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WEB AULA 2 - Metodologia Científica

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WEBAULA 1 
 
Unidade 2 – O Processo de Comunicação1 
Introdução 
O objetivo desta web aula é refletir sobre questões relevantes para o ensino de língua 
portuguesa, dentre essas questões destacamos a importância da interação, de lermos, 
produzirmos e compreendermos os diversificados gêneros discursivos (ou, segundo 
alguns autores, gêneros textuais). Para atingirmos nosso objetivo, refletiremos sobre o 
processo de comunicação, a linguagem verbal e não-verbal, as concepções de 
linguagem, o texto, a coesão, a coerência, a intertextualidade e a importância de 
desvendarmos os efeitos de sentidos presentes no texto. 
Nosso intuito é oferecer a você subsídios teóricos, metodológicos e didáticos que 
venham a fortalecer a sua formação. Para que seu aproveitamento seja pleno, é 
indispensável que você proceda as leituras indicadas, faça os exercícios propostos e 
acesse o fórum, pois é nele que você terá oportunidade de se expressar e trocar 
experiências sobre os assuntos abordados. 
Nossa web aula estará dividida em duas unidades. Na primeira unidade de estudo 
dialogaremos sobre o processo de comunicação. Veremos como se estabelece a 
interação e quais são os elementos necessários para que tenhamos uma comunicação 
adequada. Outro enfoque diz respeito às concepções de linguagem, que são de suma 
importância para nossa área. Na segunda unidade, ancorados nos pressupostos teóricos 
dos Parâmetros Curriculares Nacionais, estudaremos sobre o texto, as suas 
propriedades, a questão do espaço e do tempo nas nossas enunciações. Por fim, 
finalizaremos versando sobre a intertextualiade, visto que todo texto é oriundo de outro, 
mesmo que de forma inconsciente. 
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 
"A primeira função da linguagem não é ser representação do pensamento ou 
instrumento de comunicação, mas expressão da vida real." 
 
 
Prof. José Luiz Fiorin 
 
Você já parou para refletir sobre a importância da comunicação? Imagine como seria o 
processo de socialização ou de transmissão de cultura, por exemplo, se nós não nos 
comunicássemos. Então, como você já deve ter percebido, a comunicação é essencial à 
vida humana, tanto que se trata de uma capacidade inerente ao ser humano e desde 
que nascemos nos comunicamos, inicialmente, através do choro e, paulatinamente, à 
medida que vamos adquirindo proficiência na linguagem a usamos com desenvoltura. 
Nesse momento, nós, eu e você, por exemplo, estamos nos comunicando. À medida 
que você está lendo estas linhas já está havendo interação, ente o autor(eu) com o 
leitor(você) usando como canal a aula e o suporte dessa comunicação o computador. 
No entanto, o ato de comunicação é bastante complexo e exige organização para que 
seja eficiente. 
Observe os quadrinhos abaixo: 
1) 
 
http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira10.htm 
2) 
 
http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira18.htm 
3) 
 
