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Problemas hepáticos e biliares id159062 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com Metabolizar: nutrientes, drogas e hormônios (insulina, glucagon, gastrina...) FUNÇÃO Síntese:* Ácidos biliares, *fatores de coagulação *proteínas: lipoproteínas, albumina, ferritina,.. Excretar: bilirrubina, ácidos graxos e colesterol O Fígado E Suas Funções é o maior órgão do corpo humano, pesando entre 1,2 e 1,5kg. está localizado no lado superior direito do abdome responsável por aproximadamente 5000 (cinco mil) funções vitais, (remove as substâncias prejudiciais ao organismo). É como um grande Vista posterior do fígado organismo). É como um grande laboratório. O fígado produz a bile que é levada ao intestino delgado para se juntar ao processo de digestão. tem papel importante na decomposição do colesterol, manutenção do açúcar no sangue, e também decomposição de medicamentos. Vista superior do fígado O QUE É HEPATITE? É uma inflamação do fígado. Causa mais comum de inflamação do fígado é a hepatite viral. Quando o processo inflamatório está presente por mais de seis meses é chamado de está presente por mais de seis meses é chamado de hepatite crônica. Sintomas Os sintomas variam dependendo se a hepatite é crônica ou aguda. Sintomas da Hepatite Hepatite Aguda Hepatite Crônica Fadiga intensa Fadiga Olhos amarelados Dor nas articulações Pele amarelada Vermelhões na pele Urina escura Perda da memória Febre baixa Desconforto no TGI *** vários pacientes com hepatite aguda ou crônica podem ser assintomáticos. Atualmente existem sete tipos de vírus conhecidos. São chamados de A, B, C, D, E, F e G. HEPATITES CAUSAS: vírus, álcool, fármacos, agentes hepatotóxicos TIPOS E DEFINIÇÃO: A: contaminação oro fecal B: contaminação através do sangue e relação sexual C: contaminação através do sangue HEPATITE AGUDA: - Doença inflamatória do fígado. Sua tendência normal é a cura. Entretanto pode ser de caráter fulminante, ou em casos de hepatite aguda alcoólica grave pode evoluir para doença crônica. HEPATITE ALCOÓLICA (10-15 anos de uso): Pode advir de colestase importante e se apresentar sob 3 formas: esteatose hepática, hepatite alcoólica aguda e cirrose alcoólica.cirrose alcoólica. COLESTASE: Fluxo da bile para as vias biliares acúmulo de bile no fígado e de substância derivadas desta no sangue. Hepatite A A hepatite mais comum é a causada pelo vírus A. O vírus produz uma inflamação aguda do fígado (hepatite) nunca crônica, Não há destruição progressiva do fígado. A hepatite A é mais frequente na infância. É transmitida de pessoa para pessoa. O vírus está nas fezes ou através dos alimentos. (berçários e creches) É mais contagiosa, mas menos grave. No Brasil, 95% da população já tem anticorpos contra a hepatite A. Período de incubação de 15 a 50 dias. Não é preciso tratar com remédios, o corpo se defende sozinho da infecção. Hepatite B há uma melhora em 95% dos casos como na A. Número limitado de pacientes progridem para a doença crônica. A exceção ocorre em crianças onde a grande maioria (90%) desenvolve hepatite crônica (quanto mais jovem maior a chance) dificilmente será transmitida através de alimento contaminado. dificilmente será transmitida através de alimento contaminado. foco primário de infecção é através de transfusão sangüínea ou contato com secreções do corpo. Quase todas as secreções humanas tem o vírus da hepatite. Transmitida pelo uso de drogas injetáveis com a mesma seringa, tatuagens ou piercings sem material esterelizado e transmissão sexual. Mães infectadas com o vírus B transmitem para os seus bebês. Toda mulher grávida ou com desejo de engravidar deve fazer os testes para hepatite B. Hepatite B Tumores do fígado conhecidos como hepatomas podem aparecer em pacientes com hepatite crônica B ou C. (70% nos EUA) Período de incubação: de 6 semanas a 6 meses Período de incubação: de 6 semanas a 6 meses Tratamento: interferon via subcutânea) e a lamivudina (via oral) Hepatite C Só a partir de novembro de1993 passou-se a pesquisar no Brasil, a presença do vírus em doadores de sangue. ocorre geralmente na adolescência