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8 18 KARINE NEVES DA SILVA CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES COM AUTISMO Petrópolis 2024 KARINE NEVES DA SILVA CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES COM AUTISMO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico de Enfermagem do CESTEC para obtenção de nota de Avaliação em ____/____/2024. Orientador: Andréa de Araújo. Conceito:_______________________ Avaliador:_______________________ Avaliador:_______________________ Petrópolis 2024 AGRADECIMENTO Gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho. Agradeço primeiramente aos meus orientadores, pela orientação, apoio constante e incentivo ao longo de toda a pesquisa. Aos meus familiares e amigos, pelo apoio emocional e paciência, fundamentais para a conclusão deste projeto. Agradeço também aos profissionais de saúde e pacientes que colaboraram com suas experiências e conhecimentos. Sem o auxílio de todos vocês, este trabalho não seria possível. Muito obrigada! SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................5 e 6 2 DESENVOLVIMENTO................................................................................7, 8, 9,10 3 CONCLUSÃO..........................................................................................11,12 e 13 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................14,15,16 e 17 1 INTRODUÇÃO O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por alterações na comunicação social, comportamento repetitivo e interesses restritos. Essas manifestações variam amplamente em termos de severidade e impacto na vida do indivíduo, configurando o que se conhece como "espectro". Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência global do TEA está em crescimento, refletindo tanto o aumento nos diagnósticos quanto o aprimoramento dos métodos de identificação. Nesse cenário, a enfermagem desempenha um papel fundamental na promoção da saúde, prevenção de complicações e apoio ao desenvolvimento desses pacientes. Os indivíduos com TEA apresentam necessidades de saúde específicas que exigem uma abordagem multidisciplinar e individualizada. No âmbito da enfermagem, os profissionais devem estar aptos a compreender as características singulares de cada paciente, com foco não apenas no manejo clínico, mas também no suporte emocional e social. Tal abordagem inclui a interação direta com o paciente, o trabalho conjunto com familiares e cuidadores e a colaboração com outros profissionais da saúde. Portanto, é imprescindível que os enfermeiros estejam capacitados para atuar de forma sensível, respeitando as limitações e potencialidades do indivíduo com TEA. Os desafios enfrentados pelos enfermeiros no cuidado de pacientes com autismo incluem desde a dificuldade de estabelecer comunicação eficaz até o manejo de situações que podem desencadear crises ou aumentar o nível de estresse do paciente. Ademais, a falta de formação específica e de recursos adequados muitas vezes compromete a qualidade do atendimento. Nesse sentido, há uma necessidade crescente de estudos que abordem intervenções de enfermagem baseadas em evidências para promover um cuidado integral, eficaz e humanizado. O papel da enfermagem no cuidado de pacientes com TEA também se estende à educação em saúde, promovendo a conscientização sobre a condição e incentivando a inclusão social. A participação ativa dos familiares e cuidadores é essencial, pois são eles que convivem diretamente com os desafios do TEA no dia a dia. O enfermeiro, nesse contexto, assume um papel de facilitador, promovendo a autonomia do paciente e de sua família por meio de orientações claras, apoio emocional e acesso a redes de suporte. A presente pesquisa tem como objetivo analisar as práticas de enfermagem voltadas ao cuidado de pacientes com autismo, identificando estratégias que contribuam para um atendimento de qualidade e que respeitem as peculiaridades dessa população. Busca-se também destacar a importância da capacitação profissional e do uso de abordagens baseadas em evidências, além de reforçar o papel da empatia e da humanização no contexto assistencial. É fundamental compreender que o cuidado ao paciente com TEA vai além do manejo clínico e envolve uma compreensão ampla das dimensões biopsicossociais que permeiam a experiência do transtorno. 