Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
O mundo Quântico (Atomística) Estudar :Atkins & Jones. Princípios de Química . (cap 1 e 2) ESTRUTURA ATÔMICA INTRODUÇÃO CONCEITOS ELEMENTARES ESTRUTURA DOS ÁTOMOS A ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS RESUMO DAS LIGAÇÕES EXERCÍCIOS INTRODUÇÃO Para entender os fenômenos que determinam as propriedades nos materiais a partir da MICROESTRUTURA, deve-se primeiramente entender a ESTRUTURA ATÔMICA (e ESTRUTURA CRISTALINA) dos materiais porque estas definem algumas de suas principais propriedades; ESTRUTURA PROPRIEDADES CIÊNCIA DOS MATERIAIS ESTRUTURA ATÔMICA ESTRUTURA CRISTALINA MICROESTRUTURA Ordem de grandeza da estrutura atômica 10-15 a 10-10 m A estrutura eletrônica dos átomos determina a natureza das ligações atômicas e define algumas propriedades dos materiais Propriedades: físicas, ópticas, elétricas e térmicas Por que os elementos não se decompõem formando novos elementos? Por que as substâncias se decompõem formando novas substâncias? Por que o número de elementos é pequeno comparado ao número de substâncias? Questões Elementares Surgimento de Dalton Thompson TEORIAS: Rutherford Bohr Princípio da incerteza de Heisenberg Modelos Atômicos Teoria atômica de Dalton entre 1803-1808: - átomo; - igual em todas as suas propriedades; - átomos de elementos possuem propriedades físicas e químicas diferentes; - substância formada pela combinação de dois ou mais átomos Cada átomo guarda sua identidade química. Teoria atômica de Thomson 1887: - átomo de Dalton não explicava fenômenos elétricos (raios catódicos = e-); - modelo do “pudim de passas”: uma esfera positiva com e- na superfície; - Eugene Goldstein supôs o próton destruindo a teoria de Thomson. Teoria atômica de Rutherford 1911: Para saber o conteúdo de um caixote pode-se atirar nele, se a bala passar ele está vazio, ou tem um material pouco consistente. Partículas alfa contra uma fina lâmina de ouro(0,0001 cm - dez mil átomos) a grande maioria das partículas atravessava a lâmina ou parte ricocheteava. Modelos Atômicos Teoria atômica de Rutherford 1911: MODELO PLANETÁRIO - o átomo não é maciço, mais espaços vazios; - região central - núcleo - cargas positivas; - eletrosfera - elétrons (1836 vezes mais leve); - a relação entre partículas que passam e a as que ricocheteiam: tamanho do átomo cerca de 10 mil vezes maior que o tamanho do núcleo. Modelos Atômicos Teoria atômica de Bohr 1911: MODELO RUTHERFORD-BOHR Não explicava os espectros atômicos. - os elétrons circundam orbitalmente - cada nível tem um valor determinado de energia (não é possível permanecer entre os níveis); - excitação do elétron: passa de um nívelpara o outro; - volta emitindo energia NOVIDADE DA TEORIA: quantização da energia dos elétrons Modelos Atômicos Teoria atômica de Bohr 1913: MODELO RUTHERFORD-BOHR O átomo de Bohr mostrando os elétrons em orbitas circulares ao redor do núcleo. Os orbitais apresentam energia quantizada. Ocorre transmissão de energia do átomo quando um elétron pula de um orbital mais afastado do núcleo, para um mais próximo. Modelos Atômicos CONCEITOS MODERNOS ÁTOMOS NÚCLEOS PRÓTON NEUTRON ELETROSFERA ELÉTRON CONCEITUAR: UNIDADE DE MASSA ATÔMICA (u) NÚMERO ATÔMICO (Z) MASSA ATÔMICA NÚMERO DE AVOGADRO (NA) ISÓTOPOS Átomo - núcleo neutrons prótons - eletrosfera elétrons mantida pela atração eletrostática carga massa e- -1,60 x 10-19C 9,11 x 10-28g próton +1,60 x 10-19C 1,67 x 10-24g neutron - 1,67 x 10-24g ESTRUTURA ATÔMICA 2-3 ESTRUTURA ATÔMICA Elétrons (e-): - componente do átomo com carga negativa de 1,6 x 10-19C; - apresentam-se em órbitas; - podem ser e- de valência, se na última camada; - podem gerar cátions ou ânions. Os e- mais afastados do núcleo determinam: - propriedades químicas; - natureza das ligações interatômicas; - controlam tamanho do átomo, condutividade elétrica; - influencia nas características óticas. ONDE AS PROPRIEDADES COMEÇAM A SER DEFINIDAS ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS Números quânticos 2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS 2.4.1 Números quânticos Exemplo da distribuição eletrônica do átomo de sódio, de número atômico 11, observa-se os elétrons nas camadas quânticas K, L e M. ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS Números quânticos ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS Linus Pauling Distribuição eletrônica de átomos neutros 1s2 Nível de energia Subnível Número máximo de elétrons Princípio de exclusão de Linus Pauling: apenas 2 e- podem ter os mesmos nos quânticos orbitais e estes não são idênticos pois tem spins contrários ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS Valência A camada de valência é a camada mais afastada do núcleo. Está relacionada com a capacidade de um átomo em se combinar quimicamente com outros elementos (perder ganhar ou compartilhar e- ) Exemplo: Mg: 1s2 2s2 2p6 3s2 Valência 2 Al: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 Valência 3 Ge: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2 Valência 4 Propriedades Químicas As propriedades químicas e físicas de um elemento estão relacionado ao número de prótons do núcleo e ao número de elétrons na última camada; Través da configuração eletrônica utilizando o princípio da exclusão de Pauling, é possível descobrir qual é o número de elétrons da camada de valência de um átomo, e prever suas propriedades químicas; Entretanto, antes da formulação do modelo atômico nuclear, o químico russo Mendeleev, em 1869, descobriu que se os átomos fossem arranjados na ordem crescente de massas atômicas haveria o estabelecimento de colunas com elementos químicos de propriedades semelhantes; Periodicidade das Propriedades dos Átomos As observações de Mendellev deram origem a uma das mais reconhecidas ferramentas da química. A Tabela Periódica pode ser usada para previsão de um grande números de propriedades dos materiais e muitas das quais são cruciais para a compreensão da química. Modernamente a Tabela Periódica está fragmentada em blocos e períodos: - Os Blocos são nomeados segundo o último orbital que é ocupado de acordo com o princípio da construção; - Os Períodos são numerados de acordo com o número quântico principal da camada de valência; Tabela Periódica Fonte: Brown, 2009. Propriedades Periódicas dos Átomos Raio Atômico: O raio atômico de um elemento é definido como a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. Os raios atômicos geralmente decrescem da esquerda para a direita em cada período devido ao aumento do número atômico efetivo, e crescem em cada grupo quando camas sucessivas são ocupadas. Fonte: Atkins, 2012. Propriedades Periódicas dos Átomos Raio Iônico: O raio iônico de um elemento é definido como a sua parte da distância entre os átomos vizinhos. Os raios atômicos geralmente crescem com o valor de “n” em um grupo e decrescem da esquerda para a direita em um período. Os cátions são menores e os ânions são maiores que os átomos que lhes deram origem: Fonte: Atkins, 2012. Propriedades Periódicas dos Átomos Energia de Ionização (I): É a energia mínima necessária para remover um elétron do estado fundamental de um átomo, molécula ou íon na fase gás. Com poucas exceções, a primeira energia de ionização cresce da esquerda para a direita no período; Fonte: Brown, 2009. Propriedades Periódicas dos Átomos Afinidade Eletrônica (Eae): É a energia liberada quando um elétron é adicionado a um átomo ou íon monoatômico em fase gás. As afinidades eletrônicas são maiores a direita da Tabela Periódica, com tendência mais acentuada para o Oxigênio, Enxofre e Halogênios; Fonte: Brown, 2009. LIGAÇÕES ENTRE OS ÁTOMOS O tipo de ligação interatômica geralmente explica a propriedade do material; Por exemplo, o carbono pode existir na forma de grafite que é mole, escuro e “gorduroso” e na forma de diamante que é extremamente duro e brilhante. Essa enorme disparidade nas propriedades começa pelo tipo de ligação química do carbono em cada um dos casos. Para um elemento adquirir a configuração estável de 8e- na última camada ele pode: (1) receber e- extras (2) ceder e- (3) compartilhar e- associação entre átomos Iônicas Ligações Primárias Covalentes Metálicas formando íons + ou - LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS Iônica Os elétrons de valência são transferidos entre átomos produzindo íons Forma-se com átomos de diferentes eletronegatividades (alta e baixa) A ligação iônica não é direcional, a atração é mútua A ligação é forte= 150-300 Kcal/mol (por isso o PF dos materiais com esse tipo de ligação é geralmente alto) Ligações iônicas Forças atrativas eletrostáticas entre os átomos: não-direcional átomos no material iônico: todos os íons positivos têm como vizinho mais próximo íons negativos forças atrativas iguais em todas as direções A magnitude da força obedece a Lei de Coulomb Forças atrativas r é a distância interatômica z1 e z2 são as valências dos 2 tipos de íons e é a carga do elétron (1,602x10-19 C) 0 é a permissividade do vácuo (8,85x10-12 F/m) Ligações iônicas Em resumo: Atração mútua de cargas + e - Envolve o tamanho de íons Elementos menos eletronegativos: cedem e- cátions Elementos mais eletronegativos: recebem e- ânions Ligações iônicas Ligações iônicas-Propriedades dos compostos Os íons em um sólido iônico são ordenados na rede, formando uma forte atração elétrica entre eles Sais e óxidos metálicos são tipicamente compostos iônicos. A forte ligação é responsável por: Elevada dureza (se frágil) Elevado pontos de fusão e ebulição Cristalinos sólidos a Tambiente Podem ser solúveis em água Os sólidos cristalinos não conduzem eletricidade, pois os íons não estão livres para mover-se e transportar corrente elétrica. Compostos iônicos fundidos ou dissolvidos em água serão condutores de eletricidade, pois como partículas iônicas estão livres. Covalente Os elétrons de valência são compartilhados Forma-se com átomos de alta eletronegatividade A ligação covalente é direcional A ligação covalente é forte (um pouco menos que a iônica)= 125-300 Kcal/mol Esse tipo de ligação é comum em compostos orgânicos, por exemplo em materiais poliméricos e diamante. Ligações covalentes Tipo de simetria em ligações covalentes Usufruto de um par de elétrons comum Pode ser coordenada ou dativa Covalência entre ametais (Ex. F2, O2, Cl2) baixo PF Covalência entre mais átomos (Ex. Diamante) alto PF Ligações covalentes Em resumo: Metano Amônia Par de elétrons não ligados Muito poucos compostos exibem ligação iônica e covalente puras; A maioria das ligações iônicas tem um certo grau de ligação covalente e vice–versa: (Transferem e compartilham elétrons) ; O grau do tipo de ligação depende da eletronegadividade dos átomos constituintes; Muitos cerâmicos e semicondutores são formados por metais e não-metais, e são na verdade uma mistura de ligações iônicas e covalente. Quanto maior a diferença de eletronegatividade entre os átomos aumenta o caráter iônico. Fração covalente Metálica Forma-se com átomos de baixa eletronegatividade (em torno de 3 elétrons de valência) Os elétrons de valência são divididos por todos os átomos (não estão ligados a nenhum átomo em particular) e assim eles estão livres para conduzir A ligação metálica não é direcional porque os elétrons livres protegem o átomo carregado positivamente das forças repulsivas eletrostáticas A ligação metálica é forte (um pouco menos que a iônica e covalente)= 20-200 Kcal/mol Ligações metálicas Elétrons externos dos átomos do metal estão livres para mover-se entre os centros positivos onde a junção eletrônica determinam propriedades Força elétrica de atração entre elétrons móveis e imóveis na ligação metálica produzem materiais densos, fortes com alto ponto de fusão e ebulição; Metais são bons condutores de eletricidade, onde os elétrons livres são transportadores de carga e corrente elétrica, quando uma ddp é aplicada na peça metálica. Metais são bons condutores de calor em função dos choques de elétrons livre, transferindo Ec; íons mar de elétrons LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS Podem ser: Ligações ou Forças de - Dipolos permanentes -Pontes de van der Waals Hidrogênio - Dipolos flutuantes -Dipolos induzidos Está relacionada com a quantidade de energia envolvida - PE dos halogênios (F2, Cl2, Br2, I2): crescente massa molecular - PE dos haletos dos halogênios