tardia e vida adulta. a infecção consegue burlar o sistema imunológico e sobrevive levando o processo a infecção consegue burlar o sistema imunológico e sobrevive levando o processo a uma doença crônica. a transmissão da hepatite C é semelhante a hepatite B . A transmissão sexual é mais rara e a infecção de bebês pelas suas mães ocorre em uma porcentagem bem menor (5%). Atualmente, com testes diagnósticos desenvolvidos e refinados, um número significativo de infectados vêm sendo identificados Estima-se que 1% da população brasileira, aproximadamente cinco milhões de pessoas, sejam portadoras da hepatite C E 3% da populaçao mundial. Hepatite C A infecção pela hepatite C progride lentamente e os sintomas freqüentemante não são reconhecidos. Pode começar semelhante a um quadro gripal leve. Raramente causa icterícia (amarelão). Há risco de desenvolver cirrose e câncer hepático é significativo. Na maioria das vezes, evolui para hepatite crônica ativa e pode estar associada a sintomas como fadiga, náuseas, dores articulares e musculares, pernas pesadas e cansadas e desconforto abdominal.fadiga, náuseas, dores articulares e musculares, pernas pesadas e cansadas e desconforto abdominal. Cerca de 20% - 40% apresentarão cirrose. Entre 60% e 90% dos hemofílicos estão infectados e mais de 80% dos usuários de drogas intravenosas no mundo ocidental são HCV+. Período de incubação: de 2 a 20 semanas Tratamento: Interferon e a ribavirina (via oral). Só funcionam em 50% dos casos e somente se usados conjuntamente Hepatite D ocorre somente em conjunto com a hepatite B e trabalha como um parasita; pode transformar uma infecção de evolução atenuada pelo vírus B em uma doença de características agressivas e destrutivas sobre o fígado; Período de incubação: 6 semanas a 6 meses; Tratamento: Idem a hepatite B; Os outros vírus E, F e G são mais raros. Hepatite D PROGNOSTICO pacientes com hepatite crônica tipo B ou C sem tratamento podem ter uma vida normal sem complicações. A cura da hepatite C só é obtida em aproximadamente 48% dos casos e a duração do tratamento varia de 6 meses a um ano, dependendo do genótipo do vírus.vírus. Nos casos em que a doença está presente há mais de 20 anos, podem aparecer sinais de que o fígado está funcionando mal (cirrose) em casos mais extremos é necessário o transplante hepático. Como conseqüência da cirrose o paciente apresenta varizes de esôfago, um aumento do baço e ascite (barriga d'água). DOENÇA HEPÁTICA ASSOCIADA AO ÁLCOOL O alcoolismo é um problema comum que afeta milhares de brasileiros. Os homens são mais atingidos que as mulheres. Jovens do sexo masculino com história de alcoolismo na família e dificuldade de relacionamento fazem parte da população de risco para o alcoolismo. O consumo crônico e/ou excessivo de álcool pode causar esteatose (quando a ingestão de álcool é interrompida, a doença desaparece e o fígado se recompõe totalmente), hepatite alcoólica (após curada, deixa fibrose. Pode oferecer risco de vida e requer hospitalização) e cirrose ( dano permanente ao fígado). A hepatite alcoólica e cirrose alcoólica desenvolve-se em aproximadamente 15 a 20% dos alcoólatras. DOENÇA HEPÁTICA ASSOCIADA AO ÁLCOOL O abuso de álcool aumenta o risco de pancreatite, miocardiopatias, traumas e o desenvolvimento inúmeras doençasem recém nascidos de mães alcoólatras. Consumos diários diários em torno de 20-40 gramas de álcool em mulheres e 80 gramas em homens levam aoálcool em mulheres e 80 gramas em homens levam ao desenvolvimento de cirrose em aproximadamente 10 anos As mulheres tem níveis menores da enzima desidrogenase láctica e por isso o efeito do álcool é maior . DIAGNOSTICO DIFERENCIAL A ultrassonografia é capaz de visualizar a presença de esteatose ou cirrose hepática. Exames de sangue determinam se o fígado Exames de sangue determinam se o fígado apresenta suas funções básicas comprometidas A biópsia hepática é o exame de eleição para se saber o grau de comprometimento e determinar a causa da doença. Classificação da Esteatose Hepática segundo achados histopatológicos. CategoriasCategorias Características histopatológicasCaracterísticas