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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Prova Semestral: Duas questões dissertativas e oito questões objetivas. 
Prova Substitutiva: Quatro questões dissertativas sobre toda a matéria. 
Exame Final: Dez questões objetivas.
NÃO tem trabalho para compor a nota.
Previdência Social 
· Etimologia: 
Previdência vem do latim pré videre, que é a antecipação das contingências sociais para procurar compô-las. 
Também é relacionada com praevidentia: prever, antever.
· Denominação
Como se chama? Direito Previdenciário ou Direito da Seguridade Social (mais atual).
· O que é? 
A previdência social é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias, com a finalidade de prover subsistência ao trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa por motivo de doença, acidente de trabalho, maternidade, reclusão, morte e velhice. 
Obs.: A previdência social não é para todos, apenas para aqueles que contribuem, pois ela é feita mediante contribuição previdenciária.
A Previdência na Constituição (Art.194 ao Art.204,CF)
· Art.194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Obs.: “PASS” = Previdência, assistência social e saúde. 
A Previdência Social é composta de:
· Saúde: Direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Financiada por toda sociedade, independente de contribuição para o beneficiário (CF. arts.198,1º e 195).
· Previdência: Cobertura de contingências decorrentes de doença, invalidez, velhice, desemprego, morte e proteção à maternidade mediante contribuição, concedendo aposentadorias, pensões, etc.
Depende de contribuição para ter direito ao benefício previdenciário, quanto à parcela do trabalhador sobre o pagamento e quanto à parcela do empregador sobre a folha de salário (CF, art.201).
· Assistência Social: Atendimento das necessidades básicas quanto à proteção da família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independente de contribuição, isto é, concessão de benefícios a pessoas que nunca contribuíram para o sistema (CF, art.203).
Natureza Jurídica 
· O seguro tem como função restabelecer o equilíbrio econômico perdido por ocorrência de sinistro, pois repõe o capital perdido em um eventual sinistro. 
· Natureza Jurídica: é um ramo do direito público, porque decorre da lei, envolvendo o contribuinte, o beneficiário e o Estado, que arrecada as contribuições, paga os benefícios e presta os serviços, administrando o sistema.
QUESTÃO DE CONCURSO
Acerca da seguridade social e seus princípios, julgue o item a seguir:
A seguridade social constitui um conjunto integrado de ações que visam proteger exclusivamente os trabalhadores que contribuem para o sistema previdenciário.
C – Certo
E - Errado
Fundamentos Constitucionais para a resposta da questão anterior:
· Art.194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
· Art.196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
· Art.201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei,a:
· Art.203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
17/08/2021 
RELEMBRANDO:
Sobre a Seguridade Social, é correto afirmar que 
a) Teve seu conceito instituído na Constituição Federal de 1988, no titulo sobre a Ordem Social.
b) Possui o mesmo conceito que seguro social.
c) Compreende o tripé saúde, educação e assistência social.
d) Prevê o acesso igualitário e gratuito dos cidadãos aos direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
e) Seu financiamento é competência exclusiva do Poder Público.
Alternativa A – CORRETA.
A) Teve seu conceito instituído na Constituição Federal de 1988, no titulo sobre a Ordem Social. 
· CF/88
· TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL 
· CAPÍTULO II – DA SEGURIDADE SOCIAL 
· SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS 
· Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
B) Possui o mesmo conceito que seguro social – ERRADA
· O seguro social está limitado à previdência social, se refere a uma cobertura previdenciária, de caráter contributivo, enquanto que a seguridade social é mais ampla, pois está destinada a assegurar direitos relativos à previdência social (caráter contributivo) e à saúde e à assistência social (ambos de caráter não contributivo).
C) Compreende o tripé saúde, educação e assistência social – ERRADA
· A educação não faz parte da seguridade social, pois esta compreende o tripé saúde, previdência e assistência social. Vejamos a redação do dispositivo constitucional:
· CF/88
· Art.194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
D) Prevê o acesso igualitário e gratuito dos cidadãos aos direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
· A previdência social possui caráter contributivo e filiação obrigatória, e pressupõe o pagamento de contribuições previdenciárias dos segurados para a sua cobertura e dos seus dependentes. Apenas o direito à saúde pública e à assistência social é gratuito, eis que é custeado por toda a sociedade, e está disponível a todas as pessoas que delas necessitarem.
E) Seu financiamento é competência exclusiva do Poder Público – ERRADA
· Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
 I -  do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a)  a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
 b)  a receita ou o faturamento;
 c)  o lucro;
 II -  do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
Obs.: No caso do trabalhador é feito por meio de substituição tributária, ou seja, a empresa recolhe em nome do funcionário a contribuição para previdência. É competência do empregador.
III -  sobre a receita de concursos de prognósticos (ex.: mega sena).
IV -  do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
História da Previdência 
· Em 1883, na Alemanha temos a primeira lei previdenciária do mundo, obra do Kaiser Bismarck, primeiro ministro da Alemanha. Introduziu o que ficou conhecido como sistema previdenciário alemão, ou seja, uma espécie de seguro social. 
· Havia contribuições dos empregados, do empregador e do estado (sistema tríplice de custeio) e o trabalhador teria direito a benefícios previstos em lei.
· Na década de 1940, na Inglaterra, tivemos a criação do chamado sistema inglês, obra de Beveridge. O sistema era financiado por impostos e previa atendimento integral ao cidadão:“do berço ao túmulo”.
· O sistema Alemão de Bismarck era financiado contribuições dos empregados, do empregador e do estado.
· O sistema inglês de Beveridge tinha como características estabelecer a universalidade de proteção social para todos os cidadãos; unificar os seguros sociais existentes; igualdade de proteção social e tríplice forma de custeio, com predominância de custeio estatal.
· Bismarck tinha como características políticas antisocialistas (1878), e foi pressionado por forças políticas para conquistar com que a sociedade compactue. 
· Para Beveridge, diferente do pensamento Bismarck, o Estado deveria combater a doença, a escassez, a miséria, a ignorância e a ociosidade. 
Previdência no Brasil
· Em 1923, em nosso país, é publicada a lei Eloy Chaves que é considerada a primeira lei previdenciária brasileira.
· Seguiu o sistema alemão, de seguro social. Previa a existência de caixas de previdência em cada uma das principais empresas do país, iniciando pelas empresas que administravam as estradas de ferro. Tratava-se de um “mini INSS” por empresa.
· Em 1930, já na era Vargas, a Previdência Social passa a ser estruturada tendo em conta as corporações profissionais. Nascem os institutos de aposentadoria e pensão.
· Nesse mesmo período da história, foram criados dois institutos para atender as necessidades previdenciárias: o IAPC (instituto de aposentadorias e pensões dos comerciários) e o IAPI (instituto de aposentadorias e pensões dos industriários). 
Eram como “mini INSS” por categoria profissional. Ainda eram instituições privadas.
· Em 1967, os vários institutos existentes se unificaram no INPS – Instituto Nacional de Previdência Social. Na verdade, houve a estatização da previdência, no Brasil. O INPS era uma autarquia federal que tinha por função a concessão de benefícios previdenciários.
· Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) foi extinto ao ser fundido com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em 27 de junho de 1990 por meio do decreto nº 99.350, para formar o que é hoje conhecido como Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
· O IAPAS que cuidava da parte de custeio da previdência, isto é, fiscalização e arrecadação das contribuições.
· Depois tivemos a Constituição Federal de 1988, que alterou profundamente o sistema previdenciário. A saúde publica, por exemplo, que era ligada a previdência passa a se vincular ao Ministério da Saúde. Os trabalhadores rurais passam a ser segurados da previdência social. 
Conceito Básico de Assistência Social 
· ASSISTÊNCIA SOCIAL
· Lei 8.212/91, art.4º dispõe que “a Assistência Social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade Social.
