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O que é biossegurança? 
 O termo BIOSSEGURANÇA é formado pelo radical grego bios, que significa vida 
e pela palavra segurança, logo, segurança de vida ou para a vida. É o conjunto de 
condutas diretas ou indiretas que devemos tomar para uma prática profissional segura. 
Biossegurança em Odontologia 
 A biossegurança em Odontologia compreende o conjunto de medidas 
empregadas com a finalidade de proteger a saúde da equipe e dos pacientes em 
ambiente clínico. Para tal, devem ser tomadas as seguintes medidas: controle dos riscos 
físicos, químicos e biológicos; e também controle dos riscos ergonômicos e acidentais. 
Tipos e classificação dos Riscos 
 Durante o exercício da odontologia existem algumas condições que oferecem 
riscos ocupacionais à equipe odontológica. Por exemplo: 
 GRUPO 1 - Risco Físico: ruídos, radiação ionizante ou não, vibrações, materiais 
perfuro-cortantes, ultra-som, etc. (cor indicativa: verde.) 
 GRUPO 2 - Risco Químico: ácidos, resinas, mercúrio, poeira. (cor indicativa: 
vermelha.) 
 GRUPO 3 - Risco Biológico: secreções com bactérias, vírus, fungos; (cor indicativa: 
laranja ou marrom.) 
 GRUPO 4 - Risco Ergonômico e Emocional: má postura, ritmo excessivo de trabalho, 
monotonia, depressão, estresse, etc. (cor indicativa: amarela) 
 GRUPO 5 - Risco de Acidente: equipamento sem proteção, armazenamento 
inadequado, falta de adoção das medidas de precaução padrão. (cor indicativa: azul) 
 
 
 
Mapeamento De Riscos 
 O mapeamento de riscos reúne os fatores presentes no local de trabalho capazes 
de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores. O mapa de riscos pode ser descrito 
como uma representação gráfica dos riscos existentes em ambientes de trabalho. No 
mapa, círculos de diferentes tamanhos e cores padronizadas identificam o grupo a que 
pertence o risco (verde – físicos; vermelho – químicos; marrom – biológicos; amarelo – 
ergonômicos; azul – acidentes), o grau do risco (diâmetros pequeno, médio ou grande – 
consensados junto aos trabalhadores do local mapeado) e o número de trabalhadores 
que atuam no setor analisado. 
 
 
RISCO BIOLÓGICO 
 A classificação de risco de um determinado agente biológico se baseia em 
diversos critérios que estabelecem a avaliação de risco e está, principalmente, orientada 
pelo potencial que o mesmo oferece ao indivíduo, à comunidade e ao meio ambiente. 
 - Critérios de avaliação: 
• Infectibilidade: ou infectividade é o nome que se dá à capacidade que tem 
certos organismos de penetrar e de se desenvolver ou de se multiplicar no novo 
hospedeiro, ocasionando infecção. Nesse caso, o agente etiológico é também 
chamado de agente infeccioso. 
• Patogenicidade: É a qualidade que tem o agente infeccioso de, uma vez 
instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em 
maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. 
• Virulência: É a capacidade de um bioagente produzir casos graves ou fatais 
• Tratamento: acesso ao tratamento e tempo de duração do tratamento. 
• Transmissibilidade :Período durante o qual o agente infeccioso pode ser 
transferido, direta ou indiretamente, de um organismo infectado para outro. 
• Morbidade: Estado de doença 
• Mortalidade : Mortes per capita numa população por determinada doença. 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html
• Epidemiologia: frequência e a distribuição da doença em grupos de pessoas. 
 
 
Classificação de Risco Biológico 
 
 Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): organismos que não 
causem doenças ao homem ou animal. Não são patogênicos e pertencem à flora 
normal. Ex: Escherichia coli, Bacillus subtilis. 
 Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): 
patógenos que causem doenças ao homem ou aos animais, mas que não consistem 
em sério risco a quem os manipula, à comunidade, aos seres vivos e ao meio 
ambiente. Ex: Vírus da Febre Amarela e Schistosoma mansoni. 
 Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): 
patógenos que geralmente causam doenças graves ao homem ou aos animais e 
podem representar um sério risco a quem os manipula. Podem representar um risco 
se disseminados na comunidade, mas usualmente existem medidas de tratamento e 
de prevenção. Ex: Vírus da Encefalite Equina Venezuelana e Mycobacterium 
tuberculosis. 
 Classe de risco 4 (alto risco individual e alto risco para a comunidade): patógenos 
que representam grande ameaça para o ser humano e para os animais, 
representando grande risco a quem os manipula e tendo grande poder de 
transmissibilidade de um indivíduo a outro. Normalmente não existem medidas 
preventivas e de tratamento para esses agentes. Ex: Vírus Marburg e Vírus Ebola. 
 
Fontes de Infecção 
 São todos os locais onde os microrganismos podem ser encontrados, quer seja 
em seu habitat natural ou naqueles em que possam sobreviver e se multiplicar. Em 
Odontologia, podem ser considerados dois tipos de fontes: humana (hospedeiro) e 
ambiental (instrumentos não esterilizados, equipamentos não desinfetados, poeira, 
gotículas produzidas pela fala, espirro ou tosse, aerossóis, etc.). 
 O que é Infecção Cruzada? 
Quando a transmissão dos microrganismos ocorre entre pacientes através de 
instrumental contaminado ou através da equipe de trabalho; entre pacientes e a equipe 
de trabalho; e entre a equipe de trabalho dentro de um ambiente clínico, o processo é 
denominado infecção cruzada. 
 
 
 
 Via digestiva, cutânea, percutânea, parenteral, respiratória, genital e 
urinária. 
Quais são as Vias de Contaminação? 
- Via digestiva, 
- cutânea. 
- percutânea 
- parenteral 
- respiratória 
- genital e urinária. 
 
Como pode ocorrer a Infecção Cruzada? 
 O profissional pode contaminar terceiros ao portar contaminantes no seu corpo e/ou 
vestimenta. 
 Infecção de paciente para paciente: ocorrem com uso de instrumentos não esterilizados 
e vários outros fômites (objetos ou substâncias capazes de absorver, reter e transportar 
agentes de contágio). 
 
 
 
Riscos de Infecção Cruzada no ambiente Odontológico 
Em um consultório existem vários procedimentos que oferecem risco: 
 Exposições em mucosas - ex: respingos na face envolvendo olho, nariz ou boca. 
 Exposições percutâneas - lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes 
(ex: agulhas, bisturi, brocas). 
 Mordeduras humanas - consideradas como exposição de risco quando envolverem a 
presença de sangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão 
quanto para aquele que tenha sido exposto.Ex: Mononucleose. 
 Contaminação oro-fecal - falta de higienização adequada das mãos após o uso de 
sanitários. Ex: transmissão de hepatite A. 
 
 
 
 
Ações preventivas para a manutenção da saúde 
 1 - Medidas de proteção de saúde para profissionais e sua equipe: 
 exame médico periódico 
 imunização 
 degermação 
2 - Medidas que evitam contato direto com a matéria orgânica: 
 uso de barreiras protetoras – EPI (Equipamento de proteção individual) 
3 - Limitação da propagação de microorganismos 
 barreiras de superfícies 
4 - Limpeza, desinfecção dos artigos e das superfícies 
 limpeza, desinfecção, esterilização, antissepsia 
 descarte de lixo contaminado e não contaminado 
 
 Imunização da equipe odontológica 
 Assim como a atualização da carteira vacinal é um fator muito importante e dever do 
responsável técnico da clínica. As vacinas necessárias para a proteção do profissional de 
saúde são: 
• Hepatite B: é administrada em três doses. Via intramuscular, músculo deltoide, com 
intervalo de 0, 1 e seis meses. É indicado fazer o Anti-HBs entre o 7º e 13º mês, para 
documentar a viragem sorológica. Atualmente, sabe-se que não há mais necessidade de 
ratificar a imunidade para a Hepatite B. Assim, uma vez imunizado e testado com o Anti-
HBS, sempre imunizado. 
• Gripe (Influenza): é administrada em dose única e anualmente. Via intramuscular.inflamável, 
opacifica 
acrílico, 
resseca 
plásticos, 
armazenar 
em áreas 
ventiladas. 
GLUTARALD
EÍDO 
2% Imersão, 
durante 
30 
minutos. 
Alto 
nível 
Bactericida, 
fungicida, 
viruscida, 
micobacteri
cida e 
esporicida. 
Não é 
corrosivo, 
ação rápida, 
atividade 
germicida, 
mesmo em 
presença de 
matéria 
orgânica. 
Irritante para 
pele e 
mucosas, 
vida útil 
diminuída qdo 
diluído 
(efetivo por 
14 a 28 dias 
dependendo 
da 
formulação). 
HIPOCLORIT
O DE SÓDIO 
1% Imersão, 
durante 
30 
minutos. 
superfície
s com 
matéria 
orgânica, 
aplicar 
por 2 a 5 
min e 
proceder 
a 
limpeza. 
Médi
o 
Bactericida, 
fungicida, 
viruscida e 
esporicida. 
ação rápida, 
indicado 
para 
superfícies e 
artigos não 
metálicos e 
materiais 
termossensí
veis. 
Instável, 
corrosivo, 
inativado na 
presença de 
matéria 
orgânica. 
Ácido 
peracético 
0,001 a 0,2% Imersão, 
durante 
10 
minutos. 
Alto Bactericida, 
fungicida, 
viruscida e 
esporicida. 
Não forma 
resíduos 
tóxicos, 
efetivo na 
presença de 
matéria 
orgânica, 
rápida ação 
em baixa 
temperatura. 
Instável qdo 
diluído, 
corrosivo 
para alguns 
tipos de 
materiais, 
ação que 
pode ser 
reduzida pela 
modificação 
do Ph. 
 
 
4. SECAGEM 
 
• Deve ser criteriosa para evitar que a umidade interfira nos processos e para diminuir a 
possibilidade de corrosão dos artigos. 
• Pode ser realizada com a utilização de toalha de papel, secadora de ar quente/frio, 
estufa regulada para este fim e/ou ar comprimido. 
 
5. EMPACOTAMENTO 
 
• A embalagem deve permitir a penetração do agente esterilizante e proteger os artigos de 
modo a assegurar a esterilidade até a sua abertura. 
• Para esterilização em autoclave, recomenda-se papel grau cirúrgico, papel crepado, 
tecido não-tecido (TNT), tecido de algodão cru (campo duplo), vidro e nylon, cassetes e 
caixas metálicas perfuradas. 
• Embalagens compostas de papel grau cirúrgico e/ou filme plástico polipropileno-
polietileno e nylon devem ter o ar removido antes da selagem, pois o ar atua como um 
obstáculo na transmissão de calor e de umidade. 
• Pinças e tesouras devem ser esterilizadas com suas articulações abertas. 
• O fechamento do papel grau cirúrgico e filme plástico ou do nylon deve promover o 
selamento hermético da embalagem e garantir sua integridade. 
A faixa de selagem deve ser ampla, preferencialmente, de 1 cm ou reforçada por duas ou três 
faixas menores. Recomenda-se promover o selamento deixando uma borda de 3 cm, o que 
facilitará a abertura asséptica do pacote. 
 
6. ESTERELIZAÇÃO 
 
6.1 ESTERELIZAÇÃO QUÍMICA 
 
 Glutaraldeído a 2% 
- Sua ação germicida se dá pela alquilação de grupos sulfidril, hidroxil, carboxil e amino, 
grupos de componentes celulares, alterando o RNA, DNA e as sínteses protéicas. 
- Após a realização da limpeza e secagem do artigo, este deve ser imerso totalmente na 
solução em recipiente de plástico e com tampa, por 10 horas. 
- O enxágüe final deve ser rigoroso, em água estéril, e a secagem, com compressas 
esterilizadas, é obrigatória, devendo o artigo ser utilizado imediatamente. 
- É recomendado que o manuseio desta solução seja realizado em ambiente com boa 
ventilação. 
 
 Ácido peracético 0,2% 
- O ácido peracético a 0,2% promove desnaturação de proteínas, alteração na 
permeabilidade da parede celular, oxidação de ligações sulfidril e sulfúricas em 
proteínas, enzimas e outros componentes básicos. 
- Deve-se salientar que a esterilização química deve ser utilizada somente nas situações 
em que não há outro recurso disponível. 
 
6.2 ESTERILIZAÇÃO EM ESTUFA OU FORNO DE PASTEUR (CALOR SECO) 
 
• Utiliza a circulação do ar quente no interior da estufa. Este ar é produzido pela corrente 
elétrica que aquece a resistência localizada na parte inferior das estufas, produzindo o ar 
quente, que provoca a destruição das bactérias se dá pela oxidação das células secas. 
• As estufas são dotadas de termômetros que indicam a temperatura interna mantida 
através de um termostato. Ouso da estufa tem limitações, pois o calor não tem 
distribuição homogênea. O centro da estufa não alcança a mesma temperatura das 
laterais, daí serem chamados de pontos frios. 
• Os esterilizadores pelo calor seco operam a aproximadamente 160 °C a 190 °C e por 
períodos variados de tempo, dependendo das instruções do fabricante. 
 
 Indicações e Uso 
• Para esterilização de artigos críticos e semi-críticos termos-resistentes, que não sejam 
de corte. 
 
 Embalagem 
• Caixa de aço ou alumínio fechado ; 
• Vidros termos-resistentes com tampa (Tipo Pirex) ; 
• Papel laminado de alumínio. 
 
 Armazenamento do Material Esterilizado 
 a) lugar deve ser limpo e preferencialmente fechado e livre de pó; 
 b) local deve ser seco, com umidade entre 30 e 60%; 
 c) ter temperatura entre 20ºC e 25ºC; 
 d) o material deve ser etiquetado e tendo na etiqueta data da esterilização e prazo de 
validade; 
 e) a validade deverá ser de 30 dias. 
 
6.3 ESTERELIZAÇÃO EM AUTOCLAVE (CALOR ÚMIDO) 
 
• As autoclaves são equipamentos que utilizam vapor saturado para realizar o processo 
de esterilização. 
• A autoclave apresenta grande eficácia na esterilização de materiais, mas exige que seu 
manuseio seja feito por pessoa habilitada, com conhecimento básico dos princípios de 
seu funcionamento. 
• Atualmente são encontrados no comércio vários modelos de autoclaves, de formas e 
tamanhos diversos, com câmara simples ou dupla. Na escolha do equipamento a ser 
adquirido deve-se levar em consideração o volume, tamanho, tipo e fluxos de artigos a 
serem utilizados. 
• Em temperaturas entre 121ºC e 132ºC, o vapor sob pressão é capaz de destruir todas 
as formas microbianas. O efeito letal é obtido pela condensação que acarreta liberação 
de calor latente, precipitação e umidade, penetração em materiais porosos, aquecimento 
rápido e coagulação de proteínas. 
 
 Indicações e Uso 
• Para esterilização de todos os artigos críticos (agulhas, lâminas de bisturi, sondas 
periodontais e materiais cirúrgicos) 
• semicríticos (condensadores de amálgama, espátulas) termosresistentes, este é o 
método de menor toxicidade, mais seguro e eficaz. 
 OBS.: O instrumental odontológico aceita bem a autoclavagem, com exceção dos 
instrumentos de aço carbono, que podem sofrer corrosão ou oxidação. 
 
 
 Invólucros para a esterilização 
• Depois do material estar completamente descontaminado, limpo e seco deve ser 
acondicionado por unidade e em pacotes envolvidos por um dos seguintes materiais: 
a) Papel Kraft com pH 5-8; 
b) Tecido de algodão duplo cru; 
c) Papel grau cirúrgico; 
d) Filme Poliamida entre 50 a 100 micra de espessura; 
e) SMS ; 
 
OBS.: Não se deve ocupar toda a capacidade da câmara de esterilização nas autoclaves 
automáticas. Caso a carga esteja em excesso, o ciclo não se completa abortando a 
esterilização. Os pacotes devem ser colocados de forma a permitir a penetração e a circulação 
do vapor e a saída do ar. A ocupação da câmara deve ser de aproximadamente 80%. 
 
 
 
Esterilização por Gravidade 
• Consiste em introduzir o vapor na câmara interna da autoclave, eliminando o ar interno 
por expulsão, ou seja, fazer a saída do ar na medida em que o vapor for injetado. Neste 
processo, o aquecimento do material a ser esterilizado, é feito de fora para dentro, 
acumulando o tempo de aquecimento. 
• Assim, se consegue um vácuo de capacidade média, que ao longo do tempo de 
exposição, que é prèviamente determinado, resultará na etapa final, em materiais secos 
e estéreis. 
Esterilização por Alto Vácuo 
• Consiste em introduzir o vapor na câmara interna da autoclave. A entrada do vapor 
facilita a subida da temperatura para iniciar a esterilização e gera maior segurança no 
processo, porque todo o ar do material e da câmara é retirado pela alta capacidade de 
sucção da bomba de vácuo. 
• Após a contagem de tempo de exposição, a bomba de vácuo entra novamente em 
funcionamento, fazendo a sucção do vapor e da umidade interna do pacote, 
conseguindo,assim a redução da exposição, esterilização e secagem pelo aquecimento 
rápido do material. 
OBS.: Durante a esterilização os ciclos não podem ser interrompidos, caso isto aconteça 
os ciclos deveram ser iniciados novamente. É interessante ver o manual do fabricante porque o 
tempo poderá ser alterado de acordo com a carga e o fabricante. 
 