histopatológicas Tipo 1 Apenas gordura Tipo 2 Gordura + inflamação Tipo 3 Gordura + degeneração em balão Tipo 4 Gordura + fibrose ou cor MAZZA et al, 2005 NASH: fígado gorduroso não alcóolico Nutrição e Esteatose hepática Redução de 500 a 1000cal CHO: 45 a 60% Fibras: 25 a 30g Proteínas: 10 a 20% Lipídeos: 20 a 30% Saturados: <7% Monoinsaturados: 10% Poliinsaturados: 10% Trans: <2g Colesterol: <200mg Classificação da hepatopatia segundo o grau de disfunção do órgão CHILDCHILD AA BB CC Albumina mg/dLAlbumina mg/dL > 3,5> 3,5 3 3 3,53,5 < 3,0< 3,0 Bilirrubina total Bilirrubina total < 2,0< 2,0 2 2 33 >3,0>3,0Bilirrubina total Bilirrubina total mg/dLmg/dL < 2,0< 2,0 2 2 33 >3,0>3,0 Comprometimento Comprometimento neurológiconeurológico MínimoMínimo Moderado/Moderado/ SeveroSevero AsciteAscite -- ControladaControlada RefratáriaRefratária Estado nutricionalEstado nutricional BomBom RegularRegular PrecárioPrecário Borges et al, 2001 Alterações Metabólicas dos Nutrientes na Insuficiência Hepática Carboidratos (induzidos por glucagon; insulina; cortisol) neoglicogênese; síntese hepática de glicogênio; síntese hepática de glicose; resistência periférica à glicose. Lipídios acúmulo no fígado (por síntese de proteínas de Lipídios acúmulo no fígado (por síntese de proteínas de transporte); má absorção, digestão e metabolização incompleta; má utilização dos corpos cetônicos Proteínas catabolismo muscular ( aminoácidos de cadeia ramificada); inabilidade do fígado em metabolizar aminoácidos de cadeia aromática e em converter amônia em uréia Vitaminas e Minerais deficiência devido à má absorção intestinal ou baixa ingestão oral; de síntese de proteínas de transporte; armazenamento ou metabolização hepática; efeito do etanol Fatores Etiológicos Para a DPC em Cirrose Hepática Ingestão inadequada quantitativa ou iatrogênica restrições alimentares Má absorção deficiência pancreática ou de sais biliaresbiliares Anorexia , náuseas e vômitos; toxicidade alcoólica; alteração do metabolismo energético e protéico catabolismo protéico; aumento da oxidação das gorduras e da gliconeogênese Alteração neurológica Sangramento digestivo melena; hematêmese Medicações laxantes e de esterelização da flora intestinal lactulona; neomicina CIRROSE Atualmente a cirrose está entre as 7 maiores causas de morte no mundo ocidental. A causa mais comum da cirrose é o alcoolismo. É uma doença decorrente de destruição crônica do fígado, levando à formação de nódulos de regeneração e fibrose, com conseqüente desorganização da arquitetura lobular e vascular do órgão. Uma forma de dano permanente e irreversível ao fígado A fibrose leva a uma obstrução à passagem do sangue pelo fígado impedindo-o de realizar funções vitais (falência hepática). Alguns sinais de insuficiência hepática incluem ascite (barriga dágua), desnutrição, confusão mental (encefalopatia) e sangramento intestinal. Quando a cirrose evolui para seu estágio final a única solução é o transplante hepático. Manifestações clínicas da cirrose ETIOLOGIA 1. metabólicos: decorrentes de erros congênitos do metabolismo e que acometem, preferencialmente, crianças ou adultos jovens, como galactosemia, tirosinemia, doença de Wilson, hemocromatose, deficiência de alfa-l-antitripsina e outras; 2. virais: ocasionadas pelos vírus B (associado ou não ao vírus D) e C da hepatite;da hepatite; 3. alcóolico: principal agente etiológico entre os pacientes adultos, ocorrendo após período médio de cinco a dez anos de ingestão diária de quantidade superior a 80 g de etanol; 4. induzido por fármacos: como metotrexate, isoniazida, oxifenisatina e alfa-metildopa, entre outras; ETIOLOGIA 5. auto-imune: consequente à evolução da hepatite auto-imune, caracteristicamente afetando mulheres em idade jovem ou na pós- menopausa; 6. biliares: enquanto a cirrose biliar primária representa uma 6. biliares: enquanto a cirrose biliar primária representa uma entidade clínica definida e isolada, a cirrose biliar secundária é o processo final de patologias crônicas obstrutivas ou inflamatórias das vias biliares; 7. criptogênicas: a despeito dos avanços registrados no diagnóstico etiológico, cerca de 