http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira26.htm 
Como você deve ter observado, as tirinhas que selecionamos não foram aleatórias, 
dizemos isso nos referindo tanto à ordem em que elas se apresentam como ao conteúdo 
interacional de cada uma delas. Observe que nosso intuito foi chamar sua atenção para 
as diversificadas formas de comunicação. 
No primeiro quadrinho não temos balões com a fala dos personagens, cabendo ao leitor 
compreender as imagens para, então, construir os sentidos do texto. Nesse caso, os 
desenhos são de suma importância, pois não temos a presença do narrador 
pormenorizando os detalhes de cada quadro, então o leitor, por associação lógica e 
coerente, procede a leitura. Nos quadrinhos é comum a exploração dos diversos signos 
não-verbais, como gestos faciais, corporais e desenhos. Outro fator importante é a 
sequência apresentada, pois para que haja essa compreensão é necessário que a leitura 
siga a sequência apresentada, e que essa seqüência seja lógica e coerente, caso 
contrário poderá ser difícil a construção dos sentidos. 
No segundo quadrinho, temos um exemplo de monólogo, a personagem Mônica dialoga 
com ela mesma, tanto que é ela quem indaga e responde as suas próprias questões. 
Por fim, no último quadrinho, já temos um exemplo de comunicação que envolve a 
interação, ou seja, a presença do outro, e dependendo da resposta do outro é que os 
sentidos do texto vão sendo construídos. 
Como você pode observar, ao se comunicar, o homem transmite a sua visão de mundo, 
tanto que o Cascão apresentou a dele. Investigue, pois essa forma de pensar pode não 
estar explícita, mas sim implícita, tanto que o Cascão deixou claro que o dia dele tomar 
banho demorará muito e quando essa data, finalmente chegasse, ela já estaria velha e 
feia. Dessa forma, vimos que na comunicação podemos ver como o homem pensa, visto 
que suas crenças interiores se manifestam no seu disurso. 
Então, como podemos observar, a necessidade de comunicação é intrínseca ao ser 
humano, pois vivemos em permanente interação com a realidade que nos cerca e com 
as outras pessoas. A essa troca de mensagens ou informações denominamos de 
COMUNICAÇÃO. 
Diante do que dialogamos até aqui, temos uma pergunta para você: 
Quais formas usamos para nos comunicar? 
Bom, para nos comunicarmos podemos usar várias formas, tais como: sons, cores, 
formas, gestos, palavras, etc. Então, se essas formas de nos comunicarmos possui uma 
organização eficiente, devidamente sistematizada, temos uma LINGUAGUEM. 
CONCLUSÃO: Entendemos por LINGUAGEM o meio de comunicação e de 
interação entre as pessoas. 
Elementos básicos da comunicação 
Como você deve já deve ter percebido, diariamente, participamos de numerosos atos de 
comunicação. Esses atos podem ser representados pelos componentes do ato de 
comunicação. Vamos conhecer esses elementos? 
 
Fonte: INFANTE, 2001, p. 16. 
Como você está vendo, alguns desses elementos podem ser facilmente entendidos; 
enquanto outros é interessante que vejamos, ao menos brevemente, suas definições: 
1. Emissor: é aquele que envia a mensagem. 
2. Receptor: é aquele a quem a mensagem se destina 
ATENÇÃO: Observe que num diálogo o emissor e o receptor alternam constantemente 
os papéis. 
3. Mensagem: trata-se da informação transmitida. 
4. Código: é o sistema organizado de sinais utilizado pelo emissor e de conhecimento 
do receptor. 
5. Canal: permite que a mensagem parta do emissor e chegue ao receptor. Pode ser 
dividido em canal físico e canal psicológico. 
5.1 Canal físico - em uma situação de diálogo, a presença do ar que transmite as 
ondas sonoras da boca do emissor até as orelhas do receptor. 
5.2 Canal psicológico: trata-se da atenção que o receptor deve manter para que 
consiga receber a mensagem. 
6. Referente: é o assunto a que a mensagem se refere. 
Algumas considerações: 
No tocante ao emissor - naturalmente que ao proceder uma enunciação, o emissor fará 
toda uma adaptação do seu enunciado considerando o seu destinatário, desde sua faixa 
etária, o grau de intimidade, de forma a proceder uma adequação no discurso, de 
acordo com o público-alvo. 
Quanto ao código - observe que, se o receptor desconhecê-lo, como poderá haver 
interação? A interação se manifesta, justamente, através da compreensão do texto, do 
contexto, logo da mensagem. 
Quanto ao canal psicológico - muitas vezes é muito comum essa falta de atenção do 
receptor prejudicar o entendimento, havendo necessidade de chamarmos sua atenção. 
As formas de linguagem que usamos para nos comunicarmos 
Caro aluno, como você sabe, a língua é o principal instrumento de comunicação entre as 
pessoas. Ela é usada por uma sociedade com desenvoltura, prazer, segurança e isso é 
possível com a prática da leitura e da escrita.Com essas asserções não estamos dizendo que as línguas não mudam, ao contrário, 
elas sofrem alterações, pois constantemente também a sociedade está mudando. 
Então, as línguas não são uniformes, tanto que elas refletem as diferenças ente 
os grupos de falantes e as diversas situações em que a fala e a escrita ocorrem. 
Após o que estudamos até aqui, podemos dizer que ao conhecermos a língua somos 
capazes de: 
- Dintinguirmos as variantes que a língua apresenta; 
- Somos capazes de identificar as pessoas com as quais falamos; 
- Somos capazes de adaptar nosso discurso de acordo com o outro; 
CONCLUSÃO: Para que ocorra a comunicação devemos usar a linguagem adequada, ou 
seja, de acordo com a situação na qual nos encontramos vamos proceder nossas 
escolhas linguísticas responsáveis pela produção de sentido no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEBAULA 2 
 