Cuidados após a Esterilização 
a) Observar à completa despressurização da autoclave; 
b) Observar se todos os manômetros indicam o término da operação; 
c) Retirar o material, fechado e lacrado com fita crepe para autoclave, e datá-lo; 
d) Verificar se há umidade nos pacotes, ela indica defeito da autoclave ou inobservância, 
pelo operador do tempo de secagem. Neste caso a esterilização deverá ser refeita; 
e) Olhar se o risco preto da fita para autoclave está bem definido, caso negativo repetir o 
processo da esterilização. 
 
 Cuidados na armazenagem 
• O instrumental deve ser armazenado em local exclusivo, separado dos demais, em 
armários fechados, protegido de poeira, umidade e insetos, e a uma distância mínima de 
20 cm do chão, 50 cm do teto e 5 cm da parede, respeitando-se o prazo de validade da 
esterilização. 
• O local de armazenamento deve ser limpo e organizado periodicamente, sendo 
verificados sinais de infiltração, presença de insetos, retirando-se os pacotes 
danificados, com sinais de umidade, prazo de validade da esterilização vencido, etc. 
• Estes artigos devem ser reprocessados novamente. Na distribuição, os pacotes 
esterilizados devem ser manipulados o mínimo possível e com cuidado. 
 
Monitoramento da esterilização 
• Cada serviço deve realizar a validação do prazo de esterilização dos artigos, recorrendo 
a testes laboratoriais de esterilidade, considerando os tipos de embalagem utilizados, os 
métodos de esterilização, as condições de manuseio e os locais de armazenamento. 
 
 
 
MONITORAMENTO DA ESTERILIZAÇÃO 
 ESTUFA AUTOCLAVE 
CONTROLE 
BIOLÓGICO 
É feito com BACILLUS 
SUBTILIS. Deve ser semeado 
numa placa de Petri dentro da 
estufa ligada. É levada para 
análise num laboratório de 
microbiologia, e então, se a 
bactéria estiver viva a estufa 
está desregulada; em caso 
contrário, a esterilização está 
eficiente e a esterilização do 
material e válida. 
É feito com BACILLUS 
STEAROTHERMOPHILUS 
(Indicador Biológico). Deve ser 
colocado dentro do pacote 
utilizado e deve ser o primeiro 
material a ser esterilizado. Se o 
bacilo for destruído a autoclave 
está funcionando com eficiência, 
caso contrário ela esta 
desregulada e todo o material 
contaminado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que Fazer com o Lixo? 
 
• Com a ampliação do conhecimento dos riscos, e do potencial de causar danos à saúde 
e ao meio ambiente pelo lixo gerado por estabelecimentos de saúde é que, a legislação 
que rege o descarte, a coleta e o destino final de resíduos biológicos e/ou, quimicamente 
contaminados, vem sendo aperfeiçoada. 
• Há todo um conjunto de leis, normas e portarias regulamentando o manejo destes 
resíduos. 
• Merece destaque o art. 04/Res. CONAMA-05: Devemos assumir como um princípio 
básico, que o gerador do resíduo passou a ser responsável pelo seu gerenciamento, até 
a disposição final do mesmo. 
CONTROLE 
QUÍMICO 
É feito por meio de fita 
apropriada para calor seco. Esta 
fita encontra-se à venda no 
comércio. 
São medidores químicos termos-
sensíveis que alteram sua 
coloração em presença do calor. 
Devem ser utilizados em 
comparação entre o material 
esterilizado e o não estéril. Não é 
confiável. 
 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS 
 A classificação de resíduos de serviços de saúde objetiva destacar a composição 
desses resíduos segundo suas características biológicas, físicas, químicas e inertes, 
estado da matéria e origem, para fins de melhor desenvolvimento do Plano de 
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS e do Programa de 
Reciclagem de Resíduos - PRR. 
 A classificação adotada baseia-se na Resolução CONAMA Nº 5, de 5 de agosto de 
1993, publicada em Diário Oficial da União do dia 31 de agosto de 1993. 
 
 
 GRUPO A - RESÍDUOS BIOLÓGICOS 
 
São resíduos que possuam agentes biológicos ou outros que se apresentem 
contaminados por eles, que possam trazer riscos à saúde pública e ao meio-ambiente. 
Enquadram-se neste grupo, dentre outros assemelhados: 
- Bolsas de sangue, sangue e hemocomponentes; 
- Secreções, excreções e outros fluidos orgânicos, quando coletados; 
- Meios de cultura e vacinas; 
- Materiais descartáveis que tenham entrado em contato com quaisquer fluidos orgânicos 
(algodão, gaze, atadura, esparadrapo, equipo de soro, equipo de transfusão, kits de 
aférese, kits de linhas arteriais endovenosas, capilares, gesso, luvas, dentre outros 
similares); 
- Peças anatômicas (tecidos, membranas, órgãos) que não tenham mais valor científico 
ou legal e/ou quando não houver requisição pelo paciente ou familiares; 
- Membranas filtrantes de equipamentos médico-hospitalares e de pesquisas, entre outros 
similares; 
- Materiais pérfuro-cortantes contaminados com agentes biológicos (lâminas de barbear, 
bisturis, agulhas, escalpes, ampolas de vidro e outros assemelhados, provenientes de 
estabelecimento de saúde); 
- Quaisquer resíduos do GRUPO D, contaminados por agente biológico. 
 
 GRUPO B - RESÍDUOS QUÍMICOS 
 
São resíduos que apresentam risco à saúde pública e ao meio-ambiente devido às suas 
características químicas. Enquadram-se neste grupo, dentre outros assemelhados: 
- Resíduos perigosos, conforme classificação da NBR 10.004; resíduos sólidos, por sua 
toxicidade (incluindo a mutagenicidade e genotoxidade), corrosividade, inflamabilidade 
e reatividade; 
- Medicamentos vencidos, contaminados, interditados, parcialmente utilizados e demais 
medicamentos impróprios para consumo; 
- Antimicrobianos e hormônios sintéticos; 
- Mercúrio de amálgamas e outros resíduos de metais pesados; 
- Saneantes e domissanitários; 
- Líquidos reveladores de filmes; 
- Drogas quimioterápicas e materiais descartáveis por elas contaminados; 
- Objetos pérfuro-cortantes contaminados com quimioterápico ou outro produto químico 
perigoso; 
- Quaisquer resíduos do GRUPO D, contaminados por agente químico. 
 
MANEJO DE RESÍDUOS QUÍMICOS 
- O acondicionamento deve ser feito em recipientes individualizados, observadas as 
exigências de compatibilidade química do resíduo com os materiais das embalagens, 
de forma a evitar reação química entre os componentes, enfraquecendo-a ou 
deteriorando-a, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável 
aos componentes do resíduo. 
- Os reveladores utilizados em radiologia podem ser submetidos a processo de 
neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9, sendo posteriormente lançados na 
rede coletora de esgoto ou em corpo receptor, desde que atendam às diretrizes 
estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de 
saneamento competentes. 
- Os fixadores usados em radiologia podem ser submetidos a processo de 
recuperação da prata ou então ao constante do item 11.16 da RDC 306/04. 
- O descarte de pilhas, baterias e acumuladores de carga contendo chumbo (Pb), 
cádmio (Cd) e mercúrio (Hg) e seus compostos deve ser feito de acordo com a 
Resolução Conama n0 257/99, ou a que vier substituí-la. 
- Resíduos no estado líquido podem ser lançados na rede coletora de esgoto ou em 
corpo receptor, desde que atendam, respectivamente, as diretrizes estabelecidas 
pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento 
competentes. 
 
 GRUPO C - REJEITOS RADIOATIVOS 
 
É considerado rejeito radioativo qualquer material resultante de atividades humanas que 
contenha radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados na 
Norma CNEN-NE-6.02 -Licenciamento de Instalações Radioativas. Enquadram-se neste grupo 
todos os resíduos dos grupos A, B e D contaminados com radionuclídeos, tais como: seringas, 
sistemas, restos de fármacos administrados,compressas, vestimenta de trabalho, luvas, 
sapatilhas, forração de bancada, objetos pérfuro-cortantes, dentre outros assemelhados. 
 
 
 GRUPO D - RESÍDUOS COMUNS 
São todos os resíduos semelhantes aos resíduos domésticos e que não mantiveram 
contato com os resíduos classificados nos grupos anteriores. Enquadram-se neste grupo, 
dentre outros assemelhados: 
- Papel, papelão, cortiça, vidro, plástico, metal; 
- Resíduos de varrição, podas de árvores e de jardins; 
- Papéis de uso sanitário, usados por funcionários ou pacientes que não estejam 
em caráter de isolamento; 
- Embalagens secundárias de quaisquer medicamentos ou produto médico-
hospitalar (frascos de plástico de soros e frascos de vidro ou plástico de 
medicamentos ou outro produto farmacêutico não incluídos no GRUPO B - após o 
esvaziamento são considerados como resíduos recicláveis). 
 
 GRUPO E – RESÍDUOS PÉRFUROCORTANTES. 
São materiais pérfuro-cortantes: 
- lâminas de barbear; 
- Agulhas; 
- Escalpes; 
- ampolas de vidro e anestésicos; 
- lâminas de bisturi; 
- materiais ortodônticos; 
- Etc. 
 
 SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS 
 
A segregação de resíduos consiste em sua separação no momento e local de sua 
geração, acondicionando-o imediatamente, de acordo com a sua espécie e grupo, visando 
reduzir o volume de resíduos contaminados pelo contato por outros resíduos, diminuir os riscos 
de acidentes e adotar melhor processo para o tratamento dos resíduos infectantes ou 
contaminantes. 
 
 ACONDICIONAMENTO DOS RESÍDUOS 
 
• RESÍDUOS SÓLIDOS dos GRUPOS A, B e/ou C: acondicionar em saco branco leitoso, 
resistente; utilizar saco duplo para os resíduos pesados e úmidos; identificar com rótulos 
diferenciados pela cor, símbolo e expressão correspondente ao grupo de resíduos a que 
se destina. O saco deve ser sustentado por vasilhame de plástico, acrílico, metal ou 
outro material resistente, com tampa movida a pedal, com cantos e arestas 
arredondados. 
• Tanto o saco como o suporte devem ser identificados de acordo com os resíduos dos 
GRUPOS A, B e/ou C, sendo que o saco deve ser preenchido somente até os 2/3 de 
sua capacidade, estando proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. 
• Os materiais pérfuro-cortantes, sejam do GRUPO A, B e/ou C, devem ser descartados 
imediatamente após o uso, em recipientes estanques, rígidos, com tampa e 
identificados: "PÉRFUROCORTANTES“, localizados no local de sua geração, sendo 
expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu 
reaproveitamento. 
• As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, sendo 
proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente; caso seja indispensável, 
a sua retirada só é permitida utilizando-se procedimento mecânico. 
• RESÍDUOS do GRUPO D: materiais reutilizáveis e recicláveis devem ser 
acondicionados de acordo com as normas dos serviços locais de limpeza urbana, 
utilizando sacos impermeáveis e transparentes, de cor clara, apoiados em recipientes 
nas cores azul para PAPÉIS; amarelo para METAIS; verde para VIDROS; vermelho para 
PLÁSTICOS; marrom para os RESÍDUOS ORGÂNICOS e preta para o REFUGO - 
resíduo (resíduo que não tem mais utilidade, que deve ser encaminhado para o aterro 
sanitário). 
 
 
 
 IDENTIFICAÇÃO NAS EMBALAGENS 
 
• A identificação dos resíduos serve para garantir que a segregação realizada nos locais 
de geração seja conservada e que sejam encaminhados para o tratamento 
correspondente. 
• Deve estar presente nas embalagens, nos coletores internos, nos contêineres e nos 
locais de armazenamento, utilizando-se símbolos baseados na Norma da ABNT, NBR 
7.500 - Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material 
-Símbolo. 
• Resíduos do GRUPO A: a identificação deve ser em rótulos de fundo branco, desenho e 
• contornos pretos, contendo símbolo e a inscrição "RESÍDUO BIOLÓGICO“. 
• Resíduos do GRUPO B: a identificação deve ser em rótulos de fundo vermelho, desenho 
e contornos pretos, contendo símbolo de substância tóxica e a inscrição "RESÍDUO 
TÓXICO". 
• Resíduos do GRUPO D: a identificação deve ser feita nos recipientes, contêineres e nos 
abrigos de guarda de contêineres, usando cores: azul para PAPÉIS, amarelo para 
METAIS, verde para VIDROS, vermelho para PLÁSTICOS e marrom para os 
RESÍDUOS ORGÂNICOS e conter símbolo e inscrição "RESÍDUO RECICLÁVEL" e o 
nome do material correspondente à cor. A cor preta será usada para o refugo (resíduo 
que não tem mais utilidade, que deve ser encaminhado para o aterro sanitário). 
 
 
 
 
 
 Manejo de Resíduos Infectantes Recomendações básicas 
 
a) Sempre separar os resíduos contaminados do lixo comum; 
b) Resíduos infectantes: Como algodão, gaze, ou qualquer material contendo sangue ou fluidos 
corpóreos, curativos, resíduos de cirurgias, modelo de gesso, moldagens e kits para exames. 
Devem ser acondicionados em sacos plásticos de cor branca leitosa, padronizados, com o 
símbolo de risco biológico. Estes sacos devem estar contidos dentro de coletores próprios. Seu 
destino final deve ser a vala séptica ou células especiais em aterro sanitário. 
c) Resíduos infectantes contundentes: Também chamados de pérfuros-cortantes (agulhas, 
lâminas, materiais ortodônticos,instrumentais impróprios para uso e assemelhados), devem ser 
armazenados em recipientes de material rígido, com tampa vedável, rotulados com o símbolo 
de risco biológico. Aí permanecendo, até o limite da capacidade do recipiente. Seu destino final 
deve ser também a vala séptica ou célula especial em aterro sanitário. 
d) Resíduos de insumos: São produtos farmacêuticos empregados na clínica como cimentos, 
fenol, formo cresol, eugenol, materiais restauradores e outros. Suas embalagens, quando 
vencidas ou após utilização, devem ser descartadas da mesma forma que os resíduos 
contaminados. Isto é, em recipientes de material rígido, com tampa. 
e) Recipientes: No âmbito das salas, onde são gerados os resíduos resultantes de assistência 
ao paciente, deve haver: recipiente com tampa acionada por pedal e destinada apenas ao 
recolhimento de resíduos infectantes, recipientes para resíduos infectantes contundentes e 
restos de insumos, recipientes para lixo comum. 
f) Descarte: Ao final da jornada diária de trabalho, depositar os resíduos infectantes, isto é o 
recipiente contendo pérfuros-cortantes e o saco contendo os demais resíduos, em local 
apropriado, nos locais previamente combinados. É vedado o descarte deste material na 
lixeira. 
g) Coleta: O destino final dos resíduos de risco biológico deve ser a vala séptica, e seu 
recolhimento é dever da municipalidade. Para isto, todos os serviços de odontologia, devem 
contatar o serviço de limpeza pública de sua cidade, e solicitar o cadastro para coleta especial 
 
 RECOMENDAÇÕES NO MANEJO DO MERCÚRIO 
 
• Cerca de 55% do amálgama preparado pelo CD é perdido, e este material é descartado 
normalmente no lixo domiciliar. 
• Os profissionais que ficam constantemente expostos a este metal pesado, comumente 
apresentam valores de mercúrio na urina superiores ao limite de tolerância biológica. 
• Em temperatura ambiente, o mercúrio se volatiliza. O momento de maior risco de 
contaminação do mercúrio é durante a preparação do amálgama. Se cair, contaminando 
o ambiente de trabalho, torna-se necessário a descontaminação ambiental, embora seja 
um processo extremamente difícil, é essencial. 
• A intoxicação crônica de mercúrio pelo CD e sua equipe deve ser evitada. Seus 
sintomas iniciais são: a inquietude, a irritabilidade, a insônia, a sialorréia, a gengivite e o 
tremor das mãos. A exposição do CD a níveis superiores ao estabelecidos (0,05mg/m3), 
foi observado através de análise do teor de mercúrio em cabelo, pêlos e unhas, 
revelando correlação direta entre a contaminação de mercúrio encontrada nestes 
tecidos, e a concentração de mercúrio presente no ar. 
• Durante a remoção de restaurações ocorre a liberação do metal, sob a forma de vapor e 
de poeira deAmálgama. O mercúrio ingerido fica alojado nos sistema nervoso e renal 
causando patologias irreparáveis. Como conseqüência da contaminação os profissionais 
podem desenvolver o mal de Parkinson, e nos casos mais avançado da doença, chegar 
à deficiência renal aguda por deterioração do sistema renal. 
 
