória. 
 
Condições Domiciliares 
Segundo dados do IBGE, entre os anos de 2000 e 2010, houve aumento de 28% 
na quantidade de domicílios particulares permanentes na RA-SJC. O número 
absoluto partiu de 534.725 domicílios no primeiro período analisado, para 
684.580 domicílios no ano de 2010. 
No município de Caçapava, essa expansão no quantitativo de domicílios foi 
menos expressiva, em cerca de 25%, em Tremembé foi de 25,1% e em Taubaté 
de 26,10%. E em Pindamonhangaba foi significativamente superior, atingindo 
33% de aumento. 
 
Saúde 
Segundo dados do Ministério da Saúde, Departamento de Informática do Sistema 
Único de Saúde – DATASUS, no ano de 2010 havia 52 unidades de atenção 
básica de saúde no município de Taubaté, responsáveis por atender à população 
de 278.379 pessoas. Em Caçapava havia 16, em Pindamonhangaba 20 unidades. 
Em Tremembé, foram registradas apenas 7 unidades de atenção básica de 
saúde, o mais baixo dos municípios da AII, responsáveis por cerca de 41 mil 
habitantes. 
 
 
 
 
 28 
Educação 
No índice de analfabetismo da população de 15 anos ou mais se consideram as 
pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e 
escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as 
que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram. 
Em 2000 esse índice da RA-SJC era de 6,22%. Esta taxa ficou ligeiramente 
inferior à média estadual que alcançou 6,64%. Essa tendência foi observada em 
todos os municípios pertencentes à AII: Caçapava ficou com 6,12%, 
Pindamonhangaba 5,57%, Taubaté 4,82% e Tremembé 5,57%. 
 
7.4.3. Indicadores de Qualidade de Vida 
 IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 
O IDHM é um indicador sintético de qualidade de vida que, de forma simplificada, 
soma e divide por três os níveis de renda, longevidade e educação de 
determinado município. 
O IDHM se situa entre 0 e 1, sendo: 
Baixo desenvolvimento humano - quando o IDHM for menor que 0,500; 
Médio desenvolvimento humano - para valores entre 0,500 e 0,800; 
Alto desenvolvimento humano - quando o índice for superior a 0,800. 
No ano de 2000 os municípios da AII apresentaram Índice de Desenvolvimento 
Humano superior ao índice estadual, enquadrando-se como alto desenvolvimento 
humano (índices superiores a 0,800). 
Localidade IDHM no ano de 2000 Lugar no Ranking estadual1 
Taubaté 0,837 21 
Caçapava 0,834 25 
Tremembé 0,834 25 
Pindamonhangaba 0,814 83 
Total para o Estado de São Paulo 0,814 -- 
 
 
 
 
 29 
 Índice de Mortalidade Infantil 
Um indicador muito importante para a análise do Índice de Desenvolvimento 
Humano é a Mortalidade Infantil, que corresponde ao número de crianças que 
vão a óbito antes de atingir um ano de idade. 
No Estado de São Paulo, o percentual de mortalidade infantil diminuiu muito nas 
últimas décadas, passando de 16,97 em 2000 para 11,55 em 2011. 
Em relação ao índice de mortalidade infantil nos municípios da AII, também 
houve uma melhora significativa entre os anos de 2000 e 2011. 
Localidade 
Taxa de Mortalidade Infantil (Por mil nascidos vivos) 
2000 2011 
Tremembé 12,41 10,52 
Pindamonhangaba 12,75 10,64 
Taubaté 13,49 10,52 
 Caçapava 17,97 11,40 
Estado de SP 16,97 11,55 
 
7.4.4. Atividades Econômicas 
Várias alternativas de desenvolvimento são a marca da Região Administrativa de 
São José dos Campos. Estão ali, por exemplo, o núcleo da indústria aeronáutica 
brasileira, avançados centros de pesquisa, a forte indústria automobilística, 
redutos turísticos procurados ao longo de todo o ano. A região tem bases sólidas 
para sedimentar sua importância econômica. 
A economia apresenta um cenário heterogêneo. Às margens da Rodovia 
Presidente Dutra há diversos municípios industrializados, dotados de sofisticada 
infraestrutura urbana; mais distantes dela, outros municípios apoiam-se 
basicamente na agricultura de subsistência. Mesmo com esse quadro, a 
participação regional no PIB da RA-SJC em relação ao Estado é bem significativa: 
5,18% do total, segundo os dados de 2010 da Fundação Seade e do IBGE. 
O turismo é bem desenvolvido, pois a região interliga o interior do estado com as 
praias do litoral Norte e com o município de Aparecida. 
 
