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1. Introdução à economia

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Prof. Mateus Ferreira
Disciplina de Fundamentos da Economia
Engenharia de Materiais
Engenharia Civil
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Sua concepção:
A economia repousa sobre os atos humanos e é por excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os fenômenos econômicos é quase que impossível se fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as complexas reações do homem no contexto das atividades econômicas.
 
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Conceito de Economia
Deriva do grego: “aquele que administra o lar”.
Economia é uma ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre os grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas.
A ciência que estuda a escassez.
A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos.
O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. 
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Problemas econômicos fundamentais
Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas.
Recursos ou fatores produtivos: elementos necessários à produção de todos os bens e serviços existentes.
Podem ser divididos em três grandes categorias: 
	(a) Recursos Naturais ou Terra;
	(b) Trabalho ou mão-de-obra (corresponde à força física e mental das pessoas);
	(c) Capital (todos os equipamentos e instalações produzidos pelo homem para a 	 produção de outros bens e serviços).
Limitados/Finitos
Problema
Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.
(restrição física dos recursos)
Versus
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O QUE e QUANTO produzir ?
A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e quanto ?
COMO produzir ? 
Questão de eficiência produtiva, que pode incluir o ‘onde produzir’. Capital ou mão-de-obra intensiva.
PARA QUEM produzir ? 
Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. Quais os setores beneficiados.
Problemas econômicos fundamentais
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Sistema Econômico
É a forma como a sociedade está organizada para
desenvolver as atividades econômicas.
Atividades de produção, circulação, 
distribuição e consumo de bens e serviços.
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Sistema Econômico
Principais formas:
Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)
Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
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Economias de Mercado
- Sistema de concorrência pura
(sem interferências do governo)
- Sistema de concorrência mista
(com interferência governamental)
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Sistema de concorrência pura
Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir) guiados por uma mão invisível (apenas para regulamentação), sem a intervenção do governo.
Mão invisível: mecanismo de preço que promove o equilíbrio dos mercados.
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Sistema de concorrência pura
Excesso de oferta (escassez de demanda)
Formam-se estoques
Redução de preços
Existirá concorrência entre empresas para vender os
 bens aos escassos consumidores. 
Até o equilíbrio
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Sistema de concorrência pura
Excesso de demanda (escassez de oferta)
Formam-se filas
Tendência ao aumento de preços
Existirá concorrência entre consumidores para compra.
Até o equilíbrio
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Sistema de concorrência pura
O QUE e QUANTO produzir ?
(o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor).
(quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de
mercado.
COMO produzir ? 
Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas.
PARA QUEM produzir ? 
Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta
de fatores de produção). Questão distributiva.
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Sistema de concorrência pura
Base da filosofia do liberalismo econômico.
Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. O Estado deve se ocupar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais.
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Empresas
Famílias
Mercado de 
Bens e Serviços
Mercado de 
Fatores de 
Produção
Demanda de bens
 e serviços
Sistema de concorrência pura
Oferta de bens
 e serviços
O que e quanto
produzir
Para quem 
produzir
Como
produzir
Oferta de 
serviços dos
fatores de
 produção
Demanda de 
serviços dos
fatores de
 produção.
(mão-de-obra, terra, 
capital)
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Sistema de concorrência pura
Críticas:
 Grande simplificação da realidade;
 Os preços podem variar não devido ao mercado mas,
 em função de: 
força de sindicatos (através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra);
poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado;
intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial);
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Sistema de concorrência pura
Críticas: 
o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. A produção ou consumo de um determinados bens ou serviços pode produzir efeitos colaterais externalidades); além disso, existem bens públicos, disponibilizados pelo Governo.
o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas.
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Sistema de concorrência pura
Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados.
Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.
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O papel econômico do governo
no Sistema de mercado misto
Séc. XVIII - XIX
Predominância do Sistema de mercado, 
próximo ao da concorrência pura. 
Início do Séc. XX
O mercado sozinho não garante que a economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. 
Necessitando de maior atuação do
Setor Público na economia.
De que forma ?
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Sistema de mercado misto
Atuação do setor público com o objetivo de evitar distorções alocativas e distributivas:
sobre a formação de preços, (via impostos, etc.);
complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.);
fornecimento de serviços públicos;
fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado) Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.);
compra de bens e serviços do setor privado.
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Economia Centralizada
Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. 
Meios de produção
Estado
Matéria-prima, imóveis 
capital.
Meios de sobrevivência
Indivíduos
Carros, roupas, televisores, etc.
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Economia Centralizada
Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso onerário);
Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo e sua distribuição são determinados pelo governo;
Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores.
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Sistemas Econômicos - Síntese
Propriedade Privada
Problemas econômicos fundamentais resolvidos 
pelo mercado
pelo orgão central
Mercado 
Centralizada
Maior eficiência alocativa
Maior eficiência distributiva
X
Propriedade Pública
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Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados
os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
