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Metabolismo da Noradrenalina (NOR) Síntese: Precussor: tirosina A tirosina hidroxilase a converte em DOPA, que sofre ação da DOPA descarboxilase, virando dopamina, que é armazenada em vesículas pelo transportador vesicular de monoaminas (VMAT); nelas, sofre ação da dopamina B-hidroxilase (DBH), tornando-se noradrenalina Tirosina hidroxilase: catalisa a etapa limitante, é marcador de neurônios catecolaminérgicos e participa da regulação a curto (feedback negativo pela NOR) e longo prazo (síntese da enzima) Exocitose: A despolarização da membrana ativa canais de Ca2+ voltagem-dependentes O Ca2+ ativa as proteínas SNARE e ocorre a exocitose O Ca2+ liga-se à sinaptotagmina, que ativa a sinaptobrevina, ambas localizadas na vesícula; então, a vesícula ancora-se à sintaxina nas zonas ativas, o que é mediado pela SNAP 25 Obs: as proteínas SNARE dos neurônios noradrenérgicos é diferente dos colinérgicos, e a toxina botulínica não atua neles Obs: a probabilidade de liberação da NOR em resposta a um PA é bem mais baixa que na junção neuromuscular Mediadores coliberados: ATP e NPY Efeitos da NOR: Ligação a receptores pré-sinápticos Mecanismo de feedback negativo (a2) ou positivo (b2) Ligação a receptores pós-sinápticos Degradada por MAO e CONT na fenda sináptica Pode ser recaptada pela NET (70%), podendo ser degradada ou voltar às vesículas O transportador atua em ambos os sentidos (pode liberar para a fenda sináptica se houver excesso no neurônio) Metabolismo da adrenalina Síntese: ocorre na medula adrenal Todos os passos até o acúmulo de noradrenalina nas vesículas sinápticas À medida que a NOR vai sendo produzida vai indo ao citoplasma, sendo convertida em adrenalina pela enzima feniletanolamina N-metiltransferase (FMNT) Então, a adrenalina volta às vesículas Receptores adrenérgicos Tipos de receptores: famílias alpha e beta Alpha 1: + Localização: Musculatura lisa (vascular e trato genitourinário): contração + Efeito trófico na musculatura lisa (Hiperplasia prostática) Coração (miocárdio e NSA): taquicardia e inotropismo + Fígado: glicogenólise e gliconeogênese Mecanismo: Gq -> PLC -> cliva PiP2 em IP3 e DAG IP3 -> liberação de Ca2+ do reticulo endoplasmático DAG -> ativação da PKC, que fosforila canais de Ca2+, levando ao seu influxo Alpha 2: - Localização: Neurônios pré-sinápticos: feedback – Pâncreas (células B): menor produção de insulina Plaquetas: menor agregação plaquetária Mecanismo: Gi -> (-) Adenilato ciclase -> (-) AMPc -> (-) PKA -> menor influxo de Ca2+ Beta 1: + Localização: Coração (miocárdio e NSA): taquicardia e inotropismo +, mas reduz sua eficiência Obs: pode causa arritmias e fibrilação ventricular em pacientes com isquemia Obs: tem efeito trófico e pode causar hipertrofia cardíaca Rins: liberação de renina -> aumento da PA Formação de angiotensina II, que leva ao aumento do DC (aldosterona e ADH, que aumentam a volemia) e da RVP (constrição arteriolar), aumentando a pressão arterial Ocorre feedback +, maximizando os efeitos Os neurônios adrenérgicos possuem receptores AT 1, levando ao influxo de Ca2+ Tecido adiposo: lipólise Mecanismo: Gs -> (+) adenilato ciclase -> (+) AMPc -> (+) PKA -> influxo de Ca2+ Beta 2: + Localização: Musculatura lisa (vascular e brônquica): dilatação Distribuição: nas artérias da musculatura estriada esquelética e SNC Fígado: glicogenólise e gliconeogênese Pâncreas: produção de insulina “Ganha” do alpha 2: manutenção de um nível basal de insulina Músculo estriado: tremor essencial Corpo ciliar do olho: maior produção de humor aquoso Mecanismo: Mesmo de Beta 1 (Gs -> influxo de Ca2+) Exceção: Musculatura vascular e brônquica -> menor influxo de Ca2+ A PKA fosforila o canal de Ca2+ em uma posição diferente Beta 3: + Localização: Tecido adiposo: lipólise Mecanismo: Mesmo de Beta 1: Gs -> influxo de Ca2+ Seletividade dos agonistas: Adrenalina Atua em todos os receptores com a mesma seletividade Exceção: músculo liso vascular (B2 >>>> A1) Predomina a vasodilatação nos vasos da musculatura esquelética e do SNC Noradrenalina A1 = A2 = B1 = B3 >>>> B2 Isoprenalina B2 = B3 >> B1 >>>> A1 = A2 Efeitos na pressão arterial Adrenalina: Causa aumento da PS mas queda da PD, sem aumentar muito a PA PS: ativa A1 e B1, levando ao inotropismo + e produção de renina PD: ativa B2 na musculatura lisa vascular, reduzindo RVP Noradrenalina: Causa aumento de PS e PD, aumentando a PA como um todo PS: ativa A1 e B1, levando ao inotropismo + e produção de renina PD: ativa A1, levando ao aumento da RVP Isoprenalina: Causa queda da PD sem grande elevação de PS, levando a uma queda de PA PS: não aumenta, pois ativa muito pouco A1 e B1 PD: cai, pois ativa B2 Fármacos que atuam nos receptores adrenérgicos Agonistas seletivos e não seletivos: Epinefrina: Mecanismo: Uso