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DESAFIO PROFISSIONAL ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS OPERAÇÃO DE TERMINAIS E ARMAZÉNS Curso Superior de Tecnologia em Logística – 4º semestre Prof.ª Tutora Presencial: _______________________ Jundiaí/SP Setembro/2015 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO 2 2 - DESENVOLVIMENTO 3 2.1 – Levantamento de Necessidades 3 2.2 – Normas de Referência 3 2.3 – Melhorias Propostas 4 2.4 – Check Lists 5 3 - CONCLUSÃO 8 4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 1 – INTRODUÇÃO O desafio profissional, cujas disciplinas norteadoras são: Administração de Materiais e Operação de Terminais e Armazéns, tem como objetivo propiciar uma vivencia acadêmica de situações onde é necessária a integração das disciplinas estudadas. O mercado de trabalho requer um profissional com habilidades em articulação, mobilização e atitudes inovadoras. O desenvolver do trabalho possibilitou aos acadêmicos mais autonomia profissional e experiências com vivências do cotidiano. É de extrema importância saber aplicar a teoria nas práticas profissionais. Nesse ensaio acadêmico o grupo analisou a administração de materiais, que também é considerada um gerenciamento do estoque, ou seja, um tipo de ciência humana fundamentada em normas e funções elaboradas para disciplinar os elementos dessa cadeia de gerenciamento e produção. A administração de materiais estuda os empreendimentos com o objetivo de alcançar um resultado eficaz, com retorno de forma lucrativa e sustentável e, principalmente, focado na responsabilidade social. Administrar envolve planejamento, desenvolvimento de relatórios, projetos e planos de ação, em que é exigida a aplicação de conhecimento inerente às técnicas da administração. 2 - DESENVOLVIMENTO 2.1 – Levantamento de Necessidades Durante o trabalho de consultoria prestado pela empresa Fronteiras S/A para a Tinteiros do Brasil S/A, foi elaborado inicialmente um levantamento que constatou que os processos e técnicas adotados para o armazenamento e separação dos produtos eram ineficientes, pois o endereçamento não seguia nenhuma ordem e a localização era dificultosa, consequentemente, atrasando o processamento dos pedidos. Os produtos, em decorrência disso eram, também, selecionados sem que fosse observada a data de validade, o que ocasionava perdas devido ao caráter perecível dos materiais em questão, já que produtos estocados há pouco tempo podiam ser retirados antes de outros que se encontravam perto do vencimento. A estratégia de “picking discreto”, adotada pela Tinteiros do Brasil, também se mostrava inadequada, pois envolve apenas um operador para todo o procedimento, o que compromete o tempo de resposta, uma vez que não há especialização nas atividades. 2.2 – Normas de Referência “Tem que ser selado, registrado, carimbado / Avaliado, rotulado se quiser voar!” (Raul Seixas) Encontra-se abaixo a relação de normas técnicas brasileiras (ABNT) a serem seguidas no transporte terrestre de cargas perigosas, procedimento adotado para os produtos químicos baseados em solventes da Tinteiros S/A. Atender às regras por elas impostas significa alcançar seus objetivos de minimização dos riscos envolvidos na operação. Tais riscos podem se relacionar à perda de vidas humanas, a prejuízos financeiros e avarias ao patrimônio. É claro que minimizar não é o mesmo que eliminar, mas, mesmo que imprevistos ocorram, demonstrar que o regulamento foi cumprido torna-se atenuante no caso de processos judiciais. • NBR 7500: Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos perigosos • NBR 7501: Transporte terrestre de produtos perigosos - Terminologia • NBR 7503: Ficha de emergência e envelope para o transporte terrestre de produtos perigosos - características, dimensões e preenchimento • NBR 9735: Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos • NBR 12982: Desgaseificação de tanques rodoviários para transporte de produtos perigosos - Classe de Risco 3 - Inflamáveis • NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos • NBR 14095: Área de Estacionamento para Veículos Rodoviários de Transporte de Produtos Perigosos • NBR 14064: Atendimento a emergência no transporte terrestre de produtos perigosos • NBR 14619: Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química • NBR 15071: Segurança no tráfego - cones para sinalização viária • NBR 15480: Plano de Emergência • NBR 15481: Requisitos mínimos de segurança para o transporte rodoviário de produtos perigosos (check list) • NBR 10004: Classificação de Resíduos Entretanto, as questões regulatórias não se resumem à lista acima, já que em 05.6.2001, a lei federal 10233 instituiu no artigo 22, inciso VII, ser de competência da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a regulamentação do transporte de produtos perigosos em rodovias e ferrovias. Surgiu, então, a ANTT 420, resolução que faz determinações sobre como classificar o produto, marcar e rotular as embalagens, além de indicar a maneira de como deve ser feita a sinalização das unidades de transporte e de estabelecer as exigências relativas à documentação que se faz necessária. A ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas) também impõe portarias e regulamentações, sendo que, aqui, as demandas relativas ao meio ambiente estão sempre em pauta. 