Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
MD 105 - Mecanismos de Agressão e Defesa Tutorial 7 Objetivos: Imunidade contra mo's - O desenvolvimento de uma doença infecciosa em um individuo envolve interações complexas entre os mo's e o hospedeiro - Os eventos essenciais na infecção incluem a entrada de mo's, invasão e colonização dos tecidos do hospedeiro, evasão da imunidade do hosp e lesao tecidual ou dano funcional - Os mo's produzem doença pela morte de cels do hosp ou pela liberação de toxinas que podem causar lesão tecidual e alterações funcionais - Em algumas infecções, a resposta do hosp é a culpada, sendo a principal causa da lesão tecidual e da doença - Muitas características dos mo's determinam sua virulência e muitos mecanismos distintos contribuem à patogênese das doenças infecciosas 1. Características Gerais - As respostas de defesa antimicrobiana são inúmeras e variadas, mas existem características gerais importantes > A defesa contra mo's é mediada por mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa >> O sistema imune inato fornece uma resposta mais forte e sustentada >> Mtos mo's patogênicos evoluíram para resistir à imunidade inata e a proteção contra tais infeccoes depende das respostas imune adaptativas >> As respostas imune adaptativas aos mo's são mais específicas que as inatas >> Induzem grande número de cels efetoras que funcionam para eliminar os mo's e para gerar cels de memória que protegem o indivíduo de infeccoes posteriores > O sistema imune responde de modos diferentes e especializados a vários tipos de mo's para combater com maior eficácia esses agente infecciosos > A sobrevivência e a patogeneicidade dos mo's no hospedeiro são influenciadas pela capacidade dos mo's de evoluir-se ou resistir nos mecanismos efetores da imunidade > Muitos mo's estabelecem infeccoes latentes ou persistentes, nas quais a resposta imunológica controla mas não elimina o mo e este sobrevive sem disseminar infeccao >> A latência é um aspect das infeccoes causadas por vários vírus > Em muitas infecções, a lesão tecidual e a doena podem ser causadas pela resposta do hospedeiro aos mo's e seus produtos >> A imunidade é necessaria à sobrevivencia do hosp, mas tbm tem o potencial de causa lesão ao hospedeiro 2. IMUNIDADE CONTRA BACTÉRIAS EXTRACELULARES - São capazes de replicar fora das cels do hospedeiro - Muitas espécies são patogênicas e a doença é causada por dois principais mecanismos > Primeiro, essas bacts induzem a inflamação que resulta em destruição tecidual no sítio da infecção >Segundo, essas bacts produzem toxinas que apresentam efeitos patológicos - As toxinas podem ser endotoxinas, componentes das paredes bacterianas, ou exotoxinas, que são secretadas pelas bacts - A endotoxina de bacts Gram -, é um potente ativador de macrófagos e de cels dendríticas - Mtas exotoxinas são citotóxicas e destroem cels por mtos mecanismos bioquímicos 2.1. Imunidade Inata contra Bacts Extracelulares - Principais mecanismos são a ativação do complemento, a fagocitose e a resposta inflamatória - Ativação do complemento > A peptidioglicana (componente das paredes cels de bacts gram +) ativa a via alternativa do complemento na ausência de anticorpo > Consequências da ativação são a opsonização e o aumento da fagocitose de bacts > O complexo de ataque à membrana causa lise à bacts - Ativação de fagócitos e inflamação > Fagócitos usam vários receptores de superfície > Cels dendríticas e os fagócitos ativados secretam citocinas que induzem a inflamação (infiltrado leucocitário nos sítios de inflamação) > Os leucócitos recrutados ingerem e destroem a bactéria 2.2. Imunidade Adaptativa contra Bacts Extracelulares - Funciona para bloquear a infecção, eliminar os mo's e neutralizar suas toxinas - As respostas de ac's contra essas bacts são dirigidas contra ag's da parede celular e toxinas secretadas - Os mecanismos efetores incluem neutralização, opsonização e fagocitose, além da ativação do complemento pela via clássica - A neutralização é mediada por isótipos IgG, IgM e IgA de alta afinidade > IgA no lúmen das mucosas > IgG, opsonização > IgM e IgG, ativação do complemento - Os antígenos proteicos tbm ativam cels T CD4 aux que produzem citocinas indutoras da inflamação local, aumentando as atividades fagocíticas e microbicidas de macrófago e neutrófilos e estimulando a produção de ac's - As respostas Th17 recrutam neutrófilos e monóctios que pormovem a