· Lei 8.742/93 dispõe sobre a organização da Assistência Social: “é direito do cidadão e dever do Estado, sendo política de Seguridade Social não-contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizados por meio de um conjunto integrado de ações da iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento às necessidades básicas” (art.1º).
Conceito Básico de Saúde
· Conceito: Saúde é direito de todos e dever do Estado. Cabe ao Estado oferecer uma política social e econômica destinada à redução dos riscos de doenças e outros agravos, visando ações e serviços à proteção e recuperação do individuo. Cabe também ao Estado garantir o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Financiada por toda sociedade (arts. 198,195 e 196 da CF).
· Saúde é um dos direitos fundamentais do ser humano.
· Cabe ao Estado o dever preventivo e curativo de recuperação da pessoa.
Conceito Básico de Previdência Social
· Previdência Social é um sistema de contribuição para o custeio, onde prevalece o seguro social, ou seja, somente tem direito ao beneficio quem de acordo com a lei contribuiu com o sistema.
· Objetiva assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego voluntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Depende de contribuição.
Peculiaridades das Normas de Previdência Social
· É um direito autônomo.
· Natureza publicista (direito público).
· Não existe um código, e sim uma consolidação de leis sobre o tema.
· Relação jurídica formada entre os particulares e o Estado.
· Depende de previsão da lei.
· Compete à União, privativamente, legislar sobre Seguridade Social (Art.22,XXIII,CF).
· Competência concorrente entre a União, Estados-membros e o Distrito Federal para legislar sobre previdência social, proteção e defesa da saúde (Art.24,XII,CF), cabendo à União estabelecer normas gerais, que suspendam a eficácia da lei estadual no que lhe for contrário.
RELEMBRANDO
· Alemanha – Sistema do seguro social: Bismarck financiado contribuições dos empregados, do empregador e do estado.
· Inglaterra – Sistema de tríplice custeio, financiado por impostos “do berço ao tumulo” com atendimento integral ao cidadão.
· Mini-inss e Previdência Social com a Lei Eloy Chaves 
· Constituição Federal
· Lei 8.212/91: Organização da Seguridade Social e Pleno Custeio
· Lei 8.213/911: Planos de Benefícios da Previdência Social
· Lei 8.742/93: Lei Orgânica da Assistência Social
· Lei 8.080/90: Saúde
· Dec. 3.048/99: Regulamento da Previdência Social
QUESTÃO
Acerca da evolução histórica do direito previdenciário brasileiro, assinale a opção correta.
a) Ocorreram inúmeras modificações na organização administrativa previdenciária brasileira ao longo de seu desenvolvimento, tais como a transformação do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural em INPS e, em seguida, mediante a CF, a transformação deste em INSS.
b) O ordenamento jurídico brasileiro coexistiu com inúmeros regimes previdenciários específicos até a edição do Decreto-lei nº 72/1966, mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organização previdenciária do INPS.
c) O Decreto Legislativo nº 4.682/1923, também conhecido como Lei Eloy Chaves, é considerado um marco do direito previdenciário brasileiro, devido ao fato de, por meio dele, ter sido criado o Ministério da Previdência e Assistência Social.
d) Ao longo de décadas, o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidadãos, tendo sido instituídos benefícios previdenciários ao trabalhador apenas com a promulgação da CF.
e) A Constituição Federal de 1934 é considerada retrocedente quanto a proteção ao trabalhador, haja vista terem sido dela excluídos os benefícios à proteção ao maternidade e os provenientes de acidente de trabalho.
COMENTÁRIOS DAS ALTERNATIVAS
a) Ocorreram inúmeras modificações na organização administrativa previdenciária brasileira ao longo de seu desenvolvimento, tais como a transformação do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural em INPS e, em seguida, mediante a CF, a transformação deste em INSS. (ERRADA)
Comentário: 
A Constituição de 1988 incluiu os trabalhadores rurais no RGPS e foi além; assegurou a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
Por fim, o INSS não foi criado pela Constituição, mas 2 anos depois dela, por meio da Lei 8.029, que unificou o INPS e o IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social.
b) O ordenamento jurídico brasileiro coexistiu com inúmeros regimes previdenciários específicos até a edição do Decreto-lei n.º 72/1966, mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organização previdenciária no INPS. (CORRETA)
 IAPM (1933) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos;
 IAPC (1934) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários;
 IAPB (1934) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários;
IAPI (1936) – Instituto de Aposentadoria e Pensõesdos Industriários;
IPASE (1938) – Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado;
IAPETC (1938) – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas
c) O Decreto Legislativo n.º 4.682/1923, também conhecido como Lei Eloy Chaves, é considerado um marco do direito previdenciário brasileiro, devido ao fato de, por meio dele, ter sido criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. (INCORRETA)
Comentário: 
A Lei Eloy Chaves (Decreto-Lei 4.682/23) é um marco na evolução do Direito Previdenciário pátrio. 
 A Lei Eloy Chaves determinou a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP) para os ferroviários. Esse era o sistema precedente aos IAP; os segurados não eram agrupados por categoria profissional, mas por empresa.
Em razão de seu objeto, a Lei Eloy Chaves é considerada o marco inicial da previdência social no Brasil.
Já o primeiro ministério voltado especificamente à Previdência nasceu só em 1960 — ou seja, quase 40 anos depois da Lei Eloy Chaves — com o nome de Ministério do Trabalho e Previdência Social. Só em 1974, desmembrando Trabalho e Previdência, foi criado o MPAS mencionado na proposição em análise.
d) Ao longo de décadas, o Estado brasileiro deixou de concedeu diversos direitos sociais a seus cidadãos, tendo sido instituídos benefícios previdenciários ao trabalhador apenas com a promulgação da CF. (INCORRETA)
Comentário
A experiência previdenciária mais antiga no Brasil data de 1795, quando foi criado o Plano de Benefícios dos Órfãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha. O primeiro plano previdenciário de abrangência ampla, no entanto, surgiu 40 anos depois, em 1835, denominado MONGERAL – Montepio Geral dos Servidores do Estado.
e) A Constituição Federal de 1934 é considerada retrocedente quanto à proteção ao trabalhador, haja vista terem sido dela excluídos os benefícios de proteção à maternidade e os provenientes de acidente de trabalho. (INCORRETA)
Art 121 - A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País.
§ 1º - A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que colimem melhorar as condições do trabalhador: [...]
h) assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte; 
 
GESTÃO DA SEGURIDADE SOCIAL
A Gestão da Seguridade Social é feita da maneira QUADRIPARTITE, sendo os trabalhadores, os empregadores, o Governo e os aposentados.
· O Poder Público é o responsável por organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I) Universalidade da cobertura e do atendimento;
II) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV) Irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V) Equidade na forma de participação no custeio; 
VI) Diversidade da base de financiamento; 
VII) Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
SEGURADO
São pessoas físicas que exerce atividades remuneradas, que contribuem para o regime previdenciário, e sendo assim tem direito a prestações, sejam benefícios ou serviços, de natureza previdenciária.
Para os trabalhadores celetistas, a anotação do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho, os torna automaticamente filiados, no qual decorrem direitos e obrigações reciprocas. 
A inscrição nada mais é do que a formalização da filiação, e é na inscrição que o segurado fornece os dados necessários para a identificação (artigo 18 do decreto número 3048/99).
IDENTIFICAÇÃO DO SEGURADO
A identificação do trabalhador no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS poderá ser feita:
I- Pelo NIT, único, pessoal e intransferível, independentemente de alterações de categoria profissional; ou
II- Pelo Cadastro de Pessoas Físicas – CPF
§ 10.  Ao segurado cadastrado no Programa de Integração Social - PIS, no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep ou no Número de Identificação Social - NIS não caberá novo cadastramento.    
DEPENDENTE 
É a pessoa física que não possui vínculo direto, mas indireto com o RGPS, em razão de sua dependência econômica de um segurado. 
