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Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 2 2.7. CESSAÇÃO DA APOSENTADORIA ............................................................................................................. 8 2.7.1. Retorno Voluntário ........................................................................................................................... 8 2.7.2. Retorno com avaliação médico-pericial........................................................................................... 8 2.8. RETORNO A ATIVIDADE ........................................................................................................................... 8 2.9. REVISÃO ................................................................................................................................................... 9 03. APOSENTADORIA POR IDADE ..................................................................... 9 3.1. DEFINIÇÃO ................................................................................................................................................ 9 3.2. REDUÇÃO ............................................................................................................................................... 10 3.3. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO – DIB .................................................................................................... 10 3.4. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA ......................................................................................................... 10 3.5. RENDA MENSAL INICIAL - RMI .............................................................................................................. 11 04. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ........................................ 11 4.1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................................. 11 4.2. APOSENTADORIA PROPORCIONAL ....................................................................................................... 11 4.3. EXCLUSÃO .............................................................................................................................................. 12 4.4. PROFESSOR (REDUTOR) ......................................................................................................................... 12 4.5. FUNÇÃO DE MAGISTÉRIO ...................................................................................................................... 12 4.6. EQUIPARAÇÕES ...................................................................................................................................... 12 4.7. PROFESSOR UNIVERSITÁRIO ................................................................................................................. 13 4.8. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO – DIB .................................................................................................... 13 4.9. RENDA MENSAL INICIAL - RMI .............................................................................................................. 13 05. APOSENTADORIA ESPECIAL ....................................................................... 13 5.1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................................. 13 5.2. COMPROVAÇÃO DO TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS ............................................................... 14 5.3. CONDIÇÕES ESPECIAIS ........................................................................................................................... 14 5.4. NOÇÕES DE NOCIVIDADE E PERMANÊNCIA .......................................................................................... 14 5.5. CESSAÇÃO .............................................................................................................................................. 15 5.6. DOCUMENTOS ....................................................................................................................................... 15 5.7. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP ............................................................................. 16 5.8. OBRIGATORIEDADE ............................................................................................................................... 16 5.9. RESPONSABILIDADE PELA EMISSÃO ..................................................................................................... 16 5.10. CONVERSÃO ......................................................................................................................................... 16 5.11. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO – DIB .................................................................................................. 17 5.12. RENDA MENSAL INICIAL - RMI ............................................................................................................ 17 Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 3 06. APOSENTADORIA DO SEGURADO COM DEFICIÊNCIA .................................... 17 6.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 17 6.2. CONCEITO DE DEFICIÊNCIA .................................................................................................................... 18 6.3. COMPROVAÇÃO DA DEFICIÊNCIA ......................................................................................................... 18 07. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ................................................................................................. 18 7.1. CONCESSÃO............................................................................................................................................ 18 7.2. GRAUS DE DEFICIÊNCIA ......................................................................................................................... 19 7.3. CONTAGEM DE TEMPO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS ............................................................................. 19 08. APOSENTADORIA POR IDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ........................ 20 8.1. CONCESSÃO............................................................................................................................................ 20 8.2. CONTAGEM DE TEMPO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS ............................................................................. 20 09. AUXÍLIO-DOENÇA ..................................................................................... 20 9.1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................................. 20 9.2. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO - DIB .................................................................................................... 21 9.2.1. Segurado empregado ...................................................................................................................... 21 9.2.2. Segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo .................................................................................................................................................. 21 9.3. RENDA MENSAL INICIAL - RMI .............................................................................................................. 21 9.4. PRAZO.....................................................................................................................................................22 9.5. PRORROGAÇÃO ..................................................................................................................................... 