Buscar

TESTE SEUS CONHECIMENTOS - CULPA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

� HYPERLINK "http://www.direitofacil.com/" �www.direitofacil.com�
Teste seus conhecimentos – Culpa – Márcia Pelissari
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
CULPA
O que é culpa lato sensu?
O que é culpa strictu sensu?
O que é crime culposo?
Quais as modalidades de conduta culposa? 
Quais são os elementos do crime culposo?
Quando o crime culposo é culpável e quando não é?
Como se manifesta a inobservância do dever objetivo de cuidado? Explique. 
O que é previsibilidade?
O que é previsibilidade objetiva? O que ausência de previsibilidade objetiva acarreta?
O que é previsibilidade subjetiva? O que a ausência de previsibilidade subjetiva acarreta?
Quais as espécies de culpa?
O que é culpa consciente?
Qual a diferença entre dolo eventual e culpa consciente?
O que é culpa inconsciente?
O que é culpa própria?
O que é culpa imprópria?
Quais os requisitos para que a existência do crime culposo?
Quais os graus de culpa e como aferi-los?
O que é compensação de culpas? 
A compensação de culpas é admitida no direito brasileiro?
O que é concorrência de culpas?
A concorrência de culpas é admitida no direito brasileiro?
É possível co-autoria e participação em crime culposo?
Pode haver crime culposo sem expressa previsão legal? 
Existe tentativa em crime culposo?
RESPOSTAS
Violação ou inobservância duma regra de conduta, de que resulta lesão do direito alheio.
É inobservância de um dever objetivo de cuidado. 
O crime é culposo quando a agente dá causa ao resultado por imprudência, imperícia ou negligência (CPB, 18, II). Na lição de Mirabete crime culposo é “a conduta humana voluntária (ação ou omissão) que produz um resultado antijurídico, mas previsível e excepcionalmente previsto, que podia, com a devida atenção, ser evitado�”.
Imprudência, imperícia e negligencia. 
Conduta humana voluntária (comissiva ou omissiva), inobservância de um dever objetivo de cuidado (imprudência, imperícia ou negligência), resultado lesivo não querido, tampouco assumido pelo agente, nexo de causalidade, previsibilidade (objetiva e subjetiva), tipicidade. 
Crime culposo: Conduta + previsibilidade objetiva + imprevisão.
Crime culposo culpável:Conduta + previsibilidade objetiva + previsibilidade subjetiva + imprevisão.
A inobservância do dever objetivo de cuidado manifesta-se através: 
Imprudência: conduta positiva, o agente pratica uma conduta descuidadamente, com afoiteza, sem cautela. 
Imperícia: o agente não detém capacidade ou conhecimentos para a pratica daquela conduta
Negligência: conduta negativa, ausência de precaução que dá causa ao resultado.�
É a possibilidade de conhecimento de que a sua conduta gera perigo a bem alheio juridicamente tutelado e a possibilidade de prever o resultado.
É a previsão que pode ser feita pelo homem médio, normal, comum. 
Se a qualquer homem, até ao mais diligente, não era possível prever o resultado, a conduta é atípica, já que o resultado era imprevisível. Diante do imprevisível não há como se exigir comportamento cuidadoso. Há exclusão da tipicidade.
É a capacidade de previsão que leva em conta as características pessoais do agente, tais como: escolaridade, formação, inteligência, sagacidade, etc.
Se ao agente não era possível prever, diante de suas condições pessoais, o resultado danoso. Não há exclusão da tipicidade, pois, não previu o previsível. Mas, ausente a culpabilidade (reprovabilidade da conduta), já que dele não era exigido outro comportamento. O fato é típico, mas não culpável. Há crime, mas não haverá aplicação de pena.
Culpa consciente e culpa inconsciente.
Na culpa consciente o agente prevê o resultado, mas espera sinceramente que este não ocorra. 
A diferença entre culpa consciente e dolo eventual é volitivo. Naquela o agente antevê o resultado, mas acredita sinceramente que este não ocorrerá, enquanto que no dolo eventual o agente não quer o resultado, mas não se importa se ocorrerá ou não (assume o risco de produção do resultado). 
Na culpa inconsciente o agente não prevê o resultado que era objetiva e subjetivamente previsível – não prevê o previsível. 
Ocorre culpa própria quando o agente não quer e nem assume o risco de produzir o resultado. 
A culpa imprópria é também denominada por extensão, por equiparação ou por assimilação. Nesta modalidade de culpa o agente age acreditando estar acobertado por uma excludente de ilicitude (descriminante putativa) e, em razão disto, provoca intencionalmente um resultado ilícito. 
Para que haja crime culposo devem estar presentes os seguintes requisitos: a) conduta (ação ou omissão voluntária), realizada com a quebra de um dever objetivo de cuidado (imprudência, imperícia, negligência); b) resultado involuntário; c) nexo causal entre conduta e resultado; d) tipicidade; e) previsibilidade objetiva; e) previsibilidade subjetiva. 
Os graus de culpa são aferidos de acordo com a possibilidade de previsão daquele que praticou a conduta (comissiva ou omissiva). Pode ser grave, leve ou gravíssima e os graus serão aferidos em análise subjetiva pelo juiz, no caso concreto, quando da fixação da pena base (CPB, 59). 
Ocorre compensação de culpas quando duas ou mais pessoas agindo com imprudência, imperícia ou negligencia geram danos uma(s) a(s) outra(s) eliminado-se, destarte, a responsabilização de ambas.