10% a 20% das cirroses permanecem com a etiologia indeterminada. Efeito tóxico do etanol Desequilíbrio metabólico da produção de citocinas levando a produção de cólágeno e por fim fibrose hepática gliconeogênese Hipoglicemia Lipogênese Oxidação de TG Esteatose Hepática Concentração de etanol em bebidas Bebida Unidade mL Etanol (g) Cachaça dose 50 17 garrafa 660 220 Destilados ( uísque, vodka ) dose 50 +/- 16 Aperitivos ( martini, campari ) dose 50 +/- 8 Cerveja copo 250 9Cerveja copo 250 9 lata 350 13 garrafa 660 25 g/L = °GL x 10 x 0,7893 Fonte: Neves, MM e cols. Concentração de etanol em bebidas alcoólicas mais consumidas no Brasil. GED 8(1):17-20, 1989 Após ingestão alcoólica, o TGL pode ficar aumentado por 2 ou 3 dias Alguns exames laboratoriais... aspartato aminotransferase (AST ou TGO) e alanina aminotransferese (ALT ou TGP) que não ultrapassam 300 UI/L, exceto em poucos pacientes com necrose esclerosante ou quando há associadamente doença hepática induzida pelo paracetamol ou hepatite viral. TGO/TGP igual ou maior que 2 é muito sugestivo de hepatite ou cirrose alcoólica.alcoólica. A gama-glutamil-transferase (GGT) está aumentada em número considerável de pacientes com DHA, mas pode também estar elevada em alcoólatras sem hepatopatia evidente e, ainda, em algumas doenças não hepáticas. Altos índices de GGT/FA são mais sugestivos de DHA do que de doença hepática não alcoólica. Tratamento Terapias antifibróticas (colchicina): Esta droga não deve ser administrada a pacientes com lesões pépticas ulceradas em atividade. O efeito colateral mais comumente observado é a diarréia que responde rapidamente à interrupção da droga ou redução da dose.droga ou redução da dose. interferon pode reduzir os níveis para o colágeno e regular a liberação de citocinas que estimulam sua produção. TRATAMENTO DAS COMPLICAÇÕES DA CIRROSE - hemorragia por varizes : complicação comum da hipertensão portal e uma das principais causas de óbito entre portadores de hepatopatia crônica Os episódios hemorrágicos tendem ser graves (a letalidade média ~ 30%, com índice de recidiva de 50% em 6 meses. Os melhores indicadores prognósticos de letalidade média ~ 30%, com índice de recidiva de 50% em 6 meses. Os melhores indicadores prognósticos de sangramento são: pressão portal superior a 12 mmhg, calibre das varizes, presença de manchas vermelhas (avermelhamento da parede das varizes); e o grau de disfunção hepática hipertensão portal: tratamento da hemorragia digestiva aguda pelasvarizes esôfago-gástricas. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Conceito: a encefalopatia hepática consiste em alterações neuro- psíquicas de origem metabólica e potencialmente reversíveis, que traduzem agravamento funcional do fígado. A encefalopatia hepática costuma ser classificada em quatro estágios principais. Etiologia na maior parte das vezes, fator infeccioso, hemorragia digestiva ou desequilíbrio hidroeletrolítico ou ácido-básico, é desencadeante da encefalopatia e sua correção pode ser suficientedesencadeante da encefalopatia e sua correção pode ser suficiente para o tratamento. Sedativos, ingestão protéica excessiva e obstipação intestinal são outros fatores desencadeantes. Encefalopatia de Wernicke: condição de dano ao sistema nervoso central pela deficiência de tiamina; comum no alcoolismo Fatores Precipitantes na Encefalopatia Hepática Anemia Infecção (urinárias, peritonite, etc ) Azotemia / uremia Medicações (narcóticos, sedativos, etc ) Constipação Oclusão vascular Desidratação Hipocalemia e alcalose metabólica Hepatocarcinoma Excesso de proteínas na dieta Hipoglicemia Hemorragia gastrointestinal Hipotireoidismo Hipóxia PRINCIPAIS TEORIASPRINCIPAIS TEORIASPRINCIPAIS TEORIASPRINCIPAIS TEORIAS Principais teorias TEORIA DA AMÔNIA A amônia é originada do metabolismo da proteína e transformada em uréia no fígado para ser eliminada; Na lesão hepática ocorre acúmulo de amônia no plasma (hiperamonemia) O excesso de amônia reduz o consumo cerebral de glicose: aumenta a [ ] de glutamina e diminui a [] de alfacetoglutarato neurotoxicidade; Ocorre geralmente devido constipação intestinal, com aumento