inflamação local em sítios de infecção - Bacts tbm induzem respostas Th1 e INF-gama produzido por cels Th1 ativm macrófagos para destruir mo's fagocitados e podem estimular a produção de isótipos de ac's opsonizantes e de ligação ao complemento 2.3 Efeitos Lesivos das Respostas Imunológicas - Principais consequências são inflamação e choque séptico - As mesmas reações de neutrófilos e macrófagos para erradicar inflamação tbm causam dano tecidual pela produção local de espécies reativas de oxigenio e enzimas lisossômicas - O choque séptico é uma consequência patológica grave de infecção disseminada por algumas bacts gram - e gram + > É uma síndrome caracterizada por colapso circulatório e coagulação intravascular disseminada > O fator de necrose tumoral (TNF), a IL-6 e a IL-1 são as principais citocinas mediadoras do choque séptico, mas INF-gama e IL-12 tbm podem contribuir > A "tempestade de citocinas" é explosão inicial destas > A progrssão do choque séptico está associada a respostas imunológicas defeituosas, resultado em disseminação microbiana incontrolada - Algumas toxinas bacts estimulam todas as cels T e um indivíduo que expressam uma determinada família de genes de receptores de cels T (TCR). Essas toxinas são superantígenos, pois lembram ag's que se ligam ao TCR e ao MHC tipo II > Sua importância está na capacidade que tem de ativar mtas cels T, com a produção de muitas citocinas que podem tbm causar uma síndrome inflamatória sistêmica - Uma complicação tardia da resposta imunológica humoral à infecção bacteriana pode ser a geração de ac's produtores de doença 2.4. Evasão da Resposta Imunológica pelas Bacts Extracelulares - A virulência de bacts extracelulares está associada ao número de mecanismos que resistem à imunidade inata - As bacts com cápsulas ricas em polissacarídeos resistem à fagocitose e são mto mais virulentas que as cepas homologas que perdem a cápsula - Um mecanismo utilizado pelas bacts para escapar da imunidade humoral é a variação genética de ag's de superfície 3. IMUNIDADE CONTRA BACTÉRIAS INTRACELULARES - Essas bacts tem a capacidade de sobreviver e mesmo de se replicar dentro dos fagócitos - Sua eliminação requer a presença de mecanismos de imunidade mediada por cels - A resposta do hospedeiro em muitas infecções por bacts intracelulares tbm causa lesão tecidual 3.1. Imunidade Inata contra Bacts Intracelulares - É mediada principalmente por fagóctios e cels NK - Os fagócitos, primeiro neutrófilos e depois macrófagos, ingerem e tentam destruir esses mo's, mas as bacts patogênicas intracelulares são resistentes à degradação dentro de fagócitos 3.2. Imunidade Adaptativa contra Bacts Intracelulares - A principal resposta é a imunidade mediada por cels T - Indivíduos com deficiência na resposta imune celular são suscetpiveis a infecções com bactérias intracelulares e vírus - A imunidade celular consiste em dois tipos de reações de recrutamento e ativação de fagócitos através das ações do ligante de CD40 e INF-gama derivados de cels T CD4, resultando na morte de mo's fagocitados e lise de cels infectadas pela ação de linfs T citotóxicos CD8 - A importância de IL-12 e INF-gama na imunidade À bacts intracelulares é que elas ativam macrófagos que induzem a produção de microbicidas - No citoplasma, os mo's não são mais suscetíveis aos mecanismos microbicidas de fagócitos, e para que ocorra erradicação da infecção as cels infectas precisam ser mortas pelos CTL - A ativação de macrófagos que ocorre em resposta aos mo's intracelulares é capaz de causar lesão tecidual > Esta lesão pode ser resultado das reações de hipersensibilidade do tipo tardia aos ag's proteicos microbianos > As bacterias persistem por longos períodos e causam estimulação antigênica crônica e ativação de cels T e de macrófagos que resultam na formação de granulomas em torno dos mo's >> Este tipo de inflamação está associada ao dano funcional grave causado pela necrose tecidual e fibrose - A tuberculose é um exemplo de infecção por uma bactéria intracelular na qual a imunidade protetora e a hipersensibilidade patológica coexistem, causada pela M. tuberculosis - As diferenças entre indivíduos em relação aos padrões de respostas de cels T aos mo's intracelulares são importante determinantes da progressão da doença e do prognóstico clínico - Um exemplo é a hanseníase, causada pelo Mycobacterium leprae - O crescimento bacteriano e a ativação persistente porém inadequada de