O direito pátrio não admite compensação de culpas, assim se duas pessoas, por imprudência, causam lesões umas nas outras, ambas respondem pelo crime, ou seja, uma conduta culposa não anula a outra. 
Ocorre concorrência de culpas quando duas ou mais pessoas, agindo de forma culposa dão causa ao resultado. 
Sim, nesta hipótese todos os que concorreram para o resultado respondem pelo crime. 
No crime culposo admite-se co-autoria, mas não participação. 
A co-autoria em crime culposo encontra previsão na Exposição de motivos do CPB. Dizia o Ministro Francisco Campos “Fica solucionada, no sentido afirmativo, a questão sobre o concurso de crime culposo, pois, neste, tanto é possível a cooperação material quanto a cooperação psicológica, i.e., no caso de pluralidade de agentes, cada um destes, embora não querendo o evento final, tem consciência de cooperara na ação. É o caso do passageiro do veículo que atiça o motorista para empregar velocidade excessiva, ocorrendo, em conseqüência disso um homicídio culposo. Ambos respondem pelo crime”.
A participação por sua vez, não é admissível nos delitos culposos. Lembrando:
Autor é aquele que realiza o núcleo do tipo penal, o verbo inserto no tipo penal.
Co-autor é aquele que executa, juntamente com o autor, aderindo a seu querer, o verbo do tipo penal (autoria em conjunto).
Partícipe, por sua vez, é aquele que colabora para o ilícito, sem, todavia, realizar a conduta descrita no tipo penal.
Observe o caso do motorista que instado por seu acompanhante a imprimir velocidade excessiva em seu veículo. O motorista está agindo com falta de cautela e o seu acompanhante também, pois está instigando seu companheiro a ultrapassar o limite de velocidade. Ambos aqui incorreram em crime culposo, caso de suas condutas decorra resultado danoso. Mas ambos são autores, pois incorreram em imprudência. Assim, no crime culposo, não há participação. Quando estivermos diante de conduta que denote participação em crime culposo, estaremos falando de co-autoria.
O crime culposo depende de expressa previsão legal, esse o disposto no art. 18, §1º do CPB “salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando praticado na forma dolosa”.
Os crimes culposos são crimes materiais. Há tentativa quando o agente inicia a execução de um crime, mas não consegue consumá-lo por circunstancias alheias a sua vontade. Como no crime culposo a vontade do agente não é dirigida a um resultado, mas a ele dá causa por imperícia, imprudência ou negligencia, não é possível tentar o que não se quer. 
Já nas espécies de culpa, onde existe previsibilidade
a situação é mais intrigada. Senão vejamos:
Culpa consciente: aqui o agente antevê o resultado, mas acredita sinceramente que ele não ocorrerá. Como não aceita o resultado, não o quer, logo, não é possível a responsabilização num resultado não querido. Ex.: o atirador de elite que para (em legítima defesa de outrem) matar o bandido que com uma arma ameaça a cabeça da vítima, dispara, mas termina por matar a vítima. No caso houve homicídio culposo (culpa consciente). Mas, se ele não acerta a vítima, responde por crime de homicídio culposo tentado? É certo que não. A tentativa não é possível na culpa consciente, apesar da antevisão do resultado.
Já na culpa imprópria, alguns doutrinadores admitem, em tese, a tentativa. É o
caso daquele que acreditando estar em legitima defesa, dispara contra seu desafeto acreditando que este iria sacar uma arma, quando na realidade estava
retirando do bolso o maço de cigarros. Houve, no caso, erro de tipo. Se inescusável, o agente responderá a título de culpa (culpa imprópria). Pensemos que o agente tenha errado os disparos, responderá ele por crime tentado na modalidade culposa. Assim, na culpa imprópria, em tese, é possível a tentativa. Ressalte-se que a conduta do agente é dolosa, dirigida a um fim, que é causar a morte ou lesão corporal. Todavia, a responsabilidade é a título de culpa.
Questões de concursos
01 Constituem elementos do fato típico culposo, exceto: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> resultado voluntário; 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> previsibilidade objetiva; 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> tipicidade; 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> resultado. 
02 Culpa imprópria é aquela em que: 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente não quer o resultado, mas ele lhe era, no entanto, previsível 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente tem apenas previsão quanto ao resultado 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente quer o resultado, mas incide em erro vencível ou inescusável 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente não quer o resultado, mas, com sua conduta, assume o risco de produzi-lo 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> o agente quer o resultado, mas, por erro de execução, acaba por atingir pessoa diversa da pretendida 
01 – A
02 – C 
� Mirabete, Julio Fabrini. Manual de direito penal. Parte geral, p. 138.
� O agente por preguiça, descuido ou simples inércia pratica uma omissão que vem a dar causa ao resultado, v.g., não providenciar a manutenção dos freios, não providenciar equipamentos de segurança para empregados, etc. 
�PAGE �
�PAGE �1�

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando