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O PADRÃO DE METADADOS DUBLIN CORE: A REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA EM HTML

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1 
Eixo Temático: Organização e Representação da Informação e do 
Conhecimento 
 
O PADRÃO DE METADADOS DUBLIN CORE: A REPRESENTAÇÃO 
DESCRITIVA EM HTML1 
 
Bill Alexander Santos da Silva2 
Juliana Marques do Amaral3 
Nayara Ghiovana Stanganelli4 
 
 
RESUMO 
Em razão de solucionar as formas de recuperação e acesso aos recursos 
armazenados na Web foi criado o padrão de metadados Dublin Core, apresentando 
uma estrutura simples, flexível, padronizada e com consenso internacional para sua 
utilização. Por meio de uma análise exploratória e descritiva da literatura disponível, 
o objetivo desse trabalho é apresentar o Dublin Core e verificar a representação do 
recurso informacional, inserido ao Hyper Text Markup Language (HTML). 
Considerando as características de sua estrutura, os resultados mostram que o 
Dublin Core possui um grande potencial de substituir os métodos anteriores de 
representação para o ambiente Web. 
 
Palavras-chave: Dublin Core. HTML. Padrão de metadados. Descrição de recursos 
informacionais digitais. 
 
 
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 
 
A tecnologia tem o papel de potencializar a inteligência humana, fornece 
condições para que a pessoas criem e disseminem seus conhecimentos em 
ambientes colaborativos. Além disso, possibilita diversos tipos de interação e 
dinâmica. Atualmente os meios de comunicação estão inseridos dentro de uma 
macromídia, denominada plataforma Web. 
O surgimento de ferramentas que permitem a construção rápida de páginas e 
websites culminou em uma aceleração constante, exponencial e descontrolada de 
 
1
 Trabalho desenvolvido durante a disciplina optativa “2BIB996 - Metadados e interoperabilidade” da 
graduação de Biblioteconomia e ministrada pela Profa. Ana Carolina Simionato, durante o período de 
março a julho de 2014, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). 
2
 Graduando do Curso de Biblioteconomia – UEL. Email: michabill92@gmail.com 
3
 Graduando do Curso de Biblioteconomia – UEL. Email: jumarquesamaral@gmail.com 
4
 Graduando do Curso de Biblioteconomia – UEL. Email: nayarabib1@hotmail.com 
 
 
2 
diferentes tipos de recursos informacionais na Web, incluindo os recursos como os 
websites. Essa produção gera um caos informacional e consequentemente, tarefas 
como a identificação, organização e busca de informações se tornam importantes 
para que possa recuperar e acessar o que se deseja. E além disso, otimiza as 
formas de navegação dentro dos sistemas informacionais. 
Nesse sentido, várias iniciativas estão sendo conduzidas e assim, tendo em 
vista as formas descritivas para garantir o acesso aos documentos, esse estudo 
procura refletir sobre como: a representação descritiva auxilia nas formas de 
recuperação e acesso na plataforma Web? Para tanto, os padrões mais flexíveis e 
eficientes para descrição de recursos, como o Dublin Core, apresentam uma 
estrutura capaz de garantir o acesso do recurso e facilitar a interoperabilidade entre 
os metadados. 
Dessa forma, a partir de uma revisão bibliográfica da literatura realizada sobre 
o padrão de metadados Dublin Core e sobre a linguagem de marcação Hyper Text 
Markup Language (HTML), o objetivo do estudo é verificar que o uso do padrão 
Dublin Core em websites construídos com base na linguagem HTML possibilitam a 
otimização do acesso e recuperação dos recursos. Logo, esse estudo contribui com 
a literatura sobre o tema, além de esclarecer sobre a representação descritiva na 
plataforma Web. 
 