 
 30 
7.4.5. Trabalho e Renda 
 
O valor médio da renda per capta da RA-SJC encontra-se abaixo da média 
estadual, em aproximadamente 14%. Quanto aos municípios da AII, somente 
Taubaté apresenta renda per capta superior aos valores da RA e estadual, 
ultrapassando 3 salários mínimos. Esse fato pode ser atribuído ao potencial 
industrial desenvolvido no município nas últimas décadas. 
Localidade Renda per capta (em sal. mín.) 
Caçapava 2,40 
Pindamonhangaba 2,19 
Taubaté 3,04 
Tremembé 2,42 
RA-SJC 2,52 
Estado de São Paulo 2,92 
 
Quando observados os valores referentes ao rendimento dos responsáveis pelos 
domicílios, nota-se o fato de a grande maioria da população dos municípios da 
AII esteja recebendo valor abaixo de 05 salários mínimos mensais, relação essa 
que se mantém para o Estado de São Paulo (cerca de 65%). 
O valor encontrado para Caçapava foi de 952,39 reais, em Pindamonhangaba foi 
de 888,78 reais, em Taubaté foi de 1.069,62 reais e em Tremembé foi de 
1.058,00 reais. Nenhum dos municípios em estudo estão acima da média 
estadual que atinge 1.076,21 reais (SEADE, 2000). 
Os dados mostrados a seguir apresentam a proporcionalidade do número de 
vínculos empregatícios por setor de atividade nos Municípios pertencentes à AII. 
Desta maneira é possível observar que os setores de atividade predominantes na 
AII são serviços (Taubaté e Tremembé), e indústria (Caçapava e 
Pindamonhangaba). A agropecuária, mesmo que muito frequente na AII, 
representa os menores índices empregatícios, inferior a 5% em todos os 
municípios e na RA-SJC. 
 
 
 31 
 
Setor 
Localidade 
Região Administrativa 
de São José dos Campos 
Caçapava Pindamonhangaba Taubaté Tremembé 
R$ Vínculo % R$ Vínculo % R$ Vínculo % R$ Vínculo % R$ Vínculo % 
Agropecuária 1.410,88 10.679 1,4 679,13 342 1,8 852,63 978 3,4 839,64 1.040 1,3 691,74 197 4,7 
Comércio 1.172,82 110.587 18 1.083,69 3.286 18 1.026,04 5.352 18 1.116,35 15.621 20 927,56 847 20 
Construção 
Civil 
1.627,36 34.424 6,4 1.911,12 999 5,4 1.493,24 1.443 5 1.303,90 4.627 5,8 947,08 96 2,3 
Indústria 3.849,70 133.087 26 2.653,71 8.206 44 2.993,71 11.746 40 3.493,07 24.140 30 1.892,24 872 21 
Serviços 1.864,48 263.088 48 1.393,09 5.980 32 1.499,84 9.534 33 1.618,57 34.628 43 1.536,86 2.153 52 
 
 
0 
20 
40 
60 
80 
100 
120 
RA-SJC Caçapava Pindamonhangaba Taubaté Tremembé 
25,8 
43,6 40,4 
30,2 20,9 
48,3 
31,8 32,8 
43,3 51,7 
Serviços Indústria Construção Civil Comércio Agropecuária 
 
 
 32 
7.4.6. Uso e Ocupação do Solo 
A ADA possui dimensão territorial total de 105,6 ha, subdividida em porções de 
186 propriedades particulares que deverão ser desapropriadas parcial ou 
integralmente (sub-total de 78,8 ha – 74,7%), e áreas de domínio público 
(estadual ou municipal), equivalentes às faixas de domínio das rodovias e 
estrada vicinal em operação (sub-total de 26,8 ha – 25,3%). 
Quanto às classes de uso e ocupação mapeadas na ADA do empreendimento, 
assim como na AID, foram mais frequentes aquelas relativas ao processo de 
antropização da área de estudo, como reflexo do histórico processo de ocupação 
do município Taubaté, afetado pelo empreendimento. 
Classe de uso e ocupação Área (ha) % 
 
Vegetação Pioneira 0,06 0,06 
Espelho d’ Água0,35 0,33 
Vegetação em Estágio Médio 0,79 0,75 
Reflorestamento 1,60 1,51 
Campo Antrópico 4,63 4,38 
Vegetação em Estágio Inicial 4,67 4,42 
Sítios / Chácaras / Fazenda 5,32 5,04 
Vias Públicas de Circulação 5,75 5,44 
Área de Pastagem 82,46 78,06 
Total ADA 105,63 100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
7.4.7. Patrimônio histórico, cultural e arqueológico 
Conclui-se que a implantação das obras pode promover alterações sobre os bens 
arqueológicos e históricos existentes na ADA. Os levantamentos apresentados 
neste EIA apontam que não há indícios ou evidências de materiais arqueológicos 
na área onde se pretende instalar o empreendimento. Todavia, parcelas de 
terreno não apresentaram condições de visibilidade suficientes para garantir a 
inexistência de materiais arqueológicos na cota zero (superfícies revestidas por 
densa camada de vegetação) ou em cotas negativas (colúvios mais espessos e 
aluviões). Corroborando esta afirmação, a ADA abrange compartimentos 
topomorfológicos e ambientais que sugerem potencial arqueológico positivo. 
 
8. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
A metodologia adotada no EIA/RIMA buscou identificar todos os possíveis 
impactos ambientais decorrentes das diversas ações relacionadas ao 
empreendimento, potencialmente causadoras de modificações ambientais, bem 
como qualifica-los e quantifica-los. 
Para tanto, foram realizadas as seguintes etapas: 
 Identificação das Atividades Impactantes (AI) necessárias às obras e a 
posterior operação da Rodovia; 
 Definição dos Aspectos Ambientais (AA) da área de influência do 
empreendimento; 
 Identificação dos Impactos Potenciais (IP). 
 