na produção de amônia por bactérias no cólon; Ocorre desvio ao consumo excessivo de alimentos protéicos ou sangramento das varizes esofagogástricas. Teoria dos Falsos Neurotransmissores Ocorre devido ao desequilíbrio plasmático entre os AACR e os de cadeia aromática Os aa de cadeia aromática são metabolizados exclusivamente no fígado, e os AACR podem ser metabolizados também pelos músculos.metabolizados também pelos músculos. Os níveis plasmáticos de AACR estão reduzidos devido ao consumo muscular e os aromáticos aumentados devido a redução de metabolização pelos hepatócitos Ocorre acúmulo de aa de cadeia aromática no sangue, produzindo falsos neurotransmissores (octopamina e feniletalonamina) que ultrapassam a barreira hemato- encefálica Teoria Gaba Ocorre devido ao excesso de substâncias depressoras da atividade cerebral (agonistas benzodiazepínicos naturais); Aumento do fluxo de cloro através das estruturas Aumento do fluxo de cloro através das estruturas pós-sinápticas e consequentemente inibição da transmissão nervosa. CLASSIFICAÇÃO GRAU I: Alteração do comportamento e do ritmo sono-vigilia. Pode haver sonolência ou euforia. Escrita alterada. Oscilação do humor GRAU II: Igual ao estagio anterior com maior predomínio da sonolência e aparecimento do flapping ou asterixis. Redução da memória fala arrastada.memória fala arrastada. GRAU III: Paciente dorme a maior parte do tempo, mas responde a estímulos verbais. Confusão mental moderada a grave, agressividade, paranóia, delírio, asterixis. Rigidez muscular GRAU IV: Paciente comatoso, perda da consciência,podendo ou não responder a estímulos dolorosos. Asterixis ausente. Pupilas dilatadas. Recomendação protéica segundo grau da encefalopatia GRAU I e II Dieta s/ restrição do tipo de proteína, de acordo com tolerância GRAU III Deita c/ teores elevados em AACR e restrita em AACA, sem proteínarestrita em AACA, sem proteína animal e introdução gradativa: 10g, 20g, 30g e 40g/dia de proteína animal/dia GRAU IV Dieta enteral, c/ teores elevados em AACR e restrita em AACA ou parenteral ASCITE É uma das mais comuns formas de apresentação da cirrose hepática. Pacientes que apresentam ascite pela primeira vez, como consequência de descompensação hepática, devem ser tratados exclusivamente com restrição salina e repouso, principalmente se a excreção urinária de sódio estiver acima de 80 meq/diase a excreção urinária de sódio estiver acima de 80 meq/dia A introdução de diuréticos deve ser feita somente após esta tentativa ou em pacientes hipoexcretores de sódio (inferior a 40 meq/dia) Quando indicado o uso de diuréticos, a primeira escolha deve recair sobre os poupadores de potássio (espironolactona) Exemplos de Ascite A síndrome hepatorrenal ou nefropatia hepática É insuficiência renal funcional (não há lesão morfológica), ocasionada por redução do fluxo sanguíneo para os rins. O diagnóstico deve ser feito em paciente evoluindo com azotemia progressiva e oligúria, com função tubular azotemia progressiva e oligúria, com função tubular preservada (sódio urinário inferior a 10 meq/dia, relação da creatinina urinária em relação à plasmática <40 e osmolaridade urinária elevada). O diagnóstico diferencial com a insuficiência pré-renal é feito pela expansão do intravascular que não é capaz de restabelecer a função na síndrome hepatorrenal. Avaliação NutricionalAvaliação Nutricional PRÓSMÉTODOS CONTRAS AGS Antropometria Proteínas viscerais (albumina, CTL, ...) Fidedigna, método preferido nestes casos Associada à CMB= encontrada correlação Dobras sofrem menos Não quantifica as alterações nutricionais Refletem disfunção hepática Peso e dobras podem MÉTODOS AGS Antropometria Proteínas viscerais (albumina, CTL, ...) Índice creatinina/ altura; BN BIA Antropometria Força do aperto de mão interferência (edema/ascite) Força muscular- avaliação da resposta à TN Estima massa muscular corpórea/ uso proteína Bom- uso individual c/ medidas seriadas Influencia de outros fatores (neuropatia) Disfunção renal, dificuldade coleta Presença de ascite e anasarca estar mascarados Anamnese- Recordatório 24 h Analisa precocemente necessidade de intervenção