 
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
 
As tecnologias modificam a relação dos profissionais da informação com a 
forma de tratar a informação gerada e corporificada em recursos, entre essa relação 
ocasionam as principais mudanças relacionadas à informação e à tecnologia, como 
exemplo a produção acentuada de recursos informacionais. E consequentemente, 
na mesma proporção, a relação dos usuários no processo de localização, uso e 
reuso desses recursos informacionais. 
Os recursos informacionais 
[...] refere-se a informação objetivada no contexto de um campo do 
conhecimento podendo ser apresentado em uma estrutura analógica 
e/ou digital, com valor informacional que caracteriza a sua concepção 
intelectual expressa na corporificação de manifestações estruturadas 
na forma de itens. O recurso informacional também é nominado de: 
 
 
3 
‘item informacional’, ‘informação registrada’, ‘coisa física, ou uma 
coisa não-física’ e ‘artefato’. (SANTOS; SIMIONATO; ARAKAKI, 
2014, p. 148). 
 
Para tanto, o volume informacional causa um aspecto problemático: a 
dificuldade entre os processos de identificação, organização, busca, recuperação, 
acesso e uso das informações em ambientes digitais. (ALVES, 2010). Nesse 
sentido, para que o acesso às informações estocadas possa atender ao usuário na 
realização de suas pesquisas, a informação e os recursos devem ser corretamente e 
adequadamente descritas. 
Dessa forma, a Ciência da Informação e a Biblioteconomia têm buscado 
soluções em melhorar as formas de representação e recuperação da informação, 
tanto em ambientes físicos como as bibliotecas e centros de informação, e também 
ambientes digitais, como exemplo os websites da plataforma Web. 
A catalogação como disciplina contida na Ciência da Informação e a 
Biblioteconomia é definido como um processo que 
[...] descreve formalmente um documento do recurso e se estabelece 
um variado e variável número de pontos de acesso, objetivando 
proporcionar, ao usuário final, a condição de encontrar, identificar, 
selecionar e obter o documento ou descrito, ou a informação nele 
contida. (CATARINO; SOUZA, 2012, p. 84) 
 
 
E para que possa estabelecer pontos de acesso adequados a descrição 
necessita de padronização da informação na Web por meio de metadados e seus 
padrões. Os metadados definem-se pela forma mais conhecida: ‘dados sobre 
dados’. 
Conforme explica Grácio (2002) os metadados são elementos que descrevem 
as informações contidas em um recurso, com o objetivo de possibilitar sua busca e 
recuperação. Este conceito explica como toda informação armazenada 
eletronicamente pode ser acessada e recuperada com precisão independente do 
seu formato, como texto, imagem, som, vídeo, e outros tipos de recurso. 
Os metadados estão presentes na maioria dos sistemas de informação em 
uma variedade de tipos e níveis, e a sua aplicação e efetivação corresponde ao tipo 
de ambiente informacional. 
 
 
4 
E nesse sentido, os metadados precisam ser padronizados, ou seja, devem 
utilizar um formato padrão e terminologia própria e também um número de 
elementos descritivos que pode ser variável de acordo com o padrão. Esses 
elementos devem seguir esquemas de codificação que sejam usuais e comuns, 
como o uso de vocabulário controlado, esquemas de classificação e formatos de 
descrição formais, permitindo dessa forma o compartilhamento desses metadados 
entre diferentes instituições. 
Segundo Buckland (2006) a utilização dos formatos padronizados para 
armazenamento e exibição torna mais fácil o acesso aos documentos. E portanto, os 
metadados sejam eles padrões nacionais ou internacionais, precisam ser 
cuidadosamente elaborados, permitindo o tratamento adequado e acessibilidade às 
informações de um recurso. 
Assim, surgem iniciativas importantes para solucionar o problema de 
descrição de recursos na Web, como o padrão de metadados Dublin Core que tem 
aplicação internacional para descrição de documentos eletrônicos. 
Seu desenvolvimento teve sua origem na 2ª Conferência Internacional sobre a 
World Wide Web (WWW) em 1994 na cidade de Chicago, onde Yuri Rubinsky, 
Stuart Weibel e Eric Miller, ambosda Online Computer Library Center (OCLC) e Joe 
Hardin da National Center for Supercomputing Applications (NCSA), promoveram 
uma discussão sobre semântica e Web (GRÁCIO, 2002). 
Em 1995 foi criado o Dublin Core e, no ano seguinte, a sua instituição base a 
Dublin Core Metadata Initiative (DCMI). O Dublin Core foi nomeado dessa forma, 
pois o primeiro evento se dava em Dublin, Ohio nos Estados Unidos e Core, por 
conter os metadados essenciais para qualquer descrição. (GRÁCIO, 2002). E pode-
se predispor que o Dublin Core contemporiza a uma iniciativa criada para 
catalogação de recursos eletrônicos na Web, com uma proposta de expandir a 
representação e aperfeiçoando a recuperação de documentos em outros domínios, 
que não os bibliográficos. 
A Dublin Core Metadata Initiative tem reunido profissionais de diversas áreas 
e países para trabalharem juntos nas discussões sobre como os metadados podem 
ajudar a resolver a falta de descrição das informações no meio eletrônico. E a partir 
dessas discussões também levou o DCMI a organizar, no ano seguinte (1996) e se 
 