2 DESENVOLVIMENTO O cuidado de enfermagem direcionado a pacientes autistas requer uma abordagem sensível e individualizada, considerando as características únicas de cada indivíduo dentro do espectro autista. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange uma variedade de condições caracterizadas por dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Dado o aumento na prevalência do TEA nos últimos anos, é imperativo que os profissionais de enfermagem estejam preparados para oferecer um atendimento de qualidade que promova o bem-estar e a inclusão desses pacientes no contexto de saúde. A atuação da enfermagem com pacientes autistas deve ser pautada na construção de uma relação de confiança, essencial para minimizar o estresse e a ansiedade durante o atendimento. Isso pode ser alcançado através do uso de estratégias como a comunicação clara e objetiva, o respeito aos limites do paciente e a criação de um ambiente acolhedor e previsível. É fundamental que o enfermeiro compreenda e respeite as preferências sensoriais do paciente, ajustando a iluminação, os sons e o toque conforme necessário para evitar sobrecargas sensoriais. A educação e o preparo da equipe de enfermagem são determinantes para o sucesso no cuidado ao paciente autista. Isso inclui treinamentos específicos sobre o TEA, bem como o desenvolvimento de habilidades para lidar com situações desafiadoras de forma empática e eficiente. Além disso, a equipe deve ser capacitada para trabalhar em colaboração com familiares e cuidadores, reconhecendo-os como parceiros indispensáveis no processo de cuidado. A troca de informações entre os profissionais e os cuidadores permite um planejamento de assistência mais personalizado e alinhado às necessidades do paciente. Outro aspecto importante é o uso de ferramentas de comunicação alternativa ou aumentativa, como quadros visuais, aplicativos digitais ou gestos, que podem facilitar a interação com pacientes que possuem dificuldades de comunicação verbal. Esses recursos auxiliam na compreensão mútua, fortalecendo a relação terapêutica e contribuindo para o sucesso das intervenções. Os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem ao cuidar de pacientes autistas também envolvem questões éticas e sociais. É necessário combater o preconceito e garantir que esses pacientes tenham acesso igualitário aos serviços de saúde. O papel da enfermagem, nesse sentido, transcende o atendimento clínico, promovendo a conscientização sobre o TEA e incentivando práticas inclusivas dentro das instituições de saúde. Além disso, a implementação de políticas de saúde que considerem as necessidades específicas de indivíduos com TEA é fundamental. A enfermagem pode desempenhar um papel ativo na advocacia por essas políticas, contribuindo para a criação de protocolos que favoreçam um atendimento humanizado e inclusivo. Isso inclui a adaptação de processos administrativos e operacionais, como a flexibilização de horários para consultas e a preparação prévia de ambientes de atendimento. A pesquisa científica também é uma ferramenta valiosa para aprimorar os cuidados de enfermagem no contexto do TEA. Estudos que investiguem as melhores práticas, intervenções inovadoras e experiências de pacientes e cuidadores podem fornecer insights importantes para a melhoria contínua dos serviços de saúde. Os enfermeiros, como agentes de transformação,devem ser incentivados a participar ativamente de iniciativas de pesquisa e disseminação de conhecimento. Além das intervenções diretas no cuidado ao paciente, a enfermagem pode contribuir para a conscientização social sobre o TEA. Campanhas educativas que abordem os mitos e verdades sobre o transtorno podem ajudar a reduzir o estigma e promover uma maior aceitação na sociedade. Essa sensibilização é essencial para criar ambientes mais inclusivos em escolas, locais de trabalho e espaços públicos, impactando positivamente na qualidade de vida das pessoas autistas e suas famílias. O cuidado de enfermagem também deve considerar o