22 9.6. MÚLTIPLAS ATIVIDADES ........................................................................................................................ 22 9.7. SUSPENSÃO ............................................................................................................................................ 23 9.8. PERÍCIA MÉDICA POR CONVÊNIO.......................................................................................................... 23 10. SALÁRIO-FAMÍLIA .................................................................................... 24 10.1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 24 10.2. PAGAMENTO ........................................................................................................................................ 25 10.3. PROPORCIONALIDADE ......................................................................................................................... 25 10.4. REEMBOLSO ......................................................................................................................................... 26 10.5. DOCUMENTAÇÃO ................................................................................................................................ 26 10.6. SUSPENSÃO .......................................................................................................................................... 26 10.7. SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO .................................................................................................................. 26 10.8. INCORPORAÇÃO .................................................................................................................................. 27 10.9. CESSAÇÃO ............................................................................................................................................ 27 Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 4 11. SALÁRIO-MATERNIDADE ........................................................................... 27 11.1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 27 11.2. PERÍODO ............................................................................................................................................... 28 11.3. PARTO ANTECIPADO E ABORTO .......................................................................................................... 28 11.4. ADOÇÃO ............................................................................................................................................... 28 11.5. SEGURADA ESPECIAL ........................................................................................................................... 29 11.6. EMPREGOS CONCOMITANTES............................................................................................................. 30 11.7. SEGURADA APOSENTADA ................................................................................................................... 30 11.8. RENDA MENSAL INICIAL ...................................................................................................................... 30 11.9. PAGAMENTO ........................................................................................................................................ 31 11.10. SUSPENSÃO ........................................................................................................................................ 32 11.11. DECADÊNCIA ...................................................................................................................................... 32 11.12. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO ............................................................................................................. 32 12. AUXILIO-ACIDENTE .................................................................................. 32 12.1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 32 12.2. NATUREZA INDENIZATÓRIA ................................................................................................................ 32 12.3. VEDAÇÕES ............................................................................................................................................ 33 12.4. RENDA MENSAL INICIAL - RMI ............................................................................................................ 33 12.5. SUSPENSÃO .......................................................................................................................................... 33 12.6. CESSAÇÃO ............................................................................................................................................ 34 13. PENSÃO POR MORTE ................................................................................. 34 13.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 34 13.2. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 34 13.3. TEMPO MÍNIMO DE CASAMENTO OU CONVIVÊNCIA ........................................................................ 35 13.4. VEDAÇÕES ............................................................................................................................................ 35 13.5. DURAÇÃO DO BENEFÍCIO .................................................................................................................... 35 13.5.1. PARA O SEGURADO QUE NÃO TENHA RECOLHIDO 18 CONTRIBUIÇÕES OU SE O CASAMENTO TIVER OCORRIDO EM MENOS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO ................................................... 36 13.5.2. PARA O SEGURADO QUE RECOLHEU 18 CONTRIBUIÇÕES E O CASAMENTO OCORREU A MAIS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO .................................................................................................... 36 13.6. REVOGAÇÃO DO NOVO VALOR ........................................................................................................... 36 14. AUXÍLIO-RECLUSÃO ................................................................................. 37 14.1. DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................ 37 14.2. DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO - DIB .................................................................................................. 37 Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 5 14.3. VALOR .................................................................................................................................................. 37 14.4. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE ......................................................................................................... 38 14.5. VEDAÇÕES ............................................................................................................................................ 38 14.6. TRABALHO DO PRESO ..........................................................................................................................38 14.7. ACUMULAÇÃO ..................................................................................................................................... 38 14.8. UNIÃO HOMOAFETIVA ........................................................................................................................ 38 14.9. CASAMENTO OU FILHO DURANTE O RECOLHIMENTO ....................................................................... 39 14.10. HABILITAÇÃO POSTERIOR.................................................................................................................. 39 14.11. CESSAÇÃO .......................................................................................................................................... 