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BIOSSEGURANÇA APLICADA À ODONTOLOGIA Professora: Milka Pereira da Silva Biossegurança Conjunto de ações voltadas para a prevenção, e proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos adaptados no consultório com o objetivo de dar proteção e segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe contra doenças e/ou microrganismos patógenos. O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente, antissepsia da boca do paciente. São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de doenças infecciosas. No Brasil, os protocolos e o controle são estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através de Leis, Resoluções e Normas do Ministério da Saúde, podendo ser gerenciada pela Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Biossegurança Precauções-padrão ou básicas são medidas de prevenção que devem ser utilizadas independente de diagnóstico confirmado ou presumido de doença infecciosa transmissível no indivíduo-fonte. Profissionais de Saúde: Risco elevado de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados. Profissional da Saúde Hepatite B Influenza Tríplice viral (SRC) – contra caxumba, sarampo e rubéola Dupla tipo adulto – contra difteria e tétano Vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia: HEPATITE B É administrada em 3 doses. Via intramuscular, músculo deltoide com intervalo de um mês entre a primeira dose e a segunda e de seis meses entre a segunda e a terceira dose. É indicado fazer o Anti-HBs entre o 7º e 13º mês para documentar a viragem sorológica para ratificar a imunidade para a Hepatite B. Vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia: Gripe (Influenza) É administrada em dose única anualmente. Via intramuscular. Altamente recomendada ao profissional da Odontologia por lidar direta e exclusivamente com as vias respiratórias do paciente. Contra-indicada para indivíduos alérgicos a ovo. Vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia: Tríplice viral (SRC) – contra caxumba, sarampo e rubéola Administrada em dose única, via subcutânea. Recomenda-se uma 2ª dose para atingir melhores índices de proteção sendo intervalo de 30 dias. É contra-indicada na gestação e recomenda-se evitar gestação até um mês após receber a vacina. Contra-indicada para indivíduos alérgicos a ovo e neomicina Vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia: Dupla tipo adulto – contra difteria e tétano É administrada em 3 doses. Via intramuscular sendo a 2ª dose realizada de 4 a 8 semanas após a primeira e a 3ª dose, de 6 a 12 meses após a segunda. O reforço deve ser feito em dose única a cada 10 anos. Gestantes devem ser vacinadas a partir do segundo trimestre. Vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia: Considera-se risco biológico a probabilidade da ocorrência de um evento adverso em virtude da presença de um agente biológico. As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados constituem um sério risco aos profissionais da área da saúde nos seus locais de trabalho. Os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais frequentemente relatadas. Risco Biológico 1.Transmissão por via aérea A transmissão de micro-organismos ocorre por meio das gotículas e dos aerossóis, que podem contaminar diretamente o profissional ao atingirem a pele e a mucosa, por inalação e ingestão, ou indiretamente, quando contaminam as superfícies. Vias de Transmissão 11 Gotículas Tamanho grande, pesadas Depositam-se rapidamente Superfícies até 1m de distância Aerossóis Partículas pequenas e leves Permanecem suspensas durante horas Podem ser dispersas a longas distancias atingindo outros ambientes. São gerados Tosse, espirro e fala Instrumentos rotatórios, seringas tríplices, equipamentos ultra- sônicos e por jateamento Procedimentos para redução do risco de transmissão aérea - Dique de borracha - Sugadores de alta potência. - Evitar spray - Regular a saída de água de refrigeração - Escovação e/ou bochecho com anti-séptico - Manter o ambiente ventilado - Máscaras de proteção respiratória - Óculos de proteção - Evitar contato dos profissionais suscetíveis com pacientes suspeitos de sarampo, varicela, rubéola e tuberculose (portanto, imunização dos profissionais de saúde) 12 Vias de Transmissão 13 Principais doenças transmitidas por via aérea Doença meningocóccica Gripe ou influenza Mononucleose Rubéola e sarampo Tuberculose 14 Vias de transmissão 2.Transmissão por sangue e outros fluidos orgânicos Na prática odontológica é comum a manipulação de sangue e outros fluidos orgânicos, que são as principais vias de transmissão do HIV e dos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV). As exposições que podem trazer riscos de transmissão são definidas como: a) Percutânea - lesão provocada por instrumentos perfurantes e cortantes b) Mucosa - contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca c) Cutânea - contato com pele com dermatite ou feridas abertas. d) Mordeduras humanas 15 Procedimentos para redução do risco de transmissão por sangue e outros fluidos orgânicos Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos. Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes. Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas da seringas com as mãos. Desprezar todo material perfuro cortante em recipiente adequado. Usar EPI completo. 16 Principais doenças transmitidas por via aérea Hepatites B e C AIDS 17 Vias de transmissão 3. Transmissão pelo contato direto ou indireto com o paciente A equipe odontológica está sujeita a diversas doenças adquiridas por meio do: - contato direto (mãos ou pele) - contato indireto (superfícies ambientais ou itens de uso do paciente) Causas: - proximidade - tempo de exposição prolongado durante a realização dos procedimentos. 18 Procedimentos para redução do risco de transmissão pelo contato com o paciente Uso de EPIs Higienização das mãos Manter os cabelos presos Desinfecção concorrente das secreções e dos artigos contaminados 19 Principais doenças transmitidas Herpes simples Escabiose ou sarna Pediculose ou piolho Micoses Conjutivites 20 Infecção Cruzada Infecção cruzada, é quando ocorre a transmissão dos microrganismos entre pacientes, entre pacientes e quipe de trabalho, e entre a equipe de trabalho dentro de um ambiente clínico. Ou seja, quando a contaminação ocorre entre os indivíduos de risco que estão exposto a microrganismos. Uma boa prática de biossegurança, pode diminuir as chances de que ocorra algum tipo de infecção cruzada! Paciente para paciente: Contaminação de instrumentos (sangue e saliva) Pessoal odontológico Infecção Cruzada Prevenção: Processos de esterilização/desinfecção Estabelecimento de cadeia asséptica Procedimentos devem ser realizados em relação: ao pessoal odontológico aos instrumentos e acessórios ao equipamento ao paciente 1. Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs. (BRASIL,1978) 2. Lavar as mãos antes e após o contato com o paciente e entre dois procedimentos realizados no mesmo paciente 3. Manipular cuidadosamente o material perfuro-cortante 4. Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas das seringas. Se o pacienteprecisar de complementação anestésica de uma única seringa, a agulha pode ser reencapada pela técnica de deslizar a agulha para dentro da tampa deixada sobre uma superfície (bandeja do instrumental ou mesa auxiliar) 5. Transferir os materiais e artigos, durante o trabalho a quatro mãos, com toda a atenção e, sempre que possível, utilizando-se uma bandeja Recomendações Anvisa 6. Manter as caixas de descarte dispostas em locais visíveis e de fácil acesso e não preenchê-las acima do limite de 2/3 de sua capacidade total 7. Efetuar o transporte dos resíduos com cautela para evitar acidentes. 8. Descontaminar as superfícies com desinfetantes preconizados pelo Controle de Infecção, caso haja presença de sangue ou secreções potencialmente infectantes 9. Submeter os artigos utilizados à limpeza, desinfecção e/ou esterilização, antes de serem utilizados em outro paciente 10. Não tocar os olhos, nariz, boca, máscara ou cabelo durante a realização dos procedimentos ou manipulação de materiais orgânicos, assim como não se alimentar, beber ou fumar no consultório 11. Manter os cuidados específicos na coleta e manipulação das amostras de sangue 12. Durante os procedimentos (com luvas), não atender telefones, abrir portas usando a maçaneta nem tocar com as mãos em locais passíveis de contaminação. Recomendações Anvisa Todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Indicados durante o atendimento ao paciente, nos procedimentos de limpeza do ambiente e no reprocessamento dos artigos. Gorro Óculos de proteção Protetores faciais Máscaras Avental Luvas Calçado EPIs Luvas Devem ser de boa qualidade e usadas em todos os procedimentos. Constituem uma barreira física eficaz que previne a infecção cruzada e a contaminação do profissional de saúde e reduz os riscos de acidentes. As luvas devem ser trocadas a cada atendimento! Na prática odontológica, existem variados tipos de luvas, que devem ser usadas de acordo com o procedimento que está sendo feito. EPIs LUVA DE PROCEDIMENTO EPIs LUVA CIRÚRGICA LUVA DE BORRACHA Utilizada corriqueiramente em procedimentos simples. Seu uso é obrigatório e deve ser trocado a cada paciente. Ela é utilizada