macrófagos resultam em lesões destrutivas na pele e no tecido subjacente 3.3. Evasão da Resposta Imunológica pelas Bacts Intracelulares - Diferentes bacts intracelulares desenvolveram várias estratégias para resistir à eliminação pelos fagócitos. Estas incluem inibição da fusão do fagolisossomo no escape para o citosol - A resistência à eliminação mediada por fagóctios tbm é o motivo pelo qual tais bacts tendem a causar infecções crônicas que podem durar anos 4. IMUNIDADE CONTRA FUNGOS - Tbm chamadas de micoses, são causas importantes de morbimoratalidade no homem - Algumas infecções fúngicas são endêmicas e são causadas por fungos presentes no ambiente e cujos esporos são inalados pelo homem - Outras infecções são oportunísticas, pois os agentes etiológicos causam doença branda ou nenhuma doença em indivíduos sadios, mas podem infectar e causar doença grave em pessoas imunodeficientes - A deficiência de neutrófilos como no resultado de supressão ou dano da medula óssea é frequentemente associada a tais infecções - Diferentes fungos infectm o homem e podem viver em tecidos extracelulares e dentro de fagócitos. - As respostas imunológicas a esses mo's são frequentemente combinações de respostas a bactérias extracelulares e intracelulares 4.1. Imunidade Inata e Adaptativa contra Fungos - Os principais mediadores da imunidade inata são os neutrófilos e os macrófagos - Os fagócitos e as cels dendríticas reconhecem os fungos através dos TLR e dos receptores de tipo lectina (dectinas) - Os neutrófilos liberam substâncias fungicidas, como espécies reativas de oxigênio e enzimas lisossômicas, e fagocitam os fungos para a morte intracelular - A imunidade mediada por cels é o principal mecanismo de imunidade adquirida contra infecções fúngicas - Os fungos tbm induzem respostas específicas de ac's protetoras 5. IMUNIDADE CONTRA VÍRUS - Vírus são mo's intracelulares obrigatórios que usam componentes do ác nucleico e o mecanismo de síntese proteica do hospedeiro para replicar e disseminar-se - Os vírus infectam vários tipos de cels utilizando molecs de superfície celular como receptores para entrar nas cels - Podem causar lesão tecidual e doença por inúmeros mecanismos e, por fim, a morte celular - Os vírus tbm podem causar lesões latentes - As respostas imunológicas aos vírus tem como objetivos bloquear a infecção e eliminar a cels infectadas 5.1. Imunidade Inata contra Vírus - Os principais mecanismos são a inibição da infecção por INF do tipo I e morte de cels infectadas mediada pelas cels NK - Diversas vias bioquímicas desncadeiam a produção de INF - Os INF do tipo I atuam na inibição da replicação viral em cels infectadas e não infectas pela indução de um "estado antiviral" - As cels NK destroem as cels infectadas por uma variedade de vírus e constituem um importante mecanismo de imunidade antiviral no início do curso da infecção, antes do desenvolvimento da imunidade adquirida - As cels NK tbm reconhecem as cels infectadas nas quais o vírus causa o bloqueio da expressão do MHC classe I 5.2. Imunidade Adaptativa contra Vírus - É mediada por ac's que bloqueiam a ligação do vírus e a entrada nas cels do hospedeiro, e tbm por CTL que eliminam a infecção destruindo as cels infectadas - Os anticorpos mias eficazes são os de alta afinidade - Os anticorpos são eficazes contr os vírus apenas durante o estágio extracelular da vida desses mo's - Os ac's previenm tanto a infecção inicial como a disseminação de cel para cel - Os ac's podem opsonizar partículas virais e promover a eliminação do patógeno por meio dos fagócitos - A ativação do complemento tbm pode participar na imunidade viral mediada por ac's e pela promoção da fagocitose e possivelmente pela lise direta dos vírus com envoltórios lipídicos - A importância da imunidade humoral na defesa contra as infecções virais é por causa que a resistência a um determinado vírus é específica para o tipo sorológico do vírus - Um exemplo é o vírus da influenza, no qual a exposição a um tipo sorológico nçao confere resistência a outros sorotipos do vírus - Ac's neutralizantes bloqueiam a infecção viral das cels e a propagação dos vírus - A imunidade humoral induzida por infecção ou vacinação prévia é capaz de proteger os indivíduos da infecção viral, mas não pode por si só erradicar uma infecção estabelecida - A eliminação dos vírus que residem dentro das cels é mediada por CTL, os quais destroem as cels infectadas - O principal papel