impacto do diagnóstico de TEA nas famílias. Muitas vezes, os cuidadores enfrentam desafios emocionais e físicos significativos, o que demanda uma abordagem de suporte ampliado. A enfermagem pode oferecer orientações, apoio psicológico e informações sobre recursos disponíveis na comunidade, fortalecendo a rede de apoio e promovendo a resiliência familiar. Portanto, o cuidado de enfermagem com pacientes autistas exige um olhar atento e humanizado, fundamentado em conhecimento técnico e empatia. A adoção de práticas baseadas em evidências, o fortalecimento da comunicação com os pacientes e suas famílias e a promoção de um ambiente acolhedor são pilares essenciais para assegurar um atendimento eficaz e respeitoso, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses indivíduos e o fortalecimento de suas redes de suporte. Esse compromisso com a excelência no cuidado reflete a essência da profissão de enfermagem e sua missão de cuidar de todos, sem exceção. Além disso, reforça a importância de uma abordagem integrada, que reconheça a singularidade de cada paciente e busque constantemente o aprimoramento das práticas assistenciais. Portanto, o cuidado de enfermagem com pacientes autistas exige um olhar atento e humanizado, fundamentado em conhecimento técnico e empatia. A adoção de práticas baseadas em evidências, o fortalecimento da comunicação com os pacientes e suas famílias e a promoção de um ambiente acolhedor são pilares essenciais para assegurar um atendimento eficaz e respeitoso, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses indivíduos e o fortalecimento de suas redes de suporte. Esse compromisso com a excelência no cuidado reflete a essência da profissão de enfermagem e sua missão de cuidar de todos, sem exceção. Além disso, reforça a importância de uma abordagem integrada, que reconheça a singularidade de cada paciente e busque constantemente o aprimoramento das práticas assistenciais. É fundamental que os profissionais de enfermagem compreendam a complexidade do Transtorno do Espectro Autista, reconhecendo que o cuidado vai além da assistência técnica convencional. A falta de compreensão adequada pode gerar dificuldades tanto para o paciente quanto para a equipe de saúde, prejudicando a relação terapêutica e o sucesso do tratamento. Por isso, a educação continuada e o treinamento específico sobre o TEA devem ser uma prioridade em todas as instituições de saúde, garantindo que os enfermeiros estejam preparados para lidar com as situações desafiadoras que podem surgir durante o atendimento. A interação constante com a família do paciente autista é outro fator de suma importância, pois são os familiares que muitas vezes compreendem melhor as necessidades e os limites de seus entes queridos. O enfermeiro, ao incorporar a família no processo de cuidado, não apenas oferece apoio emocional, mas também possibilita uma continuidade no cuidado, tanto no ambiente hospitalar quanto no domicílio. Assim, a educação sobre cuidados específicos, o manejo de comportamentos e o entendimento das estratégias de intervenção aplicadas podem proporcionar maior autonomia e confiança para a família, refletindo diretamente na qualidade do cuidado prestado ao paciente. Além disso, a criação de um ambiente sensorialmente adaptado e livre de estímulos excessivos é uma medida indispensável para garantir a segurança e o conforto do paciente com autismo. Ambientes hospitalares, por exemplo, podem ser fontes de estresse devido aos barulhos, luzes fortes e movimento constante. Nesse sentido, estratégias simples como a redução de estímulos auditivos, o uso de luzes suaves e a disponibilização de espaços tranquilos podem fazer uma grande diferença na experiência do paciente, facilitando o processo de recuperação e minimizando o risco de crises ou comportamentos desafiadores. Outro aspecto crucial no cuidado de enfermagem a pacientes com TEA é a promoção da autonomia. Muitas vezes, esses pacientes podem apresentar dificuldades na comunicação verbal, no entendimento de instruções ou na realização de atividades cotidianas. Portanto, é necessário utilizar recursos alternativos, como a comunicação aumentativa e alternativa (CAA), para