Assim, as Atividades Impactantes foram identificadas e organizadas segundo as 
fases do empreendimento (planejamento, construção e operação) conforme 
relação apresentada abaixo. 
 
 
 
 
 34 
FASE ATIVIDADES IMPACTANTES (AI) 
Fase de Planejamento 
 Divulgação do Empreendimento 
Desapropriação 
Fase de Construção 
Liberação da Faixa de Domínio 
Contratação de Mão-de-Obra 
Contratação de Serviços 
Instalação de Canteiro de Obras 
Aquisição de Insumos e Matérias Primas 
Limpeza e Preparação do Terreno 
Demolições 
Relocação de Interferências 
Preparação e/ou Substituição de Solos 
Terraplenagem 
Áreas de Apoio (Depósito de Material Excedente – DME 
e Áreas de Empréstimo – AE) 
Implantação de Sistema de Drenagem 
Execução de Obras de Arte Especiais 
Preparação de Sub-base e Base 
Pavimentação 
Plantio em Taludes e Canteiros 
Desmobilização de Mão-de-Obra 
Desativação de Instalações Provisórias 
Fase de Operação 
Operação da Rodovia 
Compromisso com o Poder Concedente 
Serviços Correspondentes ao Meio Ambiente 
 
Os Aspectos Ambientais supracitados tratam-se dos principais elementos dos 
meios físicos, biótico e socioeconômico, como terrenos, recursos hídricos, ar, 
cobertura vegetal, fauna associada, infraestrutura física, social e viária, estrutura 
urbana, atividades econômicas, qualidade de vida da população, finanças 
públicas e patrimônio histórico, cultural e arqueológico: 
 
 
 35 
MEIO ASPECTOS AMBIENTAIS (AA) 
Meio Físico 
Terrenos 
Recursos Hídricos Superficiais 
Recursos Hídricos Subterrâneos 
Qualidade do Ar 
Meio Biótico 
Cobertura Vegetal 
Fauna 
Unidades de Conservação 
Meio Socioeconômico 
Infraestrutura Viária, Tráfego e Transportes 
Estrutura Urbana 
Atividades Econômicas 
Infraestrutura Física 
Qualidade de Vida 
Finanças Públicas 
Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural 
Assim, por meio de uma Matriz de Interação das Atividades Impactantes com 
os Aspectos Ambientais, foi possível identificar 39 impactos potenciais (IP) 
decorrentes da construção e operação do empreendimento: 
AA.1. MEIO FÍSICO 
IP.1. Impactos Potenciais nos Terrenos 
IP.1.1 
Alteração da estabilidade das encostas e aumento da susceptibilidade à erosão 
por terraplenagem 
IP.1.2 Aumento das áreas impermeabilizadas 
IP.1.3 
Aumento do risco de contaminação de solo por combustíveis e lubrificantes 
durante a construção 
IP.1.4 
Alteração do risco de contaminação de solo por vazamento de produtos 
perigosos durante a operação 
IP.2. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Superficiais 
IP.2.1 Alterações no regime fluviométrico de cursos d’água 
IP.2.2 Alteração dos níveis de turbidez dos corpos hídricos durante a construção 
IP.2.3 Assoreamento de cursos d’água durante a construção 
IP.2.4 Alteração da qualidade da água durante a construção 
IP.2.5 Risco de contaminação dos corpos hídricos durante a operação 
 
 
 36 
IP.3. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Subterrâneos 
IP.3.1 Alteração no regime de fluxo das águas subterrâneas 
IP.3.2 Risco de contaminação do lençol freático durante a construção 
IP.4. Impactos Potenciais na Qualidade do Ar 
IP.4.1 Impactos na qualidade do ar durante a construção 
IP.4.2 Impactos na qualidade do ar durante a operação 
AA.2. MEIO BIÓTICO 
IP.5. Impactos Potenciais na Vegetação 
IP.5.1 Redução da cobertura vegetal da área diretamente afetada 
IP.5.2 Ampliação do grau de fragmentação florestal e instalação do efeito de borda 
IP.5.3 
Alteração do nível de risco da ocorrência de incêndios nas florestas 
remanescentes no entorno da rodovia 
IP.6. Impactos Potenciais na Fauna 
IP.6.1 
Afugentamento de fauna, aumento dos riscos de atropelamento e da pressão 
de caça durante a implantação 
IP.6.2 Impactos na fauna aquática dos cursos d’água a serem desviados/canalizados 
IP.6.3 
Alteração no nível e distribuição espacial do risco de contaminação da fauna 
aquática e edáfica por acidentes com cargas tóxicas 
IP.7. Impactos Potenciais sobre Unidades de Conservação 
IP.7.1 Interferências com Unidades de Conservação 
AA.3. MEIO SÓCIO ECONÔMICO 
IP.8. 
Impactos Potenciais na Infraestrutura Viária, no Tráfego e nos 
Transportes 
IP.8.1 
Aumento na circulação de veículos pesados na malha viária local durante a 
construção 
IP.8.2 Melhoria da acessibilidade entre rodovias da Região 
IP.9. Impactos Potenciais na Estrutura Urbana 
IP.9.1 Alterações urbanísticas na AII 
IP.9.2 Alterações urbanísticas na AID 
IP.9.3 Alterações dos valores imobiliários 
IP.9.4 Aumento do grau de atratividade para atividades econômicas 
IP.10. Impactos Potenciais nas Atividades Econômicas 
IP.10.1. Geração de empregos diretos e indiretos 
IP.11. Impactos Potenciais na Infraestrutura Física e Social 
 
 
 37 
IP.11.1 Interferências com redes de utilidades públicas 
IP.11.2 Aumento dos níveis de ruído próximo a receptores sensíveis 
IP.11.3 
Melhoria no padrão de acesso ao Porto de São Sebastião e Aeroportos da 
região 
IP.12. Impactos Potenciais na Qualidade de Vida da População 
IP.12.1 Incômodos à população lindeira na construção 
IP.12.2 Interrupções de tráfego local durante a construção 
IP.12.3 Interrupções de serviços públicos durante a construção 
IP.12.4 Desapropriação e Relocação de Moradias 
IP.12.5 Alterações na paisagem 
IP.13. Impactos nas Finanças Públicas 
IP.13.1 Aumento nas receitas fiscais durante a construção 
IP.13.2 Impactos nas Receitas Fiscais durante a Operação 
IP.13.3 Aumento das demandas por infraestrutura física e social durante a construção 
IP.14. Impactos Potenciais sobre o Patrimônio Arqueológico e Cultural 
IP.14.1 Interferências com o patrimônio arqueológico e cultural 
Os 39 Impactos Ambientais são elencados adiante, segundo o meio e o 
componente ambiental principal impactado. Para cada impacto potencial 
resultante foi elaborado um Quadro de Consolidação, no qual se procedeu a 
avaliação qualitativa do impacto, por meio de seus atributos inerentes. 
AA.1. MEIO FÍSICO 
IP.1. Impactos Potenciais nos Terrenos 
IP.1.1. Alteração da estabilidade das encostas e aumento da 
susceptibilidade à erosão por terraplenagem 
A necessidade de realização de atividades de terraplenagem como execução de 
aterros, escavação nas seções em corte e aberturas de novos acessosdecorrem 
deste potencial impacto, assim como a estabilização de taludes e proteção de 
saias de aterro nas áreas de apoio. 
 
 
 38 
A atividade dos processos erosivos aumenta logo após a remoção dos solos 
superficiais e/ou exposição dos materiais geológicos, podendo ocorrer de modo 
intenso durante todo o período que antecede a implantação da drenagem 
superficial definitiva, da cobertura vegetal e das demais atividades de 
recomposição vegetal e paisagismo. 
Quadro de Consolidação IP.1.1: Alteração da estabilidade das encostas e aumento da 
susceptibilidade à erosão por terraplenagem. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.1.2. Aumento das áreas impermeabilizadas 
Para a execução das obras, será necessário desapropriar cerca de 105 ha (área 
diretamente afetada), dos quais, estima-se que apenas 25% (ou pouco mais de 
26 ha) serão impermeabilizados para a implantação das pistas de rolagem e 
acostamento. Os 75% restantes serão ocupados com vegetação rasteira, 
ambiente característico de faixa de domínio de rodovias em operação. 
Quadro de Consolidação IP.1.2:Aumento das áreas impermeabilizadas. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
 
 39 
IP.1.3. Aumento do risco de contaminação de solo por combustíveis e 
lubrificantes durante a construção 
A ocorrência deste impacto é pontual e acidental, estando associada a 
vazamento de combustíveis ou óleos lubrificantes de veículos ou equipamentos 
durante a realização das obras. O risco está distribuído ao longo de toda a ADA, 
e esse impacto resulta diretamente das atividades diárias de manutenção e 
abastecimento de máquinas e equipamentos que virão a ocorrer durante o 
período de obras. 
A ocorrência deste impacto pode ser evitada quando adotadas medidas simples 
de controle de poluição, implantação de dispositivos de retenção (diques e 
bandejas), além da efetiva manutenção de equipamentos. 
Quadro de Consolidação IP.1.3: Aumento do risco de contaminação de solo por 
combustíveis e lubrificantes durante a construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.1.4 Alteração do risco de contaminação de solo por vazamento de 
produtos perigosos durante a operação 
O risco de acidente com quaisquer tipos de transporte aumenta na medida em 
que ocorre a inadequação de vias empregadas, e piora entre a relação volume de 
carregamento e capacidade das vias. Dessa forma, pode-se inferir que a redução 
do uso de vias intraurbanas de Taubaté, ou com capacidade de tráfego saturada, 
no caso do segmento da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) que será evitado 
com a implantação do empreendimento, conclui-se que haverá diminuição no 
 
