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RESUMO

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CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não cumulativas. 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que trata o § 2º; 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; 
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União.
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal,
o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Seção III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.    
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado.     
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada.
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. 
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
Seção IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 203. A assistência social será prestada
a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
Evolução histórica da seguridade social
Origem do Direito Previdenciário
O Direito Previdenciário é fruto da revolução industrial e do desenvolvimento da sociedade humana, principalmente em decorrência dos inúmeros acidentes de trabalho que dizimavam os trabalhadores.
Para combater a indigência, foram desenvolvidos modelos de proteção individual e social:
* beneficência;
* assistência pública;
* socorro mútuo;
* seguro social; 
* seguridade social.
Evolução da Proteção Social no Mundo
- Roma: a família romana tinha a obrigação de prestar assistência aos servos e clientes. O pater familias era quem administrava e controlava tal sistema.
- Inglaterra: século XVII, 1601, Lei dos Pobres – primeira lei sobre assistência social.
- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – 1789 – previa um modelo de proteção social de caráter público e contributivo (parágrafos XII e XIII).
- Prússia (atual Alemanha): primeiro sistema de seguro social, com caráter nitidamente político, idealizado por Otto Von Bismarck, sendo implantado gradativamente entre os anos de 1883 e 1911. Em 1911, as leis de proteção social foram compiladas com o surgimento do Código de Seguro Social alemão. 
- 1883 – Alemanha – Lei do seguro doença.
- 1884 – Alemanha – Lei do acidente do trabalho.
- 1889 – Alemanha – Lei do seguro invalidez e idade.
- 1891 – Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII – estabelece um conjunto de princípios orientadores para operários e patrões.
- 1897 – Inglaterra – “Workman’s Compensation Act” – seguro obrigatório contra acidente do trabalho.
- 1908 – Inglaterra – “Old Age Pensions” – lei que concedia pensão aos maiores de 70 anos, independente de contribuições.
- 1911 – Inglaterra – “National Insurance Act” – criação do sistema de proteção social com caráter contributivo obrigatório, com tríplice custeio.
- 1917 – México – art. 123 da Constituição, que previa o seguro social.
- 1919 – Criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – organização que tem por finalidade atuar no âmbito de todos os países em sentido geral.
- Constituição alemã de Weimar – 11/08/1919 – determinava ao Estado prover a subsistência dos cidadãos caso não pudesse proporcionar-lhes a oportunidade de acesso ao trabalho.
- 1935 – Estados Unidos – “Social Security Act” – Presidente Roosevelt - criava a seguridade social. 
- 1942/44 – Lorde William Henry Beveridge – criou projeto inglês que visava a proteção do berço ao túmulo, com adoção da idéia de seguridade social (assistência social, saúde e previdência).
- 1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos – arts. 22, 25 e 28 – destaca o direito à segurança social.
- 1952 – Convenção nº 102 da OIT – sobre norma mínima para seguridade. 
Evolução da Proteção Social no Brasil: Assistência Social e Previdência do Estado
- 1543: fundação da Casa de Misericórdia de Santos, por Brás Cubas, visando à entrega das prestações assistenciais. Criado, paralelamente, plano de pensão para seus empregados, sendo estendido às Santas Casas de Misericórdia do Rio de Janeiro e de Salvador, abrangendo ainda os empregados das Ordens Terceiras e outras que mantinham hospitais, asilos, orfanatos e casas de amparo a seus associados e também para os desvalidos.
- 1793: o príncipe Regente D. João VI aprova o Plano dos Oficiais da Marinha, que assegurava pagamento de pensão de meio soldo às viúvas e filhas dos oficiais falecidos.
- 1824: Constituição Imperial que assegurava socorros públicos (assistência à população carente). Não teve aplicação prática, servindo no plano filosófico para remediar a miséria criada pelo dogma da liberdade e da igualdade.
- 1835: em 10 de janeiro, é expedido decreto que aprovou os Estatutos do Montepio da Economia dos Servidores do Estado (MONGERAL), importante entidade de previdência privada.
- 1888: Lei nº 3.397, que trata das despesas gerais da Monarquia para o exercício subsequente e prevê a criação de uma caixa de socorros para os trabalhadores das estradas de ferro de propriedade do Estado.
- 1889: após a Proclamação da República, inicia-se um movimento de estabelecimento de proteção associativa a vários segmentos da sociedade brasileira, vindo a surgir: 
* Decreto nº 9.212/1889: o Montepio obrigatório para os empregados dos Correios;
* Decreto nº 10.269/1889: a Caixa de Pensões dos Operários da imprensa nacional, que criava o Fundo Especial de Pensões para os trabalhadores das oficinas da Imprensa Régia;
- 1890: Decreto nº 221, de 26 de fevereiro, que dispõe sobre a aposentadoria aos trabalhadores da Estrada de Ferro Central do Brasil, estendida em 17 de maio a todos os ferroviários do país pelo Decreto nº 405.
- 1890: Decreto nº 942-A, que cria o Montepio obrigatório dos empregados do Ministério da Fazenda.
- 1891: Com a promulgação da primeira Constituição Federal republicana, estabeleceu-se a garantia da concessão de aposentadoria por invalidez aos funcionários a serviço da nação no seu art. 75, bem como socorros públicos explicitando as calamidades cobertas.
- 1919: Lei nº 3.724 – Lei do Acidente do Trabalho, consagrando a responsabilidade objetiva do empregador, independente de culpa ou dolo, sendo obrigado, em virtude disto, a indenizar o empregado.
- 1922: Decreto nº 15.674, que criava a caixa de Pensões dos Empregados jornaleiros da Estrada de Ferro Central do Brasil 
Previdência Social (Seguro Social)
- 1923: Lei Elói Chaves – Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro, determinava a criação de Caixas de Aposentadoria e Pensões para os empregados ferroviários. Visava a amparar o trabalhador contra os riscos, doença, velhice, invalidez e morte. Concedia ainda o direito de estabilidade aos ferroviários. Cada Caixa de Pensões funcionava segundo normas regimentais próprias, sendo esta distorção sanada em definitivo com a edição da LOPS (Lei Orgânica da Previdência Social), em 1960.
- 1923: criado o Conselho Nacional do Trabalho através do Decreto nº 16.027 que, além das questões trabalhistas, tinha a seu cargo a previdência social, cujo controle lhe competia, inclusive, como órgão de recursos das decisões das caixas.
A Lei Elói Chaves foi ampliada pelo Decreto Legislativo nº 5.109, de 20 de dezembro de 1926, que estendeu os benefícios das Caixas às empresas de navegação marítima e fluvial e às de exploração de portos. O Decreto Legislativo nº 20.465, de 1 de outubro
de 1931, estendeu a todas as classes de empregados em serviço público a proteção previdenciária, bem como assegurou estabilidade no emprego, desde que contasse com mais de 10 anos de serviço.