O companheiro (a) é beneficiário do RGPS como dependente do cônjuge; o conjunge é beneficiário do RGPS como dependente do companheiro (a); os filhos menores são beneficiários como dependentes dos pais.
Obs.: É possível que o companheiro seja codependente. 
DEPENDENTES 
Para a inscrição do dependente segurado, terá de ser feita por ele mesmo, e não pelo segurado, quando do requerimento do benefício a que tiver direito, apresentando os seguintes documentos:
i- Para os dependentes preferenciais:
a) Cônjuge e filhos: certidões de casamento e de nascimento;
b) Companheira ou companheiro: documento de identidade e certidão de casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso;
c) Equiparado a filho: certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do segurado e de nascimento do dependente, observada a comprovação de dependência econômica.
ii- Pais: Certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos, observada a comprovação de dependência econômica;
iii- Irmãos: Certidão de nascimento, observada a comprovação de dependência econômica.
No caso do cônjuge, sua inscrição será cancelada com a separação judicial, ou divorcio sem direitos a alimentos, certidão de anulação de casamento, certidão de óbito ou sentença judicial transitada em julgado. 
FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA 
· A FILIAÇÃO É OBRIGATÓRIA.
· Todos os trabalhadores que exercem alguma das atividades listadas no art. 11 da LBPS.
· (IMPORTANTE QUE VOCÊ VÁ ATÉ A LEI OLHAR QUAIS SÃO) 
· <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213compilado.htm
· Isso significa que um trabalhador que exerça alguma das atividades do art. 11 e não contribua para o INSS está em débito com o RGPS.
ESPÉCIES DE SEGURADOS
· Segurado Especial: Residente em imóvel rural, aglomerado urbano/rural ou em suas proximidades, que mantém a prática da agricultura familiar ou atividades semelhantes para garantir sua própria subsistência e a de sua família — incluindo os segurados que recebem auxílio do governo ou de terceiros.
 Ex.: Produtor rural; pescador artesanal; seringueiro; extrativista vegetal. 
· Segurados Facultativos: O indivíduo com idade acima de 16 anos que passa a contribuir por vontade própria para o fundo da Previdência Social, muito embora não esteja também alocado em outra categoria considerada de seguro obrigatório. 
Estagiários e pessoas em situação de desemprego.
· Aposentado que volta a trabalhar: O segurado aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social pode, eventualmente, manter-se ativo, exercendo atividade remunerada sujeita ao RGPS, se torna segurado obrigatório tendo em vista sua manutenção de vínculo contributivo para o INSS.
· Avulsos: São aqueles que exercem atividade profissional de natureza urbana ou rural em diferentes empresas, sendo estes sindicalizados ou não.
Além disso, incluem-se nessa categoria os profissionais equiparados, isto é, sem vínculos de emprego e que são intermediados pelo sindicato da categoria — ou conforme disposto pela Lei nº 12.815/2013 — e os trabalhadores que exercem função de movimentação de mercadorias, de acordo com as regras estabelecidas na Lei nº 12.023/2009.
INSCRIÇÃO DO SEGURADO OBRIGATÓRIO 
Atividades concomitantes, que é mais de uma atividade remunerada, sujeita ao RGPS, seráobrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas. Por exemplo, ser Administrador de dia e a noite dar aula de Administração (artigo 18, § 3º,do Decreto número 3.048 de 1999).
 O aposentado pelo Regime Geral da Previdência Social, que voltar a exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS, será segurado obrigatório, e ficará sujeito a contribuições previdenciárias (art. 11, § 3o, da Lei número 8.213 de 1991). 
 (Brasil. Artigo 11, § 4º, da Lei n. 8.213 de 1991), disciplina in verbis “O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no RGPS de antes da investidura. Portanto, o empregado escolhido pelos colegas como dirigente sindical continuará enquadrado na categoria de segurado empregado para fins previdenciários.
Obs.: Essas atividades quando são exercidas concomitantemente, devem se inscrever em ambas.
INSCRIÇÕES DO SEGURADO FACULTATIVO
· É segurado facultativo aquele que está fora da roda da atividade econômica, mas deseja ter proteção previdenciária.
É de sua livre escolha o ingresso no sistema, que se faz por inscrição.
· Sua filiação é voluntária e só faz valer com a inscrição e pagamento da primeira inscrição sem atraso. E também a filiação de segurados facultativos não poderá ter efeitos retroativos, sendo exclusiva dos segurados obrigatórios.
Ex.: Estagiário.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
· Ser segurado é requisito obrigatório para quase todos os benefícios da Previdência, em regra geral, todos aqueles que forem contribuintes para o RGPS, mais ao cessar a contribuição, o contribuinte não perde a qualidade de segurado automaticamente.
· O legislador tomou cuidado ao criar uma proteção aos que deixem de contribuir por algum fator, ou por algum motivo, sendo esse lapso de tempo chamado de período de graça.
· Assim, LEITAO entende por período de graça “Independente do pagamento da contribuição, durante certo período de tempo após a cessação, suspensão ou interrupção da atividade remunerada, principalmente no que se refere aos benefícios não programados. 
· Durante esse período adicional de cobertura previdenciária, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social. Como não pressupõe o pagamento da contribuição previdenciária, ele acabou sendo conhecido pela doutrina como período de graça”.
RELEMBRANDO:
· Segurado: São pessoas físicas que exercem atividades remuneradas, e contribuem para o regime previdenciário.
· Espécies de segurado: Empregado; empregado doméstico; contribuinte individual (empresário); trabalhador avulso (que trabalham por intermédio de Sindicato, Associações); segurado especial (aquele que tem características especificas dentro da Seguridade); segurado facultativos (estagiário); aposentado que volta a trabalhar.
· Dependente: Pessoa física que não possui vínculo direto, mas indireto com o RGPS, em razão da sua dependência um segurado.
· Espécies de dependentes: 
I – O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, menor de 21 anos ou invalido ou que tenha deficiência mental ou deficiência grave. 
Obs.: O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no regulamento.
II – Os pais;
III – O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
· Provas
§4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
§5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento.
§6º Na hipótese da alínea c do inciso V do §2º do art.77 desta Lei, a par da exigência do §5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda, inicio de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado.
§7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminalmente por sentença com transito em julgado, como autor, coautor ou participe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.
· Inscrição 
Art.17. O regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes 
§1º Incumbe ao dependente promover a sua inscrição quando do requerimento do benefício a que estiver habilitado.
§4º A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar.         
§5º O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário ou dono do imóvel rural em que desenvolve sua atividade deverá informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome do parceiro ou meeiro outorgante, comodante ou assemelhado.
Lembre-se que é condição comprovar.
§7º Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo.
Obs.: Tem que inscrever antes do segurado morrer “tempus regit actum”.
· Período de graça
Art.15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
· Prorrogação do período de graça 
· O artigo 15, § 1º, da Lei número 8.213 de 1991 prevê a possibilidade de prorrogação por mais 12 (doze) meses do período de graça previsto no inciso II, se o segurado já tiver efetuado o pagamento de mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
· E também há hipótese prevista no § 2º do artigo 15 da Lei número 8.213 de 1991 e aplica-se ao segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.
· Perdeu a qualidade de dependente 
a) O cônjuge: pela separaçãojudicial ou divórcio, se não tiver direito à pensão alimentícia; pela anulação do casamento, uma vez que, dissolvido o vínculo conjugal, o casamento anulado não pode gerar relação jurídica previdenciária, pelo óbito; e por sentença transitada em julgado. Essas são também hipóteses de cancelamento da inscrição do cônjuge como dependente (artigo 17, §2º, do PBS).
b) Ao companheiro: quando cessar a união estável com o segurado, se não tiver direito à pensão alimentícia.
c) Os filhos e irmãos, de qualquer condição: quando completarem 21 anos ou se emanciparem. Se, embora inválidos, se emanciparem e a emancipação se der em decorrência de colação de grau em curso superior, não se opera a perda da qualidade de dependente.
