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Enfermagem Clínica 
LIVRO 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ENFERMEIRA E DOCENTE PATRÍCIA BLASI 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Essa apostila tem o objetivo principal de auxiliar os alunos deste curso técnico 
em enfermagem a executar suas funções com técnica e conhecimento 
adequados a prática. 
Através de uma abordagem simples e didática do que é a disciplina de 
Enfermagem Médica destacamos aqui algumas disfunções ou distúrbios que 
acometem os Sistemas do organismo humano. Neste livro o aluno terá pontos 
de interação com o professor, onde ambos farão juntos a atividades inerentes 
aquele conteúdo que foi ministrado na sala de aula. 
Abordamos neste livro prinicpalmente os conceitos, manifestações clínicas e 
cuidados de enfermagem de cada disfunção ou distúrbio aqui citado. 
A minha expectativa é que esse material seja a base de todo o seu conhecimento 
sobre saúde e que você aluno, possa se firmar no mercado de trabalho 
colocando em prática tudo o que foi ensinado neste livro. 
“Seja um profissional qualificado, não seja apenas uma mão de obra a mais no 
mercado de trabalho!” 
Enfermeira e Docente Patrícia Blasi Marques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO: 
I. DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS........................................................ 4 
1. Doenças Degeneratias.............................................................. 4 
2. Traumatismo Cranioencefálico – TCE....................................... 10 
3. Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Acidente Vascular Encefálico 
(AVE).......................................................................................... 11 
4. Depressão.................................................................................. 17 
5. Distonia...................................................................................... 17 
6. Enxaqueca (Cefaléia Primária).................................................. 19 
7. Epilepsia ou Estado de Mal Epilético......................................... 19 
II. DISFUNÇÕES METABÓLICAS............................................................ 20 
1. Diabetes Mellitus tipo I e Dabetes Mellitus tipo II...................... 20 
2. Hipotireoidismo e Hipertireoidismo............................................ 22 
3. Obesidade, Dislipidemia, Colesterol e Triglicerídeos................ 25 
III. DISFUNÇÕES DIGESTÓRIAS............................................................ 26 
1. Gastrite...................................................................................... 27 
2. Úlceras pépticas........................................................................ 29 
3. Hepatite..................................................................................... 31 
4. Hemorragia digestiva alta e Hemorragia digestiva baixa.......... 34 
5. Cirrose hepática........................................................................ 41 
6. Pancreatite aguda e Pancreatite Crônica................................. 42 
IV. DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS....................................................... 46 
1. Enfisema Pulmonar.................................................................. 48 
2. Bronquite Crônica..................................................................... 50 
3. Asma......................................................................................... 53 
4. Pneumonia................................................................................ 54 
5. Insuficiencia Respiratória Aguda e Insuficiencia Respiratória 
Crônica...................................................................................... 60 
6. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC........................ 64 
7. Tuberculose.............................................................................. 67 
V. Glossário ............................................................................................ 68 
Referências Bibliograficas ................................................................. 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I – DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS: 
Introdução. Existem mais de 600 patologias detectadas como disfunções ou 
distúrbios neurológicos e, que são responsáveis pela morte de aproximadamente 
6 milhões de pessoas anualmente. Podemos observar com essa informação da 
OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) que isso é um sinal de alarme 
para as autoridades públicas de saúde e para as pessoas se cuidarem e 
manterem sua saúde em dia. Cabe informar também, que muitos dos fatores que 
causam impacto na saúde neurológica em diversas fases da vida estão ligadas 
a saúde física, ao ambiente em que vivem e se sentem seguros e tranquilos nos 
ambiente e com eles mesmo, de como foi seu desenvolvimento e aprendizagem 
ao longo da vida, a sua conexão social e o apoio que esse indivíduo obteve ao 
longo da vida. Isso porque o cérebro desempenha um papel importante na 
regulação de outros sistemas como, o Sistema Cardiovascular, o Sistema 
Endócrino e o Sistema Imunológico. Para fircarmos mais atentos a essa 
condição, aqui veremos o Sistema Neurológico e seus diversos distúrbios. Bons 
estudos! 
 
1. Doenças Degenerativas: 
Estima-se que 60% dos problemas de saúde no mundo – causados, geralmente, 
por má alimentação, sobrepeso, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e, em 
alguns casos, predisposição genética – estejam relacionados a doenças crônico-
degenerativas. 
Elas modificam o funcionamento do organismo, podendo afetar desde células e 
tecidos até sistemas. Alguns dos casos mais comuns são Diabetes Mellitus, 
Osteoporose, Mal de Alzheimer, Esclerose múltipla, Distrofia muscular, 
Reumatismo, Artrite e Doenças Respiratórias. Citaremos aqui alguma delas. 
 
1.1 Doença de Alzheimer. 
Conceito. 
É uma doença degenerativa, progressiva e insidiosa¹, caracterizada por perda 
severa das funções intelectuais. 
Suas causas ainda não estão bem definidas, mas já se sabe que alguns fatores 
genéticos exercem alguma influência. 
Possíveis causas para o desenvolvimento da doença: 
• Intoxicações com alumínio; 
 
 
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• Anormalidades em neurotransmissores; 
• Defeitos autoimunes. (no sistema imunológico do corpo atacando as 
células saudáveis). 
Deverá realizar acompanhamento ambulatorial. 
Manifestações clínicas: 
• Memória prejudicada; 
• Alterações de personalidade; 
• Pensamentos obsessivos e paranoides; 
• Julgamento e comportamentos inapropriados; 
• Marcha lenta; 
• Rigidez nos movimentos; 
• Afasia (dificuldade de se comunicar e de compreender imagens, sons e 
outros tipos de expressão); 
• Agnosia (perda da capacidade ou dificuldade de identificar pessoas e 
objetos) 
• Convulsões. 
Cuidados de enfermagem. 
Na etapa final da doença, os pacientes requerem atenção 24 horas/dia, pois 
apresentam grande deterioração física e psicológica. Nesses casos o 
profissional deve: 
• Atentar para qualquer objeto ou situação que possam colocar o paciente 
em risco de lesão: 
• Manter a higiene e o conforto, bem como o asseio aparente, pois 
melhora a autoestima e facilita a relação com membros da família e 
visitas. 
• Estimular a participação da família nos cuidados com o paciente. 
• Estimular todos os comportamentos de autocuidado adequados e 
possíveis (vestir-se, pentear-se e alimentar-se). 
 
 
 
 
 
 
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1.2 Doença ou Mal de Parkinson. 
Conceito. 
Distúrbio degenerativo crônico dos gânglios de base e das células 
dopaminérgicas na substânciadireção a um pulmão. Conforme avançam para o interior dos pulmões, os 
brônquios se ramificam em segmentos chamados bronquíolos, que por sua vez, 
terminam nos alvéolos. O sangue chega aos alvéolos recebe o oxigênio 
inspirado e entrega de volta gás carbônico para ser exalado na expiração. 
Tratamento 
Vai depender do agente causador, a limpeza e a desobstrução das vias aéreas 
com a frequente oxigenação do organismo. 
Nos casos de bronquite bacteriana, é de extrema relevância que o tratamento 
seja realizado com antibióticos. 
Alternativas de tratamento para evitar o aparecimento das crises são: 
• Mudança de hábitos de vida como: parar de fumar, ter uma alimentação 
saudável e praticar esportes de forma moderada; 
• Seguir o tratamento à risca; e 
• Ter boa qualidade de vida. 
Cuidados de enfermagem. 
• Colocar o paciente em posição cômoda, cabeceira do leito elevada em 
torno de 45º a 60º. 
• Proporcionar oxigenoterapia se for indicado (ar umedecido) 
• Estimular ingesta hídrica, exceto quando contra-indicado. 
• Ajudar e ensinar o paciente a tossir, trocar de posição e respirar fundo a 
cada 2 horas. 
• Efetuar higiene oral depois de tosse com secreção. 
• Controlar pulso, respiração, temperatura e gases arteriais a cada 4 horas. 
• Administrar medicação segundo prescrição: broncodilatadores para 
diminuir a mucosa brônquica e a contração dos músculos lisos. 
• Observar a cor a pele, das mucosas e do couro cabeludo. 
• Aspirar secreções quando necessário. 
• Avaliar a característica da secreção: quantidade (pequena, moderada, 
grande), cor (incolor, amarelada, esverdeada, avermelhada – presença de 
sangue), consistência (fluida, espessa, viscosa), cheiro (sem cheiro ou 
fétido) 
• Avaliar o nível de ansiedade, dar apoio emocional e limitar as visitas. 
 
 
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3. Asma 
Conceito. Atinge as pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), fazendo 
com que eles fiquem inchados e contraídos, e desenvolvendo crises de 
broncoespasmo. Assim, os bronquíolos se fecham e ocorre o estreitamento no 
canal de ar. 
→ Crise de asma – costuma surgir durante a infância e pode persistir por 
toda a vida. 
Principais fatores de risco para a asma (gatilhos especiais): 
• Tabagismo; 
• Fumaça de cigarro; 
• Exposição a agentes alérgenos que causam irritação (pólen, mofo e 
ácaro); 
• Exposição a agentes químicos, como gases, produtos de limpeza e 
inseticidas; 
• Ingestão de determinados alimentos como leite, ovos, frutos do mar; 
• Ansiedade; 
• Estresse; 
• Exercícios físicos em excesso; 
• Cheiros específicos. 
Sintomas: 
• Falta de ar; 
• Respiração curta e ruidosa; 
• Tosse seca; 
• Chiado no peito. 
Tratamento. É determinado levando-se em consideração o perfil do paciente: 
• Sintomas; 
• Possíveis causas; 
• Histórico familiar; 
• Avaliação funcional; 
• Idade; 
 
 
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• Estilo de vida; 
• Entre outros elementos. 
O tratamento medicamentoso geralmente é o mais indicado. Aqueles com 
efeito broncodilatador e ação anti-inflamatória, tais como os corticosteroides 
inalatórios. Medicamentos que ajudam a prevenir e amenizar as crises de asma: 
1. Broncodilatadores – seus ativos têm a função de desobstruir as vias 
respiratórias e proporcionar relaxamento aos músculos dessa região; 
2. Anti-inflamatórios – têm a função de tratar as inflamações e o inchaço das 
vias respiratórias. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• Exame de sangue: hemograma completo. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
 
4. Pneumonia 
Conceito. É uma inflamação do parênquima pulmonar causada por agente 
microbiano. Ou seja, é uma infecção que se instala nos pulmões e pode 
acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações 
terminais dos brônquios e, as vezes atinge os interstícios (espaço entre os 
alvéolos) 
As bactérias geralmente penetram na via aérea inferior no espaço alveolar onde 
ocorre a troca gasosa, mas não causam pneumonia na presença de um 
mecanismo de defesa do hospedeiro intacto ou imunocompetente. Quando a 
pneumonia acontece, ela é causada por vários microrganismos, inclusive 
bactérias, microbactérias, clamídias, micoplasma, fungos, parasitas e vírus. 
Diferente da gripe, altamente infectante, a pneumonia não costuma ser 
transmitida facilmente. 
Classicamente, a pneumonia tem sido categorizada em uma das quatro 
seguintes categorias: 
• Bacteriana ou típica (pneumonia provocada por bactérias); 
• Atípica (provocada pelos vírus e outros microrganismos mycoplasma 
pneumoniae, a Legionella pneumophila ou a Chlamydophila 
pneumoniae); 
• Anaeróbica / cavitaria (não são tão comuns, mas podem ocorrer 
parcialmente devido à dificuldade desses organismos serem identificados 
 
 
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durante a coleta de culturas, mas está associada diretamente a 
pneumonia por aspiração, doença periodontal, expectoração pútrica e 
abscesso pulmonar. Os agentes anaeróbios mais frequentemente 
isolados são peptoestreptococos, fusobacterium, provotella e 
bacteroides); 
• Oportunista (principalmente pacientes com aids, são suscetíveis a 
numerosos organismos comumente associados às pneumonias 
adquiridas na comunidade e no hospital) 
Pneumonias comumente encontradas: 
Existe uma superposição nos microrganismos julgados como responsáveis pelas 
pneumonias típica e atípica. Um esquema de classificação mais amplamente 
usado são categorizadas em principais pneumonias como: 
• Pneumonia adquirida na comunidade (é mais comum no inverno, devido 
ao aumento sazonal do número de casos de gripe e de outras infecções 
virais, bem como por causa do contato direto com indivíduos confinados 
em ambientes fechados); 
• Pneumonia adquirida no hospital ou nosocomial (acontece com pacientes 
que estão na UTI ou respirando com ajuda de aparelhos, onde as 
bactérias são levadas até ao pulmão por conta dos aparelhos inseridos 
para auxiliar na saúde do paciente); 
• Pneumonia no hospedeiro imunocomprometido (particularmente aqueles 
pacientes com Aids, são mais vulneráveis a uma gama de patógenos 
pulmonares, além de serem suscetíveis a uma gama de organismos 
associados a pneumonia adquirida na comunidade e no hospital.) 
• Pneumonia por aspiração (causada geralmente, pela inalação de 
produtos que são tóxicos ao organismo, como a fumaça e os odores de 
certas substâncias químicas. Ou quando o paciente sofre de engasgo ou 
refluxo, esse tipo de PNM pode ser ocasionado até pelo próprio vômito). 
Fatores de risco para pneumonia 
• Condições que produzem muco ou obstrução brônquica e interferem com 
a drenagem pulmonar normal (p.ex., câncer, tabagismo, DPOC); 
• Pacientes imunossuprimidos e aqueles com uma baixa contagem de 
neutrófilos (neutropênico); 
• Tabagismo: o fumo de cigarro interfere nas atividades mucociliar e 
macrofágica. 
• Imobilidade prolongada e padrão de respiração superficial. 
• Reflexo da tosse deprimido (devido aos medicamentos, um estado 
debilitado ou músculos respiratórios frascos); aspiração de material 
 
 
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estranho para dentro dos pulmões durante um período de inconsciência 
(trauma craniano, anestesia, nível deprimido de consciência) ou 
mecanismo de deglutição anormal; 
• Estado de dieta zero; posição da sonda nasogástrica, orogástrica ou tubo 
endotraqueal; 
• Terapia de antibiótico (nas pessoas muito doentes, é provável que a 
orofaringe seja colonizada por bactérias Gram-negativas); 
• Intoxicação por álcool (como álcool suprime os reflexos do corpo, pode 
estar associado à aspiração e diminui a mobilização do leucócito e a 
movimentação ciliar traqueobrônquica); 
• Preparações de anestésico geral, sedativo ou opioide que promovem 
depressão respiratória, o quecausa um padrão respiratório superficial e 
predispões ao represamento de secreções brônquicas e ao 
desenvolvimento potencial da pneumonia; 
• Idade avançada, por causa da possível depressão dos reflexos glótico e 
de tosse e da depleção nutricional. 
Medidas de Prevenção: 
• Promover a tosse e expectoração das secreções. 
• Encorajar a cessação do tabagismo; 
• Iniciar as precauções especiais contra a infecção; 
• Encorajar a cessação do tabagismo; 
• Reposicionar frequentemente e promover os exercícios de expansão 
pulmonar e tosse. Iniciar a aspiração e a fisioterapia torácica, quando 
indicadas. 
• Reposicionar frequentemente para evitar a aspiração e administrar 
criteriosamente os medicamentos, em particular aqueles que aumentam 
o risco de aspiração. 
• Realizar a aspiração e fisioterapia torácica, quando indicadas. 
• Promover a higiene oral frequente. Minimizar o risco de aspiração 
verificando a posição da sonda e o posicionamento adequado do 
paciente. 
• Encorajar a ingestão reduzida ou moderada de álcool (no caso do estupor 
alcóolico, posicionar o paciente para evitar a aspiração). 
• Observar a frequência e a profundidade respiratórias durante a 
recuperação da anestesia geral e antes de administrar medicamentos. Se 
a depressão respiratória for evidente, suspenda o medicamento e 
contacte o médico. 
• Promover a mudança frequente de posição, deambulação e mobilização 
precoces, tosse efetiva, exercícios respiratórios e dieta nutritiva. 
• Certificar-se de que o equipamento respiratório foi limpo da maneira 
correta; participar da monitoração continuada da melhora de qualidade 
com o departamento de cuidados respiratórios. 
 
 
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Principais Sintomas da Pneumonia: 
• Mal-estar generalizado; 
• Febre; 
• Dor no peito; 
• Falta de ar ou dificuldade para respirar; 
• Tosse seca ou com catarro amarelado ou esverdeado; 
• Prostração (fraqueza); 
• Náuseas e vômito; 
• Suores intensos, principalmente à noite. 
Entretanto, apesar desses sintomas serem mais comuns em adultos, podem 
ocorrer de forma diferente em crianças e idosos. 
Manifestações da Pneumonia em crianças: 
• Respiração ruidosa; 
• Respiração acelerada; 
• Dor abdominal; 
• Perda de apetite e recusa alimentar. 
Já quando os sintomas acontecem após uma gripe, a pneumonia é caracterizada 
como pneumonia viral e podem ocorrer os seguintes sintomas: 
• Coriza; 
• Dor de garganta; 
• Espirros; 
• Dor de ouvido; 
• Dor de cabeça; 
• Dores no corpo. 
Enquanto as pneumonias em idosos, que geralmente é associada a outros 
problemas de saúde, podem variar um pouco, com ausência de febre, porém 
podem surgir alguns sintomas e comportamentos, tais como: 
• Perda aguda de memória; 
• Confusão mental; 
 
 
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• Desorientação aguda em relação a tempo e espaço. 
Diagnóstico: 
Para determinar a ocorrência de pneumonia, o médico realiza a anamnese e o 
exame físico, auscultando os pulmões com o auxílio de um estetoscópio para 
averiguar se existem sons que sugiram a existência dessa patologia. Caso haja 
a suspeita, o médico poderá recomendar os seguintes testes para comprovar o 
diagnóstico da doença: 
• Raio x ou Tomografia Computadorizada do tórax: permite determinar 
a localização e extensão da infecção. Porém, não poderá informar sobre 
o tipo de agente que a causa; 
• Exames de sangue: usados para confirmar se há uma infecção e para 
tentar identificar o tipo de agente infeccioso que acomete o organismo do 
paciente; 
• Teste de escarro: uma amostra de fluido dos pulmões é tomada depois de 
uma tosse profunda. Ela é levada para análise, ajudando a identificar o 
agente causador da infecção. Só deve ser solicitado em casos graves ou 
pacientes com fatores de risco para microrganismos multirresistentes. 
Deve ser realizado em jejum, antes de escovar os dentes e em pote 
estéril. 
• Oximetria de pulso: exame que mede o nível de oxigênio no sangue, já 
que a pneumonia evita que os pulmões movam a quantidade suficiente 
para a corrente sanguínea. A oxigenação reduzida pode ser um sinal de 
alerta e aponta para a necessidade de internação hospitalar. 
Tratamento da Pneumonia: 
Consiste no uso de antimicrobianos a depender da sua causa e é possível 
reparar melhora dos sintomas em 3 a 4 dias. Os antimicrobianos usados são: 
• Antivirais; 
• Antifúngicos; 
• Antibacterianos (antibióticos). 
Pacientes idosos ou com febre alta podem precisar de internação hospitalar, e 
os pacientes acometidos de pneumonia química devem receber um tratamento 
de suporte. Pode ocorrer internação nos casos em que os pacientes apresentem 
alterações clínicas decorrentes de doenças como: 
• Comprometimento da função renal e da pressão arterial; 
• Dificuldade respiratória devido ao excesso de secreções nos alvéolos, 
que está levando à baixa oxigenação do sangue. 
 
 
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Assim como ocorre com diversas doenças respiratórias, é possível prevenir a 
ocorrência dos tipos de pneumonia, através: 
• Vacinação contra influenza e pneumococo; 
• Uso do fumo e bebida de forma discreta ou moderada; 
• Mantenha o ar-condicionado sempre higienizado; 
• Não exposição a mudanças bruscas de temperatura; 
• Higienizar as mãos com sabão ou álcool à 70%; 
• Evitar ambientes fechados e aglomerações; 
• Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar; 
• Manter o sistema imunológico fortalecido. 
Procurar imediatamente o atendimento médico para realizar diagnóstico precoce 
da doença. 
Considerações gerontológicas: 
A pneumonia (PNM) em idosos pode ocorrer como um problema primário ou 
como uma complicação de um processo patológico crônico. São difíceis de tratar 
e expressam uma taxa de mortalidade mais elevada do que em pacientes mais 
jovens. 
Sintomas que podem sinalizar a PNM: 
• Deterioração geral; 
• Fraqueza; 
• Sintomas abdominais; 
• Anorexia; 
• Confusão; 
• Taquicardia; 
• Taquipneia. 
Sintomas clássicos como: tosse, dor torácica, produção de escarro e febre 
podem estar mascarados ou estar ausentes (insuficiência cardíaca, volumes 
pulmonares diminuído e outras alterações na função respiratória). 
O tratamento de suporte engloba: 
• A hidratação (com cautela e avaliação frequente por causa do risco de 
sobrecarga hídrica no idoso); 
 
 
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• Terapia com oxigênio suplementar; 
• Assistência na respiração profunda; 
• Tosse; 
• Mudanças frequentes de posição; 
• Deambulação precoce. 
Complicações: 
• Choque e insuficiência respiratória; 
• Atelectasia e derrame pleural; 
• Superinfecção. 
Cuidados de enfermagem. 
• Auxiliar o paciente a tossir produtivamente. 
• Encorajar a ingestão de líquidos. 
• Observar no paciente náusea, vômito, diarreia, erupção e reações nos 
tecidos moles. 
• Fornecer oxigênio, conforme prescrito, para a dispnéia, distúrbio 
circulatório, hipoxemia ou delírio. 
• Monitorar a resposta do paciente à terapia. 
• Avaliar o nível de consciência antes que sedativos ou tranquilizantes 
sejam administrados. 
• Monitorizar a ingestão e excreção, a pele e os sinais vitais. 
• Monitorizar o estado respiratório, incluindo frequência e padrão da 
respiração, sons respiratórios e sinais e sintomas de angústia respiratória. 
 
5. Insuficiência Respiratória aguda e Insuficiência Respiratória 
crônica. 
5.1 Insuficiência Respiratória aguda. 
Conceito. É uma deterioração súbita e com risco de vida da função da troca 
gasosa do pulmão (Hematose). 
Acontece quando a troca de oxigênio por dióxido de carbono nos pulmões não 
consegue se harmonizar/combinar com a velocidade de consumo de oxigênio e 
produção de dióxido de carbono pelas células do corpo. 
 