Unidade 2 – O Processo de Comunicação 
 
A Língua 
 
É importante lembrarmos que quando falamos de língua estamos nos referindo à língua 
falada ou escrita, língua culta ou formal, língua popular ou informal. Vejamos, 
brevemente, cada uma delas. 
Língua falada e língua escrita 
Observe que temos muitas diferenças entre a língua falada e a língua escrita, dentre 
essas diferenças destacamos: 
FALA ESCRITA 
não-planejada planejada 
fragmentária não-fragmentária 
incompleta completa 
pouco elaborada elaborada 
predominância de frases simples predominância de frase complexas 
pouco uso de passivas emprego frequente de passivas 
Língua culta ou formal 
É justamente essa linguagem que é nossa responsabilidade ensinarmos na escola. Ela é 
mais usada na forma escrita, requer frases mais elaboradas, atenção na regência e 
concordância nominal e verbal e é a cobrada em vestibulares, concursos, textos 
acadêmicos. Logo, se ela é cobrada nada mais justo que a escola possibilite o acesso a 
ela. Então, é responsabilidade da escola ensinar a norma padrão. 
Língua popular ou informal 
Você já deve ter notado que a linguagem popular ou informal nem sempre obedece aos 
padrões cultos da língua. Podemos exemplificar de uma forma muito fácil, pois se trata 
da linguagem que utilizamos no nosso dia a dia. Diariamente, falamos de forma 
informal. Ao estudarmos essa forma, encontramos o predomínio de expressões 
populares, tais como a gíria, e vemos que não há a preocupação em seguirmos as 
regras da gramática normativa. 
Caro aluno, preste atenção na imagem abaixo, pois ela exemplifica o que estamos 
enunciando. 
 
Fonte: http://santiagoferreira.files.wordpress.com/2008/08/guarda-roupa.jpg 
A imagem acima é exatamente o que você está vendo: um guarda-roupa. 
Metaforicamente, queremos dizer que, dependendo do lugar onde você vai, você 
procederá a escolha da roupa. Não é diferente com a linguagem, nós a adaptamos, 
dependendo da situação interativa na qual nos encontramos. 
Bom, como já falamos sobre os elementos da comunicação, sobre as diversas formas 
que usamos a linguagem, agora versaremos sobre as concepções de linguagem. 
Preste muita atenção, pois essas concepções devem ser muito claras para o professor 
em formação da área de Letras, pois de acordo com a concepção adotada haverá 
reflexo na prática pedagógica do docente. 
Observe as imagens abaixo: 
 
 Fonte: INFANTE, 2001 
Como você pode observar, as imagens acima representam as três concepções de 
linguagem. Vamos falar mais sobre elas? 
 
Autores renomados, da nossa área, como Travaglia (1997), Cardoso (1999) e Matêncio 
(1994), postulam que a concepção de linguagem pode ser sintetizada em três 
perspectivas distintas, dentro do ensino de Língua Portuguesa: "a linguagem 
como expressão do pensamento, passando pela visão de língua como 
instrumento de comunicação, até chegar-se a uma concepção da linguagem 
como interação" (MATÊNCIO, 1994, p. 70). 
 