 
 40 
risco de ocorrência de acidentes no município de Taubaté, como consequência 
direta da operação do prolongamento da SP-070. 
Por outro lado, devem ser considerados os riscos de acidentes com cargas 
perigosas no novo segmento rodoviário. Neste contexto, deve-se observar, em 
primeiro lugar, que o índice de acidentes por viagem deverá ser 
significativamente menor no empreendimento, projetado com padrão rodoviário 
e diretrizes de otimização da segurança, do que em vias intraurbanas e padrões 
diversos ou com capacidade de tráfego saturada, em geral inadequadas à 
circulação de cargas perigosas. 
Ressalta-se ainda, que este impacto também será minimizado pelo rápido 
atendimento a emergências previsto para os casos de acidentes com cargas 
perigosas durante a operação, uma vez que a Concessionária possui um Plano de 
Ação Emergencial já aprovado pela CETESB, para o rápido e eficiente 
atendimento a estes tipos de ocorrência. 
Quadro de Consolidação IP.1.4: Alteração do risco de contaminação de solo por 
vazamento de produtos perigosos durante a operação. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.2. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Superficiais 
IP.2.1. Alterações no regime fluviométrico de cursos d’água 
Considerando que a pavimentação da faixa de domínio será apenas parcial, ela 
não causará reduções significativas nos volumes de escoamento pluvial e os 
picos de cheia nas bacias interceptadas. 
 
 
 41 
Em alguns casos, porém, pode ocorrer a redução dos tempos de concentração e 
aumento das áreas das bacias de contribuição de algumas drenagens naturais, 
devido à drenagem das pistas e das áreas de corte e aterro na faixa de domínio. 
Associados a esse impacto, poderão ocorrer problemas pontuais, como 
desestabilização de margens ou o aumento do risco de inundações. 
No momento do detalhamento do projeto executivo de drenagem essas situações 
deverão passar por análise detalhada, para adequação, caso se faça necessário. 
Em consequência desse impacto podem ocorrer erosões das margens e 
inundações em áreas não inundáveis anteriormente. 
Quadro de Consolidação IP.2.1: Alterações no regime fluviométrico de cursos d’água. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.2.2. Alteração dos níveis de turbidez dos corpos hídricos durante a 
construção 
Na fase de construção do empreendimento, pode ocorrer o carreamento de 
sedimentos para os cursos d’água, alterando a qualidade desses recursos 
hídricos, com aumento da turbidez. Durante a operação da Rodovia este impacto 
pode ocorrer eventualmente, em situações de obras de manutenção ou em 
períodos de grandes chuvas que venham a promover instabilidade de taludes, 
com carreamento de materiais. 
 
 
 
 42 
Quadro de Consolidação IP.2.2: Alteração dos níveis de turbidez dos corpos hídricos 
durante a construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.2.3. Assoreamento de cursos d’água durante a construção 
Quando o aporte de material no curso d’água é intenso, maior que sua 
capacidade de transporte, ocorre o assoreamento do recurso hídrico. Esse fator 
pode causar alterações localizadas na morfologia fluvial dos trechos afetados, e 
na seção transversal do canal, podendo originar situações de obstrução de 
drenagem com impacto na vegetação ribeirinha. 
Os cursos d’águamais suscetíveis ao assoreamento são aqueles localizados a 
jusante de grandes áreas de movimentação de terra, principalmente àqueles 
localizados a jusante de cortes de maior altura ou grandes aterros. Como 
exemplo, citam-se o Ribeirão Piracaguá (estaca 616) e seus afluentes, e Rio Una 
(estaca 845) e seus afluentes. 
Quadro de Consolidação IP.2.3: Assoreamento de cursos d’água na construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
 
 43 
IP.2.4. Alteração da qualidade da água durante a construção 
Esse impacto trata os riscos potenciais de contaminação dos cursos d’água 
durante a construção, associados a eventos acidentais como o vazamento de 
combustíveis ou produtos perigosos, ou em situações de rotina durante as 
atividades de construção, como o manuseio e armazenamento inadequado de 
produtos perigosos, disposição inadequada de resíduos líquidos das instalações 
de apoio e frentes de obra, ou no carreamento de substâncias aplicadas na 
execução das estruturas de concreto e na pavimentação. 
O manejo e armazenamento adequados de produtos perigosos e de combustíveis 
e lubrificantes, alinhado a um conjunto de práticas preventivas, permitem reduzir 
significativamente o efeito desse impacto potencial. 
Quadro de Consolidação IP.2.4: Alteração da qualidade da água durante a construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.2.5. Risco de contaminação dos corpos hídricos durante a operação 
Na fase de operação da rodovia existe o impacto potencial de contaminação dos 
cursos d’água em decorrência de acidentes rodoviários com veículos que 
transportam produtos perigosos, ou também pelo carreamento de cargas difusas 
pela lavagem das superfícies durante os eventos de chuva. 
Com relação às cargas difusas que afluem aos cursos de água, a parcela 
atribuível à rodovia é decorrente da lavagem, pelas chuvas, das pistas de 
rolamento, da faixa de domínio e do sistema de drenagem do empreendimento. 
 