Métodos de coleta de dados Índice creatinina/ altura; BN Antropometria Força do aperto de mão CORREÇÃO DO PESO CORPORAL Circunferência abdominal = Ascite (associar com peso)Circunferência abdominal = Ascite (associar com peso) 2Kg para ascite leve 4 kg para ascite moderada 8 kg para ascite intensa Pikul et al, 1994; Everhart et al., 1998.Pikul et al, 1994; Everhart et al., 1998. DIETOTERAPIA NAS HEPATOPATIAS Objetivos: Melhorar clinicamente o paciente (ascite, encefalopatia e infecção)encefalopatia e infecção) Melhorar o estado nutricional, revertendo o quadro de desnutrição Características da dieta: Proteína g/kg/dia Calorias Kcal/kg/dia CHO % Lipídeos % Hepatite aguda ou crônica 1,0-1,5 30-40 67-80 20-33 Cirrose complicada ou não 1,0-1,5 30-40 67-80 20-33 Desnutrição Colestase 1,0-1,8 1,0-1,5 40-50 30-40 72 73-80 28 20-27Colestase 1,0-1,5 30-40 73-80 20-27 Encefalopatia Grau 1 ou 2 Grau 3 ou 4 0,5-1,2 0,5 25-40 25-40 75 75 25 25 Transplante hepático Pré Pós 1,2-1,75 1,0 30-50 30-35 70-80 >70 20-30 <=30 Parenteral: solução de fischer Enteral: Soya Diet, hepato diet, fresubim hepa, hepamin * Aspen, 98: 20-40kcal/kg peso atual ou ideal Jesus, Pereira, Waitzberg, 2002 = 25-35 kcal/kg peso/dia Teran, Mc Cullough, 2001 = 30-35 kcal/kg peso/dia NECESSIDADES CALÓRICASNECESSIDADES CALÓRICAS Teran, Mc Cullough, 2001 = 30-35 kcal/kg peso/dia H. B. = não indicado = aumenta margem de erro PESO: pré-doença /habitual (se eutrófico)/adequado Características da dieta: InjúriaInjúria Recomendação Recomendação (kcal/kg/dia)(kcal/kg/dia) AutoresAutores Compensada ou Compensada ou descompensadadescompensada 30 30 4040 DesnutriçãoDesnutrição30 30 5050 McCulloghMcCullogh (2000)(2000) DesnutriçãoDesnutrição 30 30 5050 EncefalopatiaEncefalopatia 25 25 4040 Tx (Pré)Tx (Pré) Tx (Pós)Tx (Pós) 30 30 5050 30 30 3535 Hepatite (aguda ou Hepatite (aguda ou crônica)crônica) 30 30 -- 4040 Recomendações nutricionais na Insuficiência Hepática IngestãoIngestão RecomendadaRecomendada ProteínaProteína g/kg/diag/kg/dia CaloriasCalorias Kcal/kg/diaKcal/kg/dia ChildChild AA-- 1 1 1,51,5 30 30 3535ChildChild AA-- Cirrose não Cirrose não ComplicadaComplicada 1 1 1,51,5 30 30 3535 ChildChild B e CB e C Cirrose Cirrose complicadacomplicada 1 1 1,81,8 35 35 -- 4545 Características da dieta: ** Considerar peso seco do paciente para cálculos. O sódio geralmente é restrito a 2g/dia A ingestão de líquidos fica em torno de 1 a 1,5l A ingestão de líquidos fica em torno de 1 a 1,5l dependendo da gravidade da ascite. Na encefalopatia, utilizar dietas a base de proteína vegetal e caseína (mais baixas em aminoácidos aromáticos tirosina, fenilalanina e triptofano e mais ricas em BCAA valina, leucina e isoleucina) NECESSIDADES PROTÉICAS Recomendações: Sem alterações = indivíduo saudável = 0,8-1g/kg Para retenção N = 1-1,5 g/kg ( boa tolerância até1,75g/kg) Teran, Mc Cullough, 2001 = 1 a 2g/kg peso/dia PTN NÃO PREVINE ENCEFALOPATIA VITAMINAS E MINERAIS: Esteatorréia: A,D,E,K; Vitamina E: antioxidante etanol + diurético: P,K, Mg Complexo B (tiamina, ác. fólico, tiamina e B12) Complexo B (tiamina, ác. fólico, tiamina e B12) Ascite e edema= Na+ (1-2g/dia)- Descompensação 0,5- 0,7g/dia; Zn: estoques depletados Ca: 800-1200mg/dia pacientes c/ risco perda de massa óssea Alimentos indicados e contra- indicados na encefalopatia hepática Indicados (ricos em AACR) Proteína texturizada de soja Soja, lentilha Brócolis, couve-flor, acelga, agrião e couve Contra-indicados (ricos em aa cadeia aromática) Queijo Gema de ovo Carne de vaca Pepino, abóbora, rabanete, berinjela, beterraba, cenoura, palmito e quiabo Leite de soja, tofu, leite e laticínios de cabra Maçã, mamão, manga, goiaba e pêra Peixe congelado Miúdos de carneiro Carne de vaca Carne de porco Carne de frango Transplante Hepático O Transplante Hepático é feito tanto com doador cadavérico como com doador vivo relacionado. Em um e outro caso, entende: - A avaliação pré- transplante do receptor - A avaliação pré - transplante do doador (no caso de transplante com doador vivo relacionado) doador vivo relacionado) - A cirurgia do receptor - A cirurgia do doador (no caso de transplante