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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 430 TABELA X.12 VALORES DA TANGENTE DA DECLINAÇÃO DO SOL NO DIA 15 DE CADA MÊS. Mês tg(φ) Mês tg(φ) JAN. –0,37110 JUL. 0,38030 FEV. –0,23731 AGO. 0,24825 MAR. –0,03917 SET. 0,05664 ABR. 0,17663 OUT. –0,14095 MAI. 0,32685 NOV. –0,32042 JUN. 0,41660 DEZ. –0,41387 7. Estimativa do balanço hídrico climático. No contexto agronômico, entende-se por balanço hídrico a determinação de todos os ganhos e perdas hídricas que se verificam em um terreno com vegetação, de modo a estabele- cer a quantidade de água disponível às plantas em um dado momento. O balanço hídrico con- siste em se efetuar a contabilidade hídrica do solo, até a profundidade explorada pelas raízes, computando-se, sistematicamente, todos os fluxos hídricos positivos (entrada de água no solo) e negativos (saída de água do solo). Tais fluxos decorrem de trocas com a atmosfera (precipi- tação, condensação, evaporação e transpiração) e do próprio movimento superficial (escoa- mento) e subterrâneo (percolação) da água. Na prática, efetuar diretamente a contabilidade hídrica de uma parcela de solo com ve- getação não é uma atividade simples e, dependendo das condições do local, nem sempre pos- sível. As medidas feitas com o objetivo de estabelecer o balanço hídrico numa determinada área vegetada, em um dado intervalo de tempo, normalmente exigem o emprego de equipa- mentos sofisticados e de mão-de-obra bastante especializada, o que torna tais medidas nor- malmente inacessíveis ao agricultor. Estudos dessa natureza, que levam em conta todos os fluxos envolvidos, ficam restritos a pequenas áreas e se destinam à verificação da validade de modelos matemáticos, desenvolvidos com a finalidade de simular o balanço hídrico. As dificuldades encontradas, quando se deseja quantificar diretamente o balanço hídri- co, serviram de estímulo à inteligência de inúmeros pesquisadores que procuraram desenvol- ver processos indiretos para estimá-lo, a partir de variáveis meteorológicas. Infelizmente, algu- mas barreiras mostraram-se intransponíveis, pelo menos à luz do estágio tecnológico atual, não permitindo, ainda, o desenvolvimento de processos capazes de fornecer uma estimativa precisa e fácil de ser obtida desse balanço. Em outras palavras, os métodos indiretos, normal- mente empregados, adotam hipóteses simplificadoras e fornecem resultados que, mesmo no mais otimista dos casos, apenas se aproximam da realidade física. Na estimativa do balanço hídrico é comum admitir que o solo atua como se fora um re- cipiente, cuja máxima quantidade de água acumulada corresponde à capacidade de campo. Na
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