fisiológico dos CTL é a vigilância contra infecção viral - A maioria dos CTL específicos para vírus é constituída por cels T CD8 - A cels T CD8 sofrem proliferação maciça durante a infecção viral e a maioria das cels em proliferação é específica para poucos peptídeos virais - Em infecções latentes, o DNA viral persiste nas cels do hospedeiro, mas o vírus não replica nem destrói as cels infectadas - A latência é um estado de equilíbrio entre a infecção e a resposta imunológica - Os CTL podem controlar a infecção mas não erradicá-la - Em algumas infecções virais, a lesão tecidual pode ser causada por CTL - As respostas imunológicas às infecções virais podem estar envolvidas no desenvolvimento da doença por outras vias 5.3. Evasão da Resposta Imunológica pelos Vírus - Os vírus podem alterar seus antígenos e não ser mais os alvos das respostas imunológicas - Os principais mecanismos de variação antigênica são as mutações pontuais e os rearranjos dos genomas de RNA levando à mutação antigênica menor e maior - Os processos de rearranjo resultam em mudanças maiores na estrutura antigênica chamada "mutação antigênica maior" que criam vírus distintos - Como resultado dessa variação, um vírus pode tornar-se resistente à imunidade gerada na população por infecções prévias - Alguns vírus inibem a apresentação de antígenos proteicos citosólicos associados ao MHC de classe I - Os vírus produzem uma variedade de proteínas que bloqueiam diferentes etapas do processamento, transporte e apresentação de antígeno - Alguns vírus produzem molecs que inibem a resposta imunológica - Algumas infecções virais crônicas estão associadas à falha das respostas dos CTL - Os vírus podem infectar e destruir ou inativar as cels imunocompetentes 6. IMUNIDADE CONTRA PARASITAS - É a infecção por parasitas animais, como protozoários, helmintos e ectoparasitas - 30% da população mundial sofre de infecções parasitárias - A maioria dos parasitas passa por ciclos de vida complexos, parte dos quais ocorre no homem e a outra parte ocorre em hospedeiros intermediários - A maioria das infecções parasitárias é crônica por causa da fraca imunidade inata e da capacidade dos parasitas de escaparem ou resistirem à eliminação pelas respostas imune adaptativas 6.1. Imunidade Inata contra Parasitas - Diferentes agentes parasitários ativam distintos mecanismos de imunidade inata, esses são capazes de sobreviver e replicar dentro dos seus hospedeiros, pois são bem adaptados para resistir frente às defesas do hospedeiro - A principal resposta é a fagocitose, mas muitos parasitas são resistentes à morte fagocítica e podem replicar dentro de macrófagos - Os fagóctios tbm podem atacar os parasitas helmínticos e secretar substâncias microbicidas para matar organismos - Muitos helmintos possuem tegumentos espessos que podem torná-los resistentes - Alguns helmintos podem ativar a via alternativa do complemento 6.2. Imunidade Adaptativa contra Parasitas - Diferentes protozoários e helmintos variam enormemente quanto a suas propriedades estruturais e bioquímicas, ciclos de vida e mecanismos patogênicos - Os diferentes parasitas induzem distintas respostas imunológicas adaptativas - Alguns protozoários evoluíram para sobreviver dentro de cels do hospedeiro - Metazoários sobrevivem nos tecidos extracelulares, e sua eliminação depende de tipos especiais de respostas de ac's - O principal mecanismo de defesa é a resposta imune celular, particularmente a ativação dos macrófagos por citocinas derivadas de cels Th1 - Protozoários que replicam no interior de várias cels do hospedeiro e causam lise a essas cels estimulam a produção de ac's específicos e as respostas dos CTL de modo similar ao dos vírus citopáticos - A defesa contra muitas infecções por helmintos é mediada pela ativação das cels Th2 resultando em produção de ac's IgE e ativação de eosinófilos - Os helmintos estimulam a diferenciação de cels T CD4 aux virgens para cada subgrupo Th2 das cels efetoras, que secretam as citocinas IL-4 e IL-5 > IL-4 estimula a produção de IgE, a qual se liga ao receptor Fce de osinófilos e mastócitos > IL-5 estimula o desenvolvimento e a ativação dos eosinófilos - As respostas imunológicas adaptativas aos parasitas tbm podem contribuir para a lesão tecidual -Alguns parasitas e seus produtos induzem respostas granulomatosas com desenvolvimento conconmitante de fibrosee - A fibrose resulta em obstrução linfática e linfedema grave
Compartilhar