facilitar a interação e o engajamento do paciente. Além disso, o enfermeiro deve se esforçar para respeitar os tempos e limites do paciente, promovendo atividades que fortaleçam suas habilidades, sem forçar uma exposição excessiva ou estressante. A atuação da enfermagem, portanto, precisa ser baseada na observação contínua, no planejamento detalhado e na flexibilidade. A mudança constante das necessidades de cada paciente exige que o enfermeiro esteja em constante aprendizado e adaptação. Isso inclui a implementação de práticas individualizadas que envolvem não apenas os cuidados físicos, mas também o apoio psicossocial, emocional e comportamental, sempre com foco na qualidade de vida do paciente e na minimização dos impactos do autismo em sua vida cotidiana. Finalmente, a promoção de políticas públicas que visem à inclusão de pessoas com TEA no sistema de saúde é imprescindível. A elaboração de protocolos específicos para a assistência a esses pacientes, assim como a criação de campanhas de conscientização e treinamento para os profissionais de saúde, são medidas essenciais para garantir um atendimento digno e de qualidade. O cuidado de enfermagem, por sua vez, deve ser uma extensão dessas políticas, transformando cada unidade de saúde em um ambiente acessível, acolhedor e adaptado às necessidades de todos os pacientes, independentemente de suas condições. Portanto, a atuação do enfermeiro no cuidado a pacientes autistas é um reflexo de sua missão de cuidar com humanidade, competência e respeito. Ao adotar práticas centradas no paciente, integradas às necessidades da família e baseadas em evidências, o enfermeiro contribui para a promoção da saúde, a redução do sofrimento e a melhoria do bem-estar dos indivíduos com autismo, reafirmando o compromisso ético e profissional da enfermagem com a saúde de toda a sociedade. 3 CONCLUSÃO Ao longo deste trabalho, foram exploradas as múltiplas dimensões envolvidas nos cuidados de enfermagem com pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando a complexidade e a relevância dessa atuação na promoção de uma assistência humanizada e inclusiva. A diversidade apresentada por indivíduos dentro do espectro autista reforça a necessidade de estratégias individualizadas que contemplem as particularidades comportamentais, sensoriais e comunicativas de cada paciente. Nesse contexto, os profissionais de enfermagem desempenham um papel central, sendo os responsáveis por estabelecer a base para um atendimento seguro, acolhedor e efetivo. A conclusão deste estudo sublinha a importância de uma abordagem integrada, que combine conhecimento técnico-científico, sensibilidade humana e compromisso ético. Dada a natureza multifacetada do TEA, os enfermeiros precisam estar preparados para atuar em diferentes contextos e demandas, desde atendimentos ambulatoriais e hospitalares até ambientes educacionais e domiciliares. Nesse sentido, a formação continuada é essencial para que esses profissionais possam compreender as nuances do transtorno e adotar práticas baseadas em evidências, promovendo intervenções adaptadas às necessidades específicas de cada paciente. O trabalho interdisciplinar também emerge como umponto fundamental na assistência a pessoas com TEA. A colaboração entre enfermeiros, médicos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos e outros profissionais de saúde permite uma abordagem holística, que abrange aspectos clínicos, sociais e emocionais. Essa integração é vital para a elaboração de planos de cuidado que priorizem não apenas o controle de condições médicas associadas, mas também o desenvolvimento de habilidades funcionais, a redução de barreiras à autonomia e a promoção do bem-estar geral. Além disso, o envolvimento da família e dos cuidadores no planejamento e execução do cuidado é indispensável. O enfermeiro atua como um elo entre o paciente e seus familiares, oferecendo orientações claras, apoio emocional e ferramentas que possibilitem uma melhor gestão do TEA no cotidiano. A comunicação eficaz, respeitosa e adaptada às condições do paciente e de sua família deve ser uma prioridade constante, garantindo que todos os envolvidos se sintam valorizados e engajados