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Divisão Celular - t citologia

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Divisão Celular
 O processo que ocorre nos seres vivos, através do qual uma célula, chamada célula-mãe, se divide em duas (mitose) ou quatro (meiose) células-filhas, com toda a informação genética relativa à espécie completando o ciclo celular é chamado Divisão celular. 
Cromossomos 
Os Cromossomos são resultantes da condensação da Cromatina que ocorre durante a divisão mitótica ou durante a meiose, são compostos por uma molécula longa de DNA associado a diversas proteínas. O DNA contém entre 50 e 250 milhões de pares de bases. As Proteínas associadas, são classificadas em dois grandes grupos: As histonas, e um conjunto heterogêneo de proteínas não-Histônicas , onde ambas formam a Cromatina. São ao todo 46 cromossomos, sendo 22 pares autossômicos e 1 par sexual. 
O grau de condensação máxima dos cromossomos é na Metáfase, razão do uso de cromossomos metafásicos para estudos da estrutura cromossômica. O estudo é feito a partir de métodos como Fotomicrografia, Eletromicrografia e a técnica de Hibridização, onde são utilizados corantes fluorescentes, coloração Orceína Lactoacética e coloração com Giemsa pela técnica de bandas G.
 O número e o tamanho dos cromossomos são constantes para a espécie humana, o aparelho mitótico é essencial para a facilitação da movimentação do cromossomo, pois aumenta- se o volume do núcleo levando ao aumento da permeabilidade. Os cromossomos tem regiões de estrangulamento, é geralmente uma por par e é denominada centrômero. De acordo com o centrômero o cromossomo pode ser de quatro tipos: Telocêntrico, quando o centrômero se encontra na extremidade lembrando o formato de uma pinça; Acrocêntrico, quando o centrômero está parcialmente na extremidade; Submetacêntrico, quando o estrangulamento está próximo ao centro e Metacêntrico quando o centrômero encontra-se no meio do cromossomo. 
 O aparelho mitótico é a estrutura celular responsável pelo movimento e organização dos cromossomos durante a divisão celular. É Constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomos, o áster é um grupo de microtúbulos irradiados que convergem na direção do centríolo. O fuso mitótico é uma estrutura dinâmica constituída por microtúbulos polares que se originam no polo, microtúbulos cinetecóricos que se originam nos cinetecóro e microtúbulos livres. Cada cromossoma se liga ao fuso mitótico através do centrômero. 
MITOSE
 É o processo de divisão celular, essencialmente o mesmo em todos os eucariotos, funcionando de maneira altamente controlada, de forma a garantir que, a cada ciclo de divisão, duas células idênticas sejam originadas. Os eventos que ocorrem durante esse processo são sequenciais, contínuos e foram didaticamente divididos em fases, denominadas prófase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese.
Fases da Mitose
A prófase começa com o aumento do volume nuclear e com a condensação da cromatina, com 30 nm de diâmetro e muito alongadas no núcleo, que vão progressivamente tornando-se mais espessas, até formar os cromossomos. Cada um dos filamentos está constituído por duas cromátides (ditas ‘’irmãs’’), cada uma com seu próprio centrômero e telômero. O processo torna os cromossomos visivelmente individualizados e nitidamente compostos por seus dois elementos longitudinais, as cromátides. 
Na metáfase, os cromossomos condensados alinham-se no centro da célula, formando a chamada placa metafásica ou placa equatorial, antes de terem seus centrômeros duplicados e antes do encurtamento das fibras cinetocóricas pelas duas células-filhas, fazendo com que cada cromátide-irmã vá para cada polo das células em formação.
Na anáfase, ocorre a partição das coesinas dos centrômeros , fato que ocorre quase simultaneamente em todos os cromossomos. De imediato, as cromátides ou cromossomos – filhos separam-se e migram para os polos, fracionadas pelas fibras cinetocóricas do fuso . O posicionamento de cada homólogo do par independente um do outro no equador da célula permite que, ao separar as cromátides-irmãs, cada célula-filha receba todos os pares de cromossomos, mantendo assim a ploidia.