Fases da Evolução Histórica da Previdência Social
a) da formação: de 1883 a 1918;
b) da universalização: de 1919 até o advento da 2ª Guerra Mundial;
c) da consolidação: ocorreu em meio à 2ª Guerra Mundial até o meio da década de 70;
d) da reformulação: tem início no final da década de 70 (século XX) com a gradativa implantação do conceito de Estado mínimo.
Períodos da Seguridade Social no Brasil
a) período da implantação ou de formação;
b) período de expansão;
c) período da unificação;
d) período da reestruturação;
e) período da seguridade social.
Fontes da seguridade social
Fontes do Direito Previdenciário Brasileiro
A fonte normativa do direito da seguridade social é a norma jurídica. Podemos dividir as fontes em principais e subsidiárias.
As fontes principais estão elencadas no art. 59 da CF, e as fontes subsidiárias encontram-se nos artigos 84, inciso IV, e 87, inciso II, da CF.
- Fontes Principais:
a) Constituição Federal; 	
b) Emenda Constitucional;	
c) Lei Complementar;	
d) Lei Ordinária; 		
e) Lei Delegada;
f) Medida Provisória;
g) Decretos Legislativos;
h) Resoluções.
- Fontes subsidiárias indiretas ou Atos Administrativos Normativos:
a) Decreto Regulamentar;
b) Decretos Autônomos;
c) Instruções;
d) Atos Normativos Administrativos no Âmbito da Previdência Social;
e) Orientação Normativa;
f) Circular.
- A Jurisprudência como Fonte do Direito Previdenciário.
Princípios da seguridade social
Princípios Doutrinários de Direito Previdenciário:
a) Obrigatoriedade de filiação;
b) Da solidariedade ou da compensação nacional;
c) Da unicidade das prestações;
d) Da compreensibilidade;
e) Da automaticidade das prestações;
f) Da imprescritibilidade do direito ao benefício;
g) Da expansividade social;
h) In dubio pro operario. 
Princípios e Regras Constitucionais:
- Universalidade de Cobertura e do Atendimento;
- Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais;
- Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços;
- Irredutibilidade do Valor dos Benefícios;
- Equidade na Forma de Participação no Custeio;
- Diversidade da Base de Financiamento;
- Caráter Democrático e Descentralizado da Gestão do Sistema;
- Regra da Contrapartida ou da precedência de custeio;
- Regra Nonagesimal ou da Trimestralidade na Cobrança das Contribuições Previdenciárias.
Regimes previdenciários
A Previdência Social compreende o Regime Geral de Previdência Social, que garante os riscos e as contingências previstas no art. 1º da Lei nº 8.213/91: incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares, prisão e morte dos beneficiários e daqueles de quem dependiam economicamente.
O Regime Geral da Previdência Social é aquele previsto nas Leis 8.212/91 e 8.213/91. É formado pelos segurados obrigatórios e facultativos.
Além do Regime Geral, temos alguns regimes especiais, a saber:
* Regime Jurídico Único;
* Regime dos Militares;
* Regimes de Previdência Estadual e Municipal;
* Previdência Complementar Privada.
Previdência Privada - art. 202 da CF.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
Características da Previdência Privada:
* Bilateralidade;				
* Onerosidade;		
* Solenidade;
* De máxima boa-fé;
* De adesão.
Elementos da relação jurídica de Previdência Privada
Os sujeitos da relação jurídica de previdência privada são: 
* as entidades de previdência complementar – abertas ou fechadas;
* os participantes;
* os beneficiários;
* os assistidos;
* os patrocinadores;
* os instituidores;
* o Estado.
A previdência privada é operada por entidades abertas ou fechadas. Ambas as formas têm como objetivo instituir e executar planos de benefícios de caráter previdenciário.
Com a EC nº 20 e a LC nº 109/01, cabe ao Estado apenas regrar, fiscalizar e, quando for o caso, intervir nas entidades que operam para a previdência privada.
Tipos de planos previdenciários:
* Plano de benefício definido (BD);
* Plano de contribuição definida (CD);
* Plano misto.
Regime Militar
Regula as pensões dos militares; são cobertos pelo plano de benefícios inserido no estatuto dos Militares.
Para os servidores militares, considera-se tempo de serviço para efeito de aposentadoria o período que se inicia com a incorporação do convocado ou voluntário em uma organização militar.
Regime Especial dos Parlamentares
A Lei nº 9.506/97 criou o Plano de Seguridade dos Congressistas (PSSC), que prevê que os parlamentares, para se aposentarem, deverão ter pelo menos 35 anos de exercício de mandato e 60 anos de idade, ou ter 35 anos de contribuição aos sistemas previdenciários existentes e 60 anos de idade.
Benefícios – conceitos básicos da relação
Beneficiários da Previdência
Beneficiário é toda pessoa protegida pelo sistema previdenciário, seja na qualidade de segurado ou dependente.
Os segurados podem ser:
* obrigatórios;
* facultativos.
Os dependentes previdenciários são aqueles que mantêm vínculo de dependência jurídico e/ou econômico com os segurados da previdência social.
- Lei nº 8.213/91, arts. 11, 13 e 16.
- A perda da qualidade de dependente: Decreto nº 6.939/09, e Lei nº 8.213/91.
Filiação e inscrição dos segurados
Filiação é a relação jurídica estabelecida entre o segurado e o órgão previdenciário, decorrendo deste vínculo direitos e obrigações entre o segurado e a entidade gestora da previdência social.
Inscrição é o ato material de filiação promovido pelo segurado, que ocorre com o cadastro no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação de dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à sua caracterização.
Da Manutenção e da Perda da Qualidade de Segurado
- Período de Graça: Lei nº 8.213/91, art. 15. 
Período de Carência
Carência é o pré-requisito legal para acesso às prestações previdenciárias.
- Lei nº 8.213/91, arts. 24, 25, 26, 142 e 143.
- Lei nº 11.718/08, arts. 2º e 3º.
Renda Mensal do Benefício
A renda mensal do benefício é o valor pecuniário final a ser pago pela previdência social, que corresponde ao salário de benefício multiplicado pelo percentual legal a ser aplicado aos benefícios.