 
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Mecanismos do sistema respiratórioque levam à Insuficiência Respiratória 
aguda: 
• Hipoventilação alveolar; 
• Anormalidades de difusão; 
• Desequilíbrio da ventilação-perfusão; 
• Shunt. 
Pois a IRA irá prejudicar tanto a ventilação quanto a perfusão no pulmão. 
Causas comuns: 
• Estímulo respiratório diminuído; 
• Disfunção da parede alveolar; 
• Disfunções do parênquima pulmonar; 
• entre outras causas estão: 
✓ ventilação inadequada e insuficiência respiratória por efeito dos 
agentes anestésicos, ou analgésicos, ou sedativos usados em 
cirurgias de grande porte ou importantes de tórax e abdômen, que 
podem deprimir a respiração ou estimular os efeitos dos opioides 
e levar a hipoxemia, principalmente no período pós-operatório. 
✓ interferência na respiração profunda e na tosse, através de um 
desequilíbrio da ventilação em relação a perfusão, causadas pela 
dor, também no pós-operatório das cirurgias importantes de tórax 
e abdômen. 
Manifestações clínicas: 
• sinais precoces - associados a oxigenação prejudicada e podem 
englobar: 
✓ inquietação; 
✓ fadiga; 
✓ cefaleia; 
✓ dispneia; 
✓ falta de ar; 
✓ taquicardia; 
✓ pressão arterial aumentada. 
 
 
 
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• sinais após o avanço da hipoxemia: 
✓ confusão; 
✓ letargia; 
✓ taquicardia; 
✓ cianose; 
✓ sudorese; 
✓ e por fim, parada respiratória. 
• achados físicos: 
✓ angústia respiratória aguda, com uso dos músculos acessórios¹; 
✓ sons respiratórios diminuídos; 
✓ ventilação inadequada. 
Objetivo do tratamento: 
• Corrigir a causa subjacente e restaurar a troca gasosa adequada no 
pulmão; 
• Intubação e ventilação mecânica, necessárias para manter a ventilação e 
oxigenação adequadas enquanto a causa da IRA é corrigida. 
 
5.2 Insuficiência Respiratória crônica. 
Conceito. É a deterioração na função da troca gasosa do pulmão, que se 
desenvolveu de maneira insidiosa ou persistiu por um período longo depois de 
um episódio de IRA. Sendo a cronicidade da IRA causadas pela ausência de 
sintomas agudos e pela presença de acidose respiratória crônica. 
Causas: 
• DPOC¹; 
• Doenças neuromusculares² 
 
COMPLICAÇÕES: 
Desenvolvem uma tolerância ao agravamento gradual da HIPOXEMIA ou 
HIPERCAPNIA. 
 
 
 
 
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Princípios do tratamento: 
IRc → IRa 
↓ 
PACIENTES COM DPOC 
(Que desenvolve uma exacerbação ou infecção como resultado da 
deterioração adicional do mecanismo de troca gasosa) 
IRa versus IRc 
IRa IRc 
COMO SURGE: repentinamente 
devido a obstrução das vias 
respiratórias; acidentes de trânsito, 
abuso de drogas ou AVC, por 
exemplo. 
COMO SURGE: ao longo do tempo 
devido a outras doenças crônicas, 
como o DPOC, impedindo a 
realização de atividades diárias, 
como subir escadas sem sentir falta 
de ar. 
TRATAMENTO: estabilização do 
acidente; oferta de oxigênio por 
máscara e monitorização de seus 
sinais vitais, e dependendo da causa 
dos sintomas, iniciar tratamento 
específico. 
TRATAMENTO: iniciado com o 
tratamento da doença de base. 
 
Cuidados de enfermagem nas IRa E IRc. 
• Assistir a intubação e manter a ventilação mecânica; 
• Avaliar o estado respiratório do paciente ao monitorar o nível de resposta, 
gasometria arterial, oximetria de pulso de 4/4 horas e sinais vitais; 
• Implementar estratégias como: mudança de decúbito, cuidados orais, 
cuidados subcutâneos, amplitude de movimento dos membros. 
• Orientação quanto aos distúrbios provocados pela IRa: 
• Manter decúbito (cabeceira) elevada 45º graus para maior expansão 
pulmonar; 
• Suporte psicossocial; 
• Suporte nutricional, caso o paciente intubado, o enfermeiro deve instalar 
uma SNE para dar suplemento nutricional ao paciente que encontra-se 
impossibilitado de autoalimentação. 
 
 
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6. DPOC 
Conceito. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é a obstrução da 
passagem do ar pelos pulmões provocada geralmente pela fumaça do cigarro 
ou de outros compostos nocivos. A doença se instala depois que há um quadro 
persistente de Bronquite ou Enfisema Pulmonar. 
Classificação da gravidade da DPOC. 
• Estágio I - Leve 
Característica: Leve limitação ao fluxo aéreo (VEF1/CVF inferior a 70%, com 
VEF1 igual ou superior a 80% do previsto) e sintomas compatíveis, 
principalmente produção crônica de expectoração e tosse. 
Observação: O indivíduo pode não ter percepção de que sua função pulmonar 
está anormal. Não deve ser perdida a oportunidade para o diagnóstico precoce, 
devendo todo tabagista ser questionado sobre sintomas e orientado a parar de 
fumar. Na presença de sintomas, solicitar espirometria. 
 
• Estágio II - Moderada 
Característica: Limitação média ao fluxo aéreo (VEF1 inferior a 80% do previsto 
e igual ou superior a 50%). 
Observação: Ocorre maior percepção dos sintomas em relação ao estágioI. 
 
• Estágio III - Grave 
Característica: Grave limitação ao fluxo aéreo (VEF1 inferior a 50% do previsto 
e igual ou superior a 30%) ou hipoxemia (PaO2 inferior a 60 mmHg, com PaCO2 
igual ou inferior a 45mmHg) ou dispneia grau 2 ou 3 na fase estável (mesmo com 
VEF1superior a30% do previsto), na presença de VEF1 reduzido. 
Observação: A qualidade de vida está bastante afetada e as exacerbações são 
mais frequentes e graves. Hipoxemia ou dispneia na ausência de distúrbio 
obstrutivo à espirometria apontam para diagnósticos alternativos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estágio IV - Muito grave 
Características: VEF1 inferior a 30% do previsto ou hipercapnia, ou sinais 
clínicos de cor pulmonale (insuficiência cardíaca direita). 
Observação: Sintomas contínuos, geralmente com incapacidade para tarefas 
da vida diária, acarretando dependência e dispneia grau 4. 
 
Avaliação diagnóstica complementar: 
• Radiografia simples de tórax em projeção póstero anterior e perfil – 
recomenda-se para avaliação dos sinais radiológicos de bronquite crônica 
ou enfisema. 
• Hemograma – Recomenda-se para avaliação de anemia (indicativa de 
deficiência nutricional, perda sanguínea ou doença crônica) ou 
policitemia, indicativa de hipoxemia crônica. 
• Oximetria em repouso - Recomenda-se a avaliação da oxigenação 
arterial por oxímetro de pulso na primeira consulta. Se a SpO2 for igual 
ou inferior a 90%, indica-se gasometria arterial para avaliar a gravidade e 
a indicação de oxigenoterapia. 
• Eletrocardiografia em repouso e ecocardiografia - Estão indicadas nos 
casos em que há suspeita de hipertensão pulmonar e cor pulmonale 
(obstrução moderada a grave ao fluxo aéreo, hipoxemia crônica e sinais 
clínicos de disfunção ventricular direita). E para avaliação das 
cardiopatias primárias conforme suspeita clínica. 
Tratamento não medicamentoso 
• Cessação do tabagismo 
• Reabilitação pulmonar e fisioterapia respiratória 
• Tratamento cirúrgico 
Tratamento medicamentoso 
A base são os Broncodilatadores por via inalatória, os quais proporcionam alívio 
sintomático. 
• Broncodilatadores de curta ação (salbutamol, fenoterol) 
• Broncodilatador anticolinérgico (brometo de ipratrópio) 
• Broncodilatadores de longa ação (salmeterol, formoterol) 
• Corticosteroides inalatórios (budesonida, beclametasona) 
• Corticosteroides sistêmicos não inalatórios (prednisona, prednisolona, 
hidrocortisona) 
• Oxigenoterapia domiciliar 
 
 
 
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Cuidados de enfermagem. 
• Realizar aconselhamento antitabagismo. 
• Avaliar indicação de terapia medicamentosa para cessação do tabagismo 
(sinais de dependência farmacológica elevada).* 
• Avaliar e tratar comorbidades. 
• Orientar medidas de autocuidado para exacerbações. 
• A cada consulta, avaliar sintomas e comprometimento funcional 
(espirometria, 
• escala m MRC), estado nutricional, resposta e tolerânciaao tratamento 
medicamentoso, bem como revisar técnica de uso de dispositivos 
inalatórios. 
• Realizar espirometria anual. 
• Indicar vacinação se apropriado. 
• Realizar o tratamento em unidades básicas de saúde. 
• Considerar reabilitação pulmonar. 
• Considerar avaliação por pneumologista. 
• Revisar esquema de vacinas. 
• Realizar o tratamento em unidades básicas de saúde. 
• Avaliar trocas gasosas periodicamente (gasometria arterial). 
• Considerar avaliação da função pulmonar completa (volumes e 
capacidades pulmonares, difusão pulmonar, teste da caminhada), 
especialmente na presença/suspeita de comorbidade pulmonar ou 
cardiovascular significativa. 
• Avaliar sinais de cor pulmonale. 
• Avaliar sinais de depressão. 
• Recomendar acompanhamento em serviço especializado em 
Pneumologia. 
• avaliar indicação de tratamento cirúrgico (cirurgia redutora se enfisema 
bolhoso ou heterogêneo; ver critérios para indicação de transplante 
pulmonar). 
• Recomendar acompanhamento em serviço especializado em 
Pneumologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Tuberculose – Pulmonar (Bacilo de Koch - BK). 
Conceito. 
É uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, 
embora possa acometer outros órgãos e sistemas. 
Contaminação. 
Isolamento. 
Cuidados de enfermagem. 
• Orientar o paciente quanto a coleta do escarro para exame de BAAR – 
paciente sem jejum ou com jejum de 2 horas na primeira coleta, e jejum 
de 12 horas nas coletas subsequentes. 
• Controle da higiene e dos sinais vitais. 
• Encaminhar para exames de imagem: Raio-X e TC. 
• Administração dos retrovirais de acordo com solicitação médica. 
 
AULAS PRÁTICAS: 
- Técnica de aferição dos Sinais Vitais: Pulso, Respiração, temperatura. 
- Parâmetros de cada sinal vital e suas anormalidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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V. Glossário 
 
DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS 
¹ doença que aparece lentamente sem sinais ou sintomas alarmantes ou 
graves. 
² desconhecida. 
³ é caracterizada pela pobreza dos movimentos, passos curtos, pés rentes ao 
chão e diminuição velocidade. 
⁴ branca. 
⁵ durar vários dias ou meses e ter recuperação parcial ou total. 
 
DISFUNÇÕES DIGESTÓRIAS 
¹ gastrite eosinofílica, que pode se originar de reação alérgica provocada por 
uma infestação por nematelmintos (lombrigas), mas normalmente é de causa 
desconhecida. 
³ a neutralização ou redução do ácido gástrico promove a cicatrização de 
úlceras pépticas, independente da causa e o tratamento é mantido por 4 a 8 
semanas, através de dieta leve para reduzir o ácido, evitando alimentos que 
causam dor e agravam a sensação de inchaço, eliminar possíveis substâncias 
que irritam o estômago. 
⁴ os antiácidos (líquidos ou comprimidos) contém carbonato de cálcio ou 
substâncias similares, neutralizam o ácido gástrico, mas não bloqueiam a sua 
produção. 
⁵ utilizada para tratar complicações de uma úlcera péptica. 
 
Úlceras pépticas. 
¹ através de uma microcâmera implantada numa sonda flexível se consegue 
visualizar com clareza as paredes internas do estômago e suas lesões, quando 
há necessidade, pode ser retirada uma pequena amostra do tecido para que 
possa ser enviado para o laboratório para ser realizada a biópsia. O 
endoscópio também pode ser usado para estancar hemorragias ativas e 
diminuir a tendência a hemorragias recorrentes causadas por úlceras. 
³ causada pelo excesso da produção de ácido (gastrina) secretada pelo 
gastrinoma (tumor endócrino pancreático). Esta síndrome faz com que o 
 
 
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indivíduo apresente sintomas de úlceras pépticas agressivas (dor e 
sangramento) no estômago, duodeno ou em outros locais do intestino. 
 
DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS 
 Insuficiência Respiratória aguda 
¹são músculos auxiliares da respiração, utilizados somente em inspirações 
forçadas ou quando a pessoa está em sofrimento respiratório. Os principais 
músculos acessórios são: esternocleidomastóide, escalenos (anterior. Médio e 
posterior), peitoral menor e serrátil anterior. 
 
Insuficiência Respiratória crônica. 
¹ é um estado patológico caracterizado pela limitação do fluxo de ar e que não 
totalmente reversível; por vezes referida como obstrução crônica da via aérea 
ou doença pulmonar obstrutiva crônica. 
² são: Síndrome de Guillain-Barré; Distrofia Muscular de Duchenne; Distrofia 
Muscular de Becker; Esclerose lateral amiotrófica; Miastenia gravis; atrofia 
muscular espinhal; Distrofia muscular de cinturas; Neuropatias periféricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. 
1. LAURINDO, Josiane A.; PÔNCIO, Thiara G.H.O.; OLIVEIRA, 
Luciane F. de; CARVALHO, Daniela Schimitz de. Cuidados de 
enfermagem em um portador da doença pulmonar obstrutiva 
crônica em oxigenoterapia domiciliar: um estudo de caso no 
bairro Ponte da Aldeia, Manhuaçu (MG). III Seminário Científico 
da FACIG – 09 e 10 de novembro de 2017. II Jornada de Iniciação 
Científica da FACIG – 09 e 10 de novembro de 2017. 
 
2. SOUZA, Catiane. Implicações dos distúrbios na marcha em 
pacientes com Parkinson. 2014 
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202004). 
 
3. HINKLE, Janice, L. et al. Brunner & Suddarth - Tratado de 
Enfermagem Médico-Cirúrgica. Disponível em: Bookplay, (15th 
edição). Grupo GEN, 2023. 
 
4. MENEZES, Maíra Maria de; MENDONÇA, Ana Elza Oliveira de; 
SANTOS, Daniele Raiane Florentino dos; DAMASCENO, Thaynã 
Nhaara Oliveira. Cuidado de enfermagem a um paciente com 
Endocardite Infecciosa: relato de caso Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte. Natal/RN 
http://sociedades.cardiol.br/rn/pdf/xvi-anais/57.pdf 
 
5. FABIANI, G. et al. Aspectos clínicos e terapêuticos em 135 
pacientes com distonia: experiência do Setor de Distúrbios do 
Movimento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do 
Paraná. 1999. 
https://www.scielo.br/j/anp/a/hwTRRhrW5LmRXHpXgRf3HqS/# 
 
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE. 
Depressão. 2005 
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4/#:~:text=Causas%3A,impulsos%20nervosos%20entre%20as%2
0c%C3%A9lulas. 
 
7. SECRETARIA DE SAUDE DO PARANÁ. Boletim Epidemiológico. 
Tuberculose. Maio, 2021. 
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erculose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,tuberculosis
%20ou%20bacilo%20de%20Koch. 
 
8. BRASIL. OMS. Notícias da Organização Mundial da Saúde. Fórum 
DCNTs. OMS publica posicionamento sobre importância de 
otimizar a saúde do cérebro ao longo da vida. Publicado em 
01/09/2022. Disponível em: https://www.forumdcnts.org/post/oms-
saude-mental. Acesso em 16/04/2024 11h37 
 
9. BUAINAIN, R. P.; MOURA, L.S.; OLIVEIRA, A.S.B. Fasciculação. 
Portal Periódicos. UNIFESP. Ver. Neurociências 8(1): 31-34, 2000. 
Disponível em: https://periodicos.unifesp.br. Acesso em: 
16/04/2024 17:17. 
 
10. BRASI. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde. 
Afasia. BVSMS: abril, 2022. Disponível em: 
https://www.gov.br/conitec/pt-
br/midias/protocolos/resumidos/20230106_PCDT_Resumido_Esp
asticidade_final.pdf. Acesso em:16/04/2024 15h01 
 
11. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância em Saúde. 
Volume único. 2ª edição. Brasília: DF, 2017. Disponível em: 
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/d
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16/04/2024 22h36 
 
12. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biblioteca Virtual em Saúde. 
Aneurisma. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/aneurisma/ Acesso em 16/04/2024 
23h51 
 
 
 
 
 
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Tuberculose#:~:text=A%20tuberculose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,tuberculosis%20ou%20bacilo%20de%20Koch
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https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Tuberculose#:~:text=A%20tuberculose%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,tuberculosis%20ou%20bacilo%20de%20Koch
https://www.forumdcnts.org/post/oms-saude-mental
https://www.forumdcnts.org/post/oms-saude-mental
https://periodicos.unifesp.br/
https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/20230106_PCDT_Resumido_Espasticidade_final.pdf
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https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/20230106_PCDT_Resumido_Espasticidade_final.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/volume-unico-2017.pdf
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/volume-unico-2017.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/aneurisma/
 
 
 
 
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ENFERMAGEM CLÍNICA 
LIVRO 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENFERMEIRA E DOCENTE PATRÍCIA BLASI MARQUES 
 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Essa apostila tem o objetivo principal de auxiliar os alunos deste curso técnico em 
enfermagem a executar suas funções com técnica e conhecimento adequados a 
prática. 
Através de uma abordagem simples e didática do que é a disciplina de 
Enfermagem Médica destacamos aqui algumas disfunções ou distúrbios que 
acometem os Sistemas do organismo humano. Neste livro o aluno terá pontos de 
interação com o professor, onde ambos farão juntos a atividades inerentes aquele 
conteúdo que foi ministrado na sala de aula. 
Abordamos neste livro principalmente os conceitos, manifestações clínicas e 
cuidados de enfermagem de cada disfunção ou distúrbio aqui citado. 
A minha expectativa é que esse material seja a base de todo o seu conhecimento 
sobre saúde e que você aluno, possa se firmar no mercado de trabalho colocando 
em prática tudo o que foi ensinado neste livro. 
“Seja um profissional qualificado, não seja apenas uma mão de obra a mais no 
mercado de trabalho!” 
Enfermeira e Docente Patrícia Blasi Marques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO: 
 
I. DISFUNÇÕES CARDIOVASCULARES............................................................... 5 
1. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)............................................................. 7 
2. Arritmias Cardíacas....................................................................................... 9 
3. Angina do peito............................................................................................ 11 
4. Infarto Agudo do miocárdio (IAM).................................................................. 13 
5. Edema Agudo de Pulmão (EAP)..................................................................... 15 
6. Endocardite (Doença Infecciosa do coração) ................................................ 17 
II. DISFUNÇÕES HEMATOLÓGICAS E LINFÁTICAS.............................................. 23 
1. Anemia hemolítica autoimunes.................................................................... 23 
2. Anemia ferropriva........................................................................................ 24 
3. Leucemia .................................................................................................... 25 
4. Hemofilia .................................................................................................... 26 
 
III. DISFUNÇÕES URINÁRIAS ........................................................................... 30 
1. Cistite e Infecção urinária ............................................................................ 34 
2. Incontinência Urinária ................................................................................. 37 
3. Urolitíase .................................................................................................... 39 
4. IRA (Insuficiência renal aguda) e IRC (Insuficiência renal crônica) .................. 42 
5. Glomerulonefrite ......................................................................................... 49 
6.retenção urinaria .......................................................................................... 52 
 
IV. DISFUNÇÕES GENITURINÁRIAS .................................................................. 56 
1. Vulvovaginite............................................................................................... 56 
2. Candidíasevulvovaginal............................................................................... 57 
3. Vaginose bacteriana.................................................................................... 58 
 
 
 
 
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4. Papilomavírus Humano - HPV....................................................................... 58 
5. Endocervicite e Cervicite ............................................................................. 60 
6. Doença Inflamatória Pélvica (DIP)................................................................. 60 
Referências Bibliográficas ............................................................................... 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I – DISFUNÇÕES CARDIOVASCULARES 
Neste fasedo aprendizado estudaremos a estrutura e a função do coração, tanto 
na saúde quanto na doença, pois tal entendimento é necessário para o 
desenvolvimento das habilidades de avaliação cardiovascular.As disfunções 
cardiovasculares nesta disciplina abordarãonão só os conceitos, mas as 
disfunções associadas, e os cuidados inerente as mesmas. Tais cuidados 
abordam: avaliação dos sinais e sintomas como xantomas e dor abdominal de 
origem inespecífica;realização de eletrocardiograma, ecocardiograma e exames 
laboratoriais, de acordo com solicitação médica;avaliação da fraqueza muscular; 
investigação de episódios de dispnéia, tontura e/ou palpitação; pesquisa 
dohistórico nutricional e fatores de risco secundários, como dieta, tabagismo, 
sobrepeso, estresse elevado e etilismo. 
Anatomia e fisiologiacardiovascular. 
• Coração: Responsável pelo bombeamento do sangue de forma sistêmica e 
de forma pulmonar. 
• Vasos sanguíneos:são tubos por onde o sangue passa. São três tipos 
principais:artérias, veias e capilares.E, é através desses vasos que o 
sangue é careado por todo o corpo, cada qual com suas características. O 
sangue circula nos vasos sanguíneos careando nutrientes e oxigênio, 
importantes para o metabolismoe removendo o dióxido de carbono. 
 
Figura 1 – Estruturas do coração. 
 
 
 
 
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Figura 2–Circulação do sangue pelo coração. Fonte: CERTIFIED. A.D.A.M. Health 
ContentProvider. 
 
 
 
Figura 3–Fluxo do sangue no coração. 
 
 
 
 
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Figura 4 – Tipos de vasos sanguíneos e suas funções. 
 
 
1. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). 
- Conceito. É a pressão exercida sobre as paredes das artérias durante a sístole e 
a diástole ventricular. 
Fatores predisponentes: 
• Débito cardíaco; 
• Distensão das artérias; 
• Volume, velocidade e viscosidade do sangue. 
Fatores de risco que levam a Hipertensão: 
• Obesidade; 
• Alimentação rica em sódio e gordura; 
• Sedentarismo; 
• Tabagismo e consumo de álcool em excesso e por longo período de tempo; 
• Idade superior a 60 anos de idade. 
 