 
5 
repetindo até hoje, um evento chamado OCLC/NCSA Metadada Workshop 
(GRÁCIO, 2002). 
E durante os primeiros OCLC/NCSA Metadada Workshop principal discussão 
era o conjunto mínimo de elementos descritivos que representariam os recursos da 
Web. Segundo Grácio (2002) durante este primeiro evento, muitos participantes 
reconheceram a dificuldade de trabalhar com padrões que possuíssem muitos 
elementos e procuraram determinar uma relação de elementos não exaustiva e 
tediosa para descrever os recursos de rede. 
O Dublin Core possui um conjunto de 15 elementos para descrição. E esses 
elementos designam aos objetivos propostos e são suficientemente amplos e 
flexíveis para ser utilizados nas mais diversas situações (BAPTISTA; MACHADO, 
1999). E segundo Souza; Vendrusculo e Melo (2000, p. 93) “O conjunto de 
metadados descrito pelo DC é composto de quinze elementos, os quais poderiam 
ser descritos como o mais baixo denominador comum para descrição de recurso 
(equivalente a uma ficha catalográfica)”. 
A seguir, no quadro 1, é representado cada um dos quinze elementos 
componentes do Dublin Core. 
 
Quadro 1 – Os quinze elementos do padrão Dublin Core e a definição de valores 
Elementos do 
Dublin Core 
Definição do valor 
1. Título 
Identificador: Title 
Definição: Um nome dado para o recurso 
Comentário: Tipicamente, um título será o nome pelo qual o recurso é 
formalmente conhecido, podendo ser o próprio título. 
2. Autor 
Identificador: Creator 
Definição: Uma entidade primeiramente responsável pelo conteúdo dos 
recursos. 
Comentário: Em autor incluem uma pessoa, uma organização ou um serviço. 
3. Assunto/palavras-
chave 
Identificador: Subject 
Definição: O tema (objeto ou ponto principal) do conteúdo do recurso. 
Comentário: Tipicamente, um Assunto será expresso com palavras-chave, 
descritores ou códigos de classificação que descrevem o tema do recurso 
(indica o conteúdo informativo). 
4. Descrição 
Identificador: Description 
Definição: Um relato do conteúdo do recurso. 
Comentário: Descrição pode incluir (mas não é limitado) a um “abstract”, 
tabelas de conteúdo, referências para uma representação de conteúdo ou um 
texto livre de relato do conteúdo. 
 