Percentuais aplicáveis aos benefícios
	Auxílio-doença
	91% do salário de benefício
	Aposentadoria por invalidez
	100% do salário de benefício
	Aposentadoria por idade
	70% + 1% por grupo de 12 contribuições mensais até o máximo de 100% do salário de benefício
	Aposentadoria especial
	100% do salário de benefício
	Aposentadoria por tempo de contribuição integral
	100% do salário de benefício
	Aposentadoria por tempo de contribuição proporcional
	70% + 5% para cada ano de contribuição
	Auxílio-acidente
	50% do salário de benefício 
	Pensão por morte
	100% do salário de benefício 
	Auxílio-reclusão
	100% do salário de benefício 
Salário de Benefício 
Visando a adequação do sistema com a mudança do conceito do salário de benefício, foi criada regra de transição prescrita no art. 3º da Lei nº 9.876/99 e a regra geral (art. 29 da Lei nº 8.213/91).
O salário de benefício é o valor básico utilizado para definir a renda mensal dos benefícios, inclusive dos regidos por normas especiais. Na realidade, não é nem salário, nem benefício; é apenas uma etapa da apuração do valor da renda mensal do benefício.
Consiste o salário de benefício na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondente a 80% de todo o período contributivo.
A aplicação do fator previdenciário será obrigatória para a aposentadoria por tempo de contribuição e facultativa para a aposentadoria por idade (art. 7º
da Lei nº 9.876/99).
A nova regra do art. 29 da Lei nº 8.213/91 somente será aplicada integralmente ao segurado filiado à previdência social após a data da publicação da Lei nº 9.876/99.
P.B.C. – Período Básico de Cálculo
Período básico de cálculo é o que será considerado para a média dos salários de contribuição, cujo valor resultará no salário de benefício do segurado.
O PBC, antes da Lei nº 9.876/99 aplicada até 28/11/99, correspondia aos 36 meses anteriores à data da entrada do requerimento, podendo retroagir até o máximo de 48 meses anteriores.
A partir da Lei nº 9.876/99, passamos a ter duas regras: uma de transição (aplicável aos segurados já vinculados ao sistema antes da edição deste estatuto legal), e outra geral (aplicável aos segurados que se vincularam ao sistema a partir deste estatuto legal).
Regra de Transição: para o segurado filiado à previdência social antes da Lei nº 9.876/99 que vier a cumprir os requisitos legais para a concessão dos benefícios do regime geral, será considerado no cálculo do salário de benefício a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a, no mínimo, 80% de todo o período contributivo decorrido desde a competência de julho de 1994 até a data da entrada do requerimento.
Regra Geral: para segurados inscritos depois da Lei nº 9.876/99, considerar-se-ão no período básico de cálculo todos os salários de contribuição, desde o momento da vinculação ao sistema até o momento da entrada do requerimento, considerando-se para efeito de salário de benefício a média aritmética simples correspondente aos 80% dos maiores salários de contribuição.
Por força da edição do Decreto nº 6.939/09, agora, em todas as situações nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, o salário de benefício consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo decorrido, desde a competência julho/94 até a data do início do benefício. Essa regra vale apenas para benefícios concedidos a partir de 20/08/2009.
Para fins do cálculo do salário de benefício, o INSS utilizará as informações sobre as remunerações dos segurados constantes do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), por força do art. 29-A da Lei nº 8.213/91, acrescentado pela Lei nº 10.403/02.
Fator Previdenciário
Fator Previdenciário é uma fórmula atuarial utilizada obrigatoriamente para o cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição e de forma facultativa para a aposentadoria por idade.
Foi introduzido pela Lei nº 9.876/99. A inserção desta nova fórmula de cálculo vem regulamentar a previsão do art. 201 da CF. O fator previdenciário fundamenta-se no princípio da preservação do equilíbrio financeiro e atuarial esculpido na EC 20/98.
O Fator Previdenciário será calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, de acordo com a seguinte fórmula:
f: Tc x a / Es x [1 + (id + Tc x a / 100)]
Onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. Este valor surge da seguinte justificativa: 20% é a contribuição patronal + 11% (alíquota máxima do empregado = 31% /100 = 0,31).
O elemento Es é calculado pelo IBGE a partir da tabela completa de mortalidade, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos. A expectativa de vida do brasileiro divulgada pelo IBGE em 1º de dezembro de 2009 é de 72,9 anos.
* Art. 29, § 9º, da Lei n. 8.213/91.
O fator previdenciário é uma regra auto-aplicável que somente adquirirá aplicação plena em 2029.
A regra de transição já não opera efeitos, posto que tinha duração predeterminada, e o decurso temporal já decorreu em novembro de 2004.
Das Prestações em Geral
a) Prestações Previdenciárias: Benefícios e Serviços
As prestações previdenciárias são os meios pelos quais se procura obter a reparação do dano emergente e do lucro cessante, e são expressas em benefícios e serviços.
Benefícios são os valores pagos em dinheiro aos segurados e dependentes.
Serviços são prestações de assistência e amparo dispensadas pela Previdência Social aos beneficiários em geral.
Quanto aos segurados, as prestações são as seguintes: aposentadoria por invalidez; aposentadoria por idade; aposentadoria por tempo de contribuição; aposentadoria especial; auxílio-doença; salário-família; salário-maternidade; e auxílio-acidente.
Quanto aos dependentes, as prestações são: pensão por morte e auxílio-reclusão.
Quanto aos segurados e dependentes, temos os seguintes serviços: reabilitação profissional e serviço social.
Quanto à duração, os benefícios são classificados em:
* benefícios de prestação continuada, de trato continuado ou periódicos (art. 28 da Lei nº 8.213/91);
* benefícios de pagamento único ou instantâneos.
b) Acumulação de Benefícios
O art. 124 da Lei nº 8.213/91 e o art. 167 do Decreto nº 3.048/99 estabelecem que, salvo direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social:
I – aposentadoria e auxílio-doença;
II – mais de uma aposentadoria (exceto com data de início de benefício anterior a janeiro de 1967);
III – aposentadoria e abono de permanência em serviço (extinto pela Lei nº 8.807/94);
IV – salário-maternidade e auxílio-doença;
V – mais de um auxílio-acidente (acrescentado pela Lei nº 9.032/95); 
VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvada a opção pela mais vantajosa (acrescentado pela Lei nº 9.032/95);
Parágrafo único: É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão ou auxílio-acidente.
A Lei nº 9.528/97 alterou a redação do § 1º do art. 86 da Lei nº 8.213/91 para retirar a natureza vitalícia do auxílio-acidente. No § 20 encontramos a vedação da acumulação de auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.
Regras de Proteção dos Benefícios Previdenciários
As prestações previdenciárias, enquanto direito público subjetivo, são dotadas de garantias em face de suas características principais, que são a indisponibilidade, a intransmissibilidade, a irrenunciabilidade e a impenhorabilidade. Isto porque não são estabelecidas exclusivamente no interesse individual, mas em função do bem de todos.
- Arts. 109, 114 e 115 da Lei nº 8.213/91.