 
 
 
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Condições de normalidade. 
Quando a pressão arterial (PA) sistólica é igual ou inferior a 120 mmHg (milímetros 
de mercúrio) sobre uma diastólica igual ou inferior a 80mmHg. 
Hipertensão. É definida como uma PA sistólica igual ou superior a 140 mmHg e/ou 
uma PA diastólica superior a 90 mmHg. 
Hipotensão. Refere-se a uma PA sistólica ou diastólica abaixo dos parâmetros de 
normalidade, podendo causar vertigem ou desmaio. 
Pressão diferencial (diferença entre as pressões sistólica e diastólica). É um 
reflexo do volume sistólico, da velocidade de ejeção e da resistência vascular 
sistêmica. Sua normalidade fica entre 30 e 40 mmHg, o que indica que o paciente 
apresenta um débito cardíaco de normalidade.Lembrando que, quando o 
intervalo entre a sistólica e a diastólica é igual ou inferior a 30 mmHg essa PA é 
considerada convergente e se essa diferença for maior que 30 mmHg essa PA é 
considerada divergente. E ambas, podem ser resultado de alguma disfunção 
cardíaca. 
Atividade: 
Pesquise com auxílio do seu professor,quais são as disfunções que podem ser 
fatores causadores de PA diferencial divergente e convergente. 
Alterações Posturais ou Ortostáticas da PA.Normalmente, as respostas posturais 
que ocorrem nocorpo humano acontecem quando uma pessoa passa do da 
posição deitada para a ortostáticasão: 
• Aumento na frequência cardíaca de 5 a 20 bpm acima da frequência em 
repouso; 
• Pressão sistólica inalterada, ou discreta diminuição de até 10 mmHg; e 
• Discreto aumento de 5 mmHg na pressão diastólica. 
Hipotensão Postural.Consiste na queda prolongada de no mínimo 20mmHg na PA 
sistólica ou de 10 mmHg na PA diastólica nos 3 minutos após a passagem da 
posição deitada ou sentada para a ortostática, acompanhadade tontura, vertigem 
ou síncope. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento da pressão arterial; 
• Aferição dos dados antropométricos – verificação da altura, peso, 
circunferência abdominal e do quadril e cálculo do IMC; 
• Investigar fatores de risco e hábitos de vida; 
 
 
 
 
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• Orientar sobre a doença e sobre o uso regular de medicamentos prescritos 
para hipertensão. 
2. Arritmias Cardíacas. 
- Conceito.São distúrbios da formação e/ou da condução do impulso elétrico no 
coração e são denominadas de acordo com o local de origem do impulso elétrico 
e o mecanismo de formação ou de condução envolvido, tendo por evidência os 
efeitos hemodinâmicos causados: 
• Alteração na condução = alteração na ação de bombeamento do coração = 
causa, que nesse caso é a diminuição da pressão arterial. 
Principais sintomas. 
• Cansaço de início súbito; 
• Palpitações; 
• Desmaios; 
• Tonturas; 
• Confusão mental; 
• Fraqueza; 
• Pressão baixa; 
• Dor no peito. 
Diagnóstico. Realizado através da análise deonda eletrocardiográfica, achados 
em ECG. 
Tratamento.Sua base é a frequência e a gravidade dos sintomas produzidos. 
Tipos de arritmia. 
• Arritmias do nó sinoatrial: 
✓ Bradicardia sinusal; 
✓ Taquicardia sinusal; 
✓ Arritmias sinusal. 
• Arritmias atriais: 
✓ Extrassístole atrial; 
✓ Fibrilação atrial. 
• Arritmias ventriculares 
✓ Extrassístole ventricular; 
✓ Taquicardia ventricular; 
✓ Fibrilação ventricular; 
 
 
 
 
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✓ Assistolia ventricular. 
 
Fatores de risco. 
• Insuficiência cardíaca congestiva – disfunção sistólica do ventrículo 
esquerdo; 
• Hipertensão arterial – PA ≥ 140x90mmHg; 
• Idade ≥ 75 anos de idade; 
• Diabetes Melito tipo 2; 
• Doença vascular; 
• Gênero – feminino. 
Tratamento.Cardioversão e desfibrilação. 
São empregadas para tratar as taquicardias com administração de uma corrente 
elétrica que despolariza a massa crítica de células miocárdicas. A diferença entre 
a Cardioversão e Desfibrilação ocorre no momento da administração da corrente 
elétrica, através de um desfibrilador. 
 
Figura 5 – Posicionamento padrão das pás para a desfibrilação. Fonte: Brunner & Suddarth, 2022. 
 
 
Figura 6 – Posicionamento das pás para a desfibrilação. Fonte: Brunner&Suddarth, 2022. 
 
 
 
 
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- Cuidados de enfermagem. 
Indivíduos diagnosticados com taquicardia, bradicardia ou que já apresentaram 
problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca fazem parte do grupo 
de maior risco ou propensão de apresentarem arritmias cardíacas. Portanto, os 
cuidados de enfermagem estarão voltados para a prescrição médica, sinais vitais 
e sinais de intercorrência que porventura possam ocorrer com o paciente 
internado.E diariamente esses pacientes devem ser orientados a evitar exercícios 
de alta intensidade e realizar medidas de prevenção. 
3. Angina do peito. 
- Conceito.Dor torácica(manifestação clínica mais comum) ocasionada por 
isquemia do miocárdio, causado por aterosclerose coronariana significativa. 
Outros sinais e sintomas: 
• Desconforto epigástrico; 
• Dor que se irradia até a mandíbula ou braço esquerdo; 
• Dispnéia em pessoas com DM ou IC; 
• Sintomas atípicos em muitas mulheres, como: indigestão, náuseas, 
palpitações e dormência; 
• Sintomas prodrômicos (acontecem horas a dias do episódio agudo); 
• Ou evento cardíaco importante, como primeira indicação de aterosclerose. 
Fatores de risco 
• Elevação do colesterol ligado à lipoproteína de baixa densidade (LDL); 
• DAC conhecida; 
• diabetes melito; 
• doença arterial periférica; 
• aneurisma da aorta abdominal; 
• doença da artéria carótida; 
• outros fatores:idade, sexo, pressão arterial sistólica alta, história de 
tabagismo, nível de colesterol total alto e nível de lipoproteína de alta 
densidade (HDL) baixos. 
Fatores associados. 
• Esforço físico, que precipita um episódio de angina ao aumentar a 
demanda de oxigênio do miocárdio; 
 
 
 
 
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• Exposição ao frio, que causa vasoconstrição e elevação da pressão 
arterial, com aumento da demanda de oxigênio; 
 
• Ingestão de uma refeição pesada, que aumenta o fluxo sanguíneo para a 
área mesentérica para a digestão, reduzindo, assim, o aporte de sangue 
disponível para o músculo cardíaco; em um coração muito comprometido, 
o desvio de sangue para a digestão pode ser suficiente para induzir a dor 
anginosa; 
• Estresse ou qualquer situação que provoque emoção, que cause a 
liberação de catecolaminas, aumentando a pressão arterial, a frequência 
cardíaca e o esforço miocárdico. 
Tipos de angina:• Angina estável: dor previsível e consistente que ocorre aos esforços e é 
aliviada com repouso e/ou nitroglicerina 
• Angina instável (também denominada angina pré-infarto ou angina 
crescente): os sintomas aumentam em frequência e intensidade; pode não 
ser aliviada com repouso ou nitroglicerina. 
• Angina intratável ou refratária: dor torácica incapacitante grave 
• Angina variante (também denominada angina de Prinzmetal): dor em 
repouso com elevação reversível do segmento ST; acredita-se que seja 
causada por espasmo de artéria coronária 
• Isquemia silenciosa: existem evidências objetivas de isquemia (tais como 
alterações eletrocardiográficas em uma prova de esforço), mas o paciente 
não relata dor. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados. 
• Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e a frequência cardíaca em cada 
episódio de dor torácica. 
• Fazer ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto 
posterior. 
• Monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso. 
• Avisar o médico se a dor não diminuir. 
• Identificar junto ao paciente as atividades que provoquem dor. 
• Oferecer assistência de maneira calma e eficiente de modo a reconfortar o 
cliente até que o desconforto desapareça. 
 
 
 
 
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4. Infarto Agudo do miocárdio (IAM). 
- Conceito.OuSíndrome Coronariana Aguda é uma situação de emergência 
caracterizada por início agudo de isquemia do miocárdio, que resulta em morte 
miocárdica. E como isso acontece? Com a morte do tecido cardíaco causada 
pela 
 
ausência de fluxo sanguíneo oxigenado. E quando ocorre, uma parte do músculo 
cardíaco deixa de receber fluxo sanguíneo e torna-se necrótica. 
Causa. Aterosclerose das artérias coronárias. 
Fatores de risco não modificáveis. 
• Histórico familiar de DAC. 
• Aumento da idade(mais de 45 anos para os homens e mais de 55 anos para 
as mulheres). 
• Gênero, mais cedo em homens do que em mulheres. 
• Raça, incidência maior em afro-americanos do que em caucasianos. 
Fatores de risco modificáveis. 
• Hiperlipidemia – LDL e HDL. 
• Tabagismo, consumo de tabaco. 
• Hipertensão arterial. 
• Diabetes melito. 
• Síndrome metabólica (Doença que associa a obesidade a alimentação 
inadequada e do sedentarismo – conjunto de anormalidades metabólicas) 
• Obesidade. 
• Inatividade física. 
Manifestações clínicas. 
 Podem apresentara seguinte combinação de sintomas: 
• Dor torácica, sem resposta positiva aos medicamentos e repouso. 
• Dispnéia. 
• Indigestão. 
• Náuseas. 
• Ansiedade. 
 
 
 
 
 
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Podendo apresentar também: 
 
• Pele fria, pálida e úmida. 
• Frequência Cardíaca e Frequência Respiratória mais rápidas do que o 
normal. 
Esses sinais e sintomas podem ser causados pela estimulação do Sistema 
Nervoso simpático podem ocorrer porapenas um breve período de tempo ou até 
persistir. 
 
Diagnóstico, inclui pelo menos três dessas condições 
• Resistência insulínica (glicose plasmática em jejum superior a 100 mg/dℓ 
ou 
teste de tolerância à glicose anormal). Diabetes tipo 2. 
• Obesidade central (circunferência da cintura superior a 89 cm em 
mulheres e superior a 102 cm em homens). 
• Dislipidemia (triglicerídios> 150 mg/dℓ, HDLcrianças em 
 
 
idade escolar, após desenvolverem um episódio de faringite 
estreptocócica beta-hemolítica do grupo A.Além das bactérias, 
apresentem outros agentes causais, como desnutrição, aglomeração 
de pessoas, má higiene e baixo estado socioeconômico podendo 
predispor os indivíduos à febre reumática. 
- Atividade sobre Febre reumática realizada com o(a) professor(a). 
A Endocardite infecciosa é uma infecção microbiana da superfície endotelial do 
coração. Ocorre habitualmente em indivíduos com: 
✓ próteses valvares cardíacas; 
✓ dispositivos cardíacos, como marca-passo; 
✓ defeitos estruturais, como valvopatias; 
✓ idosos, com maior probabilidade de apresentar lesões valvares 
degenerativas ou calcificadas, redução da reposta imunológica à 
infecção e alterações metabólicas associadas ao envelhecimento. 
As endocardites por infecções estafilocócicas das valvas no lado direito do 
coração são comuns em pessoas que fazem uso abusivo de drogas 
intravenosas.As infecções adquiridas em unidades hospitalares ocorre com mais 
frequência em pacientes com doença debilitante ou cateteres permanentes e em 
 
 
 
 
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pacientes que estejam recebendo hemodiálise ou terapia prolongada com 
soluções ou antibióticos intravenosos. 
Já os pacientes que administram medicamentos imunossupressores ou 
corticosteroides são mais suscetíveis à endocardite fúngica. 
Fatores de risco para Endocardite Infecciosa. 
✓ Próteses valvares cardíacas ou material protético utilizado para reparo de 
valva cardíaca. 
✓ Implantação de dispositivos cardíacos como marca-passo, cardioversor 
desfibrilador implantável. 
✓ História de endocardite bacteriana sem cardiopatia. 
✓ Cardiopatia congênita: pacientes com shunts. 
✓ Receptores de transplante cardíaco com valvopatias. 
✓ Uso abusivo de drogas intravenosas. 
✓ Colocação de body piercings - orais, nasais e nos mamilos, e tatuagens. 
✓ Hemodiálise. 
Diagnóstico.Através de exames específicos como Ecocardiografia e 
Ecocardiografia transesofágica. 
Prevenção. Através da profilaxia com antibióticos para pacientes de alto risco 
imediatamente antes e, às vezes, após procedimentos odontológicos que 
envolvam a manipulação de tecido gengival ou da área periapical dos dentes, ou 
perfuração da mucosa oral. 
Cuidados de enfermagem. Voltados para a prevenção através da orientação e 
aconselhamento no qual os pacientes devem: 
✓ Evitar a utilização de palitos de dente ou outros objetos pontiagudos na 
cavidade oral; 
✓ Não roer as unhas; 
✓ Não colocar piercings e realizar tatuagens; 
✓ Minimizar os surtos de acne e psoríase; 
✓ Não utilizar dispositivos intrauterinos (DIU); 
✓ Comunicar caso o paciente apresente febre com duração superior a 7 dias; 
✓ Além de outros fatores como: vigilância com cateteres intravenosos e 
procedimentos invasivos, minimizar risco de infecção através de 
meticulosa higienização das mãos, preparo do local e a técnica asséptica 
durante procedimentos invasivos e sua manutenção e remoção de todos 
 
 
 
 
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os cateteres, sondas, drenos e outros dispositivos que já não são 
necessários ou deixam de funcionar. 
 
• Miocardite infecciosa – Miocárdio. 
A Miocardite infecciosa é um processo inflamatório que acomete o 
miocárdio, podendo causar dilatação cardíaca, trombos na parede do 
coração entre outras intercorrências. Alguns pacientes desenvolvem 
miocardite e insuficiência cardíaca, o pode agravar o quadro do paciente. 
Causa.Pode ser causada por: 
✓ infecção viral como HIV e Influenza A, bacteriana, fúngica, 
parasitária, metazoária, protozoária por Doença de Chagas ou por 
espiroquetas; 
✓ alguma relação imune, após infecção sistêmica aguda, como a 
febre reumática; 
✓ terapia imunossupressora ou naqueles com endocardite 
infecciosa, doença de Crohn ou lúpus eritematoso sistêmico; 
✓ reação inflamatória a toxinas, tais como agentes farmacológicos 
utilizados no tratamento de outras doenças. 
Manifestações clínicas. 
Podem estar assintomáticos, mas apresentar: 
 
✓ Fadiga e dispneia, síncope, palpitações e desconforto ocasional no tórax e 
na parte superior do abdome; 
✓ Os sintomas mais comuns são similares aos da gripe; 
✓ Apresentar morte súbita cardíaca; 
✓ Ouinsuficiência cardíaca congestiva grave. 
Diagnóstico. 
✓ cateterismo cardíaco; 
✓ RM cardíaca; 
✓ biopsias endocárdicas; 
✓ ECG; 
✓ Exames laboratoriais. 
Prevenção. 
✓ Imunização – Influenza e hepatite. 
 
 
 
 
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Tratamento. 
✓ Repouso no leito; 
✓ Antibioticoterapia - penicilina para estreptococos hemolíticos 
Cuidados de Enfermagem. 
✓ Monitoramento e controle da taquicardia, febre e outras manifestações 
clínicas; 
✓ Monitoramento dos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca; 
✓ Monitoramento cardíaco contínuo e controle das arritmias. 
Atividade a ser realizada com o(a) professor(a): Qualidade e segurança na 
administração de digitálicos. 
• Pericardite infecciosa – Pericárdio. 
A Pericardite consiste em inflamação do pericárdio, que é o saco 
membranoso que envolve o coração, e pode ser uma doença primária ou se 
desenvolver durante diversos distúrbios clínicos e cirúrgicos, como cirurgias 
cardíacas no pericárdio, 10 dias a 2 meses após infarto agudo do miocárdio. 
Causas. 
✓ Causas idiopáticas ou inespecíficas 
✓ Por infecção, em geral viral como o HIV e a influenza); raramente por 
causas bacterianas, como estafilococos, estreptococos, 
meningococos, 
 
gonococos, bacilos gram-negativos e tuberculose); além de fungos e 
parasitos 
✓ Por distúrbios do tecido conjuntivo como lúpus eritematoso sistêmico, 
febre reumática, artrite reumatoide, poliarterite e esclerodermia 
✓ Por Sarcoidose 
✓ Devido ao estado de hipersensibilidade, como reações imunes e 
reações medicamentosas 
✓ Por distúrbios das estruturas adjacentes, tais como infarto agudo do 
miocárdio, aneurisma dissecante, doença pleural e pulmonar 
(pneumonia) 
✓ Por doença neoplásica, como a causada por metástase de câncer de 
pulmão ou mama, leucemia e neoplasias primárias (mesotelioma) 
✓ Por radioterapia de tórax ou parte superior do torso (ocorrência máxima 
5 a 9 meses após o tratamento) 
 
 
 
 
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✓ Por traumatismos como lesão torácica, cirurgia cardíaca, cateterismo 
cardíaco, implantação de marca-passo ou desfibrilador cardioversor 
implantável. 
✓ Por lesão renal e uremia. 
Diagnóstico. 
 Geralmente obtido com base na história e nos sinais e sintomas, além de: 
✓ Ecocardiograma –Detecção da inflamação, derrame pericárdico ou 
tamponamento e insuficiência cardíaca. 
✓ TC – Mapeamento por imagem. 
✓ RM cardíaca - Detecção de inflamação e aderências. 
✓ Biopsia - Obter amostras teciduais para cultura e exame microscópico. 
✓ ECG – Alterações no segmento ST ou arritmias atriais. 
Cuidados de enfermagem. 
✓ Administração e manejo dos medicamentos para alívio da dor; 
✓ Tratamento e alívio dos sintomas; 
✓ Detectar sinais e sintomas de tamponamento cardíaco e de outras 
complicações; 
✓ Manter o paciente em repouso no leito, até que a febre, a dor torácica e 
o atrito tenham cessado. 
 
 
 
 
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Figura 7 –Estrutura do coração. As setas indicam o sentido do fluxo sanguíneo pelas câmaras 
cardíacas. Fonte: Bookplay Brunner &Suddarth, 2022 
 
Diagnóstico. Realizado com base nos sintomas do paciente e na ecocardiografia. 
Tratamento.É realizado com antibióticos intravenosos, mas tem como base o 
manejo ideal para todas as doenças infecciosas é a prevenção. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitorizar rigorosamente sinais vitais e controle hídrico. 
• Proporcionar repouso adequado e avaliar tolerância a atividade. 
• Encorajar uma dieta equilibrada. 
AULA PRÁTICA: 
- Avaliação da Pressão arterial (PA). 
- Parâmetrose anormalidades. 
- Controle hídrico (perda e ganho). 
 
 
 
 
 
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II – DISFUNÇÕES HEMATOLÓGICAS E LINFÁTICAS 
1. Anemia. 
- Conceito.Definida como uma doença em que ocorre a diminuição do número de 
glóbulos vermelhos, de hemoglobina ou de hematócrito para níveis inferiores aos 
padrões de normalidade. 
- Classificação. 
De acordo com sua etiologia em: 
• Hemorrágica; 
• Falciforme; 
• Perniciosa ou ferropriva; 
• Entre outras. 
- Causa. A diminuição dos glóbulos vermelhos, da hemoglobina ou de 
hematócrito ocorre por diferentes motivos, determinando o tipo de anemia. 
• Anemia hemorrágica – considerado como quadro agudo, a perda de sangue 
irá determinar a consequente diminuição de todos os seus componentes. 
• Anemia falciforme – não há diminuição da hemoglobina por perdas, e sim 
um defeito congênito em sua forma, o que a torna ineficiente em suas 
funções; 
• Anemia perniciosa – caracteriza-se pela carência de vitamina B12 devido 
àfalta de um carreador, chamado de fator extrínseco, normalmente 
liberado pela mucosa gástrica, que se liga à vitamina B12 da dieta e 
permitindo sua absorção no íleo. 
Anemia ferropriva - Essa carência de ferro faz com que haja diminuição do 
tamanho das hemácias e falta de pigmentação (hipocromia). Pode decorrer de 
ingestão ou absorção inadequada de ferro, causando um desequilíbrio entre as 
exigências de gasto e a reposição. 
- Diagnóstico.Exames laboratoriais - Hemograma completo. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Anemia ferropriva. 
- Conceito.O corpo armazena ¼ a 1/3 de ferro, e quando os depósitos de ferro se 
esgotam, inicia-se a anemia ferropriva que é o resultado de uma ingestão de ferro 
alimentar inadequada para a síntese de hemoglobina. 
Condição na qual a quantidade de ferro no organismo encontra-se abaixo do nível 
normal, sendo o tipo mais comum de anemia em todas as idades. 
O exame de ferritina sérica é um indicador da deficiência de ferro e distingui a 
anemia ferropriva de outras, causadas por deficiências congênitas. 
Manifestações clínicas. 
A anemia ferropriva e a anemia falciforme podem tornar-se sistêmicas e crônicas. 
Além da gravidade de alguns tipos de anemia, vários fatores podem influenciar a 
presença e a intensidade dos sintomas. Tais fatores como: 
✓ a velocidade do desenvolvimento da anemia; 
✓ sua duração; 
✓ as necessidades metabólicas do paciente; 
✓ a presença de outras doenças; 
✓ e complicações especiais. 
Se a deficiência for grave ou prolongada, podem apresentar: 
• língua lisa e vermelha; 
• unhas quebradiças e lascadas; 
• História de saúde para gestações múltiplas e sangramento gastrintestinal 
Fatores de risco. 
• Baixa ingestão dietética. 
• Má absorção:Doença celíaca;Gastrite atrófica;Cirurgia bariátrica;Uso de 
drogas;Infecção por H. pylori. 
• Perda sanguínea:Menorragia;Trauma;Hemorragia 
digestiva;Hemoptise;Hematúria;Hemodiálise. 
• Alta demanda:Infância e adolescência;Gestação;Uso de agentes 
estimuladores da eritropoiese. 
Sinais e sintomas.Podem variar desde: 
✓ vertigens; 
 
 
 
 
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✓ palidez cutânea; 
✓ fadiga; 
✓ sonolência; 
✓ perda da elasticidade da pele; 
✓ adelgaçamento dos cabelos; 
✓ hipo/hipertermia até dispneia; 
✓ taquicardia; 
✓ cianose; 
✓ icterícia; 
✓ e alterações em órgãos como o fígado e baço. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Manutenção adequada da nutrição; 
• Manejo e controle da fadiga; 
• Controle dos sinais vitais; 
• Promoção da adesão à terapia medicamentosa e suas complicações, 
inclusive suplementos de ferro. 
 
3. Anemia Hemorrágica 
Ocorre após grande perda de sangue, e segundo Failace (2006), a anemia 
hemorrágica tem as seguintes consequências: 
• Hemorragias inferiores (perda volêmica) a 10%, são bem toleráveis; 
• Entre 10 e 20% de perda volêmica, ocasionam reação vasovagal, com 
palidez, sudorese, náusea, pulso filiforme e lipotimia, além de hipotensão 
ortostática. 
• Perdas acima de 20% da volemia causam anemia aguda; 
• Acima de 30%, se não houver tratamento imediato, o choque torna-se 
irreversível. 
 
 
 
 
 
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Tratamento. 
• Controlar rapidamente os processos hemorrágicos; 
• Transfundir sangue logo que possível. 
 
 
4. Anemia Falciforme 
Caracteriza-se por um defeito congênito na hemoglobina, que se apresenta na 
forma de uma foice. 
Diagnóstico. Realizado ainda na primeira infância, sendo muitos dos indivíduos 
afetados mortos nos primeiros anos de vida. 
Sinais e sintomas primários. 
• Quadro de dor; 
• Edema; 
• Hipertermia, quando ocorre a isquemia. 
Sinais e sintomas secundários: 
• Hemólise; 
• Trombose (imprevisíveis), podem atingir todos os órgãos, sendo certos 
efeitos permanentes – hemiplegia, necrose séptica da cabeça do fêmur e 
os defeitos de concentração renal; 
• Icterícia, geralmente nas escleróticas. 
5. Anemia Crônica. 
 Associa-se a taquicardia e consequente cardiomegalia. 
Tratamento. 
Não existe tratamento específico, a não ser antibióticos e algumas pesquisas para 
melhorar o prognóstico. 
6. Anemia Perniciosa 
Causada pela ausência de fator intrínseco, que é usado como carreador da 
vitamina B12e possibilitador de sua absorção via oral. 
 
