Rochas Ígneas

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Prof. Luis Eduardo Formigheri
Introdução à Petrologia: 
Rochas Ígneas
Geologia de Engenharia
Engenharia Civil
Conceitos Básicos
• Petrologia: Ciência que estuda as rochas e as suas
propriedades.
• Rochas Ígneas ou Magmáticas: são rochas que se
formaram a partir da consolidação de magmas
diversos e que apresentaram na sua origem
fenômenos vulcânicos diversos.
– Silicatos/Óxidos/Voláteis � Resfriamento � Rochas ígneas
• Magma: Solução complexa de diversas substâncias
químicas, geralmente silicatada, com poucos voláteis e
com diferentes pontos de fusão, de alta temperatura,
originado da fusão de porções profundas da Terra
(manto) ou de zonas mais rasas (crosta) e que cristaliza
ao resfriar, formando minerais.
Conceitos Básicos
• magmas de fusão do manto - são básicos,
constituídos de lavas menos viscosas (“rápidas”);
• magmas de fusão da crosta ou derivados dos
magmas básicos por diferenciação são magmas
ácidos constituídos de lavas viscosas (“lentas”).
• As rochas ígneas são rochas constituídas por
combinações mineralógicas limitadas.
– elementos químicos K, Ca, Mg, Fe e Na geralmente
estão associados nos minerais formadores destas
rochas.
• Magmas ácidos cristalizam quartzo, biotita, feldspato
potássico e plagioclásio;
• Magmas básicos teremos piroxênios, feldspato potássico e
plagioclásio.
Classificação das Rochas Ígneas
• Um dos primeiros critérios de classificação das
rochas ígneas utilizado, ainda no século passado,
diz respeito à quantidade de sílica do sistema,
onde foram usados os termos: Rocha ácida,
intermediária, básica e ultrabásica.
• Ácida: Teor de SiO2 > 66 % (silicatos + sobra
p/formar quartzo). Ex. granitos, riolitos, dacitos.
• Neutra ou Intermediária: Teor de SiO2 entre 52 e
66 % (pouco ou nenhum quartzo). Ex. andesitos,
dioritos.
• Básica: Teor de SiO2 entre 45 e 52 % (ausência de
quartzo). Ex.basaltos, gabros, diabásios.
• Ultrabásica: Teor de SiO2menor que 45 %.
Classificação das Rochas Ígneas
• Outro guia importante de classificação é a
profundidade de cristalização das rochas ígneas,
baseado neste critério, existem três tipos de rochas
ígneas:
– Rocha Intrusiva ou Plutônica – consolidação ocorreu
abaixo da crosta terrestre;
– Rocha Hipoabissal - cristalizada próxima à superfície
(possui características texturais transicionais entre
plutônicas e vulcânicas),
– Rochas Extrusiva ou Vulcânica – a consolidação ocorreu
acima da crosta terrestre.
Classificação das Rochas Ígneas
• A profundidade de cristalização é importante, pois
determina a taxa de resfriamento do sistema (contraste
entre o magma e o meio circundante). Este dado aliado
à taxa de ascensão do magma, influenciará
diretamente na textura de uma rocha ígnea.
• As condicionantes envolvidas na definição da
classificação das rochas são:
– Condicionante Química: está relacionada com a mineralogia da rocha
e os tipos e características dos minerais existentes;
– Condicionante Geológica: está relacionada com a disposição e o
tamanho dos minerais, sendo definida pela textura existente na rocha.
Classificação das Rochas Ígneas
• Textura de uma Rocha
– Refere-se ao tamanho, formato e arranjo dos compões as
rochas.
Geotecnia - Engenharia Ambiental 10
Os sistemas modernos de classificação dos grandes grupos de rochas
baseiam-se na composição química e mineralógica. Dois termos
muito utilizados referem-se ao conteúdo de minerais claros versus
minerais escuros:
Félsicos - utilizado para rochas ricas em minerais claros (feldspatos
e quartzo);
Máficos - rochas ricas em minerais escuros (anfibólios, piroxênios e
olivina)
ma = magnésio, f = ferro + ico
Classificação das Rochas Ígneas
Classificação das Rochas Ígneas
• Conforme a cor da rocha podemos ter:
– LEUCOCRÁTICAS:
• LEUKOS = Branco / KRATEIN = Dominar;
• Rica em minerais claros;
• Minerais principais: Quartzo / Feldspato / Muscovita;
– MELANOCRÁTICAS:
• MELANOS = Preto / KRATEIN = Dominar;
• Rica em minerais escuros;
• Minerais principais: Biotita / Anfibólios / Piroxênios / 
Olivina;
– MESOCRÁTICAS:
• Composição intermediária;
• Minerais escuros na proporção de 30-60%;
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
• São pontos que devem ser considerados na sua
avaliação:
– Consolidação do magma dentro da crosta terrestre;
– As rochas geralmente são formadas em profundidade, porém após a
consolidação ou em momentos próximos a ela a rocha pode estar
aflorante na crosta.