com doador vivo relacionado) - O acompanhamento pós-transplante do receptor - O acompanhamento pós-transplante do doador (no caso de transplante com doador vivo relacionado) TX HEPÁTICO Nutrientes Condição Necessidades Nutricionais Calorias Paciente estável Paciente desnutrido 1,3 X TMB 1,5 X TMB Proteína Pós-operatório imediato e suspeita de rejeição IR e diálise 1,5 2,0/kg/dia 1,2/kg/dia Carboidrato Estável Diabetes 70% cal não protéicas Dieta para DM Lípides Estável Má absorção 30% de cal não protéicas Reduz TCL e Aumenta TCMMá absorção Pancreatite Reduz TCL e Aumenta TCM Jejum ou oferta mínima de lipídios Líquido Estável Aumento de perdas Redução urinária 1ml/kg de peso seco Repor Restringir líquidos Eletrólitos Hiponatremia Hipernatremia Ascite grave, edema Hipocalemia Hipercalemia Hipofosfatemia Hiperfosfatemia Hipomagnesemia Redução de líquido: 1-1,5l/dia Aumento de líquidos Redução de sódio: 2-4g/dia Suplementação de K+ Redução da ingestão de K+ Suplementar fósforo Carreadores de fósforo Suplementar magnésio Silva et al, 2001 TRANSPLANTE HEPÁTICO Arq. Bras. Gastroenterologia, 2002 TRANSPLANTE HEPÁTICO Arq. Bras. Gastroenterologia, 2002 CIRURGIAS DO FIGADO Hepatectomia É a retirada de um pedaço do fígado que se encontra doente. Transplante hepático É o procedimento de trocar um fígado doente por um sadio obtido através de de um doador. Colecistectomia É a retirada da vesícula biliar por doenças como cálculos (pedras), É a retirada da vesícula biliar por doenças como cálculos (pedras), inflamações (colecistites aguda ou crônica), tumores benignos ou malignos, etc. Colecistostomia É a abertura e colocação de uma sonda dentro da vesícula para drená-la temporariamente até que tenha condições de ser retirada CIRURGIAS DO FIGADO Anastomose bilio-digestiva É a emenda (anastomose) entre algum seguimento da via biliar extra- hepática com um segmento do tubo digestivo. As mais frequentes são colecistojejunostomia; coleducoduodenostomia. Biópsia hepática É a retirada de uma parte do fígado para exame laboratorial na procura de doenças. Pode ser feita numa cirurgia com o abdomen aberto ou por punção.doenças. Pode ser feita numa cirurgia com o abdomen aberto ou por punção. Vesícula Biliar (VB) e Vias Biliares Conceito: A vesícula é uma pequena saculação que se encontra junto ao fígado e sua função é armazenar bile produzida pelo fígado. Vesícula Biliar (VB) e Vias Biliares A VB tem 10 cm de comprimento e capacidade para armazenar de 30 a 60 ml de bile e diariamente pode armazenar de 500 a 1000ml/dia. No período pós-prandial a vesícula se espreme liberando bile em grande quantidade no intestino para entrar em contato com o alimento e continuar o processo de digestão iniciado pelo estômago. Junto a VB estão o ducto cístico, os ductos hepáticos, o colédoco, o ducto pancreático e o esfíncter de Oddi; O esfíncter de Oddi é uma estrutura muscular na extremidade distal da VB para regular o fluxo biliar. A função básica da bile é emulsificar as gorduras, facilitando sua digestão e absorção. A bile é composta principalmente por água, ácidos biliares, pigmentos biliares (bilirrubina), sais inorgânicos, colesterol, fosfolípides (lecitina), Na, K, Ca, Cl e bicarbonato; Litíase Biliar É a presença de cálculos (pedras) na VB (colelitíase) ou no ducto cístico e colédoco (coledocolitíase). O tamanho dos cálculos podem variar desde pequenos grãos de areia até o tamanho de um ovo de galinha. Os cálculos mais comuns são os mistos, compostos por colesterol, bilirrubina e cálcio (entre 0,5 a 2,5cm); Existem outros tipos de cálculos biliares compostos exclusivamente por colesterol (>2,5cm), bilirrubinato de cálcio e carbonato de cálcio; Geralmente assintomática, pode ser diagnosticada no momento de migração de algum calculo e obstrução de ductos, ocasionando uma inflamação (Colecistite). Manifestações clínicas: dor do tipo cólica ao lado direito, abaixo da costela, boca do estômago, ou ainda nas costas. Pode se localizar em todos os lugares descritos ao mesmo tempo ou separadamente. Acolia (fezes descoradas) e colúria (urina escurecida) Acolia (fezes descoradas) e colúria (urina