Então, a primeira concepção de linguagem concebe a língua como representação 
do mundo e expressão do pensamento e apregoa que as pessoas que não 
conseguem se expressar, possivelmente, não são capazes de articular o pensamento de 
forma adequada, logo, não falavam/escreviam bem porque não pensavam logicamente. 
Seguidores dessa linha presumiram que era necessário criar regras, com o objetivo de 
"ditar" as normas de como falar "adequadamente", e a escola devia auxiliar nesse 
processo. Nessa concepção, o fato de as pessoas não serem capazes de ler/escrever 
pressupõe que também não pensam. Partindo desse pressuposto, então se um 
analfabeto "não pensa" como explicar termos muitos, ainda hoje, conseguindo 
sobreviver em nossa sociedade? Com o passar do tempo, notou-se que essa concepção 
de linguagem não contribuía para que houvesse um entendimento real dos conteúdos, 
pois os alunos decoravam as regras mesmo sem compreendê-las e depois as esqueciam 
em um curto espaço de tempo, além disso, o contexto de enunciação e a presença do 
outro eram desconsiderados. 
A segunda concepção de linguagem, de acordo com Travaglia (1997), considera a 
linguagem como um instrumento de comunicação: 
 
"Para essa concepção o falante tem em mente uma mensagem a transmitir a um 
ouvinte, ou seja, informações que quer que cheguem ao outro. Para isso ele a coloca em 
código (codificação) e a remete para o outro através de um canal (ondas sonoras ou 
luminosas). O outro recebe os sinais codificados e os transforma de novo em mensagem 
(informações). É a decodificação. " 
(Travaglia, 1997, p. 22) 
 
Caro aluno, como você sabe, apesar de a língua ser um instrumento de comunicação, 
não podemos reduzi-la a somente isso, pois vai muito além, conforme veremos na 
terceira concepção, que por nós está sendo adotada. 
 
A terceira concepção de linguagem vê a língua como interação e é a concepção 
interacionista de linguagem que defendemos, justamente por crermos que ela auxiliará 
o professor na sua prática pedagógica. Segundo Suassuna (1995, p. 129), o prefixo 
"inter" supõe social, histórico, dialógico, já "ação" induz a uma postura inquieta diante 
do mundo. 
 
Você deve estar se perguntando: 
 O que muda ao adotarmos a concepção interacionista? 
Ora, muda simplesmente TUDO! Se você adotar a concepção interacionista, estará 
considerando o contexto histórico e social no qual estamos inseridos, notará que ele 
influencia, inclusive, nos discursos que enunciamos. Dito de outra forma, você estará 
admitindo que o sujeito é o enunciador do seu discurso, porém este é influenciado pelo 
outro. Sabe por que dizemos isso? Justamente porque a concepção interacionista de 
linguagem se preocupa com o uso da língua considerando a circunstância e a finalidade. 
Então a linguagem não é mais mera expressão do pensamento, tampouco 
apenas um código, mas sim interação, na qual o outro exerce um papel 
fundamental, isso quer dizer que à proporção que vamos aprendendo a língua estamos 
interagindo e participando das mais diversas situações comunicativas. Gostou? 
Diante do exposto, podemos concluir, nesta unidade, que a linguagem não se limita a 
um amontoado de frases soltas ou palavras desconexas, de acordo com Suassuna 
(1995, p.118), ela deve ser entendida na sua relação dialética com o saber: ela é saber, 
é produzida com/pelo saber, produz o saber e me faz recriar o saber, e assim por 
diante, numa cadeia ininterrupta. E para conhecermos mais sobre essa "cadeia 
ininterrupta", a seguir, na unidade 2, abordaremos a questão do texto. 
Agora é sua vez! Para finalizar essa unidade proceda a leitura da entrevista do Prof. Luiz 
Carlos Travaglia e poste no fórum a sua opinião sobre o que mais chamou a sua 
atenção. 
Acesse a entrevista!http://www.letramagna.com/travagliaentre.htm 
 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense, 
1981. 
BEAUGRANDE, Robert de. New foundations for a science of text and discourse: 
cognition, communication and freedom of access to knowledge and society. Norwood, 
New Jersey: Ablex Publishing Corporation, 1997. Cap. 1, p.23. 
CARDOSO, S. H. B. Discurso e ensino. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. 
ECO, Umberto. Conceito de texto. São Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4. 
FERNANDES, Millôr. Millôr Fernandes: literatura comentada. São Paulo: Abril 
Educação, 1980. 
FERNANDES, Millôr. Lições de Um Ignorante. José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 
1967, pág.3. Fonte: http://www.releituras.com/millor_chapeuzinho.asp 
GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 
1997. 
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prático de leitura e redação. Editora 
Scipione. São Paulo. 1991, p. 28. 
_________. Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2001. 
KOCH, I.V. & TRAVAGLIA L. C. A coerência textual. São Paulo, Contexto, 1995. p.45. 
KOCH, Ingedore G. Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1989. p. 11. 
MARCUSCHI, L.A. "Lingüística de texto: retrospectiva e prospectiva." Palestra proferida 
na FALE/UFMG. 28 out. 1998. 
MATÊNCIO, M. L. M. Leitura, produção de textos na escola. Campinas: Mercado de 
Letras, 1994. 
MELO, Luiz Roberto Dias; PAGNAN, Celso Leopoldo. Prática de texto: leitura e 
redação. 3. ed. São Paulo: W3, 2001. 
SUASSUNA, L. Ensino de língua portuguesa - uma abordagem pragmática. 
Campinas: Papirus, 1995. 
TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramática e interação: uma proposta para o ensino de 
gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.p.67. 
 