· O Decreto número 6.939 de 2009 modificou a redação do artigo 108 do RPS: a pensão por mote somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou antes de completar a idade de 21 anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia medica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado.
d) Os filhos e irmãos, de qualquer condição, com deficiência intelectual ou mental: pelo levantamento da interdição.
e) Os dependentes em geral: quando cessar a invalidez ou pelo seu falecimento.
· Reaquisição da qualidade de segurado
Art.24.  Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. (CONCEITO DE CARÊNCIA).
· Princípios do Custeio da Seguridade
1) Princípio da Solidariedade (art. 195, CF/88): que estabelece que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta e que nenhum benefício ou serviço será criado ou majorado sem o prévio custeio. 
2) Princípio da Preexistência do Custeio ou Contrapartida (art. 195, §5º, CF/88): estabelece que nenhum benefício ou serviço será concedido, criado ou majorado sem o prévio custeio.
Custeio da Previdência Social 
Receitas da União
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
a) As das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço;
b) As dos empregadores domésticos;
c) As dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;
d) As das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
III - receitas de outras fontes
Custeio da Previdência Social
Outras Receitas
I - As multas, a atualização monetária e os juros moratórios;
II - A remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros;
III - As receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens;
IV - As demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;
V - As doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;
VI - 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal;
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;
VIII - Outras receitas previstas em legislação específica.
CARÊNCIA
O período de carência segundo o artigo 26 do Decreto nº 3048/99 – Período de Carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Tempo de contribuição
É o tempo contado de data a data, desde o início da contribuição até a data do requerimento ou desligamento de atividade abrangida pela Previdência Social, descontados os períodos em que houve suspensão do contrato de trabalho, interrupção de exercício e desligamento da atividade.
Contagem do período de carência
· Segurado empregado e avulso: 1º dia do mês de filiação ao RGPS. 
· Doméstico, Contribuinte individual,  empresário, Autônomo e especial e segurado facultativo: 
· 1º dia do mês do 1º recolhimento de contribuição sem atraso. 
· Não são consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores.
EXEMPLO DE CONTAGEM DE CARÊNCIA:
“Eloísa Souza é uma cantora que já “emplacou” na carreira e é muito talentosa. 
Ela se apresenta esporadicamente em alguns bares e casas noturnas da cidade e tem ganho dinheiro com “lives” pela internet razão da pandemia do Coronavírus. A situação é que ela lhe procurou porque formalizou sua situação enquanto empresária individual e, portanto, contribuinte obrigatória do Regime Geral de Previdência Social, no dia 01/05. O vencimento da obrigação é 02/06, sendo que Eloísa esqueceu de efetuar o pagamento no prazo. 
No dia 02/07 ela pagou duas parcelas. A atrasada e a do mês 06 e a do mês 07, sendo que hoje, dia 31/08 ela ainda não efetuou o pagamento do tributo.”
Eloísa é segurada a partir de quando? 02/07
Eloísa não perdeu a qualidade de segurada, embora tenha atrasado o pagamento: VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
INDEPENDE DE CARÊNCIA:
a) Pensão por morte para demais dependentes que não cônjuge;
b) Auxílio-reclusão;
c) Salário-família;
d) Salário-maternidade para seguradas empregada, avulsa e empregada doméstica;
e) Serviço social;
f) Reabilitação profissional;
g) Auxílio-acidente;
h) Auxílio-doença por acidente do trabalho;
i) Aposentadoria por invalidez provocada por acidente do trabalho.
· Doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social em que for acometido, após filiar-se ao RGPS, conforme critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que exija especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado.
· Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez aos segurados do RGPS, acometidos das doenças e afecções (Portaria Interministerial 2.998, de 23.8.2001): tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíste deformante); AIDS; contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e hepatopatia grave.
	Benefício
	Carência (em meses)
	Aposentadorias (por Idade, Tempo de Contribuição, do Professor, Especial, por Idade ou Tempo de Contribuição do Portador de Deficiência)
	
180
	Pensão por Morte e Auxílio-reclusão (se o cidadão não estiver recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez)
* Observação: a duração do benefício pode variar conforme a quantidade de contribuições do instituidor entre outros fatores. Veja detalhes nas páginas sobre pensão por morte e auxílio-reclusão.
	
Não há*
	Auxílio-doença / Aposentadoria por invalidez
	12
	Salário-maternidade (Contribuinte Individual, Facultativo, Segurado Especial)
	10
	Salário-maternidade (Trabalhadora Avulsa, Empregada, Empregada Doméstica)
	Não há
SALÁRIO BENEFÍCIO:
Art. 2º A partir de 1º de janeiro de 2021, o salário de benefício e o salário de contribuição não poderão ser inferiores a R$ 1.100,00 (um mil e cem reais), nem superiores a R$ 6.433,57 (seis mil quatrocentos e trinta e três reais e cinquenta e sete centavos).
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-477-de-12-de-janeiro-de-2021-298858991
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
· O salário-de-contribuição é a base de cálculo da contribuição dos segurados. 
· É o valor a partir do qual, mediante a aplicação da alíquota fixada em lei, obtém-se o valor da contribuição de cada um deles.
· TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO 
· DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2021.
CÁLCULO DO INSS
· Cálculo da contribuição: deve-se multiplicar pela alíquota de cada faixa apenas a parcela do salário que nela se encaixar. 
· Cálculo para um salário de R$ 5.014,16 
Na 4ª faixa:
· 1ªfaixa salarial: 1.100,00 x 0,075 = 82,50
· 2ª faixa salarial: [2.203,48 – 1.100,00] x 0,09 = 1.103,48 x 0,09 = 99,31
· 3ª faixa salarial: [3.305,22 – 2.203,48] x 0,12 = 1.101,74 x 0, 12 = 132,20
· Faixa que atinge o salário: [5.014,16 – 3.305,22] x 0,14 = 1708,94 x 0,14 = 239,25
Total a recolher: 82,5 + 99,31 + 132,20 + 239,25
Total a recolher: 553,26
RENDA MENSAL DOS BENEFÍCIOS
Na Renda Mensal Inicial do Benefício a ser concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, a legislação prevê os descontos permitidos. Os benefícios previdenciários pagos pela Previdência Social possuem caráter alimentar, pois substituem os rendimentos do trabalho e garantem que a família do segurado sobreviva destes valores. No entanto, há a possibilidade de incidência de descontos nos benefícios, conforme rol abaixo: 
1) Contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; 
2) Pagamentos de benefícios além do devido, respeitado o limite máximo de 30% do valor do benefício; 
3) Incidência de Imposto de Renda da Pessoa Física, IRPF, para beneficiários de até 65 (sessenta e cinco) anos de idade; 
4) Pensão Alimentícia determinada por sentença judicial; 
5) Empréstimos e financiamentos contratados pelo segurado, observado o desconto máximo de 30% para empréstimos ou de 20% para empréstimos + 10% para cartão de crédito; 
6) Mensalidades de associações e demais entidades de aposentados, desde que autorizadas. 
Por fim, cumpre destacar que a Renda Mensal dos Benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, deve ter seus valores reajustados, anualmente, na mesma data do reajustamento do salário mínimo, tendo como índice de atualização o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, INPC. 
REAJUSTES DOS BENEFÍCIOS 
· FATOR DE REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS DE ACORDO COM AS RESPECTIVAS DATAS DE INÍCIO, APLICÁVEL A PARTIR DE JANEIRO DE 2021.
PAGAMENTO DOS BENEFÍCIOS
· Art. 60.  O pagamento dos benefícios da Seguridade Social será realizado por intermédio da rede bancária ou por outras formas definidas pelo Ministério da Previdência Social.