 
6 
5. Editor 
Identificador: Publisher 
Definição: Uma entidade responsável por tornar o recursodisponível. 
Comentário: No editor incluem uma pessoa, uma organização ou um serviço. 
Tipicamente, o nome de um editor deve ser usado para indicar a entidade. 
6. Colaborador 
Identificador: Contributor 
Definição: Uma entidade responsável por fazer contribuiçõespara o conteúdo 
do recurso. 
Comentário: Exemplos de um Colaborador incluem uma pessoa, uma 
organização ou um serviço. Tipicamente, o nome do colaborador deve ser 
usado para indicar a entidade. 
7. Data 
Identificador: Date 
Definição: Uma data associada com um evento no ciclo de vida do recurso. 
Comentário: Tipicamente, data seráassociada com a criação ou a 
disponibilização do recurso. Recomendação para melhor uso de codificação 
dos valores de data é definido na norma ISO 8601 e segue o formato YYYY-
MM-DD, onde YYYY é o ano, MM é o mês e DD o dia. 
8. Tipo do recurso 
Identificador: Type 
Definição: A natureza ou a espécie do conteúdo do recurso. 
Comentário: Tipo inclui termos descrevendo categorias gerais, funções, 
espécies ou níveis de agregação para conteúdo. Recomendação para melhor 
uso é selecionar valores de vocabulário controlado. Para descrever 
manifestação física ou digital dos recursos, deve-se usar o elemento Formato. 
9. Formato 
Identificador: Format 
Definição: A manifestação física ou digital do recurso. 
Comentário: Tipicamente, formato pode incluir o tipo da mídia ou as 
dimensões do recurso. O Formato pode ser usado para determinar o software, 
hardware ou outro equipamento necessário para mostrar ou operar o recurso. 
Exemplos de dimensões incluem tamanho e duração. 
10. Identificador do 
recurso 
Identificador: Identifier 
Definição: Uma referência não ambígua para o recurso dentro de um dado 
contexto. 
Comentário: A recomendação para melhor uso é identificar o recurso pelo 
significado de uma string ou número conforme um sistema de identificação 
formal. Exemplo de sistemas de identificação formal inclui o Identificador de 
Uniforme de Recursos (Uniform Resource Identificador – URI) e outros. 
11. Fonte 
Identificador: Source 
Definição: Uma referência para o recurso do qual o presente recurso é 
derivado. 
Comentário: O presente recurso pode ser derivado de uma fonte de recurso 
inteira ou em parte. A recomendação para melhor uso é identificar o recurso 
pelo significado da string ou do número conforme o sistema de identificação 
formal. 
12. Língua 
Identificador: Language 
Definição: Uma língua do conteúdo intelectual do recurso. 
Comentário: A recomendação para melhor uso dos valores do elemento 
língua é definida pela RFC 1766 que inclui um código de língua em 2 letras 
(do padrão ISO 639), seguido opcionalmente pelo código de país em 2 letras 
também (do padrão ISO 3166). 
13. Relação 
Identificador: Relation 
Definição: Uma referência para o recurso relacionado, como versão de um 
 
 
7 
trabalho, tradução de um trabalho ou parte de um trabalho. 
Comentário: A recomendação para melhor uso é referenciar o recurso pelo 
significado da string ou do número conforme um sistema de identificação 
formal. 
14. Cobertura 
Identificador: Coverage 
Definição: O âmbito do conteúdo do recurso. 
Comentário: Cobertura tipicamente inclui localização espacial (o nome de um 
lugar ou suas coordenadas geográficas), período temporal (um rótulo, uma 
data ou intervalo de datas do período) ou jurisdição (como o nome de uma 
entidade administrativa). A recomendação para melhor uso é selecionar 
valores de vocabulário controlado, como do Thesaurus de Nomes Geográficos 
(TGN) e, quando for apropriado, nomes de lugares ou períodos de tempo são 
usados em preferência a identificadores numéricos como conjunto de 
coordenadas ou intervalo de tempo. 
15. Gerenciamento 
de Direitos autorais 
Identificador: Rights 
Definição: Informações sobre direitos do recurso. 
Comentário: Tipicamente, um elemento Direitos conterá uma declaração de 
gerenciamento de direitos para o recurso. Informações de Direitos 
frequentemente abrangem Direitos de Propriedade Intelectual (Intellectual 
Property Rights - IPR), Copyright, e várias propriedades de Direitos. 
Fonte: DCMI (2014, não paginado, tradução nossa). 
 