 
 44 
Outros aportes de cargas difusas podem incluir lixo comum lançado pelos 
usuários da via, e sedimentos gerados em áreas instáveis ou pontos de erosão. 
Quadro de Consolidação IP.2.5: Risco de contaminação dos corpos hídricos durante a 
operação. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.3. Impactos Potenciais nos Recursos Hídricos Subterrâneos 
IP.3.1. Alteração no regime de fluxo das águas subterrâneas 
O principal impacto potencial nas águas subterrâneas será o rebaixamento do 
nível freático durante a construção, principalmente onde os solos serão corrigidos 
ou substituídos, e em áreas de cortes. Ressalta-se que mesmo nessas áreas, a 
ocorrência deste impacto dependerá da espessura das coberturas sobre os 
materiais rochosos e consequentemente da profundidade do lençol freático, que 
será detalhado com a realização de sondagens, para embasamento do projeto 
geométrico do empreendimento. 
Quadro de Consolidação IP.3.1: Alteração no regime de fluxo das águas subterrâneas. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
 
 
 45 
IP.3.2. Risco de contaminação do lençol freático durante a construção 
As águas subterrâneas estarão sujeitas a riscos de contaminação durante a fase 
de implantação em decorrência de eventuais acidentes com combustíveis ou 
outras cargas tóxicas, decorrentes das atividades de manutenção e 
abastecimento de máquinas e equipamentos que poderão provocar problemas 
localizados de contaminação do lençol. 
O Prolongamento da SP-070 atravessará o Aquífero Taubaté, que na região 
(Formação Tremembé) apresenta litologia composta basicamente por argilitos e 
folhelhos pouco permeáveis e com características de aquiclude, ou seja, as 
rochas podem possuir uma grande porosidade, porém não permitem que a água 
seja armazenada, pois muitas vezes seus poros não se comunicam. 
Quadro de Consolidação IP.3.2: Risco de contaminação do lençol freático durante a 
construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.4. Impactos Potenciais na Qualidade do Ar 
IP.4.1. Impactos na qualidade do ar durante a construção 
Durante as obras é previsível a emissão de materiais particulados, impacto 
restrito, basicamente, aos locais das frentes de trabalho e, em menor escala, aos 
trajetos de materiais, equipamentos e pessoal. 
Dessa forma, os impactos decorrentes da emissão de materiais particulados 
mostram-se significativos durante as obras de acertos nos taludes de corte e de 
 
 
 46 
aterro, quando a mensuração do fator emissão se dará em função do tipo de 
solo, de seu teor de umidade e da forma de execução dos serviços. 
Além disso, a emissão atmosférica dos veículos envolvidos na obra deverá ser 
monitorada, para que os níveis de material particulado emitidos não ultrapassem 
a legislação vigente. 
Quadro de Consolidação IP.4.1: Impactos na qualidade do ar durante a construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.4.2. Impactos na qualidade do ar durante a operação 
A operação do empreendimento não deverá gerar aumento significativo na 
poluição atmosférica. Isso porque o Prolongamento da SP-070 terá início na 
altura do km 126+500, e sua porção final será junto ao km 5+300 da Rodovia 
Oswaldo Cruz (SP-125). Seu traçado será paralelo à Rodovia Presidente Dutra 
(BR-116), cerca de 5 quilômetros ao sul. E o Estudo de Tráfego mostrou que o 
fluxo de veículos esperado nesse novo segmento da SP-070 terá origem do 
tráfego desviado de outras rodovias (principalmente da BR-116). E tratando-se 
de um trecho relativamente curto e de acesso totalmente controlado, esse novo 
segmento não irá gerar novos fluxos. 
Entretanto, acredita-se que minimizando os transtornos de atravessar o 
perímetro urbano de Taubaté, novos usuário pospoderãosam optar por utilizar o 
Prolongamento nas vésperas de feriados prolongados, em detrimento da Rodovia 
dos Tamoios (SP-099). Assim, o novo trajeto deverá apresentar uma atração 
mais significativa de tráfego. Com isso é estimado aumento do número de 
 
 
 47 
veículosna região, promovendo maior emissão pontual de poluentes (somente 
próximo a feriados). 
Quadro de Consolidação IP.4.2: Impactos na qualidade do ar durante a operação. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
AA.2. MEIO BIÓTICO 
IP.5. Impactos Potenciais na Vegetação 
IP.5.1. Redução da cobertura vegetal da área diretamente afetada 
Para implantação do empreendimento será necessário remover parte da 
vegetação presente na ADA, em locais que sofrerão intervenção direta para 
construção da rodovia. 
Esse tipo de impacto é irreversível, mas compensável em outros locais, 
geralmente por meio de plantio de espécies nativas ou destinação de área 
equivalente. 
Quadro de Consolidação IP.5.1: Redução da cobertura vegetal da ADA. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
 
 48 
IP.5.2. Ampliação do grau de fragmentação florestal e instalação do 
efeito de borda 
A implantação de uma nova rodovia promove a criação de um corredor que atua 
como barreira física linear a vários elementos bióticos, principalmente por 
ocasionar o fracionamento de formações florestais que atuam na conectividade 
dos elementos da paisagem. Com essa fragmentação além da perda de habitat 
de espécies vegetais e animais, ocorre também segregação do fluxo gênico, com 
o chamado “efeito barreira”. 
No caso da implantação do Prolongamento da SP-070, a criação deste novo 
corredor se dará em paisagem bastante alterada, onde a vegetação já se 
apresenta fragmentada, com poucos remanescentes florestais, geralmente 
associados aos cursos d’água. Neste tipo de paisagem, grande parte dos efeitos 
da fragmentação já foi instalada no passado, e atua nos remanescentes florestais 
há décadas, conforme resultados do Inventário Florestal realizado em 
fragmentos da AID e ADA. O local de maior criticidade é a transposição do 
Ribeirão Piracaguá e do Ribeirão Itaim, onde haverá intervenção significativa em 
APP e supressão de vegetação nativa. 
Quadro de Consolidação IP.5.2: Ampliação do grau de fragmentação florestal e 
instalação do efeito de borda. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
 