· Para confirmar o dia que irá receber a renda previdenciária em cada mês, o segurado deve conferir o número do seu benefício. A data de depósito da aposentadoria, pensão ou auxílio depende do número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço. É preciso observar se o benefício é de um salário mínimo (R$ 1.100, em 2021) ou acima dele. Os pagamentos começam antes para quem ganha o piso.
CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS
“Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social:
I – aposentadoria e auxílio-doença;
II – duas ou mais aposentadorias;
II – mais de uma aposentadoria; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
III – aposentadoria e abono de permanência em serviço;
IV – salário-maternidade e auxílio-doença; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
V – mais de um auxílio-acidente; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente. (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995).”
“Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.
§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de:
I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;
II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou
III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social.
§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos;
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos;
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.
§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios.
§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.”
· CARÊNCIA: É o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Obs.: É contada em razão de prazos, de forma adequada para dar direito ao trabalhador de ter ou não o benefício. 
QUESTÃO DE PROVA:
CEBRASPE (CESPE) - Técnico do Seguro Social/2008 
É apresentada, no item que se segue, uma situação hipotética relacionada a dependentes e a período de carência, seguida de uma assertiva a ser julgada.
· Paulo é, de forma comprovada, dependente economicamente de seu filho, Juliano, que, em viagem a trabalho, sofreu um acidente e veio a falecer. Juliano à época do acidente era casado com Raquel.
· Nessa situação, Paulo e Raquel poderão requerer o benefício de pensão por morte, que deverá ser rateado entre ambos.
C Certo
E Errado
Comentário da resposta: 
Os dependentes são classificados em três classes, com as anteriores com precedência sobre as seguintes, nesta ordem:
· Cônjuge, companheiro(a) e filhos menores de 21 anos ou inválidos, desde que não tenham se emancipado entre 16 e 18 anos de idade;
· Pais;
· Irmãos não emancipados, menores de 21 anos ou inválidos.
Portanto, Raquel, cônjuge de Juliano é quem pode requerer benefício de pensão por morte.
QUESTÃO DE PROVA:
No item subsequente, é apresentada uma situação hipotética que trata de cumulação de benefícios, seguida de uma assertiva a ser julgada.
· Pedro recebe auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o deixaram com sequelas definitivas.
· Nessa condição, Pedro não poderá cumular o benefício que atualmente recebe com o de aposentadoria por invalidez que eventualmente venha a receber.
C Certo
E Errado
Comentário da resposta:
· Lei 8.213 - Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
· 2o O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
Lembrete:
A prescrição é a extinção da pretensão à prestação devida – direito esse que continua existindo na relação jurídica de direito material – em função de um descumprimento(que gerou a ação)
A decadência se refere a perda efetiva de um direito pelo seu não exercício no prazo estipulado.
DECADÊNCIA 
O prazo é de 10 (dez) anos; 
A contagem do prazo pode iniciar em 2 momentos distintos:
a) Se o benefício FOI CONCEDIDO, e ele deseja uma REVISÃO do ato concessório, conta-se o prazo decadencial a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação; se alguma revisão não foi implantada o prazo se inicia da data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto;
b) Se o benefício FOI INDEFERIDO, CANCELADO OU CESSADO; ou em caso de REVISÃO de benefício; se o segurado deseja questionar qualquer dessas decisões (indeferimento, cancelamento, cessação, provimento ou indeferimento do pedido de revisão), o prazo decadencial contado a partir do dia em que dele tomar conhecimento.
PRESCRIÇÃO:
A prescrição, em se tratando de benefícios, atinge apenas as prestações vencidas. Os benefícios previdenciários, você sabe, são pagos mensalmente aos beneficiários. E se algum beneficiário ingressa com ação judicial buscando revisar o seu benefício e obtém sucesso, ele terá direito ao pagamento das prestações dos últimos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.
Veja o que diz o parágrafo único do art. 103 da LBPS:
“Art.103 [...] Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.”
AUXÍLIO DOENÇA 
Rebatizado pela Reforma da Previdência para auxílio por incapacidade temporária – é devido ao segurado que, em razão de doença ou lesão, ficar incapacitado por mais de 15 dias consecutivos para seu trabalho ou sua atividade habitual.
Obs.: Até 15 dias é pago pela empresa, após esse período, o auxilio por incapacidade temporária é pago pelo Estado (INSS).
Fundamento Legal: É disciplinado pelos artigos 59 a 63 da LEI Nº 8.213/93 e 71 a 80 da RPS.
Até quando:
a) Seja dado como habilitado para o exercício de outra atividade que lhe garanta subsistência; ou 
b) Considerado não recuperável, seja aposentado por incapacidade permanente.
Carência de 12 contribuições.
NÃO é devido o auxílio por incapacidade temporária em:
a) O auxilio por incapacidade temporária não é devido ao assegurado que se filiar ao RGPS já portador da doença ou lesão (doença ou patologia pré-existente) invocada como causa para a concessão do benefício, salvo se a incapacidade sobrevier em decorrência de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão, posterior à filiação.
b) O auxílio também não é devido ao assegurado recluso em regime FECHADO, novidade instituída pela Lei 13.846/2019. Embora esteja claramente subentendido no 2º do art. 59 da LEI 8.214/93 essa restrição, o legislador, cauteloso, preferiu deixar EXPRESSO no 8º que o benefício será devido ao assegurado recluso em regime semiaberto ou aberto.
APOSENTADORIA
É o benefício concedido ao trabalhador segurado que preencher os requisitos legais, podendo ser aposentadoria por idade, por incapacidade permanente, tempo de contribuição e aposentadoria especial.
Contagem reciproca para fins de aposentadoria
· O segurado pode ter em sua história laboral períodos trabalhados na iniciativa privada (urbana e rural) e no serviço público, com contribuições recolhidas para regimes previdenciários diferentes, sem que, em nenhum deles, tenha cumprido todos os requisitos para se aposentar.
· A CF garante a contagem do tempo de contribuição para ambos os regimes para que, ao final, possa o segurado obter sua aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade. 
Obs.: A contagem reciproca para fins de aposentadoria serve para realizar a contagem como tempo efetivo de contribuição.
Ex.: Trabalhou em 1990 no MC Donalds e pagou as contribuições durante esse período. Pediu demissão e parou de pagar. Se tornou funcionária pública após anos. 
No exemplo supracitado poderá averbar o tempo de particular no serviço público para contagem do tempo efetivo de contribuição para fins de aposentadoria. 
Como também, poderia averbar o tempo de serviço público no particular.
APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE 
· Fundamento: art. 42 a 47 da LEI Nº 8.213.
· Prestação que visa substituir a remuneração do segurado que estando ou não em gozo de auxilio por incapacidade permanente, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição, desde que atendida, quando for o caso, o período de carência exigido.
Termo Inicial do benefício: 
a) 16º dia auxílio;
b) Até 30 dias;
c) Data do requerimento.
Termo Final do beneficio 
a) Morte;
b) Retorno.
Carência: 12 contribuições 
IMPORTANTE: Isenta de carência se a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza, bem como de doenças profissionais ou do trabalho (enfermidades que são equiparadas por lei a acidente de trabalho).
Obs.: Se ficar comprovado que a pessoa não tem mais condições, porém, se ainda é jovem terá que passar por avaliação periódica a cada 02 (dois) anos que irá passar pela perícia do INSS que irá verificar se não houve de fato a reabilitação. 
À partir de 60 anos, não faz mais a visita periódica. 
E quanto é que paga?
Se a aposentadoria por incapacidade permanente não for precedida de auxilio por incapacidade temporária (hipótese excepcionalíssima) a Renda mensal do benefício (RMB) corresponderá a:
REGRA GERAL: 60% do SB + 2% por ano que supera: 
1) Os 20 anos de contribuição, no caso de segurado;
2) Os 15 anos de contribuição, no caso de segurada.
