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Direito Civil, estado de direito e cultura policial: A formação Policial em Questão

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Universidade Luterana do Brasil
ULBRA – Canoas – RS
Curso de Direito
Willen Rarytton De Souza Rosa
Direito Civil, estado de direito e cultura policial: A formação Policial em Questão
O Autor em seu trabalho questiona se o desempenho policial está ligado ao despreparo ou a fatores de outra ordem. Kant relata que em seus estudos de campo, ouviu de seus entrevistados afirmações no sentido de que aprenderam todas as maneiras certas de agir, em relações a diversas situações, porém logo são esquecidas, quando de fato encaram a realidade. Pois segundo eles no calor do momento tudo o que foi aprendido em seu treinamento é ignorado, sendo que as reações são outras. Existem discursos que dizem que para que ocorra uma solução da violência policial é imprescindível à inclusão de matérias como exemplo; os diretos humanos em sua formação, no entanto, há uma corrente que baseia-se que essa barbárie policial esta ligada aos baixos salários, fator que favorece algumas consequências como a “corrupção e a violência”. Todavia, deve-se levar em consideração que devido a alguns valores culturais da nossa sociedade, como o preconceito e a hierarquia, os próprios policiais são pautados por essas características, sem deixar de ressaltar que a formação policia é marcada por um sistema autoritário.
A violência policial é uma consequência de policias autoritária, algo que é fato nas ações das policias brasileiras. Sendo que tais procedimentos autoritários e violentos (como a tortura) estão sendo presenciados há alguns anos no Brasil, mesmo com a mudança do regime politico, essas características autoritárias ainda são presenciadas nas instituições policiais. O autor ao retratar a violência como o excesso de poder deixa claro que a mesma é reproduzida pela tradição autoritária das instituições e balizada pelos preconceitos e medos da sociedade, de governos e das próprias polícias. 
Observamos que para aqueles indivíduos que não possuem fácil acesso aos seus direitos ou ate mesmo a sua cidadania, percebe-se que não existe uma policia para defendê-los, mais sim para ataca-los. Mas antes de qualquer coisa é preciso saber se os policiais só fazem aquilo que nós consideramos imprudente porque não sabem o que é prudente, ou se, sabendo- o, simplesmente deliberam fazer o contrário.
Diante disto, percebe-se que uma solução para esse problema de violência criminosa vem sendo discutido, que é a polícia cidadã. O principal enfoque desta proposta e mudar as relações interpessoais, ou seja, entre o cidadão e a policia, onde o usa ilegítimo da força não se enquadra nesta proposta nem as discriminações sejam elas de cunho social, racial, gênero etc. Trata-se de uma “válvula de escape” sendo considerada uma terceira via que possibilita combinar eficiência policial com respeito aos direitos humanos, aos direitos civis e às leis, para que então possamos viver em uma sociedade que trate igualmente todos os iguais e desigualmente  desiguais, na medida de sua desigualdade. 
As policias não só brasileiras mais mundiais esquecem-se que dentro de uma sociedade estão para protegerem os cidadãos e não para ataca-los, infelizmente é o quem vem acontecendo em nossa sociedade atual, policiais se corrompem e deixam de lado seu dever de proteção. Porém, para que ocorram mudanças neste cenário de guerra é preciso muito mais do que apenas inserir matérias de âmbito social em suas formações, é preciso que o povo seja dotado de criticidade, para que então saiam deste estado de inercia e de opressão, para irem atrás de seus direitos, mas infelizmente para terem tal criticidade necessitam de uma educação de qualidade, no entanto, o governo deixa a desejar, percebe-se que o problema não é tão simples quanto parece logo à solução também não. Então o que fazer para mudar esse quadro? , visto que, na sociedade de hoje ainda se encontra resíduos de um período de medo e opressão assim como foi à ditadura.
Referências Bibliográficas 
SOARES, L. E.. Meu casaco de general: 500 dias no front da segurança pública do Rio de Janeiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
TAVARES DOS SANTOS, J. V. Violências e dilemas do controle social nas sociedades da “modernidade tardia”. São Paulo em Perspectiva, v. 18, n. 1, p. 3-12, 2004.
KANT DE LIMA, R. A polícia da cidade do Rio de Janeiro – seus dilemas e paradoxos. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
_________. Direitos civis, Estado de direito e “cultura policial”: a formação policial em questão. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 41, n. 11, p. 241-256, 2003.
MACHADO DA SILVA, L. A. Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira/Faperj, 2008.

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