 
 
 
WEBAULA 3 
 
Unidade 2 – O Texto 
 
Caro aluno, observe, com atenção, a imagem abaixo, pois ela representa um texto. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teia 
 
Você deve estar se perguntando o motivo de termos seleciono a imagem acima para 
representar um texto. Bom, inicialmente, para dialogarmos sobre texto, é interessante 
ressaltarmos que o texto é um todo de sentido, para a construção desse sentido é 
necessário uma teia de elementos que asseguram o seu significado. Daí, a justificativa 
para a imagem selecionada. E quanto à definição do que vem a ser texto? Qual será a 
origem dessa palavra? Observe que nossa primeira definição de texto fala sobre a 
origem da palavra. Vejamos: 
A palavra texto provém do latim textum, que significa tecido, entrelaçamento. (...) O 
texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar várias partes menores a fim de se 
obter um todo inter-relacionado. Daí poder falar em textura ou tessitura de um texto: é a 
rede de relações que garantem sua coesão, sua unidade". 
INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prático de leitura e redação. Editora 
Scipione. São Paulo. 1991, p. 28. 
Ocorre, ainda, que temos outras definições muito interessantes que objetivam esclarecer o 
que vem a ser um texto. Vamos conhecê-las? 
"...em um sistema semiótico bem organizado, um signo já é um texto virtual, e, num 
processo de comunicação, um texto nada mais é que a expansão da virtualidade de um 
sistema de signo." 
ECO, Umberto. Conceito de texto. São Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4. 
É a coerência que faz com que uma seqüência lingüística qualquer seja vista como 
um texto, porque é a coerência, através de vários fatores, que permite estabelecer 
relações (sintático-gramaticais, semânticas e pragmáticas) entre os elementos da 
seqüência (morfemas, palavras, expressões, frases, parágrafos, capítulos, etc), 
permitindo construí-la e percebê-la, na recepção, como constituindo uma unidade 
significativa global. Portanto é a coerência que dá textura e textualidade à seqüência 
lingüística, entendendo-se por textura ou textualidade aquilo que converte uma 
seqüência lingüística em texto. Assim sendo, podemos dizer que a coerência dá início 
à textualidade." 
KOCH, I.V. & TRAVAGLIA L. C. A coerência textual. São Paulo, Contexto, 1995. p.45. 
Um texto não é simplesmente uma seqüência de frases isoladas, mas uma unidade 
lingüística com propriedades estruturais específicas". 
(KOCH, Ingedore G. Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1989. p. 11. 
"O texto é um evento comunicativo em que convergem as ações linguísticas, cognitivas e 
sociais, e não apenas a sequência de palavras que são faladas ou escritas". 
 
BEAUGRANDE, Robert de. New foundations for a science of text and discourse: cognition, 
communication and freedom of access to knowledge and society. Norwood, New Jersey: Ablex 
Publishing Corporation, 1997. Cap. 1. 
"Texto não é apenas uma unidade lingüística ou uma unidade contida em si mesma, mas um 
evento (algo que acontece quando é processado); não é um artefato lingüístico pronto que 
se mede com os critérios da textualidade; é constituído quando está sendo processado; não 
possui regras de boa formação; é a convergência de 3 ações: lingüísticas, cognitivas e 
sociais." 
 