• As formas intrusivas mais comuns são:
• Dique: corpo intrusivo discordante da estratificação da rocha que
atravessa;
• Sill: corpo intrusivo concordante com a estratificação da rocha
que atravessa;
• Batólito: grande massa consolidada internamente que, se
exposta pela erosão, abrange grandes áreas.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
Geotecnia - Engenharia Ambiental 14
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
BR 386
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
– O resfriamento do magma ocorre lentamente;
– Conseqüentemente os cristais dos minerais se encontram
bem formados;
– Todas as rochas magmáticas intrusivas apresentam
textura equigranular (dimensões dos minerais formados);
• Exemplos: pegmatito; granito; sienito;
diorito; gabro; e peridotito.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
• Granito:
– Origem: Formação no interior da crosta terrestre
– Minerais essenciais: Feldspato potássico e Feldspato
calco-sódico (60 a 90%) e quartzo (10 a 40%);
– Minerais acessórios: Mica (0 a 10%), zirconita, turmalina,
fluorita, apatita, rutilo ou hematita;
– Cores: cinza-clara a cinza bem escura, amarelada, rósea
ou vermelha. A variação de cor provém, normalmente, do
feldspato, que é o mineral mais freqüente nos granitos;
– Todos os granitos são leucocromáticos (claros);
– Textura equigranular, granular media e grossa. O tamanho
dos grãos minerais pode variar de mm até cm;
– Estrutura: Maciça, exceto em zonas de falha, onde pode
apresentar estrutura fendilhada.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Granito:
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Granito:
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Granito:
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
• Sienito:
– Minerais essenciais: predominância de feldspato
alcalino, biotita, anfibólio ou piroxênio;
– Minerais acessórios: nefelina;
– Cores: cinza até branco podendo apresentar tons
azulados. Todos os sienitos são leucocromáticos
(escuros);
– Textura equigranular. O tamanho dos grãos minerais
pode variar de mm até cm.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Sienito:
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
• Diorito:
– Minerais essenciais: predominância de plagioclásio
sódico-cálcicos e minerais escuros como a biotita,
anfibólio ou piroxênio;
– Cores: cinza-escuro, muitas vezes mosqueada.Todos
os dioritos são mesocromáticos (entre claros e
escuros);
– Textura equigranular. O tamanho dos grãos minerais
pode variar de mm até cm.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Diorito:
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
• Gabro:
– Minerais essenciais: predominância de piroxênio e
de plagioclásio cálcico;
– Minerais acessórios: olivina e anfibólio;
– Cores: preta ou verde-escura.Todos os gabros são
melanocromáticos (escuros);
– Textura equigranular. O tamanho dos grãos minerais
é médio a grosseiro. Fácil de se confundir com o
diabásio, que possui granulação fina.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Gabro :
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Gabro :
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
• Peridotito:
– Minerais essenciais: predominância de
olivina;
– Minerais acessórios: hematita;
– Cores: preta ou esverdeada. Todos os
peridotitos são melanocromáticos
(escuros);
– Textura equigranular.
Rochas Intrusivas ou Plutônicas
� Peridotito :
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
• São pontos que devem ser considerados na sua
avaliação:
– Consolidação do magma fora da crosta terrestre,
através do extravasamento do magma na superfície;
– São formadas durante efeitos geológicos causados
por vulcões e/ou fissuras na crosta terrestre.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
– As rochas geralmente são formadas nasuperfície em
contato com a atmosfera. Existem condições de pressão e
temperatura diferenciadas em relação as rocha
intrusivas;
– O resfriamento do magma ocorre rapidamente;
– Conseqüentemente os cristais dos minerais se encontram
mal formados, em formação e podendo existir a matriz
ou massa magmática;
• Exemplos: micro-granito, micro-sienito, micro-
diorito, riolito, diabásio, andesito e basalto.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
• Micro-Granito, Micro-Sienito, Micro-
Diorito:
– Cores: cinza-rósea ou avermelhada no caso do micro-
granito e micro-sienito;
– Cor: cinza-escura a esverdeada no caso do micro-
diorito
– Minerais essenciais e acessórios: conforme a
respectiva rocha intrusiva;
– Textura porfirítica (grãos de minerais bem formados);
– O tamanho dos grãos minerais é médio e a matriz
fina.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
• Diabásio:
– Origem: Consolidação do magma basáltico no interior da crosta
terrestre, mas próximo a superfície;
– Minerais essenciais: Feldspato Calco-sódico (plagioclásio) - (50
a 70%) e augita (30 a 50%)