Aposentadoria por tempo de serviço
Trata-se de benefício substituidor do salário, de pagamento continuado, definitivo e não reeditável, na modalidade integral devido aos segurados, sendo mulher com 30 anos e homem com 35 anos de contribuição. Na modalidade proporcional, 30 anos de contribuição para o homem e 25 anos para a mulher.
- Arts. 40, III, “a” a “c”, e 201 da CF.
- EC nº 20/1998 – mudou completamente o critério utilizado para esse tipo de aposentadoria, adotando o critério de tempo de contribuição para a concessão do benefício. 	
- Decreto nº 3.048/99, art. 60.
Para os inscritos até 15/12/1998, é necessário o atingimento da idade mínima de 53 anos para os homens e 48 anos para as mulheres. Requisito etário atualmente exigido somente para aposentadoria por tempo de contribuição proporcional.
- Contribuição adicional (“pedágio”) na proporção de 20% do tempo que faltava para a aposentadoria integral na data da EC nº 20, e de 40% do tempo que faltava para a aposentadoria proporcional na data da EC nº 20 (o período de contribuição adicional hoje é exigido para aposentadoria por tempo de contribuição proporcional).
Critério quantitativo:
* Base de cálculo: salário de benefício; 
* Alíquota: 100% do salário de benefício para a aposentadoria integral multiplicado pelo fator previdenciário.
* Fator previdenciário: Lei nº 9.876/99.
Aposentadoria por idade
- Denominação e Risco Coberto: arts. 48 a 51 da Lei nº 8.213/91.
Carência: 
* 180 contribuições mensais para os segurados
que se filiaram ao sistema previdenciário após a edição da Lei nº 8.213/91;
* para os segurados já vinculados ao sistema previdenciário até 24/07/91, aplica-se a tabela de transição prevista no art. 142 da Lei nº 8.213/91.
Critério material: completar a idade prevista na lei:
* trabalhadores urbanos: 65 anos para homens e 60 anos para mulheres;
* trabalhadores rurais: 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.
Critério quantitativo:
* Base de cálculo: salário de benefício; 
* Alíquota: 70% + 1% para cada grupo de 12 contribuições até 100% do salário de benefício.
Aposentadoria por invalidez
- Risco Protegido – arts. 42 a 47 da Lei nº 8.213/91.
A invalidez previdenciária, segundo nosso ordenamento (art. 42 da Lei nº 8.213/91) adota o critério da possibilidade de ganhar a vida, isto é, a incapacidade não é avaliada somente em relação à atividade anteriormente exercida pelo segurado, mas sim em relação a qualquer outra atividade que lhe possa garantir a subsistência.
Como todo benefício que tem como evento determinante a incapacidade, há necessidade de sua comprovação através de exame médico-pericial, levado a efeito por perito oficial.
A aposentadoria por invalidez refere-se à incapacidade total e permanente.
A aposentadoria por invalidez não é definitiva, porém a incapacidade instalada há de ser permanente.
Tem natureza de direito público subjetivo como toda e qualquer prestação de seguridade social, de trato sucessivo, decorrente de risco biológico imprevisível, embora tenha a característica de poder ser cessada a qualquer tempo, caso se constate a recuperação da capacidade para o trabalho.
A lei veda a proteção previdenciária ao segurado que ingressa no sistema já incapacitado, porém lhe concede proteção nos casos da existência da doença ou lesão preexistente à filiação, desde que a incapacidade tenha sobrevindo por motivo de progressão ou agravamento dessa doença.
Carência:
* 12 contribuições mensais para invalidez comum;
* isenta de carência no caso de aposentadoria por invalidez acidentária de trabalho ou de qualquer natureza ou causa.
A aposentadoria por invalidez pode ser:
* comum (decorrente de um evento genérico);
* acidentária (decorrente de acidente do trabalho);
* acidentária de qualquer natureza.
A invalidez pode ser física ou mental.
A aposentadoria por invalidez se extingue com:
* a morte;
* o retorno à atividade voluntariamente;
* a recuperação total ou parcial;
* o abandono ou recusa do tratamento de reabilitação.
Critério quantitativo:
* Base de cálculo: salário de benefício;
* Alíquota: 100% do salário de benefício. 
Grande invalidez: é a incapacidade total e permanente de tal proporção que acarreta a necessidade permanente do auxílio de terceiros para o desenvolvimento das atividades cotidianas, em virtude da amplitude da perda da autonomia física, motora ou mental que impede a pessoa de realizar os atos diários mais simples.
A verificação da grande invalidez pela perícia médica oficial do INSS implica na concessão de um adicional de 25% do valor do benefício. Esse adicional tem natureza pessoal e intransferível, não sendo incorporado para efeito de pensão por morte.
Situações que configuram grande invalidez: Decreto nº 3.048/99, Anexo I.
A suspensão da aposentadoria por invalidez ocorrerá por motivo de recusa:
* de exame médico-pericial;
* de processo de reabilitação profissional;
* de tratamento gratuito, não cirúrgico ou que não dependa de transfusão sanguínea.
Fontes do Direito Previdenciário:
- Constituição Federal – a partir do artigo 195;
- Lei nº 8.212/91;
- Lei nº 8.213/91.
- Decreto nº 3.048/99 – regulamentou as normas acima.
Financiamento da seguridade social – artigo 195, incisos I a III, CF.
Formas – Lei nº 8.212/91:
- Direta – contribuições sociais – artigo 195, I, CF.
- Indireta – recursos orçamentários – plano de custeio – artigo 11 da Lei acima.
Imunidades:
– aposentadorias, pensões – artigo 195, II, CF.
– entidades beneficentes de assistência social – art. 197, § 7º, CF.
– receitas decorrentes de exportação – anterioridade de 90 dias – art. 195, § 6º, CF.
Regimes previdenciários:
- regimes públicos – artigo 201 da CF:
– regime Geral da Previdência Social (RGPS);
– regime próprio dos servidores públicos civis;
– regime próprio dos servidores públicos militares;
- regime privado – artigo 202 da CF – previdência complementar.
Regime Geral da Previdência Social:
- caráter obrigatório aos segurados da iniciativa privada.
- vedação de adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão do benefício. Exceção: artigo 201, § 1º, CF.
- renda mensal nunca inferior ao salário mínimo – artigo 201, § 2º, CF.
- correção – cálculo da renda mensal – artigo 201, § 3º, CF.
- preservação do valor real dos benefícios – artigo 201, § 4º, CF.
- gratificação natalina para aposentados e pensionistas – artigo 201, § 6º, CF.
- contagem recíproca – Lei nº 9.796/99.
- cobertura do risco de acidente de trabalho – artigo 201, § 10, CF.
- incorporação dos ganhos habituais dos empregados – artigo 201, § 11, CF.