MARCUSCHI, L.A. "Lingüística de texto: retrospectiva e prospectiva." Palestra proferida na 
FALE/UFMG. 28 out. 1998. 
"O texto será entendido como uma unidade lingüística concreta (pesceptível 
pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, 
escritor/ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa 
específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função 
comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua 
extensão." TRAVAGLIA, Luiz Carlos.Gramática e interação: uma proposta para o 
ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.p.67. 
E aí, caro aluno, precisa mais? Acreditamos que não. 
Então, agora é sua vez! Diante dessas concepções, elabore a sua própria concepção de 
texto e a compartilhe acessando o fórum. 
Você já percebeu que temos uma concepção de texto no sentido amplo, sendo o texto 
uma produção das mais diversificadas formas de linguagem. Em outras palavras, temos 
o texto como qualquer manifestação da capacidade de produção de texto do homem, 
seja relacionada à música, ao teatro, à pintura, à arquitetura, ao filme, a um poema, 
dentre outros. 
Nessa concepção ampla o ser humano é capaz de produzir sentidos, ser lido, 
compreendido pelo outro. Para tanto, faz uso da linguagem verbal e da não-verbal. 
Na outra concepção, mais restrita, temos somente como texto a linguagem verbal. Para 
esclarecer essa concepção, retomamos as palavras de Geraldi (1997, p. 101) 
"um texto é uma seqüência verbal escrita coerente formando um todo acabado, 
definitivo e publicado". 
SINTETIZANDO: 
Diante das explanações acima, podemos afirmar que o 
Texto é uma produção verbal (oral ou escrita) dotada de unidade temática - 
desenvolvimento de um assunto ou tema, com o uso de uma espécie de "fio 
condutor" - coerência argumentativa - ligação entre as idéias presentes no 
texto - e coesão interna - ligação entre as palavras. O texto é construído por 
quem o produz - o seu autor/falante - e por quem o recebe - o seu 
leitor/ouvinte; por isso, é construído de forma solidária, daí o sentido de 
interação. 
O texto possui suas Propriedades 
 
Então, como você já deve estar notando, um texto não se limita a um amontoado de 
frases aleatórias, ao contrário, elas se encontram relacionadas entre si. 
A COESÃO E A COERÊNCIA 
Você já parou para refletir sobre a função da coesão e da coerência em um texto? A 
função da coerência é, justamente, manter a lógica do texto e a coesão é responsável 
pela ligação entre as palavras do texto, é uma conexão que ocorre através de elementosformais, que assinalam o vínculo entre os seus componentes. 
Observe as frases abaixo: 
1. Ana é uma pessoa muito estudiosa, quanto prestar o concurso possivelmente não 
será aprovada. 
2. João vestiu a camisa de torcedor do Brasil, levou a bandeira, torceu durante todo o 
jogo, quando seu time perdeu voltou feliz para casa. 
3. Claudia correu muito, porém estava cansada. 
Na frase 1 e 2 o que torna o sentido da frase incoerente? Naturalmente que a opção 
escolha de "não" e "feliz", pois vai ao contrário do que está sendo afirmado 
anteriormente. Na frase 3 o que torna "truncado" o sentido do texto é a escolha do 
conectivo, elemento de ligação "porém", visto não ser o correto. Vale lembrar que a 
gramática normativa classifica "porém" como conjunção coordenada sindética 
adversativa, estamos denominando de "conectivo" devido à função que exerce na frase, 
uma ligação de um termo ao outro. Se fosse usado o "por isso" a coesão estaria 
adequada. 
OS ESPAÇOS DE NÃO- SENTIDO 
E quanto aos espaços de não-sentido? Você sabia que eles estão presentes no texto? 
Veja a tirinha abaixo: 
 
