Buscar

Emulsões: Tipos e Composição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

08/04/2015 
1 
São preparações 
semissólidas obtidas 
através de bases emulsivas 
do tipo A/O ou O/A, 
contendo um ou mais 
princípios ativos ou 
aditivos dissolvidos ou 
dispersos na fase 
adequada (Formulário, 
2005_Anvisa) 
08/04/2015 
2 
Sistemas dispersos constituídos de 2 fases líquidas 
imiscíveis, onde um líquido está disperso no outro na 
forma de finas gotículas, estabilizadas por uma camada 
de tensoativos. 
 Tipos de emulsão: 
 
• Quanto ao tipo da fase interna 
A/O O/A 
Emulsão múltipla 
O/A/O 
08/04/2015 
3 
• Quanto ao tamanho da fase interna 
Nanoemulsões - sistemas termodinamicamente instáveis, translúcidos, 
20-200 nm. 
Microemulsões – sistemas termodinamicamente estáveis, 
transparentes < 100 nm. 
 
Emulsão 
Nanoemulsão 
Microemulsão 
 Permite a encapsulação de fármacos hidrofílicos e lipofílicos 
juntos, 
 
 Mascarar sabor, 
 
 Aumentar a estabilidade de fármacos, 
 
 Diminuir a irritabilidade dérmica de certos fármacos, 
 
 Permite administração de gorduras pela via endovenosa 
(apenas micro e nanoemulsões). 
08/04/2015 
4 
 Fase oleosa: 
 
 óleos vegetais : soja, amendoim, girassol, uva, pêssego, framboesa, 
etc... 
 ácidos graxos: alcoóis graxos, silicone, ceras de abelha, carnaúba, 
etc... 
 
o Uso de emulsão favorece a permeabilidade cutânea de fármacos: 
gordura animal, óleos vegetais, derivados de petróleo. 
 
 Fase aquosa: 
 Água deionizada: íons (cálcio e magnésio) desestabilizam emulsões. 
 Contem adjuvantes hidrossolúveis como umectantes, princípio ativo, 
corantes, conservantes. 
 
 Agentes emulsificantes: 
Dupla função: reduz tensão interfacial permitindo a formação da 
emulsão e confere estabilidade a formulação, retardando ou impedindo 
a separação das fases. 
 
Requisitos: 
 Ser compatível com as outras matérias primas 
 Ser estável, não deteriorar 
 Não apresentar toxicidade 
 Sem odor, sabor 
 Ser capaz de produzir e manter emulsificação 
08/04/2015 
5 
 Monomoleculares: 
Tensoativos: aniônico, catiônico, não-iônico 
Tensoativo aniônico: 
 
 Uso externo 
 Incompatibilidade com cátions 
 Baixo custo 
 Grau de irritação intermediário em relação aos não-iônicos e 
catiônicos 
 Alto poder espumante 
 
Ex: Estearato de sódio, oleato de trietanolamina, lauril sulfato de 
sódio 
Tensoativos catiônicos: 
 Uso externo 
 Bactericida 
 Conservante 
 Alto poder irritante 
Ex: cloreto de cetilpiridínio, cloreto de benzalcônio 
Tensoativos não-iônicos: 
 Uso interno e externo 
 Menos tóxicos 
 Menos sensíveis a variação de pH e eletrólitos 
 Mais caros 
Ex: Ésteres de sorbitano, ésteres de polioxietileno sorbitano 
08/04/2015 
6 
 Sólidos finamente divididos: 
 Polimoleculares: 
 Argilas coloidais. Ex: bentonita, hidróxido de alumínio e magnésio 
Ex: goma arábica, adraganta, ágar, celulose microcristalina, gelatina. 
Variação na composição e propriedades emulsificantes, crescimento 
de microorganismos 
 Agente emulsivo secundário: conferem consistência à preparação 
Ex: álcool cetoestearílico, álcool cetílico, monoestearato de glicerila. 
 
 Ceras auto-emulsionantes: associação de agente emulsivo 1 e 2. 
Ex: Álcool cetílico e Tween, álcool cetoestearílico + lauril sulfato de sódio 
 Antioxidantes: 
Previne o processo de degradação 
da emulsão por oxidação dos óleos e 
gorduras. Eles devem ser 
preferencialmente solúveis na fase 
oleosa (BHT-butilhidroxitoluneo, 
BHA- butilhidroxianiasol, palmitato 
de ascorbila, vitamina E). No 
entanto, pode ser conveniente 
utilizar antioxidantes na fase aquosa 
(ácido ascórbico, metabissulfito de 
sódio e bissulfito de sódio). 
Estrutura molecular do 
BHT 
08/04/2015 
7 
 Conservantes: 
• Previnem o crescimento de fungos e bactérias. Devem ser 
adicionados preferencialmente na fase aquosa, uma vez que esta 
é a mais susceptível a contaminação. 
•Alguns agentes emulsionantes podem diminuir ou até 
neutralizar o efeito dos conservantes. Ex: polissorbatos e 
parabenos. 
 Sequestrantes: 
• Susbstâncias que complexam íons metálicos, inativando-os em 
sua estrutura, impedindo deste modo sua ação danosa na 
formulação. Agem em conjunto com conservantes e 
antioxidantes. 
 Líquidas: 
 
