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GUARDA COMPARTILHADA

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GUARDA COMPARTILHADA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Entende-se por guarda compartilhada o sistema no qual pais separados continuam a ter autoridade sobre o filho(s) onde em conjunto irão decidir sobre educação, saúde, bem estar e a melhor forma de cuidar da criança. Esta medida é tomada uma vez que a família é desconstruída e é necessário buscar maneiras de manter os laços afetivos em constante contato para, além disso, prover maneiras de auxiliar nas futuras etapas de desenvolvimento. 
No segundo e terceiro artigo da lei n° 13.058 de dezembro de 2014 é decretado que na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos e, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender aos interesses dos filhos.
É proposto também que ambos os pais independente da situação conjugal exerçam status familiar sobre os filhos sendo que, devem dirigir-lhes a criação e a educação; exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584; conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro município; nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
A guarda compartilhada é uma ótima opção para pais que querem se manter presentes na vida dos filhos sem a intenção de continuar unidos no matrimonio. Antes de ser decretada a lei da guarda, já era proposto em tribunais que os pais mantivessem constante acesso a criança em visitas a fim de atender os interesses dos filhos. Antigamente guarda dos filhos era dedicada apenas a parte que pudesse envolver o melhor para a custódia criança, no caso da separação dos pais. A guarda compartilhada não era tão abrangida antes, pois era apenas conhecida em caso de separação consensual.
Filhos menores de 18 anos (dezoito anos) ficam sobre a guarda judicial dos pais onde não possuem autoridade de praticar qualquer espécie de ato sem a concordância de ambos. Enquanto os filhos estiverem sobre a proteção dos pais, este tem o dever de sustentá-los e dar subsídio moral, educacional e emocional. No artigo 226, refere-se que, § 5° Os direitos e deveres referentes á sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. Estes deveres implicam em zelar pelo desenvolvimento da criança e do adolescente que deve cumprir com seus deveres e obrigações enquanto estiverem sobre custódia dos pais.
Esta lei oferece todos os benefícios para que tanto o pai quanto a mãe que não fica a maior parte do tempo com filho possa saber do seu rendimento escolar, como disposto no paragrafo 6° da lei 13.058. § 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação.”.
Compete salientar que a separação dos pais mesmo que definitiva não deve resultar em danos duradouros para a saúde emocional do filho, para isto a medida da guarda foi criada, para que a separação dos pais fosse apenas deles e não entre pais e filhos. Esta medida vai além de manter a igualdade, mas priorizar o convívio dos filhos com os pais, mesmo que consensual a separação é sempre um momento difícil e cabe aos pais estabelecer medidas para que a mudança não seja causa para maior sofrimento.
O seguinte trabalho implica em observar os métodos distintos da guarda compartilhada, apresenta por três tipos no Brasil com a intenção de proteger os filhos menores de idade. Ressalta a eficácia em aplicar esta lei, pensando no futuro do jovem é importante que a entidade familiar faça parte em todos os aspectos que iram norteá-lo na sua evolução ate o momento de tomar suas próprias decisões.
2 DESENVOLVIMENTO 
GUARDA
Guarda é  um direito e um dever das funções dos pais com a finalidade de educar e sustentar, dar segurança e  formação moral, física e mental até a maioridade dos filhos. Esta proteção está prevista por lei nos artigos 33 ao 35 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
De acordo com o art. 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente, a guarda essencialmente busca a educação e assistência moral do menor para se desenvolver de maneira saudável. No caso de uma família substituta os responsáveis pela guarda tem o direito de opor-se a qualquer envolvimento dos pais biológicos. 
TIPOS DE GUARDA
A legislação brasileira prevê em seu texto as seguintes modalidades de guarda: unilateral, alternada  e compartilhada.
2.1 GUARDA UNILATERAL
Na guarda unilateral, também conhecida como guarda exclusiva, apenas um dos progenitores possui a figura de guardião e outro possui o direito de visita. Essa modalidade de guarda pode ser atribuída consensualmente ou via decisão judicial, como prevista no art. 1585 do Código Civil. 
A guarda exclusiva pode mitigar os laços familiares em relação ao genitor que não detém a guarda, pois a visita esporádica, exercida pelo direito de visitas, pode implicar em uma situação de obrigatoriedade à convivência familiar em substituição a um exercício natural de afeto familiar. É a modalidade mais usada no Brasil.
GUARDA ALTERNADA
A guarda alternada, é aquela em que os pais revezam a guarda física e jurídica do menor por um determinado tempo que pode ser dias, semanas ou meses. A falta de residência definitiva e a inconstância social fazem com que esta modalidade de guarda não seja muito aceita e utilizada em nosso país.
2.2 GUARDA COMPARTILHADA
Na guarda compartilhada, um dos genitores terá a guarda física do menor, mas ambos deterão a jurídica, mantendo entre a família a presença paterna e materna, que devem assumir e acompanhar o desenvolvimento da criança. Nesta modalidade, mesmo após a separação, os pais continuam a exercer de forma igualitária os direitos e deveres em relação à criança, possibilitando que estes dividam as obrigações e mantenham um relacionamento frequente com os filhos, sem sobrecarregar somente um dos genitores.