 
 
 
 
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Tratamento. 
Reposição de vitamina B12 por meio de injeções intramusculares (IM). 
 
7. Leucemia. 
- Conceito. 
A leucemia acontece quando uma célula do sangue, que ainda não atingiu a 
maturidade, sofre uma mutação genética e se transforma em uma célula 
cancerosa. Esse tipo não cumpre sua função adequadamente, além de se 
multiplicar mais rápido e morrer menos do que as células saudáveis. 
As Leucemias são classificadas, de acordo com a linhagem celular afetada em: 
• Linfocíticas – proliferação maligna de linfoblastos. 
• Mielocíticas – afeta a matriz hematopoiética de todas as células mieloides: 
✓ Monócitos; 
✓ Granulócitos; 
✓ Eritrócitos; e 
✓ Plaquetas. 
E, segundo a maturidade das células malignas, em: 
✓ Agudas; 
✓ Crônicas. 
Tem-se, então: 
• Leucemia linfocítica aguda (LLA); 
• Leucemia linfocítica crônica (LLC); 
• Leucemia mielocítica aguda (LMA); 
• Leucemia mielocítica crônica (LMC). 
Causa: influência genética, patogenias virais e exposição à irradiação ou produtos 
químicos como benzeno. 
 
 
 
 
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Processo neoplásico, no qual há proliferação ou acúmulo desregulado de 
leucócitos na medula óssea, no baço, no fígado e nos linfonodos, podendo 
ocorrer invasão em órgãos não hematológicos. 
As células leucêmicas são imaturas, pouco diferenciadas e com grande 
capacidade de proliferação, tendendo a comprimir as células normais, o que 
resulta em alteração na atividade dos leucócitos, que ficam incapazes de cumprir 
suas funções. 
Manifestações clínicas: o quadro clínico vai variar de acordo com o tipo de 
leucemia, embora comumente observados, sinais e sintomas como: 
✓ Fraqueza e fadiga; 
✓ Tendências hemorrágicas; 
✓ Petéquias e equimoses; 
✓ Dor, cefaleia, vômitos, febre e infecções. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Orientar e executar medidas que minimizem a exposição a 
microrganismos endógenos: 
✓ Manter higienizada a cavidade oral. 
✓ Manter higienizada a região perineal, identificando a presença de 
odor ou secreção. 
✓ Incentivar a lavagem frequente das mãos. 
✓ Manter as unhas curtas e limpas. 
✓ Manter o corpo limpo e seco, evitando assaduras. 
• Orientar e executar medidas que minimizem a exposição a 
microrganismos exógenos: 
✓ Lavagem das mãos, antes de entrar em contato com o paciente. 
✓ Limitar visitas. 
✓ Evitar contato com pessoas que apresentem qualquer infecção ou 
sintomas de infecção. 
• Identificar e comunicar sinais de infecções;• Prevenir choque hipovolêmico, identificando sinais de hemorragia; 
 
 
 
 
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• Manter terapias ocupacionais em caso de isolamento. 
8. Hemofilia. 
- Conceito. 
Caracterizam-se por uma deficiência no fator de coagulação VII (Hemofilia A) ou IX 
 
(Hemofilia B).A deficiência desses fatores (VIII e IX) de coagulação só pode ser 
identificado em testes laboratoriais, não podendo ser identificado apenas pela 
sua clínica e está ligado ao cromossomo X.Afeta pessoas do sexo masculino, 
apenas de existirem mulheres portadoras, porém assintomáticas. 
Manifestações clínicas. 
Pode ser uma doença grave e manifestar -se por: 
✓ Equimoses; 
✓ Sangramento nos músculos, mas articulações e nas gengivas; 
✓ Hematúria; 
✓ Hemorragias digestivas espontâneas. 
Alguns pacientes podem apresentar uma deficiência leve, manifestada por: 
✓ Sangramentos apenas após cirurgias; 
✓ Tratamentos maiores. 
Esses sangramentos podem ser fatais se a causa não for reconhecida 
imediatamente. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Orientar os pacientes para que evitem o uso de ácido acetilsalicílico e 
medicações por via parenteral; 
• Orientar quanto a uma boa higiene oral e alimentação adequada para 
prevenir problemas dentários, e escovas duras podem causar hemorragias; 
• Proteger as articulações com atlas, em caso de hemorragias articulares; 
• Adotar cuidados especiais caso o paciente necessite submeter -se a 
procedimentos como tricotomia, e enemas ou aplicação de calor, sendo 
que, sempre que possível, estes devem ser evitados. 
 
 
 
 
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• Providenciar um cartão de identificação para que o paciente carregue 
sempre consigo, devendo conter: 
✓ Nome da doença; 
✓ Grupo sanguíneo; 
✓ Fator Rh; 
✓ Pessoa a ser avisada em caso de urgência; 
✓ Nome do médico; 
✓ Nome do hospital onde faz o tratamento. 
AULAS PRÀTICAS: 
- Avaliação da coloração das mucosas. 
 
III – DISFUNÇÕES URINÁRIAS 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO TRATO URINÁRIO SUPERIOR E INFERIOR 
O trato Urinário é dividido em: 
1. Trato Urinário Superior formado pelos Rins; 
2. Trato Urinário Inferior formado pela ureteres, bexiga e uretra. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 8–Anatomia do trato urinário superior com ênfase na anatomia renal. Fonte: Bibliografia. 
 
 
I - TRATO URINÁRIO SUPERIOR FORMADO PELOS RINS. 
• RINS. 
 
São um par de estruturas castanho-avermelhadas localizadas por trás e por fora 
da cavidade peritoneal, sobre a parede posterior do abdome, desde a 12ª vértebra 
torácica à 3ª vértebra lombar no adulto. 
Pesa 120 a 170g e tem 12 cm de comprimento, 6 cm de largura e 2,5 cm de 
espessura em um indivíduo adulto. 
Os rins são bem protegidos pelas costelas, músculos, fáscia de Gerota, tecido 
adiposo perirrenal e cápsula, a qual circunda o Rim. 
Consiste em duas regiões distintas: 
1. parênquima renal: dividido em córtex (glomérulos, túbulos distais e 
proximais, e os ductos coletores corticais e seus capilares peritubulares 
adjacentes) e medula, assemelha-se a pirâmides cônicas (situadas com a 
base voltada para a superfície côncava do rim e o ápice voltado para o hilo, 
ou pelve); e a 
2. pelve renal (hilo): é a porção côncava do rim através da qual a artéria renal 
(originando-se a partir da aorta abdominal) divide-se em vasos cada vez 
menores, formando mais adiante a arteríola aferente, que se ramifica e 
forma o glomérulo, de onde o sangue sai através da arteríola eferente e flui 
de volta para a veia cava inferior através da rede de capilares e veias. 
Os néfrons são estruturalmente divididos em dois tipos: 
1. corticais: são encontrados no córtex do rim, 
2. justamedulares: situam-se adjacentes à medula. São diferenciados por 
suas longas alças de Henle e pelos vasos retos, as alças capilares longas 
que mergulham na medula do rim. 
O glomérulo é composto de três camadas filtrantes: 
1. endotélio capilar; 
2. membrana basal – normalmente permite a filtração do líquido e pequenas 
moléculas, embora limite a passagem de moléculas maiores, embora 
 
 
 
 
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limite a passagem de moléculas maiores, como as sanguíneas e a 
albumina; 
3. epitélio. 
A função renal começa a diminuir a uma velocidade de aproximadamente 1% a 
cada ano, começando por volta dos 30 anos de idade. 
Função dos rins: 
• formação da urina; 
• excreção de produtos residuais; 
• regulação de eletrólitos; 
• regulação do equilíbrio ácido-básico (pH); 
• controle do equilíbrio hídrico; 
• controle da pressão arterial; 
• clearence renal; 
• regulação da produção de eritrócitos; 
• síntese de vitamina D; 
• secreção de prostaglandinas. 
Cada rim possui aproximadamente 1 milhão de néfrons, os quais assumem 2 
formas: cortical (localizados no córtex do rim) e justamedular (adjacentes a 
medula). 
 
II - TRATO URINÁRIO INFERIOR FORMADO PELOS RINS. 
• URETERES, BEXIGA E URETRA. 
Formação da urina: ocorre dentro dos néfrons, flui para dentro do ureter (um tubo 
fibromuscular longo que conecta cada rim à bexiga) e isso ocorre em 3 fases: 
1. filtração glomerular. 
2. reabsorção tubular. 
3. secreção tubular. 
Ureteres: tubos musculares estreitos que se originam na porção inferior da pelve 
renal e termina no trígono da parede vesical. 
 
 
 
 
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A bexiga urinária é um saco muscular oco, localizado atrás do osso do púbis. Na 
infância encontra-se dentro do abdômen e na adolescência assume sua posição 
na pelve verdadeira. 
Capacidade da bexiga adulta é de aproximadamente de 300 a 600 ml de urina. 
Apresenta duas entradas (ureteres) e uma saída (junção uretrovesical). 
 
Figura 9 – Processo de formação da urina executado pelos néfrons. Fonte: Brunner & Suddarth, 2015. 
 
Esta figura mostra todo o processo de formação da urina executado nos néfrons 
através de 3 etapas: filtração, reabsorção e excreção. Onde são filtrados no 
glomérulo a água, eletrólitos e outras substâncias como glicose e creatinina; 
quantidades variadas dessas substâncias são reabsorvidas no túbulo renal e 
excretadas na urina. Acima também aparecem os volumes normais típicos dessas 
substâncias, mas essa quantidade vai variar de acordo com a dieta do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Cistite ou Infecção do Trato Urinário (ITU). 
- Conceito. 
Infecção do trato urinário, sintomática ou assintomática (bacteriana), é a infecção 
mais frequente, e que acomete pessoas de todos os sexos e idades, mas que têm 
prevalência nas mulheres e essa incidência aumenta em idosos após os 80 anos. 
Causas 
Os fatores de risco para ITU incluem: 
• cateteres urinários, 
• hipertrofia prostática benigna e prostatite em homens, 
• vaginite atrófica, 
• enfraquecimento do assoalho pélvico e deficiência de estrogênio em 
mulheres, 
• diabetes, 
• bexiga neurogênica, 
• demência, 
• imobilidade, 
• imunodeficiência relacionada à idade, 
• desidratação, 
• comprometimento funcional e contaminação fecal. 
Sinais e sintomas. 
A pessoa que está com ITU pode apresentar os seguintes sintomas: 
• disúria com ardência e queimação; 
• urgência para urinar; 
• frequência miccional aumentada (vai várias vezes ao banheiro); 
• urina em pequena quantidade; 
• sensação de não esvaziamento da bexiga; 
• febre; 
 
 
 
 
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• incontinência urinária (perda involuntária de urina); 
• dor suprapúbica 
• hematúria. 
A pessoa idosa pode apresentar outros sintomas que não são observados com 
frequência em jovens como: mal-estar indefinido; falta de apetite; fraqueza; 
calafrios; confusão mental (delirium). 
 
Diagnóstico. 
 O diagnóstico da ITU é feito pela histórianegra. 
Etiologia idiopática² podendo ser causada por encefalite, envenenamento por 
monóxido de carbono ou traumatismo craniano. 
Manifestações clínicas: 
• Rigidez muscular (contratura muscular): expressão facial semelhante a 
máscara, rigidez, tremores. 
• Bradicinesia (demora nas reações físicas e mentais): Salivação, perda de 
peso, acinesia, desmineralização óssea e perda dos reflexos posturais. 
• Postura inclinada (cabeça inclinada para baixo, tremores da cabeça): 
marcha festinante³ ou de passos curtos ou arrastada e propulsiva. 
 
Figura 1 – Marcha festinante. Sinais e sintomas de Mal de Parkinson. Fonte: Facebook, Dr. Rafael 
Oliveira. 
 
Cuidados de enfermagem. 
• Terapia medicamentosa conforme prescrição médica. 
• Instruir sobre a terapia medicamentosa. 
• Reabilitação. 
 
 
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• Educação do paciente e da família. 
• Estimular e facilitar a motilidade: exercício para soltar as estruturas 
articulares e exercícios de amplitude de movimento para evitar 
deformidades. 
 
• Facilitar e estimular atividades de autocuidado: através de dispositivos de 
autoajuda para atender suas necessidades diárias, assento elevado do 
vaso sanitário e pente de cabo longo. 
• Orientar quanto a necessidade de nutrição e hidratação adequadas: 
ensinar o paciente a controlar o acúmulo de saliva na boca (esforço 
consciente), que utilize pratos e talheres fixos e seguros, sugerir refeições 
leves e menores, e monitorar o peso. 
• Ouvir atentamente as angústias, os sentimentos de rejeição, solidão ou 
outras queixas, auxiliando o paciente a encontrar novas formas de ver as 
situações aos possíveis problemas encontrados. 
 
1.3 Esclerose Múltipla. 
Conceito. 
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória e desmielinizante do SNC, 
autoimune e etiologia desconhecida. 
Sua prevalência vai variar de acordo com a latitude, ou seja, vai depender da 
região que se habita, o Brasil é considerado um país de baixa/média prevalência, 
e estudos demonstram uma distribuição homogênea entre as mais variadas 
cidades do país. É uma doença mais comum no sexo feminino e em pacientes 
de origem caucasiana⁴, numa faixa etária, para o início dos sintomas, entre 20 e 
40 anos, raramente acima dos 60 anos. O quadro clínico implica 
comprometimento de diversas áreas do SNC em momentos diferentes. 
O quadro clínico pode ser descrito por: 
• Recorrente-remitente⁵, que é a forma mais comum; 
• Primeiramente progressiva, com apresentação da piora contínua, 
gradativa, e aditiva de sinais neurológicos ao longo de um período de 6 
meses; 
• Secundariamente progressiva, forma para a qual evolui a maioria dos 
paciente recorrente-remitente após 25 anos de sintomas; 
 
 
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• Recorrente-progressiva, forma de difícil reconhecimento e apresenta 
combinação de exacerbação e progressão. 
Os sinais e sintomas iniciais mais comuns são: 
• Fraqueza em um ou mais membros; 
• Espasticidade; 
• Ataxia de marcha; 
 
Figura 2 – Ataxia da marcha. Marcha atáxica cerebelar. Fonte: Blog Traumatologia e 
Ortopedia. Por Marcio R4 em 06/06/2021. 
• Disartria; 
• Comprometimento da coordenação motora (dismetria); 
• Sinais de liberação piramidal (hiporreflexia, sinal de Babinski e clônus); 
E com comprometimento autônomo: 
• Parestesia e hipoestesia; 
• Incontinência ou retenção urinária; 
• Retenção fecal; 
• Disfunção sexual; 
Além de outros sintomas como: 
• Diminuição aguda da acuidade visual precedida ou não de dor (neurite 
óptica); 
• Comprometimento do tronco cerebral manifestando-se pela 
Oftalmoparesia internuclear e pela neuralgia do trigêmeo; 
• Fadiga; 
• Distúrbios psiquiátricos (surtos psiquiátricos, depressão e 
comprometimento cognitivo). 
 
 
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O TRATAMENTO não é curativo e se inicia precocemente, garantindo a 
qualidade de vida e redução do risco de incapacidade permanente. E a terapia 
clássica divide-se em: tratamento de surtos e tratamento preventivo. 
 
Cuidados de enfermagem. 
Atividade: Pesquisa com o professor em sala de aula. Com base no quadro 
clínico, sintomas e tratamento da Esclerose Múltipla, construa os cuidados 
de enfermagem. 
 
1.4 Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). 
Conceito: Também conhecida como doença de Lou Gehring, é uma doença 
neuromuscular incapacitante e fatal. Esta doença resulta em fraqueza muscular 
progressiva e debilitante, além de paralisia progressiva dos músculos 
acompanhada de outros sinais de neurônios motores inferiores, como atrofia ou 
fasciculações. 
Manifestações clínicas. 
• Fraqueza debilitante progressiva dos músculos dos braços, do tronco e 
das mãos. 
• Fasciculações (contrações visíveis, finas e rápidas, espontâneas e 
intermitentes das fibras musculares) e sinais de espasticidade (. 
• Dificuldade progressiva de deglutir (salivação, regurgitação de líquidos 
pelo nariz), fala (nasal, e ininteligível), e dificuldades respiratórias. 
• Presença de déficits de nervos cranianos, juntamente com disartria 
deterioração da voz e disfagia, que podem causar fatores de risco 
nutricionais, aspiração e complicações respiratórias. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitorar frequentemente a capacidade vital 
• Avaliar sinais de hipoxia, como taquipneia, hipopneia, inquietação, sono 
deficiente e excesso de fadiga. 
• Providenciar a aspiração e os cuidados de rotina ao paciente com via 
respiratória artificial e ventilação mecânica. 
• Otimizar a mobilidade através de exercícios físicos, conservação da 
energia, incentivo a realização das atividades habituais e ajudá-lo a 
manter a independência. 
• Atender as necessidades nutricionais ao proporcionar refeições pequenas 
e frequentes, ricas em calorias e com textura apropriada ao paciente. 
• Atenção – não engolir sólidos com líquidos, o que pode propiciar 
sufocação e aspiração. 
 
 
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2. TCE – Traumatismo Cranioencefálico. 
Conceito. Também conhecida como lesão craniana, é uma ruptura da função 
cerebral normal em consequência de lesão relacionada com traumatismo. 
O TCE provoca o comprometimento da função neurológica, resultando em 
sintomas focais ou difusos. 
 
Tipos de TCE. 
• Concussão. 
• Contusão cerebral. 
• Hematoma intracerebral. 
• Hematoma subdural – sangramento arterial (sangue entre a lâmina 
interna do crânio e a dura-máter) e sangramento venoso (sangue entre a 
dura-máter e a aracnoide). 
• Lesão axônica e difusa ou lesão por cisalhamento (lacerações axônicas 
dentro da substância branca). 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitorar sinais de alteração doo nível de consciência, respostas 
pupilares anormais, vômitos, aumento da pressão do pulso, bradicardia, 
hipertermia. 
• Monitorar alteração do nível de consciência, sudorese, taquicardia, 
taquipneia, hipertensão, hipertermia, agitação e distonia. 
• Monitorar o estado cardíaco quanto a hipotensão e arritmias. Realizar 
ECG. A taquicardia com hipotensão indica a existência de hipovolemia e 
o paciente deve ser avaliado pelo médico para localizar outro local de 
sangramento oculto. 
• Monitorar débito urinário excessivo, urina diluída, hipernatremia, 
hiponatremia e investigar a sua origem. 
• Avaliar a função motora, sensorial e dos reflexos. 
Avaliar o comportamento que justifique qualquer sinal de lesão a si 
próprio ou a outros (agressividade). 
 
 
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Figura 3 – Escala de Glasgow. Atualizada de 2018 contendo Resposta Pupilar. Fonte: Página do 
Facebook. Fisio.djeannyfortes publicado em 03/02/2019. 
 
3. AVC Isquêmico e hemorrágico ou AVE Isquêmico e Hemorrágico. 
Pode ser conhecido tanto como AVC, quanto AVE ou derrame cerebral, e todas 
as denominações estão corretas, porém é maisclínica, exame físico e por exames 
laboratoriais que são solicitados pelo médico, dentre eles: 
• exame de urina, que pode demonstrar pus, sangue ou aglomerados de 
bactérias; 
• urocultura, para identificar patógeno e terapia direta; 
• exames de imagem para complementar a avaliação médica: 
ultrassonografia (ecografia), a tomografia computadorizada e a 
ressonância magnética. 
Esses exames são bastante específicos e utilizados em poucos casos. Como as 
pessoas idosas podem apresentar sintomas pouco característicos, a urocultura 
pode ter grande importância nestes pacientes. 
Tratamento. 
As bactérias que causam ITU no idoso são em geral mais resistentes que na 
população mais jovem, porque a maior frequência desses processos requereu 
repetidos ciclos de antibióticos que originaram a seleção de agentes. 
Dessa forma, recomendam-se: 
• A bacteriúria assintomática não deve ser tratada com antibióticos, pois 
existe o risco desnecessário de seleção de bactérias mais resistentes, da 
interação e reação alérgica às drogas, além dos custos do tratamento; 
• Deve-se evitar tratamentos empíricos em idosos; 
• Nas cistites não complicadas das mulheres idosas o tratamento por três 
dias de antibioticoterapia, em geral, é adequado. No entanto, alguns 
 
 
 
 
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autores recomendam o tratamento mais prolongado, 7 a 10 dias, já que na 
população idosa os índices de recorrência são superiores; 
• Já em idosos do sexo masculino com cistite, a duração do tratamento deve 
necessariamente ser mais longa, de 7 a 14 dias; 
• Métodos eficazes na profilaxia e prevenção de infecção urinária de 
repetição em idosos constituem: 
➢ hidratação e estímulo a micções frequentes, pesquisa e tratamento 
de fatores contribuintes (HBP, disfunções miccionais, entre outros). 
 
➢ tratamento tópico com estrógeno vaginal em mulheres em 
menopausa. 
➢ profilaxia medicamentosa com antibióticos em baixas doses por 
períodos de três a seis meses. 
Cuidados e orientações de enfermagem a pacientes idosos e acamados com 
infecção urinária de repetição. 
Paciente acamado que apresenta ITU de repetição em sua grande maioria irá 
requerer cuidados multidisciplinares: 
✓ Agente comunitário de saúde. 
✓ Enfermeira. 
✓ Médico. 
✓ Técnico em enfermagem. 
✓ Fisioterapeutas e outros. 
Sempre garantindo e organizando as intervenções, evitando a fragmentação da 
assistência. Dentre os cuidados estão: 
• Orientar o paciente a beber bastante líquido (média de 2 litros por dia), 
caso não haja restrições; 
• Instruir o paciente a evitar reter a urina, urinando sempre que tiver 
vontade; 
• Procurar manter o paciente sempre com uma higiene pessoal adequada; 
 
 
 
 
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• Caso esteja fazendo uso de frauda o ideal é que não fique muito tempo 
sem realizar a troca da mesma; 
• Lavar a região perianal após as evacuações, caso não seja possível fazer 
limpeza adequadamente; 
• Evitar o uso indiscriminado de antibióticos, sem indicação médica. 
• Evitar o uso de absorventes internos caso as pacientes ainda estejam 
menstruando; 
• O banho, sempre que possível, deve ser feito no chuveiro; 
• Ter cuidado com técnicas de sondagem, caso seja necessário sondar o 
paciente; 
 
• Manter controle de doenças como diabetes pode ajudar no controle de 
ITU. 
 