 Como Evitar a Contaminação do Mercúrio no EAS Odontológico? 
• O piso do ambiente deverá ser impermeável, sem poros e trincas e de fácil limpeza. 
• A bancada de trabalho lisa e de fácil limpeza. Em caso de ocorrer derrame de mercúrio, 
lançar sobre o mesmo enxofre em pó que combinará com o mercúrio, formando o sulfeto 
de mercúrio, que não oferece perigo a saúde. 
• O amalgamador deve ficar guardado em local isento de calor, longe da estufa, Autoclave 
e distante do aparelho de ar condicionado, para evitar a formação e dissipação dos 
vapores de mercúrio. 
• Cuidados especiais deverão ser tomados no momento de usar o amalgamador, evitando 
acidentes. 
• A remoção de restaurações de amálgama de prata deverá ser feita sob refrigeração, uso 
de sugador e brocas com um bom poder de corte, e sob isolamento absoluto. Dessa 
forma se evita poeira e vapor de mercúrio. 
• A estocagem do mercúrio deve ser feita em frascos inquebráveis e hermeticamente 
fechados. Atualmente a industria produz porções individuais em cápsulas. 
• Os resíduos de amálgama não utilizados nas restaurações ou restos de mercúrio devem 
ser guardados em recipientes inquebráveis e hermeticamente fechados, contendo no 
seu interior água e fixador de RX. 
• Evitar o super aquecimento no momento de fazer o polimento nas restaurações de 
amálgama. 
• É recomendável a análise mercurial anualmente para toda a equipe odontológica. 
• O descarte de resíduos de amálgama e mercúrio é considerado de risco biológico. 
Portanto, é necessário que sejam colocados em frascos inquebráveis contendo no seu 
interior água e fixador de RX. serem hermeticamente fechados, rotulados como “lixo 
biológico” e colocados em saco plástico branco leitoso segundo normas da ABNT. 
• Por isso, a solução aceitável, desde que corretamente acondicionado, é o despejo em 
aterro sanitário industrial. Devemos evitar o seu despejo no esgoto e no lixo comum. 
Quando depositado em aterros sanitários comuns, ou lixões, por ação de bactérias 
exotérmicas, estes atingem temperatura de 45ºC a 60ºC e libera desta forma grande 
quantidade de vapor de mercúrio na atmosfera. O que pode contribuir ainda mais para a 
contaminação ambiental por este metal pesado. 
 