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
A universalidade da cobertura significa quais os riscos sociais, e toda e qualquer situação de vida que possa levar ao estado de necessidade deve ser amparada pela Seguridade, tais como maternidade, velhice, doença, acidente, invalidez, reclusão e morte. No entanto, os recursos são limitados, devendo o legislador optar.
Já a universalidade do atendimento diz respeito à proteção dos titulares: todos os residentes do território nacional, isto é, todas as pessoas indistintamente deverão ser acolhidas pela Seguridade Social.
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
Equivale dizer que as mesmas contingências (morte, velhice, maternidade, etc.) serão cobertas tanto para os trabalhadores urbanos como para os rurais. Além disso, deverão possuir o mesmo valor econômico. Observe que este princípio da Seguridade Social coaduna-se com o disposto no artigo 7º da CF/88, que garante direitos sociais idênticos aos trabalhadores urbanos e rurais.
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
Esse princípio apregoa que nem todos os segurados terão direito a todas as prestações que o sistema pode fornecer. Por exemplo, os benefícios salário-família e auxílio-reclusão só serão pagos àqueles segurados que tenham renda mensal inferior a determinado valor.
O sistema objetiva distribuir renda, principalmente para as pessoas de baixa renda, tendo, portanto, caráter social.
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
O artigo 201, § 4º, da CF/88 assegura o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios a serem definidos em lei.
É um princípio típico da previdência, visando à garantia jurídica do segurado. Do momento que ele recebe o benefício, o segurado se fixa em um patamar econômico. A cada período que há o reajuste do salário mínimo, os benefícios também são reajustados, de acordo com o INPC. O peso do benefício previdenciário é o salário mínimo. A Constituição garante a manutenção do poder de compra, por isso os benefícios recebem correção com índice inflacionário.
V - equidade na forma de participação no custeio;
Este princípio, resumidamente, expressa que cada um contribuirá para a seguridade social na proporção de sua capacidade contributiva.
Observa-se, entretanto, que ele é específico para a Previdência Social, uma vez que é o único sistema contributivo.
As contribuições para a previdência social são vertidas conforme
a renda do segurado. Quanto maior a renda, maior a alíquota, e, consequentemente, maior a contribuição.
Em respeito ao princípio da isonomia, em tese não se admite tratamento diferenciado aos segurados enquadrados na mesma situação fática.
VI - diversidade da base de financiamento;
O Princípio da Diversidade da Base de Financiamento, previsto no parágrafo único do artigo 194 da CF, significa que a Seguridade Social deve ser sustentada por toda a sociedade, e por intermédio de variadas formas de contribuição. Tal objetivo é cumprido pela própria Constituição, em seu artigo 195, enumerando vasta lista de contribuições, com distintas bases de incidência.
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Caráter Democrático e Descentralizado da Administração significa que cabe não somente ao Governo o gerenciamento da seguridade, mas também aos aposentados, trabalhadores e empregadores. Este gerenciamento, ao se tornar descentralizado, também se torna democrático, pois permite a todos os interessados um maior controle. Na prática, este princípio tem grande atuação, pois prevê que qualquer órgão criado para discussão de questões previdenciárias seja formado por trabalhadores e empregadores.
LEI Nº 8.212/91
LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL
TÍTULO I
CONCEITUAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Art. 1º. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
a) universalidade da cobertura e do atendimento;
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
d) irredutibilidade do valor dos benefícios;
e) equidade na forma de participação no custeio;
f) diversidade da base de financiamento;
g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
LEI Nº 8.213/91
TÍTULO I
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
        Art. 1º. A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
        Art. 2º. A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:
        I - universalidade de participação nos planos previdenciários;
        II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
        III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;
        IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários de contribuição corrigidos monetariamente;
        V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo;
        VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário de contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo;
        VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;
        VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e aposentados.
        Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e municipal.
A aposentadoria por tempo de serviço, existente em período anterior à EC nº 20, de 16 de dezembro de 1998, foi substituída pela atual aposentadoria por de tempo de contribuição. A exceção de contagens de tempo fictícias, como licenças contadas em dobro, todo o tempo de serviço está sendo utilizado como tempo de contribuição, até que seja editada lei específica sobre o assunto. Alguns requisitos dessa aposentadoria são: 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher. Há redução de 05 (cinco) anos para professor (a) que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio.
A comprovação da condição de professor é feita, mediante a apresentação: do diploma registrado nos órgãos competentes ou outro documento que comprove sua habilitação no magistério; Dos registros na CTPS complementados por declaração do estabelecimento de ensino.
O magistério é a atividade docente do professor exercida exclusivamente em sala de aula, existem precedentes no STF que consideram a função de especialista em educação e do orientador educacional como funções de magistério.
Não há limite de idade para a aposentadoria por tempo de contribuição. Foi criada uma regra temporária referente à aposentadoria por tempo de contribuição, com idade menor (65 anos para o homem e 60 nos para a mulher). Mas como a regra definitiva não comporta limite de idade e sendo possível a opção pela nova regra, a regra transitória virou letra morta.
Já a aposentadoria proporcional deixou de existir. Só será solicitada pelos segurados do RGPS em período anterior a 16 de dezembro de 1998 atendendo a algumas regras transitórias.
A aposentadoria por tempo de contribuição também exige carência de 180 contribuições mensais. Considera-se tempo de contribuição, o tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos, como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade.
O segurado especial não se aposenta por tempo de contribuição, salvo na qualidade de contribuinte individual.
A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida (180 meses), completar 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se mulher. Não há exigência de idade mínima para a concessão do benefício.
Para o professor ou professora que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na Educação Infantil, no Ensino Médio ou Fundamental, há redução de 5 anos do tempo exigido.
Importante esclarecer que a denominação "tempo de serviço" foi alterada, a partir de 15/12/98 para "tempo de contribuição". O objetivo desta alteração foi adotar o aspecto contributivo no regime previdenciário, ou seja, computar, para fins de aposentadoria, apenas o tempo em que o segurado efetivamente contribuiu para a previdência social, proibindo, assim, a contagem de tempo ficto.
E quanto à aposentadoria proporcional que deixou de existir a partir de 16/12/98, somente poderá ser requerida pelos segurados filiados ao RGPS antes dessa data, dede que atendam aos requisitos das regras transitórias.
Data de início do benefício
A todo segurado empregado (inclusive o doméstico) a data de início do benefício será a partir da data do desligamento do emprego (quando requerida até esta data ou até 90 dias depois) ou da data do requerimento (quando não houver desligamento do emprego ou quando solicitada após 90 dias). Para os demais segurados será a data da entrada de solicitação do benefício.
Para ambos, os requisitos da carência e do tempo de contribuição devem ter sido preenchidos.
A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão deste benefício, a partir da vigência da Lei nº 10.666/2003.