2 Incontinência Urinária. 
- Conceito. 
Consiste na eliminação não planejada de urina que é suficiente para ser 
considerada um problema. 
Na continência urinária ou padrão normal de micção são trabalhados em 
conformidade com o sistema urinário, o sistema neurológico e o sistema 
musculoesquelético íntegros sem nenhuma deformidade genética ou não. Pois 
qualquer ruptura na comunicação das alças de informação pode provocar algum 
grau de disfunção urinária. E essa disfunção pode ser tanto congênita quanto 
adquirida na vida adulta. 
Tipos de incontinência. 
• Incontinência por estresse – eliminação involuntária causada por 
um aumento súbito na pressão intra-abdominal (espirro, tosse...). 
atinge predominantemente mulheres que tiveram partos vaginais. 
• Incontinência por urgência – eliminação involuntária associada a 
uma forte urgência de urinar e incapacidade de chegar ao vaso 
sanitário, mesmo tendo consciência de sua vontade de urinar. 
 
 
 
 
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Causada por um comprometimento do músculo detrusor, 
comprometendo a inibição da contração da bexiga. 
• Incontinência reflexa – eliminação involuntária devido a hiper-
reflexia na ausência das sensações normais. Causada muitas vezes 
por lesões raquimedulares, pois esses não têm o controle do 
detrusor neurologicamente mediado. E nem a consciência sensorial 
da necessidade de urinar. 
• Incontinência por hiperfluxo – consiste na eliminação involuntária 
da urina associada à hiperdistensão da bexiga, impedindo que a 
bexiga se esvazie normalmente, apesar da eliminação frequente da 
urina. Pode ser provocada por obstruções causadas por tumores, 
estenoses e hiperplasia prostática, ou por anormalidades 
neurológicas causadas por lesões raquimedulares por exemplo. 
• Incontinência funcional – apesar da função do trato urinário inferior 
estar intacta, fatores como comprometimento cognitivo grave (Mal 
de Alzheimer) podem impedir a identificação da vontade de urinar 
ou os comprometimentos físicos podem dificultar ou impossibilitar 
o alcance ao vaso sanitário a tempo de urinar. 
• Incontinência iatrogênica – eliminação involuntária decorrente de 
fatores extrínsecos como medicamentos (para diminuir a pressão). 
Esses medicamentos afetam a pressão no colo da bexiga, 
consequentemente relaxando o músculo e liberando a urina. 
• Incontinência mista – é uma combinação da incontinência por 
estresse com a incontinência por urgência. 
• Incontinência transitória – pode ocorrer desde que o tratamento da 
sua origem seja eficaz e que o padrão miccional se reverta para o 
normal. Suas causas mais frequentes são: 
a) Delirium; 
b) Infecção do trato urinário; 
c) Vaginite, uretrite; 
d) Agentes farmacológicos; 
e) Fatores psicológicos; 
f) Produção excessiva de urina; 
g) Atividade restrita; 
h) Impactação fecal. 
 
 
 
 
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Fatores de risco para incontinência urinária. 
• Gravidez, parto vaginal, episiotomia; 
• Menopausa; 
• Cirurgia genitourinária; 
• Fraqueza da musculatura da pelve; 
• Uretra incompetente devido ao trauma ou relaxamento do esfíncter; 
• Imobilidade; 
• Exercícios de alto impacto; 
• Diabetes melitus; 
• Acidente vascular cerebral; 
• Alterações no trato urinário relacionadas com a idade; 
• Obesidade mórbida; 
• Distúrbios cognitivos: demência, doença de Parkinson; 
• Medicamentos: diuréticos, sedativos, hipnóticos, opioides; 
• Cuidador ou sanitário indisponível. 
Tratamento da incontinência urinária. 
O tratamento vai depender da etiologia (origem), para que esse tratamento seja 
eficaz e possa ser iniciado, o problema e a causa devem ser identificados. 
- Cuidados de enfermagem. 
Atividade a ser realizada em sala de aula com o professor. 
 
3 Urolitíase. 
- Conceito. 
Refere-se aos cálculos (pedras) no trato urinário. Os cálculos são formados no 
trato urinário quando as concentrações urinárias de substâncias, como o ácido 
úrico, aumentam. 
 
 
 
 
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Os cálculos podem ser encontrados em qualquer parte a partir dos rins até a 
bexiga. Eles variam de tamanho: 
• Pequenos depósitos, chamados areia ou cascalho; 
• Cálculos vesicais tão grandes quanto laranjas. 
 
Figura 10 –Vários sítios de formação de cálculo no trato urinário (Urolitíase). Fonte: Brunner & Suddarth, 
2015. 
Causas. 
Fatores que desempenham a formação de cálculo: 
• quando existe uma deficiência de substâncias que impedem a 
cristalizaçãona urina, como o magnésio. 
• O estado do volume hídrico do paciente, pois os cálculos tendem a ocorrer 
com mais frequência em pacientes que apresentam desidratação. 
• Infecção, estase urinária e períodos de imobilidade, o que retarda a 
drenagem renal e altera o metabolismo do cálcio. 
• Hipercalcemia e hipercalciúria, que podem ser causadas por: 
✓ Hiperparatiroidismo; 
✓ Acidose tubular renal; 
✓ Cânceres; 
✓ Doenças granulomatosas: sarcoidose, tuberculose (que podem 
causar maior produção de vitamina D pelo tecido granulomatoso); 
 
 
 
 
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✓ Ingesta excessiva de vitamina D; 
✓ Ingesta excessiva de leite e derivados; 
✓ Doenças como leucemia, mieloma múltiplo e outras que possam 
produzir uma proliferação incomum de células sanguíneas a partir 
da medula óssea. 
Diagnóstico. 
Por serem radiopacos, podem ser identificados através de exames radiográficos. 
Os sinais e sintomas de cálculos no trato urinário dependem de obstrução, 
infecção e edema. 
✓ Nos casos de obstrução, quando os cálculos bloqueiam o fluxo de urina, 
ocorrendo aumento da pressão e distendendo a pelve renal e o ureter 
proximal. 
✓ Quando existe infecção, caracterizada por pielonefrite e cistite, os sinais e 
sintomas se baseiam em calafrios, febre e disúria, e pode ocorrer a partir 
da irritação constante pelo cálculo. 
✓ Alguns cálculos podem provocar poucos sintomas ou nenhum, enquanto 
destroem lentamente as unidades funcionais (néfrons) do rim; 
✓ Outros causam dor intensa e desconforto, principalmente quando se 
encontram em deslocamento. 
Tratamento. 
Os cálculos podem ser livremente eliminados pelo paciente ou removidos através 
de procedimentos especiais. As metas básicas do tratamento são: 
• Erradicar o cálculo; 
• Determinar o tipo de cálculo; 
• Evitar a destruição do néfron; 
• Controlar a infecção; 
• Aliviar qualquer obstrução que possa estar presente 
OBJETIVO IMEDIATO DO TRATAMENTO da cólica renal ou uretral: aliviar a dor até 
que sua causa possa ser eliminada. 
 
 
 
 
 
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MEDICAMENTOS USADOS: 
✓ Analgésicos opióides: evitam o choque e síncope que podem resultar dor 
intensa. 
✓ AINEs: podem ser mais efetivos que os analgésicos para o tratamento da 
dor. 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
✓ Banhos quentes ou calor úmido nas áreas de flanco. 
✓ Estimular ingesta hídrica sem resíduos, a não ser que os pacientes estejam 
vomitando, apresentem insuficiência cardíaca ou restrição hídrica. 
Aumenta a pressão por traz do cálculo e facilita a descida do cálculo, reduz 
a concentração dos cristalóides urinários, dilui a urina e garante um débito 
urinário elevado 
TERAPIA NUTRICIONAL. 
Desempenha papel importante na prevenção dos cálculos renais. Sendo a ingesta 
hídrica o principal ponto de suporte da maioria das terapias médicas, exceto 
quando contra-indicado. Devendo ser ingerido pelo menos 8 copos de água 
diariamente para manter a urina diluída, sendo prudente um débito urinário de 2 
litros por dia. 
TRATAMENTO CIRURGICO: Ureteroscopia, litotripsia por onda de choque 
extracorpórea ou remoção de cálculo endourológica (percutânea). 
 
- Cuidados de enfermagem. 
• Aliviar a dor; 
• Monitorar e tratar as complicações potenciais; 
• Promover o cuidado: ensinando o autocuidado e o cuidado continuado. 
 
4 IRA (Insuficiência renal aguda) e IRC (Insuficiência renal crônica). 
IRA (Insuficiência renal aguda) 
- Conceito. 
 
 
 
 
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É a perda súbita e quase completa da função renal durante um período de horas a 
dias. 
Manifesta-se com oligúria, anúria ou volume urinário normal e pode acometer 
pacientes no âmbito hospitalar ou extra-hospitalar. 
 
MANIFESTAÇÕES DE IRA 
OBSERVAÇÕES 
Oligúria Situação clínica mais comum 
observado na IRA. Menos que 400 ml 
de urina por dia 
Anúria Menos de 50 ml por dia. 
Débito urinário normal Não são tão comuns. 
 
Categorias da insuficiência renal aguda: pré-renal (hipoperfusão do rim), 
intrarrenal (lesão real do tecido renal), e pós-renal (obstrução do fluxo urinário). 
CATEGORIAS DA IRA CAUSAS 
Insuficiência Pré-renal - Diminuição do volume devido a 
hemorragia, perdas renais (diuréticos), 
perdas gastrintestinais (vômito, 
diarreia, aspiração nasogástrica). 
- Eficiência cardíaca prejudicada 
resultante de IAM, Insuficiência 
cardíaca, disritmia e choque 
cardiogênico. 
 
 
 
- Vasodilatação decorrente de sepse, 
anafilaxia, medicamentos anti-
hipertensivos ou outros 
medicamentos que provocam 
vasodilatação. 
 
 
 
 
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Insuficiência Intrarrenal - Isquemia renal prolongada causada 
por nefropatia, trauma, lesões por 
esmagamento, queimaduras, reação 
transfusional, anemia hemolítica. 
- Agentes nefrotóxicos como 
gentamicina, contrastes radiopacos, 
metais como chumbo e mercúrio, 
AINEs, inibidores da ECA. 
- Processos infecciosos como 
pielonefrite aguda e glomerulonefrite 
aguda. 
Insuficiência Pós-renal - Obstrução do trato urinário: cálculos 
(litíase), tumores, hiperplasia benigna 
de próstata, estenoses e coágulos 
sanguíneos. 
 
Fases da insuficiência renal aguda: 
1. INÍCIO – começa com a agressão inicial e termina quando a oligúria se 
desenvolve. 
2. OLIGÚRIA – é acompanhada por um aumento na concentração sérica de 
substâncias excretadas pelos rins (ureia, creatinina, ácido úrico, potássio e 
magnésio). Diurese menor que 400 ml, nessa fase as substâncias residuais 
não são excretadas em quantidades normais devido ao débito urinário 
baixo. Pode acontecer devido a ATBs nefrotóxicos, geralmente no 
tratamento dos casos de queimaduras. 
3. DIURESE – experimenta débito urinário lentamente crescente, sinal de que 
a filtração glomerular começou a se recuperar. Nessa fase apesar dos 
valores laboratoriais estarem diminuindo, o débito urinário possa estar 
alcançando níveis normais, a função renal ainda pode estar 
acentuadamente anormal. 
4. RECUPERAÇÃO – indica a melhora da função renal e pode levar de 3 a 12 
meses. Os valores laboratoriais retornam ao nível normal do paciente 
 
 
 
 
 
 
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Manifestações clínicas. 
• Paciente crítico e letárgico; 
• Náuseas persistentes; 
• Vômitos e náuseas; 
• Pele e mucosas secas, devido a desidratação; 
• Hálito com odor de urina (hálito urêmico); 
• Sinais e sintomas do SNC: sonolência, cefaleia, contratura muscular e 
convulsões. 
Histórico e achados clínicos. 
• Alterações na urina; 
• Alteração no controle renal; 
• Níveis aumentados de uréia e creatinina; 
• Hipercalemia; 
• Acidose metabólica; 
• Anormalidades do cálcio e fósforo; 
• Anemia. 
Tratamento médico. 
OBJETIVO: Restaurar o equilíbrio enquanto a insuficiência pós-renal é tratada ao 
aliviar a obstrução. Terapia medicamentosa e terapia nutricional. 
No geral, inclui a manutenção do balanço hídrico, prevenção do excesso de 
líquido ou, possivelmente, a realização da diálise. 
O desenvolvimento do edema generalizado é avaliado ao examinar as áreas pré-
sacral e pré-tibial várias vezes ao dia. 
Manitol e furosemida - podem ser prescritos para iniciar a diurese e evitar ou 
minimizar a insuficiência renal. 
A terapia nutricional previne os graves desiquilíbrios causados pela IRA originados 
pelo vômito e pela náusea que também contribuem para uma ingesta nutricional 
inadequada. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Monitorando o equilíbrio hidroeletrolítico; 
• Reduzindo a taxa metabólica; 
 
 
 
 
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• Promovendo a função pulmonar; 
• Evitando a infecção; 
• Fornecendo o cuidado cutâneo; 
• Fornecendo o suporte. 
 
IRC (Insuficiência renal crônica) ou Doença Renal em estágio terminal. 
- Conceito. 
É uma deterioração progressiva e irreversível dafunção renal, na qual fracassa a 
capacidade do corpo para manter os equilíbrios metabólicos e hidroeletrolíticos, 
resultando em uremia ou azotemia (retenção de uréia e outros resíduos 
nitrogenados no sangue). 
Causas. 
• Doenças sistêmicas – DM (causa principal); 
• Hipertensão; 
• Glomerulonefrite crônica; 
• Pielonefrite; 
• Obstrução do trato urinário; 
• Lesões hereditárias (doença do rim policístico); 
• Distúrbios vasculares; 
• Infecções; 
• Medicamentos; 
• Agentes tóxicos. 
Existem três estágios reconhecidos de DRC: 
• Reserva renal diminuída – Caracterizada por uma perda de 40 a 75% da 
função dos néfrons. Em geral o paciente não apresenta sintomas porque os 
néfrons remanescentes são capazes de realizar as funções normais dos 
rins; 
 
 
 
 
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• Insuficiência renal – ocorre quando 75 a 90% da função do néfron foram 
perdidos. Nesse ponto, a creatinina e a uréia séricas aumentaram, o rim 
perde sua capacidade de concentrar a urina e a anemia se desenvolve. O 
rim pode reportar poliúria e nictúria. 
• DRET – o estágio final da insuficiência renal crônica, acontece quando 
existem menos de 10% dos néfrons funcionando normalmente. 
Caracterizada pelos níveis séricos elevados de uréia, creatinina, e pelo 
desiquilíbrio eletrolítico. Quando o paciente alcança esse ponto, a diálise 
está geralmente indicada, e muitos dos sintomas são reversíveis com a 
diálise. 
Manifestações clínicas 
• Manifestações cardiovasculares 
• Sintomas dermatológicos 
• Outras manifestações sistêmicas 
Históricos e Achados Diagnósticos 
• Taxa de filtração glomerular 
• Retenção de sódio 
• Acidose 
• Anemia 
• Desequilíbrio de cálcio e fósforo 
Complicações. 
• Hipercalemia – devido a excreção diminuída, acidose metabólica, 
catabolismo e ingesta excessiva (dieta, medicamentos, líquidos); 
• Pericardite, derrame pericárdico e tamponamento pericárdico – devido à 
retenção de resíduos urêmicos e diálise inadequada. 
• Hipertensão – decorrente da retenção de sódio e água, e funcionamento 
deficiente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
• Anemia – devido a diminuição da produção de glóbulos vermelhos e 
glóbulos brancos, sangramento no trato GI a partir de toxinas irritativas e 
perdas sanguíneas durante a hemodiálise. 
 
 
 
 
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• Doença óssea e calcificações metastáticas – devido a deficiência de 
fósforo, cálcio, vitamina D e níveis de alumínio elevados. 
Tipos de Tratamento. 
1. Tratamento médico é dividido em: terapia farmacológica e tratamento 
nutricional. 
2. Tratamento de enfermagem – Cuidados de Enfermagem. 
Tratamento médico – Terapia farmacológica: 
• Antiácidos 
• Agentes anti-hipertensivos e cardiovasculares 
• Anticonvulsivantes 
• Eritropoietina 
- Terapia nutricional: 
• Regulação cuidadosa da ingesta proteica 
• Ingesta hídrica para compensar as perdas hídricas 
• Ingesta de sódio para as perdas de sódio 
• Além de alguma restrição de potássio. 
- Diálise: 
• Para se evitar a Hipercalemia. 
• Através da remoção do potássio. 
• Monitoração minuciosa de todos os medicamentos (orais e IV), para seu 
conteúdo de potássio. 
• É iniciada quando o paciente não consegue manter um estilo de vida 
razoável com o tratamento conservador. 
- Cuidados de enfermagem. 
OBJETIVO: Evitar as complicações da função renal reduzida e os estresses e 
ansiedades, a fim de poder lidar com uma doença com risco de vida. 
• Avaliar o estado hídrico; 
• Avaliar o estado nutricional; 
 
 
 
 
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• Identificar as fontes potenciais de desequilíbrio (hipercalemia); 
• Implementar um programa nutricional para assegurar a ingesta nutricional 
adequada, dentro dos limites do regime de tratamento; 
• Promover as sensações positivas por encorajar o autocuidado aumentado 
e maior independência. 
 
5 . Doenças Glomerulares primárias 
- Conceito. 
 Diversas doenças podem afetar os capilares glomerulares, inclusive: 
• Glomerulonefrite aguda e crônica 
• Glomerulonefrite rapidamente progressiva 
• Síndrome nefrótica. 
Em todos esses distúrbios, os capilares glomerulares são principalmente 
afetados. As principais manifestações clínica da lesão glomerular incluem: 
• Proteinúria 
• Hematúria 
• Taxa de filtração glomerular diminuída 
• Alterações na excreção de sódio (levando a edema e hipertensão). 
A Glomerulonefrite é uma inflamação dos capilares glomerulares. 
 
 Glomerulonefrite aguda 
É principalmente uma doença de criança com mais de 2 anos de idade, porém 
pode ocorrer em quase todas as idades. 
Pode ocasionada por: 
• Infecções da faringepor estreptococos do grupo A. 
• Impetigo (infecção de pele) 
• Infecções virais agudas: inclusive do trato respiratório superior, caxumba, 
vírus varicela-pôster, hepatite B e infecções por vírus da imunodeficiência 
humana. 
• Antígenos estranhos ao corpo – medicamentos, entre outros. 
 
 
 
 
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• Ou o próprio tecido renal serve como o antígeno iniciante. 
Manifestações clínicas: 
O principal aspecto apresentado da glomerulonefrite aguda é a: 
• Hematúria (que pode ser microscópica ou microscópica ou grosseira. 
• Urina assemelhando-se a Coca-Cola 
• Proteinúria 
• Edema 
• Hipotensão 
Sinais e sintomas: 
Os pacientes idosos podem apresentar: 
• Sobrecarga circulatória 
• Dispneia 
• Veias cervicais ingurgitadas 
• Cardiomegalia 
• Edema pulmonar 
Sintomas atípicos: 
• Confusão 
• Sonolência 
• Convulsões 
• Frequentemente confundidos com os sintomas de um distúrbio 
neurológico primário. 
Complicações: 
• Encefalopatia hipertensiva (sendo a terapia direcionada no sentido de 
reduzir a pressão arterial sem prejudicar a função renal) 
 
• Insuficiência cardíaca 
• Edema pulmonar. 
Tratamento: 
Consiste primeiramente em tratar os sintomas, tentar preservar a função renal e 
tratar as complicações de imediatamente. Se a infecção estreptocócica residual é 
suspeita, a penicilina é o agente de escolha, mas os corticosteroides e os 
medicamentos imunossupressores podem ser prescritos para pacientes com 
glomerulonefrite. 
 
 
 
 
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 Glomerulonefrite crônica 
Pode ser decorrente de episódios repetidos da: 
• Glomerulonefrite aguda 
• Nefroesclerose hipertensiva 
• Hiperlipidemia 
• Lesão túbulo-intersticial crônica ou 
• Esclerose glomerular hemodinamicamente mediada. 
Inúmeros glomérulos e seus túmulos tornam-se cicatrizados, e os ramos da 
artéria renal mostrou-se esperados. O resultado é a lesão glomerular grave que 
resulta em DRET. 
Manifestações clínicas 
Os sintomas da glomerulonefrite aguda variam. Pacientes graves podem se 
apresentar assintomáticos durante muitos anos. Sua condição pode ser 
descoberta quando se detecta a hipertensão ou os níveis serviços elevados de 
uréia e creatinina. 
A primeira indicação da doença pode ser um sangramento nasal repentino e 
intenso, um acidente vascular cerebral ou uma convulsão. 
Pode surgir alguns sintomas: 
• Edema nos pés a noite. 
• Perda de peso e força. 
• Irritabilidade crescente. 
• Nictúria. 
• Cefaleia 
• Tonteiras 
• Distúrbios digestivos 
 
Assim como a glomerulonefrite crônica progride, os sinais e sintomas da 
insuficiência renal aguda e crônica podem desenvolver -se. 
• Desnutrição 
• Pressão arterial normal ou gravemente elevada 
• Achados retinianos: hemorragia, exsudato, arteríolas tortuosas estreladas 
e papiledema. 
• Cardiomegalia. 
• Neuropatia periférica. 
 
 
 
 
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Tratamento: 
O tratamento é simplesmente sintomático. As ITUs devem ser tratadas de 
imediato para evitar a lesão renal adicional. O início da diálise é considerado 
precocementeno curso da doença para manter o paciente em boa condição 
física, evitar os desequilíbrios hidroeletrolíticos e minimizar o risco de 
complicações da insuficiência renal. O curso da diálise é mais suave quando o 
tratamento começa antes que o paciente desenvolva complicações significativas. 
- Cuidados de enfermagem. 
• Educar o paciente para o reconhecimento dos sinais de insuficiência renal: 
PA elevada, oligúria ou anúria 
• Manter controle da pressão arterial e comunicar caso se mantenha elevada 
• Manter CD e CH, conforme prescrição 
• Manter cuidados de acordo com a evolução do quadro. 
 
8. Retenção urinária. 
- Conceito. 
É a incapacidade de esvaziar a bexiga por completo durante as tentativas de 
urinar. Com frequência essa retenção urinária crônica leva à incontinência por 
hiperfluxo – a partir da pressão da urina retida na bexiga (urina residual) mesmo 
depois de urinar. Até os 60 anos de idade, o indivíduo pode apresentar 
esvaziamento completo da urina, após os 60 anos de idade, o indivíduo adulto 
saudável pode permanecer com 50 a 100 ml de urina residual na bexiga após cada 
micção por causa da contratilidade diminuída do músculo detrusor. 
 Podem acontecer (causas) no: 
 
• Período pós-cirúrgico em qualquer paciente, principalmente quando afetar 
a região perineal ou anal; 
• Resultou em espasmo reflexo dos esfíncteres. 
• Anestesia geral: reduz a inervação do músculo vesical e suprime a urgência 
para urinar, comprometendo o esvaziamento da bexiga. 
Podendo ser resultado (consequências) do: 
• Diabetes; 
 
 
 
 
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• Hipertrofia da próstata; 
• patologia uretral (infecção, tumor, cálculo); 
• trauma (lesões pélvicas) 
• gravidez; ou 
• distúrbios neurológicos (acidente vascular cerebral, lesão raquimedular, 
esclerose múltipla ou doença de Parkinson); e 
• de alguns medicamentos (por inibir a contratilidade vesical – como os 
agentes anticolinérgicos. Esses medicamentos que causam a retenção, 
podem ocasionar o aumento da resistência da saída da urina). 
Já os medicamentos que podem causar a retenção devido ao aumento da 
resistência da saída da urina, são contra indicados nesse momento. 
AULAS PRÀTICAS: 
- Avaliação da coloração da diurese. 
- Avaliação da quantidade de diurese. 
- Coleta de diurese para exame: diurese espontânea (para cultura e EAS) 
 
 
 
Figura11 - Localização do ângulo costovertebral. Fonte: Brunner & Suddarth, 2022. 
 
