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Direito Empresarial Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos. AULA 1 OBJETIVO Proporcionar ao aluno o conhecimento das noções elementares do direito, sua origem e sua finalidade, de modo a servir de base para compreensão futura dos conceitos do Direito Empresarial. NOÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO Para compreensão do Direito Empresarial é necessário que façamos primeiro um breve estudo sobre alguns conceitos importantes do Direito Civil. 1. Origem e finalidade do Direito O direito é tão antigo quanto a história da vida do homem. A história nos revela que o ser humano nunca adotou a solidão como forma habitual de vida, o que demonstra que viver em sociedade é uma característica de nossa espécie. No início da civilização, imperava a lei do mais forte. O homem primitivo, para sua defesa, aprendeu a morar em cavernas e a colocar obstáculos em sua moradia. Com o objetivo de enfrentar seus inimigos naturais e submetê-los ao seu domínio, o homem desenvolveu a inteligência e descobriu o fogo, criou armas confeccionadas de ossos ou pedras afiadas, fez o arco e a flecha; tornou-se, pois, superior aos animais. O homem passou, então, a viver em pequenos grupos, geralmente formados por parentes de sangue. Como em toda sociedade, os conflitos eram inevitáveis e a rivalidade surgia em razão da disputa pelo patrimônio ou por suas mulheres. Nessas lutas, os fracos acabavam fugindo para outros lugares, deixando para trás o que tinham acumulado. Era a “lei do mais forte”. Foi então que surgiu o primeiro elemento do direito: “o respeito pela coisa alheia”. A partir de então, o homem passou a conceber a ideia de que o direito é o respeito à propriedade, à vida e à liberdade do outro. Aos poucos, foi surgindo a necessidade de impor aos homens determinadas regras para dirigir a sua conduta e guiar seu comportamento no âmbito social. Assim, podemos dizer que o direito é um fenômeno resultante da rotina cotidiana e que o encontramos a todo o momento e em toda parte. Por viver em sociedade, a ação de um ser humano interfere na vida de outros, provocando a reação de seus semelhantes. Para que essa interferência de condutas tivesse um sentido construtivo, foi necessária a criação de normas capazes de preservar a paz no convívio social. Assim, nasceu o Direito, ou seja, da necessidade de se estabelecer normas para convívio harmonioso da vida em sociedade. O direito resguarda, defende, ampara, protege e serve o indivíduo em todas as fases de sua existência. Podemos dizer que o convívio em sociedade é essencial ao ser humano e que nenhuma sociedade subsiste sem regras de direito. De forma simples e concisa, podemos afirmar que: Direito é o conjunto de regras obrigatórias que disciplinam a convivência do homem na sociedade em que vive. 2. Distinção entre direito e moral Sabemos que existirá o direito onde existir sociedade. Então, temos de admitir que as normas jurídicas são, essencialmente, regras sociais. Isso significa que a função das normas jurídicas é disciplinar o comportamento social dos seres humanos. No entanto, isso não é suficiente para caracterizá-las, pois existem outras normas que também disciplinam a vida social. A moral é norma de conduta baseada no conjunto de valores e princípios sobre o bem e o mal, que orientam o comportamento humano. Desta forma, concluímos que a moral e o direito são normas de conduta que caminham lado a lado, disciplinando o convívio do homem em sociedade. Entretanto, as normas de moral e as normas de Direito não se confundem. Normas de moral A moral impõe ao sujeito uma escolha entre ações que pode ou não praticar, mas diz respeito apenas ao próprio indivíduo. A moral indica um dever, mas não impõe regras. A sanção pelo descumprimento de uma norma de moral é a consciência, a inquietação e o remorso, que são sentimentos interiores e subjetivos. Normas de Direito Para o Direito, o comportamento do homem é sempre levado em consideração. A coercibilidade, isto é, a possibilidade de constranger alguém a cumprir uma regra, é característica própria do Direito. Desta forma, podemos concluir que as regras da moral vivem na consciência individual, enquanto as normas de Direito são formuladas em códigos e leis. O descumprimento de uma norma moral implica sentimentos subjetivos, como o remorso e o sofrimento interior. O descumprimento de normas de Direito implicam em sanções diretas e imediatas. REFERÊNCIAS CAMPOS, Nelson Renato Palaia Ribeiro de. Noções essenciais de direito. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de direito comercial: direito de empresa. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. FUHRER, Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de direito comercial (Direito empresarial). São Paulo: Malheiros, 2007.
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