39 14.12. SUSPENSÃO ........................................................................................................................................ 39 15. ABONO ANUAL ......................................................................................... 40 16. REABILITAÇÃO PROFISSIONAL ................................................................... 40 16.1. FINALIDADE .......................................................................................................................................... 40 16.2. OBJETO ................................................................................................................................................. 41 16.3. OBRIGATORIEDADE ............................................................................................................................. 41 16.4. PROPORCIONALIDADE ......................................................................................................................... 42 16.5. PRIORIDADE ......................................................................................................................................... 42 17. QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................... 43 18. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ................................................................. 60 19. GABARITO ............................................................................................... 68 De acordo com os editais dos concursos, as questões devem considerar a legislação vigente até a data da publicação do edital de abertura de inscrições. Em relação aos benefícios do RGPS, nosso material está inteiramente atualizado de acordo com as novas regras introduzidas pela Lei 13.135/2015 que foi antecedida pela MP 664/2014 (Reforma da Previdência) e outras alterações recentes. Porém, algumas dessas alterações ainda não são definitivas porque dependem da conclusão do processo legislativo ou de regulamentação da matéria. De qualquer forma, sempre que necessário, coloquei no material as observações sobre a vigência das novas regras. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 6 01. OS BENEFÍCIOS DO RGPS Os benefícios previdenciários são espécies de prestações devidas pela Previdência Social às pessoas que estão sob a sua proteção, destinadas a prover-lhes a subsistência nas eventualidades que as impossibilitem o sustento próprio ou amparo à sua família, em caso de morte. Como o RGPS (INSS) consiste em um seguro social, os benefícios têm como objetivo, em regra, substituir o rendimento do trabalhador quando este não tenha mais condições laborais. Classificam-se os benefícios em: benefícios privativos dos segurados e benefícios privativos dos dependentes. 02. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 2.1. DEFINIÇÃO A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida, quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição. 2.2. PERÍCIA MÉDICA A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. Não terá direito ao benéfico o segurado que já era portador de doença ao filiar-se ao RGPS, exceto no caso de progressão ou agravamento. 2.3. MÚLTIPLAS ATIVIDADES A concessão de aposentadoria por invalidez a segurado com mais de uma atividade depende do afastamento de todas as atividades, caso contrário, é devido o auxílo-doença em relação à atividade que provocou o afastamento. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 9 O segurado que retornar a atividade, após a cessação da aposentadoria por invalidez, poderá requerer, a qualquer tempo, novo benefício, tendo este processamento normal. 2.9. REVISÃO O artigo 101 da Lei de Benefícios estabelece que o segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. Porém, uma importante novidade na revisão da aposentadoria por invalidez foi introduzida pela Lei 13.063/2014. De acordo com essa lei, o aposentado por invalidez, após completar sessenta anos de idade, não está mais obrigado a submeter-se a exame médico revisional a cargo da Previdência Social. A obrigatoriedade da perícia revisional só permanece quando o exame tem as seguintes finalidades: I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício; II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto; III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela. 03. APOSENTADORIA POR IDADE 3.1. DEFINIÇÃO A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida, completar sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta, se mulher. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 11 3.5. RENDA MENSAL INICIAL - RMI A aposentadoria por idade consiste numa renda mensal que será calculada aplicando-se o percentual de setenta por cento do salário-de- benefício, mais um por cento deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento, podendo totalizar cem por cento do salário-de-benefício. Na prática, caso o segurado tenha contribuído regularmente durante 20 anos, o valor do seu benefício (renda mensal) corresponderá a 90% do salário- de-benefício. Portanto, nesse exemplo apresentado seria 70% + 20% (1% por cada ano de contribuição). 04. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 4.1. DEFINIÇÃO A aposentadoria por tempo de contribuição será devida aos segurados da Previdência Social que comprovem trinta e cinco anos de contribuição, se homem e trinta anos de contribuição, se mulher e a carência, na forma disciplinada na legislação previdenciária. 4.2. APOSENTADORIA PROPORCIONAL Os segurados inscritos no RGPS até o dia 16 de dezembro de 1998, vigência da Emenda Constitucional nº 20, de1998, desde que cumprida a carência exigida, terão direito à aposentadoria por tempo de contribuição com renda mensal proporcional, desde que cumpridos os seguintes requisitos, cumulativamente: a) idade: cinquenta e três anos para o homem e quarenta e oito anos para a mulher; b) tempo de contribuição: trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos de contribuição, se mulher; e c) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, vigência da Emenda Constitucional Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 12 nº 20, de 1998, faltava para atingir o tempo de contribuição estabelecido na alínea anterior. 4.3. EXCLUSÃO Não farão jus a esse benefício, o segurado contribuinte individual que trabalhe por conta própria e o facultativo que optarem por contribuir com a alíquota de 11% sobre o limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, além do microempreendedor individual – MEI e a dona de casa de baixa renda que contribuam com a alíquota de 5% sobre o salário-mínimo no sistema de inclusão previdenciária. 4.4. PROFESSOR (REDUTOR) A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao professor que comprovar, exclusivamente, tempo de atividade exercida em funções de magistério em estabelecimento de educação básica, após completar trinta anos e vinte e cinco anos, se homem ou mulher, respectivamente, independente da idade, e desde que cumprida a carência exigida para o benefício. 4.5. FUNÇÃO DE MAGISTÉRIO Função de magistério são as atividades exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica, que é a formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. 4.6. EQUIPARAÇÕES Para fins de aposentadoria por tempo de contribuição de professor, observado o direito adquirido, poderão ser computados os períodos de atividades exercidas pelo professor, da seguinte forma: I - como docentes, a qualquer título; ou Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 14 caso, exposto de modo permanente, não ocasional nem intermitente, a condições especiais(agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a sua associação) que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 5.2. COMPROVAÇÃO DO TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o INSS, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado na legislação previdenciária (15, 20 ou 25 anos). O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. 