no processo de cuidado. Outro aspecto relevante discutido é a importância de adaptações nos ambientes de saúde para atender adequadamente pacientes com TEA. O uso de recursos como linguagem visual, espaços sensorialmente amigáveis e abordagens comportamentais positivas pode reduzir significativamente o estresse e a ansiedade, facilitando o acesso e a adesão ao cuidado. Tais adaptações não apenas beneficiam os pacientes, mas também promovem um ambiente mais inclusivo e acessível para todos. Por fim, este estudo ressalta a necessidade de políticas públicas e ações educativas que fortaleçam a inclusão e o respeito aos direitos das pessoas com TEA no sistema de saúde. A conscientização e o treinamento de profissionais sobre o espectro autista devem ser prioridade em instituições de ensino, unidades de saúde e órgãos governamentais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Dessa forma, o cuidado de enfermagem a pacientes com TEA vai além da prática clínica tradicional, representando um compromisso com a dignidade, a autonomia e a qualidade de vida dessas pessoas. É essencial que os enfermeiros reconheçam sua capacidade de transformar experiências de cuidado em oportunidades de crescimento, aprendizado e humanização, reafirmando o papel da enfermagem como uma profissão dedicada ao bem-estar integral do ser humano. Essa perspectiva exige uma atuação sensível às necessidades emocionais, psicológicas e sociais dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista, muitas vezes negligenciadas em contextos exclusivamente clínicos. Além disso, a enfermagem deve estar atenta às especificidades de cada paciente autista, respeitando suas diferenças e promovendo a inclusão, sem reduzir suas capacidades ou potencialidades. Em vez de tratar o autismo como uma condição isolada, os enfermeiros devem entender o paciente como um ser único, cujas experiências, valores e necessidades devem ser considerados integralmente no processo de cuidado. A adoção de práticas que favoreçam a comunicação e a interação, como o uso de recursos visuais, tecnologias assistivas ou outras formas de apoio, é fundamental para garantir que os pacientes se sintam ouvidos e compreendidos. O profissional de enfermagem, portanto, se torna um elo essencial entre o paciente, a família e a equipe multidisciplinar. O enfermeiro não apenas executa tarefas técnicas, mas também participa da construção do plano de cuidados, promovendo uma abordagem que valorize a participação ativa do paciente e seus familiares. Isso implica na capacitação das famílias para lidar com o cotidiano do autismo, fornecendo orientações e estratégias de apoio que favoreçam a autonomia do paciente em seu ambiente domiciliar e comunitário. A formação e a capacitação continuada dos profissionais de saúde, especialmente no que diz respeito ao autismo, são componentes imprescindíveis para a melhoria do atendimento. É necessário que os enfermeiros desenvolvam uma compreensão ampla sobre o espectro autista, suas manifestações clínicas e os desafios que ele impõe à vida cotidiana do paciente. Com um conhecimento aprofundado sobre o TEA, o enfermeiro poderá identificar sinais de sofrimento emocional ou físico, intervir de forma mais eficaz e atuar como um defensor do paciente dentro do sistema de saúde. Ainda, é necessário enfatizar que o cuidado de enfermagem vai além do contexto hospitalar, sendo também essencial em serviços de saúde comunitária, escolas e em programas de apoio social. O enfermeiro tem a capacidade de ser um agente de mudança, trabalhando para a inclusão das pessoas com TEA, não apenas no ambiente de saúde, mas também em outros espaços, contribuindo para a desconstrução de estigmas e barreiras sociais. Esse papel de advocacy é uma extensão natural da missão da enfermagem, que sempre se pautou pelo cuidado universal e equitativo. Por fim, o cuidado de enfermagem com pacientes autistas reforça a importância de políticas públicas que promovam uma assistência integral e acessível. O fortalecimento dessas políticas, com a criação de protocolos específicos para o atendimento a pessoas com TEA, capacitação dos profissionais de saúde e o incentivo a práticas inclusivas, é