	DOENÇAS DE IMPORTANCIA PARA ODONTOLOGIA RISCO BIOLÓGICO
	1. TRANSMISSÃO POR VIA RESPIRATÓRIA
	Sabe-se que as exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados constituem um sério risco aos profissionais da área da saúde nos seus locais de trabalho. Estudos desenvolvidos nesta área mostram que os acidentes envolvendo sa...
	O ambiente odontológico, pelas suas particularidades, possibilita que o ar seja uma via potencial de transmissão de microorganismos, por meio das gotículas e dos aerossóis, que podem contaminar diretamente o profissional ao atingirem a pele e a mucosa...
	As gotículas e os aerossóis são gerados durante a tosse, espirro e fala, ou são provenientes dos instrumentos rotatórios, seringas tríplices,equipamentos ultra-sônicos e por jateamento. As gotículas são consideradas de tamanho grande e podem atingir a...
	1.1 Doença Meningocóccica
	Pode se apresentar de forma benigna, caracterizada por febre ou bacteremia, simulando uma infecção respiratória ou virose exantemática.
	Pode evoluir para um quadro mais grave, a exemplo da septicemia (meningococcemia), caracterizada por mal-estar súbito, febre alta, calafrios, prostração, acompanhada de manifestações hemorrágicas (petéquias e equimoses), ou ainda sob a forma de mening...
	O principal transmissor é o portador assintomático e a transmissão ocorre pelas secreções da orofaringe, por contaminação cruzada.
	1.2 Gripe ou influenza
	Doença contagiosa aguda do trato respiratório, de natureza viral e distribuição global. Classicamente se apresenta com início abrupto de febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, dor de cabeça e tosse seca.
	1.3 Mononucleose
	Síndrome infecciosa que acomete principalmente indivíduos de 15 a 25 anos. Essa infecção pode ser assintomática ou apresentar-se com febre alta, dor ao deglutir, tosse, artralgias, adenopatia cervical posterior simétrica que pode se generalizar, esple...
	O Modo de transmissão se dá por contato com secreções orais (saliva), sendo rara a transmissão por meio da transfusão sangüínea ou contato sexual.
	1.4 Rubéola /Sarampo
	Doenças virais exantemáticas e agudas, muito comuns na infância e adolescência, podendo acometer os adultos.
	Apresentam sintomatologias como febre, linfadenopatia, exantema generalizado, coriza e tosse. Muitas vezes é necessário recorrer ao exame sorológico para diferenciá-las.
	A ocorrência de rubéola em gestantes pode ocasionar complicações ao feto, como más-formações ou óbito fetal (síndrome da rubéola congênita). Seu modo de transmissão é o contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas.
	A imunização é uma importante barreira para quebrar a cadeia epidemiológica.
	1.5 Tuberculose
	Doença infecciosa que atinge principalmente o pulmão, causada por Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de KOCH.
	Apresenta como principais sintomas tosse persistente, febre vespertina, emagrecimento, prostração e algumas vezes hemoptise, sendo transmitida pela fala, tosse e espirro.
	PROCEDIMENTOS PARA A DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO POR VIA RESPIRATÓRIA
	- Usar dique/lençol de borracha, sempre que o procedimento permitir.
	- Usar sugadores de alta potência.
	- Evitar o uso da seringa tríplice na sua forma spray, acionando os dois botões ao mesmo tempo.
	- Regular a saída de água de refrigeração.
	- Higienizar previamente a boca do paciente mediante escovação e/ou bochecho com anti-séptico.
	- Manter o ambiente ventilado.
	- Usar exaustores com filtro HEPA.
	- Usar máscaras de proteção respiratórias.
	- Usar óculos de proteção
	- Evitar contato dos profissionais suscetíveis com pacientes suspeitos de sarampo, varicela, rubéola e tuberculose.
	2. TRANSMISSÃO POR SANGUE E OUTROS FLUIDOS ORGÂNICOS
	Na prática odontológica é comum a manipulação de sangue e outros fluidos orgânicos, que são as principais vias de transmissão do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV).
	As exposições que podem trazer riscos de transmissão são definidas como:
	 Percutânea - lesão provocada por instrumentos perfurantes e cortantes.
	 Mucosa - contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca.
	 Cutânea - contato com pele com dermatite ou feridas abertas.
	 Mordeduras humanas - lesão que deve ser avaliada tanto para o indivíduo que a provocou quanto para aquele que tenha sido exposto (consideradas como exposição de risco quando há presença de sangue
	2.1 HEPATITE
	As hepatites são infecções que acometem o fígado e podem ser causadas por pelo menos cinco tipos diferentes de vírus: A, B, C, D e E, sendo mais comuns os três primeiros. Apresenta um período prodrômico, com febrículas, anorexia, náuseas e às vezes vô...
	2.1.1 HEPATITE A
	A fonte de transmissão é o próprio homem e a transmissão é direta, pelas mãos, água ou alimentos contaminados. O vírus pode manter sua infectividade por algumas semanas em temperatura ambiente. O profissional de saúde com hepatite A deve ser afastado ...
	2.1.2 HEPATITE B
	As principais vias de transmissão do vírus da hepatite B (HBV) são a parenteral, a sexual e a vertical, em que o vírus é transmitido pela mãe ao recém-nascido no momento do parto.
	O risco de contaminação pelo HBV está relacionado, principalmente, ao grau de exposição ao sangue no ambiente de trabalho, e também à presença ou não do antígeno HBeAg no paciente-fonte.
	A saliva é um fluido que vem sendo utilizado para o diagnóstico e estudos epidemiológicos das hepatites, principalmente a do tipo B. Estudos comprovam a infectividadeda saliva e o risco de transmissão da infecção pelo fluido e pelo aerossol gerado em...
	Apesar das exposições percutâneas serem um dos mais eficientes modos de transmissão do HBV, elas são responsáveis por uma minoria dos casos ocupacionais de hepatite B, provavelmente pela adoção de medidas de precaução-padrão e pela vacinação.
	O HBV, em temperatura ambiente, pode sobreviver em superfícies por períodos de até uma semana. As infecções pelo HBV em profissionais de saúde, sem história de exposição não-ocupacional ou acidente percutâneo ocupacional, podem ser resultado de contat...
	2.1.3 HEPATITE C
	O risco de transmissão do vírus da hepatite C (HCV) está relacionado a exposições percutâneas ou mucosas, envolvendo sangue ou qualquer outro material biológico contendo sangue.
	O risco estimado após exposições percutâneas com sangue sabidamente infectado pelo HCV é de 1,8% (variando de 0 a 7%). Um estudo demonstrou que os casos de contaminação só ocorreram em acidentes envolvendo agulhas com lúmen.
	O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológicos, que não sejam o sangue, é considerado baixo. A transmissão do HCV a partir de exposições em mucosas é extremamente rara. Não existe vacina para prevenção desse tipo de hepatite, nem e...
	2.2 SIDA OU AIDS
	A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é caracterizada pela imunodepressão e pela destruição de linfócitos T4, que são células que acompanham a resposta imune do organismo, causando infecções graves oportunistas e neoplasias.
	Após a exposição ao vírus HIV podem surgir sintomas como febre alta, linfadenopatia, mialgia, artralgia, dor de garganta, hepatoesplenomegalia, exantema maculopapular e meningite linfocitária (com um período de duração de sete a catorze dias, mesmo c...
	O vírus não sobrevive por longos períodos fora do corpo humano, podendo ser transmitido por meio do vírus livre, em secreções, ou associado a células vivas, em sangue ou derivados, leite ou sêmen.
	A baixa concentração viral na saliva, associada à atividade inibitória que essa secreção parece apresentar em relação ao HIV, resulta em risco pequeno. Entretanto, as precauções devem ser adotadas, pois no tratamento odontológico há possibilidade de c...
	Estudos realizados estimam, em média, que o risco de transmissão do HIV é de 0,3% (0,2 – 0,5%) em acidentes percutâneos e de 0,09% (0,006 – 0,5%) após exposições em mucosas.
	PROCEDIMENTOS PARA A DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO POR SANGUE E OUTROS FLUIDOS ORGÂNICOS
	- Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos.
	- Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes.
	- Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas da seringas com as mãos.
	- Não utilizar agulhas para fixar papéis.
	- Desprezar todo material perfuro cortante, mesmo que estéril, em recipiente com tampa e resistente a perfuração.
	- Colocar os coletores específicos para descarte de material perfuro cortante próximo ao local onde é realizado o procedimento e não ultrapassar o limite de dois terços de sua capacidade total.
	- Usar EPI completo.
	- Seguir o protocolo de descarte de resíduos sólidos.
	3. TRANSMISSÃO PELO CONTATO DIRETO E INDIRETO COM O PACIENTE
	A equipe odontológica está sujeita a diversas doenças adquiridas por meio do contato direto (mãos ou pele) ou indireto (superfícies ambientais ou itens de uso do paciente), devido à proximidade e ao tempo de exposição prolongado durante a realização d...
	3.1 HERPES SIMPLES
	É causado pelo Herpesvirus hominus Tipo I. É um vírus associado a lesões de membranas mucosas e pele ao redor da cavidade oral, que pode permanecer em latência por longos períodos de tempo e sofrer reativação periódica, gerando doença clínica ou subcl...
	As manifestações clínicas são distintas e relacionadas ao estado imunológico do hospedeiro.
	Seu modo de transmissão é o contato íntimo com o indivíduo transmissor do vírus, a partir de superfície mucosa ou de lesão infectante.
	3.2 Micoses
	São infecções causadas por fungos, que precisam de tratamento em praticamente todos os casos para que se obtenha a cura.
	Caracterizam-se por coceiras e alterações na pele, gerando lesões que se apresentam de forma variada, de acordo com o tipo de micose e extensão da doença. Além disso, a micose também predispõe o surgimento de outras doenças associadas, como infecções ...
	As micoses podem ocorrer no couro cabeludo, na pele e nas unhas. Algumas formas de micose que comprometem a pele são a candidíase e a pitiríase versicolor.
	A onicomicose é a infecção das unhas, que ocorre com maior freqüência nos pés, mas também pode ocorrer nas mãos. As unhas podem sofrer espessamento, ter sua forma, aparência ou coloração alteradas, algumas vezes se tornam mais frágeis e quebradiças e,...
	As micoses podem ser contraídas em lugares quentes e úmidos como vestiários, boxe de banheiro, alguns ambientes profissionais em que prevalece a umidade ou ainda por questões Higiênicas, aumento de sudorese, uso de tecidos sintéticos, etc. A transmiss...
	3.3 Escabiose ou Sarna
	É uma parasitose da pele causada por um ácaro cuja penetração deixa lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, sobre as quais ele deposita seus ovos.
	As manifestações clínicas são coceira intensa e lesões de pele causadas pela penetração do ácaro e pelas coçaduras.
	As áreas preferenciais da pele onde se visualizam essas lesões são: região interdigital, punhos, axilas, barriga, nádegas, seios e órgãos genitais masculinos. Nos idosos e crianças podem ocorrerno couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés. O m...
	3.4 Pediculose ou piolho
	A pediculose da cabeça é uma doença parasitária, causada pelo piolho. Atinge principalmente crianças em idade escolar e mulheres e é transmitida pelo contato direto interpessoal ou pelo uso compartilhado de bonés, escovas de cabelo ou pentes de pessoa...
	Sua principal manifestação clínica é a coceira intensa no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo atingir também o pescoço e a região superior do tronco, onde se observam pontos avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos.
	Com a coçadura das lesões, pode ocorrer a infecção secundária por bactérias, levando inclusive ao surgimento de gânglios no pescoço.
	3.5 Conjutivite
	É uma doença ocular causada por vírus ou bactérias do tipo staphylococcus, streptococcus, haemophilus, entre outros. A duração da doença não tratada chega a duas semanas. Seu contato se dá por fômites inanimados ou contato direto pessoa a pessoa.
	PROCEDIMENTOS PARA A DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO PELO CONTATO DIRETO E INDIRETO COM O PACIENTE
	- Uso de EPI.
	- Higienização das mãos.
	- Manter os cabelos presos.
	- Desinfecção concorrente das secreções e dos artigos contaminados.
	PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO
	1. HIGIENE DAS MÃOS
	Você deve lavar as suas mãos antes de colocar as luvas e imediatamente após a remoção das luvas.
	As luvas podem apresentar pequenos defeitos imperceptíveis ou podem ser rasgadas durante o uso e as suas mãos podem ser contaminadas durante a remoção das luvas. Além disso, as bactérias podem se multiplicar rapidamente em ambientes úmidos debaixo das...
	Você deve sempre usar sabonete líquido durante a lavagem das mãos. Sabonete em barra nunca deve ser usado porque pode transmitir a contaminação. Evidências sugerem que a antissepsia das mãos, a limpeza das mãos com um antisséptico para fricção das mão...
	Para minimizar a contaminação cruzada, é preferível que as pias da sala de tratamento sejam equipadas com torneiras de “mãos livres” que são ativadas eletronicamente ou com pedais.
	A escolha entre os diferentes métodos para a higienização das mãos depende do processo de trabalho adotado e do tipo de procedimento realizado, que determinam o tipo e a persistência da contaminação nas mãos.
	A higienização das mãos com água e sabão deve ser escolhida sempre que houver umidade ou sujidade visível nas mãos. O álcool só deve ser aplicado quando as mãos estiverem livresde sujidade ou umidade visível.
	Na assistência odontológica, é freqüente a utilização de água e a manipulação de secreções orais e sangue, com geração de aerossóis e conseqüente contaminação do ambiente. Nesse ambiente e nessas circunstâncias, o uso de luvas é obrigatório e a indica...
	Ao se optar pela utilização de produtos à base de álcool, a concentração do princípio ativo deve estar entre 60% e 90% p/p, de etanol ou isopropanol (solução alcoólica). O álcool a 70% é mais utilizado.
	A solução deve ter contato com toda a superfície das mãos, com atenção especial aos locais mais freqüentemente esquecidos, ou seja, as pontas dos dedos, os espaços interdigitais e o polegar.
	A pele deve ser friccionada até que a solução evapore e as mãos fiquem secas. É importante seguir as recomendações do fabricante quanto ao volume do produto necessário para alcançar o efeito desejado (Boyce, 1999).
	Na rotina de consultório, para proteção do paciente, o profissional de odontologia deve higienizar as mãos imediatamente antes de iniciar qualquer atendimento. Se as mãos estão secas e limpas, basta aplicar soluções que dispensam enxágüe.
	TÉCNICA PARA LAVAGEM DAS MÃOS
	1º. Manter o corpo afastado da pia.
	2º. Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia.
	3º. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral), suficiente para cobrir toda a superfície das mãos
	4º. Ensaboar as mãos, friccionando uma na outra por aproximadamente 15 segundos, com o objetivo de atingir toda a superfície.
	5º. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos dedos.
	6º. Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem tocar na superfície da pia ou na torneira.
	7º. Enxugar as mãos com papel-toalha descartável (não utilizar toalhas de uso múltiplo)
	APLICAÇÃO DE ANTISSÉPTICO
	1º. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml,em geral), suficiente para cobrir toda a superfície das mãos.
	2º. Friccionar as mãos uma na outra, com o objetivo de aplicar o produto em toda a superfície.
	3º. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos dedos.
	4º. Friccionar o produto até que seque completamente (não usar papel-toalha).
	ANTISSEPSIA CIRÚRGICA
	1º. Aplicar produto antimicrobiano em quantidade recomendada pelo fabricante, suficiente para cobrir toda a superfície das mãos e antebraço.
	2º. Limpar as unhas, friccionando-as contra a palma da mão ou escova macia.
	3º. Utilizar escova macia para friccionar a pele (opcional).
	4º. Efetuar movimentos de fricção iniciando pela extremidade dos dedos, continuando pelos espaços interdigitais, faces das mãos, punhos e antebraços, despendendo de dois a seis minutos.
	5º. Enxaguar as mãos em água corrente, deixando escorrer das pontas dos dedos para o antebraço, até eliminar completamente o produto.
	6º. Secar as mãos com compressa estéril, com movimentos compressivos, partindo das pontas dos dedos e seguindo pelas mãos até chegar ao cotovelo.
	RECOMENDAÇÕES
	- Como anéis e unhas compridas podem abrigar patógenos, as unhas devem ser mantidas curtas e bem cuidadas.
	- Anéis, unhas compridas e unhas postiças são suscetíveis de perfurar as luvas de procedimentos e podem machucar um paciente durante um exame.
	- Além disso, os Microrganismos proliferam-se em torno de cutículas ásperas e podem entrar no corpo através de qualquer ferimento na pele.
	- Anéis, esmaltes para unhas e unhas postiças não devem ser usados no trabalho.
	- Uma pele saudável é mais capaz de suportar os efeitos danosos de lavagens repetidas e do uso de luvas. É importante secar bem as mãos antes de colocar as luvas.
	- A utilização de creme hidratante pode ajudar a aliviar o ressecamento de mãos rachadas causado pelo uso de luvas de látex e a frequente lavagem das mãos.
	- Selecionar produtos para cuidados com as mãos à base de água porque os produtos à base de petróleo vão rasgar o látex da luva e comprometer a sua eficácia.
	2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
	O Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
	A Norma Regulamentadora -NR6 do Ministério do Trabalho, descreve sobre a obrigatoriedade do fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPI) aos empregados, gratuitamente, adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento...
	O uso de EPI é indicado durante o atendimento ao paciente, nos procedimentos de limpeza do ambiente e no reprocessamento dos artigos.
	Todo EPI deverá apresentar o nome comercial, o nome da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do Código de Autorização ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do Código de Autorização, em caract...
	Cabe ao responsável técnico pelo serviço odontológico providenciar a aquisição dos EPIs e orientar a equipe quanto aos tipos de EPIs e as indicações de uso, devendo:
	- Adquirir os EPIs adequados ao risco de cada atividade.
	- Exigir seu uso.
	- Fornecer ao trabalhador somente aqueles EPIs aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
	- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado e conservação dos mesmos.
	- Substituí-los imediatamente, quando danificados ou extraviados
	- Orientar quanto à higienização, manutenção periódica, restauração, lavagem e guarda correta do EPI.
	- Respeitar a sua indicação em relação ao local e níveis de contaminação.
	2.1 Gorro
	É uma barreira mecânica contra a possibilidade de contaminação por secreções, aerossóis e produtos.
	Além de prevenir acidentes e evitar a queda de cabelos nas áreas de procedimento.Deve ser preferencialmente descartável, cobrir todo o cabelo e as orelhas e ser trocado sempre que necessário ou a cada turno de trabalho. Recomenda-se o uso pelo pacient...
	2.2 Óculos de Proteção
	Protegem os olhos das secreções, aerossóis e produtos químicos utilizados durante os procedimentos odontológicos e na limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes.
	Os óculos devem possuir as laterais largas, ser confortáveis, com boa vedação lateral, e totalmente transparentes, permitir a lavagem com água e sabão, desinfecção quando indicada, sendo guardados em local limpo, secos e embalados. Os óculos são medid...
	- Impactos de partículas volantes.
	- Luminosidade intensa.
	- Radiação ultravioleta.
	- Respingos de produtos químicos e material biológico.
	Se você usa óculos de grau, você deve colocar protetores laterais e protetor facial. Os óculos de proteção que podem ser usados sobre os óculos de grau também estão disponíveis. Se você usa lentes de contato, você também deve usar os óculos com proteç...
	Limpe os óculos com sabonete e água ou, se estiver visivelmente sujo, você pode limpar e desinfetar o protetor facial reutilizável entre os pacientes. Óculos de proteção devem ser fornecidos aos pacientes porque eles também podem estar sujeitos a dano...
	Quando certos tratamentos a laser são realizados, óculos especiais com lentes filtradas devem ser fornecidos aos pacientes.
	2.3 Protetores Faciais
	Representam uma barreira física de proteção à transmissão aérea de infecções e inalação de agentes e substâncias químicas, e, ainda, protegem a face contra:
	- Impactos físicos
	- Impactos de partículas volantes. (1)
	- Respingos de produtos químicos e material biológico. (1)
	Os protetores faciais atuam como coadjuvantes na proteção respiratória contra:
	- Gases emanados de produtos químicos.
	- Vapores orgânicos ou gases ácidos no ambiente.
	- Aerossóis.
	Os protetores faciais são fabricados em policarbonato e podem substituir os óculos de proteção, porém não substituem a máscara.
	2.4 Máscaras de Proteção
	As máscaras devem ser descartáveis, de filtro duplo e tamanho suficiente para cobrir completamente a boca e o nariz, permitindo a respiração normale não irritando a pele.
	As máscaras devem ser trocadas a cada paciente ou com mais frequência, especialmente se respingos densos forem produzidos durante o tratamento ou se a máscara ficar úmida. Devem ser manuseadas pelo toque apenas dos bordos laterais para evitar o contat...
	As máscaras não devem entrar em contato com a boca quando usadas, uma vez que a umidade gerada diminui a eficiência da filtragem da máscara. Uma máscara úmida ou molhada não é uma máscara eficaz.
	As máscaras não proporcionam perfeito selamento em torno das bordas e, portanto, o ar não filtrado pode passar através das bordas. Por essa razão, é importante selecionar uma máscara que se adapte bem em seu rosto.
	Quando não estiver em uso, as máscaras faciais nunca devem ser usadas abaixo do nariz ou no queixo. Lembre-se de que a superfície externa da máscara é altamente contaminada.
	2.5 Luvas
	Devem ser de boa qualidade e usadas em todos os procedimentos. Constituem uma barreira física eficaz que previne a infecção cruzada e a contaminação do profissional de saúde e reduz os riscos de acidentes. Atuam na proteção das mãos contra:
	- Agentes abrasivos e escoriantes.
	- Agentes cortantes e perfurantes.
	- Choques elétricos.
	- Agentes térmicos.
	- Agentes biológicos.
	- Agentes químicos.
	Os principais tipos de luvas e suas indicações de uso são as seguintes:
	Luvas grossas de borracha e cano longo durante os processos de limpeza de artigos e ambientes, quando em contato com superfícies, artigos, instrumentos e equipamentos contaminados.
	Luvas de látex de procedimento para atividades clínicas e estéreis para
	procedimentos cirúrgicos, que devem ser descartadas a cada paciente.
	Luvas de plástico, usadas como sobreluvas, quando houver necessidade de manusear artigos fora do campo de trabalho. Luvas de amianto, couro ou aramida, usadas na CME, no manuseio de artigos esterilizados.
	Todas as luvas utilizadas no tratamento de paciente devem ser descartadas após um único uso. Essas luvas não podem ser lavadas, desinfetadas ou esterilizadas, embora possam ser enxaguadas com água para remover o excesso de talco.
	As luvas médicas de látex, vinil ou outras descartáveis de qualidade podem ser utilizadas para exames de pacientes e procedimentos odontológicos.
	As luvas rasgadas ou danificadas devem ser substituídas. Não usar joias por baixo das luvas. (Os anéis abrigam patógenos e podem rasgar as luvas.)
	Trocar as luvas com frequência. (Se o procedimento for longo, trocar as luvas aproximadamente uma vez a cada hora.)
	Remover as luvas contaminadas antes de deixar o consultório durante o atendimento do paciente e substituí-las com luvas novas antes de voltar ao atendimento do paciente. Lavar as mãos após a remoção das luvas e antes de recolocá-las.
	Luvas Danificadas durante o Tratamento
	As luvas só são eficazes quando elas estão intactas (não danificadas, despedaçadas, rasgadas ou perfuradas). Se as luvas forem danificadas durante o tratamento, troque-as imediatamente e lave as mãos antes recolocá-las. O procedimento para recolocação...
	- Pedir licença e deixar o procedimento.
	- Retirar e descartar as luvas danificadas.
	- Lavar bem as mãos.
	- Recolocar as luvas antes de retornar e para retomar o procedimento odontológico.
	Deve-se remover as luvas de procedimento contaminadas e lavar as mãos antes de deixar o consultório. Quando voltar, você deve lavar e secar as mãos e usar novas luvas de procedimento.
	Luvas Danificadas por Materiais Dentários
	Os produtos químicos com os quais você entra em contato diariamente podem danificar as luvas. Por exemplo, a exposição ao glutaraldeído, peróxido de hidrogênio e manipulações com álcool podem enfraquecer o látex, o vinil, o nitrilo e outros materiais ...
	Outros produtos químicos em materiais dentários que podem enfraquecer as luvas incluem monômero acrílico, clorofórmio, solvente de laranja,eugenol, verniz cavitário e condicionamento ácido e etc.
	Manutenção do Controle de Infecção durante o uso de Luvas
	• Abertura de Gavetas e Armários
	Se você antecipar quais os materiais que vai precisar e ter esses itens prontos e de fácil acesso para cada procedimento, você vai economizar tempo e minimizar a contaminação cruzada.
	Cada superfície que você tocar com luvas contaminadas também se torna contaminada. Ao eliminar a necessidade de abrir gavetas e armários, você vai limitar a contaminação operatória.
	Preparar os instrumentos, os medicamentos e os materiais de moldagem antes do tempo e usar artigos descartáveis e de dose única sempre que possível. Manter um par de pinça ou fórceps ao alcance na sala operatória. Essas ferramentas simples podem ser u...
	• Abertura de Recipientes
	Durante o procedimento, pode ser necessário abrir recipientes de materiais ou suprimentos. Ao abrir um recipiente, usar sobreluvas, uma toalha de papel ou uma gaze estéril para remover a tampa ou a capa. Ao fazer isso, tomar cuidado para não tocar qua...
	Usar uma pinça estéril para algodão para remover um item do recipiente. Se o recipiente ou frasco forem tocados, tornam-se contaminados e devem ser desinfetados ao final do procedimento.
	Sobreluvas
	As sobreluvas, também conhecidas como “luvas de manuseio de alimentos”, são feitas de plástico transparante leve e barato. Elas podem ser usadas sobre as luvas de tratamento contaminadas (sobreluvas) para prevenir a contaminação de objetos limpos manu...
	As sobreluvas não são aceitáveis sozinhas como uma barreira para a mão ou para procedimentos intraorais. As sobreluvas devem ser usadas cuidadosamente para evitar contaminação durante o manuseio com luvas de procedimento contaminadas. As sobreluvas sã...
	Luvas Multiuso
	As luvas multiuso não são utilizadas para o tratamento direto do paciente. As luvas multiuso são usadas quando a sala de tratamento for limpa e desinfetada entre pacientes, enquanto os instrumentos contaminados estão sendo limpos ou manuseados e para ...
	As luvas multiuso podem ser lavadas, desinfetadas ou esterilizadas e reutilizadas. No entato, as luvas multiuso devem ser descartadas quando elas se tornam desgastadas e já não apresentam capacidade de fornecer barreira de proteção.
	Após o uso, as luvas multiuso devem ser consideradas contaminadas e devem ser manuseadas de maneira adequada até que sejam devidamente desinfetadas ou esterilizadas. Cada membro da equipe responsável pelos procedimentos de limpeza deve ter seu próprio...
	Luvas sem Látex
	Ocasionalmente, os profissionais da área de saúde ou os pacientes podem experimentar graves reações alérgicas ao látex.
	A pessoa que é sensível ao látex pode substituir as luvas de látex por aquelas feitas de vinil, nitrilo e outros materiais sem látex.
	Alergias ao Látex
	Três tipos comuns de reações alérgicas ao látex foram identificados. A dermatite de contato envolve apenas uma irritação de superfície e as alergias do tipo I e IV envolvem uma reação imunológica.
	• Dermatite de Contato
	A dermatite de contato é um processo não imunológico (não envolve o sistema imunológico do corpo). É causada pelo contato com uma substância que produz uma irritação química na pele. A pele torna-se avermelhada, ressecada, irritada e, em casos graves,...
	- Lavagem frequente das mãos com sabonete ou agentes antimicrobianos.
	- Falha no enxágue completo de sabonete ou agentes microbianos nas mãos.
	- Irritação causada pelo talco de amido de milho presente nas luvas.
	- Transpiração excessiva nas mãos durante o uso de luvas.
	- Falha na secagem minuciosa das mãos após a lavagem.
	• Reação Alérgica Tipo IV
	A reação alérgica tipo IV, o tipo mais comum de alergia ao látex, é uma reação de contato atrasada que envolve o sistema imunológico.
	Pode levar de 48 a 72 horas para aparecerem erupções cutâneas avermelhadas e coceira. As reações são limitadas às áreas de contato e não envolvem todo o corpo.
	Os produtos químicos utilizados para processar o látex nessas luvas causam uma resposta imunológica; as proteínas do látex não a causam.
	Substâncias químicas como o glutaraldeído e acrilatos facilmente permeiam (atravessam)as luvas de látex e podem irritar a pele. Essa irritação pode ser confundida com uma reação alérgica às substâncias químicas presentes nas luvas de látex. Assim, lu...
	• Reação Alérgica Tipo I
	A reação alérgica tipo I é o tipo mais grave de alergia ao látex e pode resultar em morte. Esta reação ocorre em resposta às proteínas do látex da luva, em contraste com a reação a aditivos químicos no tipo IV.
	A manipulação frequente de luvas de látex com talco, como durante a sua colocação e a remoção frequente de luvas com talco das caixas, durante o dia, fazem com que as proteínas, que estão ligadas ao talco, permaneçam suspensas no ar por períodos prolo...
	As pessoas sensíveis podem apresentar tosse, chiado, olhos lacrimejantes, coriza, falta de ar e dificuldade respiratória. A principal causa de morte associada a alergia ao látex é a anafilaxia.
	Tratamento
	Nenhuma cura específica foi identificada para a alergia ao látex. As únicas opções são prevenir, evitar os produtos contendo látex e tratar os sintomas.
	Deve-se consultar um médico qualificado para fazer um teste para confirmar a alergia. Uma vez diagnosticados como tendo alergia ao látex, os pacientes devem evitar o látex em todos os aspectos de sua vida pessoal e profissional.
	Quando um funcionário do consultório odontológico for diagnosticado como portador de alergia ao látex, todos os funcionários da equipe devem seguir as práticas para minimizar o uso de produtos contendo látex. Essas medidas incluem o uso de luvas sem t...
	No cenário da área de saúde, os pacientes com alergia ao látex devem ser tratados com alternativas ao látex. As luvas de vinil e um lençol de borracha sem látex devem estar disponíveis em todos os consultórios odontológicos.
	2.6 Roupas de Proteção
	Vestimenta de segurança que oferece proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química e umidade provenientes de operações com uso de água.
	Deve ser de mangas longas, tecido claro e confortável, podendo ser de pano ou descartável para os procedimentos que envolvam o atendimento a pacientes e impermeável nos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes. Deve...
	São equipamentos de segurança aqueles que oferecem proteção ao tronco contra:
	- Aerossóis e respingos durante os procedimentos.
	- Riscos de origem térmica.
	- Acidentes de origem mecânica.
	- Ação de produtos químicos.
	- Umidade proveniente de operações com uso de água.
	- Contaminação por agentes biológicos.
	- Exposições radiológicas – vestimenta plumbífera que garante a proteção do tronco dos pacientes expostos a raios X (incluindo tireóide e gônadas, com pelo menos o equivalente a 0,25 mm de chumbo) e o avental de chumbo para profissional (vestimenta pl...
	A finalidade das roupas de proteção é proteger a pele e o vestuário da exposição à saliva, ao sangue, ao aerossol e outros materiais contaminados. Os tipos de roupas de proteção podem incluir batas, calças, saias, aventais de laboratório, roupas cirúr...
	Como as roupas de proteção podem espalhar contaminação, não devem ser usadas por qualquer razão fora do consultório, incluindo o transporte de ida e volta para o consultório.
	As roupas de proteção devem ser trocadas pelo menos diariamente e com frequência se estiverem visivelmente sujas.
	Caso uma roupa de proteção torne-se visivelmente suja ou saturada com produtos químicos ou fluidos corporais, deve ser trocada imediatamente.
	As roupas de proteção não devem ser usadas em áreas de lazer dos funcionários ou quando os funcionários estiverem comendo ou consumindo bebidas.
	2.7 CALÇADOS
	Devem ser fechados e com solado antiderrapante. Atuam na segurança para a proteção dos pés contra:
	- Impactos de quedas de objetos.
	- Choques elétricos. (1)
	- Agentes térmicos. (1)
	- Agentes cortantes e escoriantes.
	- Umidade proveniente de operações com uso de água. (1)
	- Respingos de produtos químicos.
	ACIDENTE DE TRABALHO E CONDUTA APÓS EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO
	1. CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL PERFURO-CORTANTE
	1º. Mantenha a calma. As quimioprofilaxias (tratamento preventivo com medicamentos) contra HBV e HIV devem ser iniciadas até duas horas após o acidente. Em casos extremos, pode ser realizada até 24 a 36 horas depois. Após esse período de tempo, sua ef...
	2º. Lave exaustivamente com água e sabão o ferimento ou a pele exposta ao sangue ou fluido orgânico. Lave as mucosas com soro fisiológico ou água em abundância; não provoque maior sangramento do local ferido e não aumente a área lesada, a fim de minim...
	3º. Dirija-se imediatamente ao Centro de Referência no atendimento de acidentes ocupacionais com material biológico de sua região. Nesse local, deverá ser comunicado o fato ao Técnico de segurança do Trabalho, preenchido o inquérito de notificação e e...
	4º. Obtenha do paciente-fonte uma anamnese recente e detalhada sobre seus hábitos de vida, história de hemotransfusão, uso de drogas, vida sexual, uso de preservativos, passado em presídios ou manicômios, história de hepatite e DSTs e sorologias anter...
	5º. Leve sua carteira de vacinação ou informe sobre seu estado vacinal e dados recentes de sua saúde, sorologias anteriores, etc.
	6º. Deverá ser solicitada pelo médico a coleta de amostras de sangue seu e do paciente-fonte, em tubos de ensaio, sem anticoagulante, devidamente identificados, que serão encaminhados imediatamente ao laboratório de referência para serem centrifugados.
	7º. Caso o quadro caracterize situação de risco, as quimioprofilaxias contra o HBV e o HIV serão iniciadas.
	8º. O médico, se necessário, fará a solicitação para o paciente-fonte do anti-HIV (Elisa convencional, teste rápido), Anti-HCV e HbsAg (quando o profissional não foi imunizado para hepatite B.
	9º. Repetir-se-ão as sorologias seis semanas, três meses, seis meses e um ano após o acidente ou a critério do médico.
	10º. O profissional acidentado, em uso de quimioprofilaxia antiretroviral, deverá retornar à consulta médica semanalmente, ou conforme protocolo do serviço, para acompanhamento clínico dos sinais de intolerância medicamentosa.
	11º. Se durante o acompanhamento ocorrer novo acidente com o funcionário, ele deverá submeter-se ao protocolo novamente sendo, desconsiderados todos os procedimentos já realizados.
	12º. Nos casos em que ocorrer a soroconversão para HIV ou hepatite o funcionário será encaminhado ao médico do trabalho para as orientações legais e a um centro de referência para o acompanhamento e tratamento necessário.
	2. PRECAUÇÕES PADRÃO CONTRA ACIDENTES
	- Lavagem das mãos antes e após cada paciente.
	- Uso de luvas quando entrar em contato com sangue, fluidos corporais, secreções e itens contaminados.
	- Cuidado ao manusear perfurocortantes.
	- Uso de máscara e óculos de proteção ou proteção facial durante os procedimentos que possam produzir respingos ou sprays.
	- Manusear cuidadosamente itens utilizados no paciente contaminados para prevenir a transferência de microrganismos para as pessoas ou equipamentos.
	3. APLICAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS APÓS UMA EXPOSIÇÃO ACIDENTAL
	Objetivo
	Executar os primeiros socorros apropriados após uma exposição acidental.
	Equipamentos e materiais: Sabonete e água (ou soro fisiológico), Toalhas de papel, Creme ou pomada antisséptica, Bandagem adesiva, Formulário para relatório de exposição acidental.
	ETAPAS do procedimento
	1º - Parar imediatamente as operações.
	2º - Retirar as luvas.
	3º - Lavar as mãos cuidadosamente, usando sabonete antimicrobiano e água quente.
	4º - Secar as mãos.
	5º - Aplicar uma pequena quantidade de antisséptico na área afetada.
	6º - Aplicar uma bandagem adesiva na área.
	7º - Completar os passos aplicáveis de acompanhamento pós-exposição.
	O empregador deve ser notificado da lesão imediatamente após a realização dos primeiros socorros.É 
especialmente recomendada aos profissionais de saúde que têm contato com pacientes 
com doenças cardiorrespiratórias, imunodeprimidos, ou os que vivem em asilos, etc. 
No caso da equipe odontológica, a vacina é altamente recomendada. 
• Tétano e Difteria (dT adulto ou toxoide tetânico): é administrada em três doses. Via 
intramuscular. Sendo a segunda dose realizada de quatro a oito semanas após a 
primeira, e a terceira dose de seis a 12 meses após a segunda. O reforço deve ser feito 
em dose única a cada 10 anos. Vacinar gestantes a partir do segundo trimestre. 
• Varicela: é administrada em duas doses, com intervalo entre as doses de quatro a oito 
semanas. Via subcutânea É contraindicada para gestantes, e é aconselhável evitar 
gestação até um mês após receber a vacina. Muito recomendada para profissionais de 
saúde suscetíveis à varicela. Em geral, apenas 10% da população adulta e de 
profissionais de saúde são realmente suscetíveis. 
• Rubéola, Sarampo e Caxumba (MMR Tríplice Viral): administrada em dose única. Via 
subcutânea. Recomenda-se uma segunda dose para atingir melhores índices de 
proteção, sendo intervalo de 30 dias. É contraindicada na gestação, e recomenda-se 
evitar gestação até um mês após receber a vacina. Contraindicada para alérgicos a ovo 
e neomicina. 
• Tuberculose (BCG): apesar de não existir estudos que comprovem sua eficiência na 
fase adulta, alguns autores ainda indicam a BCG (Bacille Calmette-Guérin) para 
prevenção da turberculose em profissionais de saúde. 
• Tríplice bacteriana para adultos (DTP – Coqueluche, Tétano e Difteria): diante de surtos 
de coqueluche recentemente descritos, cujo reservatório identificado foi o profissional de 
saúde, recomenda-se a vacinação, especialmente para os profissionais que lidam com 
recém-nascidos, imunodeprimidos, etc. É administrada via intramuscular, em dose única, 
 com três reforço, já que faz parte do calendário básico de vacinação da criança. 
• Hepatite A: é administrada em duas doses, com intervalo de 0 e seis meses. Via 
intramuscular. Deve ser considerada para profissionais de saúde que manipulam 
alimentos, profissionais que trabalham em unidades neonatais, creches e pacientes 
institucionalizados. Indicada na profilaxia pós-exposição. 
 