Renda mensal inicial
O valor mensal da aposentadoria por tempo de contribuição corresponderá a 100% do salário de benefício. Esse é calculado pela média aritmética simples dos maiores salários de contribuição,
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo, devidamente atualizados, e multiplicados pelo fator previdenciário.
Importante observar que, no caso dos segurados filiados ao RGPS (até 28/11/99), ou seja, antes da publicação da Lei n. 9.876, de 29 de novembro de 1999, somente serão considerados na média aritmética para fins do cálculo acima, os salários de contribuição a partir da competência de julho de 1994.
O fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida (obtida através da tábua completa de mortalidade construída pelo IBGE) e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar.
Assim, quando o segurado do sexo masculino se aposenta por tempo de contribuição e tem menos de 60 anos, o valor da sua aposentadoria sofrerá redução significativa em razão da aplicação do fator previdenciário.
Importante observar que para o cálculo do fator previdenciário das mulheres e dos professores do sexo masculino deve-se acrescentar 5 anos, e 10 anos para as professoras.
Importante observar também que o valor mensal do benefício não poderá ser inferior ao salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário de contribuição.
O que é considerado como tempo de contribuição?
O artigo 60 do Regulamento da Previdência Social (Decreto nº 3.048/99) elenca 21 casos, entre outros, em que é contado o tempo de contribuição. São eles:
I - o período de exercício de atividade remunerada abrangida pela previdência social urbana e rural, ainda que anterior à sua instituição, respeitado o disposto no inciso XVII;
II - o período de contribuição efetuada por segurado depois de ter deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava como segurado obrigatório da previdência social;
III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade; (este interregno só será computado se entre períodos de atividade, ou seja, intercalado)
IV - o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de Previdência Social, nas seguintes condições:
a) obrigatório ou voluntário; e
b) alternativo, assim considerado o atribuído pelas Forças Armadas àqueles que, após alistamento, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter militar;
V - o período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade;
VI - o período de contribuição efetuada como segurado facultativo;
VII - o período de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em virtude de motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, institucional ou complementar, ou abrangido pelo Decreto Legislativo nº 18, de 15 de dezembro de 1961, pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro de 1969, ou que, em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988;
VIII - o tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, inclusive o prestado a autarquia ou a sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841, de 15 de dezembro de 1960, desde que a respectiva certidão tenha sido requerida na entidade para a qual o serviço foi prestado até 30 de setembro de 1975, véspera do início da vigência da Lei nº 6.226, de 14 de junho de 1975;
IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não;
X - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de 1991;
XI - o tempo de exercício de mandato classista junto a órgão de deliberação coletiva em que, nessa qualidade, tenha havido contribuição para a previdência social;
XII - o tempo de serviço público prestado à administração federal direta e autarquias federais, bem como às estaduais, do Distrito Federal e municipais, quando aplicada a legislação que autorizou a contagem recíproca de tempo de contribuição;
XIII - o período de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições;
XIV - o período em que o segurado tenha sido colocado pela empresa em disponibilidade remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições;
XV - o tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às escrivanias judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelos cofres públicos e que a atividade não estivesse à época vinculada a regime próprio de previdência social;
XVI - o tempo de atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à vigência da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, desde que indenizado conforme o disposto no art. 122;
XVII - o período de atividade na condição de empregador rural, desde que comprovado o recolhimento de contribuições na forma da Lei nº 6.260, de 6 de novembro de 1975, com indenização do período anterior, conforme o disposto no art. 122;
XVIII - o período de atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira no exterior, amparados pela Lei nº 8.745, de 1993, anteriormente a 1º de janeiro de 1994, desde que sua situação previdenciária esteja regularizada junto ao Instituto Nacional do Seguro Social;
XIX - o tempo de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha havido contribuição em época própria e não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social;
XX - o tempo de trabalho em que o segurado esteve exposto a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, observado o disposto nos arts. 64 a 70; e
XXI - o tempo de contribuição efetuado pelo servidor público de que tratam as alíneas "i", "j" e "l" do inciso I do caput do art. 9º e o § 2º do art. 26,com base nos arts. 8º e 9º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 2º da Lei nº 8.688, de 21 de julho de 1993.
O que não é considerado como tempo de contribuição?
Não são considerados como tempo de contribuição, entre outros, os seguintes períodos:
I - correspondente ao emprego ou à atividade não vinculada ao RGPS;
II - já considerado para concessão de qualquer aposentadoria prevista no RGPS ou por outro regime de previdência social;
III - exercidos com menos de 16 anos de idade, salvo as exceções previstas em lei;
IV - em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez e não foi intercalado entre uma atividade e outra.
V - do bolsista e do estagiário que prestam serviços a empresa, de acordo com a Lei nº 6.494/77, exceto se contribuiu à época como facultativo.
Aposentadoria proporcional – regras de transição
O segurado inscrito na Previdência Social antes de 16/12/98 poderá optar pela aposentadoria proporcional, desde que cumpra as regras transitórias.
Assim, para requerer a aposentadoria proporcional, o segurado deverá ter 53 (cinquenta e três) anos de idade, se homem, e 48 (quarenta e oito) anos de idade, se mulher; e contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) 30 (trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher; e b) um pedágio, ou seja, período adicional de contribuição equivalente a 40% (quarenta por cento) do tempo que, na data da publicação da Emenda Constitucional nº 20/98 (16/12/98), faltaria para atingir o limite de tempo descrito acima;
O valor da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% (setenta por cento) do valor da aposentadoria integral, acrescido de 5% (cinco por cento) por ano de contribuição que supere o limite exigido, até o limite de 100% (cem por cento) e multiplicado pelo fator previdenciário.
Importante observar que aqueles segurados
que em 16/12/98 já tinham o tempo mínimo exigido, 25 anos, se mulher e 30 anos, se homem, terão direito à aposentadoria proporcional, sem acréscimo do pedágio. Já os segurados que se filiaram após 16/12/98 não terão direito à aposentadoria proporcional.
O aposentado que retornar ao trabalho
O aposentado por tempo de contribuição que retornar ao trabalho terá que contribuir para a Previdência Social, de acordo com a sua categoria de segurado e faixa salarial. Esses trabalhadores terão direito a salário-família, salário-maternidade  e reabilitação profissional, se for o caso. 
Importante observar que a aposentadoria por tempo de contribuição, a partir do primeiro pagamento, é irreversível e irrenunciável, ou seja, o segurado não pode desistir do benefício. 
O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria.
A comprovação do tempo de contribuição
A prova de tempo de serviço, salvo algumas peculiaridades, é feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar e mencionar as datas de início e término e, quando se tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em que foi prestado.