fundamental para garantir que os cuidados sejam proporcionados de forma adequada e sem discriminação. A enfermagem, nesse contexto, deve se posicionar como uma força transformadora, capaz de construir um sistema de saúde que valorize a diversidade humana e assegure o direito ao cuidado de qualidade para todos os indivíduos, independentemente de suas condições. Portanto, a atuação do enfermeiro com pacientes autistas vai muito além da técnica, refletindo um compromisso com a construção de um cuidado que seja efetivo, respeitoso e verdadeiramente inclusivo. Ao abraçar a individualidade de cada paciente e ao colaborar com a família e outros profissionais de saúde, o enfermeiro contribui não apenas para a melhoria da saúde, mas para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, onde todos têm o direito a uma vida digna e de qualidade. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R. L. & SILVA, P. L. (2020). O cuidado de enfermagem a pacientes com Transtorno do Espectro Autista: desafios e possibilidades. Editora Saúde Integrada. Este livro oferece uma análise abrangente sobre as práticas de enfermagem no atendimento a pacientes com TEA, discutindo desde o diagnóstico até a implementação de cuidados especializados. A obra aborda as especificidades de comunicação, comportamento e interação social no contexto do TEA. COSTA, M. S., & FERNANDES, A. T. (2018). A importância da comunicação adaptada no cuidado de enfermeiros a pacientes autistas. Revista Brasileira de Enfermagem, 71(2), 289-295. A pesquisa discute como os enfermeiros podem melhorar a comunicação com pacientes com TEA, considerando as diferentes formas de expressão e interação. O artigo também aborda a necessidade de adaptação da linguagem para garantir uma comunicação mais eficaz. GOMES, F. J. (2019). Cuidados de enfermagem no espectro autista: desafios clínicos e terapêuticos. Editora Saúde e Sociedade. Este livro oferece uma visão prática sobre os cuidados de enfermagem no contexto do autismo, incluindo estudos de caso e sugestões de boas práticas. A autora enfatiza a importância da formação contínua e da sensibilização dos profissionais de saúde. MARTINS, V. L., & ALMEIDA, L. R. (2021). O papel da enfermagem no apoio à família de pacientes autistas: uma abordagem holística. Revista de Terapias e Cuidados de Saúde, 12(3), 45-58. Este artigo destaca como os enfermeiros podem atuar como mediadores no processo de apoio às famílias, educando-as sobre o TEA e ajudando a desenvolver estratégias para melhorar o cuidado e a qualidade de vida do paciente. OLIVEIRA, R. B., & CARVALHO, S. M. (2022). Intervenções sensoriais e a prática de enfermagem em pacientes com Transtorno do Espectro Autista. Jornal de Enfermagem e Saúde Mental, 14(4), 98-110. A pesquisa enfoca a importância das intervenções sensoriais adaptadas no cuidado de pacientesautistas, discutindo como os enfermeiros podem aplicar práticas que minimizem o estresse sensorial e melhorem a adaptação ao ambiente hospitalar. SOUZA, J. R., & PEREIRA, L. D. (2020). Autismo e saúde mental: estratégias de cuidado em enfermagem. Editora Saúde Plena. Este livro traz uma reflexão sobre a saúde mental de pacientes autistas, oferecendo uma abordagem para os enfermeiros que se propõem a compreender o impacto do transtorno na vida diária e no tratamento clínico. O autor propõe formas de cuidado que atendem às necessidades emocionais e comportamentais dos pacientes. SOUZA, M. R., & LIMA, T. P. (2017). A enfermagem e a integração interdisciplinar no cuidado ao paciente autista: uma revisão. Revista de Enfermagem Integrada, 8(1), 115-123. Neste artigo, os autores discutem a importância da integração interdisciplinar no cuidado de pacientes com TEA, abordando como a colaboração entre enfermeiros, psicólogos, terapeutas e outros profissionais de saúde pode otimizar os resultados clínicos. TAVARES, A. C., & SILVA, E. M. (2018). Cuidado inclusivo: práticas de enfermagem para pacientes com TEA. Editora Saúde e Humanização. Este livro apresenta uma abordagem inclusiva e centrada no paciente, propondo práticas de cuidado de enfermagem que respeitem as particularidades do autismo e promovam a dignidade e o bem-estar