Muito importante: 
 A portaria do MTE – Norma Regulamentadora 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em 
serviços de Saúde, no seu item 32.2.4.17 – Vacinação dos Trabalhadores, preconiza o 
seguinte: Para todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, 
gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os 
estabelecidos no PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde Ocupacional). 
– Item 32.2.4.17.6 a vacinação deve ser registrada no prontuário clínico individual do 
trabalhador e mantê-lo disponível à inspeção do trabalho. 
 A norma refere-se a TODO trabalhador na área de saúde. Caso o mesmo se negue a 
tomar as vacinas, deve ser feita uma declaração de próprio punho explicando os 
motivos. Esta declaração deve ficar com o empregador e é um documento legal. 
 A carteira de vacinação de todos os integrantes da equipe odontológica deve ser 
atualizada anualmente e mantida na clínica odontológica como documento de 
comprovação de imunização para eventuais visitas de autoridades sanitárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS DE IMPORTANCIA PARA ODONTOLOGIA 
RISCO BIOLÓGICO 
 
1. TRANSMISSÃO POR VIA RESPIRATÓRIA 
Sabe-se que as exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente 
contaminados constituem um sério risco aos profissionais da área da saúde nos seus locais de 
trabalho. Estudos desenvolvidos nesta área mostram que os acidentes envolvendo sangue e 
outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais freqüentemente relatadas. 
O ambiente odontológico, pelas suas particularidades, possibilita que o ar seja uma via 
potencial de transmissão de microorganismos, por meio das gotículas e dos aerossóis, que 
podem contaminar diretamente o profissional ao atingirem a pele e a mucosa, por inalação e 
ingestão, ou indiretamente, quando contaminam as superfícies. 
As gotículas e os aerossóis são gerados durante a tosse, espirro e fala, ou são provenientes 
dos instrumentos rotatórios, seringas tríplices,equipamentos ultra-sônicos e por jateamento. As 
gotículas são consideradas de tamanho grande e podem atingir até um metro de distância. Por 
serem pesadas, rapidamente se depositam nas superfícies. Os aerossóis são partículas 
pequenas, que podem permanecer suspensas no ar durante horas e ser dispersas a longas 
distâncias, atingindo outros ambientes, carregadas por correntes de ar. 
 
 
1.1 Doença Meningocóccica 
Pode se apresentar de forma benigna, caracterizada por febre ou bacteremia, simulando 
uma infecção respiratória ou virose exantemática. 
Pode evoluir para um quadro mais grave, a exemplo da septicemia (meningococcemia), 
caracterizada por mal-estar súbito, febre alta, calafrios, prostração, acompanhada de 
manifestações hemorrágicas (petéquias e equimoses), ou ainda sob a forma de meningite com 
ou sem a meningococcemia, de início súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos, 
sendo que o paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. 
 O principal transmissor é o portador assintomático e a transmissão ocorre pelas 
secreções da orofaringe, por contaminação cruzada. 
 
1.2 Gripe ou influenza 
Doença contagiosa aguda do trato respiratório, de natureza viral e distribuição global. 
Classicamente se apresenta com início abrupto de febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida 
de mialgia, dor de garganta, prostração, dor de cabeça e tosse seca. 
 
1.3 Mononucleose 
Síndrome infecciosa que acomete principalmente indivíduos de 15 a 25 anos. Essa 
infecção pode ser assintomática ou apresentar-se com febre alta, dor ao deglutir, tosse, 
artralgias, adenopatia cervical posterior simétrica que pode se generalizar, esplenomegalia, 
hepatomegalia discreta e raramente com icterícia, erupção cutânea e ou comprometimento da 
orofaringe sob a forma de faringo-amigdalite exudativa. 
O Modo de transmissão se dá por contato com secreções orais (saliva), sendo rara a 
transmissão por meio da transfusão sangüínea ou contato sexual. 
 
1.4 Rubéola /Sarampo 
Doenças virais exantemáticas e agudas, muito comuns na infância e adolescência, 
podendo acometer os adultos. 
Apresentam sintomatologias como febre, linfadenopatia, exantema generalizado, coriza 
e tosse. Muitas vezes é necessário recorrer ao exame sorológico para diferenciá-las. 
A ocorrência de rubéola em gestantes pode ocasionar complicações ao feto, como más-
formações ou óbito fetal (síndrome da rubéola congênita). Seu modo de transmissão é o 
contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. 
A imunização é uma importante barreira para quebrar a cadeia epidemiológica. 
 
1.5 Tuberculose 
Doença infecciosa que atinge principalmente o pulmão, causada por Mycobacterium 
tuberculosis ou Bacilo de KOCH. 
Apresenta como principais sintomas tosse persistente, febre vespertina, emagrecimento, 
prostração e algumas vezes hemoptise, sendo transmitida pela fala, tosse e espirro. 
 
 
PROCEDIMENTOS PARA A DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO 
POR VIA RESPIRATÓRIA 
 
- Usar dique/lençol de borracha, sempre que o procedimento permitir. 
- Usar sugadores de alta potência. 
- Evitar o uso da seringa tríplice na sua forma spray, acionando os dois 
botões ao mesmo tempo. 
- Regular a saída de água de refrigeração. 
- Higienizar previamente a boca do paciente mediante escovação e/ou 
bochecho com anti-séptico. 
- Manter o ambiente ventilado. 
- Usar exaustores com filtro HEPA. 
- Usar máscaras de proteção respiratórias. 
- Usar óculos de proteção 
- Evitar contato dos profissionais suscetíveis com pacientes suspeitos 
de sarampo, varicela, rubéola e tuberculose. 
 
 
2. TRANSMISSÃO POR SANGUE E OUTROS FLUIDOS ORGÂNICOS 
 
Na prática odontológica é comum a manipulaçãode sangue e outros fluidos orgânicos, 
que são as principais vias de transmissão do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV). 
As exposições que podem trazer riscos de transmissão são definidas como: 
 Percutânea - lesão provocada por instrumentos perfurantes e cortantes. 
 Mucosa - contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca. 
 Cutânea - contato com pele com dermatite ou feridas abertas. 
 Mordeduras humanas - lesão que deve ser avaliada tanto para o indivíduo que a 
provocou quanto para aquele que tenha sido exposto (consideradas como exposição de 
risco quando há presença de sangue 
 
 
2.1 HEPATITE 
As hepatites são infecções que acometem o fígado e podem ser causadas por pelo 
menos cinco tipos diferentes de vírus: A, B, C, D e E, sendo mais comuns os três primeiros. 
Apresenta um período prodrômico, com febrículas, anorexia, náuseas e às vezes vômitos e 
diarréia. Pode haver cefaléia, mal-estar, astenia e fadiga. Na fase clínica normalmente há uma 
redução dos sintomas e surge icterícia, hepatoesplenomegalia dolorosa e discreta. As hepatites 
podem ser também subclínicas. Outros agentes virais, como o vírus da mononucleose, o 
citomegalovírus, o vírus da rubéola e do herpes também podem causar quadro clínico 
semelhante ao das hepatites. 
 
2.1.1 HEPATITE A 
A fonte de transmissão é o próprio homem e a transmissão é direta, pelas mãos, água ou 
alimentos contaminados. O vírus pode manter sua infectividade por algumas semanas em 
temperatura ambiente. O profissional de saúde com hepatite A deve ser afastado do trabalho 
até uma semana após a regressão da icterícia. 
 
2.1.2 HEPATITE B 
As principais vias de transmissão do vírus da hepatite B (HBV) são a parenteral, a 
sexual e a vertical, em que o vírus é transmitido pela mãe ao recém-nascido no momento do 
parto. 
O risco de contaminação pelo HBV está relacionado, principalmente, ao grau de 
exposição ao sangue no ambiente de trabalho, e também à presença ou não do antígeno 
HBeAg no paciente-fonte. 
A saliva é um fluido que vem sendo utilizado para o diagnóstico e estudos 
epidemiológicos das hepatites, principalmente a do tipo B. Estudos comprovam a infectividade 
da saliva e o risco de transmissão da infecção pelo fluido e pelo aerossol gerado em 
procedimentos odontológicos. 
Apesar das exposições percutâneas serem um dos mais eficientes modos de 
transmissão do HBV, elas são responsáveis por uma minoria dos casos ocupacionais de 
hepatite B, provavelmente pela adoção de medidas de precaução-padrão e pela vacinação. 
O HBV, em temperatura ambiente, pode sobreviver em superfícies por períodos de até 
uma semana. As infecções pelo HBV em profissionais de saúde, sem história de exposição 
não-ocupacional ou acidente percutâneo ocupacional, podem ser resultado de contato, direto 
ou indireto, com sangue ou outros materiais biológicos em áreas de pele não-íntegra, 
queimaduras ou em mucosas 
 
2.1.3 HEPATITE C 
O risco de transmissão do vírus da hepatite C (HCV) está relacionado a exposições 
percutâneas ou mucosas, envolvendo sangue ou qualquer outro material biológico contendo 
sangue. 
O risco estimado após exposições percutâneas com sangue sabidamente infectado pelo 
HCV é de 1,8% (variando de 0 a 7%). Um estudo demonstrou que os casos de contaminação 
só ocorreram em acidentes envolvendo agulhas com lúmen. 
O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológicos, que não sejam o 
sangue, é considerado baixo. A transmissão do HCV a partir de exposições em mucosas é 
extremamente rara. Não existe vacina para prevenção desse tipo de hepatite, nem existem 
medidas específicas eficazes para redução do risco de transmissão após exposição ao HCV. 
Em contraste com o HBV, não há risco significativo de transmissão ambiental. 
 
2.2 SIDA OU AIDS 
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é caracterizada pela imunodepressão e pela 
destruição de linfócitos T4, que são células que acompanham a resposta imune do organismo, 
causando infecções graves oportunistas e neoplasias. 
Após a exposição ao vírus HIV podem surgir sintomas como febre alta, linfadenopatia, 
mialgia, artralgia, dor de garganta, hepatoesplenomegalia, exantema maculopapular e 
meningite linfocitária (com um período de duração de sete a catorze dias, mesmo com 
sorologia negativa – janela imunológica –, podendo manifestar-se até três a seis meses após 
contato com o vírus). Alguns casos poderão ser assintomáticos. 
O vírus não sobrevive por longos períodos fora do corpo humano, podendo ser 
transmitido por meio do vírus livre, em secreções, ou associado a células vivas, em sangue ou 
derivados, leite ou sêmen. 
A baixa concentração viral na saliva, associada à atividade inibitória que essa secreção 
parece apresentar em relação ao HIV, resulta em risco pequeno. Entretanto, as precauções 
devem ser adotadas, pois no tratamento odontológico há possibilidade de contato com sangue 
e de acidentes com artigos perfurocortantes. 
Estudos realizados estimam, em média, que o risco de transmissão do HIV é de 0,3% 
(0,2 – 0,5%) em acidentes percutâneos e de 0,09% (0,006 – 0,5%) após exposições em 
mucosas. 
 
 
 
PROCEDIMENTOS PARA A DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO POR 
SANGUE E OUTROS FLUIDOS ORGÂNICOS 
 
- Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos. 
- Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de 
procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes. 
- Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas da seringas com as 
mãos. 
- Não utilizar agulhas para fixar papéis. 
- Desprezar todo material perfuro cortante, mesmo que estéril, em recipiente 
com tampa e resistente a perfuração. 
- Colocar os coletores específicos para descarte de material perfuro cortante 
próximo ao local onde é realizado o procedimento e não ultrapassar o limite 
de dois terços de sua capacidade total. 
- Usar EPI completo. 
- Seguir o protocolo de descarte de resíduos sólidos. 
 