 
 
 
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Figura 12 – Palpação da bexiga. Fonte: Brunner & Suddarth, 2022. 
 
 
IV– DISFUNÇÕES GENITOURINÁRIAS 
1. Vulvovaginite – infecções vulvovaginais. 
- Conceito. 
A vagina é protegida contra a infecção por seu pH normalmente baixo (de 3,5 a 
4,5), que é mantido, em parte, pelas ações do Lactobacillus acidophilus, a 
bactéria predominante do ecossistema vaginal saudável. 
O risco de infecção aumenta se a resistência da mulher for reduzida por estresse 
ou doença, se o pH for alterado ou se for introduzido um patógeno. 
A vaginite (inflamação da vagina) refere-se a um grupo de condições que 
provocam sintomas vulvovaginais, como prurido, irritação, sensação de 
queimação e secreção anormal. A vaginite bacteriana constitui a causa mais 
comum, seguida da candidíase vulvovaginal e tricomoníase. 
 
 
 
 
 
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Fatores de risco para Infecções vulvovaginais 
•Alergia 
•Baixos níveis de estrogênio 
•Contato orovaginal (as leveduras podem residir na boca e no trato 
gastrintestinal) 
•Diabetes melito 
•Ducha frequente 
•Gestação 
•Higiene pessoal deficiente 
•Infecção pelo HIV 
•Perimenopausa/menopausa 
•Pré-menarca 
•Relação sexual com parceiro infectado 
•Roupas íntimas apertadas 
•Roupas sintéticas 
•Uso de contraceptivos orais 
•Uso repetido ou a longo prazo de antibióticos de amplo espectro. 
2. Candidíase vulvovaginal. 
- Conceito. 
É uma infecção fúngica ou por leveduras, causada por cepas de Candida. 
Infecções vaginais e vaginite. 
Infecção Causa Manifestações 
clínicas 
Estratégias de 
manejo 
Candidíase Candida 
albicans, 
glabrata ou 
tropicalis 
Inflamação do 
epitélio vaginal, 
produzindo 
prurido, irritação 
avermelhada 
 
Secreção 
esbranquiçada, 
semelhante a 
queijo, fixada ao 
epitélio 
Erradicar o fungo 
por meio da 
administração de 
um agente 
antifúngico. 
Alguns cremes e 
supositórios 
vaginais usados 
com mais 
frequência são o 
miconazol e o 
clotrimazol 
 
Rever outros 
 
 
 
 
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fatores etiológicos 
(p. ex., 
antibioticoterapia, 
roupas íntimas de 
náilon, roupas 
apertadas, 
gravidez e 
contraceptivos 
orais) 
 
Avaliar quanto à 
presença de 
diabetes melito e 
infecção pelo 
vírus da 
imunodeficiência 
humana em 
pacientes com 
monília recorrente 
Vaginose 
 Bacteriana 
associada a 
Gardnerella. 
Gardnerella 
vaginalis e 
anaeróbios 
vaginais 
Habitualmente 
sem edema ou 
eritema da vulva 
ou da vagina 
 
Secreção branco-
acinzentada ou 
branco-
amarelada, que 
adere à vulva 
externa e às 
paredes da vagina 
Administrar 
metronidazol, 
com instruções 
sobre a 
necessidade de 
evitar o consumo 
de álcool ao usar 
esse 
medicamento 
 
Se a infecção for 
recorrente, deve-
se tratar o 
parceiro 
Vaginite por 
Trichomonas 
Vaginalis 
Trichomonas 
vaginalis 
Inflamação do 
epitélio vaginal, 
produzindo 
sensação de 
queimação e 
ardência 
 
Secreção vaginal 
amarelo-
esbranquiçada ou 
amarelo-
esverdeada 
Aliviar a 
inflamação, 
restaurar a acidez 
e restabelecer a 
flora bacteriana 
normal; fornecer 
metronidazol oral 
para a paciente e 
o parceiro 
 
 
 
 
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espumosa 
BartoliniteInfecção 
da 
glândula 
 vestibular 
maior. 
Escherichia coli 
 
T. vaginalis 
 
Estafilococo 
 
Estreptococo 
 
Gonococo 
Eritema ao redor 
da glândula 
vestibular 
 
Tumefação e 
edema 
 
Glândula 
vestibular com 
abscesso 
Drenar o 
abscesso; 
fornecer 
antibioticoterapia; 
excisar a glândula 
das pacientes 
com bartolinite 
crônica 
Cervicite – 
 aguda e 
crônica. 
Chlamydia 
 
Gonococo 
 
Estreptococo 
 
Muitas bactérias 
patogênicas 
Secreção 
purulenta profusa 
 
Dor nas costas 
 
Polaciúria e 
urgência 
Determinar a 
etiologia – realizar 
um exame 
citológico do 
esfregaço cervical 
e de culturas 
apropriadas. 
 
Erradicar o 
microrganismo 
gonocócico, 
quando presente: 
penicilina 
(conforme 
solicitado) ou 
espectinomicina 
ou tetraciclina, se 
a paciente for 
alérgica à 
penicilina 
 
Tetraciclina, 
doxiciclina para 
erradicar as 
clamídias 
 
Erradicar outras 
causas 
Vaginite 
Atrófica 
Falta de 
estrogênio; 
deficiência de 
glicogênio 
Secreção e 
irritação 
decorrente do pH 
alcalino das 
secreções 
vaginais 
Fornecer terapia 
com estrogênio 
vaginal tópico; 
melhorar a 
nutrição, se 
necessário; aliviar 
 
 
 
 
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o ressecamento 
com o uso de 
medicamentos 
umidificantes 
 
 
3. Vaginose bacteriana. 
- Conceito. 
É causada pela proliferação de bactérias anaeróbicas e Gardnerella vaginalis 
normalmente encontrada na vagina e na ausência de lactobacilos. 
A vaginose bacteriana pode ocorrer durante todo o ciclo menstrual e não provoca 
desconforto local nem dor. Mais de 50% das pacientes com vaginose bacteriana 
não percebem quaisquer sintomas. A secreção, quando percebida, é mais densa 
que o normal e apresenta coloração branco-acinzentada a branco-amarelada. 
Caracteriza-se por odor semelhante ao de peixe, que é particularmente percebido 
após a relação sexual ou durante a menstruação, dado o aumento do pH vaginal. 
A vaginose bacteriana não é considerada uma IST, porém está associada à 
atividade sexual, e a incidência está aumentada em parceiros sexuais da mesma 
mulher. 
Fatores de risco.• duchas após a menstruação, 
• tabagismo, 
• vários parceiros sexuais e 
• outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 
 
4. HPV. 
- Conceito. 
A maioria dos adultos sexualmente ativos será infectada por, no mínimo, um 
sorotipo de HPV ao longo de sua vida... 
A maioria das infecções é autolimitada e assintomática, enquanto outras podem 
causar cânceres cervicais e anogenitais. As infecções podem ser: 
• latentes (assintomáticas e detectadas apenas por testes de hibridização 
do ácido desoxirribonucleico [DNA] para HPV); 
 
 
 
 
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• subclínicas (visualizadas apenas após a aplicação de ácido acético, 
seguida de inspeção sob aumento); ou 
• clínicas (condilomas acuminados visíveis). 
O HPV pode ser encontrado em: 
• lesões da pele; 
• colo do útero; 
• vagina; 
• ânus; 
• pênis; e 
• cavidade oral. 
Dos mais de 100 sorotipos de HPV existentes, aproximadamente 30 genótipos 
afetam a região anogenital. 
As cepas mais comuns do HPV, 6 e 11, causam habitualmente condilomas 
(crescimentos verrucosos) que podem aparecer na vulva, na vagina, no colo do 
útero e no ânus. Com frequência, são visíveis ou podem ser palpados pelas 
pacientes. Os condilomas raramente são pré-malignos, porém constituem 
manifestação externa do vírus 
Os tipos oncogênicos de alto risco, incluindo 16, 18, 31, 33, 45 e 52, acometem o 
colo do útero, causando alterações celulares e displasia (detectadas no esfregaço 
de Papanicolaou.) 
Os sorotipos 16 e 18 do HPV são responsáveis por 66% dos casos de câncer de 
colo de útero, enquanto os sorotipos 31, 33, 45 e 52 são responsáveis por outros 
15%, de acordo com a American 
CollegeofObstetriciansandGynecologists(ACOG), 2015a. 
Com frequência, a infecção desaparece como consequência de uma resposta 
efetiva do sistema imune. Acredita-se que duas proteínas produzidas pelos tipos 
de HPV de alto risco possam interferir na supressão tumoral pelas células 
normais. 
Fatores de risco 
• ter idade jovem, 
• ser sexualmente ativa, 
• ter vários parceiros sexuais 
• e fazer sexo com um parceiro que tem ou teve diversas parceiras 
 
 
 
 
 
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5. Endocervicite e Cervicite. 
- ConceitoEndocervicite. 
É uma inflamação da mucosa e das glândulas do colo do útero, que pode ocorrer 
quando os microrganismos têm acesso às glândulas cervicais após uma relação 
sexual e, com menos frequência, após determinados procedimentos, como 
aborto, manipulação intrauterina ou parto vaginal. Sem tratamento, a infecção 
pode se estender para o útero, as tubas uterinas e a cavidade pélvica. A 
inflamação pode irritar o tecido cervical, resultando em perda de sangue ou 
sangramento e cervicite mucopurulenta (inflamação do colo do útero com 
exsudato). 
Causas mais comuns. 
• Clamídias: não tratadas podem se propagar para as tubas uterinas 
(trompas de falópio) e para o útero, resultando em complicações sérias 
como doença inflamatória pélvica, risco aumentado de gravidez ectópica e 
infertilidade. podem ocorrer secreção cervical, dispareunia, disúria e 
sangramento. 
• Gonorreia: é a segunda infecção sexualmente transmissível mais 
notificada, com uma estimativa de 820.000 infecções novas a cada ano. O 
colo do útero inflamado em consequência dessa infecção pode fazer com 
que a mulher se torne mais vulnerável à transmissão do HIV por um 
parceiro infectado. É, com frequência, assintomática, e constitui uma 
importante causa de DIP, infertilidade tubária, gravidez ectópica e dor 
pélvica crônica. 
• Mycoplasma.Pode estar envolvido em ambas as infecções. 
 
6. Doença Inflamatória Pélvica (DIP). 
- Conceito. 
É uma condição inflamatória da cavidade pélvica, que pode começar com 
cervicite e que acomete o útero (endometrite), as tubas uterinas (salpingite), os 
ovários (ooforite), o peritônio pélvico ou o sistema vascular pélvico. A infecção, 
que pode ser aguda, subaguda, recorrente ou crônica e localizada ou 
disseminada, é habitualmente causada por bactérias, mas pode ser atribuída a 
um vírus, fungo ou parasito. Neisseriagonorrhoeae e Chlamydia são causas 
comuns; contudo, a maioria dos casos de doença inflamatória pélvica é 
polimicrobiana. 
 
 
 
 
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7. Cuidados de enfermagem para disfunções geniturinárias. 
Giram em torno das orientações realizadas pela equipe multidisciplinar, que de 
acordo com a função de cada membro da equipe, deverão iniciar o cuidado 
fornecendo informações passíveis de evitar sua ocorrência e, assim ajudar a evitar 
essas infecções. Primordialmente, levando as mulheres a compreender sua 
própria anatomia e saúde vulvovaginal. 
 
AULAS PRÀTICAS: 
- Técnica de higienização íntima para mulheres e homens. 
- Técnica para uso do aplicar de pomada vaginal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA. 
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enfermagem médico-cirúrgica, volume 1.Revisão técnica Sônia Regina de Souza - 
14. ed. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022. 
2. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sistema cardiovascular". Brasil Escola. 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
circulatorio.htm.Acesso em 27 de abril de 2024. 
3. BRASIL, MS. GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado 
da Bahia. Guia de orientação ao paciente Anemia Hemolítica Autoimune.Julho de 
2017.Disponível em: 
https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/Anemia-Hemolitica-
Autoimune-Guia-de-Orientacao-MedicamentosEspecializados. 
Acesso em 02/05/2024às 23h31. 
4. BRASIL. MS. Biblioteca Virtual em Saúde. Síndrome metabólica. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-metabolica/ Acesso em: 02/05/2024 às 
19h20 
5. PORTO, Andréa. VIANA, Dirce Laplaca. Curso didático de enfermagem. Módulo 
1. v1, 7ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora,2011. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm
https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/Anemia-Hemolitica-Autoimune-Guia-de-Orientacao-MedicamentosEspecializados
https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/Anemia-Hemolitica-Autoimune-Guia-de-Orientacao-MedicamentosEspecializados
https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-metabolica/comum usar AVE, pois 
frequentemente é uma lesão que abrange não só o cérebro, mas como o tronco 
encefálico e o cerebelo. É compreendido como uma dificuldade no fornecimento 
de sangue e seus constituintes a uma determinada área do cérebro e/ou 
encéfalo, levando a sofrimento ou morte cerebral e, consequentemente, a perdas 
ou diminuição das funções comandadas por estas áreas. 
 
Existem dois tipos de AVE: Isquêmico e o hemorrágico. 
3.1 Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI) 
Conceito: Acontece quando não há passagem de sangue para determinada 
área, por uma obstrução no vaso ou redução do fluxo sanguíneo no corpo. 
O AVCI pode ser consequência de: 
• Trombose arterial: uma placa de gordura (ateroma) obstruindo uma 
artéria. 
• Embolia cerebral: um coágulo vindo de um coração com ICC ou parte de 
um ateroma que se desprende e corre em uma artéria até encontrar um 
ponto mais estreito e obstruir a passagem de sangue. 
• Artrites: inflamação de uma artéria que chega à obstrução da luz do vaso. 
 
 
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• Redução do fluxo sanguíneo: ocasionada por uma parada cardíaca ou 
hemorragia intensa. 
 
Figura 4 - Área Isquêmica: êmbolos, trombo e placa aterosclerótica. Fonte: Site da MedicinaNet, 
publicação de 2013. 
 
3.2 Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH) 
Conceito: Pode ocorrer extravasamento de sangue para dentro (intracerebral) 
ou para fora do cérebro (subaracnóidea), ocasionados por crise hipertensiva ou 
por uma alteração sanguínea em que ocorra dificuldade de realizar a coagulação 
das plaquetas ou o uso de anticoagulantes. E, também por rompimento de um 
aneurisma (aneurisma roto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Figura 5 – Possíveis locais de aneurismas cerebrais 
Aneurisma cerebral é a dilatação anormal de uma artéria, que pode se romper 
e causar uma hemorragia ou permanecer sem estourar durante toda a vida, 
podendo ocorrer em qualquer artéria do corpo, como as artérias do coração, dos 
rins e do abdômen. Surge devido ao enfraquecimento ou defeito da parede dessa 
artéria, podendo ser nata ou adquirida, através de problemas como hipertensão 
 
 
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descontrolada, tabagismo ou trauma ocasionados por golpes ou ferimentos 
penetrantes. (BVS, 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 6 – Acidente vascular cerebral Isquêmico e Acidente vascular cerebral hemorrágico. Fonte: 
 
Manifestações Clínicas 
As manifestações são diferentes em cada indivíduo, pois os sinais e sintomas 
dependerão da área afetada, da extensão, do tipo e do estado geral do 
indivíduo. 
A principal característica é a rapidez com que aparecem as alterações (de 
segundos a horas). 
As alterações mais comuns são: 
• Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo, 
com dificuldade ou impossibilidade de movimentar; 
• Alteração da linguagem, com fala arrastada ou sem conseguir 
expressar-se ou entender o que lhe é dito; 
• Perda da visão de um olho, ou de parte do campo visual de ambos os 
olhos; 
• Perda da memória e/ou confusão mental; 
• Dor de cabeça súbita, sem causa aparente, seguida de vômitos, 
sonolência ou coma. 
 
 
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Figura 7- Relação do lado afetado com os locais que enconram-se lesionados. Fonte: Página do 
Facebook “Dicas da Fono”. Postagem de 11/02/2020. 
 
Figura 8 - Diferença entre hemiplegia periférica e central. Fonte: Centro Universitário do Cerrado. 
Cuidados de enfermagem. 
• Observar, comunicar e registrar alterações no nível de consciência: 
• Observar, comunicar e registrar alterações motoras: 
• Comunicar alterações de conduta. 
 
 
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• Manter o ambiente calmo, seguro e tranquilo. 
• Estimular e facilitar a motilidade: 
• Facilitar e estimular atividade de autocuidado: vestir-se, pentear-se e 
alimentar-se. 
• Manter controle rigoroso de sinais vitais e comunicar qualquer alteração. 
• Manter CH rigoroso. 
• Manter controle de PVC e monitoramento da pressão intracraniana 
(PIC), se indicado. 
• Administrar medicação prescrita obedecendo gotejamentos e horários 
rigorosamente. 
• Manter cuidados para evitar escaras: mudança de decúbito de 2/2 horas 
e hidratação da pele. 
• Comunicar sinais de complicações pulmonares: 
• Observar e comunicar sangramentos em pacientes que estejam fazendo 
uso de anticoagulantes. 
• Observar a frequência das eliminações e prevenir obstipação intestinal. 
• Orientar quanto à importância de fisioterapia, fonoaudiologia ou terapia 
específica à situação. 
• Estimular os familiares a participarem dos cuidados. 
• Manter cuidados específicos a cada sinal e sintoma, bem como ao tipo 
de AVC. 
• Orientar os familiares quanto à importância de aceitar as limitações, 
procurando adequar o indivíduo ao convívio social de forma a mantê-lo 
“útil e necessário”, reintegrando-o com a melhor qualidade de vida 
possível. 
• Manter cuidados específicos a cada sinal e sintoma, bem como ao tipo 
de AVC. 
• Orientar os familiares quanto à importância de aceitar as limitações, 
procurando adequar o indivíduo ao convívio social de forma a mantê-lo 
“útil e necessário”, reintegrando-o com a melhor qualidade de vida 
possível. 
 
 
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Figura 9 – Hemiparesia. Fonte: Paralisia parcial do corpo. Quizlet. 
 
 
Figura 10 – Tipos de paralisia. Fonte: Página do Facebook de Fisioterapia. 
 
 
 
 
 
 
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4. Depressão. 
Conceito. 
É uma tristeza profunda e muitas vezes sem conteúdo ou motivo aparente. Há 
uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do 
indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores 
(serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que 
transmitem impulsos nervosos entre as células. São 5 as fases da depressão: 
negação, raiva, barganha, tristeza e aceitação. 
A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a 
depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de 
aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de 
conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse. 
Cuidados de enfermagem. 
Não existe um cuidado de enfermagem específico, mas a enfermagem 
participa de todo o processo de administração e controle de medicamentos. 
Além de acompanhar e observar sinais de ansiedade e angústia. Relatando em 
ficha de evolução e comunicando ao enfermeiro de serviço. 
 
5. Distonia. 
Conceito. É uma síndrome caracterizada por contrações musculares mantidas, 
frequentemente causando torções, movimentos repetitivos ou posturas 
anormais. Comumente associada a doença de Parkinson. 
Classificação. 
Quanto à etiologia podem ser primárias ou idiopáticas (podem ser de caráter 
familiar e esporádico), e secundárias ou sintomáticas, geralmente 
acompanhadas por déficits neurológicos, com início súbito, e associadas a 
causas conhecidas. 
Quanto à idade de início, são consideradas da infância quando os sintomas 
aparecem até os 12 anos de idade, da adolescência quando o início se dá entre 
os 13 e 20 anos, e do adulto, quando a doença se inicia após os 20 anos de 
idade. 
Cuidados de enfermagem. 
O tratamento envolve diretamente três pontos essenciais: a aplicação de toxina 
botulínica, a administração de medicamentos orais e a prática de exercícios 
 
 
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físicos regulares. Para tanto, os cuidados de enfermagem devem envolver de 
fato a segurança do paciente, nos quais englobam: 
• Prevenção de quedas: transporte em cadeiras de rodas, macas com 
grades elevadas etc. 
• Mudança de decúbito constantee prevenção de LPP. 
• Uso correto de dispositivos, sondas e medicamentos. 
• Procedimentos padrão para prevenção de infecções. 
• Comunicação efetiva e transparente com os pacientes e familiares. 
 
 
Figura 11 – Distonia associada ao Parkinson. Fonte: Fundação de Apoio ao Hospital 
Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora apud Associação de Professores 
da PUC Goiás, publicado em 03 de abril de 2013. 
 
 
 
 
 
 
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6. Enxaqueca (Cefaleia Primária). 
Conceito: Consiste em vasoespasmo inicial, seguido de dilatação das artérias 
intra- e extracranianas e ocorre em cerca de 10% da população. 
Causa. Hiperatividade do neurotransmissor serotonina. É uma predisposição 
familiar. 
Classificação. Com ou sem aura. A aura, geralmente visual, deve-se a redução 
da atividade neuronal cortical. 
 
Cuidados de enfermagem. 
• Controle da dor: reduzir os estímulos ambientais (luz, ruído e movimentos 
bruscos) e incentivar o repouso adequado, 
• Promover a capacidade de lidar de forma positiva com a situação. 
• Incentivar o tratamento e o uso correto a medicação. 
 
7. Epilepsia (Estado de Mal Epilético). 
Conceito. Atividade convulsiva repetitiva prolongada e aguda, que se 
caracteriza por uma série de convulsões generalizadas, sem retorno da 
consciência entre os ataques epiléticos. E é considerado um emergência 
neurológica grave. Essas crises podem durar pelo menos 5 minutos, mesmo sem 
comprometimento da consciência. Apresenta alta taxa de morbidade (lesão 
cerebral permanente e déficits neurológicos graves) e mortalidade. 
Causas. Fatores predisponentes, tais como: suspensão da medicação, febre, 
estresse, abstinência de álcool ou drogas, e privação do sono. 
Classificação. 
• Pequeno mal. 
• Grande mal. 
• Crises psicomotoras. 
• Epilepsia de Jackson. 
• Epilepsia focal. 
• Estado Epiléptico. 
Cuidados de enfermagem. 
• Estabelecer uma via respiratória e manter PA estável. 
• Controlar a glicemia. 
• Administrar oxigênio, conforme prescrito. 
• Estabelecer um acesso venoso pérvio e de grosso calibre para 
administração de medicações e infusão de líquidos. 
 