Oral , parenteral, tópica 
(O/A) 
 
 
 
 
 
 
08/04/2015 
8 
 Comportamento reológico das emulsões líquidas: 
 Quando aplicada na 
pele não oferece 
resistência, escoando 
com a ação da 
gravidade. 
Te
n
sã
o
 d
e 
ci
sa
lh
am
en
to
 (
N
.m
-2
) 
 
Velocidade de cisalhamento (s-1) 
 Semi-sólidas: 
 
Creme, loção e leite (uso tópico) 
08/04/2015 
9 
 Comportamento reológico das emulsões semissólidas: 
Te
n
sã
o
 d
e 
ci
sa
lh
am
en
to
 
 (N
.m
-2
) 
 
Velocidade de cisalhamento (s-1) 
Cremes 
• Quando aplicados na pele 
oferecem pouca 
resistência porém não 
fluem sobre a influência da 
gravidade. 
• Loção cremosa, leite: 
fluido newtoniano. 
Geralmente emulsões O/A 
usadas como 
demaquilante. 
• Emulsões O/A menos 
gordurosas . Emulsões A/O 
mais oclusivas. 
 
 
 
•Tensão interfacial: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ΔG = ΔAγ - TΔS 
 
líquido 
líquido 
interface 
Tensoativo: diminuir a tensão interfacial entre óleo e água. 
Termodinamicamente instáveis: utiliza-se meios que possam retardar, pelo 
maior tempo possível, a separação das fases. 
08/04/2015 
10 
 Teoria da cunha orientada: 
Camadas monomoleculares do emulgente estão dispostas ao 
redor de uma gotícula da fase interna da emulsão. 
 Teoria do filme interfacial: 
Emulgente se encontra na interface entre o óleo e a água, ao 
redor das gotas da fase interna, como uma camada fina de 
um filme adsorvido na superfície das mesmas. 
Provavelmente várias teorias se aplicam ao mesmo tempo 
em uma única emulsão. Tensão interfacial é importante na 
formação e a formação da cunha e filme protetor na 
manutenção da estabilidade. 
EHL = Representa as proporções relativas das partes hidrofílicas e lipofílicas 
da molécula. 
Polissorbato 80 = 
Predomínio das cadeias 
hidrofílicas, EHL = 15. 
Monooleato de sorbitano 
80 = Predomínio das 
cadeias lipofílicas, EHL = 
4,3. 
08/04/2015 
11 
No método HLB, um 
número está relacionado 
a um agente 
emulsificante, baseado 
em seu comportamento 
emulsificante, o qual 
está relacionado ao 
balanço entre as porções 
hidrofílicas e lipofílicas 
da molécula. 
 Emulsificação adequada se dá quando o agente emulsificante possui 
EHL igual ao da fase oleosa a ser emulsificada. 
EHL ideal: de maior estabilidade. Emulsão encontra-se com menor 
tamanho de partículas. 
 O valor de EHL requerido: 
Componentes Concentração 
Parafina líquida 35% 
Lanolina 1% 
Álcool cetílico 1% 
Sistema emulsionante 5% 
Água q.s.p. 100% 
EHL parafina líquida = 12/ EHL lanolina = 10/ EHL álcool cetílico = 15 
08/04/2015 
12 
 Sistema emulsionante: 
 
 Monooleato de sorbitano (EHL = 4,3) 
Monooleato de polioxietileno sorbitano (EHL = 15) 
Quantidade do sistema emulsificante = 5g 
 Determinação da concentração dos agentes emulsionantes: 
A + B = 100 
EHL A X 0,001 + EHL B X 0,01 = EHLresultante 
A + B = 1 
EHL A X fA + EHL B X fB = EHLresultante 
 
A + B = 100 
EHL A X 0,001 + EHL B X 0,01 = EHLresultante 
A + B = 100 
 Pequena escala: Gral de porcelana e pistilo, misturador mecânico, 
agitação manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
08/04/2015 
13 
 Escala industrial:Grandes tanques misturadores, moinhos coloidais, 
homogeneizadores de alta pressão. 
Métodos de Preparo: 
 Emulsificação clássico: aquecimento das fases aquosa e oleosa separadamente 
(temperatura fase aquosa superior a oleosa. 
•Adicionar FA em FO sob agitação. 
•Componentes sólidos e semi-sólidos devem ser previamente fundidos. 
•Outros componentes dissolvidos antes da mistura na fase em que apresenta 
solubilidade. 
• Ingredientes voláteis adicionados a preparação após resfriamento da mesma. 
F.O + 
tensoativos F.A 
F.O + 
tensoativos 
F.A 
Emulsão 
25°C 
▲ 
08/04/2015 
14 
 Continental ou Goma seca: 4:2:1 (FO:FA:tensoativo) 
• Adicionar a FO a goma e depois adicionar FA. 
 
