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Relatório de Soldagem Processo oxicorte

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
SOLDAGEM
Relatório de Soldagem Processo de Oxicorte
Lucas Lau Piccoli
PROFESSOR: José Navajas Fazzi
Porto Alegre, 24 de Setembro de 2015.
Introdução:
O processo de oxicorte é uma reação química que ocorre entre o aço carbono e um jato de oxigênio de corte. Virtualmente, todo material irá queimar se aquecido a uma temperatura de ignição (oxidação) e combinada ao oxigênio.
A temperatura de ignição do aço é aproximadamente de 870ºC e a esta temperatura, o oxigênio reage com o aço, forma óxidos ferrosos, que são expulsos no processo.
O oxicorte utiliza uma chama de pré-aquecimento para aquecer o metal até a temperatura de ignição (temperatura de oxidação). O oxigênio de corte, em contato com o aço em temperatura de oxidação, gera uma reação exotérmica. Ocorre a oxidação, o que gera mais calor e realiza o corte.
Para a realização da prática de oxicorte utilizou-se os seguintes equipamentos: máquina de corte. A máquina de corte dispunha dos seguintes equipamentos: um cilindro de Oxigênio (O2); um cilindro de gás combustível (no nosso caso, o gás era o acetileno); mangueiras de alta pressão para condução dos gases; um maçarico de corte; um regulador de ângulo de corte do maçarico e outro de ajuste de aproximação com a peça; um regulador de pressão para oxigênio; um regulador de pressão para acetileno, dispositivos de segurança (válvulas anti-retrocesso) e acendedor apropriado para ignição da chama.É necessária também a utilização de EPI, sendo estes um óculos de solda com filtro de proteção UV, jaqueta de couro e luvas de couro.
Procedimentos:
2.1- Preparação da Peça:
Para o processo de oxicorte, como a peça será oxidada pela chama, não é necessário a limpeza da peça anteriormente ao processo, as únicas preparações são colocar a peça no sei apoio de fixação e verificar se ela está devidamente alinhada e realizar o pré-aquecimento, este é realizado movimentando o carrinho manualmente, o que pode causar a falta de uniformidade de pré-aquecimento na peça e consequentemente um corte errado.
2.2- Parâmetros de Solda: 
	Nesta parte são selecionadas o ângulo de corte, a distância entre a peça e a chama e a velocidade de avanço do carrinho. O ângulo é definido de acordo com o desenho técnico do projeto da peça, para este projeto o ângulo foi de 30°, a distância chama X peça deve ser uma distancia suficiente para que a chama e o calor gerado consigam cortar a peça e está entre 8 e 15mm, por fim, para definir a velocidade de avanço do carrinho são realizados testes em sucata. O ultimo parâmetro citado deve ser testado e ajustado de acordo com a velocidade em que o corte é realizado, não deve ser lento demais a ponto de o material fundido não se desprender da peça nem rápido demais tal que o material não funda
	A velocidade de avanço do carrinho utilizada no dia do corte foi de 230.
2.3- Consumíveis do processo:
	Para realização do corte com o oxicorte precisamos ter oxidação catastrófica do material e isso se dá pela mistura dos dois gases, oxigênio e acetileno. Através da mistura desses gases, dependendo da quantidade fornecida de cada um, poderemos ter três tipos de chama: redutora, neutra e oxidante. As duas primeiras podem ser utilizadas para o pré-aquecimento do material antes do corte, no nosso caso, utilizou-se a chama neutra e, a terceira foi a utilizada para o corte da peça.
2.4- Corte:
	Primeiramente se abre a válvula do acetileno (vermelha) e com um isqueiro se inicia a chama, com a chama acesa se abre a válvula de oxigênio (verde) afim de regular a chama e deixá-la neutra. Com a chama neutra se realiza o pré-aquecimento da peça passando a chama por cima da peça movimentando o carrinho manualmente de uma ponta a outra. Após o pré-aquecimento posiciona-se a chama na ponta onde foi iniciado o pré-aquecimento e é regulada a velocidade de avanço do carrinho para realizar o corte, a chama que ficou em contato com a ponta inicial da peça deixou a peça vermelha, e nesse momento foi aberta a válvula que injeta mais oxigênio na chama, tornando a mesma uma chama oxidante, assim foi liberado o avanço do carrinho e o mesmo deslocou-se, cortando a peça. Após terminar o corte, carrinho foi parado, desligou-se a saída de acetileno e depois a de oxigênio, evitando “estouros” (que a chama entrasse no interior da mangueira, sendo cortada na válvula de segurança) no interior da saída dos gases. Após a peça ser cortada é feito um acabamento para retirar a, pouca, escoria que se encontra na face de corte e deixar a peça com o chanfro descrito em projeto, para isso se utiliza um martelo para retirar a escoria e uma lima para fazer o chanfro.
Problemas:
O maior problema encontrado foi achar a velocidade certa de avanço, ao ser aquecida a peça fundia, abria o corte, porem, o metal retirado não se desprendia por inteiro da peça, deixando “gotas” de metal anexados a peça junto com a escória e sendo necessário realizar varias vezes o corte até acertar, este problema também pode ter sido gerado pelo mal pré-aquecimento.
Conclusão:
O processo de oxicorte tem suas dificuldades devido a temperatura da chama, tempo de contato da chama com o metal e ás propriedades do metal a ser cortado, é um processo em que cada parâmetro é muito especifico do tipo de corte e material utilizado e que cada detalhe pode fazer a diferença entre um bom e um mal corte.

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