 
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• Coletar sangue para exames de bioquímica. 
• Monitorar sinais vitais e neurológicos. 
• Fazer anamnese para determinar se existe história pregressa dessa 
patologia, consumo de álcool/drogas, traumatismo, e infecção recente. 
AULA PRÁTICA: 
- Avaliação das pupilas. 
- Avaliação da saturação de O². Oximetria de pulso. 
- Avaliação da marcha e do tônus muscular. 
 
II – DISFUNÇÕES METABÓLICAS 
1. Diabetes mellitus tipo I e tipo II. 
1.1. Diabetes mellitus tipo I. 
Conceito. Na DM1 o indivíduo apresenta pouca ou nenhuma insulina 
endógena, tornando necessárias as injeções de insulina para controlar o 
diabetes e prevenir a cetoacidose. Observado mais comumente em 
indivíduos com menos de 30 anos. 
Manifestações. Sua manifestação habitual é rápida e é associada a 
sintomas clássicos como polidipsia, polifagia, poliúria e perda de peso. 
Etiologia (Origem). Autoimune, viral e certos antígenos de 
histocompatibilidade. 
 
 
Figura 12 – Sintomas clássicos da Diabetes Mellitus tipo I. Fonte: LinkedIn Juliana Nascimento. 
Postado em: 14/04/2024 
 
 
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1.2. Diabetes mellitus tipo II. 
Conceito. É causada por uma combinação de resistência à insulina e deficiência 
relativa de insulina. Observado mais comumente em indivíduos com mais de 30 
anos. 
Manifestações. Sua manifestação habitual é lenta e tipicamente insidiosa com 
sintomas de fadiga, aumento de peso, cicatrização inadequada das feridas e 
infecção recorrente. 
Etiologia (Origem). Poderoso componente hereditário, associado comumente a 
obesidade. 
Instruções prévias e controle através de Glicemia Capilar em jejum, Pré- e 
Pós-prandial, ou através de Amostra de Urina. 
• A glicemia em jejum vai determinar a quantidade de insulina endógena, 
depois de um jejum de pelo menos 8 horas, para avaliar os níveis 
circulante de glicose. 
• Teste pré-prandial, realizado geralmente 2 horas antes da refeição bem 
balanceada, para avaliar o metabolismo da glicose. 
• Teste pós-prandial, realizado geralmente 2 horas após a refeição bem 
balanceada, para avaliar o metabolismo da glicose. 
• Glicólise aleatória, determinada a qualquer momento sem jejum. 
• Administração de insulina regular e NPH. 
• Os níveis de glicemia devem ser controlados com frequência, não usar 
álcool e fazer rodízio das regiões de punção capilar e desprezar as 
agulhas ou lâminas utilizadas. 
Cuidados de enfermagem ao paciente com Diabetes mellitus e suas 
complicações. 
• Administrar a medicação (insulina ou glicose) conforme a prescrição 
médica e realizar controle pós tratamento. 
• Controlar e registrar peso diariamente, caso o paciente esteja internado. 
• Oferecer medidas higiênicas com especial cuidado aos pés, lavando-os 
sempre com água morna e sem esfregar muito. 
• Evitar todo tipo de atrito ou pressão nos pés e mantê-los secos. 
• Utilizar esparadrapo poroso. 
• Estimular ingesta hídrica diária de 6 a 8 copos de água e de alimentos 
que contenham pouco açúcar. 
• Fazer rotações com os joelhos, flexionar e esticar os joelhos e evitar 
cruzar os joelhos para evitar escoriações. 
• Examinar a boca em busca de gengivas irritadas, sangramentos e, 
informar ao médico. 
 
 
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• Lavar a dentadura, e evitar que afrouxe e caso isso aconteça encaminhar 
o paciente ao dentista. 
• Evitar temperaturas extremas. 
• Inspecionar mudanças cutâneas, tais como, cuidar de lesões pequenas, 
evitar antissépticos fortes que podem agravar lesões. 
• Cuidar dos olhos e realizar controle anual e acompanhamento periódico 
com o oftalmologista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 – Hemoglucoteste. Monitoramento da glicemia capilar. Fonte: Foto Unimed SJC, 
retirado do site Globo.com, Eu Atleta. Saúde. 2023 
2. Hipotireoidismo e Hipertireoidismo. 
 
Figura 14 – Produção de Hormônios da Tireoide. Fonte: Blog Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/ 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/
 
 
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Figura 15 – Tireoide. Fonte: Blog Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/ 
 
2.1 Hipotireoidismo 
Conceito. Trata-se da condição que resulta de quantidades inadequadas do 
hormônio tireoidiano na corrente sanguínea. 
 
Figura 16 – Sintomas do Hipotireoidismo. Fonte: Blog Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/ 
 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/
 
 
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Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• ECG 
• Exame de sangue: bioquímica. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
 
 2.2 Hipertireoidismo 
Conceito. É uma condição hipermetabólica caracterizada por quantidades 
excessivas de hormônio tireoidiano na corrente sanguínea. 
Manifestações clínicas. 
• Labilidade emocional, irritabilidade e apreensão 
• Dificuldade e ficar sentado. 
• Pulso rápido em repouso e durante esforço e palpitações. 
• Intolerância ao calor, transpiração profusa e pele ruborizada. 
• Aumento do apetite e perda progressiva de peso corporal. 
• Fadiga e fraqueza muscular. 
• Amenorreia. 
• Possível fibrilação atrial. 
• Protusão dos olhos (Exoftalmia) 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• ECG 
• Exame de sangue: bioquímica. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
 
 
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Figura 17 –Diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo. Fonte: Blog Toda Matéria. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/ 
 
3. Obesidade, Dislipidemia, Colesterol e Triglicerídeos. 
Esses temas deverão ser abordados pelo professor em forma de pesquisa 
em sala de aula e deverão ser pesquisados os seguintes itens: 
- Conceito. 
- Diagnóstico 
- Cuidados de enfermagem. 
- Tratamento. 
 
AULA PRÁTICA: 
- Uso e manutenção do glicosímetro. 
- Aferição da glicemia capilar e os parâmetros. 
- Aferição de dados antropométricos: peso, altura, perímetro torácico, perímetro 
abdominal e IMC (peso x altura / 100). 
- Parâmetros e anormalidades referentes aos resultados dos dados 
antropométricos. 
 
 
https://www.todamateria.com.br/hipotireoidismo/
 
 
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III – DISFUNÇÕES DIGESTÓRIAS 
 
 
O Sistema Digestório é responsável por garantir a quebra do alimento em 
partículas menores e pela absorção de nutrientes que são necessárias ao 
corpo. Atuando no processamento do alimento, através da prensa, mastigação 
e deglutição dos alimentos e garantindo a absorção dos nutrientes importantes 
para o corpo, absorvendo os nutrientes e expulsando os resíduos por meio das 
fezes. Todo esse processo executado pelo Sistema Digestório é chamado de 
 
 
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DIGESTÃO. Que é um conjunto de transformações físicas e químicas sofridas 
pelos alimentos para serem absorvidas pelo organismo. 
Figura 18 – Anatomia do Sistema Digestório. Fonte: Referência Bibliográfica. 
 
1. Gastrite. 
Conceito. consiste na inflamação do revestimento gástrico. 
Apesar do revestimento gástrico ser resistente à irritação e suportar ácidos muito 
fortes, na gastrite revestimento gástrico sofre irritação e inflamação 
Tipos de gastrite: a gastrite é dividida em duas categorias, dependendo da sua 
gravidade: 
• Erosiva: é a mais grave. Pode ser aguda (quando a inflamação for 
repentina e acentuada do revestimento do estômago) ou crônica (que 
dura por muito tempo e se não for tratada pode durar a vida toda). Ou 
seja, tanto pode ser uma lesão superficial do revestimento gástrico quanto 
pode causar sangramento, erosões ou úlceras. Consiste na inflamação e 
 
 
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corrosão do revestimento gástrico e se desenvolve subitamente (gastrite 
erosiva aguda), mas também pode se desenvolver lentamente (gastrite 
erosiva crônica), em pessoas saudáveis, cujo único problema é a gastrite. 
• Não Erosiva: é caracterizada por alterações no revestimento gástrico que 
variam de desgaste (atrofia) do revestimento gástrico até a transformação 
do tecido gástrico em outro tipo de tecido intestinal (metaplasia). 
Frequentemente diversos tipos de glóbulos brancos (eosinófilos, um tipo 
de leucócito) podem se acumular na parede do estômago causando 
diversos graus de inflamação em todo o estômago ou em algumas partes¹. 
Causas: essa inflamação pode ser causada por vários fatores como: 
• Infecções; 
• Estresse decorrente de doença grave; 
• Lesões traumáticas; 
• Alguns medicamentos; e 
• Distúrbios do sistema imunológico. 
E os menos comuns são: 
• Doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca as células 
saudáveis no revestimento do estômago; 
• Algumas doenças 
Sintomas. geralmente é assintomática, estes podem variar de acordo com a 
causa e quando os sintomas ocorrem, eles incluem: 
• Dor ou desconforto abdominal na região superior; 
• Ocasionalmente, náusea e vômito. 
São geralmente descritos como indigestão (dispepsia) que pode acontecer de 
forma leve na gastrite aguda por estresse e de forma mais acentuada quando as 
náuseas e vômitos ocorrem de forma intermitente e podem resultar de formas 
mais graves de gastrite (gastrite erosiva crônica e por radiação gastrite pós-
gastrectomia e gastrite atrófica). A gastrite erosiva pode causar também úlceras 
e erosões no revestimento ou erosões no revestimento do estômago que podem 
sangrar. Os sinais de sangramento são: 
• Sangue no vômito; 
• Fezes pretas ou como alcatrão (piche); 
• Sangue vermelho nas fezes. 
 
 
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Estes sinais podem ser o começo das complicações da gastrite que incluem: 
• Hemorragia; 
• Úlceras; 
• E o estreitamento da passagem de saída do estômago. 
Diagnóstico. os médicos fundamentam o diagnóstico com base nos sintomas 
do indivíduo, mas ocasionalmente é necessário examinar o estômago através da 
endoscopia digestiva alta. 
Tratamento: o tratamento inclui: 
• Medicamentos que reduzem o ácido gástrico³ e antiácidos⁴; 
• Às vezes, antibióticos que tratam a infecção por H. pylori; 
• Tratamento para interromper a hemorragia; 
• Cirurgias⁵. 
• Além desses medicamentos, o médico pode receitar o medicamento 
SUCRALFATO ajuda no revestimento e cicatrização do estomago e 
previne irritação.” 
Cuidados de enfermagem. 
Atividade: Pesquisa com o professor em sala de aula. Com base nos 
sintomas, diagnóstico e tratamento da Gastrite, construa os cuidados de 
enfermagem inerentes a essa patologia. 
 
2. Úlceras pépticas. 
Conceito. as úlceras são lesões ou feridas muito comuns. É um estágio mais 
avançado da gastrite e as dores são mais incômodas e mais intensas. 
Os tipos mais comuns são: 
• Esofágica (no esôfago); 
• Gástrica (no estômago); 
• Duodenal (na parte superior do intestino delgado). 
Causas: 
• Alimentação desequilibrada, rica em gordura, açúcares e alimentos 
irritativos (cafeína ou pimenta); 
• Infecção por H. pylori do estômago; 
 
 
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• Uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides 
(AINEs) 
O que podem agravar os sintomas e a progressão da úlcera e outras doenças 
gástricas, como refluxo. 
Os fumantes têm mais propensão a desenvolver úlceras pépticas que os não 
fumantes, demoram mais para cicatrizar e podem ser recorrentes. Uma causa 
rara de úlceras pépticas é um tipo de câncer que libera um hormônio chamado 
gastrina, que causa produção excessiva de ácido. 
Sintomas podem causar: 
• Sensação de inchaço após ingestão de líquidos, fome; 
• Sensação de vazio no estômago, náusea e vômito, além das dores no 
estômago em forma de queimação na “boca do estômago”; 
• Distensão abdominal; 
• Fadiga; 
• Dor no peito; 
• Perda de peso; 
• Fezes escuras ou com sangue; 
• Sangramentos na parede do estômago, o que pode causar saída de 
sangue nas fezes, visível ou identificado no exame de pesquisa de 
sangue nas fezes. 
Complicações: 
• Sangramento (hemorragia): 
• Penetração; 
• Perfuração; 
• Obstrução; 
• Câncer. 
Diagnóstico: é realizado através: 
• Da identificação dos sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo; 
• Endoscopia digestiva alta¹ para identificar a causa e verificar a extensão 
e gravidade da úlcera; 
 
 
 
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• Exames de sangue para medir os níveis de gastrina são realizados em 
pessoas que podem apresentar a Síndrome de Zollinger-Ellison³. 
Tratamento: 
• Antibióticos; 
• Medicamentos inibidores da produção de ácido; 
• Antiácidos; 
• Às vezes, cirurgia que é utilizada principalmente para tratar de 
complicações de uma úlcera péptica, como: 
✓ Uma perfuração 
✓ Uma obstrução que não responde à terapia medicamentosa ou que 
ocorre novamente 
✓ Dois ou mais episódios importantes de úlceras hemorrágicas 
✓ Uma úlcera gástrica com suspeita de ser cancerosa 
✓ Recorrências graves e frequentes de úlceras pépticas. 
Cuidados de enfermagem. 
Atividade: Pesquisa com o professor em sala de aula. Com base nos 
sintomas, diagnóstico e tratamento da Úlceras Pépticas, construa os 
cuidados de enfermagem inerentes a essa patologia. 
 
3. Hepatite. 
Conceito. A Hepatite é uma doençaviral, e existem vários tipos: A, B, C, D, 
E, F e G. A transmissão é feita por contágio direto, água, alimentos e 
utensílios contaminados, sangue contaminado e contato sexual (IST). 
 Os sintomas apresentados são: 
• Mal-estar; 
• Fraqueza; 
• Falta de apetite; 
• Náuseas; 
• Dores abdominais; 
• Icterícia, e 
• Cirrose hepática. 
As formas de Transmissão: 
 
 
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• Por contágio direto; 
• Água, alimentos; 
• Alimentos e utensílios contaminados; 
• Sangue contaminado; e 
• Contato sexual (IST). 
 
De acordo com a Epidemiologia: 
• A HEPATITE A é a forma mais branda das hepatites, possui letalidade 
muito baixa e sintomas muito brandos, muitas vezes o doente nem 
percebe que está infectado. Causa nas células do fígado uma inflamação 
aguda que perdura por uma a duas semanas acompanhadas ou não dos 
sintomas característicos. Após esse período, o doente volta a apresentar 
declínio das alterações das enzimas hepáticas que são claramente 
notadas nos exames de laboratório. Pode se apresentar de forma 
assintomática e sintomáticas leve (anictéricas) ou não (ictéricas). 
• A HEPATITE B é uma doença infecciosa de etiologia viral que evolui para 
uma forma crônica e que pode se apresentar de forma assintomática o 
grupo de risco para VHB são os profissionais da área da saúde, 
homossexuais masculinos, usuários de drogas endovenosas, prostitutas, 
pacientes em hemodiálise, e promiscuidade sexual. 
• A HEPATITE C é uma doença infecciosa que evolui de forma crônica e 
pode se apresentar assintomática. Grupo considerado de risco são os 
usuários de drogas endovenosas, promiscuidade sexual, profissionais 
que trabalham com material biológico humano, indivíduos que fazem 
acupuntura, pessoas tatuadas. 
• A HEPATITE D é uma virose de composição híbrida, pois depende da 
presença do vírus da hepatite B que consiga se replicar e causar a 
doença. O principal fator epidemiológico dessa afecção é a presença de 
indivíduo portador crônico de Hepatite B. O grupo de risco é composto por 
usuários de drogas injetáveis, promiscuidade sexual, pessoas que 
tenham tatuagem, pessoas que necessitam de hemodiálise, e 
politransfundidos. 
 
 
 
 
 
 
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Prevenção: 
• Por meio de vacinas (imunoprofilaxia ativa), indicada para viajantes de 
áreas endêmicas, homossexuais masculinos, usuários de drogas 
endovenosas, pacientes com hepatopatia crônica e pessoas que 
trabalham em locais considerados de risco: 
✓ Hepatite A. 
✓ Hepatite B. 
✓ Hepatite C. 
✓ Hepatite D (mesma que a Hepatite B). 
Administração de gamaglobulina anti-A antes da exposição - Hepatite A 
• Cuidados gerais 
✓ Hepatite A - Medidas de higiene. 
✓ Hepatite B e C - Uso de preventivos e medidas de prevenção de 
infecção perinatal com identificação de gestantes infectadas 
• Realização de imunoglobulina e vacinação dos recém-nascidos de mães 
infectadas com Hepatite B. 
• Controle dos bancos de sangue: através de teste rápido para Hepatite B 
e Hepatite C. 
Sintomas e Diagnóstico: 
• HEPATITE A. São manifestações prodrômicas, que duram em média até 
quinze dias. São representados pela icterícia, colúria e sintomas 
prodrômicos, além da hepatomegalia, esplenomegalia e a 
linfoadenomegalia. 
Ictérica: aparecem após duas a sete semanas, posterior ao período de 
incubação, que dura em média um mês. 
Anictérica: são mais observadas em crianças de 8 meses aos 5 anos de 
idade, isso devido a imunidade transmitida pelas mães. 
Quando se CRONIFICA observa-se: colestase hepática (que se 
apresenta com alterações dos níveis de bilirrubina), prurido, diarreia, má 
absorção intestinal e perda de peso. 
Forma FULMINANTE: grave, pode levar ao óbito. Ocorrência rara. 
Diagnóstico: clínico, dosagem das aminotransferases, protrombina e 
bilirrubina total e frações, e através do teste de Elisa. 
• HEPATITE B. Sem sintomas específicos, além de baixo peso, fraqueza e 
indisposição. 
 
 
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Diagnóstico realizado por exames sorológicos. Sorologia e teste rápido. 
• HEPATITE C. É comum que não apresentem nenhum sintoma clínico, 
apenas alterações de enzimas hepáticas, positividade do anti-HVC. 
Podendo evoluir para a cronicidade com desenvolvimento da cirrose 
hepática e carcinoma hepatocelular. 
Diagnóstico realizado por exames sorológicos. Sorologia e teste rápido 
(PCR). 
• HEPATITE D. Sua forma clínica é grave, representada por lesões 
hepáticas com rápida evolução para cirrose ou hepatite fulminante. 
Diagnóstico realizado como exame de imunofluorescência (ELISA) ou 
imunoperoxidase. 
Tratamento: 
• HEPATITE A – repouso, dieta equilibrada e medicamentos antioxidantes. 
• HEPATITE B – terapias antivirais e drogas imunomoduladoras 
• HEPATITE C – interferon e drogas antirretrovirais como a Riviridina. 
• HEPATITE D – interferon e terapias antirretrovirais. 
 
Cuidados de enfermagem. 
Atividade: Pesquisa com o professor em sala de aula. Com base nos 
sintomas, diagnóstico e tratamento da Hepatite, construa os cuidados de 
enfermagem inerentes a essa patologia. 
 
4. Hemorragia digestiva alta e baixa. 
4.1 Hemorragia digestiva alta. 
Conceito. A definição que se dá para hemorragia digestiva alta é a de que se 
refere a uma hemorragia que se origina das partes superiores do trato digestivo 
(boca, faringe, esôfago, estômago e duodeno). Pode se apresentar de forma 
aguda, o que implica numa emergência que é um risco potencial de vida, é mais 
comum que o sangramento do trato digestivo inferior e uma das principais 
causas de morbidade e mortalidade. 
Causas. Os mecanismos subjacentes de sangramento, excluídas as varizes 
esofagianas, envolvem hemorragias arteriais ou venosas de baixa pressão, já 
que na hemorragia varicosa sempre há uma pressão venosa elevada, a partir do 
 
 
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sistema porta. A úlcera pode penetrar tão profundamente na mucosa 
gastroduodenal e provocar necrose da parede arterial, produzindo hemorragia 
por ruptura e podem estar relacionadas também a vômito, estresse, gastrite 
aguda, malformação vascular do estômago proximal e uso de anti-inflamatório 
não esteroides. 
As mais comuns são: 
• Varizes esofágicas; 
• Úlcera péptica. 
Outras causas são: 
• Gastrite ou esofagite erosiva; 
• Câncer gástrico; 
• Leiomioma gástrico ulcerado. 
Causas raras são: 
• Fístulas aorta entérica; 
• Ectasia vascular gástrica; 
• Angiectasias; e 
• Síndrome de Osler-Weber-Rendu. 
Sinais e sintomas: através da história clínica e do exame físico são obtidas 
informações cruciais para a avaliação inicial e são relatados: 
• Fraqueza; 
• Tonturas; 
• Síncope; 
• Hematêmese (vômitos sanguinolentos); 
• Melena (fezes escurecidas e com mau odor). 
Podem apresentar história prévia de: 
• Dispepsia; 
• Úlcera; 
• Saciedade precoce; 
• Uso de aspirina; ou 
• Uso crônico de álcool. 
 