Custo de oportunidade: designa o custo da escolha realizada, que decorre dos benefícios da melhor alternativa não selecionada.
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Modelo: 2 bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção
A CPP mostra o tradeoff da sociedade, ou seja, a obtenção de alguma
coisa, está sujeita a abrir mão de outra. “Nada é de graça”!
Razão da Concavidade: lei dos custos de oportunidade crescentes, devido à inflexibilidade dos custos de produção.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
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Lei dos custos de oportunidade crescentes:
Estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego, dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção, a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe.
Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada, serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada, devido à progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
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Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y.
A: capacidade ociosa (ineficiência). Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens.
B e C: Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. Combinações de produto; (Nível de produto Eficiente /Pleno Emprego).
D: Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. Depende de fatores como inovação tecnológica.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
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Os pontos da CPP representam as possíveis combinações dos fatores de produção na obtenção dos bens x e y.
Deslocamentos positivos: decorrem da expansão ou melhoria dos fatores de produção disponíveis (Crescimento Econômico). Inovações tecnológicas: com a mesma quantidade de insumos obtém-se maior quantidade de produtos
Deslocamentos negativos: decorrem da redução, sucateamento ou progressiva desqualificação do fatores de produção disponíveis.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção
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É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la.
Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção: Custo de Oportunidade / Custo alternativo / Custo implícito
Trade off 
B  C 
+ Produto x
- Produto y
Custo de Oportunidade
C  B  custo de oportunidade de 200 unidades de y é 50 de x.
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Análise positiva e normativa da economia
Declarações Positivas: os economistas tentam descrever 
 (Descritivas) 	o mundo como ele é.
Ex.: Uma redução na taxa de crescimento da quantidade de moeda reduziria a Taxa de Inflação. (Cientistas econômicos)
Declarações Normativas: os economistas prescrevem 
 (Prescritivas) como o mundo deveria ser.
Ex.: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de moeda emitida. (Envolve: Valores, ética, religião, política,etc.) (Formuladores de políticas)
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Autonomia e Inter-relação da economia:
Com o passar do tempo:
Concepção Humanística
A Economia repousa sobre os
atos humanos, objetivando a 
satisfação das necessidades
humanas (Ciência Social).
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Dificuldade de separar os fatores essencialmente econômicos dos extra-econômicos.
A Autonomia de cada um dos ramos das Ciências Sociais não deve ser confundida com um total isolamento, mas sim
observada sob diferentes óticas e investigada em termos não unilaterais.
As manifestações das modernas sociedades encontram-se interligadas.
Autonomia e Inter-relação:
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Aspecto Econômico
 Realidade
Aspecto Material do
 Objeto
Aspecto Social
Aspecto Político
Aspecto Histórico
Aspecto Geográfico
Aspecto Demográfico
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Política é a arte de governar. O exercício do poder. É natural que este poder tente exercer o domínio sobre a coisa econômica.
Uso da política do Estado para concessão de vantagens econômicas pelos grandes grupos econômicos. 
Ex.: Agricultores na época da política do café com leite. Crédito subsidiado e tarifas protecionistas para grandes industrias.
Autonomia e Inter-relação: Economia e Política
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Os próprios sistemas econômicos estão condicionados à evolução histórica da civilização. As idéias que constroem as teorias são formuladas num contexto histórico onde se desenvolvem as atividades e as instituições econômicas.
Autonomia e Inter-relação: Economia e História
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Os acidentes geográficos interferem no desempenho
das atividades econômicas e, inúmeras vezes, as divisões regionais são utilizadas para se estudar as questões ligadas aos diferenciais de distribuição de renda, de recursos produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição, das aglomerações urbanas, etc.
Autonomia e Inter-relação: Economia e Geografia
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Quando a política econômica visa atingir os indivíduos de certas classes sociais, interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda.
Políticas salariais e gastos sociais ( educação, saúde, transporte, alimentação etc. ) são exemplos que direta ou indiretamente influenciam essa mobilidade.
Autonomia e Inter-relação:Economia e Sociologia
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Autonomia e Inter-relação: Economia e Direito
Leis Anti-truste: atuam sobre as estruturas de mercado, assim como o comportamento das empresas.
Agências de Regulamentação: ditam as regras de atuação em determinadas áreas (ex.: petróleo, telecomunicações,etc)
Constituição Federal: Determina a competência para execução de política econômica. Estabelece os direitos e deveres dos agentes econômicos.
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A Economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações do comportamento econômico podem ser expressas através de funções matemáticas.
Econometria: a estratégia de se estimar as relações econômicas, matematicamente formuladas, a partir da minimização dos desvios aleatórios.
Autonomia e Inter-relação: Economia, Matemática e Estatística
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Divisão do Estudo Econômico
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens.
Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.
Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital. 
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Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial.
Divisão do Estudo Econômico
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Divisão do Estudo Econômico
Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição de renda, evolução tecnológica). 
Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países (transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações financeiras internacionais.
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eficiência alocativa quando as possibilidades de produção são mobilizadas em seus níveis mais elevados
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a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe de produto.
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Cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto 
material do seu objeto, segundo sua própria lógica formal.

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