Assim, servem para a prova do tempo de serviço os seguintes documentos:
I - o contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional e/ou a Carteira de Trabalho e Previdência Social, a carteira de férias, a carteira sanitária, a caderneta de matrícula e a caderneta de contribuições dos extintos institutos de aposentadoria e pensões, a caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e declarações da Receita Federal; 
II - certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional, acompanhada do documento que prove o exercício da atividade;
III - contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assembléia geral e registro de firma individual;
IV - contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
V - certificado de sindicato ou órgão gestor de mão de obra que agrupa trabalhadores avulsos; 
VI - comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no caso de produtores em regime de economia familiar; 
VII - bloco de notas do produtor rural; ou
VIII - declaração de sindicato de trabalhadores rurais ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social. 
Vale mencionar que na falta de documento contemporâneo podem ser aceitos declaração do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado ou certidão de entidade oficial dos quais constem os dados previstos na legislação, desde que extraídos de registros efetivamente existentes e acessíveis à fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social.
Importa observar que se o documento apresentado pelo segurado não atender ao estabelecido neste artigo, a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que levem à convicção do fato a comprovar, inclusive mediante justificação administrativa. 
Sendo que a comprovação realizada mediante justificação administrativa ou judicial só produz efeito perante a previdência social quando baseada em início de prova material. 
Não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de comprovação de tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito.
Conversão de tempo de trabalho especial em comum
O segurado que tiver exercido atividades em condições prejudiciais à saúde ou integridade física, sem completar o prazo mínimo exigido para aposentadoria especial, poderá converter os referidos períodos em tempo de atividade comum para fins de aposentadoria por tempo de contribuição, de acordo com a seguinte tabela: 
Tempo a converter Multiplicadores 
Para 30 (mulher) Para 35 (homem)
de 15 anos 2,00 2,33
de 20 anos 1,50 1,75
de 25 anos 1,20 1,40
Para que o tempo seja considerado especial, o segurado  terá que comprovar tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente,  exercido  em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
E cumpre esclarecer que a legislação aplicável, é aquela vigente na época em que a atividade foi exercida.
Importante observar que, não é necessária a comprovação de qualquer prejuízo físico ou mental do segurado, o que tem que ser comprovada é apenas a exposição aos agentes nocivos.
Segurados que contribuem com 11% sobre o salário mínimo
O contribuinte individual que trabalha por conta própria, contanto que não tenha qualquer vínculo empregatício; o contribuinte facultativo; e o empresário ou sócio de empresa - cuja receita bruta anual, no ano-calendário anterior, seja de até R$ 36 mil, após a Lei complementar nº 123/2006, podem contribuir com 11% sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição em substituição a contribuição anterior que era de 20%.
Sendo que o segurado que contribuir com a alíquota de 11% terá direito aos mesmos benefícios assegurados aos demais contribuintes, exceto a aposentadoria por tempo de contribuição. Assim, podem obter aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão.
Vale mencionar que se o segurado sempre contribuiu sobre um salário mínimo, o valor do benefício também será de um salário mínimo. Mas se já contribuiu em períodos anteriores sobre uma remuneração maior do que o mínimo, os valores dos benefícios serão calculados com base na média dos 80% melhores salários de contribuição, desde julho de 1994.  Ou seja, o segurado, ao optar pela alíquota reduzida, não perderá os valores pagos sobre uma renda maior.
Aposentadoria dos professores
A partir da Emenda Constitucional nº 20/98 (16/12/98), tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição, o professor que comprovar, 30 anos, se homem, e 25 anos, se mulher, de  tempo de efetivo exercício em função de magistério na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. O professor universitário não tem direito à aposentadoria com redução no período de contribuição.
Antes da referida Emenda, todos os professores tinham o tempo de contribuição reduzido.
Ressalte-se que aqueles professores, inclusive universitários, que tinham implementado os requisitos para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição até 16/12/98, podem se aposentar a qualquer momento, nas condições previstas anteriormente.
Trabalhador rural
Computa-se o tempo de serviço do trabalhador rural até outubro/91, independentemente de recolhimento de contribuições, exceto para efeito de carência. A partir de  novembro/91 passou-se a exigir a contribuição dos trabalhadores rurais empregados para que possam ter direito aos benefícios previdenciários. 
Já o trabalhador rural não empregado (segurado especial) só terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição se contribuir facultativamente. 
Como requerer a aposentadoria por tempo de contribuição?
A aposentadoria por tempo de contribuição pode ser solicitada nas Agências da Previdência Social mediante o cumprimento das exigências cumulativas e a apresentação dos seguintes documentos:
Para o empregado e o desempregado: 
- Número de Identificação do Trabalhador - PIS/PASEP;
- Carteira de Identidade - RG;
- CPF (Cadastro de Pessoa Física);
- Carteira de Trabalho e Previdência Social ou outro documento que comprove contribuição para períodos anteriores a julho de 1994; 
Para o empregado doméstico:
- Número de Identificação do Trabalhador - PIS/PASEP, ou número de inscrição do contribuinte individual/empregado-doméstico; 
- Carteira de Trabalho; 
- RG; 
- CPF (Cadastro de Pessoa Física); 
- Comprovantes de Recolhimento à Previdência Social (Guias e carnês de recolhimento, antigas cadernetas de selos), para períodos anteriores a julho de 1994. 
Para o trabalhador avulso:
- Número de Identificação do Trabalhador
- PIS/PASEP; 
- RG; 
- CPF (Cadastro de Pessoa Física); 
- Carteira de Trabalho e Previdência Social ou outro documento que contribuição para períodos anteriores a julho de 1994; 
- Certificado do sindicato de trabalhadores avulsos ou órgão correspondente; 
Para o Professor:
- Número de Identificação do Trabalhador - PIS/PASEP; 
- RG; 
- CPF (Cadastro de Pessoa Física); 
- Carteira de Trabalho e Previdência Social ou outro documento que contribuição para períodos anteriores a julho de 1994; 
- Diploma ou documento que comprove a habilitação para dar aulas. 
Contribuinte Individual/Facultativo:
- Número de Identificação do Trabalhador PIS/PASEP, ou número de inscrição do contribuinte individual/facultativo; 
- Todos os comprovantes de recolhimento à Previdência Social (Guias ou Carnês de recolhimento de contribuições, antigas cadernetas de selos); 
- RG; 
- Cadastro de Pessoa Física - CPF; 
- Registro de Firma Individual; 
- contrato social e alterações contratuais; 
- se membro de diretoria ou conselho de administração em Sociedade Anônima, levar atas de assembléias gerais; 
- se o trabalhador tiver ocupado cargo remunerado na direção de cooperativa, deve levar os documentos que comprovem entrada e saída da instituição. 
Aposentadoria por idade
Lei nº 8.213/91.
É direito adquirido em período anterior a 1991.