5.3. CONDIÇÕES ESPECIAIS São consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física, conforme definido no Anexo IV do RPS, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou à associação de agentes, em concentração ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância, conforme critérios quantitativos ou de avaliação qualitativa. 5.4. NOÇÕES DE NOCIVIDADE E PERMANÊNCIA Para os fins da análise do benefício de aposentadoria especial, consideram-se: I - nocividade: situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos reconhecidos, presentes no ambiente de trabalho, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador; e II - permanência: trabalho não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte cinco anos, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 16 Todos os demais documentos poderão ser aceitos pelo INSS desde que contenham os elementos informativos básicos constitutivos do LTCAT. 5.7. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - PPP O PPP, emitido com base no LTCAT, constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes, e tem como finalidade principal, dentre outras, comprovar as condições para habilitação da aposentadoria especial. 5.8. OBRIGATORIEDADE A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável. 5.9. RESPONSABILIDADE PELA EMISSÃO O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário. A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar, manter atualizado o PPP para os segurados referidos no caput, bem como fornecer a estes, quando da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, cópia autêntica desse documento. 5.10. CONVERSÃO Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 18 Atualmente, essa lei foi regulamentada pelo Decreto 8.145, de 2013 que incluiu a matéria no Decreto 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social). Portanto, todos os candidatos devem estar atentos a essa novidade legislativa que deve ser cobrada nos próximos concursos. 6.2. CONCEITO DE DEFICIÊNCIA Para fins exclusivos dessas aposentadorias diferenciadas, o legislador considera que, pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Portanto, nesse caso, a deficiência não está necessariamente condicionada à incapacidade para o trabalho. 6.3. COMPROVAÇÃO DA DEFICIÊNCIA A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha reconhecido, em avaliação médica e funcional realizada por perícia própria do INSS, grau de deficiência leve, moderada ou grave, está condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o benefício. A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia própria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência. 07. APOSENTADORIA PORTEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 7.1. CONCESSÃO A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e facultativo, observado os seguintes requisitos: Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 19 I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; e III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve. Obs.: essa aposentadoria também é devida aos segurados especiais, desde que contribuam facultativamente. 7.2. GRAUS DE DEFICIÊNCIA No caso do segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau alterado, serão realizados os ajustes, considerando o grau de deficiência preponderante, que será aquele no qual o segurado cumpriu maior tempo de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão. Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão. 7.3. CONTAGEM DE TEMPO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relativos a atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (aposentadoria especial). É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria por tempo de contribuição, se resultar mais favorável ao segurado. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 20 08. APOSENTADORIA POR IDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 8.1. CONCESSÃO A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado aos sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher. Para a concessão dessa aposentadoria, o segurado deve contar com no mínimo quinze anos de tempo de contribuição, cumpridos na condição de pessoa com deficiência, independentemente do grau, conforme avaliação da perícia própria do INSS, exclusivamente para fins previdenciários. A comprovação da deficiência anterior à data da vigência da Lei Complementar 142/2013 será instruída por documentos que subsidiem a avaliação médica e funcional, vedada a prova exclusivamente testemunhal. 8.2. CONTAGEM DE TEMPO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão da aposentadoria especial. É assegurada a conversão do período de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência. 09. AUXÍLIO-DOENÇA 9.1. DEFINIÇÃO O auxílio-doença será devido ao segurado desde quecumprida, quando for o caso, a carência exigida em lei, que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 22 De acordo com o artigo 29, § 10, da Lei 8.213/91 incluído pela Lei 13.135/2015, o auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários-de-contribuiçãoexistentes. Na prática isso significa que ficou estabelecido um teto específico para esse benefício correspondente a média dos 12 últimos salários-de-contribuição. Anteriormente a média representava 80% dos maiores salários-de-contribuição de todo o período contributivo. 9.4. PRAZO O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado. O artigo 63, da Lei 8.213, com a redação dada pela Lei Complementar 150/2015, determina que o segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado. 9.5. PRORROGAÇÃO No caso de novo pedido de auxílio-doença, se a perícia médica concluir pela concessão de novo benefício de mesma espécie, decorrente da mesma doença, com início em até sessenta dias contados da data da cessação do benefício anterior, este será prorrogado. No caso do segurado empregado, a empresa ficará desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias do novo afastamento. 9.6. MÚLTIPLAS ATIVIDADES Ao segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social, e estando incapacitado para uma ou mais atividades, inclusive em decorrência de acidente do trabalho, será concedido um único benefício. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 23 No caso de incapacidade apenas para o exercício de uma das atividades, o direito ao benefício deverá ser analisado com relação somente a essa atividade, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o segurado estiver exercendo. Quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às demais atividades. 9.7. SUSPENSÃO O benefício de auxílio-doença será suspenso quando o segurado deixar de submeter-se a exames médico-periciais, a tratamentos e a processo de reabilitação profissional proporcionados pela Previdência Social, exceto a tratamento cirúrgico e a transfusão de sangue, devendo ser restabelecido a partir do momento em que deixar de existir o motivo que ocasionou a suspensão, desde que persista a incapacidade. 