A telófase se caracteriza pela chegada dos cromossomos filhos aos polos, com o consequente desaparecimento das fibras cinetocóricas do fuso. A célula se alongou um pouco mais, de modo que as fibras polares exibem um maior comprimento se comparadas com as da anáfase. Os cromossomos começam a se desenrolar e se mostram cada vez menos condensados, assim , esse processo de certa forma representa a recapitulação do que aconteceu na prófase, porém em sentido inverso. 
Na interfase, os cromossomos ocorrem como filamentos distendidos e espalhados por toda área nuclear,não sendo individualmente visualizados ao microscópio de luz.
 
 
Citocinese
 A citocinese, inicia-se na anáfase. O citoplasma se constringe na região equatorial pela formação de um sulco na superfície, que se aprofunda a medida que a célula se divide. Tanto as fibras do áster como as polares se reduzem até desaparecer. Só sobrevivem os segmentos das fibras polares localizados na zona equatorial da célula; compõem o chamado corpo intermediário. Estas fibras ficam perpendiculares ao sulco que divide o citoplasma. Finalmente, o citoesqueleto se restabelece e por isso as células filhas adquirem a forma original da célula progenitora e se conectam com outras células( se pertencerem a um epitélio) e com a matriz extra celular. Dirigidos pelo citoesqueleto , os componentes citoplasmáticos( mitocôndrias, RE, complexo de Golgi, etc) se distribuem nas células filhas como estavam na célula mãe. Assim, uma célula-mãe produz duas células-filhas, os conteúdos genéticos da célula-filha são idênticos entre si e também iguais ao da célula-mãe, mesma quantidade de cromossomos na célula-mãe e na célula-filha, isso ocorre nas células somáticas e os produtos mitóticos são capazes de sofrer novas divisões mitóticas que são importantes para a renovação celular, crescimento, etc.  Na citocinese em células animais, o local em que vai ocorrer é marcado na anáfase por um anel de actina e miosina II, associado à membrana plasmática, na região denominada anel contrátil. Em células vegetais, uma banda de microtúbulos forma, em G² um anel justaposto à membrana plasmática, marcando o local em que vai se formar a nova parede.
 
Fuso Mitótico
 Na prófase, organiza-se em torno do núcleo um conjunto de fibras originadas a partir dos centrossomos, constituindo o chamado fuso de divisão.
Na metáfase, o fuso orienta os cromossomos para que fiquem centralizados no meio da célula a denominada placa equatorial.
Na anáfase, o movimento das cromátides-irmãs (cada uma agora denominada cromossomo-filho) para pólos opostos é resultante da combinação de dois processos, denominados anáfase A e B, que estão relacionados com a mecânica do fuso mitótico.
Na telófase, assim que os cromossomos chegam aos pólos, puxados pelas fibras do fuso através do encurtamento dos microtúbulos, eles começam a se descondensar, em uma rede de fibras de cromatina, e as organelas que tiveram o seu material desorganizado se reconstituem.
Na citocinese, a membrana mais ou menos no meio da célula, perpendicular ao eixo no fuso e entre os núcleos-filhos, é puxada para dentro formando o sulco de clivagem, o qual vai gradualmente aprofundando-se até encontrar os restos estreitados do fuso mitótico entre os dois núcleos.
Na interfase, a duplicação do centrossomo vai garantir a formação de dois pólos do fuso e que cada célula-filha receba um centrossomo. Notam-se microtúbulos longos, denominados ‘’do áster’’, irradiando dos centrossomos em todas as direções.
MEIOSE
 A palavra meiose deriva do grego, meios = diminuição, redução; consiste
em um tipo especial de divisão nuclear, onde o número de cromossomos é exatamente dividido pela metade, formando células haplóides. A principal função é a perpetuação da espécie, garantindo em suas divisões, o estabelecimento de células haplóides como as células germinativas.
Meiose I:
Prófase I				Leptóteno
Metáfase I				Zigóteno
Anáfase I				Paquíteno			
Telófase I				Diplóteno
					Diacinese
O início da meiose (prófase I) é marcado pela identificação do espessamento dos cromossomos devido a reduzida condensação nesse estágio (leptóteno).
Zigóteno: ocorre a sinapse, processo que consiste no pareamento dos cromossomos homólogos.
Paquíteno: devido ao aumento da condensação, os cromossomos apresentam-se mais curtos e espessos. Cada par cromossômico representa um cromossomo bivalente ou uma tétrade (quatro cromátides). É nesse estágio que ocorre o crossing-over, nome que se dá à troca de segmentos entre cromátides homólogas.