 
 
 49 
IP.5.3. Alteração do nível de risco da ocorrência de incêndios nas 
florestas remanescentes no entorno da rodovia 
Com a movimentação de trabalhadores e máquinas durante as obras, pode 
ocorrer acidentalmente o início de incêndios, principalmente nas etapas iniciais 
de limpeza de terreno e desmatamento através de práticas inadequadas como, 
por exemplo, a utilização de fogueiras e motores desregulados de máquinas e 
veículos. Também são comuns episódios de queimadas criminosas em áreas 
lindeiras a rodovias. 
No entanto, apesar deste risco potencial que será proporcionado com a 
implantação da rodovia, deve ser destacado que a própria rodovia constituirá um 
acesso fácil e rápido para o combate de incêndios em remanescentes florestais 
antes isolados, além de facilitar a fiscalização destas áreas contra ações 
criminosas. 
Quadro de Consolidação IP.5.3: Alteração do nível de risco da ocorrência de incêndios 
nas florestas remanescentes no entorno da rodovia. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.6. Impactos Potenciais na Fauna 
IP.6.1. Afugentamento de fauna, aumento dos riscos de atropelamento e 
da pressão de caça durante a implantação 
A principal associação de impacto com a fauna está relacionada a perda de 
habitat, por meio da alteração e fragmentação da vegetação. 
 
 
 50 
Deve ser levado em consideração o risco de acidentes com atropelamentos de 
animais silvestres em vias de acesso e estrada de terra nas imediações de 
fragmentos de vegetação. Esse risco é maior para as espécies mais ágeis, tais 
como os mamíferos terrestres de médio e grande porte, devido ao aumento de 
veículos nas estradas de acesso da ADA. 
Na fase de operação, é de se esperar que o fluxo intenso de veículos, com alta 
intensidade sonora e emissão de luzes durante a noite, venha a perturbar as 
espécies mais arredias dos remanescentes florestais. 
Atividades de caça para fins alimentares ou mesmo para fins de domesticação 
deverão ser coibidas, já que potencialmente poderão aumentar o risco para 
indivíduos de grupos como aves. Para minimizar esses efeitos, será incorporado 
nos Programas Ambientais durante a admissão dos trabalhadores, atividades de 
conscientização e conservação da fauna que terão interface com o Programa de 
Monitoramento da Fauna. 
Quadro de Consolidação IP.6.1: Afugentamento de fauna, aumento dos riscos de 
atropelamento e da pressão de caça durante a implantação. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.6.2. Impactos na fauna aquática dos cursos d’água a serem 
desviados/canalizados 
As sub-bacias dos Ribeirões Piracaguá, Pinhão e do Rio Una, que serão 
interceptadas pelo empreendimento, já se apresentam bastante alteradas em 
 
 
 51 
relação às suas características originais, principalmente devido ao histórico de 
ocupação do entorno, e degradação da vegetação ciliar. 
Esse impacto é esperado em comunidades de peixes e fitoplâncton, porém, os 
cursos d’água localizados nas proximidades dos trechos que serão interceptados 
pelo empreendimento já apresentam intervenções antrópicas consolidadas, com 
corpos d’água alterados e reduzida qualidade de água. 
Ainda assim, é conveniente ressaltar que as possíveis interferências das obras de 
engenharia sobre os corpos d’água, e consequentemente sobre as comunidades 
aquáticas, limitam-se aos trechos de influência direta da obra e do período de 
construção. Entretanto, os procedimentos construtivos adotados minimizam o 
prazo e a intensidade destes impactos sob os corpos d’água, especialmente no 
que diz respeito à contaminação acidental e ao aumento de turbidez na água, 
causados pela obra. 
Quadro de Consolidação IP.6.2: Impactos na fauna aquática dos cursos d’água a 
serem desviados/canalizados. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.6.3. Alteração no nível e distribuição espacial do riscode 
contaminação da fauna aquática e edáfica por acidentes com cargas 
tóxicas 
Considerando a implantação do empreendimento e o fluxo de transporte de 
materiais pela rodovia, esse impacto pode ocorrer pelo derramamento de 
produtos perigosos na via ou áreas do entorno, que podem vir a atingir tanto os 
 
 
 52 
cursos d’água, quanto o solo próximo a áreas de mata, afetando espécies da 
fauna edáfica. 
Quadro de Consolidação IP.6.3: Alteração no nível e distribuição espacial do risco de 
contaminação da fauna aquática e edáfica por acidentes com cargas tóxicas. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.7. Impactos Potenciais sobre Unidades de Conservação 
IP. 7.1. Interferências com Unidades de Conservação 
O diagnóstico ambiental do meio biótico mostrou que na Área Diretamente 
Afetada (ADA) e na Área de Influência Direta (AID) não foram observadas 
Unidades de Conservação, sendo observada apenas na Área de Influência 
Indireta (AII), a APA Mananciais do Rio Paraíba do Sul, criada pelo Decreto 
Federal 87.561/82. 
Isto posto, deve ser observado o previsto no artigo 1º da Resolução CONAMA 
nº 428, de 17 de dezembro de 2010, que trata da compensação ambiental, 
prevendo destinação monetária para Unidades de Conservação, quando 
executadas obras que venham a ser licenciada por meio de EIA-Rima. 
Desta forma, considerando que as obras não serão realizadas em áreas 
pertencentes a Unidade de Conservação, e a compensação ambiental prevista na 
legislação deverá ser realizada, é atribuído a essa forma de interação um 
impacto de natureza positiva. 
 