2.3 – Melhorias Propostas A primeira melhoria a ser proposta se refere à utilização de sistemas com código de barras para agilizar o picking, que se sugere que seja feito por “lote”, já que se mostra mais adequado ao tipo de produto a ser manuseado (utilização de quantidades fracionadas e poucos materiais diferentes). O MRP deve ser usado na programação de materiais e na redução de estoque de forma a converter todos os pedidos feitos em uma lista de produção, que indica o que comprar (e em que quantidade) para produzir, estabelecendo prazos de entrega e evitando atrasos na produção. Dessa maneira, se há previsão de necessidades de produção, a matéria-prima pode ser entregue no tempo correto, reduzindo ou, até mesmo, eliminando as paradas de linha. Essa antevisão, por outro lado, também apresenta como vantagem a supressão dos excessos de matéria-prima e de produto acabado, em consequência do planejamento adotado, o que otimiza o espaço do estoque. Também é preciso se preocupar com a ordem em que os produtos são coletados, pois se deseja minimizar as perdas devido à deterioração gerada por vencimento de prazo de validade, o que é feito adotando-se o FIFO, estratégia em que o produto que é armazenado primeiro no estoque seja utilizado prioritariamente. Para a otimização do tempo envolvido nos procedimentos de coleta e separação, deve-se organizar os materiais, de forma que aqueles cuja utilização é mais frequente estejam dispostos a uma maior proximidade dos operadores e maquinários responsáveis pelo “picking”. 2.4 – Check Lists Os “check lists” a seguir foram propostos para a garantia dos requisitos mínimos de segurança relacionados com os processos de transporte e armazenamento. CHECK-LIST PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS CARGA: NOME DO MOTORISTA: Nº DA CNH: CERTIFICADO DE TREIN. PARA TRANSP. DE PROD. PERIGOSOS: CAMINHÃO: PLACA: Item Sim Não Observações 1 Três placas com os rótulos de risco 2 Extintor de cabine 3 Extintor de carroceria 4 Triângulo 5 Pneus em bom estado 6 Fiação elétrica e lanternas em bom estado 7 Quatro placas "PERIGO AFASTE-SE" 8 Lanterna grande com pilhas 9 Aparelho de telefone celular 10 50m de fita zebrada 11 8 cones de borracha para sinalização 12 2 calços de madeira (15cm x 20cm x 15cm)13 1 par de luvas de PVC 14 2 capacetes 15 2 máscaras faciais com filtro polivalente 16 2 pares de óculos ampla visão 17 2 jogos de uniforme 18 2 capas de PVC 19 2 pares de botas Aprovação Data CHECK-LIST PARA O ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS PERIGOSOS Item Sim Não Observações 1 Foi consultada a FISPQ? 2 O sistema de ventilação é adequado? 3 A sinalização está correta? 4 Há disponibilidade de EPIs e EPCs? 5 A área administrativa está separada da área técnica de armazenagem? 6 Pelo menos uma das paredes do almoxarifado está voltada para o exterior? 7 Há janelas voltadas para o exterior? 8 Há portas para o acesso do corpo de bombeiros? 9 Há saída de emergência bem localizada e sinalizada? 10 Há sistema de exaustão, no teto, para a remoção de vapores leves? 11 Há sistema de exaustão, no chão, para a remoção de vapores pesados? 12 A iluminação é feita com lâmpadas a prova de explosão? 13 Há extintores de incêndio? Aprovação Data 3 - CONCLUSÃO Após três meses da implementação das melhorias propostas acima, ficou evidente a evolução da Tinteiros S/A nos quesitos competitividade, qualidade e segurança; além da redução dos desperdícios de tempo e material. O tempo gasto com “picking” caiu pela metade, as paradas de linha por desabastecimento de matéria-prima já não existem mais; o estoque de materiais foi reduzido em 20%; o de produto acabado em 35% e as perdas por deterioração de materiais estocados diminuíram em 25%. Os “check lists” se mostraram importantes na prevenção de acidentes, que podem ser de grandes proporções. A melhoria e padronização dos procedimentos levou à proximidade e ao anseio pela certificação ISO 9000; próxima meta a ser atingida pela Tinteiros S/A. 4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DIAS, Marco Aurélio. Administração de Materiais: Princípios, Conceitos e Gestão. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. RODRIGUES, Paulo R.A. Gestão Estratégica da Armazenagem. -- 2ª ed. -- São Paulo: Aduaneiras, 2007. Portal da ABRAFATI – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas. www.abrafati.com.br Acesso em: setembro de 2015. MODESTO, Cleber C. Desafio Profissional de Administração de Materiais e Operações de Terminais e Armazém. [Online]. Valinhos, 2014, p. 01-10. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: setembro de 2015.
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