Um dos problemas desta modalidade de guarda, é a a questão de residência do filho, que muitas vezes gera confusão, com a guarda alternada. Sendo assim, vale salientar que a guarda compartilhada, não quer dizer que os filhos morarão alternadamente com cada um dos genitores, a guarda física poderá ser escolhida por consenso ou determinação jurídica, de acordo com o genitor que oferece melhor condição à criança, ou até mesmo a um terceiro, no caso dos pais não possuírem moradia.
O modelo compartilhado pretende a participação ativa dos pais na vida dos filhos, priorizando a convivência familiar, cujo exercício estimula a manutenção dos laços afetivos entre pais e filhos. A guarda compartilhada fundamenta-se no princípio de igualdade e no princípio do melhor interesse da criança.
.2.1 GUARDA COMPARTILHADA NO BRASIL
Observadas as limitações e insuficiências dos regimes de guarda estabelecidos, a Lei nº 11.698/08 prevê uma nova modalidade de guarda no país, a  guarda compartilhada. Esta alternativa de guarda, já existente em outros países, tem o objetivo de minimizar os efeitos da ruptura dos laços familiares, dando à ambos os pais a possibilidade de exercer o poder familiar, além de melhor atender o interesse da criança.
Embora não existisse uma norma que tratasse expressamente a guarda compartilhada, sua aplicação era possível de acordo com a necessidade social, pois era considerado um direito
cabível tanto na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Civil.
A constituição, em seu art. 226 § 5º, diz que homem e mulher exercem igualmente os deveres na sociedade conjugal. O Estatuto da Criança e do Adolescente impõe aos pais o dever de guarda, em igualdade de condições pelo pai e pela mãe. 
O Código Civil, abre margem que o, analisando as necessidades, aplique o melhor para o interesse da criança na determinação da guarda:
“Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles para com os pais.”
Durante a IV Jornada de Direito Civil, em 2006, foi emitido o seguinte enunciado “A guarda compartilhada deve ser estimulada, utilizando-se sempre que possível, da mediação e da orientação de equipe interdisciplinar (enunciado nº 335)”, ampliando o debate no Brasil, o que favoreceu a criação do projeto de lei  11.698 de 13 de junho de 2008, que visa a instituição da guarda compartilhada no sistema jurídico nacional, trazendo expressamente a possibilidade de sua aplicação.
APLICABILIDADE DA GUARDA COMPARTILHADA
A guarda compartilhada é uma nova postura da lei que envolve ambos os pais  nas funções de formar e educar os filhos. É importante que os pais possuam um bom entendimento, pois sem o qual, as expectativas em relação à guarda compartilhada desaparecem.
A guarda compartilhada será inaplicável em alguns casos, como por exemplo, quando um dos genitores apresenta algum distúrbio psicológico ou vício, pois coloca em risco o desenvolvimento do menor. Também no caso em que os genitores entram em conflito constantemente, pois se não existe diálogo entre ambos, não há concordância em relação a vida do filho.
Para Rolf Madaleno a aplicação da guarda compartilhada pressupõe consenso entre os genitores, ao passo que não é possível ser imposta a casais amargos, conflituosos e que observam no filho o troféu por suas brigas conjugais. Compreende, deste modo, que ela só poderá ser acolhida nas ações consensuais, eis que do contrário apenas seria fonte de mais desavença e perpetuação de conflitos.
Deste modo, há uma tendência da aplicabilidade da guarda compartilhada somente na hipótese de bom relacionamento entre os pais, para que o modelo seja, efetivamente, favorável à criança.
Nos tribunais brasileira, as decisões a respeito da guarda compartilhada, ainda são poucas
3- TRATAMENTO JURIDICO DA GUARDA
Está lei entrou em vigor em Junho de 2008, ela já havia sido motivo de interesse que tinha por objetivo solucionar os problemas encontrados nos outros tipos de guarda, onde ambos querem ficar com o menor sem afetar o relacionamento com o outro ex conjuge. Com a chegada desta lei, a guarda individual deixou de ser usada como primeira instancia pensando mais na qualidade de vida que os pais podiam oferecer ao filho se estivesse sempre presente na educação dos mesmos.
Quando não há acordo entre os pais para a tutela legal do filho, cabe a justiça propor a guarda compartilhada na intenção de manter perto dos seus genitores, caso não tenha exito nesta modalidade de guarda é acarretada a guarda unilateral, optando por quem tenha mais chances de lidar com os conflitos futuros, optando também pela escolha do menor em requerer sua guarda. 
Antes de estabelecer a medida de guarda compartilhada é necessário averiguar se está é a melhor opção para o jovem, caso contrario será uma frustração para a parte não intencionada em ficar com a criança, resultando em desleixo da parte. 
Antes de determinar com quem deve ficar a guarda unilateral, deve ser determinado o interesse do menor, respondendo a pergunta “o que é melhor para você e por que?” pode-se chegar a uma conclusão de motivos para levar em consideração a opinião e depois de uma busca detalhada de fatos a fim de determinar se está é mesmo a melhor solução

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