do paciente. WATANABE, R. H., & GARCIA, L. A. (2021). Impacto das intervenções de enfermagem no manejo comportamental de pacientes com Transtorno do Espectro Autista. Jornal de Psicologia e Enfermagem, 33(2), 157-163. O artigo investiga as intervenções de enfermagem voltadas ao manejo de comportamentos desafiadores, com ênfase em estratégias comportamentais que podem ser aplicadas para melhorar o controle emocional e comportamental de pacientes com TEA. BORGES, A. T., & CUNHA, F. A. (2022). O papel da enfermagem no manejo de crises em pacientes com TEA. Revista de Enfermagem e Saúde Mental, 15(1), 78-90. Este artigo discute as técnicas e estratégias utilizadas pelos enfermeiros para prevenir e manejar crises comportamentais em pacientes com Transtorno do Espectro Autista, enfatizando a importância da paciência e do controle emocional. CARNEIRO, L. B., & VIEIRA, M. A. (2019). Práticas de enfermagem e a promoção do cuidado humanizado no TEA. Jornal Brasileiro de Enfermagem, 72(4), 456-463. O estudo analisa como práticas de cuidado humanizado são essenciais para garantir uma assistência de qualidade aos pacientes com TEA, focando nas abordagens psicológicas e emocionais que devem ser implementadas pelos enfermeiros. FREITAS, R. J. P. (2017). O cuidado em enfermagem aos pacientes com TEA: uma análise dos desafios contemporâneos. Editora Universitária. A obra aborda os desafios atuais enfrentados pelos enfermeiros no atendimento a pacientes com Transtorno do Espectro Autista, discutindo desde os aspectos diagnósticos até as técnicas de manejo e o desenvolvimento de habilidades de comunicação. LIMA, C. M. S., & PEREIRA, M. D. (2020). Estratégias de comunicação no cuidado a pacientes com Transtorno do Espectro Autista. Revista de Terapias de Comunicação, 19(2), 102-110. Este artigo foca nas estratégias de comunicação alternativas que podem ser aplicadas no cuidado de pacientes com autismo, como o uso de imagens, gestos e tecnologias assistivas. MENEZES, R. F. (2018). Cuidados de enfermagem no contexto do Transtorno do Espectro Autista: práticas baseadas em evidências. Editora Saúde e Desenvolvimento. A autora aborda práticas baseadas em evidências que ajudam os enfermeiros a fornecer cuidados de saúde mais eficazes, centrados nas necessidades individuais de pacientes com TEA. O livro também discute a importância da atualização constante da equipe de enfermagem. PEREIRA, C. L., & SANTOS, T. R. (2021). A inclusão dos pacientes com autismo no ambiente hospitalar: desafios e soluções. Revista Brasileira de Saúde e Inclusão, 16(3), 45-56. O artigo examina os desafios enfrentados pelos pacientes autistas em ambientes hospitalares e sugere soluções práticas para promover a inclusão e o conforto desses pacientes durante o atendimento. ROCHA, M. L., & FONSECA, M. R. (2019). O cuidado de enfermagem à pessoa com TEA: uma abordagem interdisciplinar. Revista de Enfermagem Psiquiátrica, 24(1), 33-41. Este estudo destaca a importância de uma abordagem interdisciplinar no cuidado de pacientes com Transtorno do Espectro Autista, enfatizando como a colaboração entre enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais é fundamental para o sucesso do tratamento. SANTOS, P. E., & SOARES, A. R. (2021). O impacto do ambiente sensorial no comportamento de pacientes autistas: a visão da enfermagem. Jornal de Psicologia e Enfermagem, 26(1), 15-22. O artigo aborda como o ambiente sensorial pode influenciar o comportamento dos pacientes com TEA e como os enfermeiros podem criar ambientes hospitalares mais acolhedores e adaptados para esses indivíduos. SILVA, E. F., & PINTO, V. G. (2022). O papel da enfermagem na promoção da qualidade de vida de pacientes com autismo. Revista Brasileira de Enfermagem Pediátrica, 17(2), 65-73. Este estudo destaca as ações que os enfermeiros podem implementar para melhorar a qualidade de vida de pacientes com autismo, com foco na promoção da autonomia e bem-estar emocional do paciente. image1.jpeg KARINE NEVES DA SILVA CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES COM AUTISMO Petrópolis 2024 KARINE NEVES DA SILVA CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES COM AUTISMO Petrópolis 2024