Aposentadoria compulsória:
- 70 anos (artigo 51) – homem;
- 65 anos – mulher.
Aposentadoria voluntária:
Trabalhadores urbanos:
- 65 anos – homem;
- 60 anos – mulher.
Trabalhadores rurais:
- 60 anos – homem;
- 55 anos – mulher.
Aposentadoria especial – lei nº 8.213/91, arts. 57 e 58
Aposentadoria especial é benefício previdenciário, de caráter programático, concedido àqueles que tenham trabalhado durante um período mínimo de 15, 20 ou 25 anos, com exposição permanente a agentes agressivos físicos, químicos, biológicos ou associação de agentes, capazes de prejudicar a saúde e a integridade física do trabalhador. 
- É uma das espécies da aposentadoria por tempo de serviço. 
- Regras gerais: arts. 57 a 58 da Lei n. 8.213/91.
- Relevantes alterações desse benefício ocorreram com a edição da Lei n. 9.032/95.
- A Lei n. 9.528/97 alterou o art. 58 do plano de benefícios.
- Decreto Regulamentar do Plano de Benefícios nº 2.172, de 5 de março de 1997, anexo IV – foi estabelecida a relação dos agentes nocivos para fins de concessão de aposentadoria especial.
- Fundamentos Legais: CF, art. 201, § 1º; Lei n. 8.212/91, art. 22, inciso II; Lei n. 8.213/91, arts. 57/58; Decreto nº 3.048/99 – arts. 64 a 70 e Anexo IV (agentes nocivos)
- Veda o retorno em atividade especial.
- Carência:
* São 180 contribuições mensais para os segurados que se filiaram ao sistema previdenciário após a edição da Lei n. 8.213/91.
* Para os segurados já vinculados ao sistema previdenciário até 24/07/1991, aplica-se a tabela de transição prevista no art. 142 da Lei n. 8.213/91.
 - Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP): introduzido pelo Decreto nº 4.032/2001, com vigência a partir de 01/01/2004.
* A partir de 01/01/2004, foi exigido de todas as empresas com trabalhadores expostos a agentes nocivos considerados para fins de aposentadoria especial o PPP para todos os seus empregados.
* A prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsidade ideológica, nos termos do art. 297 do Código Penal.
- Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT): devem ser emitidos pelo médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
- Critério quantitativo:
* Base de cálculo: salário-de-benefício 
* Alíquota: 100% do salário-de-benefício 
Trabalhadores expostos a agentes nocivos (químicos, físicos e biológicos) – Decreto nº 357/91, Anexos I e II.
Meios de prova:
- formulário do INSS;
- Perfil Profissiográfico (PPP) – laudo médico ou engenharia / segurança do trabalho.
Tempo de exposição:
- 15 anos – trabalhadores de minas de carvão;
- 20 anos – trabalhadores que operam com amianto;
- 25 anos – demais trabalhadores em atividades insalubres ou perigosas.
Prazo de carência – 180 meses de contribuição.
Até o ano de 1995, havia também o requisito da idade para se aposentar – 50 anos.
Conversão da aposentadoria especial – Decreto nº 4.827/2003, artigo 70).
Tabela de conversão:
Mulher:
15 anos _____ 2,0
20 anos _____ 1,50
25 anos _____ 1,20
Homem:
15 anos ______ 2,33
20 anos ______ 1,75
25 anos ______ 1,40
Tal benefício é diferente para aposentadorias com legislação específica – ferroviários, professores, etc.
Auxílio-doença
- Fundamentos Legais:
* Arts. 59 a 63 da Lei n. 8.213/91
* Arts. 71 a 81 do Decreto n. 3.048/99
- Carência: 12 contribuições mensais no caso de auxílio-doença comum e independe de carência o auxílio-doença decorrente de acidentes de qualquer natureza.
- Critério material: Incapacidade para o trabalho ou para a sua atividade habitual, ou seja, ficar doente. Não se protege propriamente o segurado contra a doença, mas protege-se a capacidade laboral que é afetada em virtude da instalação de uma doença.
- O ônus do pagamento do salário integral, nos primeiros 15 dias, cabe à empresa e o contrato de trabalho fica interrompido.
- Não é devido o benefício no caso de doença ou lesão pré-adquirida, salvo quando a incapacidade decorrer. 
de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
- Para o segurado empregado, o benefício é devido a partir do 16º dia do afastamento da atividade. Para os demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
- Este benefício não prescreve termo temporal final; quem o estabelece é o perito médico.
- Cessação:
* restabelecimento do segurado com a recuperação da capacidade laboral;
* conversão em aposentadoria por invalidez em face da irreversibilidade da incapacidade instalada;
* habilitação do trabalhador para o desempenho de outra atividade que lhe garanta a sua subsistência após o processo de reabilitação.
- Critério quantitativo:
* Base de cálculo: salário-de-benefício. 
* Alíquota: 91% do salário-de-benefício. 
Salário-família
- Natureza jurídica: típico benefício previdenciário familiar de natureza assistencial, instituído pela Lei n. 4.266/63, visando amenizar o encargo familiar decorrente da criação e educação de filhos ou equiparados a filho.
- Carência: benefício que independe de carência por força do art. 26, inciso I da Lei n. 8.213/91.
- Critério material: ter filho menor de 14 anos ou inválido ou equiparado a filho. O benefício é pago em virtude do número de filhos que o segurado de baixa renda tem (CF, art. 7º, XII).
Salário-maternidade
- O Salário-Maternidade possui natureza de benefício previdenciário individual. É concedido visando a proteção da mulher, bem como a proteção do filho.
- A Lei n. 10.421/2002, estendeu a concessão da licença-maternidade às mães adotivas e às guardiãs.
- O salário-maternidade que tem como fato gerador o parto somente devido em relação aos eventos ocorridos a partir da 23ª semana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto.
- No caso de aborto não criminoso, por força do § 5º do art. 93 do decreto n. 3.048/99, é devido repouso de duas semanas a título de salário-maternidade.
- O art. 128 do Código Penal prevê as duas hipóteses de aborto legal: o terapêutico e o humanitário.
- A lei faculta a concessão do salário-maternidade com início no período entre 28 dias antes do parto e a data do parto, observadas as situações e condições previstas na legislação de proteção à maternidade.
- No caso de adoção, o início da prestação se dará com a sentença de adoção ou apresentação do termo judicial de guarda.
- O salário-maternidade tem duração de 120 dias.
- No caso de adoção,o período de gozo será de 120 dias para crianças adotadas com até um ano de idade, 60 dias para crianças maiores entre um ano e quatro anos de idade, 30 dias para crianças maiores entre quatro e oito anos de idade.
- A segurada que não exercitou seu direito na época oportuna poderá reclamar o

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