EXCEÇÃO:
· 100% do SB se a incapacidade for decorrente de acidente de trabalho ou de doença profissional ou do trabalho. 
· Por outro lado, se for precedida de auxílio por incapacidade temporária (é a regra), a Renda mensal do benefício (RMB) corresponderá aos mesmos percentuais acima, mas tendo por base o SB que serviu de base para o cálculo da RMB do auxílio.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO
· Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
· Tempo mínimo de 5 anos de efetivo exercício no cargo respectivo em que se dará a aposentadoria;
· 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem,
· e 55 anos de idade e 30 de contribuição, se mulher.
APOSENTADORIA POR IDADE 
· Art. 48 a 51 da LEI 8.213/91, artigos 51 a 55 do Decreto 3.048/89
· Para a concessão da aposentadoria por idade é necessário que o segurado tenha cumprido o período de carência exigida, bem como complete a idade de 65 anos, se homem, ou 60 anos de idade se mulher.
· Em se tratando de trabalhadores rurais a idade exigida será reduzida em 5 anos.
· Para os segurados que se filiaram ao sistema após a edição da LEI Nº 8.213/91 o período de carência é de 180 contribuições mensais.
· Já para os segurados já vinculados ao sistema previdenciário até 24 de julho de 1991 aplica-se a tabela de transição prevista no art. 142 da LEI Nº 8.213/91.
QUESTÃO DE PROVA
Julgue os itens a seguir:
I- De acordo com o STJ, para fins de aposentadoria híbrida, o tempo rural pode ser remoto, descontinuo, não predominante, sem contribuições, não concomitante ao implemento das condições ou à data do requerimento administrativo. (VERDADEIRO)
II- A lei determina que a aposentadoria compulsória pode ser pedida pelo órgão de contratação, sendo de setenta anos a idade-limite. (FALSO)
R: 75 anos é o limite.
Não é necessário requerimento.
III- Mário, segurado inscrito na previdência social desde 1972, requereu sua aposentadoria por tempo de contribuição. Nessa situação, a renda inicial da aposentadoria de Mário corresponderá à média aritmética simples dos salários-de-contribuição desde 1972, multiplicada pelo fator previdenciário. (FALSO)
Art.29. O salário-de-benefício consiste:
I – para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuiçãocorrespondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário.
Obs.: Aposentadoria compulsória “expulsória” é aquela em que a pessoa não pode mais ficar sendo servidora pública/ trabalhando. Ela necessariamente precisa ser aposentada. 
Auxílio por Incapacidade Temporária
1) Incapacidade por mais de 15 dias consecutivos 
a) Para o trabalho;
b) Para sua atividade habitual (pois nem todos é trabalhador, ex.: estagiário).
2) Não é devido:
a) A segurado recluso em regime fechado
b) A quem se filiar já com a doença ou lesão
Exceção: Incapacidade decorrente de progressão ou agravamento pós filiação.
APOSENTADORIA POR IDADE
· Art. 48 a 51 da Lei nº 8.213/91 e artigos 51 a 55 do Decreto 3.048/99
· Para a concessão da aposentadoria por idade é necessário que o segurado tenha cumprido o período de carência exigida, bem como complete a idade de 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade se mulher. 
· Em se tratando de trabalhadores rurais a idade exigida será reduzida em 5 anos.
· Para os segurados que se filiaram ao sistema após a edição da Lei 8.213/91 o período de carência é de 180 contribuições mensais.
CARÊNCIA 
· Já para os segurados já vinculados ao sistema previdenciário até 24 de julho de 1991 aplica-se a tabela de transição prevista no art. 142 da Lei Nº 8.213/91
· Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:      
APOSENTADORIA POR IDADE
· Desse modo, somente a título de exemplo, o trabalhador homem urbano, que completou 65 anos em 2005, deverá cumprir o período de carência de 144 contribuições mensais. 
· Rural: 
· No que se refere ao trabalhador rural, este deve comprovar o efetivo exercício da atividade rural, mesmo que de forma não continuada no período anterior ao requerimento da aposentadoria ou comprovar a atividade rural no mês que atingiu a idade exigida pelo tempo referente aos meses de carência exigido para a concessão do benefício requerido.
· Assim, o segurado trabalhador rural tem a carência de 180 meses de comprovada atividade rural.
TERMO INICIAL – APOSENTADORIA POR IDADE
· Para o segurado empregado, inclusive o doméstico, inicia-se a contagem da data do desligamento, quando requerida nos 90 dias que o sucederam.
· Caso o segurado requeira o benefício após os 90 dias, ou se continuar no emprego, ter-se-á por termo inicial a data do requerimento. Para os demais segurados o termo inicial será a data da entrada do requerimento.
QUANTO PAGA?
A) Para os segurados filiados a Previdência Social a partir de 29/11/1999 (Lei 9.876/99), o salário de benefício é formado pela média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição de todo período contributivo, corrigido mês a mês e multiplicado pelo fator previdenciário.
B) Para os segurados filiados a Previdência Social até 28/11/1999, o salário de benefício consiste na média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos mês a mês de todo o período contributivo a partir da competência de julho de 1994 multiplicado pelo fator previdenciário.
O que é o fator previdenciário?
· Foi criado em 199 para permitir que pessoas se aposentem mais cedo e sem um limite mínimo de idade.
· Para quem contribuía antes da reforma e não preencheu os requisitos, entrará em uma das regras de transição.
· O fator previdenciário na aposentadoria por idade é calculado, levando-se em conta a idade e a expectativa de vida e o tempo de contribuição do segurado no momento do requerimento da aposentadoria.
· Expectativa de sobrevida: está atrelada a expectativa de vida do IBGE.
· Tempo de contribuição
· Idade.
· A incidência do fator previdenciário na Aposentadoria por Idade é facultativa, de forma que só é aplicada quando é vantajoso ao segurado, ou seja o fator é maior que 1.
· O cálculo do fator foi criado com o objetivo de equilibrar as contas, ou seja, o tempo de contribuição do segurado e o valor do benefício auferido por ele.
Pedágio?
“Artigo 20 da EC 103/2019: o segurado poderá se aposentar quando tiver uma idade mínima e preencher tempo de contribuição mais o pedágio.”
Isso significa que, além da idade mínima e o tempo de contribuição, você ainda tem que cumprir o pedágio de 100%, que é o tempo que falta para você se aposentar.
 
Homens:
· 60 anos (idade mínima exigida no momento da DER – Data de entrada do requerimento);
· 35 anos de contribuição (tempo de contribuição mínimo exigido);
· Pedágio de 100% do tempo que falta para se aposentar no momento da vigência da Reforma (13/11/2019).
Mulheres:
· 57 anos (idade mínima exigida no momento da DER – Data de entrada do requerimento);
· 30 anos de tempo de contribuição (tempo de contribuição mínimo exigido);
· Pedágio de 100% do tempo que falta para se aposentar no momento da vigência da Reforma (13/11/2019).
Pedágio exemplo – Reforma da previdência 
Imagine a situação da Carla: Ela tinha 29 anos e 6 meses de tempo de contribuição no dia 13/11/2019, faltando somente 6 meses para se aposentar.
Ela terá que cumprir o pedágio de 50% referente a esse tempo que faltava (6 meses).
Desse modo, ela terá que cumprir esses 6 meses + 3 meses de pedágio totalizando 9 meses para Carla ter direito a aposentadoria nessa regra de transição.
O cálculo do benefício é feito com a média de todos os seus salários de contribuição multiplicado pelo seu fator previdenciário. 
DESAPOSENTAÇÃO 
· A doutrina e a Jurisprudência admitem a renúncia: é a denominada desaposentação.