terapêutico: parada cardíaca Fenilefrina: A1 Mecanismo: Vasoconstrição Uso terapêutico: Associado a anestésicos locais -> anticoagulante e impedir que o anestésico se espalhe Clonidina: A2 Mecanismo: queda da PA tanto por modulação pré-sináptica quanto por uma ação central Uso terapêutico: Hipertensão Dobutamina: B1 Mecanismo: aumento da PA por efeitos inotrópico e cronotrópico + e secreção de renina Uso terapêutico: Insuficiência cardíaca causada por hipertrofia do miocárdio Salbutamol: B2 Mecanismo: causa broncodilatação Uso crônico: causa dessensibilização por endocitose de receptores Uso terapêutico: Asma Antagonistas alpha-adrenérgicos: Fentolamina: A não seletivo Mecanismo: vasodilatação e queda de PA Uso terapêutico: crise hipertensiva (pré-cirúrgica, para reduzir o estresse), em dose única Efeito adverso: hipotensão postural acentuada e taquicardia Prazosina: A1b Mecanismo: vasodilatação e queda de PA Uso terapêutico: hipertensão grave Efeito adverso: hipotensão postural leve (SEM taquicardia por não antagonizar a2) Tansulosina: A1a (NÃO CITADO) Mecanismo: relaxamento da musculatura lisa do trato genitourinário, com redução do efeito trófico para a bexiga Uso terapêutico: hipertrofia prostática benigna Antagonistas beta-adrenérgicos: Propanolol: B não seletivo Mecanismo: inúmeros, como redução do DC, da FC, e da secreção de renina Uso terapêutico: hipertensão, tremor essencial benigno ou induzido por ansiedade. cefaleia por hipertensão intracraniana e glaucoma + (não citados): arritmias e angina Hipertensão: possui ação gradual e duradoura Efeitos adversos: Broncoconstrição -> pode ser letal em asmáticos (B2) Hipoglicemia -> induzida pelo exercício em diabéticos (B2) Fadiga -> por redução do tônus simpático ao coração (B1) e da perfusão da musculatura esquelética (B2), sobretudo durante o exercício Extremidades frias -> redução da perfusão cutânea (B2) Efeitos centrais, como pesadelos -> é lipossolúvel e atravessa a barreira hematoencefálica Timolol: B não seletivo Mecanismo: reduz a secreção de humor aquoso pelo corpo ciliar Uso terapêutico: glaucoma, com aplicação tópica Efeitos adversos: podem ser evitados pela oclusão do ducto nasolacrimal Atenolol: B1 seletivo Mecanismo: parecido com o do propanolol Uso terapêutico: Hipertensão + (não citados): arritmias e angina Efeitos adversos: por não antagonizar os receptores B2, possui menos efeitos adversos que o Propanolol Antagonistas não-seletivos Fármacos que atuam nos neurônios adrenérgicos Síntese de norepinefrina: A-metiltirosina: Mecanismo: Inibição da enzima tirosina hidroxilase Uso terapêutico: Hipertensão 2ª ao feocromacitoma Feocromatocitoma (tumor na medula adrenal): reduzir a liberação de adrenalina A-metil-dopa: (convertido em A-metil-noradrenalina) Mecanismo: Falso neurotransmissor resistente a MAO e altamente seletivo aos receptores a1 e a2 A1 (agonista parcial): causa vasodilatação A2 (agonista pleno): exarceba o mecanismo de feedback - Uso terapêutico: Hipertensão no final da gravidez Efeitos colaterais: Depressão Efeitos Parkinson-like Reações hemolíticas e hepatotoxicidade Armazenamento de norepinefrina Reserpina Mecanismo: Inibidor do transportador vesicular de monoaminas (VMAT), levando à degradação de NE na fenda sináptica pela MAO Uso terapêutico: Hipertensão (segundo Rang & Dale, não utilizado mais) Liberação de norepinefrina: Anfetamina: Mecanismo: Propriedades: baixa afinidade à MAO e ativa receptores pós-sinápticos Compete com a NE pelo transportador vesicular (VMAT), e esta, por acumular-se no citosol, “vaza” para o citoplasma através do NET Uso terapêutico: Perda de peso por inibição do centro de apetite Efeito rebote: ganho de peso por interrupção imediata do tratamento Ocorre uma desinibição abrupta do centro do apetite Tem que ser feito o desmame, com redução gradual da dose por 6 meses Efeitos adversos: Efeitos centrais: narcolepsia e dependência (depleção de mediadores e outros mecanismos) Periféricos: variados, como aumento da PA, taquicardia e menor motilidade gastrointestinal Efedrina Mecanismo: Inibe a MAO e ativa receptores pós-sinápticos; contudo, diferente da anfetamina, não é recaptado Uso terapêutico: Asma: descongestionante nasal Moclobemida: Mecanismo: Inibidor da MAO Uso terapêutico: depressão crônica, pânico e fobias Recaptação de noradrenalina: Cocaína: Mecanismo: Inibe a recaptação de noradrenalina e dopamina Mantém a neurotransmissão elevada e isso gera o vício (o nível elevado torna-se o basal) Efeitos adversos: Periféricos: taquicardia e aumento da PA Centrais: alucinações e dependência Antidepressivos tricíclicos (Imipramina): Mecanismo: Inibe a recaptação de noradrenalina e dopamina Uso terapêutico: Depressão maior e bipolar Efeitos adversos: Taquicardia e arritmias
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