 Inglês ou Goma úmida: dispersar a goma em água para depois 
incorporar a FO. 
 
 Forbes (ou método do frasco): utilizado para FO voláteis, preparação 
em frascos. 
 
 Em ambos os métodos, após a formação da emulsão primária, 
completar o volume com água ou solução aquosa contendo 
conservantes, estabilizantes, corantes. 
 
 Sistemas estáveis: glóbulos retém suas características iniciais e 
continuam homogeneamente distribuídas através da fase contínua. No 
entanto, podem ocorrer desvios desse comportamento. 
 
Emulsão O/A 
Floculação Cremeação Coalescência 
Separação de fases 
08/04/2015 
15 
 Cremeação: 
 
 Ocorre devido a diferença da densidade da fase dispersa em relação a 
fase dispersante, 
 Processo reversível sob agitação, 
 Indesejável pois aumenta o risco da coalescência, 
 Prejuízo estético, 
 Pode ocasionar dose incorreta do medicamento, 
 
 Medidas para reduzir processo de cremeação: redução do tamanho das 
partículas, aumento da viscosidade da fase externa, densidade 
semelhantes das duas fases, alteração da natureza/concentração do agente 
emulsificante. 
 
 
 Floculação: 
 Gotículas se agregam dentro de aglomerados frouxos, dentro da 
emulsão , conservando sua identidade individual, mas cada aglomerado 
comporta-se fisicamente como uma unidade única. 
 
 Ocorre devido a diminuição das forças repulsivas. 
 
 Medidas para reduzir a floculação: maior potencial zeta para aumentar 
repulsão entre as partículas, aumento da viscosidade da fase externa, 
alterar natureza/concentração do agente emulsificante. 
+ + 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ + 
+ + 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ + + 
+ + 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ + 
+ + 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ 
+ + + 
08/04/2015 
16 
 Coalescência: 
 Caracterizada por larga distribuição do tamanho das gotículas, 
resultando na separação de fases de forma visível a olho nú, 
 Irreversível, 
 Separação das fases pois deixou de existir a camada protetora ao redor 
da gotícula da fase interna. 
 Ensaios para avaliação da estabilidade das emulsões: 
 Exame macroscópico, 
 Análise do tamanho da partícula, 
 Teste reológico, 
 Centrifugação. 
 Condução dos estudos de estabilidade: preliminar, acelerada e de 
prateleira. 
 Mistura isotrópica, 
 
 Termodinamicamente estáveis, 
 
 Opticamente transparentes, 
 
 Estabilizadas com altas concentrações de tensoativo, 
 
 Diâmetro menor que 100 nm, 
 
 Obtenção: excesso de tensoativo e co-tensoativo = formação 
espontânea, 
 
 Vantagens: estáveis, absorção mais rápida, melhor absorção 
transdérmica, direcionamento de fármacos citotóxicos. 
08/04/2015 
17 
 Tipos: 
O/A/O 
A/O/A 
 
 São instáveis devido a variedade de fases, 
 
 Aplicações: 
-Veículo para liberação prolongada de fármacos, 
- Associação de fármacos incompatíveis, 
- Mascara sabor desagradável dos fármacos. 
 
 Método de preparo: 
 
 
08/04/2015 
18 
 Quando óleo, água e agente emulsificante são agitados 
juntos, o que será produzida, uma emulsão O/A ou A/O? 
 Regra de Bancroft: fase externa é aquela onde 
tensoativo apresenta maior solubilidade. 
 
 Fase que se apresenta em maior quantidade: fase 
externa. 
 
 Miscibilidade: O/A miscível em água, A/O miscível em 
óleo. 
 
 Condutividade: O/A conduzirá eletricidade, A/O não 
conduzirá eletricidade. 
 Teste do corante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emulsão O/A 
Corante 
hidrofílico 
Corante 
lipofílico 
08/04/2015 
19 
ANSEL, H. C., POPOVICH, N. G., ALLEN Jr, L.V. Formas Farmacêuticas e 
sistemas e liberação de fármacos. Ed. Premier, 6 a . Ed, 1999 
AULTON, M. E. Pharmaceutics. The Science of Dosage Form Design. 
Churchill Livingstone, 1996.

Continue navegando

Outros materiais