 
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A hemorragia pode se apresentar em uma fase mais subaguda com uma história 
de: 
• Dispepsia; 
• Sangue oculto nas fezes; ou 
• Anemia por deficiência de ferro. 
Nos casos de perda rápida e grave de sangue o indivíduo pode apresentar: 
• Hipotensão postural. 
Quando uma hemorragia digestiva alta evolui para um mal prognóstico, o 
indivíduo pode apresentar: 
• Taquicardia de mais de 100 bpm; 
• Pressão sanguínea sistólica inferior a 90 mmHg; 
• Extremidades frias; 
• Síncope. 
E essa hemorragia se torna intensa pode gerar, principalmente em idosos 
• Hipotensão grave e outras complicações; 
• E levar até à morte. 
Diagnóstico: 
Determinam a intensidade e a fonte da hemorragia: 
• História médica do indivíduo; 
• Exames de laboratório e de imagens; 
E evolui muito com o uso da: 
• Endoscopiadigestiva alta. 
Para avaliar se existe perda de sangue ou se há choque: 
• Exame físico; 
Devem ser feitas e corrigidas de início, respectivamente: 
• Avaliação da instabilidade hemodinâmica; 
• Sinais clínicos de má perfusão. 
Fatores de risco: para a recorrência de sangramento de uma úlcera, após 
terapia endoscópica: 
• Idade superior a 60 anos de idade; 
 
 
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• Presença de choque no momento da admissão; 
• Dificuldades de coagulação do sangue; 
• Sangramento ativo pulsátil; e 
• Presença de doença cardiovascular. 
A cirurgia só deve ser considerada nos casos em que as vísceras podem estar 
ou foram perfuradas. 
Tratamento: o objetivo mais imediato nas hemorragias digestivas altas é corrigir 
o choque e as eventuais anomalias da coagulação sanguínea, para que uma 
avaliação e tratamento mais aprofundados possam prosseguir. 
Esse tratamento pode ser realizado por meio da endoscopia, mas as tentativas 
endoscópicas de fazer homeostase nem sempre têm sucesso, principalmente se 
os vasos são maiores. 
Realizar o tratamento para H. pylori e podem exigir um procedimento cirúrgico, 
se o sangramento for recorrente ou profuso (longo/extenso). 
Nos casos de sangramento causado pelo uso excessivo de anti-inflamatórios 
não esteroides devem receber supressão ácida contínua com um inibidor da 
bomba de prótons, para proteção da mucosa. 
Quando causada pelo estresse, o sangramento normalmente é suave e 
autolimitado, mas pode raramente progredir para uma hemorragia grave. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• Controle do sangramento e de sinais de choque, como taquicardia, 
hipotensão, débito urinário reduzido e mudança no estado mental. 
• Exame de sangue: hemograma completo. 
• Transfusões de sangue. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
 
4.2 Hemorragia digestiva baixa: 
Conceito. A definição de hemorragia digestiva baixa é caracterizada pela perda 
de sangue do trato gastrointestinal distal ao ligamento de Treitz. É considerado 
uma emergência e deve ser considerado fatal até que se prove o contrário. São 
mais comuns entre mulheres e aumenta significativamente nos idosos 
Características de pacientes com hemorragia digestiva baixa de alto risco: 
 
 
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• Uso de medicações como: AAS, AINEs, glicocorticoides, anticoagulantes 
como varfarina, heparina, entre outros, e agentes quimioterápicos. 
• História de doença ulcerosa péptica; 
• Doença hepática; 
• Idade maior de 60 anos; 
• Etilismo; 
• Tabagismo. 
Comorbidades clínicas significativas: 
• Insuficiência cardíaca (IC); 
• Diabetes Mellitus; 
• Insuficiência renal crônica (IRC); 
• Neoplasias malignas; 
• Doença arterial coronariana (DAC); 
• História de aneurisma de aorta abdominal ou prótese abdominal. 
Causa: Quando a fonte do sangramento é estabelecida abaixo do ligamento de 
Treitz, a causa mais comum é: 
• Doença diverticular (diverticulose): sangramento indolor e resulta da 
erosão na artéria penetrante do divertículo; 
• Colite, pode ser isquêmica e Isquêmica Mesentérica, e geralmente é 
transitória e pode ser causada pela má circulação vascular do colo e ao 
alto conteúdo bacteriano; 
• Pólipos adenomatosos; e 
• Malignidades. 
As causas de hemorragia digestiva baixa são: 
• Diverticulose; 
• Angiodisplasia; 
• Malformações arteriovenosas; 
• Isquemia mesentérica; 
• Colite isquêmica; 
• Divertículo de Meckel; 
 
 
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• Colite infecciosa; 
• Doença inflamatória intestinal; 
• Colite por radiação; 
• Úlceras retais; 
• Traumas; 
• Corpos estranhos; 
• Carcinoma; 
• Locais de biópsia da próstata; 
• Endometriose; 
• Lesões de Dieulafoy; 
• Varizes colônicas; 
• Enteropatia hipertensiva portal. 
Diagnóstico: 
• Endoscopia; 
• Tomografia computadorizada; 
• Exames laboratoriais, como hemograma completo (Eritrograma - 
hematócrito e hemoglobina, Leucograma - leucócitos) coagulograma e 
tipagem sanguínea, exames da função renal como uréia e creatinina, 
coleta de sódio e potássio, a glicose e a função hepática. 
Diagnóstico diferencial: diagnósticos alternativos que mimetizam sangramento 
gastrintestinal: 
• Melena: 
✓ Ingestão de medicamentos com bismuto; 
✓ Ingestão de carvão ativo. 
• Hematêmese: 
✓ Sangramento nasofaríngeo ou dental; 
✓ Ingestão de bebidas ou comida avermelhadas. 
• Hematoquezia: 
✓ Sangramento vaginal; 
✓ Hematúria macroscópica; 
 
 
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✓ Alimentos parcialmente digeridos vermelhos (beterraba, uvas tintas). 
Tratamento: Deve-se iniciar a ressuscitação em pacientes instáveis ou com 
sangramento ativo. Os pacientes devem receber oxigênio suplementar pelo 
menos até a realização da oximetria; os pacientes também devem ser colocados 
em monitorização cardíaca. Devem ser obtidos dois acessos venosos calibrosos, 
e deve-se iniciar a reposição volêmica com cristaloides. Recomenda-se corrigir 
coagulopatias se estiverem presentes. 
• Transfusão sanguínea (baseada nos achados clínicos de depleção de 
volume ou sangramento contínuo, em vez de nos valores iniciais do 
hematócrito); 
• Sonda nasogástrica: nos casos de HDB significativa, hematoquezia 
(fontes de HDA) com história prévia de HDA e anemia; 
• Aspiração nasogástrica: baixa sensibilidade e valor preditivo negativo 
para HDA e fonte de sangramento no trato gastrintestinal alto. Benéfica 
nas HDB que ocorrerá intervenção imediata; 
• Avaliação cirúrgica precoce para HDB grave: nos casos de sangramento 
incontrolável; 
• Retossigmoidoscopia flexível: para avaliar as possíveis fontes distais de 
sangramento no colo e no reto, mas não consegue identificar fontes mais 
próximas de sangramento; 
• Colonoscopia: para diagnosticar várias fontes de HDB, como diverticulite 
ou angiodisplasia, e pode permitir a coagulação dos locais de 
sangramento através de vários métodos de hemostasia endoscópica. 
• Cirurgia: realizada devido ao sangramento contínuo e falha da hemostasia 
endoscópica. cirurgia de emergência. 
• Internação hospitalar: para aqueles que apresentam instáveis ou com 
sangramento ativo podem necessitar internação na UTI. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• Controle do sangramento e de sinais de choque, como taquicardia, 
hipotensão, débito urinário reduzido e mudança no estado mental. 
• Exame de sangue: hemograma completo. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
 
 
 
 
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5. Cirrose hepática. 
Conceito. A cirrose é o desfecho de lesões no fígado que se cicatrizam, fazendo 
com que o órgão vá perdendo sua função e caminhe para a falência completa. 
Causas: É o resultado de inflamações e agressões crônicas como o ataque de 
vírus (hepatites A, B, C...) ou abuso de bebidas alcóolicas. 
Consequências: Com o tempo o tecido do fígado fica todo fibroso e deixa de 
realizar tarefas primordiais para o organismo, como o processamento de 
nutrientes e medicamentos, a fabricação de proteínas e a produção de bile, que 
atua na digestão. 
Sinais e sintomas: Os sintomas costumam aparecer em estágio mais avançado 
da doença. Como é um problema que não tem cura e nem pode ser revertido, a 
solução pode ser o transplante de fígado. O recomendado é que se deve ficar 
atento se houver fatores de risco para a doença para flagrá-la quanto antes e 
poder estacionar seu avanço. Dentre os sinais e sintomas que podem ser 
apresentados estão: 
• Pele amarelada (icterícia); 
• Inchaço no abdômen; 
• Emagrecimento; 
• Fraqueza; 
• Perda de apetite; 
• Mau hálito intenso; 
• Nódulos amarelados pelo corpo (principalmente próximo às pálpebras); 
• Tosse e vômito com presença de sangue; 
• Perda de cabelo. 
Fatoresde risco: Os fatores de risco podem estar associados ao: 
• Consumo excessivo de bebidas alcóolicas; 
• Excesso de peso e obesidade; 
• Hepatites (sobretudo as do tipo B e C); 
• Predisposição genética; 
• Idade acima de 40 anos; 
• Uso ou abuso de medicamentos; 
 
 
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• Diabetes. 
Prevenção: A prevenção da cirrose hepática é adotar um estilo de vida saudável, 
evitando exageros com relação a bebida, evitar dietas calóricas e a 
automedicação. Outro fator de proteção é se proteger dos vírus das hepatites, 
sobretudo da B, através da vacina. 
Diagnóstico: Este diagnóstico é realizado pelo gastrenterologista ou pelo 
hepatologista, que vai apurar o histórico do paciente e analisa o estado do fígado 
através de exames de imagem como o ultrassom. Mas de acordo com a 
gravidade é necessário realizar uma biópsia para avaliar o tecido com um 
microscópio. 
Tratamento: O objetivo do tratamento é impedir que a cirrose se agrave. O 
fundamental no plano terapêutico é identificar a causa do problema e cortar a 
agressão, pois antes mesmo de tratar a cirrose deve-se trata os fatores de risco 
para a doença, como as hepatites crônicas, o etilismo, a presença de gordura no 
fígado (esteatose hepática) entre outros fatores de risco. 
Podem ser receitados alguns medicamentos para poupar o fígado nesse trajeto 
e o acompanhamento com exames se torna importante para avaliar a evolução 
do quadro e flagrar eventuais nódulos malignos no fígado e o acompanhamento 
com hepatologista. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• Controle do sangramento e de sinais de choque, como taquicardia, 
hipotensão, débito urinário reduzido e mudança no estado mental. 
• Exame de sangue: hemograma completo. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
 
6. Pancreatite aguda e crônica. 
Conceito. é a inflamação no pâncreas. O órgão principal é o pâncreas, glândula 
localizada atrás do estômago no abdome superior, que tem como funções fazer 
a digestão das gorduras e carboidratos que ingerimos usando o suco 
pancreático, substância que contém enzimas digestivas. E, também é 
responsável por produzir os hormônios insulina e glucagon. A insulina é 
responsável por reduzir as taxas de açúcar no sangue, ao passo que o glucagon 
tem o efeito contrário, aumentando essas concentrações. 
Tipos: A Pancreatite pode ocorrer de forma aguda ou crônica: 
 
https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/37073-inflamacao
https://www.minhavida.com.br/temas/insulina
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/pancreatite
 
 
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6.1 A Pancreatite Aguda tem início súbito e desaparece logo após o início do 
tratamento. 
Causas: 
▪ Cálculo biliar; 
▪ Ingestão de álcool; 
▪ Traumas; 
▪ Uso de remédios; e 
▪ Aumento do triglicerídeos no sangue 
▪ 
Sintomas da pancreatite aguda: 
▪ Dor abdominal na parte superior do abdômen; 
▪ Dor abdominal que se irradia para as costas; 
▪ Dor abdominal que se sente pior depois de comer; 
▪ Náusea; 
▪ Vômitos; 
▪ Febre. 
 
6.2 Pancreatite Crônica - é uma inflamação de longa duração, que não acaba 
e se perpetua, além de que pode fazer o pâncreas parar de produzir a quantidade 
normal de enzimas digestivas (problemas para digerir gordura). Em casos 
avançados podem apresentar acometimento da parte endócrina e evoluir com 
Diabetes de Mellitus. 
Fatores de risco (causas): 
▪ Alcoolismo (causa mais comum); 
▪ Cálculos biliares; 
▪ Cirurgia abdominal; 
▪ Certos medicamentos; 
▪ Tabagismo; 
▪ Fibrose cística (doença genética); 
▪ Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, quando usado no 
tratamento de cálculos biliares; 
 
 
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▪ Histórico familiar de pancreatite; 
▪ Níveis elevados de cálcio no sangue (hipercalcemia), que podem ser 
causadas por uma glândula paratireoide hiperativa (hipertireoidismo); 
▪ Altos níveis de triglicerídeos no sangue (hipertrigliceridemia); 
▪ Infecção; 
▪ Lesão no abdômen; 
▪ Câncer de pâncreas. 
Sintomas da pancreatite crônica: 
▪ Dor abdominal superior intensa 
▪ Perder peso sem esforço 
▪ Fezes gordurosas e fedorentas (esteatorréia). 
• Em ambos os tipos de Pancreatite podem ocorrer: 
▪ Febre; 
▪ Ritmo cardíaco acelerado; 
▪ Suor; 
▪ Pele ou a parte branca dos olhos com a cor amarelada (sinal de icterícia); 
▪ Choque. 
Diagnóstico: 
• Exames de sangue: 
✓ Amilase sérica e lipase sérica; 
✓ Hemograma completo; 
✓ Teste das funções hepática; 
✓ Bilirrubina. 
• Exames de imagem: 
✓ Ultrassonografia abdominal; 
✓ Tomografia computadorizada com contraste; 
✓ Ultrassonografia endoscópica (endoscopia); 
✓ Ressonância magnética; 
✓ Colangiopancreatografia por ressonância magnética. 
https://www.minhavida.com.br/temas/fezes
 
 
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• Análise de fezes. 
Tratamento: Medidas iniciais para controlar a inflamação no pâncreas são: 
• Jejum, para deixar o pâncreas em repouso 
• Hidratação venosa 
• Analgesia, já que não existem medicações eficientes para melhorar a 
inflamação no pâncreas. A inflamação melhora espontaneamente na 
maioria dos pacientes 
• Uma vez que a inflamação no pâncreas é controlada, você pode 
começar a beber líquidos claros e comer comidas com pouca gordura 
e proteína. Com o tempo, você pode voltar a sua dieta normal 
✓ Se a pancreatite persistir e você ainda sentir dor ao comer, o médico pode 
recomendar alguns medicamentos no sentido de controlar a dor e/ou 
repor as enzimas pancreáticas. 
O tratamento dependerá da causa da sua pancreatite: 
✓ Cirurgia para retirar cálculos da vesícula biliar cirurgia 
✓ Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) – exige preparo 
e jejum ao paciente, antes de realizar o procedimento. 
✓ Cirurgia para drenar o líquido do pâncreas ou remover tecido doente 
✓ Tratamento para a dependência do álcool. 
Existem também tratamentos adicionais para a pancreatite crônica: 
✓ Medicamentos para aliviar a dor 
✓ Dor severa pode ser aliviada com cirurgia para bloquear os nervos que 
enviam sinais de dor do pâncreas para o cérebro 
✓ Suplementos de enzimas pancreáticas para ajudar seu corpo a quebrar e 
processar os nutrientes nos alimentos que você come 
✓ Alterações em sua dieta. Um nutrólogo ou nutricionista pode ajudar a 
planejar refeições de baixo teor de gordura e ricas em nutrientes. 
Já para a pancreatite aguda o tratamento pode incluir medicamentos como: 
✓ Analgésicos 
✓ Líquidos intravenosos 
✓ Interrupção da alimentação pela boca para limitar a atividade do 
pâncreas. 
 
 
https://www.minhavida.com.br/temas/medicamentos
https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/1941-perder-peso
 
 
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Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• Controle de sinais de choque, como taquicardia, hipotensão, débito 
urinário reduzido e mudança no estado mental. 
• Exame de sangue: hemograma completo. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
AULA PRÁTICA: 
- Avaliação da Dor (5º sinal vital) e parâmetros. 
- Inspeção estática e dinâmica. 
- Avaliação de sinais de sangramento. 
- Avaliação da coloração da pele. 
 
IV – DISFUNÇÕES RESPIRÁTÓRIAS 
Anatomia e fisiologia do sistema respiratório. 
Introdução. O Sistema Respiratório consiste em nariz, faringe (garganta), 
laringe (caixa de voz), traqueia (tubo de vento), brônquios e pulmões. 
 
Figura 18 – Estrutura do Sistema Respiratório. Fonte: aleatória internet 
 
 
 
 
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Suas partes são classificadas de acordo com a estrutura e a função. 
Estruturalmente será dividido em: 
• Sistema respiratório superior: nariz, faringe e estruturas associadas; 
• Sistema respiratório inferior: laringe,traqueia, brônquios e pulmões. 
Objetivos da respiração. São a promoção de O2 aos tecidos e remoção de 
dióxido de carbono. 
Com a finalidade de alcançar esses objetivos, a respiração pode ser dividida 
em quatro funções principais: 
1. Ventilação pulmonar – significa o influxo e efluxo de ar entre a 
atmosfera e os alvéolos pulmonares; 
2. Difusão de O2 e dióxido de carbono – entre os alvéolos e o sangue; 
3. Transporte de O2 e dióxido de carbono – no sangue e líquidos 
corporais, e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo. 
4. Regulação da ventilação. 
 
Figura 19 – Estrutura do pulmão. Fonte: aleatória internet. 
 
 
 
 
 
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1. Enfisema Pulmonar. 
Conceito. Caracteriza-se por perda da elasticidade pulmonar e aumento 
anormal dos espaços aéreos distalmente aos bronquíolos terminais, com 
destruição das paredes alveolares e dos leitos capilares. 
A dilatação dos espaços aéreos acarreta a hiperinflação dos pulmões e produz 
aumento da capacidade pulmonar total. 
Causas reconhecidas: 
• Fumo – causa lesão pulmonar; 
• Deficiência hereditária de antitripsina (enzima antiprotease que protege o 
pulmão de lesões). 
• Fatores genéticos – esses podem contribuir em fumantes que vem a 
apresentar DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) a uma idade 
precoce. 
O enfisema decorre supostamente de decomposição da elastina e outros 
componentes da parede alveolar por enzimas que digerem proteína, designadas 
como proteases (especialmente a elastase). A fumaça do cigarro e outros 
irritantes estimulam o movimento das células inflamatórias para os pulmões, 
ocasionando maior liberação de elastase e outras proteases. 
Os principais sintomas são: 
• Falta de ar (dispneia); 
• Tosse crônica; 
• Sibilância; 
• Expectoração; 
• Infecções respiratórias de repetição. 
Por se tratar de uma doença crônica progressiva, os sintomas podem se 
manifestar de: 
• Forma leve; 
• Gradativamente se tornar intenso; e 
• Passar a exigir manobras médicas mais complexas (com uso de oxigênio 
para auxiliar no processo respiratório). 
 
 
 
 
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O Enfisema Pulmonar é uma doença incurável, mas é possível controlar e 
melhorar bastante a qualidade de vida do paciente com o tratamento adequado. 
Fatores de risco: 
• Idade superior a 40 anos; 
• Tabagismo ou inalação de gases irritantes ou de material particulado em 
ambiente ocupacional ou domiciliar; 
• E outros fatores individuais, como: deficiência de alfa-antitripsina 
Diagnóstico. É realizado com base nos sintomas apresentados pelo paciente e 
pela análise de seu histórico de vida. E para complementar o diagnóstico, o 
médico pode solicitar exames de imagem, como a: 
• Tomografia de tórax; 
• Prova da função pulmonar (espirometria¹); 
• Oximetria em repouso; 
• Hemograma; eletrocardiograma em repouso e ecocardiografia; 
• Dosagem de alfa-1 antitripsina. 
Prevenção. A função pulmonar deve ser feita com frequência por pacientes 
fumantes, como forma de rastrear a doença e começar a agir antes que o 
enfisema atinja níveis maiores e os sintomas comecem a se manifestar. 
Tratamento. Existem diversas medicações inalatórias que ajudam a aliviar os 
sintomas do paciente, e além delas algumas ferramentas importantes que 
protegem os pulmões e trazem maior qualidade de vida: ATIVIDADE FÍSICA 
(fisioterapia respiratória, reabilitação pulmonar) e, mas em alguns casos, quando 
o paciente está em fase terminal, pode ser necessário o USO DE CILINDRO DE 
OXIGÊNIO² (utilizando a máscara de Venturi e, em tempos de COVID-19, 
máscara com bolsa reservatória) e até mesmo o TRANSPLANTE DE PULMÃO. 
Tratamento medicamentoso; 
• Broncodilatadores de curta ação (salbutamol, fenoterol); 
• Broncodilatador anticolinérgico (brometo de ipratrópio); 
• Broncodilatadores de longa ação (salmeterol, formoterol); 
• Corticosteroides inalatórios (budesonida, beclametasona); 
• Corticosteroide sistêmico não inalatório (prednisona, prednisolona, 
hidrocortisona). 
 
 
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A fisioterapia tem sido um ponto positivo na melhora dos pacientes em uso de 
oxigenoterapia e tem como objetivo o acondicionamento, o ganho de força 
muscular global e treinamento da respiração no intuito de diminuição da dispneia 
e melhor conforto respiratório. 
Além do tratamento em geral, disponibilizado pelo SUS, iniciar consulta com 
pneumologista. E eliminar imediatamente o hábito de fumar e atentar ao 
calendário de vacinação, mantendo as vacinas de gripe e pneumonia em dia, 
para se evitar as infecções respiratórias de repetição. 
Cuidados de enfermagem. 
• Monitoramento dos sinais vitais. 
• Administração e controle de todas as medicações. 
Os cuidados de enfermagem são essenciais e devem ser individualizados para 
promoção dos cuidados domiciliares, fornecerem instruções ao pacientes e 
familiares, estimular o autocuidado, sinais e sintomas iniciais da infecção e de 
outras complicações, de modo que possam procurar imediatamente cuidados de 
saúde apropriada (BRUNNNER & SUDDARTH, 2015). 
Os planos de cuidados de enfermagem auxiliam no cuidado do paciente com 
dispnéia, como: 
• Proporcionar um ambiente silencioso, calmo, abrir as cortinas e as portas; 
• limitar visitas, quando o paciente estiver com crise aguda de falta de ar, 
pois com redução de ruídos externos promove o relaxamento e reduzir 
sentimentos de sufocação; 
• não deixar o paciente sozinho durante a crise, ele necessita de uma 
segurança caso precise de ajuda; 
• reconhecer o medo e reforço positivo pelos esforços, pois o medo 
desencadeia para a dispnéia e o medo (CARPENITO-MOYET, 2011) 
 
2. Bronquite crônica 
Conceito. É a inflamação das vias respiratórias superiores, estruturas 
conhecidas como brônquios. São as vias aéreas cuja função é transportar o O2 
diretamente para os pulmões. 
• As causas da inflamação são: 
• Infecção provocada por vírus; 
• Exposição às substâncias irritantes; 
• Exposição à fumaça do cigarro. 
 
 
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A Bronquite Crônica ocorre mais comumente em homens de meia-idade e 
associa-se à irritação crônica pelo fumo e por infecções recorrentes. As 
infecções viróticas e bacterianas são comuns em pessoas com bronquite 
crônica, sendo consideradas consequências do problema e não a causa dele. 
Na Bronquite Crônica a obstrução das vias aéreas é causada pela inflamação 
das grandes e pequenas vias aéreas. Tipos de Bronquite Crônica: 
→ Bronquite crônica simples – é uma bronquite crônica sem obstrução do 
fluxo de ar. 
→ Bronquite obstrutiva crônica – é uma Bronquite Crônica com obstrução do 
fluxo de ar. 
Sinais e sintomas: 
• Falta de ar; 
• Tosse persistente com catarro; 
• Respiração curta e pesada; 
• Chiado no peito; 
• Broncoespasmo (sibilos); 
• Cansaço; 
• Febre; 
• Mal-estar; 
• Coriza; 
• Irritação na garganta; 
• Cansaço; 
• Dores nas costas e nos músculos. 
Além desses sintomas, a TOSSE INTENSA é uma reação espontânea do 
organismo com o objetivo de expulsar as secreções que estão localizadas nas 
vias aéreas ou respiratórias inflamadas. 
Diagnóstico: 
O diagnóstico se faz a partir de quando há: 
• Edemas e hiperplasia das glândulas submucosas bem como secreção 
excessiva de muco na árvore brônquica. 
• História de tosse produtiva crônica de duração superior a 3 meses por 
mais de dois anos consecutivos é necessária para diagnóstico da 
 
 
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bronquite crônica, com aumento gradual nas exacerbações agudas, que 
produzem escarros fracamente purulentos. 
Como surge a bronquite – causas: 
Quando inspiramos, o ar entra pelas nossas vias áreas superiores e chega à 
traqueia. Esta bifurca-se formando os brônquios principais, cada um indo em

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