3. TRANSMISSÃO PELO CONTATO DIRETO E INDIRETO COM O PACIENTE 
A equipe odontológica está sujeita a diversas doenças adquiridas por meio do contato 
direto (mãos ou pele) ou indireto (superfícies ambientais ou itens de uso do paciente), devido à 
proximidade e ao tempo de exposição prolongado durante a realização dos procedimentos, 
devendo ser adotadas medidas de precauções padrão para com todos os pacientes 
 
3.1 HERPES SIMPLES 
É causado pelo Herpesvirus hominus Tipo I. É um vírus associado a lesões de 
membranas mucosas e pele ao redor da cavidade oral, que pode permanecer em latência por 
longos períodos de tempo e sofrer reativação periódica, gerando doença clínica ou subclínica. 
As manifestações clínicas são distintas e relacionadas ao estado imunológico do 
hospedeiro. 
Seu modo de transmissão é o contato íntimo com o indivíduo transmissor do vírus, a 
partir de superfície mucosa ou de lesão infectante. 
 
3.2 Micoses 
São infecções causadas por fungos, que precisam de tratamento em praticamente todos 
os casos para que se obtenha a cura. 
Caracterizam-se por coceiras e alterações na pele, gerando lesões que se apresentam 
de forma variada, de acordo com o tipo de micose e extensão da doença. Além disso, a micose 
também predispõe o surgimento de outras doenças associadas, como infecções bacterianas. 
As micoses podem ocorrer no couro cabeludo, na pele e nas unhas. Algumas formas de 
micose que comprometem a pele são a candidíase e a pitiríase versicolor. 
A onicomicose é a infecção das unhas, que ocorre com maior freqüência nos pés, mas 
também pode ocorrer nas mãos. As unhas podem sofrer espessamento, ter sua forma, 
aparência ou coloração alteradas, algumas vezes se tornam mais frágeis e quebradiças e, em 
outros casos, ficam endurecidas. 
As micoses podem ser contraídas em lugares quentes e úmidos como vestiários, boxe 
de banheiro, alguns ambientes profissionais em que prevalece a umidade ou ainda por 
questões Higiênicas, aumento de sudorese, uso de tecidos sintéticos, etc. A transmissão diretapelos portadores de micose de unha não é comum. 
 
3.3 Escabiose ou Sarna 
É uma parasitose da pele causada por um ácaro cuja penetração deixa lesões em forma 
de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, sobre as quais ele deposita seus ovos. 
As manifestações clínicas são coceira intensa e lesões de pele causadas pela 
penetração do ácaro e pelas coçaduras. 
As áreas preferenciais da pele onde se visualizam essas lesões são: região interdigital, 
punhos, axilas, barriga, nádegas, seios e órgãos genitais masculinos. Nos idosos e crianças 
podem ocorrerno couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés. O modo de 
transmissão, além das relações sexuais, é o contato direto com roupas e doentes. 
 
3.4 Pediculose ou piolho 
A pediculose da cabeça é uma doença parasitária, causada pelo piolho. Atinge 
principalmente crianças em idade escolar e mulheres e é transmitida pelo contato direto 
interpessoal ou pelo uso compartilhado de bonés, escovas de cabelo ou pentes de pessoas 
contaminadas. 
Sua principal manifestação clínica é a coceira intensa no couro cabeludo, principalmente 
na parte de trás da cabeça, podendo atingir também o pescoço e a região superior do tronco, 
onde se observam pontos avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos. 
Com a coçadura das lesões, pode ocorrer a infecção secundária por bactérias, levando 
inclusive ao surgimento de gânglios no pescoço. 
 
3.5 Conjutivite 
É uma doença ocular causada por vírus ou bactérias do tipo staphylococcus, 
streptococcus, haemophilus, entre outros. A duração da doença não tratada chega a duas 
semanas. Seu contato se dá por fômites inanimados ou contato direto pessoa a pessoa. 
 
 
PROCEDIMENTOS PARA A DIMINUIR O RISCO DE TRANSMISSÃO 
PELO CONTATO DIRETO E INDIRETO COM O PACIENTE 
 
- Uso de EPI. 
- Higienização das mãos. 
- Manter os cabelos presos. 
- Desinfecção concorrente das secreções e dos artigos contaminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS DE CONTROLE DE INFECÇÃO 
 
1. HIGIENE DAS MÃOS 
Você deve lavar as suas mãos antes de colocar as luvas e imediatamente após a 
remoção das luvas. 
As luvas podem apresentar pequenos defeitos imperceptíveis ou podem ser rasgadas 
durante o uso e as suas mãos podem ser contaminadas durante a remoção das luvas. Além 
disso, as bactérias podem se multiplicar rapidamente em ambientes úmidos debaixo das luvas; 
assim, você deve secar cuidadosamente as suas mãos antes de calçar as luvas e lavar 
imediatamente após a remoção das luvas. A lavagem das mãos também é necessária caso 
você toque inadvertidamente objetos ou superfícies contaminados enquanto estiver sem luvas. 
Você deve sempre usar sabonete líquido durante a lavagem das mãos. Sabonete em 
barra nunca deve ser usado porque pode transmitir a contaminação. Evidências sugerem que a 
antissepsia das mãos, a limpeza das mãos com um antisséptico para fricção das mãos, é mais 
efetiva na redução de infecções do que a simples lavagem das mãos. 
Para minimizar a contaminação cruzada, é preferível que as pias da sala de tratamento 
sejam equipadas com torneiras de “mãos livres” que são ativadas eletronicamente ou com 
pedais. 
A escolha entre os diferentes métodos para a higienização das mãos depende do 
processo de trabalho adotado e do tipo de procedimento realizado, que determinam o tipo e a 
persistência da contaminação nas mãos. 
A higienização das mãos com água e sabão deve ser escolhida sempre que houver 
umidade ou sujidade visível nas mãos. O álcool só deve ser aplicado quando as mãos 
estiverem livres de sujidade ou umidade visível. 
Na assistência odontológica, é freqüente a utilização de água e a manipulação de 
secreções orais e sangue, com geração de aerossóis e conseqüente contaminação do 
ambiente. Nesse ambiente e nessas circunstâncias, o uso de luvas é obrigatório e a indicação 
de lavar as mãos predomina, com oportunidades reduzidas para aplicação de anti-sépticos em 
base alcoólica. 
Ao se optar pela utilização de produtos à base de álcool, a concentração do princípio 
ativo deve estar entre 60% e 90% p/p, de etanol ou isopropanol (solução alcoólica). O álcool a 
70% é mais utilizado. 
A solução deve ter contato com toda a superfície das mãos, com atenção especial aos 
locais mais freqüentemente esquecidos, ou seja, as pontas dos dedos, os espaços interdigitais 
e o polegar. 
A pele deve ser friccionada até que a solução evapore e as mãos fiquem secas. É 
importante seguir as recomendações do fabricante quanto ao volume do produto necessário 
para alcançar o efeito desejado (Boyce, 1999). 
Na rotina de consultório, para proteção do paciente, o profissional de odontologia deve 
higienizar as mãos imediatamente antes de iniciar qualquer atendimento. Se as mãos estão 
secas e limpas, basta aplicar soluções que dispensam enxágüe. 
 
TÉCNICA PARA LAVAGEM DAS MÃOS 
1º. Manter o corpo afastado da pia. 
2º. Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia. 
3º. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral), 
suficiente para cobrir toda a superfície das mãos 
4º. Ensaboar as mãos, friccionando uma na outra por aproximadamente 15 segundos, com 
o objetivo de atingir toda a superfície. 
5º. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos 
dedos. 
6º. Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem 
tocar na superfície da pia ou na torneira. 
7º. Enxugar as mãos com papel-toalha descartável (não utilizar toalhas de uso múltiplo) 
 
APLICAÇÃO DE ANTISSÉPTICO 
1º. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml,em geral), 
suficiente para cobrir toda a superfície das mãos. 
2º. Friccionar as mãos uma na outra, com o objetivo de aplicar o produto em toda a 
superfície. 
3º. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos 
dedos. 
4º. Friccionar o produto até que seque completamente (não usar papel-toalha). 
 
 
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA 
1º. Aplicar produto antimicrobiano em quantidade recomendada pelo fabricante, suficiente 
para cobrir toda a superfície das mãos e antebraço. 
2º. Limpar as unhas, friccionando-as contra a palma da mão ou escova macia. 
3º. Utilizar escova macia para friccionar a pele (opcional). 
4º. Efetuar movimentos de fricção iniciando pela extremidade dos dedos, continuando pelos 
espaços interdigitais, faces das mãos, punhos e antebraços, despendendo de dois a 
seis minutos. 
5º. Enxaguar as mãos em água corrente, deixando escorrer das pontas dos dedos para o 
antebraço, até eliminar completamente o produto. 
6º. Secar as mãos com compressa estéril, com movimentos compressivos, partindo das 
pontas dos dedos e seguindo pelas mãos até chegar ao cotovelo. 
 
RECOMENDAÇÕES 
- Como anéis e unhas compridas podem abrigar patógenos, as unhas devem 
ser mantidas curtas e bem cuidadas. 
- Anéis, unhas compridas e unhas postiças são suscetíveis de perfurar as 
luvas de procedimentos e podem machucar um paciente durante um exame. 
- Além disso, os Microrganismos proliferam-se em torno de cutículas ásperas 
e podem entrar no corpo através de qualquer ferimento na pele. 
- Anéis, esmaltes para unhas e unhas postiças não devem ser usados no 
trabalho. 
- Uma pele saudável é mais capaz de suportar os efeitos danosos de 
lavagens repetidas e do uso de luvas. É importante secar bem as mãos 
antes de colocar as luvas. 
- A utilização de creme hidratante pode ajudar a aliviar o ressecamento de 
mãos rachadas causado pelo uso de luvas de látex e a frequente lavagem 
das mãos. 
- Selecionar produtos para cuidados com as mãos à base de água porque os 
produtos à base de petróleo vão rasgar o látex da luva e comprometer a sua 
eficácia. 
 
2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
 
O Equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo ou produto de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a 
segurança e a saúde no trabalho.A Norma Regulamentadora -NR6 do Ministério do Trabalho, descreve sobre a 
obrigatoriedade do fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPI) aos 
empregados, gratuitamente, adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e 
funcionamento. (BRASIL,1978) 
O uso de EPI é indicado durante o atendimento ao paciente, nos procedimentos de 
limpeza do ambiente e no reprocessamento dos artigos. 
Todo EPI deverá apresentar o nome comercial, o nome da empresa fabricante, o lote de 
fabricação e o número do Código de Autorização ou, no caso de EPI importado, o nome do 
importador, o lote de fabricação e o número do Código de Autorização, em caracteres 
indeléveis e bem visíveis, que garantam a origem e a qualidade e a rastreabilidade quando 
necessário. 
Cabe ao responsável técnico pelo serviço odontológico providenciar a aquisição dos 
EPIs e orientar a equipe quanto aos tipos de EPIs e as indicações de uso, devendo: 
- Adquirir os EPIs adequados ao risco de cada atividade. 
- Exigir seu uso. 
- Fornecer ao trabalhador somente aqueles EPIs aprovados pelo órgão nacional competente 
em matéria de segurança e saúde no trabalho. 
- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado e conservação dos mesmos. 
- Substituí-los imediatamente, quando danificados ou extraviados 
- Orientar quanto à higienização, manutenção periódica, restauração, lavagem e guarda correta 
do EPI. 
- Respeitar a sua indicação em relação ao local e níveis de contaminação. 
 
2.1 Gorro 
É uma barreira mecânica contra a possibilidade de contaminação por secreções, 
aerossóis e produtos. 
Além de prevenir acidentes e evitar a queda de cabelos nas áreas de 
procedimento.Deve ser preferencialmente descartável, cobrir todo o cabelo e as orelhas e ser 
trocado sempre que necessário ou a cada turno de trabalho. Recomenda-se o uso pelo 
paciente em casos de procedimentos cirúrgicos. 
 
2.2 Óculos de Proteção 
Protegem os olhos das secreções, aerossóis e produtos químicos utilizados durante os 
procedimentos odontológicos e na limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou 
ambientes. 
Os óculos devem possuir as laterais largas, ser confortáveis, com boa vedação lateral, e 
totalmente transparentes, permitir a lavagem com água e sabão, desinfecção quando indicada, 
sendo guardados em local limpo, secos e embalados. Os óculos são medidas de segurança 
que protegem os olhos contra: 
- Impactos de partículas volantes. 
- Luminosidade intensa. 
- Radiação ultravioleta. 
- Respingos de produtos químicos e material biológico. 
 
Se você usa óculos de grau, você deve colocar protetores laterais e protetor facial. Os 
óculos de proteção que podem ser usados sobre os óculos de grau também estão disponíveis. 
Se você usa lentes de contato, você também deve usar os óculos com proteção lateral ou um 
protetor facial tipo viseira. 
Limpe os óculos com sabonete e água ou, se estiver visivelmente sujo, você pode limpar 
e desinfetar o protetor facial reutilizável entre os pacientes. Óculos de proteção devem ser 
fornecidos aos pacientes porque eles também podem estar sujeitos a danos oculares por 
respingos da peça de mão, por materiais dentários derramados ou respingados, como agentes 
químicos cáusticos e por pedaços de acrílico ou de fragmentos dentários transportados no ar. 
Quando certos tratamentos a laser são realizados, óculos especiais com lentes filtradas 
devem ser fornecidos aos pacientes. 
 
2.3 Protetores Faciais 
Representam uma barreira física de proteção à transmissão aérea de infecções e 
inalação de agentes e substâncias químicas, e, ainda, protegem a face contra: 
- Impactos físicos 
- Impactos de partículas volantes. 
- Respingos de produtos químicos e material biológico. 
 
Os protetores faciais atuam como coadjuvantes na proteção respiratória contra: 
- Gases emanados de produtos químicos. 
- Vapores orgânicos ou gases ácidos no ambiente. 
- Aerossóis. 
 
Os protetores faciais são fabricados em policarbonato e podem substituir os óculos de 
proteção, porém não substituem a máscara. 
 
 
2.4 Máscaras de Proteção 
As máscaras devem ser descartáveis, de filtro duplo e tamanho suficiente para cobrir 
completamente a boca e o nariz, permitindo a respiração normal e não irritando a pele. 
As máscaras devem ser trocadas a cada paciente ou com mais frequência, 
especialmente se respingos densos forem produzidos durante o tratamento ou se a máscara 
ficar úmida. Devem ser manuseadas pelo toque apenas dos bordos laterais para evitar o 
contato com a parte da máscara mais profundamente contaminada. 
As máscaras não devem entrar em contato com a boca quando usadas, uma vez que a 
umidade gerada diminui a eficiência da filtragem da máscara. Uma máscara úmida ou molhada 
não é uma máscara eficaz. 
As máscaras não proporcionam perfeito selamento em torno das bordas e, portanto, o ar 
não filtrado pode passar através das bordas. Por essa razão, é importante selecionar uma 
máscara que se adapte bem em seu rosto. 
Quando não estiver em uso, as máscaras faciais nunca devem ser usadas abaixo do 
nariz ou no queixo. Lembre-se de que a superfície externa da máscara é altamente 
contaminada. 
 
2.5 Luvas 
Devem ser de boa qualidade e usadas em todos os procedimentos. Constituem uma 
barreira física eficaz que previne a infecção cruzada e a contaminação do profissional de saúde 
e reduz os riscos de acidentes. Atuam na proteção das mãos contra: 
- Agentes abrasivos e escoriantes. 
- Agentes cortantes e perfurantes. 
- Choques elétricos. 
- Agentes térmicos. 
- Agentes biológicos. 
- Agentes químicos. 
 
Os principais tipos de luvas e suas indicações de uso são as seguintes: 
Luvas grossas de borracha e cano longo durante os processos de limpeza de artigos e 
ambientes, quando em contato com superfícies, artigos, instrumentos e equipamentos 
contaminados. 
Luvas de látex de procedimento para atividades clínicas e estéreis para 
procedimentos cirúrgicos, que devem ser descartadas a cada paciente. 
Luvas de plástico, usadas como sobreluvas, quando houver necessidade de manusear artigos 
fora do campo de trabalho. Luvas de amianto, couro ou aramida, usadas na CME, no manuseio 
de artigos esterilizados. 
 Todas as luvas utilizadas no tratamento de paciente devem ser descartadas após um 
único uso. Essas luvas não podem ser lavadas, desinfetadas ou esterilizadas, embora possam 
ser enxaguadas com água para remover o excesso de talco. 
As luvas médicas de látex, vinil ou outras descartáveis de qualidade podem ser 
utilizadas para exames de pacientes e procedimentos odontológicos. 
As luvas rasgadas ou danificadas devem ser substituídas. Não usar joias por baixo das luvas. 
(Os anéis abrigam patógenos e podem rasgar as luvas.) 
Trocar as luvas com frequência. (Se o procedimento for longo, trocar as luvas 
aproximadamente uma vez a cada hora.) 
Remover as luvas contaminadas antes de deixar o consultório durante o atendimento do 
paciente e substituí-las com luvas novas antes de voltar ao atendimento do paciente. Lavar as 
mãos após a remoção das luvas e antes de recolocá-las. 
 