Diplóteno: a duplicação cromossômica é bem nítida. Começa a separação dos cromossomos homólogos, que permanecem ainda unidos e entrecruzados em pontos denominados quiasmatas.
Diacinese: a condensação cromossômica se acentua, diminuindo-se o número de quiasmas. No final deste estágio, os cromossomos permanecem unidos apenas pelos quiasmatas.
Metáfase I: a condensação dos cromossomos atinge seu pico. O envoltório nuclear fragmenta-se e os microtúbulos do fuso ligam-se ao cinetócoro dos centrômeros homólogos. Consequentemente, as duas cromátides comportam-se como unidade funcional e movem-se juntas em direção a um pólo. Há o desaparecimento do envelope nuclear. Forma-se um fuso e os cromossomos pareados se alinham no plano equatorial da célula com seus centrômeros orientados para pólos diferentes.
Anáfase I: os dois membros de cada bivalente se separam e seus respectivos centrômeros com as cromátides-irmãs fixadas são puxados para pólos opostos da célula. Ocorre separação dos pares de cromossomos de homólogos. Desta forma, um cromossomo de cada par migra para um polo celular, o que torna a meiose I uma divisão reducional.
Telófase I: os dois conjuntos haplóides de cromossomos se agrupam nos pólos opostos da célula. A carioteca se reorganiza; os cromossomos desemparelham-se. Ás vezes, no entanto, isto não ocorre e os cromossomos sofrem diretamente a segunda divisão meiótica. O citoplasma sofre divisão e em geral é de curta duração e formam-se duas células com o número haplóide de cromossomos.
 Após a replicação do DNA, cada cromossomo consiste de duas cromátides-irmãs ligadas em todo o seu comprimento. O pareamento dos cromossomos homólogos replicados é exclusivo da meiose. O pareamento dos cromossomos permite que ocorra recombinação genética (entrecruzamento) entre os cromossomos homólogos; após a recombinação ter ocorrido, o fuso meiótico se forma, a membrana nuclear se rompe, os cromossomos homólogos pareados alinham-se na placa metafásica e são separados pelo fuso. Os dois núcleos-filhos resultantes da primeira divisão meiótica contêm cada um, um dos homólogos duplicados.
Meiose II:
Prófase II
Metáfase II
Anáfase II
Telófase II
Prófase II: os núcleos das duas células desaparecem e as cromátides espalham-se pelo citoplasma.
Metáfase II: o fuso acromático ocupa as regiões centrais mantendo presas as cromátides na região equatorial da célula.
Anáfase II: o ponto que une os pares de cromátides se parte, dividindo-as. Cada uma começa, então, a ser puxado para os pólos opostos. Portanto, as cromátides-irmãs separam-se e os cromossomos filhos migram para os pólos.
Telófase II: os cromossomos condensam-se, os núcleos reaparecem e o citoplasma divide-se dando origem, cada célula resultante da meiose I, a duas novas células, num total final de quatro células haplóides e diferentes entre si.
Na segunda divisão meiótica (equacional) ocorre separação das cromátides-irmãs e completa-se duplicação dos centrômeros correspondentes. Um ponto importante é que na divisão I ocorre a separação dos cromossomos, enquanto que na divisão II são os centrômeros irmãos que se tornarão cromossomos filhos. Em cada caso os cromossomos e as cromátides possuem segmentos misturados resultantes da recombinação realizada pelo crossing-over.
	MITOSE
	MEIOSE I e II
	Reprodução de organismos unicelulares e crescimento/regeneração de organismos pluricelulares
	Desenvolvimento das células haplóides a partir de outras, diplóide. Ex.: Células germinativas
	Origina duas células-filhas com o mesmo número diplóide da célula-mãe
	Origina quatro células-filhas com o número haplóide de cromossomos 
	Quatro fases distribuídas em única divisão.
	Quatro fases distribuídas em duas divisões
	Assim como a divisão meiótica II, ocorre em poucas horas.
	A meiose I ocorre em dias, meses e até em anos
	Não ocorre pareamento dos cromossomos homólogos
	Ocorre pareamento dos cromossomos homólogos
	Não ocorre a recombinação.
	Ocorre a recombinação entre os genes presentes nos cromossomos homólogos.

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