escurecida) náuseas e vômitos dispepsia (dor epigástrica, empachamento pós-prandial e intolerância a alimentos gordurosos. Quem tem risco de apresentar litíase? Mulheres entre 20 e 60 anos têm 3 x mais chance de ter cálculos do que a população masculina. Mulheres que tiveram múltiplas gestações . O risco aumenta com a idade e a obesidade (mulheres obesas entre 35 e 65 anos). Pode ocorrer prejuízo na digestão das gorduras, podendo apresentar também fezes descoradas (acolia), devido a ausência dos pigmentos da bile. Complicações: - A cólica biliar que ocorre quando uma das pedras fica presa na saída da vesícula impedindo o fluxo de bile, levando a uma distensão importanteda vesícula (esforço para expelir). A colecistite aguda a pedra permanece na saída vesícula por um período prolongado. É uma inflamação aguda da vesícula biliar e/ou ducto cístico, com dor intensa, constante geralmente acompanhada de febre. Pode ser causada também por infecções bacterianas, presença de tumores ou refluxo de enzimas pancreáticas.pancreáticas. - A coledocolitíase é o resultado da migração de uma pedra de dentro da vesícula biliar para o canal da bile. Nestes casos o paciente fica ictérico pois a bile fica impedida de chegar ao intestino , acumulando-se no fígado e sangue. A colangite e a pancreatite são as complicações mais graves secundárias à migração das pedras para o canal da bile. Diagnóstico Atualmente o exame mais preciso para o diagnóstico de pedras na vesícula é a ultrassonografia. Exames radiológicos (RX). Tratamento Cirurgia. Existem dois métodos cirúrgicos para remover a vesícula biliar e as pedras: Colecistectomia convencional (3 dias de internação) , ou aberta e Colecistectomia videolaparoscópica (24hs de internação) Medicamentos. O uso de medicações para eliminar as pedras é reservado para casos muito especiais em que o paciente não possa ser submetido a cirurgia. O índice de sucesso varia de 40-80% e o tratamento dura de 6 a 12cirurgia. O índice de sucesso varia de 40-80% e o tratamento dura de 6 a 12 meses , com altos índices de recorrência. Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque, que consiste na destruição das pedras com ondas sonoras de alta frequência que direcionadas às pedras leva a quebra das mesmas em fragmentos menores. Vesícula biliar retirada por videolaparoscopia Vesícula Biliar aberta, retirada por Vesícula Biliar aberta, retirada por videolaparoscopia, com múltiplos microcálculos de colesterol Cálculos biliares pigmentares. DIETOTERAPIA NA COLECISTITE E LITÍASE BILIAR Objetivos da dietoterapia Evitar o estímulo da VB, aliviando a dor no caso de contrações e cólicas biliares, Manter e/ou recuperar um bom estado nutricional, evitando-se a obesidade Evitar perdas de peso rápidas, aumenta o risco de colecistite Adequar a dieta a tolerância alimentar do paciente. Características da dieta A dieta pode ter diferenças dependendo da fase (aguda, crônica e pós- cirúrgica); Na crise aguda da litíase biliar, caracterizando uma colecistite, a alimentação pode ser suspensa por até 24h (JEJUM) para a redução da inflamação e posterior cirurgia.posterior cirurgia. Calorias hipocalórica na obesidade Proteínas normoprotéica (10-15% do VET) Carboidratos normalmente hiperglicídica, para compensar a redução de lipídios, Lipídios: antes da colecistectomia, hipolipídica Características da dieta Na fase aguda, a dieta deve ser hipolipídica, sendo oferecido apenas de 30 a 50g/dia ou cerca de 20% do VCT Na fase crônica, onde a litíase biliar foi diagnosticada antecipadamente, a dieta deve ser hipolipídica. A dieta reintroduzida após a cirurgia de colecistectomia é líquida hipogordurosa, evoluindo-se para hipogordurosa,hipogordurosa, evoluindo-se para hipogordurosa, Após um período da adaptação de no máximo 6 meses, geralmente algumas semanas, a dieta volta a ser NORMOLIPÌDICA, Evitar principalmente alimentos potencialmente colagogos (que estimulam a contração da VB): creme de leite, gema de ovo e óleo de oliva. Não utilizar alimentos concentrados em gordura. Pode ser necessária a suplementação de vitaminas lipossolúveis
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