Luvas Danificadas durante o Tratamento 
As luvas só são eficazes quando elas estão intactas (não danificadas, despedaçadas, rasgadas 
ou perfuradas). Se as luvas forem danificadas durante o tratamento, troque-as imediatamente e 
lave as mãos antes recolocá-las. O procedimento para recolocação das luvas nesta situação 
deve ser da seguinte maneira: 
- Pedir licença e deixar o procedimento. 
- Retirar e descartar as luvas danificadas. 
- Lavar bem as mãos. 
- Recolocar as luvas antes de retornar e para retomar o procedimento odontológico. 
 
Deve-se remover as luvas de procedimento contaminadas e lavar as mãos antes de 
deixar o consultório. Quando voltar, você deve lavar e secar as mãos e usar novas luvas de 
procedimento. 
 
 Luvas Danificadas por Materiais Dentários 
Os produtos químicos com os quais você entra em contato diariamente podem danificar 
as luvas. Por exemplo, a exposição ao glutaraldeído, peróxido de hidrogênio emanipulações 
com álcool podem enfraquecer o látex, o vinil, o nitrilo e outros materiais sintéticos das luvas. 
Outros produtos químicos em materiais dentários que podem enfraquecer as luvas 
incluem monômero acrílico, clorofórmio, solvente de laranja,eugenol, verniz cavitário e 
condicionamento ácido e etc. 
 
 Manutenção do Controle de Infecção durante o uso de Luvas 
• Abertura de Gavetas e Armários 
Se você antecipar quais os materiais que vai precisar e ter esses itens prontos e de fácil 
acesso para cada procedimento, você vai economizar tempo e minimizar a contaminação 
cruzada. 
Cada superfície que você tocar com luvas contaminadas também se torna contaminada. 
Ao eliminar a necessidade de abrir gavetas e armários, você vai limitar a contaminação 
operatória. 
Preparar os instrumentos, os medicamentos e os materiais de moldagem antes do 
tempo e usar artigos descartáveis e de dose única sempre que possível. Manter um par de 
pinça ou fórceps ao alcance na sala operatória. Essas ferramentas simples podem ser usadas 
para abrir os armários, puxar as gavetas e obter quaisquer itens não previstos, mas 
necessários, sem contaminar itens adicionais e superfícies. Desinfetar de maneira apropriada a 
pinça ou o fórceps entre os pacientes. 
 
• Abertura de Recipientes 
Durante o procedimento, pode ser necessário abrir recipientes de materiais ou 
suprimentos. Ao abrir um recipiente, usar sobreluvas, uma toalha de papel ou uma gaze estéril 
para remover a tampa ou a capa. Ao fazer isso, tomar cuidado para não tocar qualquer 
superfície do recipiente. 
Usar uma pinça estéril para algodão para remover um item do recipiente. Se o recipiente 
ou frasco forem tocados, tornam-se contaminados e devem ser desinfetados ao final do 
procedimento. 
 
Sobreluvas 
As sobreluvas, também conhecidas como “luvas de manuseio de alimentos”, são feitas 
de plástico transparante leve e barato. Elas podem ser usadas sobre as luvas de tratamento 
contaminadas (sobreluvas) para prevenir a contaminação de objetos limpos manuseados 
durante o tratamento. 
As sobreluvas não são aceitáveis sozinhas como uma barreira para a mão ou para 
procedimentos intraorais. As sobreluvas devem ser usadas cuidadosamente para evitar 
contaminação durante o manuseio com luvas de procedimento contaminadas. As sobreluvas 
são colocadas antes de o procedimento secundário ser realizado e são removidas antes de o 
tratamento do paciente ser retomado. As sobreluvas são descartadas após uma única 
utilização. 
 
Luvas Multiuso 
As luvas multiuso não são utilizadas para o tratamento direto do paciente. As luvas 
multiuso são usadas quando a sala de tratamento for limpa e desinfetada entre pacientes, 
enquanto os instrumentos contaminados estão sendo limpos ou manuseados e para a limpeza 
e desinfecção de superfícies. 
As luvas multiuso podem ser lavadas, desinfetadas ou esterilizadas e reutilizadas. No 
entato, as luvas multiuso devem ser descartadas quando elas se tornam desgastadas e já não 
apresentam capacidade de fornecer barreira de proteção. 
Após o uso, as luvas multiuso devem ser consideradas contaminadas e devem ser 
manuseadas de maneira adequada até que sejam devidamente desinfetadas ou esterilizadas. 
Cada membro da equipe responsável pelos procedimentos de limpeza deve ter seu próprio par 
de luvas multiuso designado. 
 
 Luvas sem Látex 
Ocasionalmente, os profissionais da área de saúde ou os pacientes podem experimentar 
graves reações alérgicas ao látex. 
A pessoa que é sensível ao látex pode substituir as luvas de látex por aquelas feitas de 
vinil, nitrilo e outros materiais sem látex. 
 
 Alergias ao Látex 
Três tipos comuns de reações alérgicas ao látex foram identificados. A dermatite de 
contato envolve apenas uma irritação de superfície e as alergias do tipo I e IV envolvem uma 
reação imunológica. 
• Dermatite de Contato 
A dermatite de contato é um processo não imunológico (não envolve o sistema imunológico do 
corpo). É causada pelo contato com uma substância que produz uma irritação química na pele. 
A pele torna-se avermelhada, ressecada, irritada e, em casos graves, rachada. Identificar e 
corrigir as causas, que incluem as citadas a seguir, pode reverter a dermatite de contato: 
- Lavagem frequente das mãos com sabonete ou agentes antimicrobianos. 
- Falha no enxágue completo de sabonete ou agentes microbianos nas mãos. 
- Irritação causada pelo talco de amido de milho presente nas luvas. 
- Transpiração excessiva nas mãos durante o uso de luvas. 
- Falha na secagem minuciosa das mãos após a lavagem. 
 
• Reação Alérgica Tipo IV 
A reação alérgica tipo IV, o tipo mais comum de alergia ao látex, é uma reação de 
contato atrasada que envolve o sistema imunológico. 
Pode levar de 48 a 72 horas para aparecerem erupções cutâneas avermelhadas e 
coceira. As reações são limitadas às áreas de contato e não envolvem todo o corpo. 
Os produtos químicos utilizados para processar o látex nessas luvas causam uma 
resposta imunológica; as proteínas do látex não a causam. 
Substâncias químicas como o glutaraldeído e acrilatos facilmente permeiam (atravessam) as 
luvas de látex e podem irritar a pele. Essa irritação pode ser confundida com uma reação 
alérgica às substâncias químicas presentes nas luvas de látex. Assim, luvas de látex nunca 
devem ser usadas durante o manuseio de produtos químicos. 
 
• Reação Alérgica Tipo I 
A reação alérgica tipo I é o tipo mais grave de alergia ao látex e pode resultar em morte. 
Esta reação ocorre em resposta às proteínas do látex da luva, em contraste com a reação a 
aditivos químicos no tipo IV. 
A manipulação frequente de luvas de látex com talco, como durante a sua colocação e a 
remoção frequente de luvas com talco das caixas, durante o dia, fazem com que as proteínas, 
que estão ligadas ao talco, permaneçam suspensas no ar por períodos prolongados. 
As pessoas sensíveis podem apresentar tosse, chiado, olhos lacrimejantes, coriza, falta 
de ar e dificuldade respiratória. A principal causa de morte associada a alergia ao látex é a 
anafilaxia. 
 
Tratamento 
Nenhuma cura específica foi identificada para a alergia ao látex. As únicas opções são 
prevenir, evitar os produtos contendo látex e tratar os sintomas. 
Deve-se consultar um médico qualificado para fazer um teste para confirmar a alergia. 
Uma vez diagnosticados como tendo alergia ao látex, os pacientes devem evitar o látex em 
todos os aspectos de sua vida pessoal e profissional. 
Quando um funcionário do consultório odontológico for diagnosticado como portador de 
alergia ao látex, todos os funcionários da equipe devem seguir as práticas para minimizar o uso 
de produtos contendo látex. Essas medidas incluem o uso de luvas sem talco por todos os 
membros da equipe odontológica para minimizar o risco de partículas de látex transportadas 
pelo ar. 
No cenário da área de saúde, os pacientes com alergia ao látex devem ser tratados com 
alternativas ao látex. As luvas de vinil e um lençol de borracha sem látex devem estar 
disponíveis em todos os consultórios odontológicos. 
 
2.6 Roupas de Proteção 
Vestimenta de segurança que oferece proteção ao tronco contra riscos de origem 
térmica, mecânica, química e umidade provenientes de operações com uso de água. 
Deve ser de mangas longas, tecido claro e confortável, podendo ser de pano ou 
descartável para os procedimentos que envolvam o atendimento a pacientes e impermeável 
nos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes. Deve ser 
usado fechado durante todos os procedimentos. 
São equipamentos de segurança aqueles que oferecem proteção ao tronco contra: 
- Aerossóis e respingos durante os procedimentos. 
- Riscos de origem térmica. 
- Acidentes de origem mecânica. 
- Ação de produtos químicos. 
- Umidade proveniente de operações com uso de água. 
- Contaminação por agentes biológicos. 
- Exposições radiológicas – vestimenta plumbífera que garante a proteção do tronco dos 
pacientes expostos a raios X (incluindotireóide e gônadas, com pelo menos o equivalente a 
0,25 mm de chumbo) e o avental de chumbo para profissional (vestimenta plumbífera que 
garante a proteção do tronco, com pelo menos o equivalente a 0,5 mm de chumbo). 
 
A finalidade das roupas de proteção é proteger a pele e o vestuário da exposição à 
saliva, ao sangue, ao aerossol e outros materiais contaminados. Os tipos de roupas de 
proteção podem incluir batas, calças, saias, aventais de laboratório, roupas cirúrgicas 
(paramentação de sala de operação hospitalar), toucas (cirúrgicas) e protetores de sapatos. A 
decisão sobre o tipo de roupa de proteção que você deve usar baseia-se no grau de exposição 
antecipado aos materiais infecciosos. 
Como as roupas de proteção podem espalhar contaminação, não devem ser usadas por 
qualquer razão fora do consultório, incluindo o transporte de ida e volta para o consultório. 
As roupas de proteção devem ser trocadas pelo menos diariamente e com frequência se 
estiverem visivelmente sujas. 
Caso uma roupa de proteção torne-se visivelmente suja ou saturada com produtos 
químicos ou fluidos corporais, deve ser trocada imediatamente. 
As roupas de proteção não devem ser usadas em áreas de lazer dos funcionários ou 
quando os funcionários estiverem comendo ou consumindo bebidas. 
 
2.7 CALÇADOS 
Devem ser fechados e com solado antiderrapante. Atuam na segurança para a proteção 
dos pés contra: 
- Impactos de quedas de objetos. 
- Choques elétricos. 
- Agentes térmicos. 
- Agentes cortantes e escoriantes. 
- Umidade proveniente de operações com uso de água. 
- Respingos de produtos químicos. 
 
ACIDENTE DE TRABALHO E CONDUTA APÓS EXPOSIÇÃO À MATERIAL 
BIOLÓGICO 
 
1. CONDUTA APÓS ACIDENTE COM MATERIAL PERFURO-CORTANTE 
 
1º. Mantenha a calma. As quimioprofilaxias (tratamento preventivo com medicamentos) contra 
HBV e HIV devem ser iniciadas até duas horas após o acidente. Em casos extremos, pode ser 
realizada até 24 a 36 horas depois. Após esse período de tempo, sua eficácia para o HIV é 
discutível. Nos acidentes de alto risco para HBV, a quimioprofilaxia pode ser iniciada até uma a 
duas semanas depois. 
2º. Lave exaustivamente com água e sabão o ferimento ou a pele exposta ao sangue ou fluido 
orgânico. Lave as mucosas com soro fisiológico ou água em abundância; não provoque maior 
sangramento do local ferido e não aumente a área lesada, a fim de minimizar a exposição ao 
material infectante. O uso de anti-sépticos tópicos do tipo PVPI ou álcool 70% pode ser 
adotado. Não é recomendada a utilização de agentes cáusticos ou injeção de anti-sépticos. 
3º. Dirija-se imediatamente ao Centro de Referência no atendimento de acidentes ocupacionais 
com material biológico de sua região. Nesse local, deverá ser comunicado o fato ao Técnico de 
segurança do Trabalho, preenchido o inquérito de notificação e emitida a Comunicação de 
Acidente de Trabalho – CAT. O ideal é que o acidentado e as condições do acidente sejam 
avaliados por uma equipe multiprofissional. 
4º. Obtenha do paciente-fonte uma anamnese recente e detalhada sobre seus hábitos de vida, 
história de hemotransfusão, uso de drogas, vida sexual, uso de preservativos, passado em 
presídios ou manicômios, história de hepatite e DSTs e sorologias anteriores, para analisar a 
possibilidade de situá-lo numa possível janela imunológica. 
5º. Leve sua carteira de vacinação ou informe sobre seu estado vacinal e dados recentes de 
sua saúde, sorologias anteriores, etc. 
6º. Deverá ser solicitada pelo médico a coleta de amostras de sangue seu e do paciente-fonte, 
em tubos de ensaio, sem anticoagulante, devidamente identificados, que serão encaminhados 
imediatamente ao laboratório de referência para serem centrifugados. 
7º. Caso o quadro caracterize situação de risco, as quimioprofilaxias contra o HBV e o HIV 
serão iniciadas. 
8º. O médico, se necessário, fará a solicitação para o paciente-fonte do anti-HIV (Elisa 
convencional, teste rápido), Anti-HCV e HbsAg (quando o profissional não foi imunizado para 
hepatite B. 
9º. Repetir-se-ão as sorologias seis semanas, três meses, seis meses e um ano após o 
acidente ou a critério do médico. 
10º. O profissional acidentado, em uso de quimioprofilaxia antiretroviral, deverá retornar à 
consulta médica semanalmente, ou conforme protocolo do serviço, para acompanhamento 
clínico dos sinais de intolerância medicamentosa. 
11º. Se durante o acompanhamento ocorrer novo acidente com o funcionário, ele deverá 
submeter-se ao protocolo novamente sendo, desconsiderados todos os procedimentos já 
realizados. 
12º. Nos casos em que ocorrer a soroconversão para HIV ou hepatite o funcionário será 
encaminhado ao médico do trabalho para as orientações legais e a um centro de referência 
para o acompanhamento e tratamento necessário. 
 
2. PRECAUÇÕES PADRÃO CONTRA ACIDENTES 
 
- Lavagem das mãos antes e após cada paciente. 
- Uso de luvas quando entrar em contato com sangue, fluidos corporais, secreções e itens 
contaminados. 
- Cuidado ao manusear perfurocortantes. 
- Uso de máscara e óculos de proteção ou proteção facial durante os procedimentos que 
possam produzir respingos ou sprays. 
- Manusear cuidadosamente itens utilizados no paciente contaminados para prevenir a 
transferência de microrganismos para as pessoas ou equipamentos. 
 
3. APLICAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS APÓS UMA EXPOSIÇÃO ACIDENTAL 
 
Objetivo 
Executar os primeiros socorros apropriados após uma exposição acidental. 
Equipamentos e materiais: Sabonete e água (ou soro fisiológico), Toalhas de papel, Creme 
ou pomada antisséptica, Bandagem adesiva, Formulário para relatório de exposição acidental. 
ETAPAS do procedimento 
1º - Parar imediatamente as operações. 
2º - Retirar as luvas. 
3º - Lavar as mãos cuidadosamente, usando sabonete antimicrobiano e água quente. 
4º - Secar as mãos. 
5º - Aplicar uma pequena quantidade de antisséptico na área afetada. 
6º - Aplicar uma bandagem adesiva na área. 
7º - Completar os passos aplicáveis de acompanhamento pós-exposição. 
 
O empregador deve ser notificado da lesão imediatamente após a realização dos primeiros 
socorros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O controle de infecção é constituído por recursos materiais e protocolos que agrupam as 
recomendações para prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento de infecções, visando 
à segurança da equipe e dos pacientes, em quaisquer situações ou local onde se prestem 
cuidados de saúde. 
 A Biossegurança nunca é completa quando profissionais da Saúde atendem a um 
paciente ou manipulam instrumentos, material biológico e superfícies contaminadas. Porém, 
o fato de sempre haver um risco, deve ser isto um estímulo à nossa dedicação, e não o 
inverso, ou seja, uma justificativa às nossas falhas. 
 
Alguns conceitos serão agora apresentados para facilitar o entendimento das rotinas 
propostas. 
• Anti-sepsia - eliminação ou redução de microorganismos em pele ou mucosa. Ex: 
lavagem das mãos com anti-séptico, bochecho com solução anti-séptica 
• Assepsia – é o conjunto de medidas adotadas para impedir que determinado meio 
(superfície, equipamento) seja contaminado. Uso de barreiras físicas. 
• Áreas críticas - locais onde se realizam procedimentos invasivos, ou manipulam-se 
produtos e materiais com alto risco de contaminação. Ex: consultório odontológico, sala 
de esterilização. Exigem cuidados freqüentes de limpeza e desinfecção 
• Áreas semi-críticas - locais onde se realizam procedimentos de baixo risco de infecção 
ou de contaminação. Ex: laboratório de prótese, sala de radiologia. Exigem limpeza e 
desinfecção semelhante à doméstica 
• Áreas não-críticas - locais onde não se realizam procedimentos de risco de infecção ou 
de contaminação. Ex: sala de espera. Exige limpeza. 
 