· Trata-se da renúncia voluntária a um benefício previdenciário já concedido, para aproveitar esse tempo de contribuição e soma-lo a novas contribuições para que seja concedido um novo benefício de renda mensal inicial - RMI mais vantajosa para o segurado é aceito no RGPS e no RPPS.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
· Nascida com a Emenda Constitucional n.20/98, que extinguiu a antiga aposentadoria por tempo de serviço, a aposentadoria por tempo de contribuição é, quiçá, a que traz maiores minúcias, vez que devem ser observadas as normas de transição, consoante veremos adiante.
Há, portanto, três situações:
a) A daqueles que quando da entrada em vigor da EC n.20/98 já haviam implementado os requisitos para a obtenção da aposentadoria por tempo de serviços;
b) A daqueles que ainda não haviam implementado os requisitos; e
c) A daqueles que se filiaram ao RGPS após a entrada em vigor das novas regras.
SITUAÇÃO 1
Segurados que já haviam implementado os requisitos para obter a aposentadoria por tempo de serviço antes da EC n. 20/98 
APOSENTADORIA INTEGRAL
Requisitos: Não se exigia idade mínima, mas somente tempo de serviço, ou seja, 30 anos de tempo de serviço, se mulher; ou 35 anos de tempo de serviço, se homem. Contudo, exigia-se a carência de 180 contribuições mensais.
Valor do benefício: O benefício corresponde a alíquota de 100% sobre o salário de benefício, não se aplicando o fator previdenciário, haja vista que a legislação da época não o previa e sua aplicação feriria o princípio do direito adquirido
Segurados que já haviam implementado os requisitos para obter a aposentadoria por tempo de serviço antes da EC n. 20/98 
APOSENTADORIA PROPORCIONAL
Requisitos: Também não era exigida idade mínima, bastando que o segurado tivesse no mínimo 30 anos de tempo de serviço, se homem; ou 25 anos de serviço, se mulher. A carência de 180 contribuições mensais também era exigida.
Valor do benefício: O valor do benefício da aposentadoria por tempo de serviço proporcional era calculado em 70% do salário de benefício mais 6% deste salário para cada novo ano completo de atividade que excedesse o tempo mínimo de serviço (30 anos para homens e 25 para mulheres), observado o limite de 100% sobre o salário de benefício. 
SITUAÇÃO 2
· Segurados vinculadosà Previdência que não haviam implementado os requisitos para obter a aposentadoria por tempo de serviço quando da entrada em vigor da EC n. 20/98. 
· A entrada em vigor da EC n.º 20/98 trouxe novas regras para os segurados que ainda não haviam implementado todas as condições para se aposentar.
· Da mesma forma, foi extinta a aposentadoria por tempo de serviço (resalvados os casos de direito adquirido, como dito), passando a existir o instituto da aposentadoria por tempo de contribuição. 
Atualmente as aposentadorias por tempo de contribuição se dão com observância aos termos desse tópico, vez que os segurados que se filiaram ao regime após a EC. n.º 20/98 deverão ter 30 anos de tempo de contribuição, se mulheres, ou 35 anos de contribuição, se homens.
SITUAÇÃO 2 – APOSENTADORIA INTEGRAL 
Salvo se optarem pela incidência da regra nova, aplicam-se as regras de transição previstas no art. 9º da EC. n.º 20/98, a saber:
I – contar com 53 anos de idade, se homem, e 48 anos de idade, se mulher; e 
II– contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher; e
b) um período adicional (pedágio) de contribuição equivalente a 20% do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.
Exemplo: Segurado homem que tinha 20 anos de tempo de contribuição quando da entrada em vigor da EC n. 20, faltando-lhe 15 anos de contribuição para se aposentar. Terá que contribuir os 15 faltantes, bem como mais 36 meses a título de pedágio.
O período de carência exigido é de 180 contribuições mensais. Contudo, para os segurados inscritos até a entrada em vigor da Lei 8.213/91, ou seja, até 24/07/1991, o período de carência será o constante da tabela do artigo 142 da citada Lei. 
Valor do benefício: O valor do benefício, contudo será de 100% sobre o salário de benefício.
SITUAÇÃO 2 – APOSENTADORIA PROPORCIONAL
Requisitos:
· I – contar com 53 anos de idade, se homem, e 48 anos de idade, se mulher; e
· II – contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
· a) 30 anos, se homem, e 25 anos, se mulher; e
· b) um período adicional (pedágio) de contribuição equivalente a 40% do tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior.
· Também deverá ser observado o período de carência correspondente a 180 contribuições mensais.
· Contudo, para os segurados inscritos até a entrada em vigor da Lei 8.213/91, ou seja, até 24/07/1991, o período de carência será o constante da tabela do artigo 142 da citada Lei.
· Valor do benefício: O valor da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do salário de benefício, somado de mais tantos 5% forem os anos de contribuição que superem a soma de 30 anos, se homem, ou 25 anos se mulher.
SITUAÇÃO 3 	
· Segurados que se filiaram ao RGPS após a entrada em vigor da EC. n.º 20/98.
· Para esses segurados as regras encontram-se estabilizadas. Inexiste para eles a figura da aposentadoria proporcional.
Requisitos
· Não há idade mínima para a obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição e, nos termos do artigo 56 do Decreto n.º 3.048/99 o segurado deverá possuir 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos de contribuição se mulher.
· Contudo, em se tratando de professor que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, o período de contribuição acima mencionado será reduzido em 5 anos.
· Cabe destacar que esses requisitos também serão aplicados para aqueles que, mesmo enquadrados na situação anterior, preferirem fazem uso das novas regras.
· O período de carência é de 180 contribuições mensais, posto que, apesar da exigência tempo de contribuição (25, 30 ou 35 anos, conforme já visto) a regra vigente permite o computo de atividades prestadas em períodos anteriores à atual filiação, como nos casos de averbação do tempo anterior à perda da qualidade de segurado, de contagem recíproca de tempo de contribuição cumprido noutros regimes, e outras aberturas legais que permitem incluir períodos em que não houve efetiva contribuição ao sistema, como nas hipóteses de fruição de benefícios de prestação continuada, substitutivos do salário de contribuição.
· Será calculado com base numa alíquota de 100% sobre o salário de benefício, multiplicado pelo fator previdenciário. 
APOSENTADORIA ESPECIAL
A partir de 13/11/2019
· 55 ANOS
- 15 anos de atividade especial - Mineiros no subsolo;
- Britador; Choqueiro; Carregador de Rochas; Cavouqueiro; Operador de britadeira de rocha subterrânea; Operador de britadeira de rocha subterrânea; Perfurador de Rochas em Cavernas.
· 58 ANOS
- 20 anos de atividade especial
- Trabalhadores permanentes em locais de subsolo, afastados das frentes de trabalho; Extrator de Fósforo Branco; Extrator de Mercúrio; Fabricante de Tinta; Extrator de Fósforo Branco; Carregador de Explosivos; Laminador de Chumbo; Moldador de Chumbo; Trabalhador em Túnel ou Galeria Alagada; Fundidor de Chumbo; Encarregado de Fogo.
· 60 ANOS
- 25 anos de atividade especial
- Cortador Gráfico; Foguista; Aeroviário de Serviço de Pista; Auxiliar de Enfermeiro; Auxiliar de Tinturaria; Eletricista ( acima 250 volts); Bombeiro; Cirurgião; Auxiliares ou Serviços Gerais que trabalham em condições insalubres. Dentista; Estivador; Enfermeiro; Engenheiros químicos, metalúrgicos e de minas; Escafandrista; Aeroviário; Jornalista; Químicos industriais, toxicologistas; Gráfico; Maquinista de Trem; Médico; Mergulhador; Metalúrgico; Mineiros de superfície; Motorista de ônibus; Motorista de Caminhão (acima de 4000 toneladas); Técnico em laboratórios de análise e laboratórios químicos; Técnico de radioatividade. Recepcionista (Telefonista); Trabalhadores em extração de petróleo; Transporte urbano e rodoviários; Tratorista (Grande Porte); Operador de Caldeira; Operador de Raios-X; Operador de Câmara Frigorífica; Pescadores; Professor; Pintor de Pistola; Tintureiro; Trabalhador de Construção Civil; Soldador; Supervisores e Fiscais de áreas com ambiente insalubre; Perfurador; Torneiro Mecânico; Transporte ferroviário. Vigilante (armado ou não).