geometria molecular: linear, trigonal plana, angular, tetraédrica, piramidal; repulsão dos pares eletrônicos - ângulo de ligação van der Waals São ligações de natureza física A polarização (formação de dipolos) devido a estrutura da ligação produz forças atrativas e repulsivas entre átomos e moléculas A ligação de van der Waals não é direcional A ligação é fraca< 10 Kcal/mol LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS Forças de van der Waals Ciência dos Materiais - DEMAT - EE - UFRGS LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS Dipolos Flutuantes - Induzidos Ocorre em moléculas com distribuição de cargas elétricas simétricas (H2, N2, O2,...), onde os e- e suas vibrações podem distorcer esta simetria, ocorrendo um dipolo elétrico. Esquema representativo (a) átomo eletricamente simétrico (b) um dipolo atômico induzido Forças de van der Waals LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS Dipólos permanentes - moléculas polares Moléculas assimétricas (NH3, CH3Cl) jamais têm coincidentes os centros de suas cargas positivas e negativas, podendo interagir eletrostaticamente com as adjacentes. Esquema representativo da molécula polar de HCl Forças de van der Waals Moléculas polares na ausência de campo elétrico na presença de campo elétrico Nome deriva da ligação: H - centro de cargas positivas, atraindo o centro das cargas negativas das moléculas adjacentes POLARIZAÇÂO Produção de forças de van der Waals entre as moléculas: - alinhamento de pólos negativos com positivos (ângulo de ligação 109,5o) - moléculas formam uma estrutura quase hexagonal H ligado a F, O e N LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS PONTES DE HIDROGÊNIO É uma das mais fortes ligações secundárias, e um caso especial de moléculas polares (distribuição desigual da densidade de elétrons) Dipolos permanentes - moléculas polares Forças de van der Waals LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS PONTES DE HIDROGÊNIO Íons e de certas moléculas se dissolvem na água polaridade 2.6.2.2 Dipolos permanentes - moléculas polares Forças de van der Waals Exemplo:o cloreto de sódio (forma cristalina) e dissolvido em água. Propriedades da água ligação - gelo flutuar: É menos denso: as ligações de hidrogênio mantêm as moléculas de água mais afastadas no sólido do que no líquido, onde há uma ligação hidrogênio a menos por molécula) - elevado calor de vaporização - forte tensão superficial - alto calor específico - propriedades solventes - efeito hidrofóbico Estrutura do gelo RESUMO DAS LIGAÇÕES IÔNICA COVALENTE METÁLICA SECUNDÁRIAS RESUMO DAS LIGAÇÕES Comparação entre ligação covalente (na formação de moléculas) e forças de van der Waals (ligação fraca entre moléculas dissolvidas) RESUMO DAS LIGAÇÕES Iônica Covalente Metálica Intermolecular Intensidade de ligação forte muito forte moderada e variável fraca Dureza moderada a alta muito duro, frágil baixa a moderada; dúctil e maleável mole e plástico Condutividade elétrica condução por transporte de íons, somente quando dissociado isolante em sólido e líquido bom condutor por tramnsporte de elétrons isolantes no estado sólido e líquido Ponto de fusão moderado a alto baixo geralmente alto baixo Solubilidade solúvel em solventes polares solubilidade muito baixa insolúveis solúveis em solventes orgânicos Exemplos muitos minerais diamante, oxigênio, moléculas orgânicas Cu, Ag, Au, outros metais gelo,sólidos orgânicos (cristais) Comparação entre o tipo de ligação e propriedades esperadas Exceção do diamante EXERCÍCIOS 1) Descreva o experimento que levou elaboração do modelo atômico atual. 2) Compare o raio iônico de um mesmo elemento com o raio iônico de seu átomo neutro (faça para um cátion e um ânion). Porque isso ocorre? 3)O que são os números quânticos de um átomo? 4) Explique o que é a eletronegatividade? 5)Explicar as tendências periódicas dos raios atômicos, das energias de ionização e das afinidades eletrônicas. 6) Caracterize: ligação iônica; ligação covalente e ligação metálica. 7) Descreva as ligações conhecidas por forças de van der Waals e por pontes de hidrogênio.
Compartilhar