Portanto, o Dublin Core possui como características:a simplicidade significa 
que o Dublin Core pode ser facilmente gerado pelo responsável do documento; a 
interoperabilidade semântica apresenta a caraterística que o Dublin Core é um 
modelo unívoco que realiza uma interoperabilidade entre as áreas, ter o consenso 
internacional, é que o padrão tem a participação de mais de vinte países na busca 
por um escopo internacional na Web, a extensibilidade condiz que parte de uma 
modelo simplificado de descrição, a flexibilidade sob a elaboração de modelos 
permitindo que novos elementos possam ser acrescentados. (DCMI, 2014, não 
paginado, tradução nossa). 
 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Esse trabalho insere-se em uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo 
de cunho teórico e prático. A análise exploratória e descritiva da literatura disponível 
sobre o tema proposto permite melhor aprofundamento teórico na área da Ciência 
da Informação, em especial no campo da Representação Descritiva. 
Dessa forma, o universo da pesquisa está pautado nos fundamentos da 
catalogação, no estudo do tratamento descritivo da informação e no 
 
 
8 
desenvolvimento da catalogação dos recursos informacionais, tendo como 
instrumento de análise a estrutura do padrão de metadados Dublin Core e a 
linguagem de marcação HyperText Markup Language (HTML). 
 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Os metadados quando aplicados fora do seu contexto original, adquirem um 
âmbito ainda mais expansivo. Na internet, os metadados podem ser incorporados à 
linguagem HTML como “tags meta” e o uso dos metadados do padrão Dublin Core 
facilita os usuários buscarem informações de uma maneira mais rápida e eficiente. 
O HTML consiste em uma linguagem de marcação utilizada para produção de 
páginas na Web e permite a criação de documentos que podem ser lidos em 
praticamente qualquer tipo de computador e transmitidos pela internet. 
Para escrever documentos HTML não é necessário mais do que um editor de 
texto simples e conhecimento dos códigos que compõem a linguagem, também 
denominados como tags. As tags servem para indicar a função de cada elemento da 
página Web e funcionam como comandos de formatação de textos, formulários, links 
(ligações), imagens, tabelas, entre outros. E os browsers (navegadores) são as 
ferramentas que identificam as tags e apresentam a página conforme está 
especificada e descrita. A linguagem HTML que atualmente se encontra na sua 
quinta versão (HTML5) com novos recursos e principalmente a manipulação de 
conteúdo gráfico e multimídia, suas variáveis ou evoluções, e permite basicamente, 
a elaboração de três tarefas. 
 A diagramação ou formatação do texto na forma deseja, que costa no 
cabeçalho, títulos, parágrafos, ou lista de itens; 
 A interligação (link) com outras páginas através de clique do mouse; 
 A inserção de outros arquivos, contendo imagens, animação, som ou texto 
no corpo do documento a ser exibido. 
Os metadados em si, são encontrados em toda a expressão de uma página 
em HTML, podem ser inseridos na maioria das vezes no cabeçalho do código fonte 
dos documentos produzidos em tais recursos. E os padrões metadados 
 
 
9 
estabelecidos são similares aos elementos e estruturas de etiquetas meta 
padronizadas em HTML. 
A linguagem é precedida de comandos, e este comando devem estar 
precedidos por um início e fim, como exemplo: <HTML>...</HTML>. Embora, não 
seja de uso obrigatório alguns comandos possuem como função declarar que o 
documento está nesta linguagem, sendo inserido no começo do documento e no 
final. Logo, os metadados devem ser inseridos logo depois do título do documento, 
que é a primeira fonte para a indexação de uma página e para a elaboração da lista 
de endereço. 
O comando <TITLE> é uma etiqueta que deve ser incluída quando o 
documento necessita de um título. Recomenda-se o uso de um título curto e 
informativo, este dado será apresentado na barra de título ou no canto superior à 
direita da tela, dependendo do programa de visualização utilizado pelo usuário. 
Dessa forma, cada campo do Dublin Core compreende em uma maneira 
diferente das outras, como pode ser exemplificado pela descrição com base no 
Dublin Core apresentada na figura1. 
 
Figura 1 – Descrição utilizando o Dublin Core 
 
Fonte: Código fonte do FRBR Blog. Disponível em: <http://www.frbr.org/>. 
 