somente no ambiente cirúrgico, como uma exodontia por exemplo. A luva cirúrgica é estéril. Utilizadas durante a limpeza do material. Ela é específica para a esterelização. Seu uso também é obrigatório Gorro/Touca É uma barreira mecânica contra a possibilidade de contaminação por secreções, aerossóis e produtos, além de prevenir acidentes e evitar a queda de cabelos nas áreas de procedimento. Deve ser preferencialmente descartável, cobrir todo o cabelo e as orelhas e ser trocado sempre que necessário ou a cada turno de trabalho. EPIs Máscara As máscaras devem ser descartáveis, de filtro duplo e tamanho suficiente para cobrir completamente a boca e o nariz, permitindo a respiração normal e não irritando a pele. Devem ser descartadas após o atendimento a cada paciente ou quando ficarem umedecidas. EPIs Óculos de proteção Protegem os olhos das secreções, aerossóis e produtos químicos utilizados durante os procedimentos odontológicos e na limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes. Devem possuir: Barreiras Laterais; Transparência; Fácil Limpeza; Confortáveis. EPIs Jaleco Deve ser de mangas longas, tecido claro e confortável, podendo ser de pano ou descartável para os procedimentos que envolvam o atendimento a pacientes e impermeável nos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos, equipamentos ou ambientes. Deve ser usado fechado durante todos os procedimentos. Manga Longa; Gola de Padre; Punho acoxado; Branco; Utilizar paramentação apenas no interior da clínica. EPIs Sapato fechado Devem ser fechados e com solado antiderrapante. Atuam na segurança para a proteção dos pés contra: Impactos de quedas de objetos. Choques elétricos. Agentes térmicos. Agentes cortantes e escoriantes. Umidade proveniente de operações com uso de água. Respingos de produtos químicos. EPIs O simples ato de lavar as mãos com água e sabonete líquido, quando realizado com técnica correta, pode reduzir a população microbiana das mãos e interromper a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais da área da saúde. Eliminação da microbiota transitória. Os princípios ativos aceitos pelo Ministério da Saúde para a antissepsia das mãos são: álcool a 70%, clorexidina, compostos de iodo, como por exemplo polivinil pirrolidona iodo (PVPI) e outros iodóforos O sabonete utilizado para a lavagem das mãos deve ser preferencialmente líquido, para evitar a contaminação do produto. Lavagem de Mãos 1. Manter o corpo afastado da pia. 2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da pia. 3. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo fabricante (3 a 5 ml, em geral), suficiente para cobrir toda a superfície das mãos. 4. Ensaboar as mãos, friccionando uma na outra por aproximadamente 15 segundos, com o objetivo de atingir toda a superfície. 5. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, as unhas e as pontas dos dedos. 6. Enxaguar as mãos em água corrente, retirando totalmente o resíduo do sabonete, sem tocar na superfície da pia ou na torneira. 7. Enxugar as mãos com papel-toalha descartável (não utilizar toalhas de uso múltiplo) Lavagem de Mãos Lavagem de Mãos Limpeza é a remoção mecânica e/ou química de sujidades em geral (oleosidade, matéria orgânica, poeira, entre outros) de determinado local. A limpeza reduz, aproximadamente, 105ufc do contingente microbiano presente nos artigos e superfícies. Os instrumentos que têm mais de uma parte devem ser desmontados; as pinças e tesouras devem ser abertas, de modo a expor ao máximo suas reentrâncias. Pode-se fazer a imersão em solução aquosa de detergente com pH neutro ou enzimático, usando uma cuba plástica, mantendo os artigos totalmente imersos para assegurar a limpeza adequada. Os detergentes enzimáticos agem decompondo a matéria orgânica e possuem alta penetração. Lembre-se da sequência de preparo do instrumental para esterilização: Pré-lavagem, lavagem, secagem e embalagem. Limpeza Desinfecção: Eliminação de microrganismos, exceto esporulados, de materiais ou artigos inanimados, através de processo físico ou químico com auxílio de desinfetantes. Repita comigo: EXCETO ESPORULADOS Esterilização: Destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, através de processo químico ou físico. Pegou a diferença? INCLUSIVE ESPORULADOS. Para esterilização em autoclave, recomenda-se papel grau cirúrgico, papel crepado, tecido não-tecido, tecido de algodão cru (campo duplo), vidro e nylon, cassetes e caixas metálicas perfuradas. A faixa de selagem deve ser ampla, preferencialmente, de 1 cm ou reforçada por duas ou três faixas menores. Recomenda-se promover o selamento deixando uma borda de 3 cm, o que facilitará a abertura asséptica