9.8. PERÍCIA MÉDICA POR CONVÊNIO O auxílio-doença e os demais benefícios decorrentes de incapacidade dependem da perícia médica do INSS. Esse fator sempre acarretou uma demanda muito elevada para essa atividade resultando na demora no atendimento dos segurados. A despeito da tentativa de algumas soluções como a terceirização da perícia e da alta programada do auxílio-doença, a Lei 13.135/2015 buscou uma alternativa definitiva para esse problema através da previsão de convênios com entidades públicas. De acordo com a Lei de Benefícios, a empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargoo exame médico e o abono das faltas correspondentes aos quinze primeiros dias consecutivos ao do Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 24 afastamento, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias. Entretanto, o artigo 60, § 5º, da Lei 8.213/91, incluído pela Lei 13.135/2015, estabeleceu que o INSS a seu critério e sob sua supervisão, poderá celebrar, na forma do regulamento, convênio com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde - SUS para realizar essas perícias médicas. Essa inovação tem o objetivo de desafogar a centralização das perícias médias que antes só podiam ser realizadas pelo INSS. A Lei 13.135/2015 também incluiu dispositivo que determina a possibilidade do cancelamento do benefício a partir do retorno à atividade, em relação ao segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência. Ainda de acordo com as novas regras introduzidas pela Lei 13.135/2015, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas. 10. SALÁRIO-FAMÍLIA 10.1. DEFINIÇÃO Salário-família é o benefício pago na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer condição até a idade de quatorze anos ou inválido de qualquer idade, independente de carência aos seguintes segurados, desde que sejam de baixa renda: I - empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso; II - empregado e trabalhador avulso em gozo de benefício de auxílio- doença e ao aposentado por invalidez ou por idade, urbano ou rural; III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinquenta e cinco anos, se do sexo feminino; e IV - aos demais aposentados com sessenta e cinco anos ou mais de idade, se homem, ou sessenta anos ou mais, se mulher. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 25 A Lei Complementar 150/2015 deu nova redação ao artigo 65, da Lei 8.213/91, ao inserir o empregado doméstico como beneficiário do salário- família. Antes dessa modificação o empregado doméstico estava expressamente excluído do rol de beneficiários do salário-família. Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, o limite máximo do salário-de-contribuição (baixa renda) será atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS, fixados em portaria ministerial. Quando o pai e a mãe forem segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos terão direito ao salário-família. 10.2. PAGAMENTO O salário-família será pago mensalmente: I - ao empregado e ao empregado doméstico, pela empresa ou pelo empregador doméstico (Lei Complementar 150/2015), com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de- obra, mediante convênio; II - aos empregados e trabalhadores avulsos em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria, pelo INSS, juntamente com o benefício; e III - às empregadas e trabalhadoras avulsas em gozo de salário- maternidade, pela empresa, condicionado à apresentação pela segurada da documentação exigida. 10.3. PROPORCIONALIDADE O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota. O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de- Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 26 obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de beneficio pelo INSS, independentemente do número de dias trabalhados ou em benefício. 10.4. REEMBOLSO As cotas do salário-família pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico (Lei Complementar 150/2015) deverão ser deduzidas quando do recolhimento das suas contribuições. Isso significa que, embora o benefício seja devido pela Previdência Social, a empresa efetua o pagamento e abate esse valor nas suas próprias contribuições. 10.5. DOCUMENTAÇÃO Além dos documentos básicos como a certidão de nascimento do filho, o salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada a caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente conte com até seis anos de idade, o comprovante de frequência à escola, quando dependente a partir de sete anos e a comprovação de invalidez, a cargo da Perícia Médica do INSS, quando dependente maior de quatorze anos inválido. O empregado doméstico deve apresentar apenas a certidão de nascimento do filho. (Lei Complementar 150/2015) A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalização da Previdência Social. (Lei Complementar 150/2015) 10.6. SUSPENSÃO A empresa, o órgão gestor de mão-de-obra ou o sindicato de trabalhadores avulsos ou o INSS suspenderá o pagamento do salário-família se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas na legislação previdenciária, até que a documentação seja apresentada. 10.7. SEPARAÇÃO OU DIVÓRCIO Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 27 Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do poder familiar, o salário- família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido. 10.8. INCORPORAÇÃO As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício. 10.9. CESSAÇÃO O direito ao salário-família cessa automaticamente: I - por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito; II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do aniversário; III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou IV - pelo desemprego do segurado. 11. SALÁRIO-MATERNIDADE 11.1. DEFINIÇÃO O salário-maternidade será pago para a segurada empregada, trabalhadora avulsa, empregada doméstica, contribuinte individual, facultativa, especial e as em prazo de manutenção da qualidade de segurada, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 28 Conforme se verifica na definição, o parto é considerado como fato gerador do salário-maternidade, bem como o aborto espontâneo, a adoção ou a guarda judicial para fins de adoção. 11.2. PERÍODO O salário-maternidade é devido durante cento e vinte dias, com início até vinte e oito dias antes do parto e término noventa e um dias depoisdele, considerando, inclusive, o dia do parto, podendo, em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto serem aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico. 11.3. PARTO ANTECIPADO E ABORTO Para fins de concessão do salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da vigésima terceira semana (sexto mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto. Em caso de aborto não-criminoso, comprovado mediante atestado médico com informação do CID específico, a segurada terá direito ao salário- maternidade correspondente a duas semanas. Tratando-se de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este último comprovado mediante certidão de óbito, a segurada terá direito aos cento e vinte dias previstos em lei, sem necessidade de avaliação médico-pericial pelo INSS. 11.4. ADOÇÃO A lei nº 12.873, de 2013 trouxe importante alteração em relação ao salário-maternidade ao permitir que o segurado homem tenha direito à percepção desse benefício no caso de adoção. Portanto, atualmente, tanto o segurado como a segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, e em decorrência desse evento se afastar de suas atividades, fará jus ao salário-maternidade Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 29 correspondente a 120 dias, sendo irrelevante a idade da criança, sendo pago diretamente pela Previdência Social. A lei nº 12.873, de 2013 também determinou que no caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono. Essa extensão da concessão aplica-se inclusive no caso do segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção. O pagamento do benefício deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário eserá pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário, calculado sobre: I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso; II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico; III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado; e IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial. O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança. Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade, observando que no caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego. 11.5. SEGURADA ESPECIAL O direito ao salário-maternidade para a segurada especial foi outorgado pela Lei nº 8.861, de 25 de março de 1994, sendo devido o benefício a partir de 28 de março de 1994, conforme segue: Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 30 I - até 28 de novembro de 1999, véspera da Lei nº 9.876, de 1999, para fazer jus ao benefício era obrigatória a comprovação de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos doze meses imediatamente anteriores ao parto; e II - a partir de 29 de novembro de 1999, data da publicação da Lei nº 9.876, de 1999, o período de carência a ser comprovado pela segurada especial foi reduzido de doze meses para dez meses imediatamente anteriores à data do parto, mesmo que de forma descontínua. 11.6. EMPREGOS CONCOMITANTES No caso de empregos concomitantes ou de atividade simultânea na condição de segurada empregada com contribuinte individual ou doméstica, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego ou atividade. Inexistindo contribuição na condição de segurada contribuinte individual ou empregada doméstica, em respeito ao limite máximo do salário-de- contribuição como segurada empregada, o benefício será devido apenas na condição de empregada. 11.7. SEGURADA APOSENTADA A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade. 11.8. RENDA MENSAL INICIAL A renda mensal do salário-maternidade será calculada da seguinte forma: I - para a segurada empregada, consiste numa renda mensal igual à sua remuneração no mês do seu afastamento, não sujeita ao limite máximo do salário-de-contribuição; II - para a segurada trabalhadora avulsa, corresponde ao valor de sua última remuneração integral equivalente a um mês de trabalho, não sujeito ao limite máximo do salário-de-contribuição; III - para a segurada empregada doméstica, corresponde ao valor do seu último salário-de-contribuição sujeito aos limites mínimo e máximo de contribuição; Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 31 IV - para a segurada contribuinte individual, facultativa, segurada especial que esteja contribuindo facultativamente e para as que mantenham a qualidade de segurado na forma do art. 13 do RPS, corresponde à média aritmética dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, sujeito aos limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição; e V - para a segurada especial que não esteja contribuindo facultativamente, corresponde ao valor de um salário mínimo. 11.9. PAGAMENTO O salário-maternidade será pago diretamente pelo INSS ou pela empresa contratante, devidamente legalizada, observando as seguintes situações: I - o salário-maternidade devido à segurada empregada, independentemente da data do afastamento ou do parto, será pago diretamente pela empresa, conforme Lei nº 10.710, de 5 de agosto de 2003, exceto no caso de adoção ou de guarda judicial para fins de adoção, quando será pago diretamente pelo INSS; Obs.: o salário-maternidade da segurada empregada será devido pela Previdência Social enquanto existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse benefício pela empresa que terá direito ao reembolso. II - a segurada empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção poderá requerer e receber o salário-maternidade por intermédio da empresa se esta possuir convênio com tal finalidade; e III - as seguradas trabalhadora avulsa, empregada doméstica, contribuinte individual, facultativa, especial e as em prazo de manutenção da qualidade de segurada terão o benefício de salário-maternidade pago pelo INSS. Obs.:O salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual será pago diretamente pela Previdência Social. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 32 11.10. SUSPENSÃO A lei 12.873, de 2013 determina que, a percepção do salário- maternidade, inclusive no caso do falecimento do segurado (a), está condicionada ao afastamento do segurado (a) do trabalho ou da atividade desempenhada,sob pena de suspensão do benefício. 11.11. DECADÊNCIA O salário-maternidade poderá ser requerido no prazo de cinco anos, a contar da data do parto. 11.12. SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO Durante o período de percepção de salário-maternidade, será devida a contribuição previdenciária na forma estabelecida nos arts. 198 e 199 do RPS. 12. AUXILIO-ACIDENTE 12.1. DEFINIÇÃO O auxílio-acidente será devido ao segurado empregado, inclusive o doméstico (Lei Complementar 150/2015), ao trabalhador avulso e ao segurado especial, quando oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de manutenção da qualidade de segurado, desde que atendidos os requisitos exigidos para o benefício. 12.2. NATUREZA INDENIZATÓRIA O auxílio-acidente será concedido como indenização, condicionado à confirmação pela perícia médica do INSS quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, discriminadas no Anexo III do RPS, que implique: I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia; Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 33 II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, exigindo maior esforço para o desempenho da mesma atividade da época do acidente; ou III - impossibilidade do desempenho da atividade que exercia a época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS. 12.3. VEDAÇÕES Não caberá a concessão de auxílio-acidente de qualquer natureza ao segurado: I - contribuinte individual e facultativo; II - que na data do acidente não detinha mais a qualidade de segurado; III - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade laborativa; e IV - quando ocorrer mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho. 12.4. RENDA MENSAL INICIAL - RMI A RMI do auxílio-acidente será de cinquenta por cento do salário-de- benefício que deu origem ao auxílio-doença que o precedeu. Cuidado, o valor do auxílio-acidente não corresponde a 50% do auxílio- doença que o antecedeu como muitos imaginam. O correto é 50% do salário- de-benefício (média) do auxílio-doença. 12.5. SUSPENSÃO Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 34 O auxílio-acidente será suspenso quando da concessão ou da reabertura do auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença que lhe tenha dado origem, observado o disposto no § 3º do art. 75 do RPS. O auxílio-acidente suspenso será restabelecido após a cessação do auxílio-doença concedido ou reaberto. 12.6. CESSAÇÃO Ressalvado o direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto de auxílio-acidente com aposentadoria, devendo o auxílio-acidente ser cessado no dia anterior ao início da aposentadoria ou na data do óbito do segurado. 13. PENSÃO POR MORTE 13.1. INTRODUÇÃO Assim como ocorre com um projeto de lei, também existe a possibilidade de apresentação de emendas parlamentares ao texto original da medida provisória editada pelo Presidente da República. O Congresso Nacional, aprovando a medida provisória com alterações, estará transformando-a em projeto de lei de conversão, que será remetido ao Presidente da República, para que o sancione ou vete, no exercício discricionário (conveniência e oportunidade) de suas atribuições constitucionais. Durante a tramitação da MP 664/2014 pelo Congresso Nacional, o governo aceitou recuar em alguns pontos para facilitar a aprovação da lei de conversão e com isso, a medida provisória passou a ter um texto mais ameno comparado ao enviado pela presidente Dilma Rousseff. Nesse contexto, a MP 664/2014 foi aprovada de forma apertada e com várias alterações que não constavam no seu texto original. Em relação à pensão por morte, vamos analisar as principais modificações promovidas pelo Congresso Nacional no texto da MP 664/2014 que resultou na Lei 13.135/2015. 