AUXÍLIO ACIDENTE – AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA ACIDENTÁRIA
· O auxílio por incapacidade temporária comum segue a regra geral. Pode ser recebido, atendidos os demais requisitos, por empregados, contribuintes individuais, domésticos, trabalhadores avulsos, segurados especiais e facultativos.
· Já o auxílio por incapacidade temporária acidentária (concedido quando a incapacidade decorre de acidente de trabalho) é devido apenas àqueles segurados sobre cujos rendimentos incide a contribuição denominada GILRAT (Grau de Incidência de incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho), ou seja, os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos e os segurados especiais.
Qual a diferença?
· A caracterização de um auxílio por incapacidade temporária como decorrente de acidente do trabalho traz mais consequências trabalhistas do que previdenciárias. 
· Há, durante o recebimento do benefício, a obrigação do empregador de prosseguir com os depósitos do FGTS; há, para o segurado empregado, a garantia de emprego por 12 meses após a cessação do benefício.
· Sob a ótica puramente previdenciária, não há, na legislação atual, diferença entre o auxílio por incapacidade temporária comum e o acidentário. Não se pode dizer o mesmo em relação à aposentadoria por incapacidade permanente, pois o coeficiente de cálculo desta prestação é alterado se a incapacidade for decorrente de acidente de trabalho.
Obs.: Auxílio por incapacidade temporária acidentária é só para empregados, empregados doméstico, trabalhadores avulsos e os segurados especiais porque tem reflexos na relação trabalhista. 
E quanto ganha?
· SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB)- O SB do auxílio por incapacidade temporária é calculado pela média dos salários-de-contribuição correspondentes a todo o período contributivo desde julho de 1994 (RPS,art. 32).
· RENDA MENSAL
· A renda mensal do auxílio por incapacidade temporária será de 91% do SB. 
· Art. 29. [...] § 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários-de-contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. 
Obs. Não pode aumentar o salário 
E quando começa?
Início do auxílio
- Empregado - 16° dia do afastamento do trabalho
- Demais - Início da incapacidade (perícia)
- Se o benefício for requerido mais de 30 dias após essa data, na data do requerimento. (art. 60, §1º).
E quando termina? 
· Óbito;
· Recuperado;
· Decurso do prazo;
· Retorno espontâneo;
· Recuperação parcial;
· Transformação em aposentadoria por incapacidade permanente; 
· Transformação em qualquer aposentadoria;
· Prisão por mais de 60 dias.
PENSÃO POR MORTE
· Isento de carência
· Segurado não está coberto
· Qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação.
· O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira. Ele somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica.
· O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia concorrerá em igualdade de condições com os dependentes do art. 16, inciso I, da LBPS. Ou seja, é dependente de primeira classe, suplantando, na ordem de preferência, os pais e irmãos do segurado.
· Vale lembrar, neste ponto, que os tribunais admitem que o ex-cônjuge que não recebe pensão alimentícia figure no rol de dependentes, se comprovar, por outros meios, que dependia do segurado falecido.
BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE
E se eu achar que o cálculo da aposentadoria está errado?
· No caso de revisão de benefício, não há necessidade de prévio requerimento administrativo, conforme entendimento do STF no RE 63124.
RE 63124
Em seu voto, o ministro Barroso considerou não haver interesse de agir do segurado que não tenha inicialmente protocolado seu requerimento junto ao INSS, pois a obtenção de um benefício depende de uma postulação ativa. Segundo ele, nos casos em que o pedido for negado, total ou parcialmente, ou em que não houver resposta no prazo legal de 45 dias, fica caracterizada ameaça a direito.
“Não há como caracterizar lesão ou ameaça de direito sem que tenha havido um prévio requerimento do segurado.”, afirmou o ministro.
Obs.: Mandado de segurança não enseja dilação probatória. Porque um dos requisitos do mandado de segurança é o direito líquido e certo. Primeiro tem que ter a negativa do Estado para depois poder impetrar o mandado de segurança.
Vinculação do valor do benefício
· Diz o artigo 7º, inciso IV da Constituição Federal: 
· "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim".
· A norma constitucional tem o objetivo de impedir que o aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. 
· Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República.
· O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante nº 4 no sentido de impossibilitar a utilização do salário mínimo como fator de reajuste automático da remuneração de profissionais, por ofender o referido artigo 7º, IV da CF.
· “SALVO NOS CASOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO, O SALÁRIO MÍNIMO NÃO PODE SER USADO COMO INDEXADOR DE BASE DE CÁLCULO DE VANTAGEM DE SERVIDOR PÚBLICO OU DE EMPREGADO, NEM SER SUBSTITUÍDO POR DECISÃO JUDICIAL”.
Qual o índice de reajuste?
· Índice atualiza teto previdenciário para R$ 6.433,57 e faixas dos salários de contribuição para as alíquotas de recolhimento
· Este aumento representa um reajuste de 6,2% baseado na proposta de Orçamento para 2022 vinculada à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Aposentadoria especial – Professor
· LEI Nº 11.301, DE 10 DE MAIO DE 2006.
· Art. 1º O art. 67 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º , renumerando-se o atual parágrafo único para § 1º :
“Art. 67. § 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8º do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.” (NR)
STF reafirma jurisprudência sobre critérios para aposentadoria especial de professor
· O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua jurisprudência dominante no sentido de que o tempo de serviço prestado por professor fora da sala de aula, em funções relacionadas ao magistério, deve ser computado para a concessão da aposentadoria especial (artigo 40, parágrafo 5º, da Constituição Federal). 
· O tema foi abordado no Recurso Extraordinário (RE) 1039644, de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que teve repercussão geral reconhecida e julgamento de mérito no Plenário Virtual, com reafirmação de jurisprudência.
PENSÃO POR MORTE (art. 74 a 79 da Lei 8.213/91): (CAI NA PROVA QUEM É O BENEFICIÁRIO DA PENSÃO POR MORTE!!!)
· Isento de carência
· Segurado não está coberto (PQ ELE MORREU, CARALHO)
· Qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação.
· O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira. Ele somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica.
· O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia concorrerá em igualdade de condições com os dependentes do art. 16, inciso I, da LBPS. Ou seja, é dependente de primeira classe, suplantando, na ordem de preferência, os pais e irmãos do segurado.
· Vale lembrar, neste ponto, que os tribunais admitem que o ex-cônjuge que não recebe pensão alimentícia figure no rol de dependentes, se comprovar, por outros meios, que dependia do segurado falecido.
Obs.: Ex-cônjuge que não recebia pensão alimentícia, comprovando que dependendo do segurado falecido, pode receber pensão por morte.
SALÁRIO MATERNIDADE:
· É o benefício previdenciário percebido pela gestante ou parturiente durante seu afastamento, observado o período estabelecido por lei e mediante comprovação médica. 
· A Lei n.º 10.421/2002 estendeu a concessão da licença maternidade às mães adotivas e às guardiãs. 
· Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
Requisitos:
· Para requerer o benefício a mulher (segurada empregada, trabalhadora avulsa, empregada doméstica, segurada especial, contribuinte individual ou até mesmo facultativa) deve ter a condição de segurada.
· No que concerne à carência esta é dispensada quando se tratar de segurada empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
· Em se tratando de segurada especial (enquanto contribuinte individual) e segurada facultativa o prazo de carência é de dez contribuições mensais.
· Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente

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