do pacote. Desinfecção X Esterilização 1 – Críticos São instrumentos de corte ou ponta que penetram tecidos sub-epiteliais. Exemplo: tesouras cirúrgicas, descoladores, alavancas e fórceps. Classificação dos instrumentais 2 – Semicríticos São instrumentais que entram em contato com a mucosa sem penetrar o tecido. Exemplo: moldeiras, espelhos, posicionadores radiográficos. Classificação dos instrumentais 3 – Não críticos São instrumentais que entram em contato apenas com pele íntegra ou não entram em contato com o paciente. Exemplo: pinça perfuradora de lençol de borracha, arcode Young. Classificação dos instrumentais 1 – Classificação dos níveis de desinfecção – Desinfecção de alto nível Processo químico ou físico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto esporos bacterianos. É um processo de curta duração, em torno de 30 minutos e podem ser utilizados glutaraldeído 2%, ácido peracético 0,2%, peróxido de hidrogênio 6%, formaldeído 37%. – Desinfecção de nível intermediário Processo químico ou físico que destrói a maioria dos microrganismos, inclusive bacilo da tuberculose, mas não destrói vírus e esporos bacterianos. Podem ser utilizados o álcool 70%, fenóis duplos, iodóforos, halógenos (hipoclorito de sódio 1% e cloro orgânico). Desinfecção em Odontologia 1 – Classificação dos níveis de desinfecção – Desinfecção de baixo nível Processo químico ou físico que destrói poucos microrganismos, não tem ação sobre bacilo da tuberculose. Indicada para itens não críticos e superfícies. Exemplos: quaternário de amônia, fenóis simples e detergentes. 2 – Substâncias químicas utilizadas na desinfecção – Glutaraldeído 2% – Ácido Peracético 0,2% – Formaldeído 40% – Hipoclorito 1% – Álcool 70% Desinfecção em Odontologia Os processos de esterilização podem ser por meios físicos (calor seco ou calor úmido) ou químicos (glutaraldeído 2% e ácido peracético a 0,2%). Há ainda a esterilização que utiliza o gás óxido de etileno. A esterilização química deve ser utilizada em artigos termossensíveis APENAS QUANDO NÃO HOUVER OUTRO MÉTODO que a substitua. Ressalta-se que os artigos termossensíveis devem ser prioritariamente esterilizados por meio de processo físico. Esterilização em Odontologia – Esterilização por vapor saturado sob pressão (Autoclave) Realizado em autoclave, onde os microrganismos são destruídos pela ação combinada da temperatura, pressão e umidade, que promove a termo coagulação e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular. Esterilização em Odontologia CICLO AUTOCLAVE 121° C a 127° C (1 atm pressão) por 15 a 30 minutos 132° C a 134° C (2 atm pressão) por 4 a 7 minutos O material, devidamente embalado, deve ser colocado na câmara da autoclave desligada, não ultrapassando 2/3 ou 80% de sua capacidade total e sem encostar-se às laterais, dispondo-se os pacotes de modo que o vapor possa circular livremente e atinja todas as superfícies do material. Embalagens compostas por papel e filme devem ser colocadas com o papel para baixo. É utilizado ÁGUA DESTILADA na autoclave. Deve-se fechar o equipamento e selecionar o ciclo desejado, caso seja possível. Após a conclusão do ciclo, deve-se abrir o equipamento e aguardar que a temperatura caia a 60º C para a retirada do material. Esterilização em Odontologia Os resíduos gerados nos serviços odontológicos podem ser classificados em biológicos, químicos, perfurocortantes ou escarificantes e comuns. Resíduos Biológicos Resíduos, recipientes e materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica por microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causadores de doença emergente devem ser acondicionados em sacos vermelhos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas, e identificados. Resíduos Odontológicos Resíduos Biológicos Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre (luvas, óculos, máscaras, gaze e outros) e peças anatômicas (órgãos e tecidos) devem ser acondicionados em sacos brancos leitosos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 24 horas, e identificados. Resíduos Odontológicos Resíduos químicos Os seguintes resíduos contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade: a) Produtos antimicrobianos, citostáticos e antineoplásicos; imunossupressores, quando apresentarem prazo de validade vencido ou se tornarem impróprios para o consumo. b) Anestésicos. c) Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). d) Saneantes e desinfetantes. e) Resíduos de amálgama. f) Radiografias odontológicas. g) Demais produtos considerados perigosos. Resíduos Odontológicos Resíduos comuns São aqueles resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Resíduos Odontológicos