 
 
 
 53 
Quadro de Consolidação IP.7.1: Interferências com Unidades de Conservação. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
AA.3. MEIO SOCIOECONÔMICO 
IP.8. Impactos Potenciais na Infraestrutura Viária, no Tráfego e nos 
Transportes 
IP.8.1. Aumento na circulação de veículos pesados na malha viária local 
durante a construção 
Para realização das obras será necessária a utilização da rede viária da AID por 
veículos pesados, sendo que as vias localizadas no entorno direto das frentes de 
trabalho são os locais que apresentam maior probabilidade de serem afetadas, 
assim como as vias que interligam os canteiros de obras às áreas de apoio. 
A movimentação dos veículos de carregamento também poderá ocasionar o 
aumento do tempo de fluxo em certas vias, e em alguns momentos até a 
interdição temporária das mesmas. 
As vias que mais se aproximam do empreendimento são: o segmento já 
existente da Rodovia Carvalho Pinto (SP-070), a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-
125), e duas estradas municipais (da Boracéia e do Barreiro). Ademais a essas 
vias, as outras são estradas rurais entre propriedades, geralmente não 
pavimentadas. A estimativa de utilização deverá se detalhada na próxima etapa, 
quando definido o plano de ataque das obras. 
 
 
 54 
Quadro de Consolidação IP.8.1: Aumento na circulação de veículos pesados na malha 
viária local durante a construção. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.8.2. Melhoria da acessibilidade entre rodovias da Região 
Com a implantação do empreendimento será criada uma nova possibilidade de 
trajeto para viagens na região, com facilidade de acesso do planalto e litoral. 
O novo traçado disponibilizará ainda dupla faixa de rolamento, serviço superior 
ao mínimo necessário. 
Quadro de Consolidação IP.8.2: Melhoria da acessibilidade entre rodovias da Região. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.9. Impactos Potenciais na Estrutura Urbana 
IP.9.1.Alterações urbanísticas na AII 
 
 
 55 
A implantação do novo traçado irá criar uma alternativa de fluxo para a região, 
principalmente dos veículos provenientes do sistema Ayrton Senna / Carvalho 
Pinto, Rodovias Oswaldo Cruz (SP-125), Presidente Dutra (BR-116) e Floriano 
Rodrigues Pinheiro (SP-123, que dá acesso a Campos do Jordão). 
As áreas no entorno do empreendimento apresentam em grande maioria 
terrenos vagos e potencial para receber empreendimentos industriais, mas 
principalmente os voltados a logística e aos serviços terciários a ela relacionados. 
Essa estrutura já é consolidada nos municípios da AII (Caçapava, Taubaté, 
Tremembé e Pindamonhangaba, uma vez que o território dos quatro municípios 
já é cortado pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116), importante corredor de 
transporte rodoviário, que promove a ligação entre as regiões sul/sudeste e 
nordeste. 
Quadro de Consolidação IP.9.1: Alterações urbanísticas na AII. 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.9.2. Alterações urbanísticas na AID 
Os potenciais impactos urbanísticos observados na AID relacionam-se a alteração 
da paisagem, e no uso do solo. A rodovia irá funcionar como uma barreira à 
expansão urbana definida no Plano Diretor do município de Taubaté, fato que 
será minimizado com a implantação de 3 transposições ao longo traçado, além 
das interseções com o segmento existente da SP-070 e com a Rodovia Oswaldo 
Cruz (SP-125). 
 
 
 
 56 
Quadro de Consolidação IP.9.2: Alterações urbanísticas na AID 
Natureza Positivo Negativo 
Aplicabilidade Direto Indireto 
Ocorrência Certa Provável Inexistente 
Prazo Imediato Curto Médio Longo 
Espacialidade Localizado Disperso 
Duração Temporário Permanente Cíclico 
Reversibilidade Reversível Irreversível 
Magnitude Pequena Média Grande 
Localização AII AID ADA 
 
IP.9.3. Alterações dos valores imobiliários 
É sabido que lucro ou renda da terra é obtida da diferença entre o preço de 
compra e o preço de venda com a edificação, como acontece nas incorporações 
imobiliárias. 
Apenas os terrenos vagos têm seu preço continuamente atualizado, até o 
momento em que se dêem as condições para a implantação do uso certo no 
momento certo, quando é definido o seu valor locacional. 
É importante também ressaltar que certas áreas podem ser valorizadas para fins 
comerciais, ao passo que outras podem ser valorizadas para fins residenciais. Os 
corredores de transportes coletivos costumam sempre atrair os estabelecimentos 
terciários, o que acontece tanto nos bairros mais ricos quanto nos mais pobres, 
pois existem diferentes cadeias do setor terciário conforme o padrão de renda do 
consumidor. 
Quanto menor o padrão de renda das

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