13.2. DEFINIÇÃO A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 36 13.5.1. PARA O SEGURADO QUE NÃO TENHA RECOLHIDO 18 CONTRIBUIÇÕES OU SE O CASAMENTO TIVER OCORRIDO EM MENOS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO Nesse caso o Congresso adotou a estratégia de não exigir carência e tempo mínimo de casamento ou união estável, porém a duração temporária da pensão por morte será de apenas quatro meses. 13.5.2. PARA O SEGURADO QUE RECOLHEU 18 CONTRIBUIÇÕES E O CASAMENTO OCORREU A MAIS DE 2 ANOS DA MORTE DO SEGURADO Apesar de ter mantido, como regra, a duração temporária do benefício, a Lei 13.135/2015 estabeleceu que essa duração deverá variar de acordo com a idade do beneficiário na data do óbito do segurado. Pelas regras da MP 664/2014 a fixação de prazo para o gozo da pensão por morte para o cônjuge ou companheiro (a) do segurado estava vinculada a expectativa de vida do dependente no momento do óbito do segurado. Através da Lei 13.135/2015, o Congresso Nacional mudou também as faixas etárias que determinam a validade da pensão, da seguinte forma: DURAÇÃO DO BENEFÍCIO IDADE DO BENEFICIÁRIO 3 anos Menos de 21 de idade 6 anos Entre 21 e 26 de idade 10 anos Entre 27 e 29 de idade 15 anos Entre 30 e 40 de idade 20 anos Entre 41 e 43 de idade Vitalício A partir de 44 de idade 13.6. REVOGAÇÃO DO NOVO VALOR A MP 664/2014 havia reduzido o valor mensal da pensão por morte que passou a ser de cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidezna data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco, observado o limite máximo do salário-de-contribuição. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 37 A partir da Lei 13.135/2015 a pensão por morte voltou ao seu valor original de cem por cento do salário-de-benefício, rateado entre todos osdependentesde uma mesma classe, independentemente da quantidade. Essa lei revogou também o dispositivo que previa o redutor de 30% da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que exercia atividade remunerada. 14. AUXÍLIO-RECLUSÃO 14.1. DEFINIÇÃO O auxílio-reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio- doença, aposentadoria ou abono de permanência ao serviço. A privação da liberdade será comprovada por documento, emitido pela autoridade competente, comprovando o recolhimento do segurado à prisão e o regime de reclusão. Os dependentes do segurado detido em prisão provisória terão direito ao benefício desde que comprovem o efetivo recolhimento do segurado por meio de documento expedido pela autoridade responsável. Equipara-seà condição de recolhido à prisão, a situação do maior de dezesseis e menor de dezoito anos de idade que se encontre internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e da Juventude. 14.2. DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO - DIB A DIB de auxílio-reclusão será fixada na data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até trinta dias depois desta ou na data do requerimento, se posterior. 14.3. VALOR O valor mensal do auxílio-reclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu efetivo recolhimento à prisão. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 38 14.4. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE Considera-se pena privativa de liberdade, para fins de reconhecimento do direito ao benefício de auxílio-reclusão, aquela cumprida em regime fechado ou semi-aberto, sendo: I - regime fechado aquele sujeito à execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; e II - regime semi-aberto aquele sujeito à execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 14.5. VEDAÇÕES Não cabe a concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que esteja em livramento condicional ou que cumpra pena em regime aberto, assim entendido aquele cuja execução da pena seja em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 14.6. TRABALHO DO PRESO O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto, que contribuir na condição de segurado contribuinte individual ou facultativo, não acarretará perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes. 14.7. ACUMULAÇÃO O segurado recluso não terá direito aos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria durante a percepção, pelos dependentes, do auxílio-reclusão, ainda que nessa condição contribua como contribuinte individual ou facultativo, permitida a opção, desde que manifestada, também, pelos dependentes, pelo benefício mais vantajoso. 14.8. UNIÃO HOMOAFETIVA Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 39 É garantido o direito ao auxílio-reclusão ao companheiro ou companheira do mesmo sexo, desde que atendidas todas as condições exigidas pela legislação para o reconhecimento do direito a esse benefício. 14.9. CASAMENTO OU FILHO DURANTE O RECOLHIMENTO O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílio-reclusão a partir da data do seu nascimento. Se a realização do casamento ocorrer durante o recolhimento do segurado à prisão, o auxílio-reclusão não será devido, considerando a dependência superveniente ao fato gerador. 14.10. HABILITAÇÃO POSTERIOR A habilitação posterior de outro possível dependente que importe na exclusão ou inclusão de dependentes somente produzirá efeito a contar da data da habilitação, conforme disposto no art. 107 do RPS. 14.11. CESSAÇÃO I - com a extinção da última cota individual; II - se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso, passar a receber aposentadoria; III - pelo óbito do segurado ou beneficiário; IV - na data da soltura; V - pela ocorrência de uma das causas de perda da qualidade de dependente, no caso de filho ou equiparado ou irmão, de ambos os sexos; VI - em se tratando de dependente inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico pericial a cargo do INSS; e VII - pela adoção, para o filho adotado que receba auxílio-reclusão dos pais biológicos, exceto quando o cônjuge ou o companheiro(a) adota o filho do outro. 14.12. SUSPENSÃO Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 40 I - no caso de fuga; II - se o segurado, ainda que privado de liberdade, passar a receber auxílio-doença; III - se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão; e IV - quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional, por cumprimento da pena em regime aberto ou por prisão albergue. 15. ABONO ANUAL O abono anual, conhecido como décimo terceiro salário ou gratificação natalina, corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício, para o segurado que recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário- maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão, na forma do que dispõe o art. 120 do RPS. O recebimento de benefício por período inferior a doze meses, dentro do mesmo ano, determina o cálculo do abono anual de forma proporcional. O período igual ou superior a quinze dias, dentro do mês, será considerado como mês integral para efeito de cálculo do abono anual. 