Fonte: http://www.turmadamonica.com.br/comics/tirinhas/tira9.htm 
Observe que o os dois espaços de não-sentido: na linguagem verbal escrita, é o branco 
que aparece antes de começar o texto e o branco que ocorre depois do fim do texto; ou 
seja, antes de iniciar o quadrinho havia um contexto, há o corte e temos o que o autor 
do quadrinho nos apresenta, mas, depois, há uma seqüência, porém ela não é 
apresentada ao leitor. 
O SUJEITO, O TEMPO E O ESPAÇO 
Nunca se esqueça, caro professor/aluno em formação, que todo texto está inserido 
dentro de um contexto, que se encontra inserido dentro de um momento sócio-
histórico-cultural. Podemos representar por essa imagem: 
 
Com essa imagem queremos ressaltar que o texto possui um caráter histórico-
social, e por isso ao procedermos a leitura notaremos que nele estão explícitas 
e implícitas ideias de certa época e de determinado lugar da humanidade. 
Denominamos essa característica do texto, segunto Melo e Pagnan (2001) como 
dialogicidade. Então, a dialogicidade existente no texto permite que vejamos a visão 
de mundo que o autor possui e coloca em seu texto. Essa visão de mundo pertence a 
uma ideologia, que são signos e valores de nossa vida social - as idéias veiculadas pela 
sociedade e inseridas no texto. Além disso, por ser produto de tempo e espaço, 
aparecem no texto, também, como marcas de diálogo com outros textos, o que 
denominamos de intertextualidade. 
 
 
 
 
WEBAULA 4 
 
Unidade 2 – O Texto 
 
A intertextualidade 
Nos textos encontramos relações que ele constrói com outros textos. A isso 
denominados de intertextualidade. Então, o que é uma intertextualidade? A 
intertextualidade são os diálogos com outros textos. No nosso cotidiano usamos, com 
desenvoltura, textos orais e escrito e estes fazem fazem uma ponte com outros textos, 
mesmo que não tenhamos consciência disso. Com isso queremos dizer que, segundo 
Bakhtin (1981), todo texto é um intertexto, então não há uma só voz por trás de um 
discurso, há várias vozes. E como denominamos, na nossa área, a presença dessas 
várias vozes, ou seja, dessa pluralidade de vozes num discurso? Denominamos de 
POLIFONIA. 
No tocante à intertextualidade, ela pode aparecer de forma implícita ou explítica. 
Denominamos de intertextualidade implícita quando não colocamos o autor original em 
nosso texto; já na explícita, há a referência ao texto e seu autor. 
Vejamos alguns exemplos de intertextualidade. 
 
Fonte: http://ftp.lemon.com.br/images/collection/softimages/inpro.jpg 
Você reconheceu essa imagem? Naturalmente que sim, pois bem, trata-se de um 
exemplo de intertextualidade com a qual lidamos diariamente: os sites da internet. 
Basta que demos um click em cima de link para que "naveguemos" para outros lugares 
que nos remetem a outras informações, a outros textos. 
Se você prestar atenção, verá que são muitos textos que se entrecruzam e muitos 
autores manifestando seus pontos de vista por meio das diversas vozes sociais. Essas 
vozes podem aparecer como: 
O próprio autor, às vezes usa um discurso explícito, mas também há muitos fatos nas 
entrelinhas, outros assuntos implícitos, cabendo ao leitor, com seu conhecimento de 
mundo e sua perspicácia, entender o sentido real. 
 Ditos populares 
 Provérbios 
 Frases feitas 
 Imagens da mídia 
 Política - são exemplos os discursos produzidos por enunciadores com seu sentido 
literal alterado a fim de produzir um 'novo' efeito no leitor. 
 Vejamos alguns exemplos: 
 Texto 1 
 