Logo, o HTML é uma linguagem de marcação simples para sua utilização e 
que fornece recursos necessários para descrever, identificar, processar, localizar, 
recuperar, e filtrar um objeto/ documento digital. Sendo assim, observa-se que 
Dublin Core e HTML estão inteiramente relacionados, ou seja, HTML é uma 
linguagem intrínseca à descrição na estrutura Dublin Core em páginas Web. 
 
 
 
10 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como considerações finais, observa-se que o padrão Dublin Core apresenta 
uma forma simples e composta por quinze elementos de identificação, que também 
podem ser qualificados no acréscimo de outros elementos. 
Os elementos qualificados do Dublin Core constituem-se em uma melhor 
descrição e precisão semântica do recurso, que está sendo inseridos nos campos. 
Contudo essa descrição mais aprofundada fica a critério do profissional da 
informação, e da mesma forma, nos elementos de baixo denominador onde existe a 
possibilidade de não utilizar todos os elementos apresentados pelo Dublin Core. 
O HTML conjunto ao Dublin Core permite verificar que o padrão de 
metadados aprimora a localização, representação e recuperação das informações 
em ambiente Web assim permitindo maior aproveitamento de seus recursos. Da 
mesma forma, essa interoperabilidade das fontes de informação na internet 
demonstra a contribuição do trabalho do bibliotecário para que o conhecimento não 
fique disperso ao que se constitui o meio digital. 
Com este estudo, o uso do Dublin Core torna a representação descritiva dos 
documentos mais ágil, flexível ao ambiente digital, buscando garantir o controle e o 
acesso aos recursos nele descrito. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALVES, R. C. V. Metadados como elementos do processo de catalogação. 2010. 
134 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação)– Faculdade de Filosofia e 
Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2010. Disponível em: 
<http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/alves_rachel.pdf>. Acesso em: 01 jul. 
2014. 
BAPTISTA, A. A.; MACHADO, A. B. A utilização do Dublin Core qualificado na 
descrição semântica de uma revista científica em linha. Departamento de 
Sistema de Informação, Universidade do Minho, Guimarães, Portugal. 2014. 
Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/381>. Acesso em: 
15 mai. 2014. 
CATARINO, M. E.; SOUZA, T. B. A representação descritiva no contexto da web 
semântica. TransInformação, v. 24, n. 2, 2012. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/tinf/v24n2/a01v24n2.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2014. 
 
 
11 
BUCKLAND, M. K. Descrição e pesquisa: metadados como infra-estrutura. 
Brazillian Journal of Information Science, Marília, v. 0, n. 0, jul./dez. 2006. 
Disponível em: <http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4366507>.Acesso 
em: 14 mai. 2014. 
DUBLIN CORE METADATA INICIATIVE (DCMI). Metadata Innovation. 2014. 
Disponível em: <http://dublincore.org/>. Acesso em: 16 mai. 2014. 
GRÁCIO, J. C. A. Metadados para a descrição de recursos da Internet: o padrão 
Dublin Core, aplicações e a questão da interoperabilidade. 2002. 127 f. Dissertação 
(Mestrado em Ciência da Informação)– Faculdade de Filosofia e Ciências, 
Universidade Estadual Paulista, Marília, 2002. Disponível em: 
<http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/gracio_jca_dr_mar.pdf>.Acesso em: 
13 mai. 2014. 
SANTOS, P. L. V. A. C.; SIMIONATO, A. C.; ARAKAKI, F. A. Definição de 
metadados para recursos informacionais: apresentação da metodologia BEAM. 
Informação & Informação, Londrina, v. 19, n. 146, 2014. Disponível em: 
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/15251>. Acesso 
em: 13 mai. 2014. 
SOUZA, M. I. F.; VENDRUSCULO, L. G.; MELO G. C. Metadados para descrição de 
recursos de informação eletrônica: utilização do padrão Dublin Core. Ciência da 
Informação, Brasília, v. 29, n. 1, p. 93-102, jan./abr. 2000. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n1/v29n1a10.pdf>. Acesso em: 13 mai. 2014.

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