– Minerais acessórios: Magnetita (0 a 10%) e argilo-minerais (5 a
10% excepcionalmente 20%);
– Cor: cinza-escura a preta;
– Textura: porfirítica (grãos de minerais bem formados), granular
fina
– O diabásio é uma rocha do tipo melanocromática (escuro);
– Textura equigranular fina, raramente porfirítica. Às vezes o
tamanho dos grãos minerais pode ser médio a grosseiro, sendo
por isso fácil de confundir-se com o gabro. A distinção às vezes
deve ser feita por microscopia, ou no campo, pela sua
ocorrência em diques ou sill;
– Estrutura: Fendilhada.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Diabásio:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
• Riolito:
– Cores: cinza-avermelhada, azulada e, às vezes preta;
– Minerais essenciais: quartzo e feldspatos;
– Textura porfirítica podendo apresentar textura
orientada como conseqüência do movimento da
lava;
– O tamanho dos grãos minerais é médio a fino,
parecendo uma massa afanítica (Quando não se
pode distinguir os minerais que formam a matriz);
– Rocha extrusiva equivalente ao granito intrusivo.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Riolito:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
• Andesito:
– Cores: cinza-escuro ou verde-escuro;
– Minerais essenciais: feldspatos, anfibólios ou
piroxênios;
– Rocha mesocromática (intermediária);
– O tamanho dos grãos minerais é médio a
fino, e a matriz é uma massa cinza fina.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Andesito:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
• Basalto:
– Origem: Consolidação do magma básico na superfície
– Minerais essenciais: Feldspato (50 a 70%) e augita (30 a
50%). Feldspatos cálcico e piroxênio.
– Minerais acessórios: Magnetita (0 a 10%), olivina e argilo-
minerais (5 a 15%, excepcionalmente 20%)
– Cor: (rocha melanocromática) - preta, podendo às vezes
ser cinza-escura ou castanha;
– Textura: Microgranular, microcristalina, vítrea ou
porfirítica. O tamanho dos grãos minerais é fino, matriz
afanítica (Quando não se pode distinguir os minerais que
formam a matriz );
– Estrutura: Fendilhada ou amigdalóide. Nos basaltos
vesiculares, formam-se amígdalas ou vesículas, que
podem constituir-se de ágata, quartzo, zeolitas, ou
diversos outros minerais secundários, que resultam dos
últimos fluxos de vapores que, escapando do magma
recém consolidado, formam os vazios.
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Basalto:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Basalto:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Basalto:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
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� Basalto:
Rochas Extrusivas ou Vulcânicas
� Basaltos no Mundo:
Reconhecimento Macroscópico 
das Rochas Ígneas
• Descrição de Rochas:
– As técnicas de descrição das rochas são:
• Macroscopia: amostras de mão;
• Microscopia: lâminas delgadas com microscópio.
• Classificação Petrográfica: definição do
nome da rocha.
• Elementos Descritivos de uma Rocha:
– Cor: Escala de cores;
– Composição mineralógica: tipos de minerais
essenciais e acessórios;
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Reconhecimento Macroscópico 
das Rochas Ígneas
– Estrutura: está relacionada com a forma de
disposição dos minerais, na rocha, podendo ser
classificada em:
• Maciça – homogênea e sem orientação dos minerais;
• Estratificada – minerais em camadas e estratos;
• Foliada – paralelismo dos minerais; clivagem.
– Textura: está relacionada com a organização dos
minerais, e analisa a relação entre as formas e
tamanhos dos grãos dos minerais, podendo ser
classificada em:
• Equigranular – grãos dos minerais bem formados e
com distribuição equivalente na área de análise. Não
existe a presença de matriz (massa fundamental).
Comum em rochas ígneas intrusivas ou qualquer outra
formada em profundidade;
Reconhecimento Macroscópico 
das Rochas Ígneas
• Porfíritica – grãos de minerais bem formados,
chamados fenocristais, envoltos em uma matriz de
massa vítrea ou de granulação fina. Quando não se
pode distinguir os minerais que formam a matriz se
diz que a mesma é afanítica. Característica de
algumas rochas ígneas extrusivas e intermediárias
(hipoabissais);
• Orientada – Existem grãos de minerais bem formados
e/ou presença de matriz, porém apresenta orientação
dos minerais conforme uma direção de esforços. É
comum em rochas metamórficas;
• Clástica – Os grãos e partículas de minerais são
desagregados, transportados e depositadas com uma
matriz, podendo ser cimentadas posteriormente,
endurecendo a rocha.
Reconhecimento Macroscópico 
das Rochas Ígneas
– Características Tecnológicas das Rochas:
• Quando da aplicação em engenharia é importante avaliar as 
seguintes condições das rochas a serem empregadas como 
fonte e/ou matéria-prima de obras diversas:
• Grau de alteração;
• Correlação das propriedades físicas; 
• Aplicação e elementos minerais nocivos.