 Façamos, juntos, uma leitura da imagem acima. Como você pode observar, o 
Greenpeace, visando sensibilizar o leitor, usa a frase "Você não quer contar esta 
história para seus filhos, quer?". Note que alguns recursos foram utilizados, com o 
intuito de persuadir o outro (nós, leitores), tais como o uso do discurso direto, 
havendo a interpelação direta ao leitor, com o uso da interrogação. Ao vermos o 
quadrinho nossa memória nos remete a outra história infantil, a imagem é 
mundialmente conhecida "Chapeuzinho Vermelho", que também é de nosso 
conhecimento partilhado. Vejamos agora o mesmo texto apresentado de outra 
forma. 
 Texto 2 
 Chapeuzinho Vermelho 
Millôr Fernandes 
Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, 
portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se 
chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do 
nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava 
passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na 
soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, 
Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e 
brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em 
regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, 
pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do 
gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores - o lobo era, 
presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de 
Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, 
volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.). 
 Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os 
animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do 
autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio 
animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: 
"Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes 
doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, 
istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, 
ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde". 
 Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: 
"Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na 
casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez - o que, segundo o conceito 
materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia 
do capitalismo devorando o proletariado - e ficou esperando, deitado na cama, 
fantasiado com a roupa da avó. 
Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e 
seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não 
percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente,que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que 
a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem 
reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, 
eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas 
doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito 
comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada 
por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, 
Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os 
lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da 
avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 
anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista 
inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi 
grande amigo de Rousseau. 
 Extraído do livro "Lições de Um Ignorante", José Álvaro 
Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág.31 
 Fonte: http://www.releituras.com/millor_chapeuzinho.asp 
 AGORA É SUA VEZ! 
Acesse o endereço abaixo e veja outra versão dessa história. 
http://ilzeni.lf.sites.uol.com.br/chapeuzinho_vermelho.html 
 Você observou que narração interessante? Notou a forma que o narrador dialoga 
com o leitor? Observe no final do primeiro quadro o corte "E foi assim...." e inicia 
o outro quadro "Ou quase" , retomando o diálogo com o leitor. É justamente dessa 
trama que estamos falando, da teia discursiva que envolve o texto. E quanto a 
questão da intertextualidade? Ela se manifesta, justamente, nesse diálogo que o 
autor faz de um texto com o outro, é a dialogicidade que nos fala Bakthin. 
 Você sabia que na literatura, e até mesmo nas artes, a intertextualidade se faz 
presente? Com isso queremos dizer que a intertextualidade está presente também 
em outras áreas, como na pintura, veja as várias versões da famosa pintura de 
Leonardo da Vinci, Mona Lisa: 
 
 Mona Lisa, Leonardo da Vinci. Óleo sobre tela, 1503. 
 
 Mona Lisa, de Marcel Duchamp, 1919. 
 
 Mona Lisa, Fernando Botero, 1978. 
 
 Mona Lisa, propaganda publicitária. 
 Vocês viram que interessante? Como já enfatizamos, todo texto, seja ele literário 
ou não, é oriundo de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se 
refere a assuntos abordados em outros textos são exemplos de 
intertextualização. A intertextualidade é, então, esse diálogo que se 
estabelece entre os textos e nós, na qualidade de professores em formação 
podemos apontar esse caminho para o aluno. Então, é só colocar em prática! 
 Síntese 
 Nessa web aula iniciamos discutindo o processo de comunicação, estudamos os 
elementos desse processo e, sobretudo, a importância da interação para que o 
outro possa compreender nossas enunciações. Dialogamos, ainda, sobre as 
concepções de linguagem, pois somos professores em constante formação e é 
necessário que tenhamos clareza sobre a importância da concepção interacionista 
para que nossa prática pedagógica contemple a teoria abordada. 
 Ao versarmos sobre texto, ressaltamos a relevância do mesmo ser lido 
considerando alguns fatores, como o contexto no qual ele está inserido, o 
momento sócio-histórico-cultural que o mesmo foi produzido, pois esses 
elementos influenciam na produção de sentidos do texto 
 Outro enfoque dado diz respeito às relações intertextuais, ou seja, o diálogo que o 
texto faz com outros textos, bem como admitimos a presença da polifonia, isto é, 
em nossas enunciações estão presentes outras vozes o que comprova que o 
discurso não é neutro, tampouco somos seus autores, no sentido literal, pois em 
nosso discurso ressoam outras vozes, ditas em outro tempo e espaço, lembrando 
que apesar de não ser uma enunciação inédita, pois alguém já enunciou antes, 
por um lado é única, pois nunca um enunciado será dito no mesmo momento, no 
mesmo tempo e no mesmo espaço, mesmo quando enunciado pela mesma pessoa 
o contexto será outro, e isso deve ser observado.

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