16. REABILITAÇÃO PROFISSIONAL 16.1. FINALIDADE A reabilitação profissional não é uma espécie de benefício. Trata-se de um serviço que tem por objetivo principal reinserir o trabalhador no mercado de trabalho quando houver a constatação dessa possibilidade pela perícia. As principais regras sobre esse assunto estão contidas nos artigos 89 a 93, da Lei 8.213/91. A assistência (re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob a denominação genérica de habilitação e reabilitação profissional, visa proporcionar aos beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em caráter obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 42 16.4. PROPORCIONALIDADE Questão típica dos concursos, com todo o seu conteúdo extraído diretamente do art. 93, é aquela que se refere às cotas obrigatórias para deficientes e reabilitados nas empresas com 100 ou mais empregados, de acordo com a seguinte proporção: A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: até 200 empregados 2% de 201 a 500 3% de 501 a 1.000 4% de 1.001 em diante 5% 16.5. PRIORIDADE Serão encaminhados para o Programa de Reabilitação Profissional, por ordem de prioridade: I - o segurado em gozo de auxílio-doença, acidentário ou previdenciário; II - o segurado sem carência para a concessão de auxílio-doença previdenciário, portador de incapacidade; III - o segurado em gozo de aposentadoria por invalidez; IV - o segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de contribuição ou idade que, em atividade laborativa, tenha reduzida sua capacidade funcional em decorrência de doença ou acidente de qualquer natureza ou causa; V - o dependente pensionista inválido; VI - o dependente maior de dezesseis anos, portador de deficiência; e VII - as Pessoas com Deficiência - PcD, ainda que sem vínculo com a Previdência Social. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 43 É obrigatório o atendimento pelaReabilitação Profissional aos beneficiários descritos nos incisos I, II, III e IV acima, ficando condicionado às possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e às características locais, o atendimento aos beneficiários relacionados aos incisos V, VI e VII. 17. QUESTÕES COMENTADAS 01. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2015) Em relação ao auxílio- acidente, (A) só é possível ao segurado se estiver percebendo o auxílio-doença. (B) é, em regra, possível sua percepção mesmo com o recebimento de salário ou concessão de outro benefício. (C) é devido se não houver a concessão do auxílio doença previamente e consistirá em uma renda mensal correspondente a 91% do salário de benefício, não sendo inferior ao salário-mínimo e nem superior ao limite máximo do salário de contribuição. (D) será concedido como reparatório ao segurado, quando após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultem sequelas que implique incapacidade para o trabalho, que atualmente exercia. (E) o segurado que sofreu o acidente do trabalho, tem garantia pelo prazo mínimo de 18 meses à manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-acidente. Comentários A alternativa “A” está incorreta porque o auxílio-acidente é concedido quando o segurado está apto para retornar ao trabalho, após a consolidação das lesões que resultaram seqüelas. A alternativa “B” está correta. Por ter caráter meramente indenizatório o auxílio-acidente pode ser acumulado com rendimentos do trabalho ou com outros benefícios, exceto na concessão ou reabertura de auxílio-doença, em razão do mesmo acidente ou de doença que lhe tenha dado origem, hipótese que acarreta a sua suspensão, ou no caso da sua cessação com o recebimento da aposentadoria. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 44 A alternativa “C” está incorreta porque o auxílio-acidente é devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença e o valor da renda mensal corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença. A alternativa “D” está incorreta porque o auxílio-acidente não pode resultar em incapacidade para o trabalho. Esse benefício será devido quando houver redução da capacidade para o trabalho ou possibilidade de desempenho de outra atividade. A alternativa “E” está incorreta porque a garantia provisória de emprego para o segurado empregado corresponde a 12 meses, além disso, esse período é contado a partir do retorno do empregado as suas atividades laborais. Gabarito: B 02. (juiz do trabalho TRT 6ª Região FCC 2015) No que se refere ao salário-maternidade, a lei previdenciária dispõe que, no caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao seu recebimento, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário- maternidade. Este benefício será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre (A) o valor do salário mínimo estadual, para o segurado especial. (B) o valor do salário mínimo, para o segurado eventual. (C) o salário mínimo estadual, para o empregado doméstico. (D) a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso. (E) 1/12 da soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 18 meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado. Comentários Para a segurada empregada e a trabalhadora avulsa a renda mensal do salário-maternidade corresponde ao valor de sua última remuneração integral, não sujeita ao limite máximo do salário-de-contribuição; Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 45 No caso da segurada empregada doméstica, corresponde ao valor do seu último salário-de-contribuição sujeito aos limites mínimo e máximo de contribuição; Em relação à segurada contribuinte individual e facultativa corresponde à média aritmética dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses, sujeito aos limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição. Por fim, para a segurada especial que não esteja contribuindo facultativamente, corresponde ao valor de um salário mínimo. Gabarito: D 03. (auditor de controle externo – área jurídica TCM-GO FCC 2015) No tocante ao salário-família, considere: I. O aposentado por invalidez terá direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria. II. O valor da cota do salário-família é paga por filho ou equiparado de qualquer condição, até quinze anos de idade ou inválido de qualquer idade. III. A cota do salário-família é incorporada ao salário ou ao benefício para efeito de pagamento de 13º salário. De acordo com a Lei no 8.213/1991, está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II e III. (C) III. (D) I e III. (E) I. Comentários O item I está correto, o salário-família é devido aos aposentados e será pago juntamente com a aposentadoria, conforme o art. 65, parágrafo único, da lei 8.213/91. O item II está incorreto. Quando o filho completa quatorze anos de idade cessa o direito ao salário-família. O item III está incorreto. As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício. Turma isolada de conhecimentos específicos para técnico do seguro social Aula 07 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Paulo Roberto Fagundes 46 Gabarito: E 04. (analista judiciário – área judiciária TRT 16ª Região FCC 2014) Airton, filiado ao Regime Geral de Previdência Social, recebeu durante o ano auxílio-reclusão. Dessa forma, a ele o abono anual (A) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado dos trabalhadores, tendo por base o valor médio da renda mensal do benefício do mês de dezembro do referido ano. (B) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, auxílio-doença e aposentadoria. (C) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado dos trabalhadores, tendo por base o valor da hora mensal trabalhada. (D) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, aposentadoria. (E) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro do referido ano. Comentários O abono anual, conhecido como décimo terceiro salário ou gratificação natalina, corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício, para o segurado que recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário- maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão, na forma do que dispõe o art. 120 do Regulamento da Previdência Social. Gabarito: E 05. (analista judiciário – oficial de justiça TRT 2ª Região FCC 2014) A aposentadoria por idade de um trabalhador urbano (exceto pessoa com deficiência), no regime geral de previdência social, será devida, desde que preenchida a carência aos (A) 53 anos de idade, para homens, e aos 48 anos, para mulheres. (B) 70 anos de idade, para homens, e aos 65 anos, para mulheres. (C) 65 anos
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