 
 Classificação das superfícies: 
• Superfícies Clínicas De Manuseio 
• Superfícies Fixas 
Ao se planejar a limpeza e desinfecção das áreas de tratamento do paciente, deve-se 
considerar os seguintes fatos: 
- Quantificação do contato diretopelo paciente 
- Tipo e frequência de contato manual 
- Quantificação potencial da contaminação por aerossole/ou spray 
- Outras fontes de micro-organismos (p. ex., pó, solo,água) 
 
Superfícies Clínicas de Manuseio 
- Superfícies de manuseio são aquelas diretamente tocadas e contaminadas durante os 
procedimentos terapêuticos. As superfícies de manuseio são as alças do refletor, os 
controles da unidade auxiliar, comandos da cadeira, recipientes dosmateriais dentários e 
puxadores de gavetas. 
- Superfícies de transferência não são diretamente tocadas pelas mãos, mas são 
frequentemente tocadas por instrumentos contaminados. As superfícies de transferência 
são as bandejas de instrumentos, os suportes de canetas de alta e baixa rotação e a 
seringa tríplice. 
- Superfícies de borrifos, respingos e gotículas não entram em contato com os 
membros da equipe profissional ou com os instrumentos contaminados, são as 
bancadas. 
 
As superfícies de manuseio e de transferência devem ser protegidas por barreiras, ou limpas e 
desinfetadas entre cada paciente. As superfícies de borrifos, respingos e gotículas (tampos, 
mesas e bancadas) devem ser limpas pelo menos uma vez ao dia. 
 
Superfícies de manuseio (A); superfícies de transferência (B); superfícies sujeitas a borrifos, 
respingos e gotículas (bancadas e tampos) (C). 
 
 
 Contaminação de Superfícies 
 
 Os dois métodos que podem ser empregados para lidar com a contaminação de 
superfícies são: 
• Prevenir que a superfície seja contaminada deve-se fazer uso de barreiras de superfície; 
• Executar limpeza prévia e desinfecção das superfícies entre os atendimentos. 
 Cada qual tem vantagens e desvantagens, e a maioria dos consultórios 
odontológicos utiliza uma combinação de ambos. Superfícies lisas e duras, como 
bancadas, puxadores, porta-material e frascos, devem ser limpas de modo rápido e 
eficiente. As superfícies com reentrâncias, interruptores ou outras formas difíceis de 
limpar, como alças do refletor, seringa tríplice e comandos elétricos (os quais podem 
entrar em curto-circuito), ficam mais bem protegidas com barreiras mecânicas de 
superfície. 
 As superfícies mais contaminadas pelas mãos do profissional e sua auxiliar são: 
Cabos e interruptores; Encosto de cabeça; Comando manual da cadeira; Pontas – 
seringa tríplice; alta-rotação e micromotor; Encaixe das pontas; Unidade auxiliar; 
Unidades de controle; Mesa auxiliar; cabo de RX e seus controles. 
 
 
 Barreiras de Superfície 
• As barreiras impermeáveis impedem que os micro-organismos da saliva, sangue e 
outros líquidos possam atravessá-las e contaminar a superfície debaixo delas. Alguns 
sacos plásticos são projetados especificamente para se adaptar às formas de cadeiras 
odontológicas, seringas tríplices, mangueiras, canetas de alta e baixa rotação, e alças 
de refletores. Outros tipos de material de barreira são filme, saquinhos e tubos plásticos, 
e papel impermeável. 
• Pode-se utilizar filmes adesivos como barreira plástica para proteger superfícies lisas, 
como painéis digitais de equipamentos ou interruptores do comando elétrico de cadeiras 
e do aparelho de radiografia. Também pode ser utilizado papel de alumínio, uma vez 
que este pode ser moldado facilmente ao redor de qualquer forma de objeto ou 
superfície. 
• Entre pacientes deve-se remover e descartar as barreiras contaminadas. Se, ao remover 
as barreiras contaminadas, for tomado cuidado suficiente para não tocar nas superfícies 
debaixo delas, não será necessário limpá-las e desinfetá-las. 
• Mesmo que as superfícies tenham sido recobertas por barreiras, ainda assim as 
superfícies terão que ser limpas e desinfetadas no início e ao final de cada expediente. 
• Itens descartáveis economizam tempo, uma vez que não têm que ser limpos e 
desinfetados. Nunca processe (limpe, desinfete ou esterilize) estes itens de uso único 
para reutilizar em outro paciente. 
• Alguns artefatos são manufaturados para ser tanto descartáveis quanto reutilizáveis. Se 
algum artefato reutilizável se mostrar difícil de limpar, talvez seja mais interessante 
alternar para um instrumento descartável. 
• Em geral, artefatos descartáveis que não sejam perfurocortantes e que não estejam 
sujos de sangue úmido ou seco podem ser descartados com o lixo comum do 
consultório, não sendo necessário descartá-los em um lixo para resíduos sólidos de área 
de saúde ou em recipiente para infectantes. 
 
Limpeza prévia X Desinfecção 
 
 Limpeza prévia 
• Limpeza prévia é o procedimento feito antes da desinfecção. Todas as superfícies 
contaminadas devem ser limpas antes de ser desinfetadas. 
• A limpeza reduz o número de micro-organismos e remove sangue, saliva e outros fluidos 
corporais, denominados resíduos biológicos. 
Se uma superfície não estiver limpa, não poderá ser desinfetada. 
• As técnicas de limpeza prévia são mais eficientes quando utilizadas em superfícies 
contaminadas planas e de fácil acesso. 
• Sabão comum e água podem ser utilizados para a limpeza. Se for selecionado um 
produto que simultaneamente limpa e desinfeta, porém, pode-se ganhar tempo e reduzir 
o número de produtos necessários. 
 
 Desinfecção 
• A desinfecção visa eliminar micro-organismos causadores de doenças que permanecem 
nas superfícies após o procedimento de limpeza. Os esporos não são eliminados pelos 
procedimentos de desinfecção. 
• O termo desinfetante é utilizado para agentes químicos que são aplicados sobre 
superfícies inanimadas, como tampos e equipamentos odontológicos. 
• Desinfetantes e antissépticos jamais devem ser usados de forma trocada porque podem 
resultar em toxicidade tecidual e danos ao equipamento. 
• Não confundir desinfecção com esterilização. A esterilização é o processo pelo qual 
todas as formas de vida são destruídas. 
 
 Desinfetantes 
 
• Desinfetantes são agentes químicos que destroem ou inativam a maioria das espécies 
de micro-organismos. 
• Em odontologia, somente aqueles produtos devidamente registrados como desinfetantes 
hospitalares com atividade tuberculicida (que eliminam o organismo Mycobacterium 
tuberculosis) deveriam ser utilizados para desinfetar áreas de tratamento dentário. 
• Um produto capaz de eliminar esporos é denominado esporicida. Os produtos capazes 
de eliminar vírus são rotulados como virucidas. Já um produto com capacidade para 
eliminar fungos é denominado fungicida. 
• É fundamental que se leia atentamente o rótulo de cada desinfetante antes de sua 
utilização, em geral, incluem informações importantes sobre o produto, como período de 
armazenamento, período de reutilização, instruções de utilização, precauções no 
manuseio do produto, bem como informações sobre seu armazenamento e descarte. 
 
 
 
 Desinfetante ideal de superfícies 
 
• Amplo espectro (alcance) de bactérias; 
• Atividade residual; 
• Toxicidade mínima; 
• Não causar danos às superfícies; 
• Inodoro ; 
• Baixo custo; 
• Atuar em superfícies com resíduo biológico; 
• Fácil utilização. 
Com frequência, os fabricantes de equipamentos odontológicos recomendam o tipo de 
desinfetante mais adequado às cadeiras odontológicas e unidades auxiliares. 
 
 Precauções quanto aos Desinfetantes 
 
Devem-se seguir as recomendações do fabricante para os seguintes itens: 
• Combinações e diluição 
• Técnica de aplicação 
• Período de armazenamento 
• Vida útil depois de ativado 
• Todos os alertas de segurança 
 
 Tipo de desinfectantes 
 
 Fenóis sintéticos (duplofem a 5%) 
- Os Compostos Fenólicos são os mais indicados, usados em duas etapas: 
- - 1ª etapa renova-se toda matéria orgânica com uma esponja embebida em desinfetante, 
de toda matéria orgânica. 
- 2ª etapa pulveriza-se a superfície e, então com uma toalha de papel, espalhe-se o 
líquido em toda a área. Seu efeito germicida será atingido em 10 minutos, 
permanecendo a ação residual. 
- Reativação de seu efeito residual germicida sempre que a superfície se tornar úmida por 
água ou mesmo por fluídos orgânicos, como o sanguee a saliva. 
- É importante lembrar que essas soluções devem ser preparadas diariamente, uma vez 
que, com o passar do tempo, perdem sua atividade antimicrobiana. 
 
 Alcool etílico70% 
- É capaz de desnaturar proteínas e dissolver gorduras. Possui vantagem de ser 
rapidamente bactericida e econômico. Porém não é esporicida,ataca plásticos e 
borrachas,evapora rápido e é altamente inflamável. 
 
 Iodóforos 
- Os Iodóforos , com o uso contínuo, podem manchar as superfícies dos equipamentos e 
instrumentos, mesmo que sobre eles seja usada uma barreira como a folha de alumínio 
ou plástico, principalmente os estofados das cadeiras. 
 
 Hipoclorito de Sódio a 1% (Solução de Milton) 
- O Hipoclorito de Sódio enferruja e destrói os metais, tem um cheiro desagradável e 
pode também descorar e destruir os tecidos. 
 
 
 Óxido etileno 
- Gás incolor extremamente tóxico que geralmente é misturado com gás freon, gás 
carbônico ou nitrogênio para tornar-se seguro. Mais usado á nível industrial. 
 
 Outras medidas/barreiras 
 
 Medidas que impedem a contaminação em pontos específicos 
- Uso obrigatório de sabão líquido e toalha de papel; 
- cobertura dos controles dos comandos da cadeira; 
- Lavatórios e reservatórios de sabão líquido por comando de pedal. 
- Lenços de descontaminação, que são capazes de destruir vírus como HIV, HCV,HBV 
assim como bactérias fungos e esporos. Estes são compostos de: Álcool Etílico, 
Clorexidine, Digluconato, Propilenoglicol, Mentol e Álcool Benzílico. 
 
 Barreiras de Redução do número do microorganismos nos aerossóis 
- Suctores da alta potencia (ciclone – bomba de vácuo). As bombas de vácuo 
representam um sistema muito eficiente, para reduzir os aerossóis, e 
consequentemente, a quantidade de microorganismos. Quando o bico do aspirador é 
colocado adjacente à área onde se está trabalhando, torna-se uma medida de grande 
eficiência. 
 
 Antissepsia da cavidade Bucal 
- A antissepsia pode reduzir de 75 a 99,9% a quantidade de microorganismos na boca do 
paciente. Foi relatado ainda, uma redução significativa nas bacteremias transitórias, 
responsáveis pelas endocardites, com o uso prévio de anti-sépticos bucais, à base de 
clorexidina. 
 
 
 
COMPARAÇÃO ENTRE BARREIRAS MECANICAS DE SUPERFICIE E LIMPEZA 
PRÉVIA/ DESINFECÇÃO 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
BARREIRAS MECANICAS Protege superfícies que não 
são facilmente limpas e 
desinfectadas. 
Previne contaminação se 
colocada adequadamente. 
Consome menos tempo. 
Reduz o manuseio e o 
armazenamento de agentes 
químicos. 
Oferece ao paciente 
segurança visual da 
limpeza 
Não danifica equipamentos 
ou superfícies. 
Deixa, ao ser descartada, 
resíduos plásticos no meio 
ambiente. 
Pode ter maior custo do que 
a limpeza e a desinfecção. 
Requer variedade de 
tamanhos e formas. 
Pode se deslocar durante o 
atendimento. 
LIMPEZA PRÉVIA/ 
DESINFECÇÃO 
Pode ter custo menor do 
que as barreiras mecânicas. 
Não deixa lixo plástico no 
meio ambiente. 
Alguns dentistas não 
gostam da aparência de 
barreiras plásticas. 
Requer mais tempo e, por, 
isto, pode não ser 
adequadamente limpa. 
Com o tempo, alguns 
agentes químicos podem 
danifica equipamentos ou 
superfícies. 
Não há método capaz de 
comprovar se os micróbios 
foram removidos ou 
eliminados. 
Alguns desinfectantes 
devem ser preparados a 
fresco e diariamente. 
Produtos químicos 
adicionais são deixados no 
meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUPERFÍCIES FIXAS 
 
• Não há evidências científicas de que as superfícies fixas (p. ex., pisos, paredes, pias) 
constituem um risco para a transmissão de doenças em consultórios odontológicos. 
• A maioria das superfícies fixas pode ser limpa somente com um detergente ou água com 
desinfetantes de nível baixo (desinfetantes que eliminam certos vírus e fungos), ou com 
um desinfetante ou detergente hospitalar devidamente regulamentado. No processo de 
limpeza, porém, as soluções usadas de detergentes ou desinfetantes podem atuar como 
reservatório para micro-organismos, especialmente se preparadas em recipientes sujos, 
armazenados por longos períodos de tempo, ou preparados incorretamente. 
• Para a limpeza, deve-se preparar soluções frescas diariamente e descartar qualquer 
sobra da solução, deixando o recipiente seco. Estas medidas irão reduzir a 
contaminação bacteriana. Ao fazer a limpeza, deve-se evitar produzir névoa ou 
aerossóis, ou dispersar partículas na área de atendimento a pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação do Instrumental e dos Procedimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FLUXO DE PROCESSAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. LAVAGEM 
 
• A limpeza é a remoção mecânica de sujidades, com o objetivo de reduzir a carga 
microbiana, a matéria orgânica e os contaminantes de natureza inorgânica, de modo a 
garantir o processo de desinfecção e esterilização e a manutenção da vida útil do artigo. 
• Deve ser realizada em todo artigo exposto ao campo operatório. 
• Deve ser feita utilizando-se os EPIs próprios para uso na sala de utilidades (luvas de 
borracha resistente e de cano longo, gorro, máscara, óculos de proteção, avental 
impermeável e calçados fechados). 
• O manuseio dos artigos deve ser cuidadoso para evitar acidentes ocupacionais. 
• Os instrumentos que têm mais de uma parte devem ser desmontados; as pinças e 
tesouras devem ser abertas, de modo a expor ao máximo suas reentrâncias. 
• A limpeza deve ser realizada imediatamente após o uso do artigo. Pode-se fazer a 
imersão em solução aquosa de detergente com pH neutro ou enzimático, usando uma 
cuba plástica, mantendo os artigos totalmente imersos para assegurar a limpeza 
adequada. 
• O preparo da solução e o tempo de permanência do material imerso devem seguiras 
orientações recomendadas pelo fabricante. 
 
1.1 LAVAGEM MANUAL 
Equipamento necessário: 
a) Escova de cerdas macias e cabo longo. 
b) Escova de aço para brocas. 
c) Escova para limpeza de lúmen. 
d) Pia com cuba profunda específica para este fim e preferentemente com torneira com 
jato direcionável. 
e) Detergente e água corrente. 
 
1.2 LIMPEZA ULTRASSONICA 
É o procedimento automatizado para a remoção de sujidade por meio de lavadoras com 
jatos de água ou lavadoras com ultra-som de baixa freqüência, que operam em 
diferentes condições de temperatura e tempo. Esse tipo de limpeza diminui a exposição 
dos profissionais aos riscos ocupacionais de origem biológica especialmente, aos vírus 
da hepatite e HIV. 
 
2. INSPEÇÃO VISUAL 
Garante a eficácia do processo de limpeza e as condições de integridade do artigo. Se 
necessário, deve-se proceder novamente à limpeza ou à substituição do artigo. 
 
3. ESCOLHA DO MÉTODO 
• Desinfecçao; 
• Esterelização: 
– Química; 
– Física: 
• Calor seco: Estufa; 
• Calor úmido: Autoclave; 
 
3.1 DESINFECÇÃO 
 
 Um número considerável de agentes químicos é utilizado nos estabelecimentos de 
saúde. Entretanto, não existe um desinfetante que atenda a todas as situações e necessidades 
encontradas, sendo preciso conhecer as características de cada um para se ter subsídios 
suficientes que permitam a escolha correta do produto, evitando custos excessivos e uso 
inadequado. Na escolha do desinfetante se deve levar em consideração aspectos como: 
espectro de atividade desejada, ação rápida e irreversível, toxidade, estabilidade e natureza do 
material a ser tratado. 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUTO CONCENTRA
ÇÃO 
MODO 
DE 
APLICAÇ
ÃO 
NÍV
EL 
ESPECTR
O 
VANTAGEN
S 
DESVANTAG
ENS 
ALCOOL 70% Fricção, 
em 3 
etapas 
intercalad
as pelo 
tempo de 
secagem 
natural, 
totalizand
o 10 
minutos. 
Médi
o 
Tuberculici
da, 
bactericida, 
fungicida e 
viruscida, 
não é 
esporicida. 
Fácil 
aplicação, 
ação rápida, 
compatível 
com artigos 
metálicos, 
superfícies 
de tubetes 
de 
anestésicos. 
Volátil, 
inativado por 
matéria 
orgânica,

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